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2018
Copyright © UNIASSELVI 2018
Elaboração:
Prof. Talita Cristina Zechner Lenz
L575g
CDD 330.981
Impresso por:
Apresentação
Olá, acadêmico! Seja bem-vindo à disciplina de Geografia Econômica.
Esta disciplina procura analisar como estão distribuídas e localizadas as
atividades econômicas ao longo do globo e quais são as causas e condições
que nos ajudam a compreender quais os fatores econômicos, sociais, culturais
e ambientais interferem nos padrões de distribuição. Trata-se de uma
disciplina abrangente, que envolve tanto conteúdos teóricos e conceituais,
bem como contempla elementos de natureza empírica.
III
NOTA
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.
IV
V
VI
Sumário
UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA GEOGRAFIA ECONÔMICA....................... 1
REFERÊNCIAS........................................................................................................................................ 195
VIII
UNIDADE 1
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA
GEOGRAFIA ECONÔMICA
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Esta unidade tem por objetivos:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está organizada em quatro tópicos. Ao final de cada um
deles, você encontrará atividades que o farão compreender o processo de
aprendizagem dos temas abordados.
1
2
UNIDADE 1
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
Para iniciar o estudo da Geografia Econômica é necessário explicar a gênese
desta disciplina. Assim como ocorre em outras áreas da geografia, como geografia
humana ou da população, a Geografia Econômica surge entrelaçada com outras
áreas do conhecimento, como a economia, história e a agricultura. Neste tópico,
iremos fazer esse retrospecto histórico e entender qual é a delimitação, isto é, a
área de alcance, dos estudos da Geografia Econômica.
2 BREVE HISTÓRICO
Para começar o estudo da Geografia Econômica, inicialmente será feito
um breve retrospecto histórico sobre este campo de conhecimento da geografia.
De acordo com Krugman (2017), a retrospectiva histórica da geografia econômica
remonta ao século XVI, quando o conhecimento mais abrangente da geografia
foi se aprimorando ao longo dos anos devido ao desenvolvimento de mapas e
diários de viagem que tinham várias descrições dos povos nativos, do clima, da
paisagem e dos níveis de produtividade de vários locais. Ou seja, os avanços da
ciência denominada cartográfica contribuíram para que se formasse o campo de
estudos da Geografia Econômica.
UNI
3
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA GEOGRAFIA ECONÔMICA
3 DISCUSSÕES CONCEITUAIS
Segundo Araújo Júnior (2015, p. 141), “a geografia econômica estuda as
relações econômicas que se dão no espaço do globo terrestre entre os países e
dentro deles e explica porque determinadas áreas crescem e outras não”. Além
disso, segundo o referido autor, a geografia econômica “tenta compreender os
processos de evolução da economia mundial, a importância da mão de obra, dos
recursos naturais e energéticos no desenvolvimento econômico das sociedades,
estruturados em conceitos como sociedade em rede, espaços de fluxos e espaço
de lugares. “(ARAÚJO JÚNIOR, 2015, p. 141).
4
TÓPICO 1 | O QUE É GEOGRAFIA ECONÔMICA?
UNI
FONTES: <https://degeografiayotrascosas.wordpress.com/actividades-del-mes/representacion-
del-espacio-geografico/> e <https://br.pinterest.com/pin/529665606157732275/>.
Acesso em: 28 maio 2018.
5
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA GEOGRAFIA ECONÔMICA
FONTE: MARQUES, Américo José; GALO, Maria de Lourdes Bueno Trindade. Escala
geográfica e escala cartográfica: distinção necessária. Boletim de Geografia, p. 47-55, 2009.
Disponível em: <https://bit.ly/2NUti59>. Acesso em: 28 maio 2018.
6
TÓPICO 1 | O QUE É GEOGRAFIA ECONÔMICA?
Lugar
Localização
Região
Organização
espacial
O conceito Diferenciação
de Geografia
Econômica nos
remete a quais
expressões?
Território Economia
Escala
Interação
O propósito desta imagem é que ela possa lhe auxiliar no seu processo
de estudo, reforçando os principais elementos que compõem o leque de estudos
da Geografia Econômica. Krugman (2017) observa que, tendo em vista a ampla
área de estudos da Geografia Econômica, esta disciplina envolve vários ramos de
atuação, conforme se observa na figura a seguir.
Geografia da Agricultura
Este é o ramo que investiga a superfície da Terra que foi transformada
por atividades humanas cujo foco principal é as estruturas e a
paisagem agrícola.
Geografia da Indústria
Este ramo está atrelado ao estudo da posição ou localização de uma
determinada indústria, matérias-primas, produtos e distribuição e
como isso afeta sua produtividade.
7
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA GEOGRAFIA ECONÔMICA
Geografia de Recursos
Este é outro ramo importante que ajuda a determinar a localização
dos recursos naturais, sua disponibilidade e como estes satisfazem as
necessidades e desejos humanos.
Não é que a economia esteja pujante, mas há sinais de que, pouco a pouco,
caminha-se no sentido da recuperação. Com atividade econômica diversificada, Santa
Catarina vem retomando o crescimento mais rapidamente que outros estados.
Prova disso é que foi o que mais gerou empregos em 2017, saldo de 29.441 postos
de trabalho formais, conforme o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados
(Caged) divulgado nesta sexta-feira, 26, pelo Ministério do Trabalho.
Santa Catarina foi na contramão do Brasil, que fechou 20,8 mil vagas, e o
cenário catarinense foi muito melhor que nos anos anteriores. Em 2016 o Estado
fechou 32,7 mil postos, e em 2015 bateu recorde negativo ao encerrar 58,6 mil.
No entanto, o resultado de 2017 ainda é tímido comparado com os anos pré-
crise. Para se ter uma ideia, o saldo do ano passado foi o terceiro pior da série
histórica do Caged, que começa em 2002. Em 2014, que esteve longe de ter um
grande saldo, SC criou 53 mil postos.
9
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA GEOGRAFIA ECONÔMICA
Ao longo de todo o ano passado, a alta foi puxada pela indústria, que,
de janeiro a dezembro gerou 12,4 mil vagas. A seguir aparecem os serviços, com
11,1 mil e comércio, com 8,7 mil. Foi um contexto diferente do observado em
nível nacional, no qual a indústria teve a segunda maior redução entre os setores
(-19,9 mil), atrás apenas da construção civil (-104 mil). O comércio foi o líder em
criação de empregos no Brasil em 2017 ao gerar 40 mil vagas.
Para o presidente da Federação das Indústrias de SC (Fiesc), Glauco José
Côrte, o modelo do setor industrial no Estado é o que faz a diferença:
FONTE: <http://dc.clicrbs.com.br/sc/noticias/noticia/2018/01/sc-liderougeracao-de-emprego-
no-brasil-em-2017-10134396.html>. Acesso em: 28 maio 2018.
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TÓPICO 1 | O QUE É GEOGRAFIA ECONÔMICA?
Dados da aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula?
Atividade 1
FONTE: <http://supergostei.blogspot.com.br/2011/04/despensa.html>.
Acesso em: 20 set. 2018.
Ingredientes
Nome do
ou substâncias Nome do
Cidade e estado estabelecimento
Produto químicas fabricante ou
de origem comercial ou do
utilizadas na produtor
vendedor
composição
Arroz
Feijão
Açúcar
Sal
Farinha de trigo
Café
Nescau
Carne bovina
Carne de frango
Peixe
Frutas, verduras
e legumes frescos
Alho
Leite
Ovos
Refrigerante
Margarina
Sabonete
Xampu
Sabão em pó
Outros
12
TÓPICO 1 | O QUE É GEOGRAFIA ECONÔMICA?
1 – Identifique os produtos:
a) Consumidos in natura.
b) Minimamente processados.
c) Transformados industrialmente.
13
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA GEOGRAFIA ECONÔMICA
Prod.
Prod. Prod. de
produzidos Prod. de Produção
produzidos indústrias
em pequenas indústrias manual ou
em grandes multinacionais
propriedades brasileiras artesanal
propriedades
rurais
FONTE: Gil (2013)
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TÓPICO 1 | O QUE É GEOGRAFIA ECONÔMICA?
a) desigualdades sociais.
b) impactos ambientais.
c) trocas econômicas desiguais.
Nesse momento, eles deverão estar com o Atlas geográfico em mãos para
confirmação de alguns dados, por exemplo:
Recursos complementares
Conhecendo os setores da economia. Disponível em: <http://
portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=667>.
Avaliação
Participação, interesse, pontualidade, são aspectos comportamentais
e atitudinais que devem ser considerados na composição da média final. Em
relação ao conhecimento, o professor deverá considerar o desempenho dos
alunos nas interpretações propostas e na avaliação institucional.
FONTE: <http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=51785>.
Acesso em 25 jun. 2018.
UNI
16
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
17
AUTOATIVIDADE
18
UNIDADE 1
TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
Conforme vimos no tópico anterior, o estudo da Geografia Econômica é
abrangente e envolve o estudo de diferentes dimensões do objeto geográfico. Após
aprendermos como se formou historicamente o campo disciplinar da Geografia
Econômica e após identificar que elementos fazem parte do escopo de estudos
desta disciplina, neste tópico iremos examinar algumas teorias fundamentais
no campo da geografia econômica. Particularmente, neste momento, vamos
estudar as chamadas teorias de localização, que historicamente tiveram um papel
relevante na geografia.
19
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA GEOGRAFIA ECONÔMICA
O modelo
Von Thünen 2) a demanda de bens agrícolas
baseia-se nos está concentrada na cidade;
seguintes
postulados 3) no mercado, há uma competição viva entre
produtores de tal maneira que eles mesmos
não podem determinar os preços;
20
TÓPICO 2 | A GEOGRAFIA ECONÔMICA E AS TEORIAS DE LOCALIZAÇÃO
balizar este seu entendimento, Thünen desenvolveu a ideia de círculos (ou anéis)
concêntricos. Lan (2017, p. 242) explica que “para Von Thünen, os cultivos se
repartem em áreas concêntricas especializadas em atividades agrícolas, em
função da distância da vila, e a competição pela terra determina a renda máxima
que pode pagar um produtor agrícola”. Na sequência, apresentam-se os círculos
concêntricos propostos por Von Thünen.
VII VI V IV III II I
Mercado Urbano
21
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA GEOGRAFIA ECONÔMICA
22
TÓPICO 2 | A GEOGRAFIA ECONÔMICA E AS TEORIAS DE LOCALIZAÇÃO
Por fim, Weber (2016) entende que alguns aspectos podem ser
favoráveis para a decisão de instalar uma indústria em determinado local,
enquanto outros seriam capazes de interferir negativamente. De modo geral,
os aspectos considerados favoráveis seriam aqueles decorrentes das vantagens
da concentração de empresas, tais como melhores adaptações relacionadas ao
mercado de trabalho, isto é, vantagens decorrentes de uma melhor preparação
da mão de obra para atuar em um setor específico e, além disso, várias empresas
de um mesmo setor situadas geograficamente próximas podem se beneficiar de
efeitos de integração e sinergia. Dentre os efeitos negativos, pode-se mencionar
a especulação imobiliária, ou seja, a possível atratividade de um local para a
instalação de indústria, quando exacerbada, pode levar a um aumento dos preços
dos terrenos.
23
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA GEOGRAFIA ECONÔMICA
FONTE: <https://www.jcnet.com.br/Regional/2015/01/gua-farta-atrai-industrias-na-regiao.html>.
Acesso em: 11 jun. 2018.
24
TÓPICO 2 | A GEOGRAFIA ECONÔMICA E AS TEORIAS DE LOCALIZAÇÃO
25
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA GEOGRAFIA ECONÔMICA
26
TÓPICO 2 | A GEOGRAFIA ECONÔMICA E AS TEORIAS DE LOCALIZAÇÃO
DICAS
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UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA GEOGRAFIA ECONÔMICA
Dados da aula
Aula sugerida para a 1ª série do Ensino Médio. Para esta atividade sugere-
se a participação dos professores de Matemática, Língua Portuguesa, Sociologia e
Artes.
Atividade 1
FONTE: <http://www.colorirgratis.com/desenhos-de-comida-para-colorir.html>.
Acesso em: 27 ago. 2018.
