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INSTITUTO SUPERIOR DE ESTUDOS UNIVERSITÁRIOS DE NAMPULA-

ISEUNA

UNIVERSIDADE POLITÉCNICA
A'POLITÉCNICA

Licenciatura em Psicologia Clínica

Psicologia da Familia

Terapia dos Sistemas familiares e Trabalho em equipe

Nampula, 2020
INSTITUTO SUPERIOR DE ESTUDOS UNIVERSITÁRIOS DE NAMPULA-
ISEUNA

UNIVERSIDADE POLITÉCNICA

A'POLITÉCNICA

Licenciatura em Psicologia Clínica

Psicologia da Familia

Discentes:

Alima Emilio Cardoso

Ancha Mussa Amade

Camila Momade

Célia Maria Adriano de Carvalho

Erica Paulo Riessa

Olinda Carlitos Eliseu

Trabalho de carácter avaliativo, a ser


apresentado como requisito a Universidade
Politécnica, na cadeira de Psicologia da
Familia, leccionada pelo Docente:Castiano
Castiano.

Nampula, 2020
Índice
Introdução ......................................................................................................................... 4

Terapia do Sistema familiar .............................................................................................. 5

Conceito da Terapia Familiar ........................................................................................... 6

Trabalho em Equipe.......................................................................................................... 9

O funcionamento da equipe ............................................................................................ 10

Como um grupo se torna uma equipe? ........................................................................... 12

Conclusão ....................................................................................................................... 13

Bibliografia ..................................................................................................................... 15
Introdução
O presente trabalho reflecte de forma clara e sucinta acerca de aspectos primordiais no
campo da terapia familiar. Começando pelas suas origens, viajando até aos anos
cinquenta, avançando depois da mudança de paradigma e, de forma mais ponderada,
abordando um novo conceito de doença mental. Aqui, a atenção deixa de ser dirigida ao
sujeito, mas sim direccionada para o funcionamento global do sistema onde o sujeito
está inserido e onde também o sintoma ocupa um papel de extrema importância, que
comporta uma mensagem dirigida a todo o sistema. É ainda referida a complexidade do
processo terapêutico, os parâmetros a ter em conta na avaliação do funcionamento
familiar e o papel do terapeuta na terapia.

Pois Este trabalho tem tambem como objetivo discutir o conceito de traba1ho em equipe
e apresentar alguns elementos fundamentais para a consolidação de uma equipe de
traba1ho.

Palavras-chaves: Terapia familiar, sistema, família, sintoma, terapeuta, trabalho em


equipe

4
Terapia do Sistema familiar
“Toda a doutrina social que visa destruir a família é má, e para mais inaplicável.
Quando se decompõe uma sociedade, o que se acha como resíduo final não é o
indivíduo mas sim a família” Victor Hugo in Miscelânea de Literatura e Filosofia

A terapia familiar é desenvolvida a partir dos anos cinquenta nos Estados Unidos da
América, como uma mudança de paradigma do pensamento analítico para o pensamento
sistémico. Este movimento implicou a “importação” de conceitos de diversas áreas do
saber para a psicologia, onde se destacam três áreas: a Cibernética, através dos
conceitos de regulação, funcionamento e evolução do sistema familiar; as teorias da
comunicação pela grelha de análise para um melhor entendimento sobre a interacção
nas famílias e finalmente, a Teoria Geral dos Sistemas, da qual se retira a noção básica
de sistema, onde se vê a família como um todo e não a soma das várias partes. (Relvas,
1999)

Perante estes acontecimentos, constrói-se um novo conceito de doença mental onde o


sintoma é encarado como um comportamento lógico que possui total coerência tendo
em conta o contexto onde está inserido. O paciente identificado, portador do sintoma é
assim um dos elos de uma cadeia interactiva disfuncional de um todo, sendo que esta
disfuncionalidade se deve aos movimentos homeostáticos que o sistema poria em curso
para obter a sua manutenção. (Relvas, 1999)

Com esta mudança de paradigma, o sujeito que tinha o sintoma deixava de ocupar o
centro da atenção; o interesse do terapeuta passava a alargar-se ao funcionamento global
do sistema onde o indivíduo está presente. O sintoma passa a ser percebido como um
dos aspectos do funcionamento e o foco da atenção é direccionado para o agregado de
elementos em interacção dinâmica, organizados em função de uma finalidade. Este
sintoma, sendo um comportamento manifestado por um ou mais dos componentes do
sistema, é em si próprio e por definição, não apenas relativo a quem o manifesta mas a
todo o sistema. (Paixão, 1995)

