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Gestão de

Departamento
Pessoal Docente: Édna Coelho
edna.coelho@ifap.edu.br

Aula 29/02/24
Processo
de
Admissão
O DP é responsável pela
formalização da contratação,
transferência ou promoção.
Tem importante papel nos
processos legais admissionais da
empresa.
Começa com a divulgação
da vaga e termina com a
assinatura do contrato e da
Carteira de Trabalho (CTPS).
Admissão
A admissão é o compromisso
estabelecido entre o empregador e o
empregado, no qual o empregado
compromete-se a trabalhar para o
empregador mediante
remuneração.
É o processo que culmina com a
efetivação da contratação de novos
profissionais para atuar na empresa.
Admissão
Embora a admissão faça parte da rotina comum
das empresas e dos DPs, não pode ser conduzida
de qualquer maneira.
É preciso desenhar bem o processo para que seja efetivo
e para que respeite a legislação trabalhista.

A tecnologia é cada vez mais uma


decisão estratégica necessária.

O próprio governo já se adiantou quando


criou o eSocial para digitalizar diferentes
processos que fazem parte das
atribuições do DP.

Vamos aprender sobre como fazer o


processo de admissão?
Cuidados no processo de admissão
 Demanda atenção desde a identificação da necessidade de uma
nova contratação, passando pela definição e formas de divulgação
de uma vaga em aberto.
 Sem definir bem essas questões, há chances que a empresa
contrate pessoas pouco alinhadas nas demandas da vaga
e na cultura organizacional

 Deve ter uma atenção especial, na etapa que vem depois do


recrutamento e seleção: a formalização da contratação e toda
documentação envolvida.

 Com relação a essa formalização que o cuidado extra e a


atenção na legislação se faz mais necessária.
O DP precisa saber quais documentos solicitar,
como fazer sua gestão e quais prazos respeitar.
Exemplo
Quando de uma nova contratação com assinatura da
CTPS tradicional (o documento físico, em papel),
o DP precisa receber o documento, preencher corretamente
os dados e devolvê-lo, observando o que diz a lei.
O artigo 29 da CLT determina que a empresa tem
cinco dias úteis para realizar as devidas anotações na CTPS
e que a pessoa contratada deve ter acesso ao seu
documento em até 48 horas após a anotação.

Caso perca o prazo de devolução por algum motivo,


o DP acaba gerando prejuízo para a empresa porque
precisa indenizar a pessoa contratada.
O montante a ser pago corresponde a
um dia de salário para cada dia de atraso na
devolução da Carteira de Trabalho.
Admissão
ASSINATURA
EXAME SOLICITAÇÃO DE CONTRATO
PROPOSTA DE
MÉDICO DOCUMENTOS E CTPS
TRABALHO
ADMISSIONAL

Enviada Prevista pela CLT A empresa tem


Servem para
formalmente ao (ART 168), até 48 horas para
identificar o
candidato consiste em a assinar e devolver a
profissional, in
valiações físicas e carteira do trabalhador
selecionado, formando dados
mentais, a fim de com as anotações
contendo salário, básicos sobre sua vida
atestar se o referentes ao contrato
benefícios, civil. O MTE exige e
funcionário está de trabalho, que
atividades e outras fiscaliza esses
apto a exercer sua deverá ser assinado
documentos.
condições de função. também.
trabalho.
Economia de Tempo e
Redução de Erros: Recursos: Agilidade
Processos bem economiza recursos
O processo de definidos minimizam
admissão de erros em documentos.

funcionário
corretamente e Integração Eficiente: Imagem da
Empresa:
rapidamente é Facilita a integração do
Uma admissão
novo funcionário à
crucial por várias equipe, aumentando a organizada cria
razões: produtividade e a uma boa
satisfação impressão.

