027.467.

252-90
Abordagens pedagógicas no uso das ginástica nas aulas de Educação Física do Ensino
Fundamental anos finais baseadas na BNCC.

O presente projeto tem como linha de pesquisa a formação de Professores, Políticas e

Práticas Pedagógicas e espera-se que possa contribuir com a análise de dados e fomentação
metodológica para estudar as possibilidades relativas ao tema de ginásticas e materializar as
habilidades destacadas na Base Nacional Comum Curricular, usando como referência teórica a
BNCC que pontua esse objeto de conhecimento como conteúdo essencial indispenssavel as
aulas nos anos finais do Ensino fundamental e tendo como objetivos identificar uso de métodos
teóricos e práticos usando as ginásticas como tema principal nas aulas de Educação Física,
evidenciar simétria nos planejamentos pedagógicos e a BNCC utilizados pelos professores e
analisar possíveis dificuldades em abordar o conteúdo tanto prático quanto teórico nas aulas.
A disciplina de Educação Física possui em sua grade uma variedade de temas a serem
trabalhados ao longo do percurso estudantil, como brincadeiras e jogos, esportes, ginásticas,
danças, lutas, práticas corporais de aventura, entre outros temas voltados para a saúde e imagem
corporal, no curriculo da disciplina trabalhar a diversidade de conteúdos oportuniza o estudante
o acesso ao conhecimento teórico e prático de diferentes práticas corporais em diversos
contextos, mesmo com essa diversidade de modalidades possíveis de serem abordadas nas
aulas, com novas ideias e conceitos voltados para conteúdos, por vezes, pode acontecer de
serem vistas com menos frequência nas aulas ou apenas em formato teórico, um exemplo seria
as temáticas voltadas para o campo das ginásticas.
A temática principal no que tange o campo da docência escolar são as práticas
esportivas, pincipalmente as tradicionais (Futsal, Voleibol, Basquetebol e Handebol), sendo
resultado de uma construção sociocultural que tornou esses elementos “identitários” da
Educação Física não apenas no âmbito escolar, mas na cultura esportiva em si. Esses conteúdos
fundamentais para o enriquecimento pedagógico do professor de Educação física são aliados
num curriculo tão rico e variado em sua essência pedagógica formativa. Pensar e repensar as
práticas pedagógicas significa reviver o papel de aluno e como essas práticas podem ter sido
vivênciadas apenas na vida academica, questionando a marginalização da Educação Física.
Partindo desse pressuposto, o trabalho de pesquisa tem como fundamental ponto de
desenvolvimento apontar quais ferramentas os professores de Educação Física utilizam para
abordar o tema de Ginásticas nas aulas e como o planejamento contempla com as habilidades
referidas na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que em seu texto introdutório deixa
explícita a importância do uso de suas atribuições para a qualidade educacional
 (...)espera-se que a BNCC ajude a superar a fragmentação das políticas educacionais,
enseje o fortalecimento do regime de colaboração entre as três esferas de governo e
seja balizadora da qualidade da educação. Assim, para além da garantia de acesso e
permanência na escola, é necessário que sistemas, redes e escolas garantam um
patamar comum de aprendizagens a todos os estudantes, tarefa para a qual a BNCC é
instrumento fundamental. (BRASIL, 2018, p. 8)

A observação do texto é fundamental como base para o desenvolvimento pedagógico

das disciplinas, nesse sentido produzir aulas que usam como referência a garantia desse
parâmetro educacional.
A exemplo de unidade temática que esse trabalho usa como objeto de pesquisa
fundamental, as ginásticas podem ser percebidas como tema corriqueiramente abordadas nas
aulas, tendo a divisão entre Ginástica Geral, Ginástica de Condicionamento Físico e Ginástica
de Conscientização Coporal, as três categorias são ricas em desenvolvimento físico, intelectual
e sociocultural, possibilitando ao estudante uma experiência que talvez ele não tenha tido ao
longo de sua vida escolar.
A escola como local de enriquecimento não apenas intelectual mas cultural deve estar
aberta as novas experiências, para que o processo de formação do estudante seja integral aquilo
que tem direito.
Proporcionar aos alunos conhecer além dos movimentos graciosos e armonicos das
ginástas e reproduzi-los no contexto de seus fundamentos básicos, experimentar os esforços
para a melhora do condicionamento físico através de exercícios com programas de treinamento
elaborados através dos estudos da individualidade biológica e/ou vivenciar experiências de
conhecimento corporal usando técnicas de ginástica de concientização, o papel fundamental
do professor de Educação Física é explorar esse conteúdo com o aluno de forma que ele perceba
o sentido nessas práticas e que seja possível visualizar a importância e relevância desses objetos
nas aulas de Educação Física.
No uso de suas atribuições a BNCC lista competencias gerais e habilidades a serem
atingidas que devem ser observadas e trabalhadas de acordo com a relidade estudantil, exemplos
que contemplam o objeto de conhecimento de ginástica, Brasil (2018), nas Competências
Gerais da Educação Básica a competencia 6 tem como objetivo a valorização da diversidade de
saberes e vivências culturais e apropiação de conhecimento e experiências que possibilitem
entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercíicio da
cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência critica e
responsabilidade; com essa competência em mente tratar a diversidade temática possibilita ao
estudante o acesso não apenas intelectual do conteúdo ministrado, mas também a procupação
com a exepriências que podem ser suportes para suas futuras escolhas desse indivíduo.
Já nas habilidade apontadas no material de 8° e 9° Ano temos:
(EF89EF07) Experimentar e fruir um ou mais programas de exercícios físicos,
identificando as exigências corporais desses diferentes programas e reconhecendo a
importância de uma prática individualizada, adequada às características e
necessidades de cada sujeito.
(EF89EF08) Discutir as transformações históricas dos padrões de desempenho, saúde
e beleza, considerando a forma como são apresentados nos diferentes meios
(científico, midiático etc.). (EF89EF09) Problematizar a prática excessiva de
exercícios físicos e o uso de medicamentos para a ampliação do rendimento ou
potencialização das transformações corporais.
(EF89EF10) Experimentar e fruir um ou mais tipos de ginástica de conscientização
corporal, identificando as exigências corporais dos mesmos.
(EF89EF11) Identificar as diferenças e semelhanças entre a ginástica de
conscientização corporal e as de condicionamento físico e discutir como a prática de
cada uma dessas manifestações pode contribuir para a melhoria das condições de vida,
saúde, bem-estar e cuidado consigo mesmo. (BRASIL, 2018, p. 237)

