TRIBUNA DA MADEIRA | Sexta-feira, 26 de agosto de 2022

“Temos um
grande
problema
para
2 ,00 € Semanário | Ano 22 | Nº 1185
Sexta-feira | 26 de agosto de 2022
Director: Edgar R. Aguiar
tribunadamadeira.pt
resolver”
| Pág. 4 e 5

“Se não fossem

os monopólios
teríamos o Ferry
todo o ano” | Pág. 6
“Não queria voltar
a trabalhar
com e para
criminosos”
Rafael Macedo , o médico que cumpria
as funções de Coordenador da Unidade
de Medicina Nuclear do Serviço de Imagiologia
do SESARAM, garante que foi ilibado de todas
as acusações que lhe foram feitas. | | Pág. 12 e 13

“Há armadores que

estão com a corda
ao pescoço” | Pág. 23

Apicultura
Manifestação “contra o regime” na Madeira regional recebeu
O núcleo da Habeas Corpus na Madeira, liderado por Filipe Fernandes, realiza uma manifestação, esta sexta-feira, dia 26, apoios | Pág. 29
entre a Quinta Vigia e o Parque de Santa Catarina. Dos elementos que estarão presentes destaca-se o juiz Rui da Fonseca

sobre do Movimento e objetivo da manifestação. Comentam também sobre a governação e o estado da Saúde na Cidade ‘resort’
e Castro (criador do Movimento a nível nacional) e o médico Rafael Macedo. Em entrevista exclusiva ao «Tribuna», falam

Madeira. “A elite parasitária está milionária”, afirma o juiz. “Sozinho derrubei todos as investidas do Governo Regional”,
remata o médico. | Pág. 8 a 11 “expulsa” povo
do Funchal | Pág. 32

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Luís Miguel Vieira Mão Cheia | 26 de agosto de 2022

2 | semeador | TRIBUNA DA MADEIRA | Sexta-feira, 26 de agosto de 2022

¿ deus ?
deus, é fácil, pois primeiro seguidos que assentam na tal alucinações de Fátima, essa tar a fé dos tacanhos. É tipo
apareceu o Homem que, mais fé cega e dependente, na tal Cova da Iria onde os ven- pescadinha de rabo na boca.
tarde, criou esta figura lendá- necessidade de o reles e frágil dilhões do templo assenta- Por isso, e quanto a milagres,
ria que acorre aos aflitos, aos humano se dirigir a algo que ram arraiais e facturam aos é o que é. Quanto a aparições
carentes, aos necessitados. nunca viu, que nunca chei- milhares em nome da santa. é o que é. Quanto a nasci-
Pois na verdade, e como sabe- rou, que nunca tocou. Bem olhada a História, o mentos de messias sem terem
mos, não acorre aos confli- Até agora estou a referir- que não falta ao longo dos emprenhado a mãe, é o que é.
tos bélicos que atravessam o me ao deus dos que parti- tempos são guerras santas. E o que é, é o que o Homem
mundo. Não acorre às crian- lham e seguem o catolicismo. Cruzadas em nome de deus, quer que seja. Uma fantocha-
ças abusadas pela hierarquia Mas naturalmente que esta fatwas em nome de alá, per- da bem conseguida para enri-
da igreja que, em nome do minha certeza, esta minha fé seguições e extremismos quecimento de alguns, ou não
tal deus, violentam, agridem, convicta, pelo que inabalável, em nome de buda, veja-se o fosse o Estado do Vaticano o
danificam tantas vezes para abrange hinduístas, budis- exemplo dos monges funda- mais rico do mundo muito à
sempre essas mesmas crian- tas, xintoístas, islamistas e mentalistas birmaneses. conta das contas bancárias
ças que foram obrigadas a por aí fora, pois na verdade o Claro que todas estas vio- lá sediadas que metem tráfi-
calar os “pecados” da carne que não falta por esse mundo lências são perpetradas pelo co de drogas, negociatas de
religiosa. Na verdade, se for- fora são seitas com pretensas Homem, o que faz todo o armamento, tráfico humano
mos a ver, não acorre sequer conotações religiosas tantas sentido. Então não foi ele e outros pecadilhos em que a
às pandemias, nem aos tsu- vezes para roubar os incau- que inventou o(s) deus(es) raça é pródiga.
namis devastadores, nem aos tos e enganar os desvalidos. e seus sequazes? Pois tem Respeito a cem por cen-
aNTÓNIO B. CRUZ doentes de cancro e de outras Seitas de maior ou menos todo o direito a invocá-los to. Mas não me venham com
abcruz291@gmail.com doenças tantas vezes termi- dimensão que pululam a para cometer actos atrozes peregrinações doídas, com
nais. Está-se completamen- cada esquina de uma gran- e humanamente reprová- promessas de cera, com dízi-
te a marimbar, o tal deus, de cidade ou de um humilde veis. É uma questão de apro- mos para sacerdotes viverem
Mais depressa o “rei dos para o sofrimento humano. vilarejo, que tentam servir de veitamento do que pela mão ao abrigo do luxo e com todo
catalisadores” pode ser con- Meus caros, absolutamen- amortecedor e de esperan- do Homem foi criado. Uma o tipo de prebendas decorren-
siderado um género de deus, te nada contra a criação de ça aos que nada têm a que se questão de oportunismo, ora tes da sua “vocação” para ilu-
pois teve a capacidade de uma coisa com o propósito de agarrar a não ser ao invisível, bolas! dir assembleias, com beatifi-
para as gravações do Veloci- dar alento aos desvalidos. De ao fantástico, ao que, sim- E como a raça humana, cações absurdas, com livros
dade Furiosa que está a ser dar colo aos fracos. De aco- plesmente não conseguem transversalmente e generali- grossos que contam uma
gravado em Lisboa. lher, ilusoriamente, os que a explicar. Porque na verdade zando, é fraca, é arrebanha- enormidade de episódios que
Mais depressa o “rei dos ele recorrem. Respeito a fé e até hoje ninguém me conse- da, é seguidora, é mansa, é não cabem na cabeça de um
bifes” pode ser considerado a necessidade de se criarem guiu explicar o aparecimen- ignorante, é crente porque tinhoso.
um género de santidade, pois “entidades” com o fim de acu- to de tantos deuses que não sim, precisará sempre de uma A minha inteligên-
permite aos que o procuram a dir a quem nelas crê. O que fosse por razões meramen- luz, de algum tipo de sinal, de cia não merece ser agredi-
saciedade que se consome em serve, obviamente, para toda te de conforto esperança e um género de líder (espiritu- da com tamanhas desfaçate-
belíssimos nacos de carne. a gama de santas e de san- fé. Tudo legítimo! Mas não al ou não), de um qualquer zes e argumentos básicos de
Mais depressa o “rei dos tos (nada mais que sequelas me venham com estórias da tipo de resposta que ela pró- que o mundo foi criado por
frangos” pode ser considera- do “criador”), a começar pela carochinha… pria tem para se dar a si mes- uma qualquer “entidade” que
do milagreiro, pois tem car- de Fátima, um dos negócios Assim como ninguém me ma, toca então de criar figu- depois de exausto foi dormir
canhol mais que suficiente mais bem montados e con- consegue explicar a razão das ras lendárias para alimen- uma sesta… n
para olear a pesada máquina
futebolística do Glorioso.
Até porque as três figuras
aqui mencionadas são pal-
páveis, materiais, cheiram a
suor, defecam como o comum
dos mortais, gostam de uma
cerveja bem gelada, são iden-
tificados por uma varieda-
de de forças policiais (PSP,
PJ…), têm impressões digitais
e falam com os seus seme-
lhantes. E atá roubam, sal-
vem-se as óbvias excepções.
Deus, o tal que enfuna os
panos da fé cristã e terá cria-
do o mundo para descansar
ao sétimo dia (que pobre-
za de criatividade…), conve-
nhamos meus caros, que não
existe. Não tem cheiro, não
tem olfacto, não tem visão,
nem paladar, nem orgasmos.
Não tem sequer impressões
digitais.
Deus, o tal que terá criado
o mundo segundo as teorias
católicas, não existe. É uma
coisa incorpórea, sem voz,
sem lágrimas, sem sexo. Uma
inexistência que o Homem se
limitou a criar.
Nem é tanto aquela ques-
tão antiga par a qual ainda
não encontrei resposta: quem
nasceu primeiro, o ovo ou
a galinha? Porque, quanto a
 TRIBUNA DA MADEIRA | Sexta-feira, 26 de agosto de 2022
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CARTÓRIO NOTARIAL PRIVADO
DA PONTA DO SOL NOTÁRIO – NUNO VIEIRA BARBOSA
Largo do Pelourinho, Ponta do Sol
Telf: 291 973 275 Fax: 291 973 276 Email: cartoriodapontadosol@gmail.com
(Publicado no Tribuna da Madeira a 26-08-2022)
NUNO VIEIRA BARBOSA, Notário do Cartório Notarial Privado da Ponta do
Sol, CERTIFICA para efeitos de publicação, que por escritura, lavrada hoje, de
folhas trinta, a trinta e um verso do livro de notas para escrituras diversas número
cento e oitenta e quatro, deste Cartório compareceu:
José Roberto Pita Assunção, solteiro, maior, natural da freguesia dos Canhas,
concelho da Ponta do Sol, onde reside na Travessa da Levada Relva, nº 42,
que outorga em representação, na qualidade de procurador de DÉRCIO SÉRGIO
SANTOS VARELA e mulher CLÁUDIA DA SILVA JARDIM, casados sob o regime
da comunhão de adquiridos, naturais, ela da freguesia e concelho da Ribeira
Brava e ele da freguesia dos Canhas, concelho da Ponta do Sol, onde residem no
Caminho da Levada da Relva, número 39, que declarou:
Que os seus representados são donos e legítimos possuidores, com exclusão
de outrem, do Prédio rústico, composto por terra de cultivo e um palheiro em
ruínas, localizado na Estrada do Vale e Cova do Pico/Salões, na freguesia dos
Canhas, concelho da Ponta do Sol, com a área total de dois mil seiscentos e
cinquenta e oito metros quadrados, a confrontar a Norte com Dércio Sérgio
Santos Varela, a Sul com Rocha, a Nascente com Vereda e Levada e a Poente
com Adília Pita Abreu, inscrito na matriz sob o artigo 7435.
Que o prédio acima identificado veio à posse dos Justificantes, ainda no
estado de solteiros, maiores, tendo então posteriormente casado um com o outro
sob o dito regime, no ano de mil novecentos e oitenta e oito, por compra verbal
a José Gonçalves Pita e mulher Maria da Paixão Coelho, casados na comunhão
geral de bens, hoje já falecidos, residentes que foram no Sítio dos Salões, na
citada freguesia dos Canhas.
E que desde então o referido prédio se encontra na posse dos Justificantes,
portanto há mais de vinte anos, sem a menor oposição de quem quer que
seja, desde o seu início, posse essa que sempre exerceram, sem interrupção
e ostensivamente, com conhecimento de todas as pessoas, sendo por isso uma
posse de boa fé, pública, pacífica e contínua, sendo consenso que o imóvel lhes
pertence, pois praticam todos os atos inerentes à qualidade de proprietários,
cultivando a terra, pagando as respetivas contribuições e usufruindo da sua
utilização. Que esta posse, em nome próprio, pacífica, contínua e pública,
conduziu à aquisição do imóvel por usucapião, que invocam, justificando o seu
direito de propriedade para efeitos de registo, dado que essa aquisição não pode
ser comprovada por qualquer outro título extrajudicial.
Está conforme o original aqui narrado por extrato.
Ponta do Sol, vinte e dois de agosto de dois mil e vinte e dois.
O Notário,
Nuno Vieira Barbosa
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CARTÓRIO NOTARIAL PRIVADO Inquérito
DA PONTA DO SOL online
NOTÁRIO – NUNO VIEIRA BARBOSA
Largo do Pelourinho, Ponta do Sol
Telf: 291 973 275 Fax: 291 973 276 Email: cartoriodapontadosol@gmail.com
O Secretário Regional das
Finanças, Rogério Gouveia,
(Publicado no Tribuna da Madeira a 26-08-2022) considera que “as nossas
NUNO VIEIRA BARBOSA, Notário do Cartório Notarial Privado da Ponta comunidades de emigrantes
do Sol, CERTIFICA para efeitos de publicação, que por escritura, lavrada sentem-se órfãs da República”.
hoje, de folhas trinta e dois, a trinta e quatro do livro de notas para escrituras Concorda?
diversas número cento e oitenta e quatro, deste Cartório compareceu:
MARIA LURDES COELHO PITA ALVES que também usa e é conhecida
por MARIA LURDES COELHO PITA, viúva, tendo sido casada sob o regime
Vote no site:
da comunhão de adquiridos, natural da freguesia dos Canhas, concelho da tribunadamadeira.pt
Ponta do Sol, onde reside na Estrada Regional 222, Nº 283, que declarou:
Que é dona e legítima possuidora, com exclusão de outrem, do Prédio O presidente do Governo
rústico, composto por terra de cultivo, localizado na Estrada do Vale e Cova
diz que a produção própria
do Pico/Salões, na freguesia dos Canhas, concelho da Ponta do Sol, com
a área total de oitocentos e oitenta e cinco metros quadrados, a confrontar
é essencial para uma Região.
a Norte com Estrada Municipal, a Sul com Dércio Sérgio Santos Varela, a Concorda?
Nascente com Vereda e Levada e a Poente com Adília Pita Abreu, inscrito
na matriz sob o artigo 7548. Que o referido prédio não está descrito na
Conservatória do Registo Predial da Ponta do Sol.
Que o prédio acima identificado veio à posse da Justificante, ainda no
estado de solteira, maior tendo então posteriormente casado sob o dito
regime, no ano de mil novecentos e oitenta e oito, por doação verbal a José
Gonçalves Pita e mulher Maria da Paixão Coelho, casados na comunhão
geral de bens, hoje já falecidos, residentes que foram no Sítio dos Salões,
na citada freguesia dos Canhas.
E que desde então o referido prédio se encontram na posse da Justificante,
portanto há mais de vinte anos, sem a menor oposição de quem quer que
seja, desde o seu início, posse essa que sempre exerceu, sem interrupção
e ostensivamente, com conhecimento de todas as pessoas, sendo por isso
uma posse de boa fé, pública, pacífica e contínua, sendo consenso que
o imóvel lhe pertence, pois pratica todos os atos inerentes à qualidade
de proprietária, cultivando a terra, pagando as respetivas contribuições e
usufruindo da sua utilização. Que esta posse, em nome próprio, pacífica,
contínua e pública, conduziu à aquisição do imóvel por usucapião, que
invoca, justificando o seu direito de propriedade para efeitos de registo,
dado que essa aquisição não pode ser comprovada por qualquer outro título
extrajudicial.
Está conforme o original aqui narrado por extrato.
Ponta do Sol, vinte e dois de agosto de dois mil e vinte e dois.
sim não
O Notário, 50 % 50 %
Nuno Vieira Barbosa
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4 | política |
“Temos um grande
problema para resolver”
Pedro Calado promete não ficar de braços cruzados perante a criminalidade.
A insegurança no
Funchal ganhou
destaque no Dia
da Cidade quando
Pedro Calado acu-
sou a antiga vere-
ação de nada ter
feito para debe-
lar o problema e
apontou culpas ao
Estado pela falta
de meios sentida
pela PSP. Foi PSD
e CDS que chum-
baram a Polícia
Municipal dese-
jada por Paulo
Cafôfo. Os meios
de video-vigilân-
cia, lançados com
Miguel Silva Gou-
veia, ainda não
estão em funcio-
namento.
Ricardo Jorge Soares
rsoares@tribunadamadeira.pt
O
Governo Regio-
nal (GR), a
Câmara Munici-
pal do Funchal
(CMF), a Polícia
de Segurança Pública (PSP),
os agentes judiciais e “outras
entidades” devem “juntar-se
à volta de uma mesa para que
a situação actual seja rapida-
mente mitigada”. A ideia é da
Iniciativa Liberal (IL) e foi
justificada com a “prolifera-
ção de actos de vandalismo”.
Os “índices de segurança” no
Funchal, aponta o partido,
“pioram de dia para dia”.
“É necessário que rapida-
mente se faça uma avaliação,
de modo a estabelecer metas
e objectivos, métricas deseja-
das, um plano de colecta de
dados e chegar a conclusões
que permitam a adopção de
medidas concretas”, sugeriu a
IL, na segunda-feira, um dia
após as celebrações do Dia da
Cidade do Funchal.
Pedro Calado, o presidente
da CMF, afirmara no domin-
go que a segurança é uma das
principais preocupações do
concelho. Nos “últimos oito
anos”, apontou, “nada foi fei-
to sobre esta matéria e, hoje,
temos um grande proble-
ma para resolver”. Além da
anterior vereação camarária,
o Estado, segundo o autar-
ca, também não fica isento
de responsabilidades. Pedro
Calado prometeu “um traba-
lho árduo junto do Gover-
no da República e da Admi-
nistração Interna para que
a PSP, no Funchal, tenha os
meios humanos adequados”.
“A questão da segurança
no Funchal é um problema
que nos preocupa muito e
exige de todos nós firmeza e
intervenção, mas sobretudo
trabalho e a cooperação entre
todas as entidades, públicas
e privadas, bem como tam-
bém das pessoas, em parti-
cular das famílias e da juven-
tude”, disse o presidente da
CMF, apontando o dedo a
Lisboa. “Há muito tempo que
existe, por parte do Estado,
uma notória incapacidade em
dotar a PSP da Madeira dos
meios humanos necessários,
para poder combater eficaz-
mente o flagelo que hoje é a
droga e o álcool.”
Golpes de arma branca
matam no Mercado
O problema da inseguran-
ça no Funchal não é recente e,
tão pouco, desconhecido pela
generalidade dos madeiren-
ses. Há muito que os relatos
de assaltos, roubos e violên-
cia contra residentes e turis-
tas vêm surgindo na Comu-
nicação Social e nas redes
sociais, dando estampa ao
sentimento de insegurança
dos que percorrem zonas da
cidade.
São fenómenos que torna-
ram-se recorrentes, mas atin-
gindo diferentes níveis de
gravidade.
Um dos mais graves acon-
teceu em Fevereiro deste ano,
quando um homem de 57 anos
foi encontrado morto junto do
Mercado dos Lavradores, um
dos principais pontos turís-
ticos da Madeira. O homem
havia sido sido agredido com
“golpes de arma branca, na
zona do tórax, num contex-
to de um conflito”, segundo
a Polícia Judiciária (PJ), que
deteve o suspeito. Menos gra-
ve, mas mais recente, foi o
caso de um estrangeiro que
deu entrada a semana passa-
da no Serviço de Urgência do
Hospital Dr. Nélio Mendon-
ça com ferimentos causados
na sequência de uma agres-
são. O turista, de nacionali-
dade francesa, terá sido alvo
de uma tentativa de assalto
na Estrada Monumental.
A ausência de policiamento
apeado por parte da PSP em
muitas das principais artérias
do Funchal tem sido aponta-
da como uma das principais
razões para a criminalidade
verificada na cidade. Outra
é o avolumar de pessoas em
situação de sem abrigo que
tem sido verificado após a
fase mais crítica da Covid-19.
“Temos tido problemas
grandes de delinquência na
ruas, pessoas com problemas
de álcool e drogas que per-
noitam nas ruas do Funchal,
uma imagem a que não está-
vamos habituados até 2013.
A razão que nos levou a fazer
esta candidatura é para aca-
bar com estes problemas, que
são grandes”, apontou Pedro
Calado, em Setembro do ano
passado, durante a campanha
eleitoral que o levou à Presi-
dência da CMF.
Polícia Municipal
“já está a fazer falta”
TRIBUNA DA MADEIRA | Sexta-feira, 26 de agosto de 2022
Os “dossiers difíceis” que
Pedro Calado ‘herdou’ no
Funchal e que estão a “preo-
cupar” a actual gestão cama-
rária de coligação PSD/CDS
foram abordados pelo presi-
dente da autarquia no discur-
so da Sessão Solene do Dia
da Cidade. A herança é “pesa-
da” mas o edil diz que não vai
“cruzar os braços”.
A preocupação é actual na
cidade que até havia sido con-
siderada, em Junho, a melhor
da Europa “para fazer cres-
cer uma família”. No estu-
do publicado pela Preply, e
realçado pela CMF, estiveram
três categorias em análise e o
Funchal garantiu a segunda
melhor pontuação em «Saú-
de e Segurança». Um desem-
penho devido ao facto de a
cidade ter “a menor taxa de
criminalidade de todas, bai-
xos níveis de poluição do ar e
um custo de vida mais bara-
to”. Um mês antes, em Maio,
o Relatório Anual de Segu-
rança Interna (RASI) aponta-
ra a Madeira como a segun-
da região do país com a maior
descida na criminalidade par-
ticipada em 2021.
Pedro Calado estava há
pouco mais de um mês na Pre-
sidência da CMF quando reu-
niu com a PSP para abordar
o reforço do policiamento na
cidade. O encontro aconteceu
em Novembro de 2021 e o edil
considerou “fundamental” a
colaboração de várias entida-
des para “resolver os proble-
mas de segurança pública”,
entre elas as ligadas aos sem
abrigo.
Muito visado pelas críticas
do seu sucessor à frente da
CMF, Miguel Silva Gouveia
abordou o problema da cri-
minalidade no Funchal a 5 de
Fevereiro deste ano.
“Continuamos a acredi-
tar que uma Polícia Munici-
pal teria efeitos na seguran-
ça de proximidade, assumin-
do esta entidade competên-
cias na área da mobilidade
e fiscalização administrativa,
e libertando recursos à PSP
para intensificar a segurança
pública”, disse o actual vere-
ador da «Coligação Confian-
ça». “A Polícia Municipal, que
o PSD sempre bloqueou, já
está a fazer falta ao Funchal.”
PSD fala em “verdadeira
caça à multa”
Foi a 10 de Janeiro de 2019
que a CMF, à data lidera-
da por Paulo Cafôfo, apro-
vou a abertura do processo
para elaboração do regula-
mento da Polícia Municipal.
Seria constituída por 50 ele-
mentos e custaria um milhão
de euros. Era esperado que
o Ministério da Administra-
ção Interna contribuísse para
os custos. A iniciativa contou
com os votos contra do PSD e
a abstenção do CDS/PP.
"Este é um passo decisi-
vo para cumprimos o nosso
compromisso eleitoral, que é
de o Funchal ter uma polí-
cia municipal", disse o autar-
ca, após a reunião do executi-
vo camarário, que três meses
mais tarde ouviria os motivos
para o ‘chumbo’ dos social-
democratas.
Com efeito, a 10 de Abril
de 2019, o PSD/Funchal reu-
niu-se com a PSP nas instala-
ções do Comando Regional e
saiu do encontro com a con-
vicção de que a Polícia Muni-
cipal “terá apenas funções
administrativas e não funções
de segurança nem de comba-
te à criminalidade”. Rubina
Leal socorreu-se de um estu-
do encomendado pela CMF
à KPMG para concluir que o
grande benefício para a autar-
quia era apenas “o aumento
de receitas, através da apli-
cação de coimas aos comer-
ciantes, especialmente aque-
les que possuem esplanadas,
aos feirantes dos mercados
municipais e ocasionais, aos
automobilistas e aos muníci-
pes”. “Uma verdadeira caça à
multa” que iria “recair sobre
todas as pessoas que desen-
volvem a sua actividade no
Funchal”, reforçou a vereado-
ra social-democrata.
“Estes fiscais vão aplicar
multas sobre os comercian-
tes, sobre os feirantes, sobre
os automobilistas, cujo valor
médio irá variar entre os
1.500,00euros e os 600,00
euros”, apontou a agora depu-
tada na Assembleia Legislati-
va da Madeira (ALM).
“Não fizeram
rigorosamente nada”
TRIBUNA DA MADEIRA | Sexta-feira, 26 de agosto de 2022 | política | 5
opinião
O objectivo do protocolo
passava por permitir a possi-
bilidade de recorrer às novas
tecnologias para zelar pela
segurança dos funchalenses, GREGÓRIO GOUVEIA
com a utilização de câmaras gregoriogouveia.blogspot.pt
de vídeo em locais públicos
de utilização comum. Numa
reunião anterior com a Secre-
taria de Estado da Adminis-
tração Interna, que Miguel
Silva Gouveia ter sido “bas-
Conflitos da Autonomia
tante proveitosa”, teria ficado
a demonstrada “toda a coo- – Feiras de Gado
peração [da Administração
A insegurança no municí- se vinha a verificar na cidade, Interna] para que este pro- No âmbito das compe- dos produtos expostos” (in
pio do Funchal esteve em dis- desencadeada por ocorrên- cesso fosse tão rápido quan- tências da Junta de Lacticí- boletim «Serviço Informati-
cussão na Reunião de Câma- cias criminais como furtos, to possível”. nios da Madeira (JLM) cabe vo da Junta os Lacticínios
ra realizada a 3 de Feverei- ameaças à integridade físi- a assistência técnica à produ- da Madeira», nº 75, Terceiro
ro deste ano, escassos dias ca e actos de vandalismo”. À Sistema a funcionar ção e à indústria e defender a Trimestre, 1962).
após a morte verificada à reunião com a PSP seguiram- 24 horas por dia qualidade do leite. Era impor- No dia 21 de julho de 1963,
porta do Mercado dos Lavra- se ‘encontros’ com a Comar- tante o apoio que a JLM pres- realizou-se a «II Feira de
dores. Perante as “questões ca da Madeira, outras for- A autorização para ins- tava na realização das dife- Gado de Santana», no mes-
de segurança” da oposição, ças de segurança, associações talar e utilizar um sistema rentes feiras de gado já rea- mo lugar da anterior.
Pedro Calado voltou a lem- sociais que trabalham na rua de video-vigilância na cida- lizadas em algumas localida-
brar que a coligação lide- e com todos os partidos com de do Funchal surgiu a 19 des da Madeira. - «I Feira de Gado de Pon-
rada pelo PS-M esteve oito representação na Assembleia de Julho de 2021, cerca de Desde a primeira «Feira do ta do Sol», realizada no dia 7 de
anos na CMF e “não fizeram Municipal do Funchal. dois meses antes das Elei- Gado» nas «Portas da Vila», julho de 1963, no sítio do Lanço
rigorosamente nada”, nome- “A autarquia está a ava- ções Regionais. Foi assina- Santa, Porto Moniz, por volta de Água, freguesia dos Canhas.
adamente a instalação de um liar todas as soluções, tam- da pelo Secretário de Esta- de 1955, outras tiveram lugar, Ali deu-se a concentração do
sistema de video-vigilância bém em articulação com a do Adjunto e da Administra- tais como: gado e a instalação de «Stan-
no interior ou no exterior PSP, que permitam preve- ção Interna, Antero Luís. De - «I Feira de Gado de San- ds» da Cooperativa Agrícola,
do ex-libris da cidade. Nes- nir ou actuar perante actos acordo com o plasmado em tana», no dia 19 de agos- anexa ao Grémio da Lavoura e
se mesmo dia, garantiu que de vandalismo, ilícitos crimi- Diário da República, o sis- to de 1962, da iniciativa do de algumas firmas comerciais.
a autarquia iria implemen- nais ou qualquer tipo de fenó- tema seria composto por 81 município e sob o patrocínio Foram apresentados 1.010 ani-
tar um sistema de video-vi- meno que gere intranquili- câmaras, que iriam abranger da Junta Geral do Distrito mais de várias espécies entre os
gilância nas ruas. A intenção dade ou perigo, no sentido os arruamentos entre o Jar- e com colaboração da Junta quais 838 bovinos.
era “afastar o clima de inse- de garantir, o mais rapida- dim Municipal e o Mercado dos Lacticínios, do Grémio da
gurança, de modo que não mente possível, a restituição dos Lavradores, assim como Lavoura, da Cooperativa ane- - «I Feira de Gado de São
se repitam situações como a de condições de segurança a zona marginal da baixa da xa, e da Circunscrição Flores- Vicente», da iniciativa do Dr.
registada em frente ao Mer- condignas para a população, cidade. Está previsto que sis- tal do Funchal. A organização Alcino Júlio Drumond, Presi-
cado dos Lavradores”. para os comerciantes e para tema funcione 24 horas por da feira esteve especialmen- dente da Câmara Municipal
A Madeira ainda confron- todos aqueles que nos visi- dia, todos os dias da semana, te a cargo dos técnicos e fun- de São Vicente. Foi instala-
tava-se com a crise de saúde tam, conforme sempre foi um com captação e gravação de cionários da Junta Geral e da da no sítio das Feiteiras, com
pública causada pela Covid- dado adquirido no Funchal som permitidas “sempre que Junta de Lacticínios. cerca de 1.058 animais dos
19 e com os efeitos do confi- ao longo dos anos”, apon- se verifique uma situação de A concentração do gado quais 747 bovinos, represen-
namento quando Miguel Sil- tou o presidente da CMF, que perigo concreto para a segu- efetuou-se no sítio da Ribei- tando diversos sítios. Foram
va Gouveia, enquanto pre- dois meses mais tarde, a 9 de rança de pessoas e bens”. ra do Eixo, “num vasto recin- instalados diversos pavilhões
sidente da CMF, reuniu Novembro de 2020, assinou Esta autorização para o to arborizado, artisticamente que estiveram a funcionar
a 9 de Setembro de 2020 com o superintendente-che- funcionamento do sistema embandeirado, oferecendo ao durante os dias 10, 11, e 12 de
com o comandante da PSP fe Luís Simões um protoco- de video-vigilância na cidade visitante um cenário deveras Agosto de 1963.
na Madeira. O pedido teve lo com vista à instalação de do Funchal é válida “por um surpreendente. Ali se encon- Na sua intervenção, o Pre-
“carácter de urgência” e desti- um sistema de videovigilân- período de dois anos, a con- travam expostos 784 bovinos, sidente da Câmara Municipal
nou-se a “abordar a crescente cia CCTV no centro histórico tar da data da activação, mas 90 caprinos, 46 ovinos, 31 de São Vicente salientou:
intranquilidade pública que da cidade. poderá ser formulado pedi- suínos e ainda patos, pom- “A I Feira de São Vicen-
do de renovação mediante bos, cobaios e furões. te foi concebida e nasceu de
“comprovação da manuten- No local, foram montados vários factores que impu-
ção dos fundamentos invo- vários «Stands» de propa- nham a sua realização, sen-
Violência que vê cados para a sua concessão”. ganda de produtos destina- do um dos principais o fac-
Todas as intervenções no sis- dos à lavoura, entre os quais to de a freguesia constituir ,
“praticamente diariamente” tema e operações de manu- um do Grémio da Lavoura, desde há muito, um dos mais
tenção, segundo o Diário da onde figuravam farinhas ali- importantes centros abaste-
O PAN-Madeira já mostrou-se “preocupado” com a vio- República, serão efectuadas mentares para gado e semen- cedores de vacas leiteiras da
lência que vê “praticamente diariamente” e “o aumento de sob o controlo da PSP, a for- tes para forragens, e, ain- costa oeste da Ilha. É nes-
dependentes de substâncias psico-ativas” nas ruas do Fun- ça de segurança responsável da, outros de algumas firmas ta freguesia que se pratica,
chal. A existência de uma Polícia Municipal, segundo o parti- pelo tratamento de dados. comerciais. Viam-se também em grande escala, a recria de
do, poderia ser o “garante” do “policiamento de proximidade” “Deverá ser efectuado o expostos em lugar próprio vitelas para esse fim. Só por
que é pedido à PSP. barramento dos locais pri- diversos artigos de indústria esta circunstância se impu-
Além de um novo corpo policial, o PAN-M propôs, também vados, impedindo a visua- caseira, como tapetes, panos nha, efectivamente, a realiza-
a 29 de Julho, a instalação de esquadras de proximidade, lização, designadamente de de linho, cobertores, utensí- ção da Feira.
contíguas aos grandes aglomerados populacionais (ex: bair- portas, janelas e varandas” e lios de madeira etc. Mas, além disso, existem
ros sociais); aposta no policiamento noturno, com patrulhas “não se permite a utilização É de frisar que pela primei- ouros motivos de justifica-
a percorrer a cidade; mão pesada para os crimes de assaltos de câmaras ocultas”, apon- ra vez na Madeira se reali- da importância, como sejam
e de violência; criação de legislação sobre as drogas sintéti- ta o despacho, sublinhando zou um certame desta nature- o facto de São Vicente e Boa
cas que agrupe todas as substâncias existentes ou a ser cria- que em caso de recurso à za, com carácter de feira prò- Ventura terem outrora cons-
das e que comprovadamente provoquem distúrbios a quem sub-contratação de serviços priamente dito. Com efeito, tituído grandes centros de
as consome; realização de acções de sensibilização sobre os de manutenção, actualização, além e figurarem diferentes artesanato, onde ainda hoje
perigos destas drogas junto das populações juvenis; criação reparação e conservação do espécies de animais, não hou- encontramos (…)”. (in bole-
de grupos de apoio nos centros de saúde com equipas mul- sistema, o respectivo contrato ve apenas o objectivo de se tim «Serviço Informativo
tidisciplinares que permitam colmatar a falta de resposta por deverá prever o papel da PSP apresentar gado para expo- da Junta os Lacticínios da
parte do SESARAM; e penas de prisão agravadas para quem como responsável pelo trata- sição, mas sim o de transa- Madeira», nº 79, Terceiros
cometa crimes de tráfico de estupefacientes. mento de dados. n ção comercial dos animais e Trimestre, 1963). n
 6 | política |
“Se não fossem os monopólios
teríamos o Ferry todo o ano”
O
Presidente do
Grupo Parla-
mentar do JPP-
Madeira voltou
a se manifes-
tar sobre a questão da linha
marítima. Num comunicado
enviado à redação, no passa-
do dia 19, Élvio Sousa refe-
re:« Miguel Albuquerque,
apesar de vir a público garan-
tir que não está preso a lóbis
e que iria enfrentar “tudo e
todos, custe o custar” está,
na verdade, refém de alguns
monopólios que mexem os
cordelinhos ao nível regio-
nal. No que diz respeito à
necessária e vital ligação Fer-
ry todo o ano, de passagei-
PUB
ros e mercadorias, Miguel
Albuquerque não cumpriu a
palavra dada aos cidadãos da
Madeira e Porto Santo, e é
por demais evidente que se os
monopólios não mandassem
no governo PSD/CDS, tería-
mos o Ferry todo o ano». Lê-
se ainda: «Recordamos que
Albuquerque afirmou, em
2015, e citamos: “temos que
que baixar o preço do trans-
porte de mercadorias, temos
que de ter uma ligação ferry
à Madeira; vamos concretizar
estes objetivos seja lá contra
quem for. Podem ter a cer-
teza”. Palavras ocas, rapida-
mente esquecidas pelo pre-
sidente do Governo que não
tem mexido uma palha para
procurar alternativas viáveis
junto da diplomacia comer-
cial, nomeadamente, dos
operadores europeus que
aguardam um contacto ofi-
cial do Governo Regional da
Madeira».
Élvio Sousa destaca ain-
da: «Ao contrário da tese
alimentada e repetida pelo
PSD/CDS e por alguns supos-
tos benfeitores ao serviço
dos monopólios que impe-
dem a diversificação da eco-
nomia da Região, a ligação
Ferry não precisa de ser sub-
sidiada. Basta, para o efeito,
que o Governo PSD/CDS não
arranje desculpas e barrei-
TRIBUNA DA MADEIRA | Sexta-feira, 26 de agosto de 2022
ras e faça concursos abertos
e não viciados. É fundamen-
tal que o Governo concretize
a isenção total de taxas, que
crie uma rampa exclusiva
dedicada com terrapleno de
apoio (que ainda não reali-
zou), e que deixe de mandar
para a República o cumpri-
mento das suas próprias pro-
messas aos cidadãos». Apon-
ta também: «O ferry é um
transporte viável para intro-
duzir concorrência no pre-
ço dos fretes do transpor-
te contentorizado, e recorda-
mos que o Armas já deteve
10% do transporte de merca-
dorias da Região. É evidente,
que quando a Autoridade da
Concorrência, numa decisão
de 2015, afirmou que existe
verticalização do transpor-
te de mercadorias na Região
Autónoma da Madeira (inte-
gração vertical), o Ferry de
transporte de passageiros e
mercadorias parece consti-
tuir um alvo a abater pelos
grupos monopolistas. Miguel
Albuquerque nada fez para
colocar o interesse público
da Região acima dos inte-
resses privados». E finaliza:
«Ora, concluímos que se não
fossem os monopólios que o
poder político regional ali-
menta, teríamos Ferry todo
o ano, como o tivemos num
passado recente». n SS
TRIBUNA DA MADEIRA | Sexta-feira, 26 de agosto de 2022 | publicidade | 7
8 | ENTREVISTA | TRIBUNA DA MADEIRA | Sexta-feira, 26 de agosto de 2022
Manifestação “contra
o regime” na Madeira
“A Justiça está absolutamente “Na Madeira quem se opõem
controlada pelo Regime” ao regime tem a vida arruinada”
Rui da Fonseca e Castro Rafael Macedo
O núcleo da Habeas Corpus na Madeira, liderado por Sara Silvino
Filipe Fernandes, realiza uma manifestação, esta sex- ssivino@tribunadamadeira.pt
T
ta-feira, dia 26, entre a Quinta Vigia e o Parque de ribuna da Madei-
ra (TM) - Em que
Santa Catarina. Dos elementos que estarão presentes consiste o Movi-
mento Habeas
destaca-se o juiz Rui da Fonseca e Castro (criador do Corpus?
Movimento a nível nacional) e o médico Rafael Mace- Rui da Fonseca e Cas-
tro - O projecto da Habeas
do. Em entrevista exclusiva ao «Tribuna», falam sobre Corpus visa a criação de uma
comunidade solidária, forte
o Movimento e objetivo da manifestação. Comentam e temida, como via para a
também sobre a governação e o estado da Saúde na criação de uma massa crítica
capaz de um dia refundar a
Madeira. “A elite parasitária está milionária”, afirma o Nação em torno dos valo-
juiz. “Sozinho derrubei todos as investidas do Gover- res da Verdade, Honestidade
e Coragem.
no Regional”, remata o médico. O desenvolvimento deste
projecto passa nomeadamen-
te por: Identificar e expor
à população o inimigo que
ocupa o território nacional
e enriquece descaradamente
à custa da miséria e da mor-
te dos portugueses; Divul-
gar o Direito, como forma
de democratizar o acesso ao
mesmo, concretizando o dis-
posto no artigo 20.º, n.º 1, da
Constituição, e dessa manei-
ra colmatar uma lacuna pro-
positada do Regime (quanto
mais ignorante a população
mais forte a oligarquia nepo-
tista, cleptocrática, pedófila
e genocida); Proporcionar o
apoio necessário aos nossos
TRIBUNA DA MADEIRA | Sexta-feira, 26 de agosto de 2022
associados, mormente jurídi-
co; Estreitar os laços de ami-
zade e solidariedade no seio
da nossa comunidade.
Rafael Macedo - Este
Movimento foi criado para
fazer frente ao regime cor-
rupto que está impregnado
em todos os órgãos de sobe-
rania do País, na Comunica-
ção Social (quase toda) e, de
forma bem expressiva, nos
Serviços de Saúde de Por-
tugal, sobretudo na Região
Autónoma da Madeira. O
objetivo do Movimento é ata-
car - com as nossas armas - o
regime corrupto que envol-
ve o arco do poder políti-
co português, europeu - no
Mundo Ocidental. As nossas
armas são a Verdade, Hones-
tidade e a Coragem. Através
de todo este trabalho, preten-
demos informar a população
de bem acerca das violações
que são sujeitas todos os dias
para que consigamos reunir o
máximo de pessoas para que,
quando tivermos uma mas-
sa crítica, robusta e informa-
da, possamos aniquilar este
regime corrupto que infesta o
nosso País desde sempre.
TM - Qual é o moti-
vo da manifestação do
núcleo da Habeas Cor-
pus na Madeira, que se
realiza esta sexta-feira,
dia 26, entre a Quinta
Vigia e o Parque de San-
ta Catarina?
Rui da Fonseca e Cas-
tro - O Governo Regional da
Madeira é parte integrante
do Regime oligárquico, nepo-
tista, cleptocrático, pedófilo e
genocida que ocupa o territó-
rio nacional há várias déca-
das, pelo que é contra esse
Regime que os madeirenses
se vão manifestar.
Rafael Macedo - Eu não
pertenço ao núcleo da Madei-
ra porque não estou presente
para participar na liderança
de Filipe Fernandes. Apraz-
me, imensamente, saber
da crescente indignação de
várias pessoas contra o regi-
me. Filipe Fernandes é uma
delas.
O objetivo desta manifes-
tação será sobretudo esclare-
cer as pessoas quem somos,
para que viemos e que estare-
mos na Madeira para vincar
que o povo de bem não está
só. Iremos informar que se
estivermos unidos podemos
aniquilar o regime da Madei-
ra que tanto massacra o seu
povo desde sempre. A maio-
ria das pessoas que lá esta-
rão sabem o que se passa;
queremos, também, que mui-
tas outras se juntem e que
confiem na causa. As pesso-
as já não confiam em Par-
tidos políticos por motivos
óbvios; em Portugal os parti-
dos políticos (salvo exceções
que nem têm representação
“A elite parasitária está
milionária e continua a
enriquecer ainda mais”
Rui da Fonseca e Castro
atual parlamentar nem nun-
ca a tiveram) são centrais de
corrupção.
TM - Quais são os
objectivos a alcançar?
Rui da Fonseca e Cas-
tro - Tal como em Portu-
gal continental, os objecti-
vos a alcançar são a criação
de uma comunidade solidá-
ria, forte e temida, como via
para a criação de uma mas-
sa crítica capaz de refundar
a Nação em torno dos valo-
res da Verdade, Honestidade
e Coragem.
Trata-se de um projecto
nacional de médio e longo
prazo. Não é possível mobi-
lizar instantaneamente uma
população que há décadas se
encontra sob um torpor pro-
fundo, miserável e cada vez
mais dependente do Regime
para receber umas esmolas.
Temos que imaginar um
País a que presida o mérito e
em que seja garantido o direi-
to de viver confortavelmente
através do trabalho honesto.
Viver confortavelmente mes-
mo para aqueles que decidam
ter famílias numerosas, com
mais de dois ou três filhos. A
Nação precisa urgentemente
de mais portugueses.
Rafael Macedo - O obje-
tivo principal é dar a conhe-
| ENTREVISTA | 9
cer quem somos e para que
viemos. Que somos pessoas
com provas dadas na Luta
contra a corrupção em Por-
tugal e no Mundo. Queremos
promover a Coragem como
pilar individual (sob prote-
ção do Movimento). Quere-
mos que se juntem ao pro-
jeto, este que as protegerá a
vários níveis, sobretudo na
proteção jurídica. Depois de
informarmos e reunirmos o
máximo de pessoas acerca
da realidade em que vivem,
que essa realidade não tem
de ser assim e que o único
poder verdadeiro que existe
está nas Pessoas. Daí que ten-
tamos informar e promover a
Coragem e sublinhar que não
tenham Medo. O regime pro-
move o medo através de ame-
aças, coação e processos em
tribunal para tentarem calar
e amedrontar o denuncian-
te ou o “lançador de aler-
tas”. Uma das grandes pro-
vas que a Justiça é corrupta
é verificar a perseguição que
fizeram ao Histórico Lutador
Pela Democracia da Madei-
ra, o Sr. José Manuel Coelho.
Por isso, a forma mais efi-
caz de fazerem frente ao regi-
me é acreditarem na Verda-
de, com Honestidade e Cora-
gem. A união entre as pes-
10 | ENTREVISTA | TRIBUNA DA MADEIRA | Sexta-feira, 26 de agosto de 2022

