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Parafuso de Arquimedes Voltar

1 de dezembro de 2019 por Gabriel Cury Perrone

O Para­fuso de Arqui­me­des, ou bomba de para­fuso, é uma tec­no­lo­gia muito antiga para trans­porte de líqui­dos
ou grãos de um ponto mais baixo a outro mais elevado. O aparato básico con­siste de um grande para­fuso
inse­rido em um tubo justo. Existem outras formas simples de montar seu próprio para­fuso de arqui­me­des,
como uma man­gueira ao redor de um eixo, for­mando um tubo espiral.

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Funcionamento

A ponta infe­rior do meca­nismo deve ser inse­rida no líquido a ser trans­por­tado. Ao girar o eixo do para­fuso, o
fuso empurra o mate­rial tubo acima, levando o mate­rial até a extre­mi­dade de saída. O fluxo de mate­rial
depende da frequên­cia de giro do fuso e da mon­ta­gem espe­cí­fica, como dis­tân­cia de passo do fuso, incli­na­ção
do tubo e espaço interno. O vídeo a seguir mostra uma ani­ma­ção bas­tante ilus­tra­tiva do fun­ci­o­na­mento desta
máquina.

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História

Apesar de ser atri­buida a Arqui­me­des, os pri­mei­ros regis­tros de máqui­nas com este tipo de sistema de trans-­
porte são do Egito Antigo e datam de três séculos antes de Cristo. Foi Diodoro da Sicília, his­to­ri­a­dor grego que
viveu entre 90 a.C. e 30 a.C., que atri­buiu a inven­ção desta máquina a Arqui­me­des, pois foi este que intro­du­ziu
esta téc­no­lo­gia na Grécia após uma visita ao Egito.

Há pes­qui­sa­do­res que sugerem que bombas de


para­fuso simi­la­res seriam uti­li­za­das para irrigar os
Jardins Sus­pen­sos da Babilô­nia, repre­sen­ta­dos
nesta obra criada por Martin Heems­kerck no século
XVI, uma das sete mara­vi­lhas do mundo antigo que
teria exis­tido no século VI a.C.. Esta afir­ma­ção se
apoia em uma inter­pre­ta­ção de uma ins­cri­ção cunei-­
forme assíria, cor­ro­bo­rada pelo his­to­ri­a­dor grego
Estra­bão, que des­cre­veu os Jardins sendo irri­ga­dos
por grandes parafusos.

Ao longo da his­tó­ria, a bomba de para­fuso evoluiu muito, com a alte­ra­ção da força motora manual, para
animal ou mecâ­nica uti­li­zando de cata­ven­tos ou rodas d’água, até motores moder­nos. Seus usos também
foram vari­a­dos, como irri­ga­ção de partes mais altas, dre­na­gem de minas, dre­na­gem de pôlders na Holânda,
entre outros. Hoje, esta mesma técnica ainda é uti­li­zada para tra­ta­mento de esgotos e trans­porte de grãos,
assim como o pro­cesso reverso é uti­li­zado em peque­nos gera­do­res de energia hidroelétrica.

Pes­quisa: Gabriel Cury Perrone; Físico UFRGS / Novem­bro 2019

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Categoria: Destaques -
Tags: Mecânica de Fluidos -
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