28
TÓPICO 2 | A GEOGRAFIA ECONÔMICA E AS TEORIAS DE LOCALIZAÇÃO
29
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA GEOGRAFIA ECONÔMICA
Atividade 2
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TÓPICO 2 | A GEOGRAFIA ECONÔMICA E AS TEORIAS DE LOCALIZAÇÃO
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UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA GEOGRAFIA ECONÔMICA
Atividade 3
32
TÓPICO 2 | A GEOGRAFIA ECONÔMICA E AS TEORIAS DE LOCALIZAÇÃO
Atividade 4
<http://download.inep.gov.br/educacao_basica/enem/downloads/2009/Enem2009_
matriz.pdf>.
Avaliação
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RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico você viu que:
• Alfred Weber (1909) pretendeu definir uma teoria da localização industrial, tal
como Von Thünen tinha pretendido definir uma de localização agrícola.
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AUTOATIVIDADE
FONTE: CALLAI, H. C. Aprendendo a ler o mundo: a geografia nos anos iniciais do Ensino
Fundamental. Caderno Cedes, Campinas, v. 25, n. 66, maio-ago.2005.
35
Ao trabalhar determinado tema – um conflito territorial que ocorre
em outro continente, por exemplo –, recomenda-se buscar a ligação desse
fenômeno com a experiência cotidiana dos alunos, destacando elementos
correlatos em outros conflitos, que sejam mais próximos da sua vivência.
Nessa abordagem, há uma articulação dialética entre escalas locais e globais
na construção de raciocínios espaciais complexos.
a) I, apenas.
b) III, apenas.
c) I e II, apenas.
d) II e III apenas.
e) I, II e III.
36
UNIDADE 1
TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
Agora que você já aprendeu com o que se ocupa a Geografia Econômica,
é bastante provável que venham à sua mente expressões como crescimento e
desenvolvimento. Afinal, conforme vimos no Tópico 1, tais assuntos são centrais
nos debates sobre Geografia Econômica. Contudo, há que se admitir que existe
certa imprecisão no emprego de tais termos, tanto no âmbito acadêmico como no
plano político ou cotidiano. Como se não bastassem as divergências relacionadas
a estes dois termos, vêm tomando força no cenário atual diversos adjetivos que
procuram qualificar e delimitar diferentes processos de crescimento – econômico,
sustentado, endógeno –, assim como ocorre com o termo desenvolvimento – que
poderia ser sustentável, social, inclusivo, justo etc. A intenção é, primeiramente,
fazer um retrospecto histórico para explicar como surgem estes termos e tentar
explicar os principais motivos que justificam a “confusão” em torno da temática.
Venha acompanhar!
37
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA GEOGRAFIA ECONÔMICA
O PIB é uma medida do valor dos bens e serviços que o país produz num
período, na agropecuária, indústria e serviços, trata-se do valor agregado de todos
os bens e serviços finais produzidos dentro de um país ou de outro recorte espacial
selecionado (SIEDENBERG; VALENTIM, 2006). Neste sentido, o PIB pode ser
medido em termos de país ou estimado a partir de uma média por pessoa, veja:
FIGURA 8 – PIB
Objetivo Por pessoa/per capita Restrições
Medir a atividade econômica e o nível O Produto Interno Bruto per capita O PIB per capita não é um dado
de riqueza de uma região. Quanto mais (ou por pessoa) mede quanto, do total 'definitivo'. Porém, um país com maior
se produz, mais se está consumindo, produzido, 'cabe' a cada brasileiro se PIB per capita tende a ter maior Índice
investindo e vendendo todos tivessem partes iguais de Desenvolvimento Humano (IDH)
INDÚSTRIA
SERVIÇOS
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TÓPICO 3 | CONCEITOS RELEVANTES NO ESTUDO DA GEOGRAFIA ECONÔMICA: CRESCIMENTO ECONÔMICO
E DESENVOLVIMENTO
DICAS
Aproveite para assistir a este vídeo de apenas quatro minutos sobre o PIB, elaborado
pelo IBGE. Basta acessar o link a seguir: <https://www.youtube.com/watch?v=lVjPv33T0hk>.
39
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA GEOGRAFIA ECONÔMICA
China 6,9
EUA 2,4
França 1,2
Alemanha 1,7
Brasil -3,8
40
TÓPICO 3 | CONCEITOS RELEVANTES NO ESTUDO DA GEOGRAFIA ECONÔMICA: CRESCIMENTO ECONÔMICO
E DESENVOLVIMENTO
FIGURA 11 – MAPA PIB TOTAL POR MUNICÍPIOS NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
REFERENTE AO ANO DE 2015
41
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA GEOGRAFIA ECONÔMICA
ocorre em tal município para a contribuição ser tão discreta? Ou ainda, por que
em determinada área, onde se situam vários pequenos municípios, nota-se uma
posição de destaque de determinado município? Este é um importante papel dos
geógrafos, buscar explicações para os padrões espaciais.
4 O CONCEITO DE DESENVOLVIMENTO
Ao começarmos o debate sobre o tema “desenvolvimento”, parece
providencial adiantar que se trata de um tema polêmico e que alcança diversos
campos disciplinares: geografia, economia, sociologia, história, administração e
vários outras –, sem esquecer sua ampla utilização no plano político, com realce
para os discursos eleitorais.
Talvez as primeiras perguntas que surgem em nossas mentes ao introduzir
o termo sejam: de que desenvolvimento se está falando e para quem é este
desenvolvimento? Provavelmente, você leitor já tenha ouvido falar de “vários
desenvolvimentos”, no contexto da geografia e também no plano extrínseco
a esta disciplina: desenvolvimento social, desenvolvimento sustentável,
desenvolvimento regional, desenvolvimento humano, desenvolvimento local,
desenvolvimento territorial, desenvolvimento desigual e por aí vai. Discorrendo
sobre o amplo uso do termo desenvolvimento, Riedl (2017, p. 97) pontua que:
Nesse sentido, a primeira ressalva a ser feita é que neste tópico iremos
discutir o conceito de desenvolvimento atrelado ao debate da Geografia Econômica.
Por isso, a dimensão econômica será privilegiada no sentido de conduzir as
explicações para o enfoque disciplinar proposto para este livro didático, sem,
contudo, desconsiderar ou atribuir menor importância às outras esferas envolvidas
no debate sobre o desenvolvimento.
42
TÓPICO 3 | CONCEITOS RELEVANTES NO ESTUDO DA GEOGRAFIA ECONÔMICA: CRESCIMENTO ECONÔMICO
E DESENVOLVIMENTO
O DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO
43
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA GEOGRAFIA ECONÔMICA
44
TÓPICO 3 | CONCEITOS RELEVANTES NO ESTUDO DA GEOGRAFIA ECONÔMICA: CRESCIMENTO ECONÔMICO
E DESENVOLVIMENTO
Com relação aos conceitos que são criados, é importante termos em mente que
eles são cunhados em determinado momento histórico e com determinado propósito.
Por isso, ao utilizarmos os conceitos, precisamos levar em conta sua bagagem histórica
e deixar claro o que pretendemos realçar com a utilização de cada conceito.
45
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA GEOGRAFIA ECONÔMICA
analisar, ainda que em caráter incipiente, dois exemplos reais. Para começar, tomemos
como exemplo o caso da Noruega. Trata-se de um caso emblemático, no qual o excelente
desempenho econômico do país acompanha elevados índices de desenvolvimento
humano e de qualidade de vida, como evidenciam os números a seguir:
FIGURA 12 – NORUEGA
(Dalbera/CreativeCommons)
Esperança de Vida: 81,1 anos Média de Anos de Escolaridade: 12,6 Expectativa de Anos de
Escolaridade: 17,3 PIB Per Capita: US$ 47.557
FONTE: <https://exame.abril.com.br/economia/os-10-paises-com-maior-indice-de-
desenvolvimento-humano-do-mundo/>. Acesso em 26 jun. 2018.
Por outro lado, temos a situação da China, que embora ocupe posição
de destaque nos índices de crescimento econômico, ainda precisa lidar com
diversos problemas ambientas e sociais, com destaque para os elevados índices
de poluição, como fica evidente na reportagem selecionada e exposta a seguir:
FONTE: <https://www.google.com.br/search?q=polui%C3%A7%C3%A3o+china&source=l-
nms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwiDyrOox4DcAhUBWywKHZlyDeUQ_AUICigB&bi-
w=1920&bih=974#imgrc=iGPejZ_MGNPQ8M>. Acesso em: 25 jun. 2018.
46
TÓPICO 3 | CONCEITOS RELEVANTES NO ESTUDO DA GEOGRAFIA ECONÔMICA: CRESCIMENTO ECONÔMICO
E DESENVOLVIMENTO
Pequim, considerada uma das capitais mais poluídas do mundo, "não está
entre as dez piores nem entre as dez melhores", informa o jornal China Daily, sem
precisar o lugar ocupado pela cidade. Mas sete das dez cidades chinesas com pior
qualidade do ar em 2014 estão em volta da capital.
FONTE: <http://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/2015-02/poluicao-afeta-quase-
90-das-principais-cidades-da-china>. Acesso em: 22 jun. 2018.
47
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA GEOGRAFIA ECONÔMICA
UNI
FONTE: <http://www.oeco.org.br/dicionario-ambiental/28588-o-que-e-desenvolvimen-
to-sustentavel/>. Acesso em: 13 ago. 2018.
48
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico você aprendeu que:
• O PIB é uma medida do valor dos bens e serviços que o país produz num
período, na agropecuária, indústria e serviços, trata-se do valor agregado de
todos os bens e serviços finais produzidos dentro de um país ou de outro
recorte espacial selecionado.
49
AUTOATIVIDADE
( ) É uma medida do valor dos bens e serviços que o país produz num
período, na agropecuária, indústria e serviços.
( ) É o valor agregado de todos os bens e serviços finais produzidos dentro de
um país ou de outro recorte espacial selecionado.
( ) É um indicador que está em desuso, visto sua incapacidade de mensurar
os reais níveis de pobreza de uma população.
( ) É utilizado para medir e comparar o crescimento econômico de municípios
sediados dentro de uma mesma unidade federativa.
50
4 (ENADE 2011)
51
52
UNIDADE 1
TÓPICO 4
1 INTRODUÇÃO
No campo da Geografia, o desenvolvimento regional é tanto um conceito
amplamente debatido na arena teórica, como também possui ampla difusão e
utilização no plano empírico. Por este e outros motivos é que o desenvolvimento
regional se constitui também em importante linha de pesquisa dentro da geografia.
Para conduzir investigações neste sentido, programas de pós-graduação em nível
de mestrado e doutorado dispõem de linhas de pesquisa nesta área.
Desenvolvimento Regional
53
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA GEOGRAFIA ECONÔMICA
54
TÓPICO 4 | GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO REGIONAL
Estágio social e
Relacionada
econômico de uma
à evolução do
Dimensão Termo relacionado região ou país.
processo de
Temporal a um ESTÁGIO Posição relativa em
mudança ao
comparação a outra
longo do tempo.
região ou país.
DESENVOLVIMENTO
REGIONAL
Varia de acordo Processo de
com o enfoque mudanças sociais
pretendido: Dimensão Regional: pressupõe Termo relacionado ou econômicas.
continental, Espacial a existência de outros a um ESTÁGIO Mudanças
regional, espaços geográficos quantitativas ou
municipal, etc. comparáveis à qualitativas.
unidade espacial em
questão.
LEITURA COMPLEMENTAR
INTRODUÇÃO
55
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA GEOGRAFIA ECONÔMICA
Concepções de desenvolvimento
56
TÓPICO 4 | GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO REGIONAL
Notícias e dados que vemos todos os dias nos telejornais e jornais impressos,
como crescimento do Produto Interno Bruto, taxas de emprego/desemprego, taxas
de importação/exportação, entre outros, relatam a real importância do crescimento
econômico para os mais diversos países e regiões, fazendo-nos perceber o quão
atrelado estão estes fatores às questões do desenvolvimento.