soas é fundamental. O orga-
nismo criado para promover
essa união é este Movimento,
a Habeas Corpus, constituída
por uma equipa formidável
liderada pelo seu Presidente
e Fundador o Dr. Rui da Fon-
seca e Castro e, no caso da
Madeira, pelo Filipe Fernan-
des que tem feito um trabalho
elevadíssimo de informação e
agregação das pessoas.
envolve a deputada Patrícia
Dantas; entre muitos outros
casos, como o mais peque-
no, o da Medicina Nuclear do
SESARAM. Um exemplo últi-
mo é o caso da proteção pelo
regime do suposto pedófilo
e Professor do Conservató-
rio da Madeira. Se não fosse
a Coragem da Sra. Jornalista
sistema de Justiça em geral
encontram-se absolutamen-
te controlados pelo Regime.
Uma pergunta de retórica,
que não estando relacionada
com a corrupção político-eco-
nómica, revela uma das face-
tas do Regime (a pedofilia):
acham que Sergey Abakumov
actuou durante anos sem o
com a participação de qua-
se todo o regime envolvendo
a Ordem do Médicos de Por-
tugal (imensos colegas par-
ticiparam e participam nesta
farsa que matou intencional-
mente dezenas de milhares
de portugueses. O regime da
Madeira já se encontrava nes-
sa matança antes da supos-
no Central, ou estende-se
à Organização do Estado,
em geral, nomeadamen-
te governos regionais e
autarquias locais?
Rui da Fonseca e Cas-
tro - Abrange o Regime oli-
gárquico, nepotista, clep-
tocrático, pedófilo e geno-
cida que ocupa o território
nacional, de que os Governos

TM - Um dos focos des-

ta manifestação aponta-
do por vós, é a “desti-
tuição deste governo cor-
rupto e parasita”. Em que
se baseia, em concreto,
esta afirmação?
“Acham que Sergey Abakumov actuou regionais e autarquias locais
são parte integrante.
durante anos sem o conhecimento Rafael Macedo - Cla-
dos vermes da elite parasitária da Madeira? ro que são todos. Eu provei
e constatei isso no caso da
Medicina Nuclear. Não viu
Quem abraça a pedofilia, abraça nem percebeu quem não quis.

