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CAPÍTULO 6
6 PROPRIEDADES TERMODINÂMICAS DOS FLUIDOS
dQ
2a Lei: dS ≥
T
Q
W
Sistema
Vizinhança
∂T ∂P
= − (6.12)
∂V S ∂S V
Para as demais funções:
dH = TdS + VdP H=H(S,P)
dA = −SdT − PdV A=A(T,V)
dG = VdP − SdT G=G(P,T)
4
∂T ∂V
= (6.13)
∂P S ∂S P
∂P ∂S
= (6.14)
∂T V ∂V T
∂V ∂S
= − (6.15)
∂T P ∂P T
dH dS dP
Dividindo a equação (6.9) por dT temos: =T +V
dT dT dT
Na forma diferencial e considerando P=cte.
∂H ∂S
= T
∂T P ∂T P
∂S Cp
Substituindo a equação (6.16) na equação acima: = (6.17)
∂T P T
5
Para Cv temos:
∂S = C V (6,18)
∂T V T
c) Derivada da entalpia em relação a pressão, T=constante
dH dS dP
Dividindo a equação (6.9) por dP: =T +V
dP dP dP
Na forma diferencial:
∂H ∂S
= T + V (6.19)
∂P T ∂P T
Identidade Matemática
e) Derivadas em relação a T e P
∂V gi R
temperatura T e Pressão P, portanto: = substituindo nas equações (6.20)
∂T P P
e (6.21):
dT dP
gi
dH = C dT gi
(6.22) dS gi = C pgi −R (6.23)
p
T P
∂U
= (1 − β T )V + PVκ − V = (κP − β T )V
∂P T
Lembrando que κ é a compressibilidade isotérmica (capítulo 3):
1 ∂V
κ≡−
V ∂P T
As equações (6.24) até (6.26) precisam dos valores de κ e β e são,
normalmente, utilizadas somente para líquidos. No entanto, para líquidos afastados do
ponto crítico, o volume V é pequeno assim como os valores de κ e β. Portanto, na
maioria dos casos a pressão exerce pouca influência sobre a H, S e U dos líquidos.
Quando
∂V é substituído pela expansividade volumétrica nas equações
∂T P
(6.20) e (6.21) temos:
dH = CpdT + V (1 − β T )dP (6.27)
dT
dS = Cp − β VdP (6.28)
T
Como para líquidos, normalmente, os valores de V e β são pouco dependentes
da P eles podem ser considerados constantes na integração dos últimos termos das
equações (6.27) e (6.28).
Portanto, se conhecermos G
RT ou G em função de T e P podemos calcular
todas as demais propriedades por meio de operações matemáticas, portanto G é uma
função geradora.
d
A P U
≡− dV − dT (6.33)
RT RT RT 2
∂(A ) ∂(A )
= − RT = −T RT
P U
Onde: (6.34) (6.35)
RT ∂V T RT ∂T V
• Para relacionarmos H e S com A:
9
H U PV S U A
= + = −
RT RT RT R RT RT
RT
Para gás ideal: V gi =
P
RT
VR = (z − 1) (6.38)
P
RT
Para gás real: V = z
P
G gi V gi H gi
d ≡ dP − dT
RT RT RT 2
subtraindo da equação (6.29) escrita para gás real temos:
GR VR HR
d ≡ dP − dT (6.40)
RT RT RT 2
esta equação se aplica a fluidos com composição constante.
10
V R ∂ (G RT ) HR ∂ (G RT )
R R
= (6.41) = −T (6.42)
RT ∂P T RT ∂T P
ENTROPIA RESIDUAL:
• Portanto: G R = H R − TS R
isolando SR e dividindo por RT:
SR H R G R
= − (6.43)
R RT RT
Desta forma GR serve como função geradora de outras propriedades residuais
e aqui temos uma ligação direta com dados experimentais. Esta ligação é
representada pela equação (6.41) que pode ser escrita da forma:
GR VR
d = dP T=cte
RT T RT
P
GR VR
integrando de P=0 até P temos: =∫ dP
RT 0 RT
substituindo a equação(6.38)
P
GR dP
= ∫ (z − 1) (6,44)
RT 0 P
derivando a equação (6.44) em relação a T e associando com a equação (6,42):
P
HR ∂z dP
= −T ∫ (6,45)
RT 0 ∂T P P
∂z
•
∂T P
As integrais das equações (6.44), (6.45) e (6.46) podem ser avaliados por
métodos numéricos ou gráficos
No entanto, se z for calculado através de uma equação de estado, por exemplo
PENG-ROBINSON as integrais são resolvidas analiticamente.
