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Índice
Visão geral 5
Benvindo a HISTÓRIA DAS INSTITUIÇÕES POLÍTICAS I ....................................... 5
Objectivos da cadeira .................................................................................................... 6
Quem deveria estudar este módulo ................................................................................ 7
Como está estruturado este módulo................................................................................ 8
Ícones de actividade ...................................................................................................... 9
Acerca dos ícones 9
Habilidades de estudo .................................................................................................... 9
Precisa de apoio? ........................................................................................................... 9
Tarefas (avaliação e auto-avaliação) ............................................................................ 10
Avaliação .................................................................................................................... 10
Unidade I 12
Introdução ao Estudo da História Instituições Políticas ......................................................... 12
Introdução……………………………………………………………………………….12
1.1. Introdução ao Estudo da História Instituições Políticas…………………………….12
1.2. História e Política……………………………………………………………..14
Sumário ................................................................................................................................ 20
Exercícios............................................................................................................................. 20
Unidade II 21
Ideias políticas da Antiguidade Grega……………………………………………………..…22
Introdução…………………………………………………………………………….…22
2.1. Herodoto, pai da historia politica e da História……………………………… 23
2.2. Outopismo Filófico - Platão…………………………………………………….…..24
2.3. A cidade como realidade e como ideal - Aristotles…………………………………33
Sumário ................................................................................................................................ 48
Exercícios............................................................................................................................. 49
Unidade III 50
Democracia na antiguidade Grega ........................................................................................ 50
Introdução………………………………………………………………………… 50
3.1 Democracia directa:…………………………………………………………..52
3.1.1. Dracon……………………………………………………………………...52
3.1.2. Sólon………………………………………………………………………..53
3.1.3. Clistenes…………………………………………………………………….54
3.1.4. Péricles…………………………………………………………………….. 56
HO164 - HISTÓRIA DAS INSTITUIÇÕES POLÍTICAS I Da Antiguidade aos Nossos Dias ii
Sumário ................................................................................................................................ 57
Exercícios............................................................................................................................. 58
Unidade IV 59
Autoridade na Antiguidade GREGA....................................... Erro! Marcador não definido.
Introdução…………………………………………………………………………60
4.1. Hipódamo de Mileto………………………………………………………….61
4.2. Xenofonte……………………………………………………………………. 63
Sumário ................................................................................................................................ 67
Exercícios............................................................................................................................. 67
Unidade V 69
Ideais políticas na Autoridade na Antiguidade ROMANA .................................................... 69
Introdução…………………………………………………………………………….....69
5.1. O regime misto……………………………………………………………………...70
5.1.1. Cicero……………………………………………………………………………..70
5.1.2. Polibio……………………………………………………………………………. 72
Sumário ................................................................................................................................ 75
Exercícios............................................................................................................................. 74
Unidade VI 76
Pensamento político Idade Média ......................................................................................... 75
Introdução……………………………………………………………………………….76
6.1. Carecteristicas……………………………………………………………………....76
6.2. Santo Agostinho…………………………………………………………………….77
6.2.1. Tomas de Aquino………………………………………………………………… 83
Sumário ................................................................................................................................ 90
Exercícios............................................................................................................................. 90
Unidade VII 92
___________________________________________________________________________
As reformas politicas e o pensamento politico ...................................................................... 91
Introdução……………………………………………………………………………….92
7.1. Henrique VIII, João Calvino………………………………………………...……...92
Sumário ................................................................................................................................ 96
Exercícios............................................................................................................................. 97
Unidade VIII 98
Pensamento político da idade Moderna ................................................................................. 98