57
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA GEOGRAFIA ECONÔMICA
58
TÓPICO 4 | GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO REGIONAL
59
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA GEOGRAFIA ECONÔMICA
Sachs (2006), em seu texto sobre estratégias de transição para o século XXI,
fala da passagem de um mau desenvolvimento, que explora e aniquila os recursos
naturais, para um bom desenvolvimento, o ecodesenvolvimento. Souza (2013)
relata que mesmo em países ditos desenvolvidos, muitas desigualdades podem
ser encontradas. Santos et al. (2012) apresentam essa visão do lado positivo e do
lado negativo do desenvolvimento:
60
TÓPICO 4 | GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO REGIONAL
no campo da ciência este conceito ficou a cargo da geografia, que adjetivou o termo
para cientificá-lo, dividindo-o em: região natural, região geográfica e região como
classe de área. Dentro do conceito científico do termo região, ambos os adjetivos
se constituem como saberes complementares e importantes para estudos acerca
do Desenvolvimento Regional.
Pelo exposto, entende-se que região natural constitui uma terminologia que
caracteriza uma região a partir de suas características físicas, como relevo, clima,
vegetação, e que as variações destas predispõem o desenvolvimento ou não de
uma sociedade.
61
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA GEOGRAFIA ECONÔMICA
Esta concepção de região abordada pela geografia crítica traz à luz variáveis
relacionadas ao capitalismo, com uma proposta pautada na existência de regiões
mais e menos promissoras. Conforme Corrêa (1991), este processo de regionalização
se traduz na Lei do Desenvolvimento Desigual e Combinado, onde regiões mais
desenvolvidas se articulam com as menos desenvolvidas.
62
TÓPICO 4 | GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO REGIONAL
Para Souza (2013), uma identidade regional não depende de uma vivência
cotidiana e direta, podendo se dar através de um compartilhamento de dialetos,
valores, tradições, interesses, que pode ocorrer a partir de contatos esporádicos com
outros moradores da mesma região e nas informações que circulam pela imprensa.
Souza (2013) enfatiza que a discussão sobre região é ampla e requer cuidados.
Segundo Alves (2016, p. 43), região é uma construção social que resulta de
um processo em função dos objetivos “daqueles que a põem em curso”.
Considerações finais
FONTE: WEBER, Arlete Longhi; SANTOS, Gilberto Friedenreich dos. Desenvolvimento e Região:
a multipluralidade dos conceitos. Anais... III Seminário de Desenvolvimento Regional, Estado
e Sociedade. Blumenau, 2016. Disponível em: <http://proxy.furb.br/soac/index.php/sedres/
iiisedres>. Acesso em: 30 jun. 2018.
63
RESUMO DO TÓPICO 4
Neste tópico, você estudou:
64
AUTOATIVIDADE
65
c) Conceitualmente, o termo região tem sido empregado para designar uma
classe de área que apresenta grande uniformidade interna e grande diferença
em relação ao seu entorno.
66
UNIDADE 2
SISTEMAS ECONÔMICOS,
INTEGRAÇÃO REGIONAL E
GLOBALIZAÇÃO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir desta unidade você será capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade você
encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
67
68
UNIDADE 2
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
Neste tópico iremos abordar alguns conceitos relevantes no plano da
Geografia Econômica. Parte destes conceitos são conhecidos por conta do
seu uso cotidiano, mas ainda assim, merecem ser explanados sob o ponto de
vista teórico para assegurar que a compreensão, no plano desta disciplina,
seja coerente e coesa entre a nossa comunidade de acadêmicos. Para começar
iremos apresentar as definições de sistemas econômicos e na sequência, iremos
descrever cada um deles.
69
UNIDADE 2 | SISTEMAS ECONÔMICOS, INTEGRAÇÃO REGIONAL E GLOBALIZAÇÃO
Por sua vez, Vasconcellos e Garcia (2004, p. 2) afirmam que “um sistema
econômico pode ser definido como a forma política, social e econômica pela qual
está organizada uma sociedade”. Além disso, acrescentam que “é um particular
sistema de organização da produção, distribuição e consumo de todos os bens
e serviços que as pessoas utilizam buscando uma melhoria no padrão de vida e
bem-estar” (VASCONCELLOS; GARCIA, 2004, p. 2).
70
TÓPICO 1 | SISTEMAS ECONÔMICOS: DEFINIÇÕES CONCEITUAIS
Elemento Descrição
Aqui incluem-se os
recursos humanos
Estoque de recursos
(trabalho e capacidade
produtivos ou fatores de
empresarial), o capital,
produção.
a terra, as reservas
naturais e a tecnologia.
71
UNIDADE 2 | SISTEMAS ECONÔMICOS, INTEGRAÇÃO REGIONAL E GLOBALIZAÇÃO
72
TÓPICO 1 | SISTEMAS ECONÔMICOS: DEFINIÇÕES CONCEITUAIS
73
UNIDADE 2 | SISTEMAS ECONÔMICOS, INTEGRAÇÃO REGIONAL E GLOBALIZAÇÃO
Surgiu com os Estados nacionais absolutistas e vigorou durante Criticava o absolutismo e o mercantilismo: defnedia, no plano político
o capitalismo comercial. Defendia a intervenção do Estado na a democravia representativa, a independência dos três poderes e
economia e o protecionismo. Seus objetivos princiapais: fortalecer a liberdade do indivíduo; e no econômico, o direito à propriedade, a
o Estado e aumentar a riqueza ancional via acúmulo de metais livre iniciativa e a concorrência. Era contra a intervenção do Estado na
perciosos (ouro e prata) e obtenção de superávits comerciais. economia e favoráv el à livre ação das forças do mercado. Para seus
Para seus teóricos a riqueza vinha do comércio (circulação). teóricos a riqueza vinha da indústria (produção).
Thomas Mun (1571 - 1641) Jean-Baptiste Colbert (1619 - 1683) Adam Smith (1723 - 1790) David Ricardo (1772 - 1823)
Economista ingês, um Ministro das finanças de Luis XIV, Economista escocês, um dos mais Economista inglês, tido como
dos principais teóricos da responsável pela aplicação das importantes teóricos do liberalismo sucessor de Smith, deu importante
doutrina mercantilista. políticas mercantilistas na França. clássico e um de seus fundadores. contribuição à teoria econômica.
1776
1494 Início do processo de Independência
Tratado de independência das dos Estados
Tordesilhas Grandes navegações (Expansão marítma europeia) colônias americanas Unidos
Colonialismo: partilha e exploração da América; comércio com Ásia e África Ocupação da África: interiorização
1500 1600 1700 1750 1800
Auge da Revolução Comercial Primeira Revolução Industrial
74
TÓPICO 1 | SISTEMAS ECONÔMICOS: DEFINIÇÕES CONCEITUAIS
Criticava o pensamento econômico clássico e o princípio da Busca aplicar os princípios do liberalismo clássico ao capitalismo
"mão invisível", do suposto equilíbrio espontâneo do mercado, atual. Diversamente daqueles, os teóricos neoliberais não creem na
por isso defendia a intervenção do Estado na economia para regulação espontânea do sistema. Visando disciplinar a economia de
evitar crises de superprodução como foi a de 1929. Propunha o mercado, aceitam uma intervenção mínima do Estado para assegurar
aumento dos gastos públicos como mecanismo para estimular a estabilidade monetária e a livre concorrência. Também defendem a
o crescimento econômico e a geração de empregos.. abertura econômica/financeira e a privatização de estatais.
John M. Keynes (1883 - 1946) Joan Robinson (1903 - 1983) Alexander Ristow (1885 - 1963) Milton Friedman (1912 - 2006)
Economista inglês. O mais Economista inglesa, seguiu Economista alemão, crítico do Norte-americano, Nobel de economia
importante até meados do séc. as propostas keynesianas e liberalismo clássico e criador do (1976) e um dos continuadores das
XX; influenciou as políticas de aperfeiçoou algumas delas. termo neoliberalismo (1938). propostas neoliberais; assessoriou os
recuperação da crise de 1929. governos Reagan e Thatcher.
EUA emergem como potência, seguidos por EUA se mantém como principal potência, seguidos
Alemanaha e Japão; Grã-Bretanha perde influência. por Japão e maiores economias da União Europeia.
Imperialismo: partilha e exploração das colônias africanas e asiáticas Globalização: expansão de capitais produtivos e especulativos
1850 1900 1950 2000
Segunda Revolução Industrial Terceira Revolução Industrial ou Revolução Técnico-científica
75
UNIDADE 2 | SISTEMAS ECONÔMICOS, INTEGRAÇÃO REGIONAL E GLOBALIZAÇÃO
76
TÓPICO 1 | SISTEMAS ECONÔMICOS: DEFINIÇÕES CONCEITUAIS
1 Autoritarismo e centralização
77
UNIDADE 2 | SISTEMAS ECONÔMICOS, INTEGRAÇÃO REGIONAL E GLOBALIZAÇÃO
Ainda que originalmente o plano era que a URSS tivesse uma sociedade
democrática, em substituição à autocracia czarista, o bloco acabou tomando
o caminho do autoritarismo, consolidado com a ascensão de Josef Stalin ao
poder, em meados da década de 1920.
2 O 'inferno' da burocracia
78
TÓPICO 1 | SISTEMAS ECONÔMICOS: DEFINIÇÕES CONCEITUAIS
3 Economia falida
79
UNIDADE 2 | SISTEMAS ECONÔMICOS, INTEGRAÇÃO REGIONAL E GLOBALIZAÇÃO
4 Melhor educação
Com o passar dos anos, o nível geral de instrução dos soviéticos melhorou
e milhões de pessoas foram para a universidade. Apesar de o Estado restringir o
contato com o exterior, esses indivíduos começaram a ter maior conhecimento sobre
o mundo. "Profissionais bem-educados transformaram-se em um grupo social
significativo e influente", diz Brown. "Estavam abertos à liberalização que viria em
meados da década de 1980, com o reformista Mikhail Gorbachev", completa.
5 As reformas de Gorbachev
80
TÓPICO 1 | SISTEMAS ECONÔMICOS: DEFINIÇÕES CONCEITUAIS
81
UNIDADE 2 | SISTEMAS ECONÔMICOS, INTEGRAÇÃO REGIONAL E GLOBALIZAÇÃO
"Sem reformar, era capaz de a URSS seguir existindo nos dias de hoje",
acrescenta.
E que nações tinham direito por si mesmas a decidir que sistema político
e econômico queriam. Foi por isso que Gorbachev decidiu abandonar a corrida
armamentista, além de retirar as tropas soviéticas estacionadas no Afeganistão
desde 1979, reduzindo ainda sua presença militar na Europa Oriental.
82
TÓPICO 1 | SISTEMAS ECONÔMICOS: DEFINIÇÕES CONCEITUAIS
UNI
83
UNIDADE 2 | SISTEMAS ECONÔMICOS, INTEGRAÇÃO REGIONAL E GLOBALIZAÇÃO
4 SUGESTÃO DE AULA
GUERRA FRIA: UM CONFLITO IDEOLÓGICO
Autor e coautor(es)
Autor: Rosângela Nasser Ganimi
Coautor(es):
Nelson V. F. Faria
Dados da aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula.
O aluno deverá entender o contexto que desencadeia a Guerra Fria. E
compreender a Guerra Fria e a consolidação do mundo bipolar como um conflito
ideológico.
2º passo:
Trabalhar com os alunos a imagem (a situação da Alemanha antes e depois
da 2ª Grande Guerra) e os fragmentos de texto abaixo, chamando atenção para
termos e conceitos fundamentais para o entendimento do assunto.
84
TÓPICO 1 | SISTEMAS ECONÔMICOS: DEFINIÇÕES CONCEITUAIS
Introdução
FONTE: <http://1.bp.blogspot.com/_yAQK89_8rDY/SBYZtoCm0zI/AAAAAAAAADE/
DeHMwxaOxg0/s320/constr_muro.jpg>. Aceso em: 17 set. 2018.
A Guerra Fria tem início logo após a Segunda Guerra Mundial, pois os
Estados Unidos e a União Soviética vão disputar a hegemonia política, econômica
e militar no mundo.
Paz armada
85
UNIDADE 2 | SISTEMAS ECONÔMICOS, INTEGRAÇÃO REGIONAL E GLOBALIZAÇÃO
Nesta época, formaram-se dois blocos militares, cujo objetivo era defender
os interesses militares dos países membros. A OTAN – Organização do Tratado
do Atlântico Norte (surgiu em abril de 1949) era liderada pelos Estados Unidos
e tinha suas bases nos países membros, principalmente, na Europa Ocidental. O
Pacto de Varsóvia era comandado pela União Soviética e defendia militarmente
os países socialistas.