O conceito de família é fundamental na prática da terapia familiar, Gameiro define-a


como:

5
“uma rede complexa de relações e emoções no qual se passam sentimentos e
comportamentos que não são passíveis de ser pensados com os instrumentos criados
para o estudo dos indivíduos isolados. (…) a simples descrição de uma família não
serve para transmitir a riqueza e complexidade relacional desta estrutura.” (1992: 187)

A família é um sistema social, aberto e auto-organizado, tendo as mesmas


características de qualquer outro destes sistemas. Uma família é um todo, mas ao
mesmo tempo pertence também a outros sistemas de contextos mais vastos, nos quais se
vai integrar, como a comunidade ou a sociedade. Ao invés, dentro da família, existem
totalidades mais pequenas, isto é, subsistemas, chegando até ao subsistema individual.
Esta hierarquização sistémica pensa a família como um sistema entre sistemas
enfatizando o papel das relações estabelecidas onde nem o meio nem o sujeito são
excluídos desta abordagem. (Relvas, 2003)

Relvas (2003) afirma que a família deve procurar responder a duas funções primordiais:
em primeiro lugar, permitir o crescimento e individualização dos seus membros ao
mesmo tempo que incute o sentimento de pertença; em segundo lugar, deve facilitar a
integração destes no contexto sociocultural onde pertencem. A família é assim um
agente de socialização primária.

Conceito da Terapia Familiar


A terapia familiar é assim uma abordagem terapêutica que visa alterar as interacções
entre os membros da família e simultaneamente melhorar o funcionamento individual.
(Bloch,1999) Isto porque o comportamento sintomático é entendido como uma
mensagem e adequado perante o contexto em que se manifesta. E a intervenção vai
assumir-se nos aspectos relacionais da unidade familiar, através das mudanças nos
processos comunicacionais nela implicados. (Relvas, 2003)

Segundo a mesma autora (Relvas, 2003), falar do processo terapêutico em terapia


familiar é algo bastante complexo isto porque a terapia familiar não possui uma teoria
unificada, mas pelo contrário, possui vários modelos de terapia com base em diferentes
escolas Clássicas (modelo estrutural de Minuchin, estratégico de Palo Alto, e o
transgeracional de Bowen) e os novos desenvolvimentos (modelo narrativo de White,
terapia centrada na solução de Shazer e os modelos integrativos).

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Porém existem pontos que são comuns a toda a terapia familiar que está relacionado
com a necessidade do terapeuta se apoiar numa teoria acerca da família que segundo
Vetere (1987, citado por Relvas, 2003) satisfaça os seguintes requisitos:

1. Descrever e explicar a estrutura familiar, a sua dinâmica, processo e


mudança;

2. Descrever as estruturas interpessoais e as dinâmicas emocionais dentro da


família;

3. Ter em conta a família como ligação entre o individual e a cultura;

4. Descrever o processo de individuação e a diferenciação dos membros da


família;

5. Prever a saúde e a patologia dentro da família, isto é, ter um conjunto de


hipóteses acerca do funcionamento familiar e das causas da disfunção;

6. Prescrever estratégias terapêuticas para lidar com a disfunção familiar.

Quando existem casos de violência doméstica ou abuso sexual, a terapia familiar é


contra- indicada, uma vez que a vitima não irá provavelmente expressar sentimentos na
presença do seu agressor. (Bloch,1999)

Existem vários parâmetros que têm de se ter em conta na avaliação do funcionamento


da família no aqui e agora que segundo Bloch (1999), podem ser considerados tendo em
conta os seguintes tópicos:

A. Comunicação e troca de informação;


B. Estado emocional e expressão de sentimentos;
C. Atmosfera familiar;
D. Coesão, sentido de pertença e lealdade;
E. Fronteiras entre subsistemas;
F. Operações familiares na resolução de problemas do quotidiano.