Introdução……………………………………………………………………………….98
8.1. Maquiavel………………………………………………………………………...…99
8.2. Thomas More……………………………………………………………………...100
8.3. Erasmo de roterdão………………………………………………………………..101
HO164 - HISTÓRIA DAS INSTITUIÇÕES POLÍTICAS I Da Antiguidade aos Nossos Dias iii
Unidade IX 105
Teorias mercantilistas e fisiocráticas ................................................................................... 105
Introdução……………………………………………………………………………...106
9.1. Mercantilismo e Fisiocratismo (Luis XIV, Bosuet e Richelieu, Colbert)…………105
Sumário .............................................................................................................................. 110
Exercícios........................................................................................................................... 111
Unidade X 112
Monarquia constitucional ................................................................................................... 112
Introdução……………………………………………………………………………..113
10.1. Montisquieu……………………...………………………………………………114
10.2. Voltaire………………………………………………………………………...…118
10.3. Rousseau………………………………………………………………………… 121
Sumário .............................................................................................................................. 122
Exercicios……………………………………………………………………………………123
Unidade XI 124
Democracia e estado de Direito .......................................................................................... 123
Introdução…………………………………………………………………………...…124
11.1. Democracia e Estado de Direito - Visão geral…………………………………...125
11.2. O Estado na optica de Thomas Hobbes………………………………………… 123
Sumário .............................................................................................................................. 133
Exercicio…………………………………………………………………………………….133
Unidade XV 158
O liberalismo ...................................................................................................................... 158
Introdução…………………………………………………………………………….. 158
15 .1. Saint-Simon: Os Projectos de Governo……………………………………… 158
15.2. Condorcet: A Soberânia Popular……………………………………………….. 159
15.3. Sieyès: A Soberânia Nacional………………………………………………….. 160
15.4. Royer-Collard: Legitimidade e Liberdade……………………………………… 162
Sumário .............................................................................................................................. 163
Exercícios........................................................................................................................... 163
Visão geral
Benvindo a
HISTÓRIA DAS
INSTITUIÇÕES
POLÍTICAS I
A história durante muito tempo foi concebida como o campo mais
apurado da retórica e pelo menos na primeira fase do humanismo
renascentista, nos princípios do séc. XV, não se fazia distinção
entre moralidade pública e privada. A filosofia moral era um guia
de comportamento para qualquer esfera da vida e cabia à história
mostrar como aplicar suas lições a situações específicas. A
necessidade de tornar a história uma fonte de instrução para os
estadista foi um factor importante para a eximir da suserania da
retórica. O historiador humanista que documentava as incertezas
dos assuntos do Estado para o futuro príncipe, formulava injunções,
exortando-o a seguir as máximas incontroversas da moralidade
privada. Os homens se sentiam compelidos, se queriam
compreender a condução da política, a ocupar-se da investigação
histórica.
Objectivos da
cadeira
Quando terminar o estudo de História das Instituições Políticas: da
antiguidade aos nossos dias, o estudante será capaz de:
Objectivos
Explicar as ideias políticas da Antiguidade Grega na concepção
Platão, Aristótoles e Heródoto;
Identificar os pensadores da democracia na antiguidade Grega:
Dracon, Sólon, Clistenes e Péricles;
Caracterizar autoridade na antiguidade Grega na visão Xenofonte e
Pisístrato;
Quem deveria
estudar este
módulo
Este Módulo foi concebido para todos aqueles que Este Módulo foi
concebido para todos aqueles estudantes que queiram ser
professores da disciplina de História, que estão a frequentar o curso
de Licenciatura em Ensino de História, do Centro de Ensino a
Distância. Estendese a todos que queiram consolidar os seus
conhecimentos sobre as Instituições Políticas Áfricanas.
HO164 - HISTÓRIA DAS INSTITUIÇÕES POLÍTICAS I Da Antiguidade aos Nossos Dias 8
Como está
estruturado este
módulo
Todos os módulos dos cursos produzidos pela Universidade
Católica de Moçambique - Centro de Ensino a Distância
encontram-se estruturados da seguinte maneira:
Páginas introdutórias
Um índice completo.
Uma visão geral detalhada do curso / módulo, resumindo os
aspectos-chave que você precisa conhecer para completar o estudo.
Recomendamos vivamente que leia esta secção com atenção antes
de começar o seu estudo.
Conteúdo do curso / módulo
O curso está estruturado em unidades. Cada unidade ncluirá uma
introdução, objectivos da unidade, conteúdo da unidade
incluindo actividades de aprendizagem, um summary da
unidade e uma ou mais actividades para auto-avaliação.
Outros recursos
Para quem esteja interessado em aprender mais, apresentamos uma
lista de recursos adicionais para você explorer. Estes recursos
podem incluir livros, artigos ou sites na internet.
Tarefas de avaliação e/ou Auto-avaliação
Tarefas de avaliação para este módulo encontram-seno final de
cada unidade. Sempre que necessário, dão-se folhas individuais
para desenvolver as tarefas, assim como instruções para as
completar. Estes elementos encontram-se no final do modulo.