Rui da Fonseca e Cas-

tro - Em lugar de “Gover-
no”, nós preferimos utilizar
a palavra mais compreensiva
de “Regime”. Trata-se de tra-
zer a contestação veemente e
sem medo para a Madeira,
onde se encontra instalado
um dos bastiões do Regime -
oligárquico, nepotista, clep-
tocrático, pedófilo e genoci-
da - que ocupa o território
português.
A afirmação baseia-se em
factos, ou seja, existe uma
elite parasitária formada por
vermes ao serviço de inte-
resses supranacionais, que
há décadas enriquece desca-
radamente à custa da misé-
ria da população portuguesa.
O Sr. Miguel Albuquerque é
um desses vermes, um verme
milionário, que suga o sangue
dos madeirenses.
ainda mais rapidamente a corrupção”
Dra. Patrícia Gaspar, de nada
saberíamos sobre o predador
de crianças e da sua proteção
promovida pelo regime.
TM - Poderá indicar
exemplos?
Rui da Fonseca e Cas-
tro - Não faltam notícias
sobre corrupção na Madei-
ra. Basta fazer uma pesqui-
sa rápida para se encontrar
vários exemplos. São casos
que nunca terão culpados,
pois o Ministério Público e o
Rui da Fonseca e Castro
conhecimento dos vermes da
elite parasitária da Madei-
ra? Quem abraça a pedofi-
lia, abraça ainda mais rapida-
mente a corrupção.
Rafael Macedo - Já dis-
se alguns exemplos anterior-
mente. O exemplo mais gri-
tante sem paralelo na Histó-
ria Mundial, é do genocídio
provocado intencionalmente
pelo Mundo Ocidental, onde
se inclui Portugal, a seu Povo.
Mataram deliberadamen-
te milhares de Portugueses
ta pandemia (tudo foi denun-
ciado por mim; bastam que
sejam revistas as peças; está
quase tudo lá). Agora com a
dita COVID, foi um festim
matar imensos madeirenses
porque sabiam e sabem de
que iriam ser premiados com
dinheiro do dito Plano de
Resiliência (uma farsa). Está
à vista. É óbvio o massacre.
TM - Este clima que
apontam de “corrup-
to e parasita” é referen-
te unicamente ao Gover-
TM - No caso da Madei-
ra, solicitando numa aná-
lise regional, o que tem
sido o funcionamento
desta autonomia, numa
Região que mantém na
governação o mesmo
partido desde as primei-
ras eleições regionais?
Rui da Fonseca e Cas-
tro - Tem sido a via para o
enriquecimento da elite para-
sitária regional à custa da
miséria e da morte da popu-
lação madeirense, cada vez
mais dependente das esmo-
las do Regime.
Rafael Macedo - É um
regime nauseabundo, clep-

Rafael Macedo - Para

responder a essa questão pre-
cisaria de uma semana a enu-
merar as fundamentações.
Sabemos que na Madeira e
no País quem se opõem ao
regime sem recurso proteção
jurídica de gente séria e infor-
mada e que está sem dinhei-
ro (ou se o tiver ficará descal-
ço), tem a vida arruinada e a
dos seus filhos também. Por-
tanto, não existe Justiça (que
está manipulada pelo regime;
prendem os pilha de galinhas
e deixam a grande crimina-
lidade impune; logicamen-
te que recebem contraparti-
das; se não as recebem que
digam qual o motivo de tanta
inércia e defesa clara de cri-
minosos); basta vermos que
têm de existir organismos
exteriores a Portugal como o
Organismo Europeu de Luta
Antifraude (OLAF) para que
sejam investigados e coloca-
dos como arguidos partici-
pantes em Fraudes que envol-
vem comparticipações de ver-
bas europeias ou sob fisca-
lização da União Europeia;
vejam os casos da Zona Fran-
ca da Madeira, da Associa-
ção Industrial do Minho que
TRIBUNA DA MADEIRA | Sexta-feira, 26 de agosto de 2022
tocrático, ditador, persegui-
dor e pedófilo, que vem sen-
do representado (salvo uns
cobardes que vêm da pobreza
e que chegaram ao poder por
compactuarem com o crime)
pelos filhos da ditadura que
Governou Portugal logo antes
do 25 de Abril de 1974. Nós
nunca estivemos em Demo-
“Provei que o regime podre
é fraco e pouco inteligente”
Rafael Macedo
cracia. A tática utilizada por
ora - que difere o tempo de
Salazar e de Marcello Caetano
- é que fazem administrativa-
mente tudo para que a pessoa
fique arruinada financeira e
moralmente, acabando isola-
da; imensas vezes cometem
o suicídio por não consegui-
rem aguentar a pressão. Na
altura de Salazar enclausu-
ravam e matavam os demo-
cratas. Agora fazem com que
os democratas morram lenta-
mente pelo desgaste físico e
mental (falta de acesso à Saú-
de e Justiça) ou pelo suicídio;
daí que apelidam os demo-
cratas logo no início da luta
como “maluquinhos”, não
só para descredibilizar mas
para convencer a população
que o mensageiro não esta-
va bem mentalmente quando
proferiu essas declarações e
que por isso cometeu o suicí-
dio (muitos apagam-se lenta-
mente através do álcool por-
que não querem fazer parecer
que se suicidaram; no nosso
País suicidar-se é considera-
do um ato de cobardia e não
e desespero).
Quanto aos exemplos de
que o regime é corrupto,
basta ver apenas as notí-
cias e escândalos que che-
gam a luz do dia ou che-
garam. Agora a Comunica-
ção Social (muita dela), que
não passam de órgãos de
propaganda oficial do regi-
me podre nem fazem inves-
tigação; emitem fakenews.
Foram, ainda, totalmen-
te amordaçados ou compra-
dos pelo regime cleptocrá-
tico e pedófilo, porque são
corruptos.
TM - Como analisam
o actual estado de gover-
nação do País, quer a
nível económico, social
e da Administração da
Justiça?
Rui da Fonseca e Cas-
tro - O País encontra-se indi-
gente e sem auto-estima, com
uma população estupidifica-
da e sob um torpor profun-
do. A elite parasitária está
milionária e continua a enri-
quecer ainda mais, enquan-
to a população portuguesa se
afunda num abismo de dívida
impagável.
A Justiça está absolu-
tamente controlada pelo
Regime.
Rafael Macedo - É caóti-
co. Basta ver as notícias diá-
rias dos canais noticiosos
independentes como o “Pági-
na Um”, o canal Telegram do
Dr. Rui da Fonseca e Castro
(HabeasCorpus oficial); entre
poucos outros.
TM - Voltando à ques-
tão do actual cenário
económico do País, que
medidas extraordiná-
rias defendem para um
verdadeiro crescimento
económico?
Rui da Fonseca e Cas-
tro - A queda do Regime e a
responsabilização criminal da
elite parasitária.
Para que isso aconteça, é
preciso primeiro que as pes-
soas comecem a assimi-
lar nas suas vidas os valores
da Verdade, Honestidade e
Coragem.
Rafael Macedo - Des-
truir a corrupção através da
mudança de mentalidades.
Existem imensos planos váli-
dos para melhorar o País, mas
os corruptos nunca deixarão
passar se for para benefício
comum. Eles só validam pla-
nos para terem contraparti-
das ilegítimas. São corruptos.
É preciso que as pessoas sai-
bam que destruir a corrupção
não é utopia ou mito. É pos-
sível reduzir francamente a
corrupção com eficácia. Basta
as pessoas quererem e luta-
rem. Juntem-se a nós. Jun-
tos somos mais fortes e pode-
mos iniciar um novo paradig-
ma em Portugal. Acrescento
que para destruir a corrupção
entranhada neste País poderá
ser necessário numa fase em
que tenhamos maior robus-
tez, o uso da força. Temos que
ter a consciência que muitos
morrerão pelo bem do nos-
so País; pelo futuro dos nos-
so País, pelas nossas crianças.
Eu estou disposto a morrer a
lutar pelo futuro do País.
TM - Em termos futu-
ros, o Movimento preten-
de atuar “com mão pesa-
da” para mais denún-
cias e esclarecimentos à
população?
Rui da Fonseca e Cas-
tro - Somos um Movimen-
to, materializado na Associa-
ção Habeas Corpus, que não
tem medo, que continuará a
dizer a verdade e a desenvol-
ver a sua comunidade, temi-
da e corajosa.
Rafael Macedo - Sim.
Sempre. Isto não irá acabar.
Estamos unidos a várias forças
de vários Países Europeus e
de fora da Europa. Nisso esta-
mos bem robustos. Falta Por-
tugal. Os portugueses têm de
perder o medo, senão ficarão a
pior. Está à vista. Está a morrer
mais gente que nunca. Novos e
velhos. Este é o momento que
justifica uma união dos portu-
gueses sem precedentes por-
que o motivo é para um bem
maior. Estão a assassinar-nos
e a saquear-nos deliberada-
mente. Agora já nem tentam
esconder; por isso estão cala-
dos para verificar se os por-
tugueses esquecem do que se
passou e do que se está a pas-
sar. Daí que controlam quase
todas as publicações individu-
ais, coletivas e sociais para que
ninguém saiba da mensagem.
Eles estão a matar-nos. Eles
mataram dezenas de milha-
res de portugueses deliberada-
mente a troco de dinheiro nos
últimos 2 anos. n
'4 em Linha'
O Cantinho do céu
Vivemos num cantinho do
céu. A frase, que me habi-
tuei a ouvir desde pequena,
continua a ser utilizada para
enfatizar as maravilhas da
nossa terra. As lindas paisa-
gens, a natureza luxuriante e
as gentes afáveis que sabem
bem receber. A segurança
também costumava constar
do rol de mais valias da nos-
sa Região, mas ultimamen-
te o que mais se tem ouvi-
do falar é de marginalidade
e insegurança. Têm se mul-
tiplicado as notícias a dar
conta de assaltos e vanda-
lismos, roubos na via públi-
ca, violações, de excessos e
do medo que se instala na
população em algumas (mui-
tas) zonas da Madeira. Já
não sentimos que vivemos
num cantinho do céu. O sen-
timento de segurança está a
desmoronar-se.
Como chegamos a este
estado de coisas? Onde temos
falhado? Uma das missões
básicas de uma cidade ou
de uma Região como a nos-
sa é proporcionar e garantir
aos seus habitantes seguran-
ça e conforto. E isso conse-
gue-se começando por com-
bater os factores que pode-
rão estar na base desta inse-
gurança crescente que temos
sentido. O facto de termos a
mais alta taxa de desempre-
go do país não ajuda. Como
também não ajuda termos a
mais elevada taxa de risco de
pobreza, o menor poder de
compra e uma elevadíssima
taxa de consumos ilícitos e de
alcoolismo.
Tenho para mim que para
esta situação dramática mui-
to contribuiu também a nar-
rativa criada e alimentada
pelo PPD durante mais de
quarenta anos, que assenta
na teoria da desigualdade, no
separar das águas entre nós e
os outros. Nós os poderosos
e os outros, o povo. Criou-se
uma sociedade desigual, divi-
dida entre quem está connos-
co e quem está contra nós. A
criação deste distanciamen-
to e desigualdade tem por
base o pressuposto do domí-
nio de um grupo sobre outro
que tem de se tornar sub-
misso. Vemos isso acontecer
em variadas situações quan-
do uma maioria é dominan-
te sobre uma minoria. Por cá
| ENTREVISTA | 11
Mafalda Gonçalves
Deputada ALRAM
temos uma minoria que tudo
procura dominar e que pre-
tende a subjugação do grupo
maioritário que, contudo, é
julgado e tratado como infe-
rior e com displicência. Leva-
do ao extremo, esta tendência
conduz a que o grupo domi-
nante se julgue ultrapodero-
so. Mas, em democracia, o
poder é do povo, convém não
esquecer. E o povo madeiren-
se é resiliente e não pode ser
apoucado.
A cultura PPD é margi-
nalizante e o resultado de
mais de 40 anos disso está
à vista. Tem-se verifica-
do um desleixo no cuida-
do que é necessário ter com
as situações de marginali-
dade. Atrás de cada situa-
ção de dependência ou adi-
ção está uma pessoa, um/a
cidadão/ã que precisa de
cuidado. Punir só não che-
ga. Nem resolve o problema.
É preciso desmarginalizar a
nossa sociedade.
O Presidente da CMF mos-
trou-se preocupado com o
aumento das situações de
violência na cidade e dis-
se que a culpa é de Lisboa.
Óbvio! Já sabemos que tudo
o que corre mal nesta ter-
ra é da responsabilidade do
governo da república. Como
se não existisse um governo
regional com responsabilida-
de governativa sobre este ter-
ritório e o seu povo. Quem
agora clama por mais policia-
mento foi quem inviabilizou
a Polícia Municipal no Fun-
chal, descurando o efeito que
teria a nível da segurança de
proximidade. Um projeto que
já existe em muitas cidades
do nosso país com resultados
positivos.
A mim também me preo-
cupa o escalar da violência
na nossa sociedade. A inse-
gurança é um drama que nos
atinge a todos/as e que deve
ser combatido, com medidas
firmes, abrangentes, integra-
doras e que tenham como fito
a reabilitação e a integração
dos cidadãos.
Não se esqueça o direito
à diferença e o respeito pelo
princípio constitucional da
igualdade. Como dizia o soci-
ólogo polaco Zygmunt Bau-
man, “Nós não deveríamos
construir muros, deveríamos
construir pontes.” n
12 | ENTREVISTA |
“Não queria voltar a trabalhar
com e para criminosos”
Rafael Macedo
afirma que “não
existem condi-
ções para exer-
cer medicina na
Madeira”. O médi-
co, que cumpria as
funções de Coor-
denador da Uni-
dade de Medici-
na Nuclear do Ser-
viço de Imagiolo-
gia do SESARAM,
garante que foi
ilibado de todas
as acusações que
lhe foram feitas.
Quanto à possibi-
lidade de voltar
à sua Terra, Rafa-
el Macedo rema-
ta: “Temos de der-
rubar o regime.
Depois penso nes-
sa possibilidade”.
Sara Silvino
ssilvino@tribunadamadeira.pt
T
ribuna da Madei-
ra (TM) - Tendo
em conta o pro-
cesso pelo qual
esteve envolvi-
do, aquando exercia a
sua atividade profissio-
nal na área da medici-
na na Região Autónoma
da Madeira (RAM), tendo
sido, inclusive, demitido
do SESARAM, pergunto-
lhe se confirma que foi
ilibado de todas as acu-
sações que lhe foram
feitas?
Rafael Macedo - Sim.
Só não respondi ao despe-
dimento ilegal do SESA-
RAM porque não queria vol-
tar a trabalhar com e para
criminosos.
TM - Que comentário
faz sobre toda a situação
a qual esteve envolvido
em termos profissionais
e que fez com que saísse
da Madeira?
Rafael Macedo - Já res-
pondi anteriormente. A Saú-
de (salvo raros profissionais)
é um antro de cobardes, cor-
ruptos e de homicidas. Calar-
se perante crimes é ser-se
cúmplice. Não estou a exage-
rar nas minhas afirmações.
TM – Foi, na altura,
alvo de perseguição?
Rafael Macedo - Os pro-
cessos em si são uma for-
ma de perseguição. Além da
calúnia e difamação a que
fui sujeito nas redes sociais
e nos órgãos de propaganda
oficial (a esmagadora maioria
da dita Comunicação Social
da Madeira). Tudo o que dis-
se está sustentado na emis-
são pública de prova docu-
mental. Perguntem-me o que
TRIBUNA DA MADEIRA | Sexta-feira, 26 de agosto de 2022
Rafael Macedo - Eu fui so nessa possibilidade de vol-
forçado a sair da minha Ter- tar à minha Terra. Saí com
ra. Tudo o que lá investi, per- mágoa não por causa do ata-
di. Foram 15 anos de traba- que do regime – pude bem
lho pelo cano abaixo. Neste com eles porque são fracos –
momento, não existem con- mas pelo abandono das pes-
dições para exercer medicina soas que se deixaram empre-
na Madeira. Temos de der- nhar por falsas declarações,
rubar o regime. Depois pen- pela difamação e calúnia
querem saber em termos de
documentos probatórios e eu
dou-vos. Por isso foi iliba-
do das investidas dos corrup-
tos que comandam a minha
Ordem profissional em Por-
tugal; no MP do Funchal, no
MP de Cascais e no Tribunal
de Cascais.
TM - Quem é atualmen-
te Rafael Macedo? Conti-
nua a ser a mesma pes-
soa, face a todo o proces-
so pelo qual passou?
Rafael Macedo - Sou
quase a mesma pessoa. Só
que agora tenho mais força
que nunca! Fiquei muito mais
forte porque verifiquei e pro-
vei que o regime podre é fraco
e pouco inteligente (além de
serem muitos). Com a união
das pessoas de bem será fácil
derrubá-los.
TM - Sente mágoa
por ter saído da Ilha da O documento, a que o «Tribuna» teve acesso, que comprova que
Madeira? Rafael Macedo nunca foi suspenso da Ordem dos Médicos.
TRIBUNA DA MADEIRA | Sexta-feira, 26 de agosto de 2022
do regime. Provei que esta-
vam errados. Ganhei tudo o
que me propus ganhar. Não
sou vítima. Sou um vence-
dor. Sou um exemplo de que
devemos nos unir e lutar con-
tra esse regime podre. Sozi-
nho derrubei todos as inves-
tidas do Governo Regional,
de entidades muito podero-
sas no País, etc. Imagine se
estivermos unidos? Eles cai-
riam num dia.
TM - Certamente, mes-
mo estando fora da ilha,
deve acompanhar o esta-
do da Saúde na RAM. Que
análise breve faz sobre a
atualidade?
Rafael Macedo - Horrí-
vel a situação social e econó-
mica da Região. Não só mata-
PUB
ram as nossas pessoas como
expulsaram muitas delas
ou colocaram-nas na extre-
ma miséria/dependência ali-
mentar emergente. Verifica-
se aquilo que sempre disse
(agora mais agravado o cená-
rio!): estão a saquear des-
caradamente os madeirenses
e a canalizar o dinheiro do
saque para bem longe (soube
isto através de um investiga-
dor do OLAF em voz off; não
posso provar documental-
mente). Mas o derrube desses
criminosos deverá ser alarga-
do não são só ao PSD; estes
são os principais responsá-
veis pelos crimes na Madeira,
existem os outros como os do
PS (alguns dirigentes infiltra-
dos); são as caras do regime
podre – eles pensam que sai-
rão sempre impunes (o que é
bom!), porque assim continu-
am a criminalidade a pensar
que não estão a ser vigiados
e que não irão pagar por tudo
aquilo que fizeram. Subli-
nho que os restantes parti-
dos com representação parla-
mentar (retiro o JPP, por ora,
até esclarecer algumas dúvi-
das) são também responsá-
veis; são centrais de negó-
cios familiares com interesses
obscuros (muitos bem cla-
ros!) que não interessam ao
povo. Todos eles são respon-
sáveis pela conivência neste
genocídio sob o pretexto da
falsa pandemia.
É urgente pagarem por
aquilo que fizeram. Por isso,
o Movimento Habeas Cor-
pus está aqui para unir as
pessoas em torno dos valo-
res como a Verdade, Cora-
gem e Honestidade. Iremos
vencer! n
O erro do pontal
Foi este o assunto que pro-
meti abordar esta semana e
assim farei.
Começo por referir que, na
avaliação que faço do novo
líder do PSD, não gosto de
Montenegro. Mas sei que isso
circunscreve-se a uma maté-
ria opinativa, quando se olha
para o PSD e para a necessi-
dade de o partido sair da letar-
gia que o aprisiona ao peso do
fracasso, repetido desde 2015.
Fracasso eleitoral e de lideran-
| ENTREVISTA | 13
opinião
Luis Filipe
Malheiro
Jornalista
mais votos que o PS, em coli-
gação com o defunto CDS de
Portas, não conseguiu os man-
datos suficientes no parlamen-
to - no fundo é isso que interes-
sa - para manter-se no poder,
de onde acabou escorraçado
pela geringonça de esquerda
que soube aproveitar a heran-
ça financeira deixada pelo tal
Passos agora ressuscitado por
Montenegro.
Quando falo da nova lide-
rança do PSD, falo dos desafios

CARTÓRIO NOTARIAL PRIVADO ças. Sempre desconfiei, e está

escrito, que Montenegro tra-
de uma realidade nova, num
contexto político, governativo
DA PONTA DO SOL NOTÁRIO – NUNO VIEIRA BARBOSA
ria de novo para o PSD - basta-
va ver alguns dos nomes "res-
e parlamentar nacional mui-
to difícil, exigente e desgastan-
Largo do Pelourinho, Ponta do Sol suscitados" para os órgãos par- te também para quem precisa
Telf: 291 973 275 Fax: 291 973 276 Email: cartoriodapontadosol@gmail.com tidários, como se o PSD vives- de construir, na oposição, uma
se uma crise de falta de recur- alternativa na qual as pessoas
(Publicado no Tribuna da Madeira a 26-08-2022)
sos humanos habilitados, ou acreditem e se revejam. Falo
NUNO VIEIRA BARBOSA, Notário do Cartório Notarial Privado da Ponta uma carência de pessoas com de uma liderança social-demo-
do Sol, CERTIFICA para efeitos de publicação, que por escritura, lavrada hoje, novas ideias, libertas do pas- crata que tem de ser diferen-
de folhas noventa e sete, a noventa e nove do livro de notas para escrituras
diversas número cento e oitenta e três, deste Cartório compareceu: sado e viradas para o futu- te, que não precisa de ser cola-
Maria Fernanda Rodrigues Ramos Ribeiro, viúva, natural da freguesia e ro – alguns dos símbolos de da ao “passismo” longe de ser
concelho da Ponta do Sol, onde reside à Estrada Regional 101, Nº 28, que um período recente da histó- consensual e que não pode ser
outorga em representação, na qualidade de procuradora de ANTÓNIO MIGUEL ria social-democrata que quase apenas um instrumento usado
DE ABREU RODRIGUES, casado com Andreia de Sousa Abreu, sob o regime ditou a pulverização do PSD, ao serviço de estratégias pesso-
da separação de bens, natural da Venezuela, residente à Rua 6 de maio,
Edifício Moinhos, na freguesia e concelho da Ribeira Brava, que declarou que perante uma sociedade que ais e políticas manhosas - neste
o seu representado é dono e legítimo possuidor, com exclusão de outrem, dos não tem memoria curta. Tudo caso falo de eventuais corridas
seguintes imóveis: isto independentemente de presidenciais - que me fazem
1) Prédio rústico, composto por terra de cultivo, localizado em São Lourenço, não ter a certeza se Montene- lembrar tudo o que aconteceu
Calvário, na freguesia da Fajã da Ovelha, concelho da Calheta, com a área
gro, mesmo antes das legisla- antes do assalto ao poder no
total de cento e quinze metros quadrados, que confronta a Norte com Manuel
Rodrigues Correia, a Sul com Caminho, a Nascente com Georgina Correia e a tivas de 2026, resistirá a even- PSD nacional em 2011. E da
Poente com Manuel Rodrigues Jardim, inscrito na matriz sob o artigo 22956. tuais desaires eleitorais nas sua descaracterização ideológi-
Que o citado prédio está descrito na conservatória do registo predial da Calheta europeias (2024), nas regio- ca e programática. Passos não
sob o número cinco mil cento e dez, daquela freguesia, onde se acha registada nais (2023 e 2024) e nas autár- deixou saudades, pela ideolo-
a aquisição a favor Fernando Rodrigues e mulher Otília da Conceição Sequeira
Rodrigues, casado um com o outro, pela apresentação seis, de dez de setembro
quicas (2025). gia liberalizadora radical que
de dois mil e oito; Se Montenegro, para se em baseou a sua postura arro-
2) Prédio rústico, composto por terra de cultivo, localizado em São Lourenço, afirmar junto dos militantes gante, pelo facto de ter preten-
Calvário, na freguesia da Fajã da Ovelha, concelho da Calheta, com a área do PSD e dos eleitores por- dido ser, sempre, mais radical
total de cento e noventa e dois metros quadrados, que confronta a Norte com tugueses em geral, precisa do que a troika, castigando as
Levada, a Sul com Caminho, a Nascente com Augusto Rodrigues Moirinho e
a Poente Francisco Ferreira da Silva, inscrito na matriz sob o artigo 22952.
de andar às cavalitas de Pas- pessoas, indiscriminadamen-
Que o citado prédio não se acha descrito na conservatória do registo predial sos, então há algo que come- te, sem ganhar nada com isso,
da Calheta. ça muito mal num PSD ale- e deixando milhões para que
Que o prédio identificado em primeiro lugar veio à posse do Justificante, gadamente em mudança, que Costa e o governo da geringon-
ainda menor de idade, no ano de mil novecentos e oitenta e sete, por compra está a ser timidamente bene- ça aplicassem medidas sociais
verbal feita por intermédio da sua mãe aos titulares inscritos registralmente,
sendo que estes, por lapso, no ano de dois mil e oito registaram o prédio em
ficiado nas sondagens pelos e orçamentais que lhes garan-
seu nome. erros e pelos tiros-nos-pés do tiram espaço de manobra para
Que o prédio identificado em segundo lugar veio à posse do Justificante, governo socialista e do PS, se afirmarem no poder.
ainda menor de idade, no ano de mil novecentos e oitenta e sete, por compra e não por méritos próprios Essa foi a herança de Passos
verbal feita por intermédio da sua mãe a António Ferreira da Silva e mulher da nova liderança social- - tão apaparicado por Monte-
Augusta Correia, casados que foram sob o regime da comunhão geral de bens,
residentes que foram no Sítio de São João, na citada freguesia da Fajã da
democrata. negro: responsável pelo fac-
Ovelha. O grande erro político da to do PSD ser hoje um par-
E que desde então os referidos prédios se encontram na posse do justificante, reentrada de Montenegro no tido destroçado, derrotado,
portanto há mais de vinte anos, sem a menor oposição de quem quer que seja, Pontal, assentou num parado- desmotivado, desagregado, a
desde o seu início, posse essa que sempre exerceu, por si e por intermédio xo, o de tentar vender às pesso- realizar uma penosa travessia
dos seus representantes legais até atingir a maioridade, sem interrupção e
ostensivamente, com conhecimento de todas as pessoas, sendo por isso uma as a ideia de um Passos renasci- no deserto, sem garantias de
posse de boa fé, pública, pacífica e contínua, sendo consenso que os imóveis do das cinzas, elogiado desne- nada, inclusivamente assegu-
lhe pertencem, pois pratica todos os atos inerentes à qualidade de proprietário, cessariamente nesta altura, um rar nesta nova realidade polí-
pagando as respetivas contribuições, usufruindo da sua utilização. Passos alegadamente com um tica, social e económica, a sua
Que esta posse, em nome próprio, pacífica, contínua e pública, conduziu pensamento novo, que nada própria sobrevivência, caso
à aquisição dos imóveis por usucapião, que invoca, justificando o seu direito
de propriedade para efeitos de registo, dado que essa aquisição não pode ser tem a ver com o Passos funda- não tenha o engenho e a arte
comprovada por qualquer outro título extrajudicial. mentalista dos tempos da troi- de ser diferente e de não andar
Está conforme o original aqui narrado por extrato. ka e dos atropelos sociais, um a perder tempo por querer tirar
Ponta do Sol, doze de agosto de dois mil e vinte e dois. Passos irrascível e convencido, esqueletos dos armários. Num
O Notário, que foi afastado do poder em país que parece condenado ao
Nuno Vieira Barbosa
2015, e que apesar de ter tido abismo a prazo! n
 14 | saúde | TRIBUNA DA MADEIRA | Sexta-feira, 26 de agosto de 2022