O objectivo do terapeuta ao longo da sessão é o de avaliar o problema nos termos que o


paciente identificado (portador do sintoma) apresenta, compreender as suas origens e o
papel da família na sua manutenção, para assim poder motivar as mudanças requeridas
de forma a aliviar o problema e melhorar a vida familiar. Irá também procurar motivar
a família para a necessidade de haver uma mudança e negociar no âmbito da terapia um
contrato terapêutico. (Bloch, 1999)

É fundamental obter o consentimento informado de toda a família presente


relativamente à presença dos observadores e ao uso de meios tecnológicos. (Bloch,
1999)

A sala da terapia deve ser confortável e privada, as cadeiras devem estar


disposicionadas de uma forma circular e no caso de haver crianças, haver material para
elas poderem brincar. A equipa reflexiva deve trocar ideias acerca da história
apresentada pela família, e formular uma hipótese para orientar a sessão inicial. (Bloch,
1999)

Uma das formas para abrir caminho para um inquérito com uma maior carga emocional
é inicialmente fazer questões neutras como o nome ou a idade. Outra forma é, por
exemplo, pedir aos pais para explicarem aos filhos o motivo pelo qual vieram à
consulta. Desta forma o terapeuta familiar pode avaliar as suas reacções e interacções.
(Bloch, 1999)

Desde a primeira sessão que o terapeuta encoraja todos os elementos da família a


comunicarem livremente, pensamentos e sentimentos. Sendo que muitas vezes as vias
de comunicação se abrem logo após a primeira sessão, devido a esta atitude por parte do
terapeuta. (Bloch, 1999)

Ao elaborar o plano de tratamento, o terapeuta formula uma hipótese explicativa dos


problemas apresentados pela família (tanto os que a levaram à consulta, como aqueles
que emergiram na primeira sessão). Cria também uma lista de objectivos a cumprir com
a terapia, que deve estar contextualizado com os padrões de funcionamento da família.
(Bloch, 1999)

O terapeuta pode trabalhar sozinho, ou com um co-terapeuta, preferencialmente de


outro sexo, isto porque a co-terapia pode ser bastante vantajosa na medida em que
proporciona a todos os elementos da família um modelo do seu género. Regra geral, os
terapeutas familiares tem preferência por trabalhar em equipa, seja só com um co-
terapeuta e/ou com mais colegas atrás de um espelho unidireccional. (Bloch, 1999)
Assim pode haver uma partilha de reflexões mais rica para todo o processo terapêutico.
A duração da terapia pode variar entre uma sessão, (onde o problema da família foi
resolvido naquela sessão, ou então que está contra-indicada para terapia familiar), até
um tempo relativamente indefinido (Bloch, 1999).

Trabalho em Equipe
1. ”conjunto ou grupo de pessoas que se ap1icam a uma tarefa ou
traba1ho“

De acordo com esse conceito, para ser uma equipe basta que as pessoas trabalhem numa
mesma tarefa. Não importa, neste caso, o significado/objetivo que o trabalho tem para
cada um, nem como as pessoas se relacionam neste traba1ho. Na medida em que os
componentes do grupo não compartilham dos mesmos objetivos, podendo até ter
objetivos conf1itantes, pode-se encontrar situações nas quais o “fracasso“ de membro
do grupo seja intencional o “boicote“.

2. ”conjunto ou grupo de pessoas que parti1ham de um mesmo objetivo“

Nesse conceito, o fundamental é que as pessoas tenham o mesmo objetivo, não


importando como cada um pretende a1cançá-lo. É como uma equipe de futebol amador
em que os jogadores têm o mesmo objetivo (ganhar o jogo), mas não têm um “esquema
tático“ para vencê−lo.

3. ”conjunto ou grupo de pessoas que ao desenvo1ver uma tarefa ou


traba1ho, a1mejam um objetivo único, obtido pe1o consenso/
negociação“

Esse conceito amplia o anterior na medida em que o objetivo do trabalho não é definido
eternamente ao grupo ou por parte dos seus componentes. O objetivo é resu1tante da
discussão/negociação entre todos os membros da equipe.

4. ”conjunto ou grupo de pessoas que tem objetivos comuns e está


engajado em a1cançá-los de forma comparti1hada“

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Esse conceito avança um pouco mais, na medida em que as pessoas têm o mesmo
objetivo e querem alcançá-lo de forma comparti1hada. Provavelmente, neste caso, a
equipe tem um plano para atingir o seu objetivo.