Conformidade Legal:
cumprir as leis trabalhistas, Motivação do
previdenciárias e fiscais, Funcionário: admissão
evitando multas e litígios. rápida demonstra
valorização, aumentando
É indispensável à apresentação no DP a
documentação conforme normas do
Ministério do Trabalho.
 Carteira do Trabalho e Previdência Social (CTPS)
Documentação
 Atestado médico admissional (expedido por médico do
trabalho)
 No mínimo uma foto 3x4 (será anexada no livro ou ficha
de Registro de Empregados
 Comprovante de residência, para fins de recebimento de
vale transporte
 CPF – Cadastro de Pessoa Física
 Cartão ou número do PIS, caso houver
 Certidão de nascimento dos filhos menores de 14 anos,
cartão de vacinação dos menores de 7 anos, e atestado
de matrícula e frequência escolar semestral dos maiores
de 7 anos, para fins de recebimento do salário-família
Os documentos acessórios,
são solicitados para a sua total
identificação, bem como para o
preenchimento no livro ou
ficha de Registro de Empregado,
tais como: certificado de reservista
(para homens com mais de 18
anos), título eleitoral (para pessoas
com mais de 16 anos), carteira de
identidade, certidão de
casamento e etc.
Registro de Empregado
Artigos 41 ao 48 da C.L.T –
Todo empregado deverá possuir uma Ficha
de Registro de Empregado, ou ter seu registro
anotado no Livro de Registro de Empregados
da empresa. Importante salientar que não se
trata de um documento qualquer, pois de tão
importante, deverá ser mantido em arquivo
pela empresa por mais de trinta anos.
A empresa deverá manter em estoque.
Ficha de Registro de Empregado
Quanto aos documentos que
não podem ser exigidos, vale ressaltar
a proibição contida na Lei n° 9.029/95
de adoção de qualquer prática
discriminatória e limitativa para efeito
de acesso à relação de emprego ou à
sua manutenção.
Vejamos alguns documentos em que
é vedada a exigência, quando da
contratação de empregados:
 Comprovante de experiência prévia por tempo
superior a 6 (seis) meses no mesmo tipo de atividade;
 Certidão de que não possui processo trabalhista
ajuizado (certidão negativa trabalhista);
 Certidão negativa da SERASA, do SPC e
assemelhados ou dos cartórios de protestos;
 Informações sobre antecedentes criminais, tais
como certidão negativa criminal;
 A exigência de teste, exame, perícia, laudo, atestado,
declaração ou qualquer outro procedimento
 relativo à esterilização ou a
estado de gravidez;
 Exame de HIV (AIDS).
Regulamentação pela empresa
É uma etapa do processo de admissão que
também engloba responsabilidades por parte
da empresa.
Após a entrega dos documentos,
o empregador deve registrar todas
as informações relativas à
admissão do empregado na CTPS,
seja no documento físico ou digital.
Todas as informações devem ser enviadas ao
Ministério do Trabalho e à Caixa Econômica
Federal, que administra o FGTS.
Assim, o colaborador já pode assinar seu
contrato de trabalho e iniciar suas atividades.
Documentos enviados pelo DP
A empresa precisa preencher e registrar alguns
formulários e documentos para a formalização de uma
nova contratação:
 Fazer o envio do contrato individual de trabalho;
 Preencher a Carteira de Trabalho;
 Enviar a declaração de dependentes para fins do
Imposto de Renda;
 Fazer o envio do contrato de experiência;
 Enviar a ficha de salário-família;
 Fazer o registro no sistema de controle de ponto;
 Enviar o termo de responsabilidade para concessão
de salário família.
As informações especificadas no contrato de trabalho
devem ser registradas na CTPS, incluindo benefícios,
que devem constar na página de observações.
Carteira de Trabalho e
Previdência Social CTPS
É obrigatória para o exercício
de qualquer emprego, inclusive
o rural e doméstico, ainda que
em caráter temporário, e para o
exercício por conta própria de
atividade profissional
remunerada.
Com a Carteira de Trabalho
Digital, o envio das informações
é feito de forma automática
pelo eSocial. Algo que só tende
a facilitar a rotina do DP.
Documentos na contratação de JOVEM APRENDIZ

Alguns documentos mudam ou devem ser acrescidos na


lista quando a empresa faz a contratação de adolescentes
e jovens adultos com idades entre 14 e 21 anos, pelo
programa Jovem Aprendiz.
Atestado de frequência
escolar
Carteira de Trabalho
CPF