Comentários e sugestões
Esta é a sua oportunidade para nos dar sugestões e fazer
comentários sobre a estrutura e o conteúdo do curso / módulo. Os
seus comentários serão úteis para nos ajudar a avaliar e melhorar
este curso / modulo.
HO164 - HISTÓRIA DAS INSTITUIÇÕES POLÍTICAS I Da Antiguidade aos Nossos Dias 9
Ícones de
actividade
Ao longo deste manual irá encontrar uma série de ícones nas
margens das folhas. Estes icones servem para identificar diferentes
partes do processo de aprendizagem. Podem indicar uma parcela
específica de texto, uma nova actividade ou tarefa, uma mudança
de actividade, etc.
Acerca dos ícones
Pode ver o conjunto completo de ícones deste manual já a seguir,
cada um com uma descrição do seu significado e da forma como
nós interpretámos esse significado para representar as várias
actividades ao longo deste curso / módulo.
Habilidades de
estudo
Caro estudante, procure reservar no mínimo 2(duas) horas de
estudo por dia e use ao máximo o tempo disponível nos finais de
semana. Lembre-te que é necessário elaborar um plano de estudo
individual, que inclui, a data, o dia, a hora, o que estudar, como
estudar e com quem estudar (sozinho, com colegas, outros).
Lembre-te que o teu sucesso depende da tua entrega, tu és o
responsável pela tua própria aprendizagem e cabe a ti planificar,
organizar, gerir, controlar e avaliar o teu próprio progresso.
Evite plágio.
Precisa de apoio?
Caro estudante:
Os tutores têm por obrigação monitorar a sua aprendizagem, dai o
estudante ter a oportunidade de interagir objectivamente com o
tutor, usando para o efeito os mecanismos apresentados acima.
Todos os tutores têm por obrigação facilitar a interação. Em caso
de problemas específicos, ele deve ser o primeiro a ser contactado,
numa fase posterior contacte o coordenador do curso e se o
problema for da natureza geral, contacte a direcção do CED, pelo
número 825018440.
HO164 - HISTÓRIA DAS INSTITUIÇÕES POLÍTICAS I Da Antiguidade aos Nossos Dias 10
Tarefas (avaliação
e auto-avaliação)
O estudante deve realizar todas as tarefas (exercícios, actividades e
auto-avaliação), contudo nem todas deverão ser entregues, mas é
importante que sejam realizadas. As tarefas devem ser entregues
antes do período presencial.
Para cada tarefa serão estabelecidos prazos de entrega, e o não
cumprimento dos prazos de entrega, implica a não classificação do
estudante
As trabalhos devem ser entregues ao CED e os mesmos devem ser
dirigidos ao tutor/docentes.
Podem ser utilizadas diferentes fontes e materiais de pesquisa,
contudo os mesmos devem ser devidamente referenciados,
respeitando os direitos do autor
Avaliação
Tu serás avaliado durante o estudo independente (80% do curso) e
o período presencial (20%). A avaliação do estudante é
regulamentada com base no chamado regulamento de avaliação.
Os trabalhos de campo por ti desenvolvidos , durante o estudo
individual, concorrem para os 25% do cálculo da média de
frequência da cadeira.
Os testes são realizados durante as sessões presenciais e concorrem
para os 75% do cálculo da média de frequência da cadeira.
Os exames são realizados no final da cadeira e durante as sessões
presenciais, eles representam 60% , o que adicionado aos 40% da
média de frequência, determinam a nota final com a qual o
estudante conclui a cadeira.
A nota de 10 (dez) valores é a nota mínima de conclusão da
cadeira.
Nesta cadeira o estudante deverá realizar: realizar realizar 3 (três)
trabalhos, 2 (dois) teste e 1 (um) exame.
Unidade I
Introdução ao Estudo
da História Instituições
Políticas
Introdução
Nesta unidade ira se abordar a história das instituições políticas,
facultando desta feita sobre o seu campo de acção, destacando o
seu objecto de estudo desde a existência da sociedade. No contexto
da história e política alguns pensadores fazem comentário da
relação existente entre a história e a política, compreendendo o
período humanismo, que se começou a evidenciar esta visão.