Portanto, a partir de dados PVT podemos avaliar HR, SR e GR e todas as
demais propriedades residuais.
Esta é a conexão direta com os dados experimentais que torna as
propriedades residuais ESSENCIAIS para a utilização termodinâmica na prática.
As propriedades residuais também podem ser calculadas a partir das
correlações generalizadas e das equações de estado do virial. As equações
generalizadas dão origem às TABELAS DE LEE-KESLER para cálculo da entalpia e
entropia residuais, ver apêndice A.3. As equações do virial utilizadas para o cálculo
das propriedades residuais encontram-se no Apêndice A.4.
Aplicada à S e H a equação (6.39) assume a seguintes formas:
Entalpia: H R = H − H gi H = H R + H gi (A)
Entropia: S R = S − S gi S = S R + S gi (B)
Assim, a H e a S, para um gás real, são determinadas à partir das
propriedades no estado de gás ideal e residuais através de uma simples adição.
Expressões para Hgi e Sgi são obtidas pela integração das equações (6.22) e (6.23) de
um estado de gás ideal To,Po(referência) para um estado real T,P.
T T
dT P
H = H + ∫ C dT
gi gi
o
gi
p S = S + ∫ C gip
gi gi
o − R ln
To To
T Po
importância para gases ideais, pois a partir delas podemos calcular as propriedades
dos gases reais.
As equações (6.45) e (6.46) também podem ser utilizadas para líquidos.
3
A Região de
fluido
Região de
Pressão
Líquido
Região de Sólido
B
Região de
Gás
2 Região de
Ponto Vapor
triplo
1
TC
Temperatura
termoelétrica. O estado inicial é água líquida a uma temperatura abaixo de seu ponto
de ebulição e o estado final é vapor na região superaquecida. Acompanhe o processo
pelas figuras 6.3 e 6.4.
as linhas de volume constante têm o aspecto que se mostra na figura 6.6, onde se
observa que a inclinação de uma linha de volume constante é superior à inclinação de
uma linha de pressão constante. A justificativa para este fato encontra-se
determinando as derivadas que dão, respectivamente, os ângulos de inclinação das
linhas de volume constante e das isóbaras no diagrama T-S.
Das equações (6.17) e (6.18) temos:
∂S Cp ∂S = C V
= (6.17) (6,18)
∂T P T ∂T V T
∂z dPR
PR
HR
RTC
= −TR2 ∫ ∂T
0 R
PR PR
(6.53)
∂z dPR
PR P
SR R
dP
R
= −TR ∫0 ∂TR
PR PR
− ∫ (z − 1) R
0
PR
(6.54)
∂z ∂z o ∂z1
= + ω
∂TR PR ∂TR PR ∂TR
∂z
substituindo as expressões para z e para nas equações (6.53) e (6.54):
∂TR PR
(H ) = (H )
R R (0)
+ω
(H )R (1)
(6.55)
RTC RTC RTC
(S ) = (S )
R R (0)
+ω
(S )
R (1)
(6.56)
R R R
No Apêndice A.4 você encontra o método de virial para cálculo das
propriedades residuais.
As correlações generalizadas para H e S residuais mais os dados de Cpgi
permitem o cálculo da H e S para um gás em qualquer condição de T e P através das
equações abaixo escritas para uma mudança de estado 1 para estado 2:
T2
H 2 = H gio + ∫ C giP dT + H R2
To
T1
H 1 = H gio + ∫ C giP dT + H 1R
To
∆H = + ∫ C giP dT + H R2 − H 1R (6.57)
T1
T2
dT P
Para a entropia: ∆S = + C giP ∫
T1
T
− R ln 2 + S R2 − S1R
P1
(6.58)
6.5) Vapor a 400 bar e 500oC sofre uma expansão de Joule –Thompson para 1 bar.
Determine a T do vapor usando o gráfico de Mollier e as tabelas de vapor.
Obs.: O que é a expansão de Joule-Thompson? É uma expansão com entalpia
constante.
6.7) Gás propano a 1 bar e 35oC é comprimido até um estado final de 135 bar e
195oC. Estime o V molar do propano no estado final e as variações de S e H do
processo. Dados:
Tc (K) Pc(bar) TB(K) ω C giP T(K) J mol-1K-1
6.9) Metanol será aquecido e comprimido de uma condição inicial de 30oC, 3 bar até
uma condição final de150oC, 10 bar. Determine a variação de entalpia envolvida.