Certificado de conclusão do Carteira de Identidade RG


ensino médio (se relevante)
Documentos de ESTÁGIO
A contratação de pessoas estagiárias é regida pela
Lei do Estágio e não pela CLT, sendo o estágio
considerado uma atividade educacional supervisionada,
e não um emprego propriamente.
Termo de Compromisso de Estágio – TCE
(espécie de contrato, especificando as
atividades que serão desempenhadas)
Histórico escolar CPF e comprovante
de residência

Atestado de frequência Carteira de Identidade RG


em instituição de ensino
Etapas do processo de admissão
Vamos simplificar a compreensão desse
processo com um passo a passo apresentando
cada uma das etapas em forma de lista:

Identificar e definir as exigências do cargo e função a ser


exrcida
Publicar a vaga, escolhendo as melhores plataformas para fazê-lo
Apresentar os benefícios da empresa
Solicitar os documentos para a admissão e informar sobre as
condições da contratação
Elaborar o contrato de trabalho com todas as diretrizes legais

Orientar sobre a realização do exame admissional


Fazer o registro no eSocial
Fazer o registro na Carteira de Trabalho
Devolver a CTPS no prazo legal.
Admissão digital
Os passos são aqueles que envolvem mais
burocracia e que demandam atenção
redobrada do DP para que a legislação
trabalhista seja devidamente cumprida.
É importante que prazos de entrega sejam estabelecidos
para que os trâmites legais não tomem tempo demais.
Convém lembrar que a opção pela admissão digital
simplifica e otimiza o processo.

O DP e profissionais passam a usar documentos


eletrônicos que podem ser enviados sem que
a pessoa contratada tenha que ir, presencialmente,
na empresa para entregá-los.

Essa possibilidade faz cada vez mais sentido, dado


o crescimento do trabalho remoto e a contratação
de profissionais que estejam em qualquer
lugar do país ou até do mundo.
Registro no eSocial e na CTPS
O eSocial já é um sinal da digitalização dos
processos que fazem parte da rotina do DP.

As informações lançadas no eSocial são


automaticamente usadas para atualizar a CTPS
Digital das pessoas contratadas, pois facilita
muito o trabalho do DP,
além de minimizar a burocracia.

Com o processo simplificado e mais rápido, o DP tem


chances consideravelmente menores de perder prazos e
não precisa se preocupar em devolver o documento, uma
vez que sequer precisa tê-lo em mãos para fazer o registro
de cada profissional.
Salário
e
Remuneração
Salário éo
valor financeiro
pago aos colaboradores
pelas suas atividades laborais.
É um valor pago em
intervalos fixos, mensal, diário ou hora.
Tipos de Salários
Salário mínimo Piso salarial
é aquele fixado por lei, em que é possui a mesma definição de salário
estabelecido o menor valor que uma profissional. Ele é proporcional à
empresa pode pagar a um funcionário que extensão e complexidade do trabalho de
cumpre a jornada mensal de 220 horas. cada cargo. Para algumas categorias, é
Há o salário mínimo nacional e o estadual, fixado por lei ou convenção coletiva.
conhecido como salário regional.
Salário base Salário bruto
é o que foi estabelecido no é o mesmo que o salário base, que
contrato de trabalho firmado já abordamos aqui. Ou seja, é o
entre a empresa e o colaborador. valor recebido pelo empregado
Ou seja, é o salário fixo, sem antes dos descontos de impostos
contar adicionais e variáveis. (INSS, IRRF, etc.).

