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UNIVERSIDADE WUTIVI

FACULDADE DE ENGENHARIA, ARQUITETURA E PLANEAMENTO


FÍSICO

ENGENHARIA CIVIL

3º ANO

CADEIRA: Planeamento Regional e Urbano

TEMA: Resumo 2

Discente: Cleyton A.T Saia

Docente: Valeriano Moiane

Maputo, Maio de 2021


Direitos reais secundários e planejamento urbano: uma alternativa as estratégias
clássicas de pensar o território

Anderson Henrique Vieira, Larissa da Silva Ferreira Alves


Planejamento urbano, segundo Pujadas & Font (1998), é uma organização do uso da
terra com base na redistribuição de oportunidades de expansão e detecção de
necessidade, potencialidade, limitações e vantagens comparativas e competitivas
(Pujadas & Font, 1998, p.12). Seria a confirmação no território, dos programas, planos e
políticas econômicas, sociais, culturais e ecológicas de sociedade.
Os mais amplo dos instituto de direitos reais secundário, a enfiteuse, objectiva ampliar o
acesso ao solo bem como fortalecer a segurança habitacional ao enfiteuta, trazendo
incluso o dever jurídico de edificar e melhorar o imóvel sendo assim uma excelente
ferramenta de gestão urbana. Assim objectiva-se nesse artigo compreender como o
planejamento urbano, estruturado sob desenvolvimento de direitos reais e secundários,
pode contribuir para democratizar o espaço urbano
São os direitos reais: propriedade, superfície, servidões, usufruto, uso, habitações,
direito do promete comprador do imóvel, penhor, hipoteca, anticrese, concessão de uso
especial para fins de moradia, concessão de direito real de uso e a laje. Para Maria
Helena Diniz (2011, p.58), pode-se compreender os direitos reais como sendo uma
relação jurídica em que uma pessoa tem total domínio sobre a coisa possuída, podendo
assim, dela dispor, gozar e usufruir conforme sua própria capacidade.
O desenvolvimento do instituto de direitos reais secundário, a enfiteuse, é fator
primordial para mitigar a perspectiva excludente e absoluta. Robilant (2014), estudiosa
da temática dos direitos reais, destaca os benefícios trazidos pela enfiteuse enquanto
ferramenta para a gestão participativa de interesses coletivos ligados a propriedade:
flexibilidade, justiça e participação. A enfiteuse torna-se uma alternativa possível para
estruturar o planejamento urbano e contribuir para superação de contradições e
democratização do solo por permitir, entre outras possibilidades, a conjunção de
titularidades no imóvel, fortalecendo o direito à moradia e habitação, e também maior
celeridade nos processos de gestão, por ter uma menor onerosidade na transmissão.
Dessa maneira, é possível desenvolver uma democracia deliberativa que esteja apta a
albergar formas de propriedades baseadas na negociação entre os participantes da
relação de direitos reais.
Contudo pude perceber que a enfiteuse é um instituto de direitos reais secundários, esses
direitos que podem ser compreendidos como sendo a relação jurídica em que uma
pessoa tem total domínio sobre a coisa possuída, podendo assim, dela dispor, gozar e
usufruir conforme sua própria capacidade. Sendo uma forma de gestão urbana a
enfiteuse tem como objetivo ajudar na democratização de um espaço urbano.

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