opinião

Nuno Negrão
Martins
“Transparência”
na Saúde
Farmacêutico

Sofre de enjoos
nas viagens? O PS quer também tempos máximos de resposta
Não deixe que lhe para resolver o problema das listas de espera.
estraguem as férias
O
presidente do meteu acabar com a situ- explicou, esta situação deve-

de verão Partido Socia-

lista Madeira
defendeu, esta
ação das listas de espera
numa legislatura. Não o fez,
assim como também não
se essencialmente a proble-
mas de gestão, de coorde-
nação e de planeamento do
Verão é sinónimo de sol, bom tempo e dias quarta-feira, a fez nesta segunda legislatu- Serviço Regional de Saúde,
longos, mas também de viagens. Seja de carro, implementação de tempos ra, sendo que os números, sendo que a responsabilida-
comboio, barco ou avião, esta é a altura predile- máximos de resposta garan- efetivamente, duplicaram de é do Governo Regional e
ta para ir de férias e descansar. Contudo, a via- tidos para resolver o cres- e a situação está a tornar- do secretário da tutela.
gem pode não ser tão agradável quanto as férias cente problema das listas de se insustentável para aque- "Nós entendemos que é
que se esperam, podendo mesmo ser um momen- espera na Saúde na Região les que querem aceder ao necessário introduzir medi-
to de ansiedade e hesitação para algumas pesso- e considerou ser necessá- Serviço Regional de Saúde", das de transparência no
as que enjoam. rio introduzir critérios de afirmou. setor e ter acesso aos núme-
Os comuns enjoos que muitos sentem podem transparência no setor. O líder dos socialistas ros, para que se possa fazer
ser sentidos em qualquer meio de transporte, Em conferência de madeirenses referiu que este o escrutínio da situação,
devendo-se ao movimento e sendo, por isso, cha- imprensa realizada junto não é um problema relacio- mas também para que os
mados de “enjoos de movimento”. Esta condi- às obras de construção do nado com os profissionais de doentes possam saber qual
ção ocorre quando os mecanismos de contro- novo Hospital, Sérgio Gon- saúde, já que "temos exce- é o seu lugar nas listas de
lo do equilíbrio são estimulados em demasia e/ çalves mostrou-se preocu- lentes profissionais de saú- espera e qual é o tempo
ou quando o cérebro recebe informação contra- pado com o estado da Saú- de na Região", e que não é estimado para resolverem
ditória sobre os movimentos do contexto envol- de na Madeira, dando conta algo que se vá resolver com a o problema que os leva a
vente. O cérebro recebe dois tipos de informações que os atos médicos em lista construção da nova infraes- estarem nessa mesma lista",
sensoriais opostas — o corpo está parado, mas o de espera mais do que dupli- trutura hospitalar, compar- sublinhou.
ambiente em movimento — e não consegue inter- caram desde 2015. "Miguel ticipada a 50% pelo Gover- Reportando-se a notícias
pretá-las, confundindo-se e manifestando-se em Albuquerque, em 2015, pro- no da República. Conforme recentes que indicam que
vários sintomas. Os mais comuns são vómitos,
tonturas, mal-estar geral, suores frios, vertigens e
dores de cabeça.
Nem todas as pessoas sentem enjoos quando
viajam, havendo quem tenha mais tendência para
sofrer desta condição, nomeadamente, as crian-
ças, as mulheres, as grávidas e quem sofre de cefa-
leias. Ainda assim, a habituação ao movimento
pode reduzir a frequência do problema.
Apesar de se poderem tratar estes enjoos, são
sempre uma situação desagradável, principal-
mente para quem está a ir de férias. Desta forma,
a prevenção pode ser essencial. Cocculine® é um
medicamento homeopático que pode ser admi-
nistrado como prevenção dos sintomas dos enjo-
os, não provocando sonolência. Contudo, também
pode recorrer a esta solução natural se os sinto-
mas já se começaram a manifestar, ajudando no
tratamento das náuseas e vómitos, dos suores
frios, das tonturas, da hipersalivação e das dores
de cabeça.
Quando for de viagem, não se esqueça: aposte
nas soluções homeopáticas, não deixe que os enjo-
os lhe estraguem a viagem e comece as férias com
o pé direito. n
PUB
PUB

6 de
TRIBUNA DA MADEIRA | Sexta-feira, 26 demarço dede
agosto 2020
2022 20 anos | saúde | 15
| OPINIÃO

CERTIDÃO opinião MÉDICOS pub

PUB
mais de metade das cirur-
gias na Região são realiza- CARTÓRIO NOTARIAL DE
das fora de tempo, Sérgio
Gonçalves lembrou que o GABRIEL JOSÉ RODRIGUES FERNANDES Dr. Rui Pereira Vasconcelos
PS há muito que vem defen- Praça da ACIF, 9000-044 Funchal Fátima Carvalho Especialista em:
dendo a implementação de (POR CIMA DA LOJA DO CIDADÃO) Podologista Pediatria - Neuropediatria
tempos máximos de respos- ( Publicado no Tribuna da Madeira a 06-03-2020 )
ta garantidos que permitam
às pessoas teremparaconheci-
Certifico narrativamente, efeitos de publicação, que no meu Cartório Notarial e no livro de notas para escrituras diversas número CENTO E SESSENTA E OITO
-G, exaradodos
mento a partir prazos
de folhas 90, seem encontra
que exarada uma escritura de JUSTIFICAÇÃO NOTARIAL, outorgada hoje, na qual José Manuel Fernandes Reis,

Cuidados a ter
NIF 229.928.749 e mulher Otília Maria Vieira de Fernandes, NIF 187.565.007, casados sob o regime da comunhão geral de bens, naturais, ele da freguesia do
podem ser atendidas e em
Campanário, concelho da Ribeira Brava e ela de Caracas, Venezuela residentes ao Edifício Costa do Sol II, Rua Paulo Dias, freguesia da Sé, concelho do Funchal,
que osdosatos médicos podem
titulares respetivos cartões de cidadão nºs 05479768 3 ZX5, válido té 11/08/2028 e 13626420 4 ZW1, válido até 16/05/2029, ambos emitidos pela República
291 773 948
com os pés
ser realizados.
Portuguesa, declaram que Mas
são donosconsta-
e legítimos possuidores, com exclusão de outrém dos seguintes prédios:
I) - Um prédio rústico, composto de cultura de pinheiros, localizado ao sítio do Jardim, freguesia do Campanário, concelho da Ribeira Brava, com a Rua Nova da Vale da Ajuda, 14
tou
áreaque,
total de aooitocentos
contrário do que
e cinquenta metros quadrados, a confrontar a norte com o Caminho, sul com Agostinho Gonçalves, leste com António Ascenção Apartamentos Ajuda, Loja C - Funchal
acontece
e oeste com ManuelnoMaranhoto,
restoinscrito
do naPaís, matriz predial, em nome de Manuel Fernandes Júnior, sob o artigo 11988, com o valor patrimonial de € 10,06,

durante o verão
o nãoExecutivo
descrito na Conservatóriamadeirense
do Registo Predial da Ribeira Brava; ao qual atribuem o valor de quinze euros (€ 15,00).II) Um prédio rústico,
composto de cultura de batata e ervagem, localizado ao sítio Roda Massapez, freguesia do Campanário, concelho da Ribeira Brava, com a área total de
não implementa esta medi-
cento e cinquenta e quatro metros quadrados, a confrontar a norte com José Leandro, sul com Manuel Leandro, leste com Manuel Grego e oeste com Manuel
daLeandro,
e "esconde
inscrito na matrizos números
predial, em nome de Manuel Fernandes Júnior, sob o artigo 12830, com o valor patrimonial de € 4,53, não descrito na
e Conservatória
as estatísticas".
do Registo Predial da"Aque-Ribeira Brava; ao qual atribuem o valor de dez euros (€ 10,00).III) - Um prédio rústico, composto de cultura de
batata, localizado ao sítio do Porto da Ribeira, freguesia do Campanário, concelho da Ribeira Brava, com a área total de trezentos e quarenta e seis
les [números] que vêm a Nos dias mais quentes é imprescindível que exis-
metros quadrados, a confrontar a norte com João Ladeira, sul e leste com Augusta Facho e oeste com João Abreu Rasca, inscrito na matriz predial, em nome ESTE espaço
Este ESPAÇO
público,
de Manuel ou porque são sob qua- ta uma atenção
patrimonialredobrada com os seus pés. Os pés
seBrava;
arrancados
Fernandes Júnior,
ao qual atribuem oa valor ferros
o artigo 13162,
de vinte do
com o valor
são uma
e cinco euros das -partes
(€ 25,00).IV)
de € 21,24, não descrito
Um prédiomais rústico importantes
na Conservatória
e suas benfeitorias,do
do Registo
nosso
composto
Predial da Ribeira
cor-localizado ao sítio
de batata,
PODE ser
pode SER seu
SEU
do Porto da Ribeira,
Governo freguesia doou
Regional, Campanário,
são concelhopo e, da Ribeira
apesar Brava,
decom a área total
serem de cinquentada
o alicerce e seis metrospostura,
nossa quadrados, a confrontar a
norte com o senhorio, sul com Manuel Abreu, leste com José Maranhoto e oeste com João Gaspar, inscrito na matriz predial, em nome de Manuel Fernandes E-mail:
divulgados nos relatórios do são esquecidos na maioria das vezes.
Júnior, sob o artigo 13165/001, com o valor patrimonial de € 1,26, não descrito na Conservatória do Registo Predial da Ribeira Brava; ao qual atribuem comercial@tribunadamadeira.pt
SESARAM,
o valor de dez euros indicam
(€ 10,00). V)exata-
- Um prédio rústico, Durante o diade batata,
composto de cultura os pés estão
localizado expostos
ao sítio do Porto daàRibeira,
pressão dodo Campanário,
freguesia
mente
concelho dao contrário
Ribeira Brava, com a área daqui- calçado,
total de duzentos e vinte que
e cincopor metros vezes nãoaéconfrontar
quadrados, adequado à fisionomia
a norte com a Estrada, sul e leste com Joaquim
Sebastião Abreu e oeste com Manuel de Sousa Reis, inscrito na matriz predial, em nome de Manuel Fernandes Júnior, sob o artigo 13172, com o valor Telef:
lopatrimonial
que ode €Governo Regionalna Conservatóriado pé, Predial
acabando por causar traumatismos repetiti-
diz",
prédiofezrústico,
13,58, não descrito
notar
composto o delíder socia-
cultura de
do Registo
vos.
batata, localizado A adoção
ao sítio
da Ribeira
do Porto dade
Brava; ao qual atribuem
umafreguesia
Ribeira, postura
o valor de quinze
incorreta
do Campanário, concelhodevido
euros (€ 15,00).VI) - Um
da Ribeiraao Brava, com a área 291 911 300
lista,
total dereforçando
duzentos e setenta a metros
necessi- quadrados, calçado
a confrontarea norte a ausência
com o caminho, desul cuidados
e oeste com Manuel podemRodriguestornar
e leste comos Lídia da Conceição,
inscrito na matriz predial, em nome de Manuel Fernandes Júnior, sob o artigo 13200, com o valor patrimonial de € 12,57, não descrito na Conservatória
dade de uma maior transpa- pés mais vulneráveis a diferentes patologias biome-
do Registo Predial da Ribeira Brava; ao qual atribuem o valor de quinze euros (€ 15,00). VII) - Um prédio rústico, composto de cultura de batata doce,
rência
localizadodo sistema.
ao sítio do Vale, freguesia e concelho da Ribeiracânicas Brava,e/oucom a área dermatológicas,
total de quinhentos e sessenta contribuindo,
metros quadrados, assim, a confrontar a norte
com"Para
Manuel AbreuumMadeiraGoverno que
e outro, sul e leste para
com Manuel AbreuoCinzeiro
aparecimento
e oeste com o ribeiro, deinscrito
lesões e problemas
na matriz predial, em nome podoló-
de Manuel Fernandes
Júnior,
diz que o artigo 5903,
sob nunca com o valortan-
investiu patrimonial de € 21,24,como
gicos, não descrito
pornaexemplo:
Conservatória dounhas Registo Predial da Ribeira Brava;
encravadas, calos,ao qual atribuem o
valor de vinte e cinco euros (€ 25,00).VIII) - Um prédio rústico, composto de cultura de batata doce, localizado ao sítio do Vale, freguesia e concelho da
to, quer
Ribeira emcom
Brava, termos
a área totalfinancei- micoses,
de trezentos e sessenta metrosxerose
quadrados, cutânea
a confrontarentre outros.
a norte com António Pestana Madalena e outro, sul e leste com O TRIBUNA não é apenas feito para si, também é feito por si.
ros,
Manuelquer emCorreia
Fernandes recursos
e oeste comhuma- Como
Manuel Rodrigues e outros, forma
inscrito na matriz de prevenção
predial, em nome de Manuel é necessário adotar
Fernandes Júnior, sob o artigo 5905,
Envie-nos sugestões, informações, comentários,
com o valor
nos, na patrimonial
Saúdede €da não descrito na cuidados
13,58,Região, Registo Predial
Conservatória dodiários, tais da Ribeira
comoBrava; ao qual atribuem
a lavagem como valorágua  de equinze euros (€
15,00).IX) - Um prédio rústico, composto de cultura de batata doce, localizado ao sítio do Vale, freguesia e concelho da Ribeira Brava, com a área total de fotografias e as suas opiniões para o e-mail:
é trezentos
efetivamente necessário sabão ade nortepHcom neutro ou sabão Sul com ozonizado;
Manuel Abreu Júnior,aleste secagem
começar
e vinte e oito metros
a apresentar
quadrados, a confrontar
resul-
José Abreu Madeira, com o caminho e oeste com tribuna@tribunadamadeira.pt
Conceição Fernandes e outro, inscrito na matriz predial,com
em nome uma toalhaFernandes
de Manuel macia,Júnior, comsob especial
o artigo 5907, atenção
com o valorentre
patrimonial de € 12,57,
tados e a resolver
não descrito na Conservatória osdo proble-
Registo Predial da osRibeira
dedos; Brava;eao a qualaplicação
atribuem o valor dedeloção quinze euroshidratante
(€ 15,00).X)para - Um prédio urbano
habitacional, localizado ao sítio do Vale, freguesia e concelho da Ribeira Brava, com a área total e de superfície coberta de trita e seis metros
mas, e não duplicar as listas manter a pele dos pés suave e hidratada,
quadrados, a confrontar a norte e oeste com o Caminho, sul com João Pestana, leste com partilha do Campanário, inscrito na matriz predial, em nome de
o que aca-
deManuel
espera no prazo
Fernandes Júnior, sobdeo artigo
duas ba opor
1157, com valor prevenir
patrimonial de €fissuras
3.660,00, não e calosidades.
descrito na Conservatória do Registo Predial da Ribeira

PUB
legislaturas", finalizou Sér-seiscentos e O calçado também é Metade algo de que deverústico,ter sido em
CARTÓRIO NOTARIAL
Brava; ao qual atribuem o valor três mil sessenta euros (€3.660,00).XI)- um prédio composto de cultura de batata
doce e rocha, localizado ao sítio do Vale, freguesia e concelho da Ribeira Brava, com a área total de quinhentos e noventa e seis metros quadrados,
gio Gonçalves. n conta. Durante esta época, o uso de sapatos
a confrontar a norte e oeste com Conceição Fernandes e outro, sul com Manuel Rodrigues, leste com a partilha do Campanário, inscrito na matriz predial, em
fecha-

PRIVADO DA PONTA DO SOL

nome de Manuel Fernandes Júnior, sob o artigo dos 5909,e meias
com o valorpode
patrimoniallevar à concentração
de € 19,48, descrito na Conservatóriade humidade
do Registo Predial da Ribeira
Brava sob o número mil e oitenta e quatro, mas sem e, qualquer
consequentemente,
inscrição em vigor quanto àao aparecimento
fração ora justificada; ao qualde fungos
atribuem o valore de vinte euros
(€ 20,00).XII) – Um prédio rústico, composto de cultura de batata doce,
bactérias, ao sítio do Vale, freguesia
localizadoimportante
sendo trocare concelho
de meias da Ribeira Brava, com a área total
diaria- NOTÁRIO – NUNO VIEIRA BARBOSA
de trezentos e setenta e quatro metros quadrados, a confrontar a norte com Manuel Abreu Cinzeiro e outro sul e oeste com Joaquim Abreu, leste com Manuel
Rodrigues, inscrito na matriz predial, em nome de Manuel mente, bem como
Fernandes Júnior, sobdeixar o calçado
o artigo 5917, com o valor a arejarde prefe-
patrimonial € 14,33, não descrito na Largo do Pelourinho, Ponta do Sol
Conservatória do Registo Predial da Ribeira Brava; rencialmenteao qual atribuem o valor 24dehoras e se(€possível
quinze euros 15,00).XIII) ao - Umsol,
prédioantes
rústico,de composto de cultura Telf: 291 973 275 Fax: 291 973 276 Email: cartoriodapontadosol@gmail.com
de trigo, localizado ao sítio do Vale, freguesia e concelho da Ribeiranovamente.
o calçar Brava, com a área total de setenta e dois metros quadrados, a confrontar a norte
e oeste com o ribeiro, sul com Manuel Macedo e oeste com João Pereira Carata, inscrito na matriz predial, em nome de Manuel Fernandes Júnior, sob o
artigo 5966, com o valor patrimonial de € 2,51, não descrito Na praia, na piscina
na Conservatória ou sempre
do Registo Predial da Ribeiraque Brava;os pésatribuem
ao qual este-o valor de dez (Publicado no Tribuna da Madeira a 06-03-2020)
euros (€ 10,00).XIV) - Um prédio urbano habitacional, jam localizado
expostos ao sítioao Lombo sol, é importante
da Levada, freguesia e concelho aplicar
da Ribeiraprote-
Brava, com a área total
NUNO VIEIRA BARBOSA, Notário do Cartório Notarial Privado da Ponta do Sol, CERTIFICA
e de superfície coberta de dezasseis metros quadrados, tor solar, umaavez
a confrontar que
norte, sul, lesteacompele é bastante
a Levada sensível
e oeste com o Caminho e, Mendes, inscrito
e Carolina
para efeitos de publicação, que por escritura, lavrada hoje de folhas trinta e dois a folhas trinta
na matriz predial, em nome de Manuel Fernandes Júnior, sob o artigo 961, com o valor patrimonial de € 1.440,00, não descrito na Conservatória do
quando queimada, impossibilita que
Registo Predial da Ribeira Brava; ao qual atribuem o valor mil e quatrocentos e quarenta euros (€1.440,00).XV) - Um prédio rústico, composto de
consigamos e três verso do livro de notas para escrituras diversas número cento e quarenta e um deste
cultura de trigo, localizado ao sítio do Vale, freguesia eandar concelho da em perfeitas
Ribeira Brava, comcondições.
a área total de duzentos e nove metros quadrados, a confrontar Cartório compareceu:
a norte com Jose Abreu Madeira, sul com Manuel Fernandes Caminhar Jr e outro, leste comdescalço
Manuel Martinstem e oesteas comsuas
Manuel vantagens,
Abreu Cinzeiro, inscritoprin-
na matriz predial, em FRANCISCO GONÇALVES DE ABREU, NIF 206 476 906, divorciado, tendo sido casado

PLANTAR UMA ÁRVORE

nome de Manuel Fernandes Júnior, sob o artigo 5906, com o valor patrimonial de € 8,17, não descrito na Conservatória do Registo Predial da Ribeira sob o regime da comunhão de adquiridos, natural da freguesia e concelho da Ribeira Brava, onde
Brava; ao qual atribuem o valor de dez euros (€ 10,00).
cipalmente no verão, possibilitando que o pé respi- reside ao Caminho da Apresentação, Nº 6, que declarou:
re, ajudando,
Que os identificados prédios vieram à posse dos justificantes, já no estado de assim,
casados, no a anomelhorar
de mil novecentos a circulação
e noventa, por doação san-
verbal e não titulada Que é dono e legítimo possuidor, com exclusão de outrem, do seguinte imóvel:
feita pelos seus pais e sogros, Maria das Dores Fernandes
ao sítio do Jardim, freguesia do Campanário, concelho dado,
guínea.
e marido José
Ribeira
jáBrava,
No entanto,
Severiano
quequeosporpés sua vez
é importante
dos Reis, casados
haviam adquirido
acabam
sob o regime da ter
pornasficarpartilhas
algum
comunhão geral decuida-
amigáveis e não
expostos
bens, residentes que foram
tituladas a que procederam
a impu- TER UM FILHO
1) Prédio rústico, composto por terra de cultivo, localizado ao Pico Ferreiro, freguesia
da Tabua, concelho da Ribeira Brava, com a área de quatro mil oitocentos e dois metros
quadrados, que confronta a Norte com Manuel Ramos Mania, a Sul com António Gomes Duarte,
com os demais herdeiros por óbito de Manuel Fernandes Júnior e mulher Maria de Jesus Rodrigues, residentes que foram ao sítio do Vale de Cima, freguesia e concelho
da Ribeira Brava.
Assim, desde aquela data, os justificante estão na locais
rezas e a certos
públicos,
posse e fruição
perigos.
dos aludidosnas imóveis,
Evite
piscinas,
caminhar
balneários
terra e benfeitorias,
descalço
ou hotéis
posse que mantiveram
em
e
sem interrupção até hoje, EDITAR UM LIVRO
a Nascente com Levada da Serra e a Poente com Manuel Francisco Martins e outro, inscrito na
matriz em nome do Justificante, de Germano Francisco Martins Junior e João Duarte Garcez, sob
usufruindo de todas as suas utilidades (nos terrenos e nas utilize sempre
casas), cultivando chinelos
e colhendo para
todos os seus frutosevitar
e suportandoo contacto come encargos, tendo
os respetivos impostos o artigo 4677, com o valor patrimonial atual e o atribuído de vinte e dois euros e sessenta
adquirido e mantido a sua posse sem oposição de quem quer que fosse e com conhecimento de toda a gente, agindo sempre por forma correspondente ao exercício e três cêntimos, descrito na Conservatória do Registo Predial da Ribeira Brava sob o número
do direito de propriedade, sendo por isso uma posse pública, fungos pacífica,econtínua
bactérias.e de boa-fé, que dura há mais de vinte anos, pelo que os adquiriram por usucapião, dois mil novecentos e oitenta e sete da dita freguesia, onde se acha registada a aquisição
não tendo, dado o modo de aquisição, documento que titule É o seuimportante
direito de propriedade. manter os cuidados com os seus de metade a favor do Justificante pela apresentação setecentos e oitenta e dois de vinte
É parte certificada e vai conforme o original, declarandopésquee daestar atento
parte omitida aosquesinais.
nada consta No caso
altere, prejudique, modifiquedeou condicione
dúvidas a parte transcrita. e três de fevereiro de dois mil e dezoito, sendo que a metade ora justificada não tem
Funchal, 4 de março de 2020. qualquer inscrição em vigor.
ou suspeita Ode algum problema deve contactar um
Notário, Que o citado prédio na indicada proporção, veio à posse do justificante, ainda no estado de
Podologista. n
Gabriel José Rodrigues Fernandes solteiro, maior, tendo então posteriormente casado sob o dito regime, no ano de mil novecentos
e oitenta e sete, por compra verbal a João Duarte Garcês e mulher Vitorina Garcês, já falecidos,
casados que foram sob o regime da comunhão geral de bens, residentes que foram no Lombo da
Apresentação, citada freguesia da Ribeira Brava, sendo que por sua vez desconhece como é que se
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acha inscrito na matriz uma quarta parte a favor de Germano Francisco Martins Júnior.
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www.tribunadamadeira.pt
tribunadamadeira
ACTUALIDADE SOCIAL MADEIRENSE
E que desde então o referido prédio na indicada proporção se encontra na posse do Justificante,
portanto há mais de vinte anos, sem a menor oposição de quem quer que seja, desde o seu início,
posse essa que sempre exerceu sem interrupção e ostensivamente, com conhecimento de todas
as pessoas, sendo por isso uma posse de boa fé, pública, pacífica e contínua, sendo consenso que
o imóvel lhe pertence na indicada proporção, pois pratica todos os atos inerentes à qualidade de
tribunamadeira proprietário, colhendo os respetivos frutos, cultivando a terra e pagando as devidas contribuições,
usufruindo da sua utilização.
tribuna_madeira
Que esta posse, em nome próprio, pacífica, contínua e pública, conduziu à aquisição do imóvel
por usucapião, que invoca, justificando o seu direito de propriedade para efeitos de registo, dado
que essa aquisição nãoEdifício O comprovada
pode ser Liberal · PEZO, Lote7,
por qualquer Socorridos
outro título extrajudicial.
9004-006
Está conforme o original aqui Câmara
narrado por extrato. de Lobos
Ponta do Sol, cinco deTel.: 291
março de 911 300
dois mil · Fax: 291 911 309
e vinte.
MÃO - CHEIA 2018

O Notário,
Email: comercial@oliberal.pt
Nuno Vieira Barbosa
16 | sociedade | TRIBUNA DA MADEIRA | Sexta-feira, 26 de agosto de 2022

FRASES

“ “ “
No cenário internacio- Se formos bem sucedi- Penso que precisamos
nal estamos compro- dos teremos uma boa de agir e regular os
metidos a seguir ape- oportunidade de aguen- voos privados de jactos.
nas aquelas políticas tar o Inverno com as Estão a tornar-se o sím-
que satisfaçam os interesses medidas que mencionei.” bolo de um esforço a duas
vitais da nossa pátria.” velocidades.”
Robert Habeck,
Vladimir Putin, ministro da Economia Clément Beaune,
Presidente da Rússia, e do Meio Ambiente da ministro dos Transportes
salientando por ocasião do Alemanha, estabelecendo de França, defendendo que
Dia da Bandeira Nacional como meta poupar entre seja uma medida aplicada
que a Rússia irá “manter- 15% a 20% do consumo de a nível europeu para defesa
se-á fiel aos valores tradicionais”. gás no país. ambiental e poupança energética.