Ogivas nucleares
Megatons de TNT
Ogivas nucleares
Megatons de TNT
Bomba de Hiroshima (potência de 0,015 Kilotons de TNT)
86
TÓPICO 1 | SISTEMAS ECONÔMICOS: DEFINIÇÕES CONCEITUAIS
4º passo:
Trabalhar com a imagem e as seguintes questões:
FONTE: <http://geo-ieees.blogspot.com/2010/05/2-ano-geopolitica-i-muro-de-berlim.html>.
Acesso em: 18 set. 2018.
87
UNIDADE 2 | SISTEMAS ECONÔMICOS, INTEGRAÇÃO REGIONAL E GLOBALIZAÇÃO
Dica: o material escrito produzido pelos grupos deverá ser lido para
a turma, objetivando uma troca de visões sobre o mesmo assunto. Poderá ser
escolhido um redator na turma que anote os pontos-chave das leituras, em
seguida, poderá ser construído um texto de toda a turma, que conterá opiniões e
leituras diversas sobre as imagens trabalhadas.
Recursos complementares
- Fragmentos de texto.
- Imagens.
- Bibliografia complementar:
CARVALHO, André; MARTINS, Sebastião. Capitalismo. 10. ed. Belo Horizonte:
Ed. Lê, 1995.
CARVALHO, André; MARTINS, Kao. Socialismo. 2. ed. Belo Horizonte: Ed.
Lê, 1993.
- Sites:
<www.tvcultura.com.br>.
<www.guerras.brasilescola.com>.
<www.mundoeducacao.com.br/guerra-fria>.
Avaliação
88
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
89
AUTOATIVIDADE
90
UNIDADE 2 TÓPICO 2
BLOCOS ECONÔMICOS
1 INTRODUÇÃO
No plano da Geografia Econômica, uma área de estudos tem chamado
atenção nas últimas décadas: os processos de integração, regionalização e acordos
entre os países. Formações econômicas como o Mercosul vêm sendo firmadas,
de modo geral, com o intuito de facilitar as transações comerciais entre países
situados geograficamente próximos.
91
UNIDADE 2 | SISTEMAS ECONÔMICOS, INTEGRAÇÃO REGIONAL E GLOBALIZAÇÃO
UNI
O que significa “GATT”? O acrônimo “GATT” significa “Acordo Geral sobre Tarifas
e Comércio”. É um acordo entre Estados objetivando eliminar a discriminação e reduzir tarifas
e outras barreiras ao comércio de bens. Comércio de bens – O GATT estava originalmente,
e continua até hoje, relacionado apenas ao comércio de bens, apesar de seus princípios
fundamentais se aplicarem atualmente também ao comércio de serviços e aos direitos de
propriedade intelectual, tal como tratados no Acordo Geral sobre Comércio de Serviços e no
Acordo TRIPS, respectivamente. O GATT é um acordo da OMC que trata exclusivamente do
comércio de bens, mas não é o único.
92
TÓPICO 2 | BLOCOS ECONÔMICOS
BARREIRAS COMERCIAIS
UNI
FONTE: <https://www.investopedia.com/terms/c/customs-barrier.asp#ixzz5LQNWREeW>.
Acesso em: 16 jul. 2018 (Tradução nossa).
93
UNIDADE 2 | SISTEMAS ECONÔMICOS, INTEGRAÇÃO REGIONAL E GLOBALIZAÇÃO
UNI
Os desenhos desses novos mercados, antes de representar uma nova realidade comercial em
escala mundial, tendem a transformar-se em um projeto político, resultante de uma decisão
de Estados, que pode resultar ou não no aprofundamento da integração entre os países que
formam um bloco econômico.
UNI
Integração
FONTE: ALMEIDA, Paulo Roberto de; LESSA, Antônio Carlos; OLIVEIRA, Altemani. Integração
regional: uma introdução. Editora Saraiva, 2013, p. 145.
95
UNIDADE 2 | SISTEMAS ECONÔMICOS, INTEGRAÇÃO REGIONAL E GLOBALIZAÇÃO
FONTE: Lenz (2018) apud Almeida, Lessa e Oliveira (2013) e Congresso Nacional (2018)
96
Blocos Econômicos – 2015
97
Alemanha Holanda Zâmbia
Áustria Hungria Zimbábue
Bélgica Irlanda CIS – Comunidade
Bulgária Itália dos Estados
Chipre Letônia Independentes
Croácia Lituânia Armênia
Dinamarca Luxemburgo Azerbaijão
Eslováquia Malta Bielorússia
ESCALA 1 200 000 000
Eslovênia Polônia 1000 0 2000 km Casaquistão
Espanha Portugal Geórgia
PROJEÇÃO DE ROBINSON
Estônia Reino Unido Moldávia
Finlândia República Checa
Nota: Mapas elaborados pelo IBGE a partir de dados obtidos junto às organizações econômicas representadas, 2015.
a. NAFTA
FIGURA 8 – NAFTA
98
TÓPICO 2 | BLOCOS ECONÔMICOS
b. MERCOSUL
FONTE: <http://www.mercosur.int/innovaportal/v/7076/10/innova.front/mercosul-escolar>.
Acesso em: 16 jul. 2018.
99
UNIDADE 2 | SISTEMAS ECONÔMICOS, INTEGRAÇÃO REGIONAL E GLOBALIZAÇÃO
UNI
FONTE: <http://www.mercosur.int/innovaportal/v/7076/10/innova.front/mercosul-escolar>.
Acesso em: 16 jul. 2018.
100
TÓPICO 2 | BLOCOS ECONÔMICOS
FONTE: <http://www.mercosur.int/innovaportal/v/5908/10/innova.front/em-poucas-palavras>.
Acesso em: 16 jul. 2018.
101
UNIDADE 2 | SISTEMAS ECONÔMICOS, INTEGRAÇÃO REGIONAL E GLOBALIZAÇÃO
Entre as insuficiências que fazem com que o Mercosul não possa ser
considerado, efetivamente, um mercado comum, menciona-se o fato de que a
estrutura política do referido bloco não conta comum órgão supranacional. Ao
invés disso, foi adotado um sistema de presidência rotativa, no qual respeitando
o critério de ordem alfabética, os países membros assumem a chefia do bloco
durante um período de seis meses (INFOESCOLA, 2018).
UNI
E não para por aí. O bloco é uma grande potência energética. Ele detém 19,6% das reservas
provadas de petróleo do mundo, 3,1% das reservas de gás natural e 16% das reservas de gás
recuperáveis de xisto. A maior reserva de petróleo do mundo é do Mercosul, com mais
de 310 bilhões de barris de petróleo em reservas certificadas pela OPEP. Desse montante,
a Venezuela – que têm 92,7% das reservas de petróleo do Mercosul – concorre com uma
reserva de 296 milhões de barris.
102
TÓPICO 2 | BLOCOS ECONÔMICOS
FONTE: <http://4.bp.blogspot.com/-Q8AduZy5kPc/VFeY7keMleI/AAAAAAAAKaM/BzfEgBgyVgs/
s1600/UE28.png>. Acesso em: 16 jul. 2018.
103
UNIDADE 2 | SISTEMAS ECONÔMICOS, INTEGRAÇÃO REGIONAL E GLOBALIZAÇÃO
104
TÓPICO 2 | BLOCOS ECONÔMICOS
UNI
ESTABILIDADE POLÍTICA
A primeira exigência é que o país tenha instituições estáveis que garantam a “democracia, o
Estado de direito, os direitos humanos e o respeito e proteção às minorias”.
ESTABILIDADE ECONÔMICA
Além da compatibilidade política e jurídica, o Estado também deve aceitar e internalizar leis
de 35 diferentes tópicos, que regulam desde a livre circulação de capitais até as bases para
o desenvolvimento de transporte integrado.
Caso a União Europeia, através de sua Comissão, entenda que um candidato ainda tem
problemas internos para se adequar às normas coletivas, ele será mantido como apenas um
candidato até que consiga resolver essas questões. Hoje, cinco países estão nessa situação.
105
UNIDADE 2 | SISTEMAS ECONÔMICOS, INTEGRAÇÃO REGIONAL E GLOBALIZAÇÃO
FONTE: <https://www.nexojornal.com.br/explicado/2017/03/03/Uni%C3%A3o-Europeia-o-
maior-projeto-de-integra%C3%A7%C3%A3o-regional-em-seus-piores-momentos>.
Acesso em: 16 jul. 2018.
106
TÓPICO 2 | BLOCOS ECONÔMICOS
107
UNIDADE 2 | SISTEMAS ECONÔMICOS, INTEGRAÇÃO REGIONAL E GLOBALIZAÇÃO
1. Maior eficiência na produção, por meio da especialização crescente dos agentes econômicos
segundo suas vantagens comparativas ou competitivas.
2. Altos níveis de produção em virtude do maior aproveitamento das economias de escala
permitida pela ampliação dos mercados.
3. Uma melhor posição de barganha no plano internacional, em virtude das dimensões ampliadas
nas novas áreas, resultando em melhores termos de negociações.
4. Mudanças positivas na eficiência econômica dos agentes em virtude de maior concorrência
intrassetorial e de maiores vínculos entre setores.
5. Transformações tanto na qualidade quanto na quantidade dos fatores de produção por força
de inovações incrementais e de avanços tecnológicos.
6. Mobilidade de fatores através das fronteiras dos países-membros, permitindo uma alocação
“ótima” de recursos.
7. Coordenação de políticas monetárias e fiscais num sentido teoricamente mais racional, já que
subordinadas a uma lógica impessoal e não à pressão de grupos setoriais ou correntes politicamente
influentes em escala nacional.
8. Os objetivos do pleno emprego (ou quase), altas taxas de crescimento econômico e de uma
melhor distribuição de renda tornam-se metas comuns nos países-membros.
5 PARLAMENTO DO MERCOSUL
Autor: Leda Maria Correa Moura
Coautor(es): Suelen Fernanda Machado
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula:
- listar os países que formam o MERCOSUL;
- localizar os países que formam o MERCOSUL;
- discutir sobre o parlamento do MERCOSUL, os objetivos de sua criação
e seu funcionamento.
Aula 1 – Problematização
Professor, inicie essa aula perguntando aos seus alunos: "o que é
MERCOSUL?" e "para que serve o MERCOSUL?". Faça como numa tempestade
mental, e anote no quadro ou em um papel grande as respostas dos alunos (uma
coluna para as respostas para a primeira pergunta e uma coluna para as respostas
relativas à segunda pergunta).
108
TÓPICO 2 | BLOCOS ECONÔMICOS
Tempestade Mental
109
UNIDADE 2 | SISTEMAS ECONÔMICOS, INTEGRAÇÃO REGIONAL E GLOBALIZAÇÃO
Atividade:
Solicite aos alunos que organizem uma Feira das Nações MERCOSUL.
Serão tantos grupos quantos são os países que formam o bloco econômico. Se,
quando você solicitar a pesquisa houver algum país com processo de entrada
no bloco em andamento, ele deve ser considerado. A pesquisa deve conter, além
das características do país (culturais, apropriação da natureza, economia, sistema
político), mapas com sua localização, os principais produtos que produz e como
é sua participação no Parlamento do MERCOSUL.
110
TÓPICO 2 | BLOCOS ECONÔMICOS
Blog
Se a turma não tiver um blog, o tema merece sua construção. Crie você
mesmo e combine com as equipes o cronograma de atualização. O blog pode e deve
ser utilizado para outros temas que você vier a desenvolver no decorrer do ano.
Aproveite bastante a possibilidade, com o blog você desenvolve o uso consciente da
internet e divulga os trabalhos de seus alunos, contribuindo para a inclusão digital.
Você pode fazer, junto com seus alunos, uma simulação das discussões do
parlamento do Mercosul.
Caso opte em fazer esta simulação, lembre-se de que deve ter um espaço
de tempo entre a combinação dos critérios e a realização da atividade.