Salário líquido
Salário profissional
é o valor final recebido pelo empregado após o
é regulamentado pelos sindicatos de desconto das diversas taxas trabalhistas devidas.
classe e é o mínimo que pode ser pago É o que “sobra” do salário bruto após a dedução
aos integrantes de uma categoria de todos os impostos obrigatórios e outros
profissional. Ele é estabelecido por descontos na folha de pagamento.
sentença ou convenção coletiva.
Remuneração
É o conjunto de tudo o que é dado pelo
empregador ao empregado em troca da
execução do seu trabalho, incluindo o seu
salário, por isso, ela também engloba as
vantagens, como os benefícios corporativos.
Salário é sempre remuneração, mas
Remuneração nem sempre é salário.
Remuneração
Conforme estipulado pelo art.
457 da CLT, a remuneração do
Salário
empregado é composta do Gratificações
salário mais comissões,
percentagens, gratificações
ajustadas, gorjetas, diárias de
viagens e abonos pagos pelo Adicionais
empregador.

Horas extras

Comissões
Tipos de Remuneração
Participação ACIONÁRIA
Remuneração VARIÁVEL
Em organizações que possuem o capital
A remuneração que não é fixa e aberto e consiste em oferecer ao
varia de acordo com aspectos colaborador uma fração da empresa,
determinados pela empresa ou gestor. mesmo que em pequena escala.

Remuneração por Comissões e Participações


HABILIDADES São um tipo de
remuneração variável, têm
A empresa remunera o um papel fundamental na
colaborador baseando-se naquilo motivação dos
que ele sabe fazer e não no cargo colaboradores..
que irá desempenhar.
Remuneração por COMPETÊNCIAS
Remuneração Funcional A empresa pode oferecer um valor
É mais tradicional nas maior para um profissional e menor para o
empresas e está associado outro, dependendo do que é requisitado
ao plano de cargos e salários. em sua função. Ex:: se um cargo exige
fluência em inglês e outro não, o primeiro
pode ter uma remuneração maior.
Cálculos
Direcionadores para cálculo de salários:

Os dias dos meses: ao longo do ano-calendário,


os meses possuem 30, 31 e 28 dias, não
obstante, para efeito de cálculos mensais, todos
os meses são considerados como 30 dias.

Se o funcionário trabalhar 28 dias no mês de


fevereiro, vai receber exatamente o mesmo
salário pago no mês de janeiro, que possui 31
dias.
Horas Extras
O art. 59 da CLT, dispõe que: “A duração normal do
trabalho poderá ser acrescida de horas
suplementares, em número não excedente de 2
(duas), mediante acordo escrito entre empregador e
empregado, ou mediante contrato coletivo de
trabalho.”
Com exceção dos casos de compensação de horário, as horas
excedentes à jornada são consideradas extraordinárias.
Devem ser pagas com acréscimo de:
50% sobre o valor da hora normal - em
dias normais (segunda-feira a sábado), e
100% (feriados e domingos)
Cálculo:
salário mensal / jornada de trabalho mensal + % hora extra

Salário R$ 2000,00, acréscimo de 8 HE a 50%

R$ 2.000 / 220 h = 9,09 + 4,55 = R$ 13,64

R$ 13,64 x 8 HE = R$ 109,12

R$ 109,12 é o valor da hora extra a pagar.


Cálculo: HE em minutos
Salário R$ 2000,00, acréscimo de 8:30 HE a 50%
1- Conversão dos minutos de sexagesimal para centesimal

Passo 1 = transformar os minutos= 30min/60 = 0,5


Passo 2 = identificar o salário hora= 2.000/ 220 h = 9,09
Passo 3 = multiplicar pelas HE = 9,09 x 8,5 = 77,265
Passo 4 = Aplicar o adicional da HE= 77,265 + 50%
= R$ 115,90

R$ 115,90 é o valor da hora extra a pagar.


Cálculo: HE em minutos
Transformar os minutos que estão no sistema
sexagesimal para sistema calculadora.
Salário R$ 2000,00, acréscimo de 8:30 HE a 50%
Passo 1 = transformar os minutos= 30min/60 = 0,5
Passo 2 = identificar o salário hora= 2.000/ 220 h = 9,09
Passo 3 = multiplicar pelas HE = 9,09 x 8,5 = 77,265
Passo 4 = Aplicar o adicional da HE= 77,265 + 50%
= R$ 115,90

R$ 115,90 é o valor da hora extra a pagar.