Mas isto não significava que os estadistas nada pudessem fazer para
melhorar as condições das suas politeias. Uma análise histórica
rigorosa, revela a tendência para o equilíbrio de poder; e um
estadista familiarizado com situações comparáveis do passado,
avaliaria mais facilmente as forças antagónicas que limitavam o
âmbito da sua própria acção. A grande lição que a história tinha para
ensinar era que a acção estava sujeita a constrangimentos
HO164 - HISTÓRIA DAS INSTITUIÇÕES POLÍTICAS I Da Antiguidade aos Nossos Dias 17
Sumário
A história humanista, tanto em teoria como na prática, era uma
deliberada imitação de métodos que prevaleceram num período
considerado representativo do apogeu da realização cultural. Os
objectivos da história tinham sido resumidos por Aristóteles
(história como fonte de instrução semelhante à poesia no seu
interesse real pelos pormenores, mas de âmbito mais restrito devido
à sua preocupação com o que realmente acontecia) e por Cícero (a
ênfase colocada na dignidade da vida pública determinava o campo
próprio do historiador).
Exercícios
1. Descrever a importância da história das instituições políticas.
2. Como era concebida a história humanística.
Unidade II
Ideias políticas da
antiguidade GREGA
Introdução
Heródoto é atribuído o papel fundamental de pai da historia, por ter
se dedicado em registar a historia, não só historia da Grécia, ma
também Egipto e a Mesopotamia
Platão tem sido bastante estudado, quer como filósofo quer como
escritor, e de tal maneira foi estudado pelos filósofos que há uma
multiplicação de Platões, pois cada comentador construiu um a sua
medida. Já Aristóteles começa por estudar a origem das
constituições de Atenas desde a época em que são historicamente
conhecidas, para depois apresentar, numa segunda parte, as
instituições do direito positivo. Organiza os órgãos políticos
dividindo-os em três categorias, de acordo com os critérios que
farão a glória tardia de Montesquieu.
1 Heródoto de Halicarnasso foi um historiador grego, continuador de Hecateu de Mileto, nascido no século V a.C. (420 a.C. -
485 a.C.?), foi o autor da história da invasão persa da Grécia nos princípios do século V a.c., conhecida simplesmente como
As histórias de Heródoto. Esta obra foi reconhecida como uma nova forma de literatura pouco depois de ser publicada. Antes
de Heródoto, tinham existido crónicas e épicos, e também estes haviam preservado o conhecimento do passado.
2
GOMES. Raul Rodriguis, introdução ao Pensamento Histórico, p. 48
HO164 - HISTÓRIA DAS INSTITUIÇÕES POLÍTICAS I Da Antiguidade aos Nossos Dias 23
Melhor assim do que ter que recorrer a mitologia, sem ser ainda
uma ciência, a história ensaia com Heródoto os seus primeiros
passos na senda da cientificação.
4
Aristóteles (384-322 a.C.) foi um filósofo grego nascido em Estagira, um dos maiores pensadores de todos os tempos e
considerado o criador do pensamento lógico. Suas reflexões filosóficas, originais ou reformuladas, acabaram por configurar um
modo de pensar que se estenderia por séculos. Prestou inigualáveis contribuições para o pensamento humano, destacando-se
a ética, política, física, biologia, poesia, psicologia, etc. É considerado por muitos o filósofo que mais influenciou o pensamento
ocidental.
HO164 - HISTÓRIA DAS INSTITUIÇÕES POLÍTICAS I Da Antiguidade aos Nossos Dias 33
Uma vez que Aristóteles entende, tal como os seus antecessores, que
o objectivo do governo dos homens é torná-los virtuosos, poder-se-
ia pensar que a política esta subordinada à moral. Pelo contrário: a
política é que é a arte ou ciência do comportamento colectivo,
abarca a moral, na medida em que esta é a arte ou ciência do
comportamento individual.
HO164 - HISTÓRIA DAS INSTITUIÇÕES POLÍTICAS I Da Antiguidade aos Nossos Dias 34
Uma vez que a natureza dos seres resultados seus fins, o estado
natural é o estado político. São várias as justificações para isso:
linguagem humana que é completamente diferente do grito do
animal, e no sentido moral, essa intuição do bem e do mal, do justo
e do injusto, que é própria da consciência humana.
e) Asimnecia tem a ver com a realeza por ser criada por livre
escolha, mas distingue-se dela por não ser hereditária. Tem a ver
com o despotismo por conferir poderes tirânicos ao asimneta. Tanto
pode ser vitalícia ou temporária, limitada a uma época previamente
fixada; também pode visar a obtenção de determinado resultado.