QUE FOI A ACÇÃO CATÓLICA

NO SÉCULO XX
E
m São Jorge, con-
celho de Santa-
na, Madeira; o Prof.
António Marques da
Silva, fez bom traba-
lho na educação e instrução
do povo analfabeto da fregue-
sia, nos anos de 1921 a 1933.
O Prof. Nicolau de Freitas
e sua esposa, foram os conti-
nuadores do desenvolvimen-
to cultural; cívico e religio-
so do povo de São Jorge, pela
Acção Católica nos sessenta
do século XX.
A Sra. Isabel Dionísio, foi
da JOCF - Juventude Ope-
rária Católica Feminina, no
Funchal, sendo colocada nos
CTT em São Jorge, Madei-
ra; fazendo parte da direção
JARCF - Juventude Agrária
e Rural Católica Feminina da
localidade.
A Sra. Isabel Dionísio, foi a
primeira deputada à Assem-
bleia Regional, pelo PPD -
Partido Popular Democrata,
hoje, PSD - Partido Social
Democrata.
Em 1962, foi feito um
encontro da JARC/F em São
Jorge, em que participaram
os/as jovens das freguesias
do Concelho de Santana:
Faial; Ilha; Santana; São Jor-
ge e Arco de São Jorge.
Na freguesia de Boaventu-
ra, o Padre Agostinho João
Cardoso, funda a JAC
Juventude Agrária Católi-
ca, no ano de 1943, sendo o
primeiro presidente da JAC,
o militante Fernando Luís
Góis, que com o seu entusias-
mo, foi o grande dinamizador
da Acção Católica, no Nor-
te da Ilha da Madeira, e foi
o responsável pela Biblioteca
Igreja matriz de São Jorge, fim do século XIX.
Itinerante da Fundação Gul-
benkian, na zona do Norte da
Ilha da Madeira.
No livro "Aspectos eco-
nómicos-sociais do meio
rural madeirense" de Fer-
nando Luís Góis, escrito em
janeiro de 1958; dá o seu
testemunho:
"A Acção Católica é a maior
escola aberta que jamais exis-
tiu; escola aberta na vida e
para a vida; única de forma-
ção cultural e social para as
classes populares" disse o Sr.
Bispo do Porto em Julho pas-
sado, na sessão inaugural da
Obra das Vocações Sacerdo-
tais do Seminário na capital
da sua Diocese.
Nesse notável discurso o
insigne Prelado, que é uma
das mais ilustres figuras do
Episcopado Português, fala-
nos do assunto com profun-
do comhecimento de causa
e uma autoridade de mes-
tre que nos assombra e põe
em relevo a poderosa acção
educativa que a A. C. exerce
entre as classes popopulares,
para as quais constitui o mais
precioso e acessível meio de
cultura.  e nacionalista; e não é por
Efectivamente, a Acção
Católica não é só uma esco-
la de sólida formação religio-
sa para o apostolado; é tam-
bém um curso completo de
cultura geral e de formação
integral do indivíduo, que lhe
dá uma conveniente prepa-
ração para a vida prática, na
família e na sociedade, base-
ada na doutrina do Evange-
lho. Além disso, exercita-o na
prática de diversas activida-
des sociais, através dos seus
modelares serviços de orga-
nização, como: trabalhos de
secretaria, tesouraria, estabe-
lecimento de inquéritos, ela-
boração de relatórios, orga-
nização de ficheiros, etc., etc,
bem como ainda lhe propor-
ciona excelente meio de cul-
tura espiritual, artística e até
física, no campo das suas acti-
vidades recreativas: música,
teatro, desporto, etc. .
Os cursos de formação da
A. C., que se realizam fre-
quentemente, são do mais
alto interesse cultural e de
grande utilidade prática; os
seus métodos realistas são
seguidos até pelos serviços
dalguns organismos oficiais.
Desta maneira a A. C. é,
além duma grande obra de
apostolado ao serviço da Igre-
ja, um importante movimen-
to de acção cultural de apre-
ciável interesse social e até
nacional. Onde quer que exis-
ta uma secção da A. C. em
plena actividade, aí se nota
a elevação do nível cultural
do meio, por mais modes-
to ou rústico que seja; aí se
forma uma consciência do
mais puro ideal cristão, social
outra razão que os comunis-
tas confessam considerar a
Acção Católica o mais pode-
roso e temível inimigo.
Ressalta daqui a necessi-
dade de expansão do movi-
mento da A. C., que a Igre-
ja não descura, mas falta-lhe
porém os meios necessários,
como acentuou, com profun-
da mágoa, o sr. D. António
Ferreira Gomes no seu dis-
curso supracitado, para fazer
face aos encargos advenien-
TRIBUNA DA MADEIRA | Sexta-feira, 26 de agosto de 2022 | sociedade | 17

“ “ “
Dancei, cantei, celebrei, O nível de captura de Ganhe ou perca, a
fiz coisas que são legais. Portugal é enorme e UNITA vai sair muito
E confiei que, como os explica boa parte da cor- reforçada.”
vídeos são privados e fil- rupção em Angola.”
mados num evento privado, José Eduardo
não seriam publicados.” Ana Gomes, Agualusa,
comentadora política, escritor angolano,
Sanna Marin, acusando advogados, afirmando que o Presidente
Primeira-Ministra da contabilistas, banqueiros, João Lourenço sairá
Finlândia, explicando bancários, testas-de-ferro “sempre a ganhar” se as
participação em festa com e funcionários públicos eleições em Angola forem
famosos cujas imagens de terem pactuado com o livres.

“
acabaram a circular nas redes sociais. regime angolano.
Se nada fizermos até ao
Natal, o próximo Verão
e os seguintes serão pio-
res do que este ano.”

A. C., se não organizadas - e
isso seria o ideal - pelo menos
vivida e praticada, a bem da
Igreja e da Nação.
Boaventura, Janeiro de
Alexandre Valentim
Lourenço,
presidente da Secção
Regional do Sul da Ordem
dos Médicos, abordando o
problema das maternidades
afectadas pela falta de clínicos.

“
1958.
Fernando Góis. [Os portugueses] adap-
O Senhor Fernando Teo- tam-se à realida-
doro de Góis, um dos seus de com uma rapidez
filhos, dá o seu testemunho impressionante.”
no livro: 
"Esgotou todas as energias Wolfgang Graff,
em favor dos seus entes mais presidente da Aldi
queridos, mas da forma dos Portugal, afirmando que
que o rodeavam e da socieda- a cadeia alemã de lojas
de em que estava inserido. alimentares já nota uma
Porque o seu coração e adaptação do consumo à
pensamento não cabiam nes- subida da inflação.

“
te universo, comparava-o a
uma estrela guia a cintilar". O que aconteceu foi que
O amigo sr. Fernando Teo- levei um cartão amare-
doro de Góis, foi Secretário do lo, mas não vou levar
Tribunal Judicial da Comarca o cartão vermelho, por-
do Funchal, e um dos entu- que vou deixar de fumar.”
siastas da constituição da
formação da Associação dos Paulo Futre,
Astrónomos da Madeira. n ex-futebolista, dirigindo-
se aos apoiantes após
( Continua ) ter sido internado com
problemas cardíacos no
Hospital Santa Maria, em
Igreja matriz da Boaventura em princípios do século XX. Lisboa.

tes e poder dar maior ampli-
tude ao movimento e reali-
zar uma obra completa de
reconstrução social na terra
Potuguesa, principalmente
no meio rural.
É necessário que a A. C.
seja considerada uma obra
de interesse nacional, embo-
ra subordinada à Igreja, sua
mãe, assistente e orientado-
ra. É preciso que a A. C. e a
“
Escola se dêem as mãos para Os munícipes sabem
a realização cabal duma obra que, no Funchal, acabou
de educação popular verda- o tempo dos diletantes e
deiramente útil, como uma amadores da política.”
vez preconizou Salazar. 
É pela A. C. que se poderá Miguel Albuquerque,
refazer a educação, para refa- presidente do Governo
zer a vida, como então disse o Regional da Madeira,
grande Mestre . afirmando que o concelho
Convinha que as nossas “renasceu” para “um período
escolas se transformassem promissor de esperança e
em outras tantas secções da José Fagundes desenvolvimento”.
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Edifício O Liberal · PEZO, Lote7, Socorridos

