Aula 6
Estética e Semiótica
Aplicadas ao Design
Prof. Dr. Humberto Costa
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Análise estético-semiótica
Ler o mundo com profundidade
Buscar as qualidades, singularidades e
generalidades dos fenômenos
Mudanças rápidas e inovações
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A relação entre semiótica e
estética
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Conversa Inicial
Exercitar a flexibilidade cognitiva –
remodelar o nosso modo de pensar
Necessidade de profissionais capazes de
tomar decisões assertivas e sagazes
Profissional criativo: capacidade de conectar
informações aparentemente desconexas e
arquitetar ideias inovadoras
A relação entre a semiótica e a estética
As linguagens – objetos de estudo da estética
e da semiótica
Estética: descobrir o ideal maior da vida
humana/indagar sobre qual é o estado de
coisa que é admirável por si só
Semiótica: buscar as condições necessárias
para se atingir a verdade/voltar para as
condições necessárias para a transmissão de
significado de uma mente para outra
 Estética e semiótica: ver os fenômenos de
forma sensível, singular e pragmática
O que conhecemos do mundos nos chega por
A gravidade e o cubismo
intermédio dos sentidos – estética e
A estética, a semiótica e a mente preparada
semiótica
Enriquecer o repertório = diferentes
Os ideais estéticos e semióticos voltam-se
experiências
para os signos
Análise semiótica e o enriquecimento do
repertório

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Análise semiótica de uma logomarca

Fenômenos podem ser semioticamente

Análise semiótica de uma
analisados
logomarca
A análise semiótica, na fase da significação,
busca captar três aspectos importantes:
Qualidade, sensorialidade e particularidade

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Na fase da interpretação – examinar os

Na fase da referência – compreender aquilo
efeitos que as mensagens podem causar no
que as mensagens indicam –, três aspectos:
receptor –, três tipos:
O poder sugestivo: sensorial e metafórico
Emocionais – o receptor é tomado por um
O poder denotativo das mensagens sentimento mais ou menos definido
(capacidade para indicar algo que está fora
Reativos – o receptor é levado a agir em
delas)
função da mensagem recebida
A capacidade das mensagens para
Mentais – a mensagem faz o receptor
representar ideias convencionais
refletir sobre algo

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 O primeiro signo a ser analisado – logomarca
da empresa japonesa Kumon
O que caracteriza um signo: a representação
de alguma coisa além dele próprio
O signo: um sinal gráfico que representa uma
ideia, um produto ou um serviço
Logomarca: imagem institucional e a
representação da marca

Air Elegant/Shutterstock
Histórico da Kumon: atua no âmbito da
educação; utiliza o método criado pelo
professor Toru Kumon (1950)

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A logomarca – viés estético: Linhas retas e anguladas; sem volume

Um retângulo, um texto centralizado, um A direção respeita a leitura da cultura

desenho circular irregular e um texto ocidental: da esquerda para a direita

Presença de cores frias: azul-claro pouco A distribuição no espaço é harmoniosa

saturado Equilíbrio e boa pregnância da forma
Presença de textura lisa em toda a Cor azul (cor preferida entre as pessoas) –
composição associada à confiança
Configuração esquemática do rosto humano Cor preta – saber e seriedade

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A logomarca da empresa Kumon:

fundamento, objeto e interpretantes
do signo
A logomarca da empresa
Kumon: fundamento, objeto e Signo: a logomarca da empresa Kumon
interpretantes do signo A natureza triádica do signo: significação,
referenciação e os efeitos que o signo
carrega

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 1. O signo – a logomarca/o fundamento: a
empresa Kumon
Qualidades do signo: cores, traços retos das
letras e do desenho da escrita, o equilíbrio
da composição
Singularidades: o desenho do texto da
palavra Kumon (sinsigno)
Legissignos: texto escrito (convenção); o
formato peculiar de uma logomarca
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Aspecto importante do objeto imediato: icônico
– aprendizado eficiente e questionador
A cor preta sugere a ideia de grafite, de escrita
a lápis ou à caneta; o símbolo circular – escrita
manual
A logomarca da empresa aproxima a qualidade
com o seu objeto: o desenho feito a mão livre
O desenho (ícone) sugere um rosto pensativo,
de quem está aprendendo e questionando
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Análise semiótica de uma
embalagem
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2. Identificar os objetos do signo:
O objeto dinâmico do signo Kumon diz
respeito ao ato de aprender e de questionar
dos alunos
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3. Identificar os interpretantes do signo:
O interpretante imediato – capacidade de
aprendizado eficiente e questionador
O interpretante dinâmico – a Kumon é a
escola concebida para aqueles que querem
aprender com eficiência e qualidade
O interpretante final – a intenção de que a
Kumon se torne a marca mais lembrada e
desejada entre o seu público-alvo
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Análise semiótica de uma embalagem
Embalagem da bebida Gatorade
Ekkamai Chaikanta/Shutterstock
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 A embalagem do ponto de vista estético:
Abrir o apetite e a atenção para o sabor;
linhas orgânicas sugerem volume; a
distribuição espacial dos elementos ocupa o
topo da embalagem; desequilíbrio formal –
o conforto ergonômico; boa pregnância
Trata-se de uma embalagem que armazena
líquido e, pelas cores, é possível deduzir o
sabor
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2. Identificar os objetos do signo:
O objeto dinâmico: os benefícios que
Gatorade propicia
Aspecto mais interessante do objeto
imediato: icônico-indicial: contenção de
líquido, refrescância e cuidado com a saúde
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Análise semiótica de uma obra
de arte – Guernica
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1. O signo e seu fundamento (o signo em si):
Qualissignos: qualidades das cores –
alaranjado, verde, amarelo
Sinsignos: corporificados nas
singularidades da embalagem de Gatorade
Legissignos: os textos, o logotipo do
produto, textura, brilho do material
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3. Identificar os interpretantes do signo:
O interpretante imediato: o potencial da
embalagem – conter uma bebida que repõe a
água, o sabor, a refrescância e o cuidado com a
saúde
O interpretante dinâmico: a ideia de
refrescância, de vida saudável, de bebida
gostosa, de cuidado com a saúde etc.
O interpretante final: consenso entre o público
de que Gatorade é a melhor bebida para cuidar
da saúde e do bem-estar da pessoa
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Análise semiótica de uma obra de arte –
Guernica
Analisar diferentes signos: conhecimentos
diferentes
O signo a ser analisado: a pintura Guernica
30