Recursos educacionais
111
UNIDADE 2 | SISTEMAS ECONÔMICOS, INTEGRAÇÃO REGIONAL E GLOBALIZAÇÃO
Avaliação
112
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
113
AUTOATIVIDADE
PORQUE
114
UNIDADE 2 TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
A globalização tem se constituído em um tema central nos estudos da
geografia econômica na atualidade. Neste sentido, o advento da globalização está
atrelado ao processo de encurtamento relativo das distâncias globais, motivados
sobretudo, pelos avanços tecnológicos dos transportes e da comunicação. A
aceleração dos fluxos informacionais, financeiros e de bens é uma característica
emblemática da globalização.
115
UNIDADE 2 | SISTEMAS ECONÔMICOS, INTEGRAÇÃO REGIONAL E GLOBALIZAÇÃO
2 GLOBALIZAÇÃO
O estudo da temática globalização é abrangente e pode ser conduzido a
partir de diferentes campos disciplinares e com base em distintos embasamentos
teóricos, advindo da área da sociologia, antropologia, economia, direito, comércio
internacional entre outros. Araújo Júnior (2015, p. 147) ressalta que:
Globalização
116
TÓPICO 3 | GLOBALIZAÇÃO E DIVISÃO TERRITORIAL E INTERNACIONAL DO TRABALHO
FONTE: <https://theshininggem.wordpress.com/2017/07/09/globalization-and-jingoism-
always-coexist/>. Acesso em: 18 set. 2018.
117
UNIDADE 2 | SISTEMAS ECONÔMICOS, INTEGRAÇÃO REGIONAL E GLOBALIZAÇÃO
UNI
O que é globalização?
A globalização é o processo pelo qual o mundo está se tornando cada vez mais interconectado
como resultado do aumento massivo do comércio e do intercâmbio cultural. A globalização
aumentou a produção de bens e serviços. As maiores empresas não são mais empresas
nacionais, mas corporações multinacionais com subsidiárias em muitos países.
A globalização vem ocorrendo há centenas de anos, mas acelerou enormemente ao longo
do último meio século.
Corporações transnacionais
A globalização resultou em muitas empresas que criam ou compram operações em outros
países. Neste sentido, empresas que operam em vários países são chamadas corporações
multinacionais ou corporações transnacionais. A cadeia de fast-food dos EUA, McDonald's,
é uma grande multinacional – tem quase 30.000 restaurantes em 119 países.
118
TÓPICO 3 | GLOBALIZAÇÃO E DIVISÃO TERRITORIAL E INTERNACIONAL DO TRABALHO
FONTE: Adaptado de: BBC UK. Tradução nossa. Disponível em: <http://www.bbc.co.uk/schools/
gcsebitesize/geography/globalisation/globalisation_rev1.shtml>. Acesso em: 30 jul. 2018.
119
UNIDADE 2 | SISTEMAS ECONÔMICOS, INTEGRAÇÃO REGIONAL E GLOBALIZAÇÃO
FONTE: <http://marlivieira.blogspot.com/2016/11/divisao-do-trabalho.html>.
Acesso em: 18 set. 2018.
Antes [...], a maioria das regiões produzia quase tudo de que necessitava
para sua reprodução, produzia-se de quase tudo em todos os lugares;
vivia-se praticamente em autarquia. Hoje, assistimos à especialização
funcional das áreas e lugares, o que leva à intensificação do movimento
e à possibilidade crescente das trocas (SANTOS, 1988, p. 51).
UNI
Desde o final do século XX têm ocorrido algumas mudanças nos padrões da divisão da
produção e do comércio internacional, com o crescimento da participação dos países em
desenvolvimento nas exportações de manufaturados. Vejamos como este processo ocorreu.
No início do século XX, diversos países subdesenvolvidos, incluindo o Brasil, eram
predominantemente agroexportadores. Na tradicional divisão internacional do trabalho
essas economias estavam assentadas principalmente na exportação de matérias-primas ou
produtos primários (agropecuários, extrativos, minerais) para os países ricos. Em contrapartida,
os países subdesenvolvidos recebiam dos países desenvolvidos produtos do setor secundário
(industrializados) e do setor terciário (comércio, capital, tecnologia).
O êxito no mercado internacional não ocorre apenas pela produção e exportação de grande
volume de mercadorias. O importante é o valor agregado à mercadoria. No caso, o valor que
os países desenvolvidos agregam é a alta tecnologia.
121
UNIDADE 2 | SISTEMAS ECONÔMICOS, INTEGRAÇÃO REGIONAL E GLOBALIZAÇÃO
122
TÓPICO 3 | GLOBALIZAÇÃO E DIVISÃO TERRITORIAL E INTERNACIONAL DO TRABALHO
LEITURA COMPLEMENTAR
INTRODUÇÃO
123
UNIDADE 2 | SISTEMAS ECONÔMICOS, INTEGRAÇÃO REGIONAL E GLOBALIZAÇÃO
124
TÓPICO 3 | GLOBALIZAÇÃO E DIVISÃO TERRITORIAL E INTERNACIONAL DO TRABALHO
125
UNIDADE 2 | SISTEMAS ECONÔMICOS, INTEGRAÇÃO REGIONAL E GLOBALIZAÇÃO
126
TÓPICO 3 | GLOBALIZAÇÃO E DIVISÃO TERRITORIAL E INTERNACIONAL DO TRABALHO
E, por fim, a questão do contato face a face entre pessoas no contexto dos
processos de aprendizagem e de inovação, questão importante e, ao mesmo tempo,
ausente na teoria da aglomeração e do crescimento urbano (STORPER; VENABLES,
2004, 2005). O “burburinho” das cidades (buzz cities) trata da intensificação
dos contatos face a face, essa copresença física intensificada onde surgem, como
possibilidades, as oportunidades da circulação e troca de informações planejadas
e ocasionais, e da participação de redes de colaboração. A interação face a face
é interessante porque auxilia a resolução de problemas de incentivo, facilita a
socialização e o desenvolvimento do saber, e proporciona motivações psicológicas,
o que favorece as ações econômicas.
FONTE: TARTARUGA, Iván Gerardo Peyré. Os desafios da geografia econômica na atualidade: território,
globalização e desenvolvimento. Disponível em: <https://www.researchgate.net/profile/Ivan_G_Peyre_
Tartaruga/publication/293886341_Os_desafios_da_geografia_economica_na_atualidade_territorio_
globalizacao_e_desenvolvimento/links/56bcd6ba08aed6959945be71.pdf>. Acesso em: 25 jul. 2018.
Plano de aula
Tema: Brasil globalizado
Público alvo: alunos das séries iniciais
127
UNIDADE 2 | SISTEMAS ECONÔMICOS, INTEGRAÇÃO REGIONAL E GLOBALIZAÇÃO
1. Objetivos:
Identificar as características da globalização e o impacto econômico,
social, político e cultural do país e a influência na vida das pessoas e no ambiente.
Entender o processo de globalização como sendo diferenciado para
países pobres e países ricos.
2. Metodologia:
• Diálogo onde todos podem expressar suas opiniões.
• Aula passeio.
• Debates.
• Videoaula.
• Trabalho em grupo e individual.
• Pesquisa de campo.
• Entrevista.
• Tabelas e gráficos.
3. Recursos:
• Rótulos e etiquetas de produtos diversos.
• Vídeos.
• DVD.
• Papel pardo.
• Caneta pilot.
• Jornais e revistas.
4. Desenvolvimento:
1º momento:
§ Na roda de conversa, buscar o conhecimento prévio dos alunos sobre
Globalização. Pedir para fazerem anotações de suas hipóteses. Perguntar,
para aguçar a temática, se eles gostam de jogos, se tem acesso à celular ou
vídeo game, por exemplo, dando início à conversação. Influir o debate sobre
propagandas e compras, necessidade e supérfluo;
§ Após ouvi-los, buscando registrar tudo que disserem sobre o tema,
levá-los a debater sobre a influência de outros países e suas culturas em nossas
vidas. Logo em seguida induzi-los a assistir o vídeo “Globalização – Tecnologia
e a mudança na vida das Crianças”.
§ Instigá-los a responder às perguntas contidas no vídeo e realizar uma
pesquisa com outros alunos do colégio utilizando a mesma temática do vídeo.
Promover debate sobre o resultado.
§ Produzir tabela e gráfico com o resultado da pesquisa, expondo na escola.
2º momento:
§ Sair da escola para aula-passeio em comércio local com a finalidade
de pesquisa e análise dos produtos que utilizamos e os locais de sua fabricação.
Tomar notas do nome do produto, o preço, para que serve, e onde foi
produzido. Fazer isso em pelo menos três lojas diferentes.
§ Retornar à classe e tabular a pesquisa registrando em tabelas e gráficos.
§ Recortar de encartes, jornais ou revistas os produtos pesquisados e
128
TÓPICO 3 | GLOBALIZAÇÃO E DIVISÃO TERRITORIAL E INTERNACIONAL DO TRABALHO
3º momento:
Trabalhar o efeito positivo e negativo da Globalização influindo em
nossa vida.
§ Levá-los a debate sobre pontos negativos e positivos da globalização.
§ Realizar pesquisa na Internet, anotar pontos principais que se
contrapõe.
4º momento:
§ Assistir ao vídeo “História das coisas”
§ Debater sobre as informações contidas no vídeo, com reflexão crítica
sobre a atuação de todos nós no processo.
§ Redigir textos informativos sobre o assunto e o que entenderam do
vídeo ressaltando as informações que mais chamaram a atenção.
5º momento:
§ Montar jornal mural com representação de toda pesquisa realizada
desde o 1º momento e expor para a comunidade escolar.
§ Para finalizar, comparar as informações com o conhecimento prévio e
concluir se suas hipóteses foram confirmadas ou precisaram ser reformuladas.
5. Referências:
Universidade Santa'Anna. Grupo de trabalho do Grupo Evolução, do curso
de Pedagogia – 6º semestre, disciplina: Tecnologia Aplicada a Educação. Sob ori-
entação do Professor-Orientador: Jonatas. Globalização – Tecnologia e a mudança
na vida das Crianças. Disponível em: <http://mais.uol.com.br/view/qk2yl9p7c9v0/
globalizacao--tecnologia-e-a-mudanca-na-vida-das-criancas-0402CD993362DC-
C13326?types=V&> e também <http://www.youtube.com/watch?v=RXCFs2wUN-
Qo>. Acesso em: 20 abr. 2014.
FONTE: <https://colheitadeaprendizagem.blogspot.com/2014/04/brasil-globalizado-plano-de-aula.
html>. Acesso em: 2 set. 2018.
129
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
130
AUTOATIVIDADE
PORQUE
PORQUE
131
3 Nos dias de hoje, muito se fala sobre a internacionalização da economia. Trata-
se de um processo histórico de longa data e que segue se transformando.
Neste sentido, analise a alternativa CORRETA relacionada à globalização:
132
UNIDADE 3
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir desta unidade, você será capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade você
encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
133
134
UNIDADE 3
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
Existem várias maneiras de se contar a história econômica de um país.
Entender o modo como as atividades produtivas foram se estabelecendo e se
engendrando no território é um esforço relevante para que se possa compreender
os passos que antecederam a base econômica anterior.
Neste tópico, a história econômica do Brasil será contada a partir dos seus
principais ciclos, a saber: ciclo do pau-brasil, ciclo da cana-de-açúcar, ciclo do
ouro, ciclo do algodão, ciclo da borracha e ciclo do café.
2 CICLO DO PAU-BRASIL
A exploração do pau-brasil foi a primeira atividade econômica de
relevância do Brasil. Pautada em seu caráter extrativista, o desenvolvimento, no
plano geográfico, esta atividade impactou o território de duas formas principais:
contribuiu para que se formassem as chamadas companhias hereditárias (o que
nos remete à ideia de território e poder); bem como, estimulou a formação das
primeiras concepções de um ideário de “cidade”. Acompanhe a explicação deste
ciclo no espaço apresentado a seguir:
Ciclo do pau-brasil
135
UNIDADE 3 | BREVE HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA E O ESPAÇO ECONÔMICO ATUAL
FONTE: <http://geografia708nossoblog.blogspot.com/2016/04/extracao-do-pau-brasil.html>.
Acesso em: 10 ago. 2018.