9004-006 Câmara de Lobos
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18 | cultura |
Tiago Sena e Francisco Andrade
em “Música nos Museus”
N
o âmbito do pro-
jeto “Música nos
Museus”, promo-
vido pela Câma-
ra Municipal do
Funchal (CMF),  Francisco
Andrade e Tiago Sena e Sil-
va irão realizar, nesta sexta-
feira, dia 26 de agosto, pelas
19 horas, um concerto, no
Museu A Cidade do Açúcar
(MACA). Assim, neste con-
certo será apresentado uma
coleção de temas utilizando
a voz, a guitarra e o saxofo-
ne, como instrumentos prin-
cipais para criar uma viagem
intimista pela música.
Tiago Sena Silva, nascido
em Santana, em 1993, ini-
ciou o contacto com os pal-
cos aos 16 anos. Fez parte do
projeto “Jamie & The Marx”,
representou a Região Autó-
noma da Madeira no “The
TRIBUNA DA MADEIRA | Sexta-feira, 26 de agosto de 2022
tro, animação de rua, trios,
Big Band, duo, quartetos,
estúdio, músicas do mundo,
performances a solo e impro-
visação livre), atuando em
diversas salas de espetáculo
portuguesas e em diferentes
países da Europa e Ásia.
O projeto “Música nos
Museus” insere-se numa ini-
ciativa da Câmara Municipal
do Funchal, com uma fre-
quência de um concerto por
mês, nos museus pertencen-
tes ao Município do Funchal.
Este projeto tem como pro-
pósito conferir visibilidade e
valorizar os museus espalha-
dos pela cidade do Funchal,
Voice Portugal” e tem par- Francisco Andrade licen- Lisboa. Francisco é músico, bem como promover os artis-
ticipado, regularmente, em ciou-se em Jazz na Universi- professor e compositor, ten- tas regionais. n
vários espetáculos, como dade de Évora e concluiu, em do desenvolvido projetos de
“Snow Queen”, “O Ano da 2019, o Mestrado em Ensi- música original, de autor e de Créditos de imagem:
Morte de Ricardo Reis” e no da Música – Jazz, pela tributo. É também  freelan- Tiago Sena e Silva
“Grito de Esperança”. Escola Superior de Música de cer  em vários formatos (tea- e @The Memory Shop
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TRIBUNA DA MADEIRA | Sexta-feira, 26 de agosto de 2022
Festas da Ponta
do Sol lançam
site programa
A
s Festas da Pon-
ta do Sol, um dos
eventos mais mar-
cantes do conce-
lho, estão de vol-
ta e com muita animação. As
festas arrancam esta quinta-
feira, dia 25, e perduram até
ao dia 11 de Setembro, com
três semanas de muita músi-
ca e o celebrar de muitas tra-
dições, que são marco des-
te arraial. Saiba mais sobre
este evento em:  https://fes-
taspontadosol.pt/
As festividades apresen-
tam como cabeças de cartaz:
Jorge Palma, Expensive Soul
e Elisa, num programa ecléti-
co e multi-geracional.
Jorge Palma um dos maio-
res nomes da música portu-
guesa, artista multifacetado:
músico, compositor e intér-
prete, sobe a palco dia 2 de
setembro, pelas 23 horas. Nos
anos 80, foi um dos cantores
de maior sucesso, alcançan-
do um êxito que se mantém
até aos dias de hoje. Tem
inúmeros temas que marcam
o panorama musical portu-
guês: "Deixa-me Rir", "Frá-
gil", "Dá-me Lume", "Bairro
do Amor", "Estrela do Mar"
ou "Encosta-te a Mim".
No dia seguinte, 3 de setem-
bro, sobem a palco, pelas 23
horas, os Expensive Soul, gru-
po incontornável no panora-
ma musical português. Apre-
sentam uma sonoridade úni-
ca que percorre estilos como
soul, reggae, R&B e hip-hop.
Tem conquistado gerações e
inúmeros prémios (entre os
quais, dois globos de ouro,
melhor música e melhor gru-
po), airplay nas rádios e luga-
res cimeiros nas tabelas de
vendas. São conhecidos pelos
seus concertos "mágicos" e
garantem elevar o seu lega-
do no concerto da Avenida da
Vila da Ponta do Sol.
Elisa, artista natural da
Ponta do Sol, que venceu, em
2020, o Festival da Canção
com o tema "Medo de Sen-
tir", promete um concerto
"mágico" no dia 10 de Setem-
bro, pelas 23 horas. A artis-
ta fez grande sucesso com
o lançamento do seu álbum
de estreia, no final do ano
passado, caracterizado pela
demonstração do seu amor
às origens nos seus diver-
sos temas como: "No Meu
Canto", "Na ilha", "Coração",
entre outros.
Numa programação que
dá também espaço à cultu-
ra e à tradição através da
Semana da Cultura Popular
e Tradicional, entre os dias
25 e 30 de Agosto. Festivi-
dade promovida pelo Grupo
de Folclore da Ponta do Sol
em parceria com a Câmara
Municipal.
Serão seis dias de muita
animação, cultural e tradição,
que têm como ponto alto da
semana o 30º Festival Inter-
nacional de Folclore da Ponta
do Sol (sábado), que contará
com a participação de grupos
folclóricos regionais, nacio-
nais e estrangeiros.
As Festa da Ponta do Sol
serão também palco de mui-
tos artistas regionais, numa
clara valorização ao traba-
lho musical desenvolvido
na Madeira, em especial, na
Ponta do Sol. Consulte o site
e fique a par destas e de mui-
tas outras novidades. n
| cultura | 19
PUB
CARTÓRIO NOTARIAL
DE SÃO VICENTE
Cláudia Vieira Barbosa – Notária em substituição
Estrada Dom João V, número 28, 2ºandar, fração A, 9240-221 São Vicente
Telf: 291 842 129 Fax: 291.842 090 Email: cartoriodesaovicente@gmail.com
(Publicado no Tribuna da Madeira a 26-08-2022)
Cláudia Vieira Barbosa, notária, CERTIFICA para efeitos de publicação,
que por escritura de hoje, lavrada a folhas cinquenta e cinco e seguintes, do
livro de notas para escrituras diversas número SETENTA E TRÊS -A, deste
Cartório, PEDRO GREGÓRIO AUGUSTO DE FRANÇA e mulher ARMINDA DE
JESUS CALDEIRA FRANÇA, casados sob o regime da comunhão de adquiridos,
naturais, ele da freguesia e concelho de São Vicente, sendo ela natural da
freguesia da Boa Ventura, concelho de São Vicente, residentes à Avenida
Marcos Marques Rosa, número 178, Fajã da Areia, freguesia e concelho
de São Vicente, DECLARAM que, são donos e legítimos possuidores, com
exclusão de outrem, do seguinte bem imóvel:
Prédio rústico, composto por terra de cultivo, localizado ao Sítio da
Fajã- Cabo da Fajã, freguesia e concelho de São Vicente, com a área de
quarenta metros quadrados, a confrontar a norte com Herdeiros de José
Augusto França, a sul e nascente com Vereda, e a poente com Maria
Arminda Caldeira de Jesus França, não descrito na Conservatória do Registo
Predial de São Vicente, inscrito na respetiva matriz predial, em nome de
Ricardo Aires, sob o artigo 9053.
Que, o identificado prédio veio à posse dos justificantes, no estado de
casados, em dia e mês que não conseguem precisar do ano de dois mil e um,
por compra meramente verbal, não titulada, feita a António Augusto França e
Maria Ilda Freitas França, casados sob o regime da comunhão geral de bens,
residentes ao Sítio da Fajã da Areia, na freguesia e concelho de São Vicente,
sem que nunca tivessem outorgado as respetivas escrituras; desconhecendo
quem foram os segundos ante possuidores por antiguidade.
Que desde a data da aquisição até ao presente, logo, há mais de vinte
anos, sempre esteve o identificado prédio na posse dos ora justificantes,
agindo sempre por forma correspondente ao exercício do direito de
propriedade, de boa-fé, de forma contínua e pacífica, sem oposição de
quem quer que fosse e com o conhecimento de toda a gente, posse que tem
sido exercida diretamente, e que tem consistido na utilização, conservação,
limpeza e no pagamento dos respetivos impostos e contribuições, pelo que,
apesar de não disporem de um título com que possam comprovar o seu
direito de propriedade, o certo é que já adquiriram, a título originário, o
referido prédio, por usucapião.
Está conforme o original.
São Vicente, vinte e dois de agosto de dois mil e vinte e dois.
A Notária, em substituição legal
PUB
CERTIDÃO
CARTÓRIO NOTARIAL DE GABRIEL
JOSÉ RODRIGUES FERNANDES
Praça da ACIF, 9000-044 Funchal
(POR CIMA DA LOJA DO CIDADÃO)
(Publicado no Tribuna da Madeira a 26-08-2022)
Certifico narrativamente, para efeitos de publicação, que no meu Cartório Notarial
e no livro de notas para escrituras diversas número DUZENTOS E QUARENTA E NOVE
-G, exarado a partir de folhas 44, se encontra exarada uma escritura de JUSTIFICAÇÃO
NOTARIAL, outorgada hoje, na qual António Adelino de Gouveia Vasconcelos, NIF
184.391.601, e mulher Maria da Luz de Freitas Gouveia, NIF 152.353.410, casados
sob o regime da comunhão geral, naturais da freguesia de Gaula, concelho de Santa
Cruz, onde residem ao sítio da Achada de Cima, Rua Dona Felicidade Gouveia, nº 22,
titulares dos cartões do cidadão nºs 00092175 0 ZZ0 e 0501622 9 ZX0, ambos válidos
até 03/08/2031, emitidos pela Republica Portuguesa., que, com exclusão de outrém,
são donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, de um prédio rústico,
composto por pinhal, localizado ao sítio da Achada da Rocha, freguesia de Gaula,
concelho de Santa Cruz, com a área total de duzentos e quarenta metros quadrados, a
confrontar pelo norte com a vereda, sul com Maria Alcina Rodrigues Jorge Vieira, leste
com Francisco Quintal Polícia e oeste com Marcial Jorge de Freitas, inscrito na matriz
predial sob os artigo cadastral 27 da secção N, com o valor patrimonial e atribuído de
€2,74, descrito na Conservatória do Registo Predial de Santa Cruz sob o número mil
oitocentos e oitenta e oito, daquela freguesia e ali inscrito a favor de José de Gouveia
Vasconcelos e mulher Maria Inês de Gouveia Pereira, pela apresentação sessenta e
cinco, de vinte e sete de novembro de dois mil e três.
Que o prédio acima identificado ficou a pertencer-lhes, no ano de mil novecentos
e noventa e cinco, no estado civil atual, nas partilhas amigáveis e não tituladas, a que
procederam com o restante herdeiro, o titular inscrito (José de Gouveia Vasconcelos e
mulher Maria Inês de Gouveia Pereira), por óbito de seus pais e sogros Luis Teixeira
de Gouveia que também usava e era conhecido por Luiz Teixeira de Vasconcelos, e
de Rosa de Gouveia, casados que foram sob o regime da comunhão geral de bens,
residentes que foram ao sítio da Achada de Cima, Rua Dona Felicidade Gouveia, nº
22, freguesia de Gaula, concelho de Santa Cruz, sem que na altura tivessem outorgado
as respectivas escrituras.
Que o referido prédio foi registado a favor dos justificantes e de José de Gouveia
Vasconcelos e mulher Maria Inês de Gouveia Pereira, em comum e sem determinação
de parte ou direito, por mero lapso aquando do registo de outros prédios.
Assim, desde aquela data, os justificantes estão na posse do identificado prédio,
cultivando e colhendo todos os frutos, retirando dele todas as utilidades e suportando
os respetivos impostos e demais encargos, agindo sempre por forma correspondente ao
exercício do direito de propriedade e na convicção de estar a exercer tal direito, à vista
de todos e sem oposição ou violência de quem quer que seja, situação que dura há
mais de vinte anos, de forma ininterrupta, pelo que adquiriram aquele prédio a título
originário – por usucapião, não tendo, todavia, dado o modo de aquisição, título que
legitime o seu direito, o que titulam por escritura de justificação notarial.
É parte certificada e vai conforme o original, declarando que da parte omitida nada
consta que altere, prejudique, modifique ou condicione a parte transcrita.
Funchal, 24 de agosto de 2022.
O Notário,
Gabriel José Rodrigues Fernandes
20 | sociedade |
Custos controlados contra
divisas estrangeiras
Governo aposta na descentralização habitacional e em “residentes de alto rendimento”.
As famílias que
vivam em áre-
as de maior den-
sidade populacio-
nal, onde o pre-
ço dos imóveis é
mais caro, podem
mudar a sua resi-
dência para zonas
de menor densi-
dade e contribuir
para uma maior
coesão territorial.
Essa é a ideia do
Governo Regio-
nal, que propõe-se
a colocar no mer-
cado, em todos os
concelhos, fogos
“acessíveis” de
185 mil euros. PS
e PCP já disseram
que a estratégia
não é a mais “ade-
quada”.
Ricardo Jorge Soares
rsoares@tribunadamadeira.pt
O
sétimo empre-
endimento habi-
tacional a cus-
tos controlados,
a construir no
âmbito do Plano de Recu-
peração e Resiliência (PRR),
foi apresentado na terça-fei-
ra, na Calheta. São 26 novos
fogos, um investimento de
4,2 milhões de euros. A ele-
vada procura por estrangei-
ros tem feito subir os pre-
ços de habitação e dos ter-
renos em todas as freguesias
da Calheta, o que ,segundo
Miguel Albuquerque, o torna
“um concelho muito particu-
lar”. Mas é algo que, de resto,
também acontece um pouco
por toda a ilha, uma situação
que o presidente do Governo
Regional diz implicar que a
Região Autónoma da Madei-
ra (RAM) “tenha de ter para
as famílias, sobretudo para
os jovens casais, boas habi-
tações a preços inferiores aos
de mercado”.
O projecto da Calheta, que
deverá ser colocado a con-
curso público até ao final
deste ano, prevê a constru-
ção de fogos de tipologias
T1, T2 e T3, que irão para o
mercado no regime de ren-
da acessível (consoante os
rendimentos dos casais) e
ao fim de seis anos pode-
rá ser convertida em ren-
da resolúvel. Um dos “gran-
des desígnios” do executi-
vo liderado por Miguel Albu-
querque, conforme já afir-
mou o próprio presidente do
GR, é “apoiar a classe média
e os jovens casais a se fixa-
rem nos seus concelhos de
origem”. É nesse âmbito que
o GR quer aumentar a ofer-
ta habitacional em todos os
concelhos, por forma “a pro-
mover a mobilidade habita-
cional na Região, para que as
famílias que residam em áre-
as de maior densidade popu-
lacional, e onde o preço dos
imóveis é mais caro, pos-
sam mudar a sua residência
para zonas de menor densi-
dade, contribuindo para uma
maior coesão territorial”.
TRIBUNA DA MADEIRA | Sexta-feira, 26 de agosto de 2022
Custos são “suportáveis” tipo de habitação que vamos querque pelos “bons resulta-
para a maioria construir e retomar a habita- dos” verificados num “passa-
ção cooperativa.” do recente” e porque “é uma
O executivo madeiren- A opção pelas cooperativas forma das pessoas adquiri-
se anunciou a 8 de Março foi explicada por Miguel Albu- rem as suas casas com rácios
que 136 milhões de euros do
PRR serão destinados à cons-
trução de habitação a custos
controlados em todos os con-
celhos da RAM. O primeiro a
ser apresentado foi o do Por-
to Santo, seguindo-se Câma-
ra de Lobos, São Vicente e
Machico. Falta encontrar os
terrenos para os empreendi-
mentos a realizar nos conce-
lhos Ribeira Brava e no Porto
Moniz. Para 2022, na área da
habitação, está previsto um
investimento “superior” a 40
milhões de euros.
“O PRR reserva 136 milhões
de euros para a medida de
reforço da oferta de habitação
apoiada na Região Autónoma
da Madeira: 128,4 milhões
para a aquisição e construção
de 1121 habitações; 6 milhões
para apoios à reabilitação de
325 habitações próprias e
1,6 milhões para soluções de
tecnologias de informação”,
apontou a Presidência do GR.
“Dada à subida dos preços de
habitação que se está a veri-
ficar, devido a Madeira ser
um destino atractivo para a
fixação dos residentes estran-
geiros de alto rendimento, é
fundamental diversificar esse
TRIBUNA DA MADEIRA | Sexta-feira, 26 de agosto de 2022
de pagamento mais baixo e
suportáveis para a maioria
das famílias”.
O primeiro concurso para
a construção de habitações
no âmbito do PRR, que foi
o do Complexo Habitacional
São Gonçalo III, foi lança-
do no final do ano passado.
A 29 de Outubro de 2021, a
Investimentos Habitacionais
da Madeira (IHM) também
lançara uma oferta pública
para aquisição de 834 novos
fogos.
Imobiliário não
foi afectado pela crise
Miguel Albuquerque dis-
se a 1 de Agosto que um
“grande objectivo” do GR
é continuar a trazer resi-
dentes estrangeiros de alto
rendimento para a Madeira.
Segundo o líder do executi-
vo madeirense, além de tal
implicar “um efeito multi-
plicador no emprego”, tam-
bém vai representar a exis-
tência de “residentes com
poder de compra que vão
movimentar toda a econo-
mia e todos os sectores e fre-
guesias”. Apesar da aposta
no estrangeiro, a garantia é
que o GR “não vai descurar
os investimentos fundamen-
tais que garantam o aces-
so dos madeirenses a casas
com qualidade e a “preços
condignos”.
“Não há nenhuma incom-
patibilidade entre o imobili-
ário, a atracção de residen-
tes estrangeiros e aquilo que
é necessário para as famí-
lias da Madeira”, considerou
Miguel Albuquerque.
O programa de habitação a
custos controlados e os estí-
mulos à reactivação das coo-
perativas habitacionais vão
surgir perante “um sector
imobiliário que não foi afec-
tado pela crise pandémica”,
que está “em “franco cres-
cimento há três anos e com
volumes de negócios bas-
tante substanciais”. É uma
expansão que Albuquerque
diz verificar-se em toda a
ilha, sendo “muito impor-
tante para alguns dos con-
celhos que estão com algum
declínio demográfico”.
Ricardo Lume, deputado
do PCP, não tem tantas cer-
tezas. Isto porque o objec-
tivo do executivo madeiren-
se de construir 1.221 habita-
ções até 2026, na sua grande
maioria a custos controlados,
contrastam com declarações
do presidente da IHM, que
“referiu que os 136 milhões
de euros do PRR apenas che-
garão para suprir 30% das
carências totais de habitação
ao longo dos próximos qua-
tro anos”.
Cada fogo vai custar
mais de 185 mil euros
Há cerca de 6.000 famílias
na RAM inscritas para habi-
tação social e já disse não ter
dúvidas que “muitas outras
experimentam graves carên-
cias habitacionais”. Em Junho
de 2020, segundo o deputa-
do, mais de 4.800 delas “soli-
citaram apoio para a habita-
ção”. Dessas, 3.000 “tinham
um rendimento mensal infe-
rior ao salário mínimo”.
“Dificilmente estas famí-
lias têm condições de encon-
trar no mercado de arrenda-
mento uma habitação digna
para as suas necessidades e
muito menos têm condições
para a aquisição de casa pró-
pria”, apontou Ricardo Lume.
“A realidade mudou drasti-
camente desde 2020, para
pior, e hoje - com o aumen-
to do custo de vida, os baixos
salários, a especulação imo-
biliária, o aumento dos juros
para o crédito à habitação e
os valores elevados das ren-
das - estão a fazer com que
muitas famílias que conse-
guiam resolver o seu proble-
ma habitacional com meios
próprios deixem de ter tais
condições.”
A construção de habitações
para vender a custos contro-
lados, diz o PCP-M, não é
solução. O partido já fez as
contas e verificou que cada
fogo a construir no âmbito do
PRR vai custar mais de 185
mil euros, o que “não dá res-
posta ao problema habitacio-
nal das muitas famílias ins-
critas na IHM”.
“É óbvio que um agrega-
do familiar que tem um ren-
dimento mensal inferior ao
salário mínimo não tem con-
dições para aceder a um cré-
dito para adquirir uma habi-
tação que custa em média 185
mil euros”, afirmou Ricardo
Lume.
O mais baixo poder
de compra do país
O PS-M também já mani-
festou “preocupação” com a
com a situação actual do
sector da habitação na RAM,
onde diz existirem “inúme-
ras carências”, e conside-
ra que a opção seguida no
âmbito do PRR “não é a mais
adequada”. Um dos motivos
é que os novos fogos estão
destinados ao arrendamen-
to, o que é um entrave para
as famílias carenciadas ou
jovens que queiram adquirir
a sua primeira habitação. O
outro é que o preço da habi-
tação na RAM, para compra
ou arrendamento, 'disparou'
nos últimos anos naquela
que é “a região que tem o
mais baixo poder de compra
do país”.
“O emprego e a habita-
ção são factores determinan-
tes para que as pessoas con-
tinuem a cá viver. Não ten-
do oportunidades de empre-
go e não tendo a possibilida-
de de adquirir a sua primeira
habitação, naturalmente que
os jovens optam por deixar
a ilha”, apontou o presidente
do PS-M, a 4 de Julho. n
| sociedade | 21
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CERTIDÃO
CARTÓRIO NOTARIAL DE GABRIEL
JOSÉ RODRIGUES FERNANDES
Praça da ACIF, 9000-044 Funchal
(POR CIMA DA LOJA DO CIDADÃO)
(Publicado no Tribuna da Madeira a 26-08-2022)
Certifico narrativamente, para efeitos de publicação, que no meu Cartório
Notarial e no livro de notas para escrituras diversas número DUZENTOS E
QUARENTA E NOVE -G, exarado a partir de folhas 59, se encontra exarada
uma escritura de JUSTIFICAÇÃO NOTARIAL, outorgada hoje, na qual Maria
da Conceição Gonçalves Fernandes NIF 106.764.403, viúva (casada que foi
sob o regime da comunhão de adquiridos com José Martinho Fernandes),
natural da freguesia do Campanário, concelho da Ribeira Brava, onde reside
à Estrada da Adega, nº 34, concelho da Ribeira Brava, titular do cartão de
cidadão nº 08672346 4 ZX1, válido até 03/08/2031, emitido pela República
Portuguesa, que, com exclusão de outrém, com exclusão de outrém, é
dona e legítima possuidora de onze prédios, todos localizados na freguesia
do Campanário, concelho da Ribeira Brava, não descritos na conservatória
do Registo Predial da Ribeira Brava (com excepção do último), a seguir
identificados:
1) – Um rústico, localizado ao sítio da Corujeira, com a área de cento
e quarenta e quatro metros quadrados, a confrontar pelo norte com João
Silva, sul com Manuel António Reis, leste com José Abreu Peco e oeste
com o caminho, inscrito na matriz predial sob o artigo 13470, com o valor
patrimonial de €2,51; ao qual atribui o valor de dez euros (€ 20,00).
2) – Um rústico, localizado ao sítio do Tutuão, com a área de trezentos e
dez metros quadrados, a confrontar pelo norte com Agostinho Fernandes, sul
com o ribeiro, leste com João Gonçalves Figueira e oeste com João Mendes
Júnior, inscrito na matriz predial sob o artigo 1625, com o valor patrimonial
de €5,16; ao qual atribuem o valor de vinte euros (€ 20,00).
3) – Um urbano (ruínas de uma casa sobradada coberta de telha),
localizado ao sítio da Corujeira, com a área total e de superfície coberta de
trinta e dois metros quadrados, a confrontar pelo norte, sul, leste e oeste
com o proprietário, inscrito na matriz predial sob o artigo 1075, com o valor
patrimonial de €1.410,85; ao qual atribuem o valor de quatrocentos e vinte
euros (€ 1.420,00).
4) – Um rústico, localizado ao sítio da Corujeira, com a área de setecentos
e setenta metros quadrados, a confrontar pelo norte com José Abreu Cafoufo,
sul com José Peço, leste com José Ferreira Camacho e oeste com o caminho,
inscrito na matriz predial sob o artigo 8019, com o valor patrimonial de
€22,76; ao qual atribuem o valor de vinte e cinco euros (€ 25,00).
5) – Um rústico, localizado ao sítio da Corujeira, com a área de trezentos
e dez metros quadrados, a confrontar pelo norte com João Silva, sul com
Francisco António Reis, leste com a rocha e oeste com o caminho, inscrito na
matriz predial sob o artigo 8017, com o valor patrimonial de €3,52; ao qual
atribuem o valor de dez euros (€ 10,00).
6) – Um rústico, localizado ao sítio do Lugar da Serra (Fonte Pudera), com
a área de setecentos e cinquenta metros quadrados, a confrontar pelo norte
com o lombo, sul com a vereda, leste com Manuel Cego e oeste com João
Rodrigues de Sousa, inscrito na matriz predial sob o artigo 11402 com o valor
patrimonial de €7,17; ao qual atribui o valor de dez euros (€ 10,00).
7) – Um rústico, localizado ao sítio do Atalaia, com a área de oitocentos
e quarenta e oito metros quadrados, a confrontar pelo norte Manuel Bacelo,
sul com João dos Reis, leste e oeste com Caetano Abreu, inscrito na matriz
predial sob o artigo 4577 com o valor patrimonial de €10,06; ao qual atribui
o valor de quinze euros (€ 15,00).
8) – Um rústico, localizado ao sítio da Achada, com a área de três mil
setecentos e trinta e seis metros quadrados, a confrontar pelo norte com
Manuel Joaquim Gonçalves, sul com João Joaquim dos Reis, leste com o
caminho e oeste como ribeiro, inscrito na matriz predial sob o artigo 1531,
com o valor patrimonial de €55,56; ao qual atribuem o valor de cem euros
(€ 100,00).
9) – Um rústico, localizado ao sítio da Corujeira, com a área de trezentos e
oitenta metros quadrados, a confrontar pelo norte com Manuel António Reis,
sul e leste com José Abreu Peço e oeste com o caminho, inscrito na matriz
predial sob o artigo 8016, com o valor patrimonial de €2,77; ao qual atribui
o valor de dez euros (€ 10,00).
10) – Um rústico, localizado ao sítio da Corujeira, com a área de mil
quatrocentos e sessenta e oito metros quadrados, a confrontar pelo norte com
José Ferreira, sul com José Gonçalves Remédios, leste com Manuel Pereira e
oeste com o caminho, inscrito na matriz predial sob o artigo 8080, com o valor
patrimonial de €66,87; ao qual atribui o valor de cem euros (€ 100,00).
11) – Metade de um rústico, localizado ao sítio da Corujeira, com a área
de total cento e sessenta e cinco metros quadrados, a confrontar pelo norte
com António Ferreira, sul com Agostinho Gonçalves, leste com José Jesus e
oeste com a vereda, inscrito na matriz predial sob o artigo 8400, com o valor
patrimonial total de €7,92; ao qual atribui o valor de vinte euros (€ 20,00),
descrito na Conservatória do Registo Predial da Ribeira Brava sob o número
dois mil quinhentos e oitenta e oito, daquela freguesia, mas sem qualquer
inscrição em vigor quanto a esta metade do prédio.
Que dos atribuídos resulta o valor total de mil setecentos e cinquenta
euros.
Que os prédios acima identificados ficaram a pertencer à primeira
outorgante, ainda no estado de solteira, maior, no ano de mil novecentos e
oitenta, por doação verbal e não titulada feita por José Fernandes e mulher
Francisca de Sousa, casados sob o regime da comunhão de geral, residentes
ao Caminho do Pico Frade, Corujeira, freguesia do Campanário, concelho da
Ribeira Brava; já falecidos.
Que desde a referida data, que a justificante tem vindo a possuir os referidos
prédios, sem violência, ostensivamente, de boa fé, com o conhecimento de
todos, sem oposição de ninguém, de modo pacífico e continuo, como coisa
própria, no pagamento das respetivas contribuições, retirando deles todas
as utilidades e suportando os respectivos impostos e demais encargos, por
um período superior a vinte anos consecutivos de posse, com as invocadas
características, que conduziram à aquisição dos ditos prédio pela justificante
por Usucapião, não tendo, todavia, dado o modo de aquisição, título que
legitime o seu direito, pelo que o pretende titular por escritura de justificação
notarial.
É parte certificada e vai conforme o original, declarando que da parte
omitida nada consta que altere, prejudique, modifique ou condicione a parte
transcrita.
Funchal, 24 de agosto de 2022.
O Notário,
Gabriel José Rodrigues Fernandes
22 | economia | TRIBUNA DA MADEIRA | Sexta-feira, 26 de agosto de 2022

Festa do Vinho com

ações promocionais

O
Instituto do
Vinho, Borda-
do e Artesana-
to da Madeira
(IVBAM) vai pro-
mover várias ações promo-
cionais dos Vinhos da Madei-
ra durante a Festa do Vinho,
que se iniciou esta quinta-fei-
ra e se prolonga até ao dia
11 de setembro, no ‘Madei-
ra Wine Lounge’, na Praça
do Povo.
Os vinhos da Madeira
serão promovidos através de
um espaço expositivo, com-
plementado com a realização
de masterclasses e ‘conver-
sas e provas’ com produtores
de Vinhos da Madeira, com
o intuito de os dar a conhe-
cer, promovendo uma relação
mais próxima entre os agen-
tes do sector e os
visitantes do evento.
O Espaço Expositivo dos
Vinhos da Madeira funciona-
rá nas datas acima mencio-
nadas, das 17h00 às 23h00
(Domingo a Quinta) e das
17h00 às 24h00 (sextas e
sábados), tendo como obje-
tivo uma vertente educacio-
nal, permitindo aos visitan-
tes aprofundar conhecimen-
tos sobre a Região Vitíco-
la da RAM, o Vinho Madei-
ra e os Vinhos com DOP
Madeirense e IGP Terras
Madeirenses (Brancos, Tin-
tos, Rosés e Espumante da
Madeira), desde o cultivo ao
engarrafamento.
Registe-se que os Mas-
terclass têm um custo de 10
euros por pessoa, enquanto
as ‘conversas’ com produto-
res têm entrada livre, mas
limitada ao número de luga-
res sentados (30 lugares).
Os Vinhos da Madeira
poderão ainda ser degusta-
dos no mesmo espaço da
Wine Lounge, junto dos
doze produtores de Vinhos
da Madeira presentes neste
evento. n

Preço dos combustíveis volta a baixar nesta semana

O preço dos combustíveis
na Região voltou a baixar
nesta semana, passando de
1,638 por litro de gasóleo
para os 1,621 euros, o mes-
mo acontecendo em relação
à gasolina sem chumbo de
95 octanas, que passa a cus-
tar 1,734, menos perto de
dois cêntimos por litro.
De referir que a gasoli-
na sem chumbo de 95 octa-
nas tem vindo a descer, de
forma consecutiva, há já 11
semanas, uma tendência
que também tem sido regis-
tada no custo do gasóleo
simples, que volta a baixar
o preço pela nona semana
consecutiva.
«No continente, se tiver-
mos em conta que, segundo
a Direção-Geral de Energia
e Geologia, o preço médio
do gasóleo simples, esta sex-
ta-feira, era de 1,722 euros,
verificamos que, na Região,
o preço deste combustível
vai ficar abaixo desse valor
médio, custando menos 10
cêntimos por litro.
Assim, e quando compara-
dos os valores praticados no
continente, por cada enchi-
mento de um depósito de 50
litros de combustível, signi-
ficará, na Região, uma pou-
pança de pouco mais de cin-
co euros para os veículos
movidos a gasóleo simples
e de um euro, para as viatu-
ras movidas a gasolina de 95
octanas».
Comparativamente com
os Açores, e uma vez que
os preços dos combustíveis
naquele arquipélago são
fixados mensalmente, o pre-
ço do gasóleo, para agosto, é
de 1,745, mais 15 cêntimos
do que o valor cobrado na
Região a partir desta segun-
da-feira, enquanto a gasoli-
na sem chumbo de 95 octa-
nas está a custar 1,889, que
corresponderão a 12 cênti-
mos acima do preço que será
praticado na Madeira nesta
semana. n

FRASES

“ “ “
Este apoio à apicultu- Sente-se que as nossas A Região tem vindo a pre-
ra regional corresponde comunidades são órfãs” parar-se para o aumento
a um investimento de 38 do risco de incêndio”
mil euros” Rogério Gouveia
Secretário Regional Susana Prada
Humberto Vasconcelos das Finanças Secretária regional
Secretário Regional de Ambiente, Recursos
de Agricultura e Naturais e Alterações
Desenvolvimento Rural Climáticas
TRIBUNA DA MADEIRA | Sexta-feira, 26 de agosto de 2022
“Há armadores que estão
com a corda ao pescoço”
A Iniciativa Liberal Madeira manifestou preocupação com o estado do sector das pescas na RAM.
A
Comissão Coor-
denadora Iniciati-
va Liberal Madei-
ra manifestou-se
em comunicado,
enviado à redação no passa-
do dia 18, sobre as pescas.
«A Iniciativa Liberal Madeira
está muito preocupada com
o estado do sector das pescas
na região», e relata no comu-
nicado sobre o assunto em
questão:
«Frota de pesca ao atum
sobredimensionada face às
quotas de pesca autoriza-
das; envelhecimento notório
da frota de pesca de espada;
o absurdo de, a partir deste
ano, se por proibido a pesca
junto às Selvagens (uma pes-
ca de superfície — técnica de
salto e vara — que em nada
afecta o carácter de reserva
das ilhas).
Fomos assim falar com
pescadores e armadores no
sentido de nos inteirarmos do
momento que se vive no sec-
tor. Lembra-se a IL Madei-
ra de, na campanha para as
Europeias de 2019, a euro-
deputada Cláudia Aguiar, do
PSD, anunciar sempre que
podia, que vinham aí apoios
comunitários, para reno-
vação da frota. Onde é que
eles estão? Para além de uns
apoios que vieram para com-
prar balsas de salvamento e
renovar os sistemas de comu-
nicação, não veio mais nada.
Isto é ficar muito longe da
"renovação" da frota.
Não temos problema
nenhum em chamar as coi-
sas pelo seu nome. A quo-
ta de pesca de atum é redu-
zida numa base quase anu-
al. Este ano, a frota esgotou-a
em pouco mais de dois meses
no que toca ao rabilho e ao
patudo. Os atuneiros andam
a trabalhar com tripulações
cada vez mais pequenas, com
os riscos que isso acarreta.
Acaba a quota de pesca e aos
pescadores não resta outra
opção a não ser o desempre-
go. Isto potenciado porque,
desde este ano, a pesca de
gaiado, que permitia alargar
a faina por mais algum tem-
po, foi, como referido acima,
proibida onde ele mais há:
nas Selvagens. Um tipo de
pesca que é de superfície, não
afectando o ecossistema, rea-
lizada por salto e vara. Jun-
te-se a tudo isto a actual con-
juntura de enorme aumento
de preços dos combustíveis —
mesmo com os apoios gover-
namentais — e temos uma
bomba montada. Há armado-
res que estão com a corda ao
pescoço, em verdadeira situ-
ação de pré-falência. Como
vão arcar com a obrigatorie-
dade da reparação anual que
representa uma despesa sig-
nificativa?». Lê-se ainda no
comunicado: «Há embarca-
ções de pesca ao atum em
excesso. Esta é uma realida-
de. Não há pescadores em
número suficiente para equi-
par essas embarcações. Não
será tempo de sentar enti-
dades governamentais, arma-
dores e pescadores e pensar
em soluções, que até podem
passar pelo abate de algu-
mas embarcações? Não que-
| economia | 23
remos com isto dizer que será
uma obrigatoriedade. Ade-
rem ao programa os armado-
res que o quiserem fazer. A
Comissão Europeia tem ver-
bas para estes abates. Ou este
acontece, ou, daqui a algum
tempo, deixamos de ter pes-
ca de atum. Ou então que
se arranje outra solução que
não vislumbramos. A rela-
ção actual de quota/renta-
bilidade é impossível aguen-
tar. Além das embarcações é
preciso também modernizar
os pescadores, com formação
das melhores técnicas e prá-
ticas, não excluindo a verten-
te ambiental. Como empresá-
rios que são, é preciso tam-
bém formar os armadores em
gestão de negócios, recursos
humanos, etc.».
Continua: «Sabemos ser
duro falar nisto, mas a ges-
tão de recursos não é o mar
de rosas que muitos pen-
sam ser. E a previsão, no que
diz respeito às tripulações,
é que o problema se agra-
ve para o ano. Muitos pes-
cadores vão trocar a sua arte
pela segurança da constru-
ção civil, dado o volume de
obras que se avizinha. Tem, a
Madeira, vozes no parlamen-
to europeu, onde o proble-
ma pode ser levantado com
propriedade. É urgente uma
negociação das quotas, onde
a Madeira tenha voz acti-
va nas reuniões ICCAT e da
União Europeia. No mínimo,
a quota devia passar para o
dobro».
Refere ainda: «No que res-
peita à frota da espada de
Câmara de Lobos a situação
é dramática e potencialmen-
te perigosa, dado o estado
das embarcações. Os tais fun-
dos comunitários que viriam,
anunciados pelo PSD, perde-
ram-se na Travessa.». Para
finalizar, remata: «A renova-
ção é urgente. Tanto dinheiro
gasto em verdadeiras inutili-
dades, quando aqui nos depa-
ramos com situações de enor-
me gravidade. Não nos admi-
remos, se num futuro próxi-
mo, houver barcos impedidos
de sair para a faina. A DGRM
já avisou das más condições
de muitas embarcações. É
urgente a acção. Não fazer
nada não é solução». n SS
 24 | desporto | TRIBUNA DA MADEIRA | Sexta-feira, 26 de agosto de 2022