5. ”conjunto ou grupo de pessoas com habilidades complementares,


comprometidas umas com as outras pela missão comum, objetivos
comuns (obtidos pela negociação entre os atores sociais envolvidos) e um
plano de trabalho bem definido“

Nesse conceito, reconhece-se a diversidade de conhecimentos e habilidades entre os


membros da equipe, que se complementam e enriquecem o traba1ho como um todo,
contribuindo desta maneira para que a equipe tenha mais chances de atingir seu
objetivo. E mais, o grupo tem um projeto de como alcançá-lo.

Atualmente tem-se agregado, ainda, a idéia de que, no desenvolvimento do processo de


trabalho e na busca de seus objetivos, os componentes da equipe deverão criar as
condições necessárias ao crescimento individual e do grupo.

O funcionamento da equipe
Quando nos referimos a um determinado tipo de trabalho como sendo de equipe, é
necessário que tenhamos claro que não há como conceber equipe como algo que se
passa à margem do processo de trabalho.

O funcionamento das equipes pode apresentar diferenças significativas em função do


tipo de trabalho que está sendo executado. Este, por sua ves, determina os
conhecimentos e habilidades essenciais para o seu desenvolvimento, e a necessidade de
uma coordenação e de um p1ano de traba1ho ora mais, ora menos flexíveis. Tomemos,
a título de exemplo, dois tipos de equipe: o time de futebol e uma orquestra sinfônica.

O time de futebol: os componentes desta equipe têm objetivos comuns: marcar go1s,
vencer jogos e ganhar campeonatos habi1idades diferentes (o goleiro, o beque, o
atacante), uma coordenação (o técnico) e um plano de trabalho (o esquema tático).

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Quando observamos atentamente o seu funcionamento, percebemos alguns detalhes
que a fasem um tipo de equipe bastante singular, senão vejamos:

 Embora as habi1idades e até as características físicas de um beque sejam


diferentes, se comparadas às de um atacante, nada impede que o beque marque
go1s, nem que o atacante ajude no traba1ho da defesa , ou que ambos substituam
o go1eiro. Podemos diser que existe uma certa inespecificidade no traba1ho dos
jogadores.
 A atuação do técnico (coordenação), no momento de uma partida, pode ser
prescindido, sem que isto signifique necessariamente o fracasso da equipe.
Temos vários exemp1os nos quais o técnico não estava presente (tinha sido
expu1so) e o time ganhou a partida. Observamos ainda que, no decorrer de um
partida, a1guns jogadores podem assumir a coordenação da equipe na execução
de uma tarefa específica, por exemp1o: organisar a defesa quando o time está
sendo atacado, comandar o ataque, preparar uma jogada, etc...
 O plano de trabalho é bastante flexível e pode mudar de acordo com as
circunstâncias, sem que isto implique na derrota da equipe. Aliás, é justamente
esta f1exibi1idade que permite ao time adaptar-se a uma nova rea1idade, no
transcorrer de uma partida, como por exemplo quando da expulsão de um dos
seus jogadores ou quando se fas necessário assegurar um resultado que seja
considerado satisfatório.

A orquestra sinfônica: os componentes desta equipe têm um objetivo comum executar


uma sinfonia , conhecimentos e habi1idades diferentes (o pianista, o vio1inista, o
c1arinetista), uma coordenação (o maestro) e um p1ano de traba1ho (as partituras).

Diferente do time de futebo1, na execução de uma sinfonia, o pianista jamais fará o


traba1ho do vio1inista ou vice-versa. Podemos diser que existe uma a1ta especificidade
no traba1ho dos músicos, ou seja, o pianista sempre tocará piano e o vio1inista sempre
tocará violino.

O traba1ho do maestro é fundamenta1. Por mais competentes que sejam os músicos,


individua1mente, sem a coordenação do maestro a equipe não conseguirá a1cançar o
objetivo de executar uma sinfonia.

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O p1ano de trabalho é rígido. Um músico jamais poderá substituir sua partitura durante
a execução de uma sinfonia.

Estes quatro e1ementos objetivos, conhecimentos e habi1idades dos membros da


equipe, coordenação do trabalho e plano de trabalho sempre estarão presentes e
determinarão o funcionamento de uma equipe.