A exploração
ao longo dos
séculos
1500 1605
Pedro Álvares Cabral chega ao Regimento proíbe o uso
Brasil e envia embarcação para do fogo na exploração da
Portugal com carta de Pero madeira e determina pena
Vaz de Caminha e amostras de de morte para a exploração
produtos, como o pau-brasil ilegal; o rei Filipe II suspende
temporariamente o comércio
1501 para eliminar falhas no
Fernão de Loronha (Fernando de Noronha) assina sistema de fiscalização
contrato de exploração do pau-brasil com a Coroa
Portuguesa, para ser usado como corante: quatro 1624
navios percorrem a costa entre 1502 e 1503 Holandeses que cobiçavam o pau-brasil e
o açúcar invadem a Bahia e são expulsos
1503 em 1625: em 1630, ocupam Pernambuco
Gonçalo Coelho realiza uma segunda expedição
de exploração e funda a primeira feitoria, depósito 1625
de entrega e preparação para o embarque Os jesuítas passam a ter o monopólio
para recolher, transportar e guardar o
1506 pau-brasil até o embarque para a Europa
O papa Alexandre VI homologa o Tratado de Tordesilhas;
assim, Portugal tem o controle da costa brasileira e, como 1831
consequência, da exploração do pau-brasil Uma lei imperial reforça que o pau-brasil
continue a auxiliar no pagamento da dívida
1516 externa; a atividade está retraída e pensa-se
Primeira expedição de vigilância da costa tenta expulsar que a espécie está extinta em algumas regiões
traficantes de pau-brasil, especialmente franceses
1875
1530 A produção de corante sintético para tecidos
O pau-brasil representa 90% dos produtos brasileiros provoca o abandono quase total do pau-brasil
exportados, usado como corante de roupas, mas como matéria-prima para a indústria têxtil.
apenas 5% da receita total do tesouro português Ele passa a ser usado na produção de arcos
1534 2000
O sistema de capitanias hereditárias muda a política Iniciam estudos de proteínas encontradas
portuguesa de ocupação do Brasil, de exclusivamente nas sementes do pau-brasil, que seguem
extrativista para agrícola colonizadora algumas iniciativas esparsas
Ficha técnica
Nomes populares Área de Altura Flores: amarelas, Sementes: com
pau-brasil ou ocorrência com manchas cerca de 1 cm de
pode
ibirapitanga original vermelhas em uma diâmetro, passam
chegar
Costa do das cinco pétalas do verde ao
a 30
Nome Rio Grande castanho-escuro;
metros Frutas: folhas
científico do Norte são liberadas de
ao Rio de modificadas, unidas
Caesalpinia pelas margens e forma explosiva
echinata Janeiro pelos frutos,
cobertas de "espinhos"
espalhando-se
no terreno
FONTE: <https://www.estudopratico.com.br/wp-content/uploads/2013/05/pau-brasil-
infografico-estadao.jpg>. Acesso em: 10 ago. 2018.
137
UNIDADE 3 | BREVE HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA E O ESPAÇO ECONÔMICO ATUAL
UNI
Dados da aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula:
· Compreender que a exploração do pau-brasil se constituiu em uma atividade comercial
dos portugueses, que implicou no trabalho escravo dos índios.
· Discutir quais foram as relações estabelecidas entre colonizadores e colonizados, as
lutas indígenas que expressaram a ação de invasão e domínio dos portugueses.
FONTE: <http://www.google.com/images?client=firefox-a&rls=org.mozilla:pt-
BR:official&channel=s&hl=pt-BR&q=ciclo%20do%20pau%20brasil&lr=&um=1&ie=UTF-
8&source=og&sa=N&tab=wi&biw=1280&bih=619>. Acesso em: 26 set. 2018.
2º momento – pergunte aos seus alunos o que eles sabem sobre o pau-brasil, organize-os
em grupos de quatro componentes, para discutir e escrever tudo que sabem sobre o pau-
brasil. Oportunize que compartilhem com os demais colegas em uma reunião pública.
Você, nesse momento, não interfere, apenas coordena a fala dos participantes dos grupos.
Também não introduz conhecimento novo, apenas diagnostica e questiona para verificar a
consistência do conhecimento dos alunos.
3º momento – inicie a sistematização do tema, comece pela orientação da leitura das crianças
sobre o assunto, você pode encontrar no livro didático, em outras fontes que achar adequada
ou nos textos indicados:
“O mundo das plantas”. Pau-brasil. Canal Kids. Disponível em: <http://www.canalkids.com.br/
meioambiente/mundodasplantas/pau.htm> <http://www.canalkids.com.br/meioambiente/
mundodasplantas/pau2.htm>. Acesso em: 10 set. 2010.
“Uma história de muitas curiosidades”. Disponível em: <http://www.sescsp.org.br/sesc/
hotsites/paubrasil/cap4/curiosidades.htm>. Acesso em: 10 set. 2010.
138
TÓPICO 1 | BREVE HISTÓRIA DA ECONOMIA DO BRASIL
· O nome que denominava o Brasil no século XV. Como era o contexto natural e cultural
do Brasil.
· A riqueza natural que o rei de Portugal se interessou.
· O nome do rei da época (1502).
· O imaginário dos portugueses sobre as terras brasileiras.
· As ações do rei para explorar a terra brasileira.
· Como se procedeu a exploração do pau-brasil.
· As atividades dos nativos nesse processo de exploração.
· Os exploradores visavam a lucros, para isso verifique como eles agiam.
· As ações tomadas pelo novo rei D. João III e o motivo.
· As ações do rei para explorar a terra brasileira.
· Como se procedeu a exploração do pau-brasil.
· As atividades dos nativos nesse processo de exploração.
· Os exploradores visavam a lucros, para isso verifique como eles agiam.
As ações tomadas pelo novo rei D. João III e o motivo.
2º momento – Professor, você pode usar a sala de multimídia, caso sua escola não tenha
esse tipo de laboratório, o trabalho pode ser manual, para orientar a escrita de uma tira, feita
com os registros os registros do vídeo. Você, nesse momento, organiza a turma em duplas,
leva-os até ao computador e ensina-os como elaborar a tira no paint.
Primeiro você aprende com a ferramenta do YouTube. Para ensinar, veja os seguintes links:
<http://www.youtube.com/watch?v=WF6464aEPc8>.
<http://www.youtube.com/watch?v=ZsP7eMdNclo&feature=related>.
Observação: se a sua escola tiver datashow, você faz os desenhos e os quadrinhos bem
devagar para seus alunos acompanharem os passos, depois é a vez deles de usarem a
ferramenta até conseguirem desenvolver a habilidade de trabalhar no paint para construir
tirinhas. Aqueles que já tiverem domínio podem ajudar os outros.
3º momento – quando seus alunos dominarem a ferramenta, você solicita que eles sentem
em duplas e planejem como irão construir as tirinhas com o registro do vídeo “Cor do pau-
brasil” (PORTAL/MEC, 2008). Devem destacar: cenário; personagens falas. Quadrinhos das
falas. Para isso é preciso orientar, o que eles devem fazer:
139
UNIDADE 3 | BREVE HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA E O ESPAÇO ECONÔMICO ATUAL
Caso não tenha computador na sua escola, você ensina a fazer as tirinhas manualmente,
com criação de desenhos do próprio pulso.
1º momento - Professor, faça uma síntese do que foi esse período para a formação e história do
nosso povo. Discuta as relações de exploração. Envolva os alunos, despertando curiosidades,
promovendo a fala e o diálogo, com você e com os outros colegas.
<http://www.escolakids.com/colonizacao-do-brasil.htm>.
Nesse momento, você pode usar como recurso a imagem de um pau-brasil com o
desenvolvimento histórico desse ciclo econômico.
Recursos complementares
FONTE: <http://blig.ig.com.br/maeducacao/2009/>.
Avaliação
140
TÓPICO 1 | BREVE HISTÓRIA DA ECONOMIA DO BRASIL
3 CICLO DA CANA-DE-AÇÚCAR
O ciclo da cana-de -açúcar foi o segundo importante ciclo da história
econômica do Brasil. Vamos conhecer quais foram suas principais características?
Acompanhe a leitura do quadro a seguir:
CICLO DA CANA-DE-AÇÚCAR
FONTE: <http://www.historiabrasileira.com/brasil-colonia/ciclo-da-cana-de-acucar/>.
Acesso em: 13 ago. 2018.
142
TÓPICO 1 | BREVE HISTÓRIA DA ECONOMIA DO BRASIL
143
UNIDADE 3 | BREVE HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA E O ESPAÇO ECONÔMICO ATUAL
144
TÓPICO 1 | BREVE HISTÓRIA DA ECONOMIA DO BRASIL
145
UNIDADE 3 | BREVE HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA E O ESPAÇO ECONÔMICO ATUAL
4 CICLO DO OURO
Historicamente, a extração do ouro foi considerada relevante na trajetória
econômica do país. A mineração do ouro tinha como finalidade central atender
aos mercados externos. Vamos entender quais foram as características deste
ciclo econômico?
UNI
CICLO DO OURO
Período da história colonial do Brasil, entre o final do século XVII e o final do século XVIII, em
que a extração de ouro e diamantes teve decisiva importância econômica. Cerca de dois terços
das lavras se concentravam em Minas Gerais, com o restante distribuído em Minas Gerais,
Mato Grosso e Bahia. A exploração do ouro determinou um rápido crescimento da população
brasileira e sua interiorização. A importação de escravos africanos triplicou em relação aos
dois séculos anteriores. Surgiram cidades ricas em Minas Gerais, e estreitaram-se os lações
entre as várias regiões da colônia. O ouro brasileiro favoreceu o esplendor da Corte de dom
João V e as iniciativas econômicas do marquês de Pombal, mas fluiu, em sua maior parte, para
a Inglaterra, estimulando a Revolução Industrial. Com o esgotamento das jazidas, aguçou-se
a contradição entre a metrópole e sua colônia, dando origem à Inconfidência Mineira.
146
TÓPICO 1 | BREVE HISTÓRIA DA ECONOMIA DO BRASIL
FONTE: <http://www.universiaenem.com.br/sistema/faces/pagina/publica/conteudo/texto-html.
xhtml?redirect=58772278220846712441030618748>. Acesso em: 20 ago. 2018.
E
IMPORTANT
Inconfidência Mineira
O que foi:
· A Conjuração Mineira, também conhecida como Inconfidência
Mineira, foi um movimento de caráter separatista, ocorrido em Minas
Gerais no ano de 1789, cujo principal objetivo era libertar o Brasil do
domínio português. O lema da Conjuração Mineira era “Liberdade,
ainda que tardia”.
Principais causas:
· Exploração política e econômica exercida por Portugal sobre sua principal colônia, o Brasil.
· Derrama: caso uma região não conseguisse pagar 1500 quilos de ouro para Portugal,
soldados entravam nas casas das pessoas para pegar bens até completar o valor devido.
· A proibição da instalação de manufaturas no Brasil.
Objetivos principais:
· Obter a independência do Brasil em relação a Portugal.
· Implantar uma República no Brasil.
· Liberar e favorecer a implantação de manufaturas no Brasil.
· Criação de uma universidade pública na cidade de Vila Rica.
147
UNIDADE 3 | BREVE HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA E O ESPAÇO ECONÔMICO ATUAL
A questão da escravidão:
· Não havia consenso com relação à libertação dos escravos. Alguns inconfidentes,
entre eles Tiradentes, eram favoráveis à abolição da escravidão, enquanto outros eram
contrários e queriam a independência sem transformações sociais de grande impacto.
O fim da Conjuração Mineira:
· O movimento foi delatado por Joaquim Silvério dos Reis ao governador da província,
em troca do perdão de suas dívidas com o governo. Os inconfidentes foram presos
e condenados. Enquanto Tiradentes foi enforcado e teve seu corpo esquartejado, os
outros foram exilados na África.
FONTE: <https://www.historiadobrasil.net/resumos/conjuracao_mineira.htm>.
Acesso em: 20 ago. 2018.
UNI
Vivian Oswald
Quatro séculos depois do ciclo do ouro que encheu os olhos da Coroa Portuguesa e levou
brasileiros e estrangeiros atrás do enriquecimento rápido, o Brasil está diante da maior corrida de
todos os tempos pelo metal. Novos equipamentos sofisticados já permitem às gigantes estrangeiras
que dominam o mercado nacional chegar ao que poderia ser chamado de "o pré-sal da mineração".