Pode por exemplo, ser confiada durante o período de uma guerra, ou
para repressão de desordens. A população designa, vitaliciamente,
por um período ou para uma acção determinada, uma personagem
que lhe parece possuir as qualidades necessárias para a superação
das dificuldades presentes.
HO164 - HISTÓRIA DAS INSTITUIÇÕES POLÍTICAS I Da Antiguidade aos Nossos Dias 40
Oligarquias
Já se disse que a oligarquia é o governo de vários. O número de
governantes pode variar consideravelmente, de uns poucos à um
grande número, mas continua a constituir uma minoria em relação à
população da Cidade.
difere da anterior por ser mais diluída e porque a lei intervém para
regularizar as funções.
Democracias
Embora a médiocracia, devido ao alargamento do número de
governantes, ao ultrapassar a maioria dos nacionais livres e adultos,
do sexo masculino, pudesse, ser considerada, de acordo com as
nossas concepções actuais, uma democracia, não o é aos olhos de
Aristóteles. Para ele, maioria ou minoria não são indicações
HO164 - HISTÓRIA DAS INSTITUIÇÕES POLÍTICAS I Da Antiguidade aos Nossos Dias 44
Sumário
No que compreende os primeiros pensadores políticos da
antiguidade destacaram-se, Heródoto, Platão, Aristóteles, que
debruçaram sobre as questões políticas da Grécia.
Platão, seria errado acreditar que basta fazer leis sobre as acções
relativas à ordem pública, sem ser necessário descer até à família.
Também seria errado deixar a cada um a liberdade de viver à sua
maneira no seu espaço interior. Igualmente errado seria ainda
acreditar que não há necessidade de subordinar tudo à autoridade.
Logo, nenhuma parcela é reservada à liberdade ou deixada à
espontaneidade e a iniciativa individual. Aristóteles entende, tal
como os seus antecessores, que o objectivo do governo dos homens
HO164 - HISTÓRIA DAS INSTITUIÇÕES POLÍTICAS I Da Antiguidade aos Nossos Dias 49
Exercícios
1. Discuta as ideias de Platão sobre os princípios e tipos de governo.
2. Na concepção de Aristóteles, Existem assim duas séries de governo,
cada uma com três formas. Caracterize-as.
Unidade III
Democracia na
antiguidade
Grega
Introdução
3.1.1 Drácon
3.1.2 Sólon
A democracia nasceu quando um nobre grego chamado Sólon
decidiu propor em 594 a.C um novo sistema de governo para
Atenas, uma das mais poderosas cidades-estado da Grécia antiga.
3.1.3 Clístenes
A historiografia encontra nos escritos de Heródoto e Aristóteles as
principais referências documentais acerca do modo pelo qual
Clístenes chega ao poder. Mas, certamente, é o relato do autor da
História aquele que – talvez por encontrar-se cronologicamente
mais próximo dos acontecimentos - apresenta uma versão mais
fidedigna dos fatos. Ressalte-se que na narrativa de Aristóteles, o
papel do povo teria sido muito mais significativo, e Clístenes,
inserido na época do estagirita como personagem do discurso que a
propaganda democrática afirmava com destaque, era apresentado
como um verdadeiro líder popular, fiel representante das
expectativas dos menos favorecidos.
Clístenes aboliu este sistema e criou dez novas tribos, cada uma
delas contendo elementos pertencentes a zonas muito diversas de
Atenas. Isto acarretou o desaparecimento do sentimento local como
força política, posto que deixou de ser relevante nas ações das
diversas tribos. O desaparecimento das velhas fronteiras tribais
facilitou que a Ática respondesse com maior facilidade à chamada à
uma unidade nacional que ultrapassasse as adesões particulares e
que a influência dos proprietários de terra se visse
consideravelmente reduzida.
3.1.4 Péricles
Sumário
Péricles foi um estratego e político grego, um dos principais líderes
democráticos de Atenas e a maior personalidade política do século
V a.C. foi o maior responsável por muitos dos projectos de
construção que incluem muitas das estruturas sobreviventes da
acrópole, tendo encarregado o escultor também ateniense Fídias
como o supervisor do programa de embelezamento da cidade.
Drácon ou Draconte foi um legislador ateniense recebeu em 621
a.C. poderes extraordinários para por fim ao conflito social
provocado pelo golpe de estado de Cilón e o exílio de Megacles.