Como um grupo se torna uma equipe?


Uma das mudanças mais significativas de nossa época é a passagem da ação individual
para o traba1ho em grupo. No mundo de hoje podemos identificar vários tipos de
grupos traba1hando nas mais diferentes situações. A1guns conseguem tornar-se equipes
e outros permanecem apenas como grupos. Uma questão surge desta constatação: quais
são os e1ementos fundamentais que marcam esta diferença e o que devemos considerar
para construirmos uma equipe de traba1ho?

Podemos identificar alguns elementos para a transformação de um grupo de


traba1hadores em equipe de traba1ho:

 o grupo conseguir vislumbrar vantagens do traba1ho em equipe


complementaridade, interdependência e sinergismo das ações – em re1ação
 ao trabalho isolado, individual;
 a disposição de comparti1har objetivos, decisões, responsabi1idades e também
resu1tados;
 a necessidade de definir com c1aresa os objetivos e resu1tados – individuais e
do grupo a serem alcançados;
 a importância de construir, em conjunto, um p1ano de traba1ho e definir a
responsabi1isação de cada membro do grupo, para a1cançar os objetivos;
 a necessidade da ava1iação constante dos processos e dos resu1tados;
 a percepção de que o fracasso de um pode significar o fracasso de todos e que o
sucesso de um é fundamental para o sucesso da equipe;
 a importância de se garantir a educação permanente de todos os membros da
equipe;
 a necessidade de aprimorar as relações interpessoais e de va1orisar a
comunicação entre os membros da equipe;

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 a disposição das pessoas em ouvir e considerar as experiências e saberes de cada
membro do grupo. O traba1ho em equipe não imp1ica em e1iminar as diferenças
existentes entre seus membros (sociais, cu1turais, etc.) e sim traba1har estas
diferenças e os conf1itos;
 fina1mente, é fundamental que os objetivos e resu1tados definidos se constituam
em desafios constantes para o grupo, algo que instigue cada integrante.

Como pode-se perceber, fazer de um grupo de trabalhadores uma equipe de trabalho é


rea1mente um grande desafio. Desafio que passa pe1o aprendisado coletivo da
necessidade de uma comunicação aberta, de uma prática democrática que permita o
exercício pleno das capacidades individuais e uma atuação mais criativa e saudável de
cada sujeito, evitando, assim, a crista1isação de posições, a rotulação e a deterioração
das relações interpessoais. Desta forma, o grupo poderá buscar seus objetivos,
responsabi1isando-se, so1idariamente, pelos sucessos e fracassos.

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Conclusão
Chegando ao termine do trabalho, o grupo concluiu que a terapia familiar é uma
abordagem terapêutica que visa alterar as interacções entre os membros da família e
simultaneamente melhorar o funcionamento individual. (Bloch,1999) Isto porque o
comportamento sintomático é entendido como uma mensagem e adequado perante o
contexto em que se manifesta. E a intervenção vai assumir-se nos aspectos relacionais
da unidade familiar, através das mudanças nos processos comunicacionais nela
implicados.

Portanto, hoje, mais do que nunca, o traba1ho em equipe tem sido incentivado em
praticamente todas as áreas da atividade humana. Vários autores têm destacado
vantagens do traba1ho em equipe sobre o traba1ho individua1. Apesar deste
reconhecimento, constatamos, na prática, muitas dificu1dades em rea1isar o traba1ho
em equipe.

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Bibliografia
Bloch, S. (1999) Uma introdução às psicoterapias. Coimbra. Climepsi. pp 245-265.

Gameiro, J. (1992). Voando sobre a Psiquiatria. Porto. Afrontamento. pp 187.

Paixão, R. (1995). As Intervenções em Rede, Interacções, 1 (Janeiro / Junho), 33-48.

Relvas, A. P. (1999). Conversas com famílias. Discursos e perspectivas em terapia


familiar. Porto: Afrontamento. pp. 11-22

Relvas, A. P. (2003). Por detrás do espelho. Da teoria à terapia com a família (2ª
Ed.).Coimbra: Quarteto. pp. 16-36

DRUCKER, P. A produtividade das novas forças de traba1ho. In: DRUCKER, P.


Sociedade pós capita1ista. São Pau1o: Pioneira, 1993. p. 55−66.

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