No Centro-Oeste e no Norte, minas até então intocadas tornaram-se economicamente viáveis,
assim como outras consideradas esgotadas em Minas Gerais e no Nordeste.
Tudo isso graças ao aumento, em todo o planeta, da demanda pelo ouro – cuja cotação
deu um salto de 540% na última década – estimulada pelo crescimento econômico mundial,
sobretudo da China, e pela necessidade dos países de acumular o metal, que é considerado
um dos ativos financeiros mais confiáveis do mundo. [...]
Se a crise financeira global de 2008 impôs um ritmo bem menos acelerado às economias
desenvolvidas, o que, em tese, diminuiria a demanda pelo ouro, ela acabou por ajudar a
desvalorizar o dólar e pressionar os preços do metal, considerado historicamente porto seguro
pelos investidores. Os bancos centrais mundiais nunca compraram tanto ouro para manter
em suas reservas internacionais desde a década de 80. A escalada dos preços viabilizou novos
investimentos milionários em pesquisas e tecnologia.
No passado, o ouro brotava da terra, ou dos rios, e retirá-lo não exigia muito esforço. Hoje
ele é encontrado em profundidades de até quatro mil metros na África do Sul, mas já está em
2.500 metros no Brasil. Máquinas sofisticadas são capazes de extrair menos de um grama de
ouro de uma pedra de uma tonelada, ou seja, algo equivalente a um automóvel de passeio.
148
TÓPICO 1 | BREVE HISTÓRIA DA ECONOMIA DO BRASIL
Isso explica o motivo de o Brasil, que já foi o maior produtor do mundo, mas perdeu posições
no passado recente, ter voltado ao páreo e estar em 13 lugar na lista dos grandes globais. Em
2010, produziu 62 toneladas nos garimpos legais, o maior volume da década, e se prepara
para dobrar a marca. O maior produtor do mundo é a China, com 341 toneladas/ano, seguida
por Austrália (259 toneladas), Estados Unidos (240 toneladas) e África do Sul (192 toneladas).
A produção brasileira é muito pequena, apenas 12% de seu potencial. [...]
5 CICLO DO ALGODÃO
O ciclo do algodão se estendeu entre o século XVIII até o começo do XIX.
A principal característica do período foi a produção expressiva de algodão nos
estados de Pernambuco, Bahia, São Paulo e Ceará. A produção estava voltada
para o mercado externo, principalmente Europa e Estados Unidos. Esta matéria-
prima estava relacionada ao desenvolvimento industrial, principalmente da
indústria fabril, que estava em ascensão nos referidos países (HISTÓRIA DO
BRASIL, 2018).
149
UNIDADE 3 | BREVE HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA E O ESPAÇO ECONÔMICO ATUAL
FONTE: <http://historiainte.blogspot.com/2014/05/o-ciclo-do-algodao.html>.
Acesso em: 20 ago. 2018.
150
TÓPICO 1 | BREVE HISTÓRIA DA ECONOMIA DO BRASIL
FONTE: <http://www.abrapa.com.br/Paginas/dados/area-estado-algodao_backup2017.aspx>.
Acesso em: 20 ago. 2018.
6 CICLO DA BORRACHA
Outra importante atividade econômica na formação econômica do Brasil
foi a extração do látex, que ficou conhecida como o Ciclo da Borracha. Acompanhe
as características deste ciclo a seguir:
151
UNIDADE 3 | BREVE HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA E O ESPAÇO ECONÔMICO ATUAL
UNI
CICLO DA BORRACHA
Período da história econômica do Brasil marcado pela grande atividade de extração de látex
da borracha nos seringais da Amazônia, para exportação. Essa atividade atingiu seu apogeu
na primeira década do século XX, quando o Brasil era o maior produtor mundial do látex,
que respondia por 26% do valor das exportações nacionais. A valorização da borracha no
mercado internacional decorria do desempenho da indústria automobilística na Europa e
nos Estados Unidos, o que intensificou a procura de matéria-prima para a produção de pneus.
O predomínio brasileiro na produção passou a declinar depois que os ingleses iniciaram a
cultura da seringueira no Oriente sobretudo na Tailândia e em Cingapura. Em 1914, o Brasil
respondia apenas por metade da produção, e, em 1930, contribuía somente com 3%.
FONTE: <http://sinus.org.br/2014/wp-content/uploads/2013/11/FMI.BMNov%C3%ADssimo-
Dicion%C3%A1rio-de-Economia.pdf>. Acesso em: 10 ago. (grifo nosso).
FONTE: <http://historiainte.blogspot.com/2014/05/o-ciclo-do-algodao.html>.
Acesso em: 20 ago. 2018.
152
TÓPICO 1 | BREVE HISTÓRIA DA ECONOMIA DO BRASIL
Produção mundial
11,327mil toneladas
Consumo mundial
11,005mil toneladas
FONTE: <http://www.iac.sp.gov.br/areasdepesquisa/seringueira/importancia.php>.
Acesso em: 20 ago. 2018.
153
UNIDADE 3 | BREVE HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA E O ESPAÇO ECONÔMICO ATUAL
Borracha natural
FONTE: <http://borrachanatural.agr.br/cms/index.php?option=com_con-
tent&task=view&id=25710&Itemid=10>. Acesso em: 20 ago. 2018.
7 CICLO DO CAFÉ
Para finalizarmos a trajetória dos principais ciclos da história econômica
brasileira, iremos discorrer sobre o ciclo do café.
CICLO DO CAFÉ
154
TÓPICO 1 | BREVE HISTÓRIA DA ECONOMIA DO BRASIL
FONTE: <https://mapas.ibge.gov.br/escolares/atlas-geografico-escolar.html>.
Acesso em: 20 ago. 2018.
155
UNIDADE 3 | BREVE HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA E O ESPAÇO ECONÔMICO ATUAL
FONTE: <https://mapas.ibge.gov.br/escolares/atlas-geografico-escolar.html>.
Acesso em: 20 ago. 2018.
156
RESUMO DO TÓPICO 1
157
• O ciclo do algodão se estendeu entre o século XVIII até o começo do XIX. A
principal característica do período foi a produção expressiva de algodão nos
estados de Pernambuco, Bahia, São Paulo e Ceará. A produção estava voltada
para o mercado externo, principalmente Europa e Estados Unidos.
158
AUTOATIVIDADE
a) ( ) A produção açucareira.
b) ( ) A exploração do ouro.
c) ( ) A extração do pau-brasil.
d) ( ) A criação de gado.
e) ( ) O comércio de especiarias.
159
160
UNIDADE 3
TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
O objetivo deste tópico é caracterizar a geografia econômica do Brasil
no período atual, no que diz respeito ao uso do espaço destinado às atividades
agropecuárias. A definição de agropecuária abarca o conjunto de atividades
primárias, associada ao cultivo de plantas (agricultura) e à criação de animais
(pecuária) para o consumo humano ou para o fornecimento de matérias-primas
na fabricação de roupas, medicamentos, biocombustíveis etc. Esse segmento da
economia é dos elementos que compõem o Produto Interno Bruto (PIB) de um
determinado lugar (FRANCISCO, 2010).
Nos últimos anos, o Brasil consolidou sua posição como um dos maiores
produtores e fornecedores de alimentos e fibras para o mundo. Sua
participação crescente no comércio internacional de produtos do agronegócio
é resultado de uma combinação de fatores, como investimento em tecnologia
e pesquisa, extensão territorial agricultável, clima propício e capacidade
empreendedora, além de elevados investimentos e regulamentação em
sanidade e qualidade dos produtos. Também contribuiu para essa conquista
a integração das cadeias produtivas, englobando fornecedores de insumos,
produtores, indústrias processadoras, distribuidores e prestadores de
serviços (BRASIL, 2017) (grifo nosso).
161
UNIDADE 3 | BREVE HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA E O ESPAÇO ECONÔMICO ATUAL
Plantio de banana
FONTE: <https://mapas.ibge.gov.br/escolares/atlas-geografico-escolar.html>.
Acesso em: 27 ago. 2018.
162
TÓPICO 2 | O ESPAÇO ECONÔMICO BRASILEIRO NA ATUALIDADE: A PRODUÇÃO AGROPECUÁRIA BRASILEIRA
FONTE: <http://www.sebraemercados.com.br/wp-content/uploads/2015/11/Panorama-do-
mercado-de-fruticultura-no-Brasil.pdf>. Acesso em: 27 ago. 2018.
163
UNIDADE 3 | BREVE HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA E O ESPAÇO ECONÔMICO ATUAL
Melão
Manga
Limão e
Lima Banana
Maçã Mamão
papaia Melancia Uva
Para as frutas
processadas, o suco de
laranja continua sendo
o grande destaque,
com um total de 1,9
milhão de toneladas
exportadas em 2014.
FONTE: <http://www.sebraemercados.com.br/wp-content/uploads/2015/11/Panorama-do-
mercado-de-fruticultura-no-Brasil.pdf>. Acesso em: 27 ago. 2018.
164
TÓPICO 2 | O ESPAÇO ECONÔMICO BRASILEIRO NA ATUALIDADE: A PRODUÇÃO AGROPECUÁRIA BRASILEIRA
FONTE: <https://mapas.ibge.gov.br/escolares/atlas-geografico-escolar.html>.
Acesso em: 27 ago. 2018.
165
UNIDADE 3 | BREVE HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA E O ESPAÇO ECONÔMICO ATUAL
90
80
70
60
(milhões de t)
50
40
30
20
10
0
1991 1993 1995 1997 1999 1991 2003 2005 2007 2009 2011 2013
FONTE: <https://mapas.ibge.gov.br/escolares/atlas-geografico-escolar.html>.
Acesso em: 27 ago. 2018
UNI
A soja é cultivada em 17 dos 27 estados brasileiros, envolve 240 mil produtores e alcança uma
produção anual de 50 milhões de toneladas – um quinto da produção global. Ela responde
por 12% das exportações brasileiras, ou 25% das exportações do agronegócio, gerando
US$10 bilhões anuais em receita cambial. A indústria nacional transforma, por ano, cerca
166
TÓPICO 2 | O ESPAÇO ECONÔMICO BRASILEIRO NA ATUALIDADE: A PRODUÇÃO AGROPECUÁRIA BRASILEIRA
O cultivo da soja no cerrado, região até há pouco tempo considerada inóspita à agricultura
comercial, tornou-se possível graças aos resultados obtidos pelas pesquisas da Empresa
Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), em parceria com produtores, industriais e
centros privados de pesquisa. Outro resultado foi o aumento da produtividade média, atingindo
os maiores índices mundiais, superando os 3 mil kg por hectare.
A soja e o farelo de soja brasileiros possuem alto teor de proteína, padrão de qualidade
premium, o que permite sua entrada nos exigentes mercados da União Europeia e do Japão (...).
A soja é, ainda, ótima alternativa para a fabricação do biodiesel, combustível capaz de reduzir
em 78% a emissão dos gases causadores do efeito estufa. O cultivo de soja no Brasil busca
encontrar um padrão ecologicamente responsável com
o uso de práticas de agricultura sustentável. Entre elas,
destacam-se o sistema de integração da lavoura com a
pecuária e a utilização da técnica de plantio direto. A terra
é, assim, usada de forma intensiva e com menor impacto
ambiental, o que reduz a pressão pela abertura de novas
áreas e contribui para a preservação do meio ambiente.
FONTE: <www.agricultura.gov.br/...internacionais/.../LAMINAS_0-ilovepdf-compressed.
pdf>. Acesso em: 27 ago. 2018.
167
UNIDADE 3 | BREVE HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA E O ESPAÇO ECONÔMICO ATUAL
Produção municipal
(1 000 t)
10,0 a 100,0
100,1 a 250,0
250,1 a 500,0
500,1 a 1 840,8
FONTE: <https://mapas.ibge.gov.br/escolares/atlas-geografico-escolar.html>.
Acesso em: 27 ago. 2018.
O que é pecuária?
168
TÓPICO 2 | O ESPAÇO ECONÔMICO BRASILEIRO NA ATUALIDADE: A PRODUÇÃO AGROPECUÁRIA BRASILEIRA
169
UNIDADE 3 | BREVE HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA E O ESPAÇO ECONÔMICO ATUAL
FONTE: <https://www.nexojornal.com.br/grafico/2017/11/22/4-d%C3%A9cadas-de-
expans%C3%A3o-pecu%C3%A1ria-no-Brasil-em-mapas>. Acesso em: 29 ago. 2018.