Incumbido pelos atenienses de preparar um código de leis escritas
(até então eram orais), Drácon elaborou um rígido código de leis
baseado nas normas tradicionais arbitradas pelos juízes.
Deve-se a Drácon o começo de um importante princípio do Direito
Penal: a diferença entre o homicídio involuntário, voluntário e
legítima defesa, Sólon foi um poeta e legislador ateniense que em
594 a.C. iniciou uma reforma onde as estruturas social,política e
econômica da pólis ateniense foram alteradas. É aristocrata por
nascimento e trabalhava no comércio. Fez reformas abrangentes
sem conceder aos grupos revolucionários e sem manter os
privilégios dos eupátridas. Ele cria a eclésia (assembléia popular).
Clístenes foi um nobre ateniense que, além de liderar uma revolta
popular, reformou a constituição da antiga Atenas em 508 a.C.,
sendo considerado, geralmente, o pai da democracia, por tê-la
implantado. Realizou uma verdadeira reforma política que
proporcionou aos cidadãos, independentemente do critério de
HO164 - HISTÓRIA DAS INSTITUIÇÕES POLÍTICAS I Da Antiguidade aos Nossos Dias 58
Exercícios
Unidade IV
Autoridade na
Antiguidade
GREGA
Introdução
Uma das questões muito debatidas a nível da historia das
instituicoes politicas é a questão da autoridade, esse tema não
representa uma questão actual, vem desde a antiguidade, sobretudo
na gracia antiga.
Nesta unidade, os pensadores políticos que mais se debruçaram,
sobre a autoridade na Grécia, Xenofonte
4.2 Xenofonte
Sumário
Pesístrato identificou-se com a tirania, uma vez que quando o poder
chegou em suas mãos já Atenas se encotrava em conturbações
sócias que levou ele a tomar esta posição, entretanto na sua
direcção efectuou algumas reformas, como era habitual nos tiranos,
Pisístrato procura proteger as classes desfavorecidas que o
conduziram ao poder, isentando os mais pobres do pagamento de
impostos. A estes concede igualmente empréstimos e terras.
Exercícios
1. O autoritarismo é uma politca que não concede a liberdade ao
indivíduo num determinado território: o poder é sustentado por um
conjunto de ideias ou princípios que não aceitam alternativas ao
modelo de sociedade vigente, nem permitem a existência legal de
oposição.
Unidade V
Ideais políticas na
Autoridade na Antiguidade
ROMANA
Introdução
A república romana gerou homens de Estado, oradores, e soldados
dóceis aos factos e às suas lições, mais preocupados com os
acontecimentos do que com a elaboração de teorias. A sua
existência muito activa e ocupada na guerra, nos debates do fórum
e na perseguição de honras, confirmam a ideia que os homens só
escrevem sobre política por não poderem exercê-la.
5.1.2 Polibio
5
Nasceu à (201-120 a.C.), também conhecido por Polibius, foi um geógrafo e historiador grego, famoso pela sua obra
Histórias, cobrindo a história do mundo Mediterrâneo no período de 220 a.C. a 146 a.C.. É-lhe também atribuída a invenção de
um sistema criptográfico de transliteração de letras em números.
HO164 - HISTÓRIA DAS INSTITUIÇÕES POLÍTICAS I Da Antiguidade aos Nossos Dias 72
Uma vantagem dum regime misto é resistir a evolução fatal que leva
a ruína os vários regimes. Porque o Estado estacionário é
inconcebível, qualquer constituição por muito boa que seja tem
tendência a alterar-se, a degenerar pois contém naturalmente em si o
seu princípio de morte.
6
Marcus Cato, também chamado o Antigo, ou o Censor, nasceu em Tusculo no ano 243 a.C. e morreu a 149 a.C. Estadista
romano, travou batalha contra o luxo e eliminou os senadores que considerou indignos. Combateu ainda o helenismo em nome
de uma moral radicalmente austera. Com medo de uma desforra, pregou continuamente a destruição de Cartago. Dedicou
desde cedo aos seus estudos e arte militar. Escreveu a maior parte das suas obras depois dos 50 anos. Era um escritor que
odiava os patricios, suas obras foram escritas em meio uma admiração e desprezo pelas coisas gregas.
