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Material Teórico
Direitos e Deveres dos Pacientes
Revisão Textual:
Prof. Ms. Luciano Vieira Francisco
Direitos e Deveres dos Pacientes
OBJETIVO DE APRENDIZADO
· Desenvolver as competências no processo de tomada de decisão ética.
· Demonstrar capacidade de argumentação e de decisão éticas na
análise de situações concretas da prática clínica.
· Analisar as principais teorias éticas na sua relação de aplicabilidade
ao contexto da saúde.
· Analisar comportamentos pessoais e profissionais em um quadro de
referência ético-deontológico e legal da profissão com respeito pelos
valores e culturas das pessoas destinatárias dos cuidados de saúde.
· Assumir postura de respeito às diferenças culturais.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja uma maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.
Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.
Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.
Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como o seu “momento do estudo”.
No material de cada Unidade, há leituras indicadas. Entre elas: artigos científicos, livros, vídeos e
sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você também
encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados.
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discussão,
pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato
com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e aprendizagem.
UNIDADE Direitos e Deveres dos Pacientes
I. Todo cidadão tem direito ao acesso ordenado e organizado aos sistemas de saúde;
II. Todo cidadão tem direito a tratamento adequado e efetivo para seu problema;
III. Todo cidadão tem direito ao atendimento humanizado, acolhedor e livre de qualquer
discriminação;
IV. Todo cidadão tem direito a atendimento que respeite a sua pessoa, seus valores e seus
direitos;
V. Todo cidadão também tem responsabilidades para que seu tratamento aconteça da
forma adequada; e
VI. Todo cidadão tem direito ao comprometimento dos gestores da saúde para que os
princípios anteriores sejam cumpridos.
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Art. 3º – Toda pessoa tem direito ao tratamento adequado e no tempo
certo para resolver o seu problema de saúde.
Art. 5º – Toda pessoa deve ter seus valores, cultura e direitos respeitados
na relação com os serviços de saúde.
Para o Estado de São Paulo existe também uma legislação a ser seguida e que
possui relação direta aos direitos e deveres dos usuários do sistema estadual de
saúde, a Lei Complementar n.º 791, de 9 de março de 1995, que estabelece o
Código de Saúde no Estado e a Lei Estadual – São Paulo – n.º 10.241, de 17 de
março de 1999, chamada também de Lei Mário Covas.
Nessa Lei, o então governador do Estado de São Paulo, Mário Covas, criou a
permissão para a realização da ortotanásia – direito à morte natural –, que permite
a suspensão de tratamentos que prolonguem a vida de pacientes em estado
terminal ou sem chances de cura. A legislação garante ao paciente o direito de “[...]
recusar tratamentos dolorosos ou extraordinários para tentar prolongar a vida”
(MUSTAFA, 2010).
Dois anos depois de sua criação, o próprio ex-governador de São Paulo, Mário
Covas, optou por passar os seus últimos dias de vida em casa, ao lado da família,
deixando o hospital e recebendo apenas cuidados paliativos, utilizando-se da Lei
que o próprio havia sancionado.
Segundo Cardoso (2010), quem faz um relato sobre toda a discussão jurídica da
ortotanásia, essa discussão não carece de disciplina jurídica específica, visto que,
segundo os direitos fundamentais, é perfeitamente possível que o paciente interrompa
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9. Receber, por escrito, o diagnóstico e o tratamento indicado, com a assinatu-
ra do nome do profissional e o seu número de registro no órgão de regula-
mentação e controle da profissão.
10. Receber as prescrições médicas: a) com o nome genérico das substâncias;
b) datilografadas ou em caligrafia legível; c) sem a utilização de códigos
ou abreviaturas; e d) com o nome legível do profissional, assinatura e seu
número de registro no órgão de controle e regulamentação da profissão.
11. Conhecer a procedência do sangue e dos hemoderivados e poder verificar,
antes de recebê-los, os carimbos que atestaram a origem, sorologias
efetuadas e prazos de validade.
12. Ter anotado em seu prontuário, principalmente se inconsciente durante
o atendimento: a) todas as medicações, com as dosagens utilizadas; e b)
o registro da quantidade de sangue recebida e dos dados que permitam
identificar a sua origem, as sorologias efetuadas e prazos de validade.
13. Ter assegurada, durante as consultas, internações, procedimentos diag-
nósticos e terapêuticos, e na satisfação de suas necessidades fisiológicas; a)
a sua integridade física; b) a sua privacidade; c) a sua individualidade; d)
o respeito aos seus valores éticos e culturais; e) o sigilo de toda e qualquer
informação pessoal; e f) a segurança do procedimento.
14. Ser acompanhado, se assim o desejar, nas consultas, exames e no momento
da internação por uma pessoa por ele indicada.
15. Ser acompanhado, se maior de sessenta anos, durante o período da
internação, de acordo com o que dispõe o Estatuto dos Idosos.
16. Ser acompanhado nas consultas, exames e durante a internação se for
menor de idade, de acordo com o que dispõe o Estatuto da Criança e
do Adolescente.
17. Ter asseguradas durante a hospitalização a sua segurança e a dos seus
pertences que forem considerados indispensáveis pela instituição.
18. Ter direito, se criança ou adolescente, de desfrutar de alguma forma de
recreação, prevista na Resolução n.º 41, do Conselho Nacional de Direitos
da Criança e do Adolescente.
19. Ter direito durante longos períodos de hospitalização, de desfrutar de
ambientes adequados para o lazer.
20. Ter garantia de comunicação com o meio externo como, por exemplo,
acesso ao telefone.
21. Ser prévia e claramente informado quando o tratamento proposto estiver
relacionado a projeto de pesquisa em seres humanos, observando o que
dispõe a Resolução n.º 196, de 10 de outubro de 1996, do Conselho
Nacional de Saúde.