170
TÓPICO 2 | O ESPAÇO ECONÔMICO BRASILEIRO NA ATUALIDADE: A PRODUÇÃO AGROPECUÁRIA BRASILEIRA
Principais regiões
produtoras de suínas
(1 000 porcos)
100,0 a 500,0
500,1 a 1 000,0
1 000,0 a 2 129,0
Ciração de porcos
FONTE: <https://mapas.ibge.gov.br/escolares/atlas-geografico-escolar.html>.
Acesso em: 27 ago. 2018.
171
UNIDADE 3 | BREVE HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA E O ESPAÇO ECONÔMICO ATUAL
Principais regiões
com rebanho bovino
(1 000 cabeças)
200 a 400
401 a 800
801 a 1 700
1 701 a 3 673
172
TÓPICO 2 | O ESPAÇO ECONÔMICO BRASILEIRO NA ATUALIDADE: A PRODUÇÃO AGROPECUÁRIA BRASILEIRA
173
RESUMO DO TÓPICO 2
174
AUTOATIVIDADE
PORQUE
175
Acerca dessas asserções, assinale a opção CORRETA:
176
UNIDADE 3
TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
Neste tópico iremos examinar as principais características das atividades
industriais distribuídas pelo país. É pertinente mencionar que o processo de
globalização repercutiu na economia brasileira sobretudo, a partir da década
de 1980. Terra, Araújo e Guimarães (2015) ressaltam que antes da década de
1980, o modelo econômico nacional era baseado na política de substituição de
importações, caracterizada por um protecionismo do mercado que, em tese,
estaria pautado no aumento da produção industrial interna e na diminuição
das importações. Esta política econômica tinha forte intervenção do Estado que
impunha barreiras alfandegárias aos mercados externos.
177
UNIDADE 3 | BREVE HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA E O ESPAÇO ECONÔMICO ATUAL
Belém
São Luis
Manaus
Fortaleza
Natal
Paraíba
Recife
Maceió
Aracaju
Salvador
Cuiabá
Goiás
Café Ouro
Preto
Mate
Vitória
Cacau
Fumo
Algodão São Paulo Rio de Janeiro
Ouro e diamantes Santos
Curitiba
Drogas do sertão e borracha
Cana-de-açúcar
Pecuária Florianópolis
Ferrovia
Limite dos Estados atuais
Porto Alegre
Cidades e vilas
0 500 km
Fonte: baseado em Manoel Maurício de Albuquerque, Atlas histórico. © HT-2003 MGM-Libergéo
Brasil: a economia e o território no século XIX. Fonte: THÉRY, Hervé; MELLO, Neli Aparecida de. Atlas do Brasil:
disparidades e dinâmicas do território. São Paulo: Edusp, 2005. p. 41.
Impulso industrial
178
TÓPICO 3 | O ESPAÇO ECONÔMICO BRASILEIRO NA ATUALIDADE: A PRODUÇÃO INDUSTRIAL BRASILEIRA
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UNIDADE 3 | BREVE HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA E O ESPAÇO ECONÔMICO ATUAL
GOVERNOS MILITARES
COLLOR E FHC
180
TÓPICO 3 | O ESPAÇO ECONÔMICO BRASILEIRO NA ATUALIDADE: A PRODUÇÃO INDUSTRIAL BRASILEIRA
A indústria, como um todo, representa 21% do PIB do Brasil, mas responde por 51%
das exportações, por 68% da pesquisa e desenvolvimento do setor privado e por 32% dos
tributos federais (exceto receitas previdenciárias). Para cada R$ 1,00 produzido na indústria,
são gerados R$ 2,32 na economia como um todo. Nos demais setores, o valor gerado é menor:
R$ 1,67 na agricultura e R$ 1,51 no comércio e serviços.
maio/2018
da arrecadação de da arrecadação de
tributos federais tributos federais
(exceto receitas previdenciárias) (exceto receitas previdenciárias)
da arrecadação da arrecadação
previdenciária previdenciária
FONTE: <http://www.portaldaindustria.com.br/estatisticas/importancia-da-industria/>.
Acesso em: 30 ago. 2018.
Número de empresas
industriais extrativas e
de transformação, por
município
menos de 1 000
1 001 a 5 000
5 001 a 10 000
mais de 10 001
181
UNIDADE 3 | BREVE HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA E O ESPAÇO ECONÔMICO ATUAL
UNI
Bens de consumo: é o tipo de indústria que destina a sua produção para o mercado
consumidor, ou seja, para o consumo da população.
FONTE: <https://www.colegioweb.com.br/industria-de-transformacao/tipos-de-industrias.
html>. Acesso em: 27 ago. 2018.
182
TÓPICO 3 | O ESPAÇO ECONÔMICO BRASILEIRO NA ATUALIDADE: A PRODUÇÃO INDUSTRIAL BRASILEIRA
9. Goiás 3,0%
10. Pernambuco 2,6%
FONTE: <http://perfildaindustria.portaldaindustria.com.br/ranking?cat=9&id=1754>.
Acesso em: 30 out. 2018.
183
UNIDADE 3 | BREVE HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA E O ESPAÇO ECONÔMICO ATUAL
de
autoativida
Quais são as atividades industriais típicas da região onde você mora? E do seu
estado? Procure se informar e levantar informações sobre o panorama industrial da área em
que você reside. Procure, também, descobrir quais transformações este ou estes setores têm
sofrido na atualidade.
UNI
Automotiva
A popularização do carro autônomo está tornando obsoleta a posse do carro, que passará a
ser compartilhado. As empresas automotivas estão olhando para um futuro no qual não serão
apenas fabricantes e vendedoras de carros – mas vão atuar com mobilidade sob demanda.
As montadoras tradicionais estão vendo a entrada de competidores de outros setores (como
empresas de tecnologia) investindo fortemente em serviços conectados, novos serviços de
transporte e outros serviços.
Saúde e Farmácia
Dispositivos de estilo de vida estão evoluindo, permitindo aos provedores de saúde e empresas
farmacêuticas o acesso e compartilhamento de informações. No futuro, as pessoas poderão
implantar chips de monitoramento da saúde. As informações coletadas são compartilhadas
com um médico particular, por exemplo.
184
TÓPICO 3 | O ESPAÇO ECONÔMICO BRASILEIRO NA ATUALIDADE: A PRODUÇÃO INDUSTRIAL BRASILEIRA
Energia
A indústria de energia está inserida em um ecossistema em desenvolvimento que passa
por residências inteligentes e chega até uma gama diversificada de infraestrutura urbana. A
popularização dos veículos elétricos, por exemplo, criará a necessidade de investimentos
substanciais em infraestrutura e a oportunidade de usar veículos como uma fonte de
armazenamento de energia em massa. Para avançar nesse mercado, as redes de serviços locais
precisarão adotar modelos de negócios compartilhados. As empresas de energia têm potencial
para capturar várias fontes de valor, mas enfrentarão a concorrência de vários outros players.
Manufatura
As empresas que anteriormente fabricavam produtos com pouca tecnologia agora são capazes
de adicionar sensores que permitem a manutenção preditiva em tempo real. Dessa maneira,
fabricantes de máquinas, por exemplo, estão aptas a oferecer serviços de monitoramento,
manutenção e renovação completa de equipamentos. Tais soluções integradas caracterizam-
se por benefícios significativamente maiores para os clientes e revolucionarão as carteiras
de produtos existentes e as relações de desempenho – e essas empresas deixam de serem
apenas “vendedoras” de produtos para oferecerem serviços de maior valor agregado.
Varejo
O setor de varejo estava na vanguarda das disrupções provocadas pelas novas
tecnologias digitais. Hoje, vê o desenvolvimento da internet das coisas revolucionar o
relacionamento com os fabricantes de produtos e consumidores, agilizando os processos
de produção, venda e entrega de um produto.
Petróleo e gás
Há expectativa que os sistemas tecnológicos habilitados para digital reduzam significativamente
o custo por barril da exploração futura de recursos de hidrocarbonetos. A tecnologia pode
ajudar as companhias a controlar os processos em tempo real, aumentando a segurança,
confiabilidade e rendimento de milhares de poços petrolíferos.
Mineração
Nem mesmo uma indústria tradicional, como é o caso da Mineração, está imune às
mudanças. Uma série de desenvolvimentos, como a bioengenharia de micro-organismos,
estão apontando para um futuro tecnológico transformador.
O impacto das novas tecnologias
Inteligência artificial
Até pouco tempo atrás, habilidades como percepção visual, reconhecimento de vozes e
tradução simultânea eram exclusivas do ser humano. Hoje, não é mais assim. Softwares
sofisticados, baseados na análise de parâmetros e algoritmos, são capazes de exercer essas
funções. A inteligência artificial é focada no desenvolvimento de programas voltados para
que máquinas possam realizar determinadas tarefas, desde o agendamento de consultas e
exames em laboratórios e clínicas até a concepção do carro autônomo.
Blockchain
O blockchain registra e autentica todas as etapas de transações monetárias, típicas dos meios
de pagamento como cartão de crédito e transferência de valores, inclusive entre bancos
e empresas. Como pode ser utilizado para assegurar e checar vários tipos de operações
financeiras, tem se tornado útil para diversos setores industriais.
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UNIDADE 3 | BREVE HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA E O ESPAÇO ECONÔMICO ATUAL
Drones
Diversos setores, como o de logística, transportes, engenharia e a indústria extrativa têm feito
uso cada vez maior dos drones. Um estudo recente da PwC aponta que o mercado do uso
comercial de drones deve chegar a US$ 127 bilhões nos próximos anos.
LEITURA COMPLEMENTAR
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TÓPICO 3 | O ESPAÇO ECONÔMICO BRASILEIRO NA ATUALIDADE: A PRODUÇÃO INDUSTRIAL BRASILEIRA
71,2%
69,9%
69,2% 69,1%
65,8% 66,0%
64,7%
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
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UNIDADE 3 | BREVE HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA E O ESPAÇO ECONÔMICO ATUAL
110
100
90
80
70
60
50
Janeiro 2003
maio 2003
setembro 2003
Janeiro 2004
maio 2004
setembro 2004
Janeiro 2005
maio 2005
setembro 2005
Janeiro 2006
maio 2006
setembro 2006
Janeiro 2007
maio 2007
setembro 2007
Janeiro 2008
maio 2008
setembro 2008
Janeiro 2009
maio 2009
setembro 2009
Janeiro 2010
maio 2010
setembro 2010
Janeiro 2011
maio 2011
setembro 2011
Janeiro 2012
maio 2012
setembro 2012
Janeiro 2013
maio 2013
setembro 2013
Janeiro 2014
maio 2014
setembro 2014
Janeiro 2015
maio 2015
setembro 2015
Janeiro 2016
maio 2016
setembro 2016
Fonte: IBGE – Pesquisa Mensal de Comércio. Elaboração: CGMD/SCS/MDIC
Disponível em: http://www.sidra.ibge.gov.br
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TÓPICO 3 | O ESPAÇO ECONÔMICO BRASILEIRO NA ATUALIDADE: A PRODUÇÃO INDUSTRIAL BRASILEIRA
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UNIDADE 3 | BREVE HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA E O ESPAÇO ECONÔMICO ATUAL
190
RESUMO DO TÓPICO 3
191
AUTOATIVIDADE
192
Assinale a alternativa CORRETA:
193
194
REFERÊNCIAS
ABREU, Yolanda Vieira de; BARROS, Carlos Alexandre Aires. Visões
sobre a economia colonial: a contribuição do negro. Espanha: Eumed.Net,
Universidade de Málaga, 2009.
195
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196
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197
IANDOLI, Rafael. União Europeia: o maior projeto de integração regional
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200
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SANTOS, Leandro Bruno, OLIVEIRA, Cássio Antunes de. In: SPOSITO, Eliseu
Savério. Glossário de geografia humana e econômica. São Paulo: Editora
Unesp, 2017.
201
SIEDENBERG, Dieter. Desenvolvimento Regional. In: SIEDENBERG, Dieter
(Coord.) Dicionário de desenvolvimento regional. Santa Cruz do Sul:
EDUNISC, 2006.
202