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1. CASO PRÁTICO
Josué Marcondes, engenheiro de computação, foi questionado pela Sinergia
Telemarketing Ltda., sociedade empresária regularmente constituída, sobre
eventual interesse em aceitar uma proposta para a prestação de serviços
consistentes no desenvolvimento e manutenção de um sistema de comunicação
automatizada, a ser implantado na sua plataforma de call center. Conforme
explicado para Josué, a intenção da Sinergia era implantar gradativamente robôs
de atendimento no call center e, para tanto, precisava alterar funcionalidades na
sua plataforma digital. A proposta era específica quanto ao prazo e preço, sendo
indispensável a indicação de CNPJ para efeito de faturamento.
Interessado no trabalho, Josué propôs ao seu amigo João Rodrigues (proprietário
da João Rodrigues Informática SLU) a formação de uma parceria, já que ele,
como pessoa física, não tinha condições de emitir notas fiscais. Nesse contrato
verbal, a SLU ficou com a incumbência de emitir as notas, e João Rodrigues
receberia um percentual de 25% para pagamento de impostos e eventuais
gastos suplementares. Perante a Sinergia, somente Josué prestaria os serviços,
por deter todo o know-how.
Para viabilizar o contrato com a Sinergia, a SLU mobilizou seu contador, que
emitia as notas.
Assim, foi assinado um contrato de prestação de serviços entre a Sinergia
Telemarketing Ltda. e João Rodrigues Informática SLU, pelo prazo de 3 (três)
anos.
Josué prestava os serviços via home office, atuando na solução das demandas
técnicas que lhe eram dirigidas pela contratante e participando das reuniões com
os prepostos da contratante. O faturamento e emissão das notas fiscais ficava a
cargo de João Rodrigues Informática SLU. Para a execução dos serviços, Josué
trabalhava de segunda à sexta-feira, dedicando, em média, 3 (três) horas diárias,
em horário que ele mesmo estabelecia.
Percebendo que seria necessário maior controle dos fluxos das demandas, a
Sinergia destacou um gerente de operações para supervisionar o trabalho de
Josué, solicitando que o trabalho fosse realizado das 10h às 13h, nos mesmos
dias da semana até então trabalhados. Nessa supervisão, o gerente da
contratante ligava diariamente para Josué, a fim de cobrar explicações e apressar
a realização dos serviços. O gerente chegou, inclusive, a aplicar uma multa
contratual em razão da demora na prestação de determinado serviço.
Passados 6 meses, Josué acha estranho os valores que lhe são repassados por
João, e pede ao amigo acesso aos relatórios contábeis para conferência, o que
lhe é recusado, sob o argumento de que se trata de uma simples parceria não
sujeita a esse tipo de exigência. E mais: na versão de João, ele suporta todos os
custos atrelados à emissão e controle das notas fiscais, razão pela qual deveria
realmente receber percentual superior ao inicialmente pactuado.
Como não há contrato formal entre eles, mas não se conformando com o
posicionamento do parceiro, Josué procura um advogado em busca de
orientação quanto aos seus direitos frente àquela situação.
Assim, na qualidade de advogado de Josué, responda aos itens propostos.
DIREITO DO TRABALHO – respostas fundamentadas