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UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL

DIRETORIA ACADÊMICA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENSINO DE CIÊNCIAS E MATEMÁTICA

Perspectivas em Pesquisa em Educação


Matemática I

Prof.ª: Dra. Clarissa de Assis Olgin


Mestranda: Michele Fortes de Vargas
TEORIA DOS
REGISTROS DE
REPRESENTAÇÕES SEMIÓTICAS
RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS
Referência
• Raymond Duval é autor da Teoria Registros das

Representações Semióticas. Filósofo, psicólogo e

professor emérito da Universidade Du Litoral Côrte

d’Ópale.

• Desenvolveu importantes pesquisas em Psicologia

Cognitiva no Instituto de Pesquisa em Educação

Matemática (IREM) de Estrasburgo, no período de

1970 a 1995.
O acesso a um conhecimento por meio da

necessidade de compreender suas

representações enquanto objeto e a partir

destas identificar a natureza própria em todas as

suas formas representativas.

Pesquisador Brasileiro : Méricles Thadeu Moretti (tradutor de várias pesquisas) defende o


acesso a um conhecimento por meio da necessidade de compreender suas representações
enquanto objeto e a partir destas identificar a natureza própria em todas as suas formas
representativas.
FUNCIONAMENTO COGNITIVO
CONHECIMENTO
São influenciadas pelos
Formas de organização e sistemas de
apropriação. comunicação,
ACESSO representação e
percepção.
ABORDAGEM COGNITIVA

Assimilação, acomodação e apropriação, num


processo de interação entre sujeito-objeto.

Jean Piaget
Interferência do meio social na formação de um
conhecimento, sendo o sujeito sócio-histórico-
cultural .

Lev Vygotskyi
Existência de campos conceituais sistêmicos

Gerard Vergnaud
Significados
O que é semiótica?
Idealizador: Charles Sanders Peirce

Grego: semeion = signo ciência geral de todas linguagens.

É o estudo das relações entre sinais e símbolos e daquilo que eles


representam.
Um sistema semiótico é, de acordo com Duval (2011), um conjunto de
signos, organizados segundo regras próprias de formação e convenções,
que apresentam relações internas que permitem identificar os objetos
representados.
Para designar os sistemas semióticos específicos da Matemática, Duval (2011) escolheu o
termo registro. Para ele, um registro de representação é um sistema semiótico que cumpre,
além da função de comunicação, as funções cognitivas de objetivação (entendimento para si) e
tratamento. Partindo desta ideia, o autor faz referência a quatro tipos de registros de
representação: a língua natural, os sistemas de escrita (numérica, algébrica e simbólica), os
gráficos cartesianos e as figuras geométricas.
Representação semiótica é uma representação de uma ideia ou um objeto

do saber, construída a partir da mobilização de um sistema de sinais.

Sua significação é determinada, de um lado, pela sua forma no sistema

semiótica e de outro lado, pela referência do objeto representado.

Para a compreensão conceitual de um conceito matemático há a necessidade de

conversão entre, ao menos, dois diferentes registros de representação (Duval, 2003).


TIPOS DE REGISTROS
Para que estes registros de representação semiótica ocorram, estes precisam estar
associados a três elementos básicos: a formação, o tratamento e a conversão.
TIPOS DE REPRESENTAÇÕES
Para resolver o problema de aprendizagem da Matemática,
Duval (2013) destaca a lei fundamental do funcionamento cognitivo do
pensamento: “Não há noésis (aquisição conceitual de um objeto) sem
semiósis (apreensão ou produção de uma representação semiótica)
”, ou seja, não há aquisição conceitual de um objeto sem recorrer a
sistemas semióticos.
Contudo, o autor destaca que o fato de o aluno saber resolver
uma situação numa determinada representação (semiósis) não garante
que ele tenha adquirido o conceito. Para ocorrer a aquisição conceitual
de um objeto (noésis) muitas representações devem ser mobilizadas,
pois cada registro de representação revela um determinado conteúdo,
uma determinada característica, um diferente sentido do objeto.
Para que haja o fenômeno da congruência na
mudança de um registro de representação para outro, Duval
(2009) diz ser necessário três critérios:

• correspondência semântica entre unidades significantes que


constituem os registros de representação;
• mesma ordem possível de apreensão destas unidades, nos
dois registros de representação;
• conversão de uma unidade significante do registro
representação de partida a uma só unidade significante no
registro de representação de chegada.
RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS
No contexto atual, o ensino de matemática na educação básica requer uma
quebra de paradigmas na sua forma de apresentar seus conteúdos. As novas
formas para o ensino e aprendizagem eficiente de matemática surgiram para
melhorar o entendimento desta ciência. Uma dessas formas é a resolução de
problemas de matemática. Para George Polya (1997) resolver um problema
significa encontrar um caminho que ainda não é conhecido e que contorne um
obstáculo para alcançar o objetivo traçado, por meios adequados. Para
Onuchic (2007) alguns aspectos devem ser estimulados em um processo de
ensino e aprendizagem através da resolução de problemas (RP):

(1)compreender os dados de um problema,


(2) tomar decisões para resolvê-lo
(3) estabelecer relações,
(4) saber comunicar resultados,
(5) ser capaz de usar técnicas conhecidas.
. Resolução de Problemas Formulados em Língua Natural.
Dante (1996) cita os objetivos da resolução de problemas para o ensino de Matemática,
pontuando que essa prática faz o aluno pensar produtivamente, ensina-o a enfrentar
situações novas, oportuniza o envolvimento com as aplicações da Matemática, dando uma
boa base de conhecimentos e permitindo o desenvolvimento de estratégias.
Possíveis erros

Para Duval (2004 apud Kluppel e Brandt, 2013), na utilização dos recursos de
aprendizagem o uso de certo registro pode não conseguir alcançar o objetivo desejado. O
registro da língua natural nem sempre é de fácil compreensão, pois não contém objetos
(números, letras ou figuras) comuns a linguagem matemática.

Moretti (2002) aponta que somente com o uso da linguagem discursiva não é possível
abordar toda a gama de certo conceito e, por este motivo, pode-se acessar a linguagem
gráfica ou a linguagem algébrica.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
Clarissa Keila

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