Descanso Semanal Remunerado DSR
Art 67 da CLT: “Será assegurado a todo empregado um
descanso semanal de 24 (vinte e quatro) horas consecutivas, o
qual, salvo motivo de conveniência pública ou necessidade
imperiosa do serviço, deverá coincidir com o domingo, no todo
ou em parte”.

A base salarial dos meses é de 30 dias, mas os


funcionários não trabalham nos domingos.
O salário tem como base 30 dias, pois a empresa remunera o
trabalhador mesmo estando em casa: é o descanso semanal
remunerado.
O empregado que cumpre jornada ao longo
da semana de forma ininterrupta (sem faltas
ou atrasos) tem direito a receber o D S R.
Horas Extras sobre DSR
É um fator de extrema importância, pois pode incidir em outros
proventos de natureza salarial, como por exemplo, as horas extras.

Quando o funcionário encerra a sua jornada de trabalho


normal, entende-se que o tempo restante fora do
trabalho é para ser efetivamente descansado.
Quando esse funcionário faz horas extras, além de a
empresa ter de remunerá-lo pelas horas de trabalho
excedentes, deve pagá-lo pelo tempo que era de direito
a descanso que efetivamente não ocorreu.

valor das horas extras x dias não úteis


dias úteis do mês (domingos e feriados)
Cálculos: passo a passo
1 - Remuneração: R$ 2.000,00
2 - Dividir a remuneração por 220h para achar a hora normal
2.000,00 / 220 = R$ 9,09 por hora
3 - Cálculo da hora extra a 50%
R$ 9,09 + 50%= R$ 13,64
4- Multiplicar pela quantidade de horas extras
R$ 13,64 x 25 = R$ 341,00

5 - Achar o DSR
341,00 x 5 d = R$ 68,20
25 dias úteis
empregado tem cargo
de
Confiança
Não tem poderes de
mando e gestão
LOGO,
ele terá direito ao
pagamento das horas extras
realizadas.
Prática
Considere que determinada empresa
contratou um funcionário para trabalhar
como assistente e que o salário fixo
mensal contratado foi de R$ 1.412,00.
Neste mês o funcionário trabalhou 14
dias.
Qual seria o valor de remuneração que
ele receberá?
CÁLCULO:
R$1.412,00 / 30 dias = R$ 47,07 por dia
Portanto,
14 dias x R$ 47,07 = R$ 658,98
II – Considere que esse mesmo funcionário, em
um outro mês, teve uma falta não justificada.
Como será a remuneração no final do período?
CÁLCULO:
R$1.412, / 30 dias = R$47,07 por dia.
Faltas: 1 dia da semana R$ 47,07 + 1 domingo R$ 47,07 =
R$ 94,14
Portanto o pagamento será:
R$1.412,00 – R$ 94,14 = R$1.317,86.
Os salários, como se pode notar, possuem uma base
mensal que pode ser fragmentada em dias.
Além do cálculo com base em dias, a remuneração
também pode ser medida em horas mensais.
Em meio às jornadas de 220 horas,
considera-se que cada dia trabalhado
totaliza 7,33 horas
( 220 horas/ 30 dias).
III –Considerando o mesmo caso abordado
no item I em que o funcionário foi contratado
com salário fixo mensal de R 1.412,00. Qual
seria o valor da remuneração por hora?
CÁLCULO:
R$1.412,00 / 220 horas mensais =
R$ 6,42 por hora.
Exercício
Calcule a remuneração bruta
do coladorador
Salário base: 2.850,00
Carga horária: 220h
Faltas não justificadas (na
mesma semana) : 02
Horas extras a 50%: 9h
Resolução
CÁLCULO:
R$2.850, / 30 dias = R$ 95,00 por dia.
Faltas: 2 dia da semana R$ 190,00 +
1 domingo R$ 95,00 = R$ 285,00
Hora = 2.850,00/220h = R$ 12,95
HE = 12,95 x 9h = 116,55 + 50% = R$ 174,83
DSR S/HE= valor HE / Dias úteis no mês X dias não úteis