Essas habilidades e objetivos são dadas como peças de extrema importância na

construção dos saberes e concretização do planejamanento que o professor precisa trabalhar,
não tendo hierarquia entre elas o professor escolhe como melhor moldar suas aula e quais
ferramentas usar para contempla-las. No processo de construção do indivíduo é necessária
sencibilidade para que possa perceber como “ser” autor de sua tragetória, levando consigo o
enriquecimento do processo de formação. É importante que ao abordar qualquer tema na
prática considere que o estudante precisa perceber que os movimentos não são apenas ações
relativamente programadas mas caracterizadas por intenções e pelo conhecimento e vontades,
analisar no aspecto global de informação que sua postura envolve. Chegar a esses objetivos
com sucesso requer esforço e apoio pedagógico.
Entende-se que, de modo geral que existem problemáticas na qual fazem com que
algumas vezes esse percurso se torne dificil de ser trilhado, uma das queixas principais no que
tange as aulas práticas de Educação Física são as questões estruturais e materiais.
Em relação a questões estruturais responder a questionamentos de que essa
problemática limitam o docente ao ponto de incapacitá-lo ou pode ser em um processo de
desenvolvimento de suas aulas, uma barreira a ser superada? Os professores têm apoio
formativo envolvendo específicamente esses objetos de conhecimento? A precaridade de
material pedagógico influencia na qualidade do desenvolvimento das aulas?
Pensando nas problemáticas e segurança, um trecho do texto faz uma sutil intenção de
reforço ao uso das práticas pedagógicas adaptadas a realidade das condições:
Ressalta-se que as práticas corporais na escola devem ser reconstruídas com base em
sua função social e suas possibilidades materiais. Isso significa dizer que as mesmas
podem ser transformadas no interior da escola. Por exemplo, as práticas corporais de
aventura devem ser adaptadas às condições da escola, ocorrendo de maneira simulada,
tomando-se como referência o cenário de cada contexto escolar. (BRASIL, 2018, p.
 219)

Exige-se a que a abordagem saia do plano teórico e vá para o plano prático e

pressupondo que o estudante do Ensino fundamental anos finais tenha tido contato com a
temática anteriormente, o professor podendo assim dar continuidade ao desenvolvimento das
habilidades no referido ano. Caso os estudantes não tenham tido experiências anteriomente
trabalhadas o professor necessita de um mapeamento dos conhecimentos básicos, quais outras
fontes de experimentação obtiveram sobre esse tema. No livro didático encontramos direções e
opções possíveis a serem trabalhadas nas aulas, Darido et al. Programa as aulas em sequência
em “ para começar”, onde a proposta e um breve debate para o tema, iniciando de forma simples
os possíveis primeiros contatos com aquele tema, seguido de “ análise e compreenssão”, em
que se transmite maiores infirmações relativa ao objeto, “experimentação e fruição”, para
trabalhar propostas de atividades práticas finalizando com “avaliação e registro”, que
geralmente remete a questionamentos sobre a experiência do estudante, analisando o processo
antes, durante e pós aulas.
Quando o professor se submete ao compromisso de ampliar seu planejamento para
contemplar com essas habilidades é possível perceber uma desmistificação do esteriótipo de
conteúdos que a Educação Física possa oportunizar, não limitando ou fragmento o acesso ao
conhecimento e experiências reais de outras práticas corporais. Porém o fator planejamento e
comprometimento do docente não é o único motivo pelo qual esse temas possam ser “deixados
de lado”, cobrar essa reponsabilide do professor desconsiderando problemátivcas estruruais e
materiais não seria justa. As escola da rede pública sempre enfretaram certas dificuldade e até
precarização, principalmente no que permeia estrutura básica para o desenvolvimento prático
das aulas de Educação Física. Com essa ideia em mente é razoavel deduzir que escolas de zona
periférica tenham mais dificuldades.
É possível transformar as aulas de Educação Física e recriar conteúdos, mas é
necessário visualizar as relidades e em que grau elas comprometem a qualidade do ensino.

Para fins de otimização da pesquisa tendo o cronograma abaixo como referência na

construção do trabalho:
Ano 2023
Meses Atividade
Março Revisão Bibliográfica
Abril Seleção e produção de conteúdos
Maio Produção de questionário
Junho Seleção e inclusão de entrevistados
Julho Aplicação do questionário
Agosto Aplicação de questionário
Setembro Análise de dados
Outubro Tabulaçao dos dados artigo
Novembro Produção do artigo
Dezembro Correções
Janeiro Submissão do artigo
Fevereiro Defesa do trabalho

Referências:
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, 2018.
DARIDO, Suraya Cristina et al . Práticas Corporais – Educação Física. 1. Ed. - São Paulo:
Moderna, 2018.
DAOLIO, Jocimar, Da cultura do corpo. Campinas: Papirus, 1995