HO164 - HISTÓRIA DAS INSTITUIÇÕES POLÍTICAS I Da Antiguidade aos Nossos Dias 74
Sumário
O pensamento romano em matéria política só surge com o reflexo
da luz grega em que os seus representantes são um grego
conquistado e romanizado (Políbio), e um orador romano
helenizado (Cícero). Admiravam-se demasiado a eles próprios, e
por isso só lhes interessava as suas próprias histórias que
deformaram para melhor servir o seu orgulho. Quanto às
instituições de outros povos, achavam-nas desprezíveis uma vez
que haviam se tornado instituições de vencidos e de súbditos e por
isso não lhes mereciam estima nem sequer curiosidade.
Exercícios
1. Qual o regime político defendido por Políbio como ideal?
Justifique porquê.
Unidade VI
Pensamento
político Idade
Média
Introdução
A Bíblia a base de toda a reflexão cristã da idade média, tanto no
oriente como no ocidente. Os homens da idade média europeia
viveram numa extrema familiaridade com os actores desta história
adquiriram também mecanismo específico de pensamento, a um
tempo submetido à autoridade dos textos sagrados e dos escritos
dos padres e virados para a minuciosa investigação do seu sentido
sempre atentos aos significados das palavras e dos conceitos que
elas representavam.
6.1 Características
7
Nasceu (354-430), norte da África, filho de pai pagão e de mãe cristã – Santa
Monica.
HO164 - HISTÓRIA DAS INSTITUIÇÕES POLÍTICAS I Da Antiguidade aos Nossos Dias 78
8
Viveu entre 1225-1274, filho e de Conde de Aquino, nasceu na localidade de
nápoles. Este foi grande inlectual, deixou uma obra escrita imensa, sobre tudo
nos dominis da filosofia e da teologia.
HO164 - HISTÓRIA DAS INSTITUIÇÕES POLÍTICAS I Da Antiguidade aos Nossos Dias 83
Lei humana que é imposta pela razão para aplicar a regra essencial
da lei natural, que manda fazer o bem e evitar o mau;
Mas, por razões prática, o regime ideal não deve ser uma
monarquia pura. Assim, o regime misto preconizado é uma
monarquia temperada por elementos da aristocrácia e por
elementos de república seguindo aqui bastante o pensamento de
Aristóteles e de de Cicero, regime que resulta de uma boa mistura:
de monarquia, enquanto há alguém que dirige; de aristocracia,
enquanto muitos participam na governação segundo as suas
virtudes; e de democracia, isto é, poder do povo, enquanto os
governantes podem ser eleito pelo povo e ao povo compete a
eleição dos príncipes.
Sumário
Santo Agostinho, sob o ponto de vista das ideias politicas, trata
varios problemas de relevo – a distincao entre as duas cidades, uma
concepção particular sobre a natureza humana, a noção do estado, a
sociedade e poder, a paz, as funções da autoridade e, enfim as
relações entre a igreja e o estado. Santo Agostinho apresenta-nos
uma visão profudamente pessimista acerca da natureza humana,
Exercícios
1. Caracterize o pensamento político durante a idade média
Auto-avaliação
HO164 - HISTÓRIA DAS INSTITUIÇÕES POLÍTICAS I Da Antiguidade aos Nossos Dias 91
Unidade VII
As reformas politicas e
o pensamento politico
Introdução
No âmbito da reforma política na Inglaterra e França, destacaram-
se o Henriques VIII e João Calvino que impulsionaram o
pensamento protestante na Europa. Implementaram grandes
reformas nos seus países, tendo a igreja desempenhado um papel
fundamental, aliando-se ao estado, interpretando a sociedade sob
visão da bíblia.
João Calvino
Sumário
Henrique VIII foi um papa em seu reino. Ele, no mínimo, trouxe à
luz, na aurora dos tempos modernos, as tensões sempre crescentes
entre a Igreja e o Estado: anistia do clero nacional mediante
pagamento de multa, restrição do pagamento das anatas ao papa;
ato para submissão do clero, ato proibindo qualquer pagamento de
anatas, ato de supremacia decretando que o rei é chefe supremo da
Igreja da Inglaterra; Calvino concentra-se numa visão biblica de
acordo com o princípio da Predestinação, por causa de seus
HO164 - HISTÓRIA DAS INSTITUIÇÕES POLÍTICAS I Da Antiguidade aos Nossos Dias 96
Exercícios
1. Fale das reformas implementada pelo Henriques VIII na Inglaterra;
Unidade VIII
Pensamento
político da idade
Moderna
Introdução
Neste período a idade moderno, os pensadores vão debruçar sobre
os princípios a se ter em relação aos príncipes na direcção do seu
governo, alguns optando pelo realismo como Maquiavel, os
princípios cristão Erasmo de Roterdão, T. More imagina então um
sistema comunitário em que todos trabalham e cada um trabalha
pouco.