DSR s/ HE = R$ 174,83 /23 x 4 = R$ 30,40

RB = 2.850,00 + 174,83 + 30,40 – 285,00 =


RB = 2.770,23
Exercício
Calcule a remuneração bruta
do
coladorador mensal e em horas:
Salário base: 2.850,00
Faltas não justificadas (em
semanas diferentes) : 02
Horas extras a 50%: 9h
Resolução
CÁLCULO:
R$2.850, / 30 dias = R$ 95,00 por dia.
Faltas: 2 dia da semana R$ 190,00 +
2 domingo R$ 190,00 = R$ 380,00
Hora = 2.850,00/220h = R$ 12,95
HE = 12,95 x 9h = 116,55 + 50% = R$ 174,83
DSR S/HE= valor HE / Dias úteis no mês X dias não úteis
DSR s/ HE = R$ 174,83 /23 x 3 = R$ 22,80

RB = 2.850,00 + 174,83 + 22,80 – 380,00 =


RB = 2.667,63
Adicionais
Adicional NOTURNO
É um direito dos trabalhadores brasileiro,
concedido pela CLT a todos os profissionais .
Garante condições diferenciadas de
trabalho e de salário para aqueles
profissionais que precisam executar suas
funções no período da noite, que
trabalham entre:
Atividades urbanas - das 22h às 5h
Atividades rurais - das 21h às 05h
Atividades pecuárias - das 20h às 4h.
Menores de 18 anos são proibidos por lei
de trabalhar neste período e o horário de trabalho
deve obrigatoriamente ser compreendido em sua
totalidade em expediente diurno.

A hora trabalhada no período noturno é contabilizada a


cada 52 minutos e 30 segundos, e não 60 minutos, como
acontece na jornada diurna.
Conversão Hora relógio para Hora Noturna:
22h às 01:00 = 03 horas relógio
3h/ 52,5 x 60min = 3,42h
0,42 x 60min = 25min e 20 seg
Horas Noturnas = 03h 25min e 20 seg
Hora noturna em hora diurna
A hora de trabalho noturno será computada como de
52 minutos e 30 segundos. Art. 73 & 1º da CLT.

fórmula:
Hora noturna x 52,5/ 60 => 52,5 / 60 =

Exemplo:
02 h noturnas = 01:45
2h noturnas x 52,5 / 60 = 2 x 52,5
/60 = 1,75
0,75 x 60 = 45 => 1,45
Hora diurna em hora noturna
A hora de trabalho noturno será computada como de
52 minutos e 30 segundos. Art.73 &1º da CLT.

fórmula: Hora relógio x 60 / 52,5

Exemplo:
02 h diurnas = 2h17 noturnas
2h x 60 / 52,5 = 2,285
0,285 x 60 = 17 => 2,17
Como calcular?
Na jornada de trabalho normal o adicional equivale
a 20 % do valor da hora normal trabalhada.
Se o colaborador recebe R$ 20,00 por hora trabalhada,
no período noturno sua hora é de R$ 24,00.
R$ 20,00 x 20% = R$ 4,00
R$ 20,00 + R$ 4,00 = R$ 24,00

EXEMPLO:
Salário em R$/Hr = 2.000,00/ 220h = R$ 9,09
9,09 x 20% = 1,82 hora normal
Hora noturna = 9,09+ 1,82 = 10,91
DSR = 10,91/26 x 4 = 1,68
Adicional Hora Extra Noturna
Se houver prestação de horas extras no
horário noturno, o empregado fará jus aos
adicionais noturnos e hora extra (20% + 50%),
vide convenção coletiva no que diz respeito ao valor
dos percentuais, cumulativamente.

Exemplo:
Empregado realizou, no mês, 6 horas
extras noturnas. Carga horária 220 h.
Salário mensal de R$1.969,00:
Cálculos:
Empregado realizou, no mês, 6 horas extras
noturnas. Salário mensal de R$1.969,00.