opinião

Trial 4x4 regressou

Pedro Oliveira à ribeira de São Vicente
A importância do
A
ribeira de São ram 14 equipas, seis das quais Proto, realizando 36 voltas

associativismo
Vicente voltou regionais. num tempo de 3:05:18. Nuno
a ser o palco de Na primeira etapa, os ven- Brás (NB Car Service) con-
mais uma edi- cedores foram Carlos Gomes cluiu 19 voltas e conquis-
ção do Trial 4x4, (Team Rafael&Gomes) na tou a vitória na classe Proto
Numa sociedade em que as assimetrias econó- numa prova organizada pelo categoria Super Proto, com com 3:02:57 horas e Henri-
micas e sociais teimam em persistir, afetando fun- GD Estreito em parceria com o tempo de 1:31.00. Nuno que Santos (Aluminio/JSAu-
damentalmente a qualidade de vida dos cidadãos e um promotor nacional XAd- Berenguer (Vulcanizadora 25 to) a completar 28 voltas em
as suas relações laborais, observamos que os pro- venture, que trouxe à região de Abril) venceu na classe 1:31:48 horas e a vencer na
blemas provocados pelo desemprego e precarieda- oito pilotos continentais, Proto com 1:53.00 e Duar- classe de Promoção.
de bem como a falta de recursos adequados na edu- fazendo com que a prova fos- te Pinto (Alçado Direito) com De referir a grande aflu-
cação, saúde ou justiça faz com que muitas vezes se se pontuável para o Troféu a marca de 1:50.00 na classe ência de público a esta pro-
menospreze a importância de setores como a cul- Ibérico de Extreme Trial 4x4 Promoção. va que, quer na prova notur-
tura e o desporto. Se adicionarmos à equação uma (CISET). Já a prova de resistência na, quer na competição de
pandemia que veio forçosamente alterar muitos dos Neste evento apoiado pela ditou algumas mudanças na domingo, ajudou a abrilhan-
nossos hábitos e vivências, mais séria e pondera- Secretaria Regional de Turis- classificação, surgindo Antó- tar este evento. n
da terá de ser a reflexão, sob pena de caminharmos mo e Cultura e pelo municí- nio Henriques (Lucrofusão) Texto: Nélio Olim
para algo que não desejamos no futuro. pio de São Vicente, participa- a vencer a categoria Super Fotos: Milton Nóbrega
O associativismo é unanimemente reconhecido
como um dos pilares da sociedade, tendo nas cole-
tividades a sua expressão mais natural. Impulsiona-
das pelas ideias propagadas pela Revolução France-
sa, as coletividades assumiram desde o início algu-
mas características particulares em relação a ins-
tituições anteriores, promovendo valores como a
igualdade e a liberdade. Seguindo uma lógica natu-
ral de evolução, o movimento associativo fomen-
tou-se através de tradições, muitas delas cente-
nárias, que serviram de base para a edificação de
valores humanos como a partilha e a solidariedade.
Por natureza, o Homem tem uma necessidade vital
em se relacionar com o outro, criando dessa forma
laços de cooperação e de entreajuda que são fun-
damentais para o seu próprio desenvolvimento. É
precisamente nesse contexto de valorização do ser
humano em torno do seu contexto social que o asso-
ciativismo deve marcar a diferença.
Uma das mais belas expressões da vida social
é, por consequência, a celebração do associativis-
mo. Seja em tempos de abundância ou de escas-
sez as associações são, no meu entender, a resposta
organizada para qualquer tipo de desenvolvimen-
to coletivo e individual, promovendo uma assunção
de responsabilidades e rentabilização de recursos
fora do normal. Desta forma entendo os clubes des-
portivos e recreativos como elementos agregado-
res e estruturantes da sociedade, da mesma manei-
ra que encaro o desporto como um serviço público.
É a partir deste trabalho associativo desportivo que
podemos caminhar para um desporto ao serviço
das generalidades das pessoas, onde valores como
a ética e a solidariedade sejam fomentados desde o
início da formação do indivíduo. Parece-me igual-
mente consensual que todos deverão ter acesso a
este tipo de ferramentas, para que possamos cres-
cer cada vez mais enquanto sociedade.
O fim do cenário pandémico e de toda a incerte-
za que o próprio representava, vem por vezes abalar
esta massa associativa. A sustentabilidade destes
projetos não poderão nunca ser postos em causa,
devendo a quem de direito certificar-se que pres-
tam o apoio necessário, porque é já hoje que cons-
truímos a sociedade do amanhã. Que tenhamos um
sistema associativo robusto e preparado para conti-
nuar a desempenhar o seu papel inclusivo na socie-
dade, para bem de todos nós. n
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TRIBUNA DA MADEIRA | Sexta-feira, 26 de agosto de 2022
Centro Desportivo da Madeira
reabre campo de futebol de 5
No âmbito da realização
das obras de requalificação, o
Centro Desportivo da Madei-
ra, na Ribeira Brava, reabriu
ao público a utilização do cam-
po sintético de futebol 5.
Preparado com relva sintéti-
ca de última geração, o Centro
Desportivo da Madeira vê, já
assim, renovado o seu primei-
ro espaço desportivo, o campo
de futebol de 5. Esta interven-
ção incluiu a retirada do ante-
rior pavimento, a colocação do
novo sintético, o acabamen-
to próprio com a colocação da
areia e borracha e a colocação
de novas balizas. Está assim
criado um espaço de excelên-
cia para a prática desportiva.
Para formalizar a abertura
do renovado campo de futebol
de 5, realizou-se um torneio
de futebol que contou com a
participação de diversas equi-
pas, num total de cerca de
50 participantes. Neste even-
to de carácter lúdico-recrea-
tivo, houve muita diversão e
camaradagem, relativa com-
petitividade e, acima de tudo,
muito fair-play.
A utilização do espaço
está aberta ao público, que
pode aceder ao mesmo por
meio de marcação na rece-
ção do complexo, pelo telefo-
ne 291950120 ou ainda atra-
vés de reserva online. n
Pe. António Francisco
56- A indelicadeza (A)
A palavra "indelicadeza"
provém do  adjectivo "indeli-
cado" com o sufixo "eza", for-
mando o  substantivo "indeli-
cadeza".Significa  a  caracte-
rística, particularidade do  que
é indelicado ausência de deli-
cadeza; falta de cortesia; sem
cuidado ou suavidade  grossei-
ra. É  um acto, comportamen-
to  ou palavra que  demons-
tram ausência de delicadeza,
falta de respeito e /ou educa-
ção. É o modo de  agir de uma
pessoa indelicada. Esta pala-
vra "indelicadeza tem vários  tos prestes a explodir  e que
sinónimos:.grosseria, inurba-
nidade, descortesia    grosse-
ria, impolidez , incivilidade,
descortesia, estupidez, bru-
talidade, aspereza, rispidez,
ignorância, incivilidade, inur-
banidade, desafabilidade,má-
educaçâo, insolência, sequi-
dão, patada, desaforo, coi-
ce, secura, rusticidade, agres-
tia, desatenção desconsidera-
ção, desprimor, incomplacên-
cias, incorecção, má-criação,
malcriadez,rispidez,rudez e
rudeza.
Como estamos a viver no
tempo da "pandemia" apre-
sento um comentário  feito
pelo  autor"Gabrieli  Brizo
sobre a indelicadeza do can-
ço: " A pandemia do novo
coronavirus Põs em evidên-
cia a vulnerabilidade que per-
passa o  cotidiano de mulhe-
res, em especial, as do campo.
Este artigo pretende analisar
como o trabalho doméstico, ao
lado do trabalho junto à terra,
compõe a vida dessas mulhe-
res, sendo parte. Inclusive,
do processo de  naturaliza-
ção dos corpos femininos, que
assim, invisibiliza o esforço, as
enfermidades e as dores que
o trabalho de cuidado carre-
ga. Dessa forma, buscaremos
ver de que moo a pandemia
realça a sobrecarga das activi-
dades de reprodução do coti-
diano na vida de mulheres as
expõe às violências económi-
cas, sociais e físicas. Além dis-
so, entendemos que a pande-
mia em suas várias tempora-
lidades pode ser um momento
singular para analisar a pre-
varização da vida do povo do
campo, ressaltando os acessos
www.tribunadamadeira.pt
tribunamadeira tribunadamadeira
| desporto | 25
opinião
Gonçalves Simões
Coronel Capelão
da vida do povo no campo, os
impedindo de  exercer a sua
cidadania plena".
Provérbios Bíblicos que
podem curar um tempera-
mento grosseiro.
Uma bomba relógio pres-
tes a  explodir, Assim é a nos-
sa vida em sociedade actual-
mente, Parece que estamos
sempre correndo, sempre
apressados, sempre com pro-
blemas para resolver, e nos
tornamos, como um artefac-
to de emoções e sentimen-
geralmente é  detonada den-
tro de nossos lares, afectando 
os nossos amados familiares.
Provavelmente, isso  acon-
tece  porque com nosso che-
fe não podemos estourar, ou 
corremos o risco de  ficar sem
emprego, com nossos amigos 
fazemos não    nos arrisca-
mos a   agir assim, ou perde-
remos aqueles momentos de
conforto que amizades   tra-
zem, Mas será que as pessoas
que atingimos, merecem ser
atingidas? São ou não elas as
pessoas mais importantes de
nossas vidas? Isso é verda-
de, porém, muitas vezes ten-
demos a explodir em nossos
lares com palavras desagra-
dáveis, e com um agir grossei-
ro e rude por vezes com nos-
so cônjuge ou filhos..  Encon-
tre medidas simples para
aprender a controlar as suas
moções quando está em casa
através desses lindos e sábios 
provérbios Bíblicos..
1.Provérbio  15,2 "A língua
dos Sábios adorna a  sabe-
doria, mas a boca dos   tolos   
derrama a estultícia."                                                                                                                                    
No  Dicionário on-line
podemos encontra –se  vários
significados da palavra estultí-
cia., alguns deles referem-se a
um acto vergonhoso, estúpido
tolo como diz acima a escri-
tura. Facto verídico! Porque
sempre que agimos de forma
grosseira, estúpida, com nos-
sos familiares nos sentimos
tolos, e nos  arrependemos
disso, Por outro lado, o antó-
nimo de estultícia  é inteligên-
cia e perspicácia, então quan-
do agimos   com  grosseria
estamos a ser estultos. n
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tribuna_madeira
26 | o que os outros dizem… |
Esta rubrica apresenta informações de vários órgãos de comunicação social, TV, rádios, jornais e revistas.
Seis meses de guerra
na Ucrânia que tramaram
a economia mundial
Seis meses volvidos sobre a invasão da
Ucrânia pela Rússia, a previsão é que a infla-
ção mun­dial este ano fique acima de 8% e o
crescimento global abrande para quase meta-
de. Várias grandes economias já registaram
contração na economia em todo ou em par-
te do primeiro semestre e a carestia de vida já
triplicou na China ou quase em pequenas eco-
nomias, como a Letónia e Portugal. Os ban-
cos centrais viram-se obrigados a acelerar a
subida dos juros desde final de Fevereiro. A
globalização sofreu um primeiro grande cho-
que, agravado pela crise recente entre a China
e Taiwan. O grande choque pós-invasão foi o
disparo da inflação.
“Estimamos que cerca de metade a dois
terços da subida dos preços é devido à guer-
ra, sobretudo por causa da energia e do sector
alimentar”, diz o economista português Abel
Mateus.
Fonte: Expresso
Cinco anos depois, EUA e Coreia
do Sul retomam exercícios
militares conjuntos
Os EUA e a Coreia do Sul iniciaram na
segunda-feira os maiores exercícios militares
conjuntos dos últimos cinco anos, interrompi-
dos desde o encontro histórico entre o ex-pre-
sidente norte-americano Donald Trump e o
líder norte-coreano, Kim Jong Un.
Essa pausa nos exercícios militares de
Washington e Seul foi uma tentativa de per-
suadir Pyongyang a refrear o seu progra-
ma nuclear. Contudo, as reuniões entre Kim
e Trump terminaram sem resultados. Agora,
tem sido a irmã do líder norte-coreano, Kim
Yo Jong, a rejeitar qualquer acordo apesar das
promessas de ajuda económica do seu vizinho
do sul.
Os exercícios, conhecidos como «Ulchi Fre-
edom Shield», deverão envolver milhares de
militares e vão prolongar-se durante as próxi-
mas duas semanas, até 1 de Setembro.
Tanto o Presidente dos EUA, Joe Biden,
como o seu homólogo sul-coreano, Yoon Suk
Yeol, disseram que os exercícios são essenciais
para preparar qualquer hipotética provocação
de Pyongyang.
Fonte: Sapo 24
TRIBUNA DA MADEIRA | Sexta-feira, 26 de agosto de 2022
Putin tem de abandonar
planos de conquista
para negociar a paz
O chanceler alemão, Olaf Scholz, reiterou
que a Rússia tem de abandonar quaisquer pla-
nos de conquista da Ucrânia e respeitar a von-
tade dos ucranianos para ser possível negociar
o fim da guerra.
“Não aceitaremos uma paz que o Governo,
o Parlamento e o povo da Ucrânia não possam
aceitar”, disse Scholz num encontro com cida-
dãos por ocasião do dia de abertura da Chan-
celaria em Berlim, segundo a agência espa-
nhola EFE.
Scholz afirmou que o Presidente russo, Vla-
dimir Putin, iniciou o conflito com a “clara
intenção” de anexar o país vizinho em parte
ou na totalidade.
Com a invasão lançada em 24 de Feverei-
ro deste ano, Putin rompeu com um acordo de
décadas na Europa de não alterar as fronteiras
pela força, referiu o chefe do Governo alemão.
Fonte: Observador
Mulheres partilham vídeos
a dançar em apoio à primeira-
ministra da Finlândia
Centenas de mulheres têm publicado víde-
os de si mesmas a dançar em apoio à primeira-
ministra Sanna Marin, que foi criticada quan-
do surgiram vídeos seus numa festa privada.
São já várias as mulheres finlandesas - e até
de outros países, incluindo da vizinha Dina-
marca - que partilharam nas redes sociais
vídeos de si mesmas a dançar com os ami-
gos para apoiar a jovem chefe de Estado. Os
vídeos estão a ser publicados com a hashtag
"#SolidaritywithSanna".
Sanna Marin, de 36 anos, viu-se envolvi-
da num escândalo quando foram divulgados
vídeos seus a dançar e a cantar numa festa pri-
vada numa discoteca de Helsínquia.
Vozes críticas levantaram-se rapidamen-
te, focando questões sobre o julgamento pes-
soal e político da primeira-ministra finlande-
sa. Os críticos afirmaram ainda que a festa era
um ato irresponsável num momento em que
as tensões com a Rússia estão a intensificar-
se devido aos esforços para que a Finlândia se
junte à NATO.
Fonte: Jornal de Notícias
Prejuízos da guerra na Ucrânia
ultrapassam 113.000 milhões
de dólares
As perdas da economia ucraniana devi-
do à guerra iniciada pela Rússia há quase seis
meses atingiram 113.500 milhões de dólares
(113.000 milhões de euros), segundo estima-
tivas divulgadas pela Escola de Economia de
Kiev (KSE).
Os dados foram anunciados por Maksym
Nefyodov, que lidera os projetos de apoio à
reconstrução do país no Instituto KSE, um
centro de estudos da instituição académica,
segundo a agência Ukrinform.
De acordo com dados da KSE, a guerra
danificou ou destruiu milhares de habitações,
empresas, edifícios administrativos, estrutu-
ras de educação, aeroportos, centros comer-
ciais e instalações de saúde e de serviços
sociais, entre outras infraestruturas.
Nefyodov disse que os trabalhos em cur-
so também se centram nas “necessidades de
recuperação” do país, referindo que é nessa
direção que caminha o projeto «Russia Will
Pay» (A Rússia irá pagar).
Fonte: Observador
CCP admite discutir fecho
antecipado de lojas
para poupar energia
A Confederação do Comércio e Serviços de
Portugal (CCP) admite discutir com o Governo
a redução dos horários noturnos das lojas em
pelo menos dois dias da semana, no âmbito do
Plano de Poupança de Energia que o Executi-
vo deverá apresentar no final de Agosto, noti-
cia o Jornal de Negócios. Nas noites de quin-
ta-feira e domingo, períodos em que as ven-
das tendem a ser mais baixas, as lojas dos cen-
tros comerciais poderiam encerrar mais cedo,
entende a CCP.
Para o presidente da CCP, “não deve haver
tabus” no tema das metas energéticas. Contu-
do, a posição flexível defendida por João Viei-
ra Lopes contraria as principais associações
do lado dos proprietários dos centros comer-
ciais e as grandes cadeias retalhistas em Por-
tugal, que receiam que fechos antecipados
dos estabelecimentos se traduzam em perdas
de milhões, garantindo haver medidas mais
eficazes.
Fonte: Eco
TRIBUNA DA MADEIRA | Sexta-feira, 26 de agosto de 2022
Mais de um terço dos
desempregados está sem
emprego há mais de dois anos
Um em cada três desempregados está sem
conseguir novo trabalho há dois ou mais anos,
dá conta o Público. De acordo com dados do
Instituto Nacional de Estatística (INE), mais
de um terço (35%) do total de desemprega-
dos (105 mil) estavam sem emprego há dois
ou mais anos, no final do segundo trimestre
do ano.
Este indicador agravou-se face aos 23%
registados em 2021, mas, ainda assim, o valor
geral representa um recuo de 3,1%, para 298,8
mil pessoas em situação de desemprego. Por
outro lado, cerca de 152 mil, ou 50,9% do total,
estão desempregadas há um ano ou mais - o
que significa que 35% do total de desemprega-
dos estavam fora do mercado de trabalho há
dois anos ou mais.
Fonte: Dinheiro Vivo
Secretária de Estado
da Proteção Civil descarta
falhas no combate
A secretária de Estado da Proteção Civil
frisou, em entrevista à RTP, que “estamos
num ano muito atípico”, propício aos incên-
dios, acrescentando que o país tinha “condi-
ções para a área ardida ser ainda pior”. Patrí-
cia Gaspar rejeita que haja falhas no comba-
te aos fogos.
“Obviamente que 93 mil hectares não deixa
ninguém satisfeito”, mas “não podemos deixar
de valorizar o trabalho enorme que tem sido
feito por estes 13 mil operacionais que inte-
gram o dispositivo especial de combate a incên-
dios”, declarou a responsável, acrescentando
que é “o mais robustecido dos últimos anos”.
Questionada sobre se há algo a falhar no
combate aos incêndios, a secretária de Esta-
do respondeu que existem condições gra-
ves, muito severas no terreno e que isso
dificulta o trabalho dos operacionais.
“Eu não diria que há aqui falhas, há um ano
muito difícil e muito atípico”, defendeu.
Fonte: RTP
Portugal é o país da UE que está
a envelhecer mais depressa
Portugal é o país da União Europeia (UE)
onde o índice de envelhecimento tem cres-
cido mais depressa, indicam os cálculos
da Pordata, avançados pelo jornal Público.
Para o período compreendido entre 2015 e
2020 Portugal registou “uma taxa de cresci-
mento médio anual do índice de envelheci-
mento” da ordem dos 3,6%, o ritmo mais ace-
lerado no conjunto dos países da UE, mes-
mo superior ao de Itália - que em 2020
era o país com mais idosos por cada 100
jovens e crianças. Portugal subira, então,
para o segundo lugar da lista, refere o jornal.
O índice de envelhecimento mede o rácio
entre o grupo dos mais velhos (a partir dos
65 anos) e o dos mais novos (0 a 14 anos).
A diretora da base de dados da Fundação
Francisco Manuel dos Santos (FFMS) explica
que se verifica um processo de duplo envelhe-
cimento da população residente em Portugal,
mas está a ter um ritmo muito mais acelerado
quando comparado com o resto da UE.
Fonte: Negócios
Aeroporto de Lisboa
longe de estar esgotado
O Aeroporto Humberto Delgado está longe
de estar esgotado, defende João Soares, que
lamenta que “essa história esteja a ser repe-
tida há mais de 50 anos”. O antigo presidente
da Câmara da capital recorda: “Tenho vindo a
dizer isso desde que fui autarca em Lisboa e já
saí da Câmara em 2002.”
A solução, no seu entender, passa por resol-
ver o problema na aerogare. Já no Facebook
tinha admitido que “há um problema de fun-
cionamento da sua aerogare que pode e deve
ser emendado com relativa facilidade”, acres-
centando que esta tem “sido remendada, a
partir do projeto inicial de Keil do Amaral dos
anos quarenta do século passado, com remen-
dos que de uma forma geral só dificultam a sua
funcionalidade e fluidez”.
Fonte: Nascer do Sol
| o que os outros dizem… | 27
43 bebés foram abandonados à
nascença nos últimos cinco anos
Cerca de 43 bebés foram abandonados à
nascença entre 2017 e 2021, avança o Jornal
de Notícias. Na origem destes atos estão, geral-
mente, casos de gravidez indesejada, pobreza,
falta de suporte familiar, surto psicótico e con-
sumo de substâncias aditivas, revela a vice-
presidente da Ordem dos Psicólogos, Renata
Benavente, em declarações ao jornal.
De 2017 até ao início da pandemia, o núme-
ro de casos era crescente. 2019 foi o ano
que teve mais situações diagnosticadas pelas
comissões de proteção de crianças e jovens
que reportaram e acompanharam estes casos,
com 22 situações denunciadas e 12 casos
comprovados.
Em 2020, ano marcado pelo início da pan-
demia de covid-19, o número de bebés aban-
donados baixou para nove e, em 2021, voltou a
baixar, com quatro casos identificados.
Fonte: CNN Portugal
PSP alerta para burlões que
simulam acidentes rodoviários
Simular um acidente e coagir o outro con-
dutor a pagar um dano que não provocou é
um método de atuação que, não sendo novo,
continua a ser aplicado e a fazer vítimas, ten-
do motivado agora um alerta, feito nas redes
sociais, do Comando Metropolitano de Lis-
boa da PSP.
O último caso conhecido aconteceu, no pas-
sado dia 4, num posto abastecedor de combus-
tíveis no Lumiar, em Lisboa, quando um casal
simulou um 'toque' e exigia dinheiro para a
reparação.Testemunhas chamaram a PSP. E a
vítima, um homem de 62 anos, confessou aos
agentes que se encontrava de tal modo coagida
pelo casal que, apesar de ter a certeza de que
não havia sido interveniente em qualquer aci-
dente, se preparava para pagar.
Fonte: Jornal de Notícias
28 | ambiente | TRIBUNA DA MADEIRA | Sexta-feira, 26 de agosto de 2022

opinião

Nélio Olim

O algoritmo… das galinhas

poedeiras
Fico cada vez mais perple-
xo com o país onde vivo. As
urgências hospitalares funcio-
nam quando calha, as grávidas
desesperam por um hospital,
Polícia não há, a mortalidade
sobe inexplicavelmente, o país
continua a arder e vemos o
Governo da República a “arro-
tar” algoritmos que dizem que
afinal dos 100% que deveriam
ter ardido, apenas arderam
70%. Ora, assim já fico muito
mais descansado e não fosse
estarmos em agosto, iria assis-
tir a um belo fogo de artificio
patrocinado pela Secretária de
Estado da Proteção Civil, qual
vidente que consegue prever o
que irá arder ainda em Portu-
gal. E. quem conhece a serie-
dade da governação do PS não
fica surpreendido com o para-
doxo desta transparência apa-
recer justamente quando há
primário, uma melhor gestão
das águas, do ar, dos solos e
respetiva preservação e qua-
lidade. Falta investimento na
preservação da paisagem e
áreas de lazer, da vida selva-
gem, do património natural e
edificado. Até mesmo a manu-
tenção dum cadastro atuali-
zado de todas as proprieda-
des urbanas e rurais, existen-
tes e regular o seu uso, even-
tualmente até minimizando
os eventuais efeitos negativos
das condições meteorológicas,
atividade sísmica e vulcânica e
outros acidentes potenciais.
Mas, em vez de tudo isto,
António Costa assobia para o
lado e, desviando a atenção
aos verdadeiros problemas,
coloca a sua Direção-Geral
de Alimentação e Veterinária
(DGAV) a anunciar a obrigato-
riedade de registo, em setem-

mais fumo.
Fico então a pensar que, se o
algoritmo tivesse acertado nas
previsões, os meios e estraté-
CMF lança
bro, das galinhas poedei-
ras lusas. Este momento Bor-
da d’Água surge, a meio dos
incêndios, como sendo o mais

gias de combate aos incêndios
seriam ainda mais insuficien-
tes, e o ponto negro continu-
aria a ser o ponto mais alto de
Portugal, e toda a mancha em
campanha de
grave problema deste belo país
à beira mar plantado. E fico a
pensar… Ou Costa prepara-se
para taxar os incríveis lucros
extraordinários das galinhas

seu redor, confirmando cada
vez mais a gestão superficial
que António Costa faz dos pro-
blemas, empurrando-os com a
sensibilização
poedeiras, ou, seguramente
prepara-se para lançar o rotei-
ro do frango assado com tanto
incêndio ativo no país…