Dados:
Tc (K) Pc(bar) ω C PL C Pgi T(K) J/(mol K)
cal/(mol K)
512,6 79,9 0,559 21 5,052+1,694x10-2T
∆HB TB(K) Antoine: P: mmHg T: K
(cal/mol) A=18,5875 B=3626,55 C=-34,29
8426 337,8
22
Apêndice A1:
Critério de Exatidão de uma diferencial exata.
A diferencial exata de F é:
∂F ∂F
dF = dx + dy
∂x y ∂y x
dF = Mdx + Ndy
∂F ∂F
onde : M = N =
∂x y ∂y x
diferenciando:
∂M ∂ ∂F ∂ 2 F
= =
∂y x ∂y ∂x ∂y∂x
Como a ordem de diferenciação não importa
∂N ∂ ∂F ∂ 2 F
= =
∂x y ∂x ∂y ∂x∂y
∂M ∂N
= (A.1)
∂y x ∂x y
23
Apêndice A.2.
Relações Termodinâmicas para um Sistema Homogêneo Fechado
Definições de H, A e G
H = U + PV
A = U − TS
G = U + PV − TS = H − TS = A + PV
Equações Fundamentais
dUS,V ≤ 0 dA T,V ≤ 0
dHS,P ≤ 0 dG T,P ≤ 0
Relações de Maxwell
∂T ∂P ∂S ∂P
= − =
∂V S ∂S V ∂V T ∂T V
∂S ∂V ∂T ∂V
= − =
∂P T ∂T P ∂P S ∂S P
Identidades
∂U ∂P ∂H ∂V
= T − P = V − T
∂V T ∂T V ∂P T ∂T P
∂U ∂H ∂H ∂G
=T= =V=
∂S V ∂S P ∂P S ∂P T
∂U ∂A ∂A ∂G
= −P = = −S =
∂V S ∂V T ∂T V ∂T P
∂U ∂S C
β =
1 ∂V
= Cv = v
∂T V ∂T V T V ∂T P
∂H ∂S Cp
κ = −
1 ∂V
= Cp =
∂T P ∂T P T V ∂P T
24
Apêndice A.3.
Correlações generalizadas para cálculo das propriedades residuais.
P= PCPR T=TCTR
dP= PCdPR T= TCdTR
∂z dPR
PR
HR
RTC
− −TR ∫ ∂T
0
R PR PR
(A.3.1)
∂z dPR
PR P
SR R
dP
R
− −TR ∫0 ∂TR
PR PR
− ∫ (z − 1) R
0
PR
(A.3.2)
∂z ∂z ( o ) ∂z ( o )
= + ω (A.3.3)
∂TR PR ∂TR PR ∂TR PR
= −TR2 ∫ − ωTR2 ∫
RTC 0
∂T R P PR 0
∂T R P PR
R R
(H R ) ( 0 ) (H R ) (1)
RTC RTC
25
SR
PR ∂z ( 0) dP PR ∂z (1) dP
= − ∫ TR + z ( 0 ) − 1 R − ω ∫ TR + z (1) − 1 R
R PR R R PR R
R 0
∂T P 0
∂T P
(S ) R (0)
(S )
R (1)
R R
(H ) = (H )
R R (0)
+ω
(H ) R (1)
(A.3.4)
RTC RTC RTC
TABELA DE LEE-KESLER
(S ) = (S )
R R (0)
+ω
(S ) R (1)
(A.3.5)
R R R
26
Apêndice A.4.
Equações do virial para cálculo das propriedades residuais.
= PR + ωPR
T − T2 T − T2
∂TR PR R R R R
• Substituindo nas equações (2.62) e (2.63).
HR
PR
dB ( 0 ) B ( 0 ) dB (1) B (1)
= −TR ∫ − + ω − dPR
RTC dTR
0 TR dTR TR
SR R
dB ( 0 )
P
dB (1)
= − ∫ −ω dPR
R dTR
0 dTR
• Como B(0) e B(1) são, apenas função da temperatura , integrando as equações
anteriores temos:
HR dB ( 0 ) dB (1)
= PR B ( 0 ) − TR + ω B (1) − TR (A.4.1)
RTC dTR dTR
SR dB ( 0 ) dB (1)
= − PR −ω (A.4.2)
R dTR dTR
0,422 0,172
• Sendo: B ( 0 ) = 0,083 − e B (1) = 0,139 − (2.32)
TR1,6 TR4, 2
⇓ ⇓
HR 1,096 0,894
= PR 10,083 − 1, 6 + ω 0,139 − 4, 2
RTC TR TR