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UNIDADE Direitos e Deveres dos Pacientes
Para ter acesso à versão integral deste Projeto de Lei e acompanhar o seu desenrolar,
Explor
acesse: https://goo.gl/ihEodR
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Parágrafo único. Dentre as ações referidas no Caput, os Hospitais Amigos
da Criança garantirão a vinculação da gestante, no último trimestre de
gestação, ao estabelecimento hospitalar em que será realizado o parto.
É por meio dessa Portaria que é permitido às mães ficarem junto aos seus
bebês 24 horas por dia, caso estes necessitem de atendimento especializado,
principalmente nos casos de partos prematuros, sendo este um dos requisitos para
que o Hospital possa atender às prerrogativas e ser considerado Hospital Amigo
da Criança.
No entanto, existem outras doenças graves que ainda não estão contempladas
nas leis; nesses casos específicos, os portadores devem entrar com ações judiciais,
exigindo seus direitos com base no princípio da isonomia.
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Saque de Quotas do Programa de Integração Social (PIS) para os
Trabalhadores Cadastrados
Poderá efetuar o saque das quotas o trabalhador cadastrado no PIS que for
portador de câncer, Aids ou cujo dependente for portador dessas doenças.
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·· Carteira de trabalho;
·· Carteira de identidade;
·· Documentos comprobatórios do motivo do saque:
·· Atestado fornecido pelo médico que acompanha o tratamento do
portador da doença, contendo as seguintes informações:
·· Diagnóstico expresso da doença;
·· Estágio clínico atual do paciente/doença;
·· Classificação Internacional da Doença (CID);
·· Menção à Resolução n.º 1/96, do Conselho Diretor do Fundo de
Participação PIS/Pasep;
·· Carimbo que identifique o nome/CRM do médico;
·· Cópia do exame histopatológico ou anatomopatológico que com-
prove o diagnóstico;
·· Comprovação da condição de dependência do portador da doen-
ça, quando for o caso. O trabalhador poderá receber o total de
quotas depositadas.
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5. O paciente tem o dever de indicar o responsável financeiro pelo seu tratamen-
to hospitalar, informando ao Hospital quaisquer mudanças nesta indicação;
6. O paciente tem o dever de conhecer e respeitar as normas e regulamentos
do Hospital, através do Manual de orientação ao paciente;
7. O paciente tem o dever de respeitar os direitos dos demais pacientes,
acompanhantes, funcionários e prestadores de serviços da Instituição;
8. O paciente tem o dever de zelar, e solicitar que os seus visitantes e
acompanhantes também o façam, pelas propriedades do Hospital colocadas
à sua disposição para o seu conforto e tratamento;
9. O paciente tem o dever de participar do seu plano de tratamento e alta
hospitalar ou indicar quem o possa fazer;
10. O paciente tem o dever de atender e respeitar a proibição de fumo nas
dependências do Hospital, extensivo aos seus acompanhantes, conforme a
legislação vigente.
Tutela e Curatela
Abordamos os casos de dependentes, inclusive para isenção de impostos quando
do acometimento de doenças graves, mas para algumas circunstâncias específicas
precisamos definir as situações de tutela e curatela.
Tipos de Tutela
· Testamentária – ocorre quando o tutor é estabelecido pela vontade dos
pais em testamento ou qualquer outro documento autêntico, ou seja,
um documento onde é possível estabelecer a vontade dos pais quanto à
nomeação do tutor e a identidade do signatário. Existem dois requisitos para
este caso: um é o fato de que o outro cônjuge não possa exercer o poder
familiar; e outro quando aquele que nomeia o tutor esteja no exercício do
poder familiar ao tempo de sua morte;
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Curatela
Diferente da tutela, a curatela é indicada para os casos especificados no Artigo
1.767 do Código Civil, apresentados a seguir:
Art. 1.767. Estão sujeitos à curatela:
V – os pródigos.
O curador é designado por um juiz que deverá cuidar dos interesses de outrem
que se encontre incapaz de fazê-lo, podendo determinar, em casos para pessoas
com deficiência, a indicação de curatela compartilhada a mais de uma pessoa,
conforme o Artigo 1.775-A.
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Sites
Acompanhe a tramitação de projetos de lei pela Câmara dos Deputados, por meio do
seguinte link:
http://www2.camara.leg.br
Leitura
Carta dos direitos dos usuários da saúde. 3. ed. Brasília, DF, 2011.
https://goo.gl/b2ias1
Carta dos direitos dos usuários da saúde
BRASIL. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. Carta dos direitos dos
usuários da saúde. Brasília, DF, 2012.
https://goo.gl/Hpjwq5
Direitos dos Usuários dos Serviços e das Ações de Saúde no Brasil
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria-Executiva. Direitos dos usuários dos serviços
e das ações de saúde no Brasil: legislação federal compilada – 1973 a 2006. Brasília,
DF, 2007.
https://goo.gl/ksKcxD
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Referências
BRASIL. Portaria n.º 1.820, de 13 de agosto de 2009. Dispõe sobre os direitos
e deveres dos usuários da saúde. Brasília, DF, 2009. Disponível em: <http://bvsms.
saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2009/prt1820_13_08_2009.html>. Acesso
em: abr. 2017.
______. Lei n.º 9.797, de 6 de maio de 1999. Brasília, DF, 1999. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9797.htm>. Acesso em: abr. 2017.
SÃO PAULO (Estado). Lei Estadual n.º 10.241. Diário Oficial do Estado, São Paulo,
18 mar. 1999. Disponível em: <http://www.pge.sp.gov.br/centrodeestudos/
bibliotecavirtual/dh/volume i/saudelei10241.htm>. Acesso em: abr. 2017.
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