"Lixo no chão, NÃO!"

barriga para a frente e impu-
tando a sua responsabilidade
sempre ao elo mais fraco.
E dirá o leitor que estou
eu, de novo, a embirrar com
o nosso primeiro ministro.
Começo por dizer que, “quem
não quer ser lobo, não lhe ves-
Caminhamos para sete anos
de “chapa ganha, chapa gasta”,
e só funcionamos porque exis-
tem outros países que fazem
com Portugal, aquilo que o
PS faz com os cidadãos por-
tugueses: um relacionamen-
to com base numa política de

te a pele” e que, na sua posi-
ção, tem de ser e parecer, tem
de mostrar que tem um rumo
e um fio condutor, uma estra-
tégia e uma equipa capaz de a
implementar.
Observa-se uma difícil inte-
ração entre as autarquias e
o governo central, onde a
ausência de um verdadei-
ro ordenamento territorial
castra a sustentabilidade da
vida das populações e a possí-
vel melhoria da qualidade da
mesma, impedindo igualmen-
te o desenvolvimento harmo-
nioso da Agricultura, Silvicul-
tura, Pecuária, Pesca e explo-
ração de rochas e minerais.
A integração do sector secun-
dário (indústria) com o sector
esmolas.
Tudo isto potencia a pobre-
za, a incerteza, e o aperto do
cinto, num Estado que para
sobreviver precisa avidamen-
te do dinheiro dos impostos,
arrancados do esforço do tra-
balho dos cidadãos comuns. O
resultado das políticas socia-
listas são 2,3 milhões de por-
tugueses considerados pobres
ou em exclusão social. Segun-
do o boletim Rendimento e
Condições de vida, do INE –
18% vivem com menos de 554
euros mensais. Mas pior que
este cenário é o facto de, em
2020, 4,48 milhões de con-
cidadãos nossos se encontra-
rem em risco de pobreza. E em
2022 não melhorou. n
A
Câmara Munici-
pal do Funchal
(CMF), através
do Departamento
de Ambiente, está
a desenvolver uma campa-
nha de sensibilização intitu-
lada "Lixo no chão, não!"
A vereadora do Ambiente,
Nádia Coelho, sublinha que
a iniciativa tem   por objeti-
vo "alertar a população em
geral, para não deitar o lixo
no chão, mas sim dentro das
papeleiras ou contentores e
para que tenham atitudes
mais cívicas".
Nesta campanha, Nádia
Coelho refere que "houve a
preocupação de renovar a
imagem das papeleiras atra-
vés da colocação de um auto-
colante com uma imagem
apelativa e uma mensagem
simples e clara". A mensa-
gem é utilizada com o apoio
da mascote do Ambiente, o
Simão.
As papeleiras (peque-
nos contentores) estão ins-
taladas em mais de 2.000
pontos de espaços públi-
cos e servem para deposi-
tar os resíduos de pequenas
dimensões.
A vereadora com o pelou-
ro do ambiente anuncia ain-
da que foi colocada uma
lona gigante com a mesma
imagem, num edifício cama-
rário na zona dos Viveiros,
junto à via-rápida, onde "se
pretende também sensibi-
lizar as milhares de pes-
soas que passam por ali,
diariamente".
Além destas iniciativas,
Nádia Coelho adianta que
também foram produzidos
nove vídeos diferentes, com
o objetivo de chamar à aten-
ção para a problemática da
incorreta deposição de resí-
duos, mostrando que há
sempre uma escolha mais
acertada e atos mais cívicos.
A mensagem da campa-
nha é simples e clara: MAN-
TENHA A CIDADE LIMPA!
Lixo no chão, NÃO! n
TRIBUNA DA MADEIRA | Sexta-feira, 26 de agosto de 2022
Apoio à apicultura
regional
O No Mercado dos
Secretário Regio-
nal de Agricultu-
ra e Desenvolvi-
mento Rural pro-
cedeu à entre-
ga a 280 apicultores, a títu-
lo gratuito, de medicamentos
veterinários para o tratamen-
to terapêutico e profilático da
varroose.
A iniciativa decorreu no
Centro de Desenvolvimen-
to Agronómico das Quebra-
das, em São Martinho “Este
apoio à apicultura regional
corresponde a um investi-
mento de 38 mil euros, que
demonstra bem que o Gover-
no Regional continua a pro-
teger este importante sector,
ao qual se dedicam muitas
pessoas”, explicou Humber-
to Vasconcelos, anunciando
Viaturas para recolha
de resíduos com nova imagem
As nove viaturas de recolha
de resíduos adquiridas recen-
temente pela Câmara Munici-
pal do Funchal (CMF) já cir-
culam pelas ruas da cidade
com uma nova imagem.
“Nas novas viaturas pode-
mos ver a Mascote - o Simão a
apelar para uma maior cons-
ciencialização dos cidadãos e
para a adoção de comporta-
mentos ambientais mais sus-
tentáveis”, anunciou a vere-
adora com o pelouro do
Ambiente, Nádia Coelho.
A aquisição das nove via-
turas de 7 m3  de capacida-
de para realizar a recolha de
resíduos urbanos no concelho,
que será realizado mais um
investimento na construção
de uma nova melaria comu-
representou um investimento
superior a 700 mil euros.
Nádia Coelho, lembra que
a aposta da autarquia visa
modernizar e otimizar o ser-
viço de recolha de resíduos
urbanos na cidade. “São via-
turas que irão realizar a reco-
lha de resíduos indiferencia-
dos e recicláveis, deposita-
dos em contentores públicos
e privados no Município do
Funchal”, esclarece a vereado-
ra, sublinhando que “poderão
recolher em média, por dia,
5.800 kg de resíduos indife-
renciados, 1.100 Kg de emba-
lagens de plástico e metal e
1.800 Kg de papel e cartão”.
nitária para a transformação,
que ficará situada nas Que-
bradas. n
Estes equipamentos de
recolha possuem câmara de
filmar traseira permitindo
que o motorista possa visu-
alizar os cantoneiros a rea-
lizarem a operação de reco-
lha de resíduos. Estão capa-
citados com duas taxas de
compactação o que permi-
te utilizar a viatura para a
recolha de vários fluxos de
resíduos, de acordo com a
necessidade do serviço. Pos-
suem chassis com computa-
dor de bordo para gestão de
manutenção e uma consola
de comandos com software
apropriado para diagnóstico
de avarias. n
| ambiente | 29
opinião
Manuel Pegado
Lavradores - Um
pouco de azul
Vou habitualmente, às sextas feiras, ao merca-
do dos Lavradores comprar os meus legumes e as
minhas frutas. Há dias, depois de fazer algumas
compras., aproximei-me de uma banca onde com-
pro também, por vezes, alguma coisa. Tirei os meus
produtos (limões e alhos) e pus-me na bicha para
pagar., Não era grande a bicha, teria umas 4 ou 5
pessoas, mas os donos daquela banca ainda fazem
contas artesanalmente, com um lápis e um papel
e somam de cabeça, Pessoas de hábitos antigos.
Por isso demora, mas esperei. Finalmente, a bicha
diminuiu e fiquei apenas com um homem de idade
à minha frente e que começou a falar em voz alta
com um dos donos, que estava a aviar. Não pude
evitar de ouvir a conversa, porque falavam alto e
valeu bem a pena. Dizia o homem então - “Esti-
ve aqui há semanas a comprar legumes e, depois
de ter recolhido o que queria, paguei a conta à sua
irmã. Depois de já ter pago, lembrei-me que preci-
sava também de batata doce. Dirigi-me então à ban-
ca e enchi um saco com 6 batatas. No entanto, não
me lembro de ter pago, sei que paguei o primeiro
grupo, mas não tenho a certeza se paguei ou não o
segundo, suspeito que não paguei por esquecimen-
to”. Diz o outro então “se foi há semanas, a minha
irmã agora já não se lembra”, e voltou o homem
a falar: “como lhe disse, não tenho a certeza se
paguei ou não as batatas doces. E não vim na sema-
na seguinte acertar contas, porque, entretanto, tive
que sair para o Porto Santo e só regressei ontem,
“já lhe disse, repetiu o homem, não tenho a certe-
za se paguei ou não, mas prefiro pagar duas vezes
do que ficar na dúvida e se, por distração, prejudi-
quei outra pessoa. É uma quantia bem pequena, é
certo, mas eu gosto de contas direitas e não quero
prejudicar ninguém, mesmo pouco que seja. Prefiro
ficar prejudicado, eu. Gosto de andar com a minha
cara limpa. Pese-me então seis batatas doces e eu
vou pagá-las”. O homem da banca pegou em 6 bata-
tas, pesou-as e apontou cerca de um euro. O clien-
te abriu a carteira, tirou o dinheiro e entregou-o ao
dono da banca. Mas o saco com as batatas lá ficou,
claro. Ele só vinha pagar. O dono respondeu ape-
nas:” obrigado pelo seu gesto”.
Muita coisa boa trouxe o progresso dos últi-
mos anos, é verdade, mas andar de “cara limpa”,
se calhar, tornou-se uma coisa rara. Nisto, talvez,
andámos para trás. E é pena, porque não há pro-
gresso material (automóveis, computadores, aviões,
telemóveis. etc.) que substitua o valor de uma “cara
limpa”. O valor da honradez e do propósito de não
prejudicar ninguém. Invertemos ou subvertemos os
valores. Um dia teremos que arrepiar caminho, mas
é melhor, mesmo que apenas para alguns, começar
desde já a “virar a agulha”. Que manhã abençoada,
no Mercado dos Lavradores! n
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www.sabermadeira.pt
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30 | sociedade |
Madeira Sea Solar Race
O evento, que conta com dois barcos movidos a energia solar, decorrerá no Funchal e no Porto Santo.
N
o seguimento do
evento que decor-
reu o ano passado,
Odisseia Madeira,
organizado pela
Associação Juvenil Técnico
Solar Boat e que contou com
o apoio da Secretaria Regio-
nal de Educação, Ciência e
Tecnologia, através da Dire-
ção Regional de Juventude,
decorrerá de 24 a 31 de Agos-
to o Madeira Sea Solar Race.
Numa organização da mes-
ma associação, que volta a
ter como parceira esta Secre-
taria, o evento contará com
a presença de duas equipas,
Empresa proprietária:
O. L. C. Unipessoal, Lda.
(TV, Multimédia, Jornais e Revistas)
Contr. n.º 509865720
Matriculada na Conservatória do Registo
Comercial do Funchal, com o n.º 04795/92
Sociedade por quotas com o capital social de € 500.000,00
Sócio-gerente com mais de 10% do capital – H.S.S.A. Mello de
Carvalho
Estatuto Editorial
www.tribunadamadeira.pt/estatuto-editorial
uma da referida associação, e
uma segunda proveniente da
Holanda, nomeadamente da
Universidade de Amesterdão
de Ciências Aplicadas .
Tal como no ano transca-
to, o evento repartir-se-á em
duas etapas, uma no Fun-
chal, de 24 a 27 de Agos-
to, e outra no Porto San-
to, de 29 a 31 do mesmo
mês. Ao longo destes dias, os
dois barcos, movidos a ener-
gia solar e totalmente dese-
nhados e construídos pelos
jovens destas universidades,
serão testados até ao limite,
em diferente provas e forma-
Redacção e Paginação:
Telef.: 291 911400 e 291 911300
Fax: 291 911409
E-mail: tribuna@tribunadamadeira.pt
http://www.tribunadamadeira.pt
Sede:
Edifício Centro Mar, Rua da Ponta da Cruz, loja A,
piso -1, Piornais, São Martinho, Funchal, Madeira
Telef: 291 911400/300 – Fax: 291 911409
E-mail: comercial@tribunadamadeira.pt
Sede do editor:
Edgar R. de Aguiar
Clara Vieira
Parque Empresarial Zona Oeste – PEZO, Lote n.º 6
tos, de acordo com o progra-
ma abaixo indicado.
Desta forma, procura-se
estimular o empreendorismo
entre os jovens da Madeira e
Porto Santo, já que estes pro-
jetos são levados a cabo no
âmbito do percurso acadé-
mico dos envolvidos, numa
ótica que visa o desenvolvi-
mento de soluções inovado-
ras nos domínios da ener-
gia solar e dos transportes
marítimos. Por outro lado, o
desenvolvimento das embar-
cações aqui consideradas
exige um elevado espírito de
equipa, bem como intensa
9300 Câmara de Lobos –
Madeira – Portugal
Director:
Edgar R. de Aguiar
Redacção / coordenação:
Sara Silvino
Redacção:
Ricardo Jorge Soares
Dulcina Branco
Fotografia:
Fotografia O Liberal (Madeira),
Diana Sousa Aguiar (Lisboa)
TRIBUNA DA MADEIRA | Sexta-feira, 26 de agosto de 2022
cooperação entre as diver-
sas engenharias envolvidas,
tais como mecânica, eletro-
tecnia, naval, química, física
e aeroespacial.
Interessa também ressal-
var a dimensão internacional
da competição, que resulta-
rá num intercâmbio cultu-
ral entre os diversos partici-
pantes, mas também com a
juventude da Madeira e Por-
to Santo, que é fundamental
envolver.
Por um lado, será mais
uma forma de celebrar o Ano
Europeu da Juventude 2022.
Por outro, dá a oportunida-
Secretariado de Redacção:
Dulce Sá
Colunistas:
Adriano Gonçalves, António Cruz, Augusto Camacho,
Cassiano Figueira, Celso Neto, Eduardo Luís,
Fernando Olim, Fernando Rodrigues, Filipe Malheiro,
Francisco Gomes, Gonçalves Simões,
Gregório Gouveia, Helena Aguiar,
Humberto Silva, Jorge de Menezes, Lina Pereira,
Mafalda Vasconcelos, Miguel Santos, Nélio Olim,
Patrícia Spínola, Pedro Oliveira, Ricardo Freitas,
Roberto Fernandes, Rui Almeida e Teresa Leça.
Paginação e tratamento de imagem:
Miguel Mão Cheia, Teresa Camacho.
de dos jovens deste arqui-
pélago, de conhecerem todo
um projeto inovador, desen-
volvido por jovens, alguns
deles madeirenses, no âmbi-
to do seu percurso académi-
co. Entende-se que a parti-
lha de experiências que natu-
ralmente surgirá, será uma
mais valia para os envolvi-
dos, sejam aqueles perten-
centes ao TSB, sejam aque-
les que colaborarão neste
evento ou que eventualmen-
te venham a participar nas
visitas guiadas e assistir e às
provas de mar propriamen-
te ditas. n
Departamento Comercial:
O. L. C. Unipessoal, Lda.
Departamento Financeiro:
Clara Vieira
Redacção, montagem, impressão
e distribuição: O. L. C. Unipessoal, Lda.
Morada: Parque Empresarial Zona Oeste PEZO,
Lote n.º 6 - 9300 Câmara de Lobos - Madeira - Portugal
Telef.: 291 911300 e 291 911301 Fax: 291 911309
E-mail: comercial@tribunadamadeira.pt
Registo no ICS N.º 123416
Empresa jornalística N.º 223883
Depósito legal N.º 142679/99
INPI N.º 4354 N 9909
Tiragem: 7.000 exemplares
TRIBUNA DA MADEIRA | Sexta-feira, 26 de agosto de 2022 | Cocktail | 31

Drink Ilha encantada

Composição: Ilha da Madeira
60 ml de Licor de Aniz
40 ml de Tequila Ilha da Madeira
Espumante Ilha de encantos mil !
Gotas de Angustura bitter Nós madeirenses !
Nós sentimos honrados !
Preparação: Por suas belezas!
Preparado em copo de misturas com Somos preveligiados !
gelo. Servido em copo longo. O mundo pode ser comparado!
A uma grande sala de projeção!
Decoração: A Madeira é o salão de espectáculos!
Decorado com flores e frutas laminadas. No mundo de grande dimensão !
Quem é bom reflecte!
Acompanhamento: A sua imagem positiva!
Para acompanhar o drink, recomendo A nossa Ilha tem tudo isso !
uma bela tábua de frios selecionados. É rica e criativa !
Tábua princesa. A Madeira é a imagem!
De um paraíso terrestre!
Categoria: Ela nos foi brindada !
Classe long Drink. Drink Estimulante. Pelo Criador, grande mestre !
A Madeira tem a Arte!
Reconhecida no mundo inteiro !
Do folclore aos bordados !
Da sua bela culinária !
Um clima fenomenal !
É uma Ilha extraordinária !
É o paraíso do Atlântico!
Por turistas procurado !
E nos como madeirenses!
Nós sentimos realizados!

Fernando Olim

Com o patrocínio da Associação Barmen da Madeira.

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 www.tribunadamadeira.pt | Sexta-feira, 26 de agosto de 2022

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assinaturas@tribunadamadeira.pt user/tribunamadeira Vento fraco. UV7

Cidade ‘resort’
“expulsa” povo do Funchal
A
CDU desenvol- ta de habitação no Funchal,
veu uma iniciati- mas estes são apenas para
va política, ao lon- quem tem dinheiro. Exem-
go da manhã des- plos dos milhares de fogos
ta quinta-feira, no que serão construídos onde
Largo dos Varadouros, jun- a média de venda ultrapassa
to às Portas da Cidade, onde qualquer valor comportável
denunciou a crescente segre- para os trabalhadores desta
gação social imposta aos Fun- terra. Meio milhão de euros
chalenses, devido às políti- para comprar uma casa para
cas erradas seguidas por PSD quem vive do seu rendimen-
e PS. to, quando a maioria rece-
A Deputada Municipal be o salário mínimo? Como é
Herlanda Amado, porta-voz possível arrendar uma habi-
desta iniciativa, disse que “o tação quando os valores che-
direito à Cidade deve ser exi- gam aos 800 ou 1000 euros/
gido por todos quantos vivem mês?”. Remata: “Os habitan-
no Funchal. Não é aceitável económico, enquanto que a não pode ser só para ricos! A tando os milhares que foram tes da Cidade têm direitos!
que aos especuladores imobi- maioria vai sendo pontapea- Cidade não pode ser apenas sendo expulsos da Cidade. Os Funchalenses têm direi-
liários tudo seja permitido, e do para as periferias do con- para os que nos visitam, mas Herlanda Amado afirmou to a viver na sua Cidade sem
na base de uma suposta rea- celho. Enquanto uns, poucos, deve ser pensada e organiza- que “foram colocados estes que se sintam indígenas ou
bilitação urbana, usem meca- prosperam no seu “resort”, da para quem cá vive!» sapatos vazios de gente, por- os pobres do “resort” criado
nismos que vão expulsando tantos outros empobrecem, Nas Portas da Cidade foi que assim se tem tornado o por PSD e PS. O Funchal é
os Funchalenses do centro da cada vez mais remetidos para realizada uma instalação: 100 Funchal, vazio das suas gen- feito por quem o habita e não
Cidade”. a cidade “gueto”. A Cidade pares de sapatos, represen- tes, da sua identidade e do podemos continuar a admitir
A Deputada Munici- seu património identitário! que seja visto apenas como
pal afirmou que "os proces- O Funchal, descrito tantas um “resort” para turistas”.
sos de degradação, a falta de vezes como um local de gen- Herlanda Amado afirmou
rigor e de exigência na pre- tes afáveis, simpáticas e aco- que “o Funchal é feito de gen-
servação dos centros histó- lhedoras, deixará de ter esse te! O povo do Funchal pre-
ricos por parte das entida- elemento singular e impor- cisa de ter vez e uma voz, e
des regionais, fazem com que tante para os que nos visi- conta com a CDU para que
poucos  se sintam incluídos tam e percorrem o centro da estas denuncias continuem,
no Funchal “resort”, constru- nossa Cidade, se não forem mas acima de tudo para que
ído por PSD e PS, onde ape- tomadas medidas urgentes de as reivindicações feitas por
nas alguns usufruem da Cida- intervenção, porque a nossa quem se sente vítima do sis-
de em plenitude, enquanto gente deixa de viver a Cidade tema instalado veja que exis-
outros são expulsos dos seus e é pontapeada para os subúr- tem contrapropostas para que
lugares de identidade, viven- bios”. Diz ainda: “Tem sido sejam alteradas estas situa-
do na Cidade “gueto”. A Cida- anunciada a ilusão de oferta ções através de propostas que
de é cada vez mais habita- de empreendimentos habita- garantam o direito à Cidade
da por quem tem mais poder cionais que fariam face à fal- para quem cá vive”. n
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 Concerto de Cuca Roseta
O Jardim Municipal do Funchal acolheu, no passado dia 20, o con-
certo de Cuca Roseta. O evento esteve integrado no programa de
comemorações do Dia da Cidade. Fotos: DR

TRIBUNA da MADEIRA
Este suplemento faz parte do TRIBUNA DA MADEIRA de sexta-feira, 26 de agosto de 2022

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TRIBUNA da MADEIRA
 Caminhada solidária
da Associação de Dadores de Sangue
TRIBUNA da MADEIRA
Realizou-se uma caminhada solidária da Associação de Dadores de
Sangue da RAM inserida nas comemorações do Dia da Cidade. A
iniciativa reuniu uma centena e meia de participantes. Fotos: DR

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 Celebração do Dia da Cidade
do Funchal
TRIBUNA da MADEIRA
O Dia da Cidade do Funchal foi assinalado com o hastear das ban-
deiras na Praça do Municípios, seguindo-se a Missa Solene na Igreja
de São João Evangelista do Colégio do Funchal e a Sessão Solene
na Sala da Assembleia Municipal do Funchal, que incluiu, no final, a
entrega de Medalhas Municipais. Fotos: DR
TRIBUNA da MADEIRA

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 Mostra Regional do Figo, Tabaibo e Mel
O Secretário Regional de Agricultura e Desenvolvimento Rural,
Humberto Vasconcelos, marcou presença na cerimónia oficial de
TRIBUNA da MADEIRA abertura da Mostra Regional do Figo, Tabaibo e Mel, uma iniciativa
da Casa do Povo da Fajã da Ovelha. Fotos: DR
 Dia do Emigrante
O Dia do Emigrante foi assinalado na Freguesia da Ilha. O evento
contou com a presença do Secretário Regional das Finanças, Rogé-
TRIBUNA da MADEIRA rio Gouveia. Fotos: DR
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 xxx
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TRIBUNA da MADEIRA
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