Salário em R$/Hr = 1.969,00/ 220h =


Hora normal = R$ 8,95

Hora noturna = 8,95 + 20% = 8,95 + 1,79 = 10,74


Hora extra noturna = 10,74 + 50% = 10,74 + 5,37 = 16,11

Horas Extras NOTURNAS = 16,11 x 6 h = 96,66

DSR = 26 dias úteis e 4 domingos/feriados


96,66 / 26 dias x 4 dsr = 14,87
Adicional Insalubridade
Art. 189 a 194 CLT - Atividades insalubres
assegura ao trabalhador adicional incidente
sobre salário mínimo.

Grau de Risco Percentual


Mínimo 10%
Médio 205
Máximo 40%
Adicional Hora Extra Insalubre
Neste caso, o empregado receberá as
suas horas extras com o acréscimo do
adicional de insalubridade grau médio.

Exemplo:
Salário base: 2.000,00.
Carga horária: 220h
10 horas extras a 50%
Cálculos:
Salário + insalubridade =
2.000,00 + 282,40 = R$ 2.240,00
Salário mínimo Hora c/insalubridade = 2.240,00/ 220 h= 10,37
x
% de Horas Extras = 10,37 + 50% = x 6 h = 15,56
Insalubridade
1.412,00 x 20% = H E com insalubre = 15,56 x 10h = 155,56
R$ 282,40

DSR = 26 dias úteis e 4 domingos/feriados


155,56 / 26 dias x 4 dsr = 23,93
Adicional Periculosidade
No art. 193 CLT, §1º “O trabalho em condições de
periculosidade assegura ao empregado um
adicional de 30% sobre o salário sem os acréscimos
resultantes de gratificações, prêmios ou participações nos
lucros da empresa.”
Atividades e operações perigosas: o manuseio,
transporte e fabricação de explosivos, inflamáveis,
exposição a raios ionizantes ou substâncias
radioativas, exposição à energia elétrica e
exposição a roubos ou violência física, como
segurança pessoal e patrimonial.
Local insalubre e perigoso deve optar apenas
por um dos adicionais.
Cálculo:
Valor bruto do salário do colaborador
Calcular 30% do salário bruto
RESULTADO é o valor do adicional

Exemplo:
Salário Bruto Adicional de periculosidade =
R$2.500,00. 2.500,00 x 30% = 750,00

Portanto, R$ 750,00 é o valor do


adicional de periculosidade
para esse colaborador.
Adicional Hora Extra
Periculosidade
Neste caso, o empregado receberá suas
horas extras com o acréscimo do
Adicional de periculosidade

Exemplo:
Salário base: 1.980,00
Carga horária: 220h.
18 horas extras a 50%
Cálculos:
Salário + perculosidade =
1.980,00 + 594,00 = R$ 2.574,00
Hora normal c/periculosidade = 2.574,00/ 220 h= 11,70
Adicional
de Horas Extras = 11,70 + 50% = 11,70 + 5,85 = 17,55
periculosidade
1.980, x 30% =
H E com periculosidade = 17,55 x 18h = 315,90
594,00

DSR = 24 dias úteis e 6 domingos/feriados


315,90 / 25 dias x 5 dsr = 63,18
Caso prático
O colaborador da empresa GRH2024, tem:
Salário base de R$ 2.280,00.
Carga horária: 220h.
20 horas extras noturnas a 50%.
Adicional de periculosidade.
Obs: o mês tem 25 dias úteis

Calcule a remuneração bruta deste


coladorador.
Cálculos:
Salário base + adicional periculosidade
2.280,00 + 684,00 = R$ 2.964,00
Adicional periculosidade= 2.280,00 x 30% = R$ 684,00

Hora normal =Salário em R$/Hr = 2.964,00/ 220h = R$ 13,47

Hora noturna = 13,47 + 20% = 13,47 + 2,69 = 16,16

Hora extra noturna = 16,16 + 50% = 16,16 + 8,08 = 24,24


= 24,24 x 20h = R$ 484,80
DSR s/ HEnoturna = 25 dias úteis e 5 domingos/feriados
484,80 / 25 dias x 5 dsr = R$ 96,96

Remuneração Bruta: R$ 3.545,76


Gestão do

Departamento
Pessoal
Docente: Édna Coelho
edna.coelho@ifap.edu.br

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