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Processo Clássico;
Processo Moderno.
Processo Clássico
Fonte: http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?p=62575347
A posição das duas filas de trilhos é controlada pelo gabarito de bitola, que consiste em
uma barra de ferro com dois ressaltos na distância igual à bitola da linha.
Fig. Gabarito de bitola
Fonte: brferrovia.com.br/trolleys
Fig. Furadeira
Fonte: nacionalferrovia.com.br/post/furadeira-de-trilho-p12
Em seguida, à medida que os trilhos vão sendo colocados sobre os dormentes e antes de
iniciar a fixação (pregação), ligam-se as juntas por meio das talas de junção, colocando
dois ou três parafusos, mal apertados, de modo a permitir a fácil movimentação da linha
nas operações seguintes. A ligação dos trilhos é feita em pequenos trechos (100 a 200
m) à frente do serviço.
Simultaneamente, vai-se fixando os trilhos de um lado, colocando o acessório de
fixação e os operários utilizando alavancas, chegam a outra fila de trilhos na posição
certa, conferindo com o gabarito de bitola, para que a distância entre as duas filas seja
igual à bitola especificada.
Não é feita a pregação completa de uma vez. Inicialmente os dormentes são pregados
alternadamente e às vezes, saltando dois dormentes e pregando um. Tem-se assim o que
se chama linha pontilhada ou ponteada, sobre a qual já pode circular o trem de serviço
levando material para a frente. Esse trem de serviço costuma chamar-se trem de lastro.
Fonte:flickr.com/fotos/diegoferrovias/6876498840
A medida que avança a colocação dos trilhos como foi acima explicado, vai-se
procedendo às operações de puxamento, nivelamento e acabamento, que descreveremos
a seguir:
Puxamento da Linha
Esta operação consiste em dar à linha férrea, o alinhamento do projeto que foi marcado
no terreno, por meio dos marcos de alinhamento e nivelamento já mencionados.
Os marcos já foram colocados à margem da linha, a uma distância certa do eixo. Assim
sendo, conhece-se a distância de cada marco ao trilho mais próximo, não só nos pontos
singulares (TE, E t, CE, ET) como também nos pontos intermediários, marcados de 20
em 20 metros.
A operação de puxamento consiste em se deslocar a linha (grade formada pelos trilhos e
dormentes), por meio de alavancas, de modo a colocar os trilhos na posição certa,
indicada pelos marcos. Para que os trilhos fiquem perfeitamente alinhados, de acordo
com o projeto, não basta a indicação dos marcos, devendo entrar em ação a prática do
mestre de linha que, a distância, observa o alinhamento entre os marcos e comanda o
pessoal que movimenta a linha por meio de alavancas, obedecendo aos sinais do mestre
de linha, de modo que aquele seja perfeito.
Lastramento e Nivelamento
A seguir o lastro é encaixado sob os dormentes, levantando-se a grade da linha por meio
de pequenos macacos ou mesmo pelas próprias máquinas niveladoras e vibradoras.
Uma vez encaixada a pedra britada sob os dormentes, é feita a compactação do lastro,
por meio de socadoras mecânicas. Essa operação denomina-se socaria, termo
consagrado em virtude do processo manual até pouco tempo usado, no qual o lastro era
socado por picaretas próprias, denominadas picaretas de soca.
O nivelamento dos trilhos é verificado por meio de uma régua e nível de bolha, de modo
a atingir a altura marcada nos marcos de referência colocados à margem da linha,
conforme já indicamos. Para um bom nivelamento da linha é necessário que o lastro
tenha a granulometria já especificada, quando foi feito o estudo do lastro.
Puxamento Final e Acabamento
Feito isto, enche-se de lastro os intervalos entre os dormentes, até a altura destes e
compõe-se os taludes do lastro, de acordo com o projeto. Num serviço totalmente
mecanizado, existem máquinas próprias para dar o acabamento e taludamento do lastro,
inclusive retirando o excesso de brita.
Processo Moderno
A seguir os dormentes e trilhos são assentados sobre essa camada de lastro, executando-
se as operações já descritas no método anterior.
Como indicação, poderemos dizer que, com serviços mecanizados, é possível atingir-se
o assentamento de um quilômetro ou mais por dia, excetuando-se o lastramento, que
ficará na dependência de disponibilidade de brita nesse prazo. Em outros países, foi
utilizada com êxito a montagem de estaleiro para construção da grade trilhos dormentes,
transportando-se as grades, de dimensões convenientes, por guindastes próprios, até o
local de assentamento. Este processo também acelera o tempo de assentamento da via.