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ABSTRACT: The modern narrative, either within the history or under the fictional
perspective, when establish a new verisimilitude convention replaces the veracity status
and based itself on the myth and the fantastic in order to favor, with these elements, the
representation of a subjective matter of historical extraction. Considering this
transformation, in this study, we are going to deepen some theoretical and analytical
questions about the meaning of the fantastic and its determination by a historical
conjuncture, expressing subjective claims that belong to a precise time. For this, we will
take as north the David Roas’s reflection, which consider the fantastic as a mediator
between language and reality, not conceptualizing it only as false element. So, the
fantastic will not be considered here only from the perspective of improbability, but in a
perspective of the representations and the socio-cultural practices associated with this
type of imaginary.
2 O programa da Nova História Cultural, escola da terceira e quarta gerações do grupo francês
Annales, foi estabelecido a partir de bases teóricas que consideram as relações complexas entre a
vida real dos homens e as representações que eles produzem de si mesmos. É uma história
preocupada, antes de tudo, com uma antropologia que visa evitar dialéticas, reducionismos e
mecanicismos na interpretação da realidade histórica, e para isso considera as motivações mentais
e as tendências historiográficas como elementos fundamentais para uma abordagem analítica e
densa sobre o passado e suas diferenciações narrativas e ideológicas.
Alves, D. V. O fantástico na intersecção entre a história e a ficção:
43 trânsitos imaginários. Nonada: Letras em Revista, n. 27, vol. 2.
Setembro de 2016. pp. 32-46.
3 “Com o termo medieval mirabilia estamos perante uma raiz mir (miror, mirari) que comporta algo
de visivo. Trata-se de um olhar. Os mirabilia não são naturalmente apenas coisas que o homem
pode admirar com os olhos, coisas perante as quais se arregalam os olhos; originalmente há, porém,
esta referência ao olho que me parece importante, porquanto todo um imaginário pode organizar-
se à volta desta ligação a um sentido, o da vista, e em torno de uma série de imagens e metáforas
que são metáforas da visão.”(LE GOFF, 2010, p. 15-16).
Alves, D. V. O fantástico na intersecção entre a história e a ficção:
44 trânsitos imaginários. Nonada: Letras em Revista, n. 27, vol. 2.
Setembro de 2016. pp. 32-46.
Referências