tichr/Shutterstock
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Nunca questionar “o que o artista quis
dizer?”
Perguntas mais adequadas: “o que eu
entendo dessa obra?”, “o que eu sinto?”,
“quais são as interpretações a que posso
chegar?”
É de nosso interesse o modo como Picasso
disse algo aos espectadores
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A pintura do ponto de vista estético:
Temos linhas, plano e textura
Predominância de tons monocromáticos,
que organizam a luminosidade
Configuração real: o objeto quadro,
composto por armação, tela, tinta etc.
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Guernica não representa a realidade dos
fatos históricos e não informa algo acerca
desses fatos
Exposta no Museu Nacional Centro de Arte
Rainha Sofia, em Madri, Espanha
Obra de grandes dimensões: 349,3 cm x
776,6 cm
Tem formato horizontal e narra uma história
– ordem espacial interna
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Signo: a pintura de Picasso (Guernica);
fundamento – a ideia de luta que realça dois
elementos antagônicos: a vida e a morte
Por extensão na oposição: vitória e derrota,
bem e mal, caos e ordem, Deus e demônio,
racional e irracional
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Textura: presente no pano da tela e na tinta
usada
Configuração esquemática: presentificada
pelos desenhos que formam os personagens,
as formas cúbicas. Os olhos do touro e a
grande lâmpada central – dois pontos que
dirigem a leitura
Pregnância da forma: de mediana a baixa, pois
a narrativa é complexa
Guernica é composta por 9 personagens: 1
touro, 4 mulheres, 1 criança, a estátua de um
guerreiro, 1 pássaro e 1 cavalo
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 Há uma linha de força diagonal: o olho
do touro e os olhos de quase todos os
personagens (o touro como destaque na
obra)
tichr/Shutterstock
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2. Identificar os objetos do signo:
Objeto dinâmico: o bombardeio que arrasou
a cidade de Guernica
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Pomba: a paz (longínqua)
Cavalo: o instinto animal, a vida, o tempo
Touro: fortaleza, orgulho, energia e vida
Guerreiro: a derrota militar e a derrota
da história
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1. O signo e seu fundamento:
Predomínio das qualidades: traços, tons, a
opacidade/luminosidade
Sinsignos: as figuras em si
Legissignos: pintura plástica e tinta
utilizada
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Aspecto mais interessante do objeto imediato –
icônico: as ideias de morte, caos, sofrimento,
destruição e dor
Índices: as figuras não se apresentam como
o real
Símbolos: a tonalidade escura – morte,
destruição, caos
A luz da lamparina: energia física e
espiritual que é capaz de ordenar o caos
Lâmpada (luz/olho): o olho de Deus que
observa a cena
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3. Identificar os interpretantes do signo:
Interpretante imediato: os horrores, as dores e
a devastação que uma guerra pode causar
Interpretante dinâmico: a ideia de horror, de
morte, de devastação que uma guerra gera
(vinculado a um dos infinitos interpretantes)
Interpretante final: consenso de que a guerra
só gera desgraças, causa dores e devastação e
tem capacidade de destruir os homens
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 Na Prática Para colocar em prática tudo o que
aprendemos, faça as atividades a seguir

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Considerando o que foi aqui apresentado, Considerando o que foi apresentado nesta
elabore uma análise semiótica completa da aula, elabore uma análise semiótica completa
logomarca da empresa Citroën do cartaz

Memórias de viagem
360b/Shutterstock

Dzianis_Rakhuba/Shutterstock

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Análise semiótica: amplia a capacidade de

enxergar com profundidade/conexões
sagazes
Uma das vias para se fazer a análise
Finalizando
semiótica
Respeitar os passos para se fazer uma
análise semiótica
Uma análise completa envolve o signo, seus
objetos e seus interpretantes

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 Ampliação do repertório
No momento de criação de uma mensagem,
o esboço inicial de uma ideia, se analisado
semioticamente, pode ajudar a aprimorar
a mensagem que deseja ser veiculada

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