Entretanto Maquiavel não faz juizo morais, para ele não tem sentido
destinguir entre rei e tirano, o principe é bom ou mau, não em
função do êxito político. Bom é o principe capaz de conquistar o
poder e de o manterpor muitos anos, é mau aquele que não chega a
possuir ou que perde em pouco tempo, no entanto para ele o único
criterio é o êxito politico.
Sumário
O princípio de Maquiavel era de que o príncipe deveria ser
calculista, realista, egoísta, habilidoso, grande, em questões de
natureza governativa. De modo a satisfazer o seu ideal de amizade
e fraternidade, T. More imagina então um sistema comunitário em
que todos trabalham e cada um trabalha pouco. Só ficam isentas da
obrigação do trabalho quinhentas pessoas que, após selecção se
entregam a metafísica. Naturalmente, a partir d momento que existe
comunidade de bens, a vida tem de ser severamente regulamentada,
a fim de evitar abusos.
Exercícios
1. Descreva em Maquiavel os ideias a ter o príncipe.
2. Caracterize as Ideias Políticas de Thomas More.
3. Mencione os deveres do príncipe na concepção de Erasmo de
Roterdão.
4. Apresente semelhança e diferença entre Maquiavel e Erasmo.
Unidade IX
Teorias
mercantilistas e
fisiocráticas
Introdução
Mercantilismo foi uma doutrina económica e política que vigorou
na Europa que tinha como objectivo garantir o poder ao esatdo
absolutista através de acumulacao de metais precioso, em contra
apartida no século XVIII apareceu outra corrente que opôs
afirmando que a riqueza da não dependia da agricultura, o
fisiocratismo.
Sumário
Exercícios
1. Descrever o contributo do expoente máximo do mercantilismo.
Unidade X
Monarquia
constitucional
Introdução
O estado moderno trás consigo muitas inovacoes, dentro das quais
a monarquia constitucional.
Vários autores foram defensoraes deste modelo política adoptando
um pouco apos a revolucao francesa. Nesta unidade far-se-á um
estudo dos autores a titulo exemplificativo o Montisqueu, Violteire
e Rosseau.
10.1 Montesquieu e
A vida de Montesquieu transcorreu entre meados do século XVII d.
C. e a primeira metade do século XVIII d. C., período que abrange
o apogeu do Ancient Regime na França.
O Espírito das Leis inicia-se com uma teoria geral das leis, a qual
constitui a base da filosofia política de Montesquieu. Na sequência,
Montesquieu, com o intuito de fazer uma obra de ciência positiva,
remodela as classificações tradicionais dos regimes políticos.
Distingue três espécies de governo: republicano, monárquico e
despótico. Em cada tipo de regime, que observa aqui ou ali pelo
mundo, ele estuda sucessivamente a natureza, ou seja, as estruturas
constitutivas que nele se podem notar, e o princípio, ou seja, o
mecanismo do seu funcionamento. Por fim, procura analisar os
meios e factores que, numa perspectiva jurídica-normativista e
política, eventualmente conduzem ao "bom governo".
10.2 Voltaire
O escritor e filósofo francês François Marie Arouet(1694-1778)
pseudônimo Voltaire, foi mais um defensor das liberdades civis do
que um reformador político. Viveu isolado por três anos na
Inglaterra, onde foi influenciado pelas idéias de John Locke e de
Newton.
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9
AMARAL. Diogos Freitas, história das ideias políticas, vol II, p.41
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Sumário
Montesquieu, com o intuito de fazer uma obra de ciência positiva,
remodela as classificações tradicionais dos regimes políticos.
Distingue três espécies de governo: republicano, monárquico e
despótico. Em cada tipo de regime, que observa aqui ou ali pelo
mundo, ele estuda sucessivamente a natureza, ou seja, as estruturas
constitutivas que nele se podem notar, e o princípio, ou seja, o
mecanismo do seu funcionamento, procura analisar os meios e
factores que, numa perspectiva jurídica-normativista e política,
eventualmente conduzem ao bom governo. Rosseau a melhor
constituição sera, pois aquele em que o poder executivo estiver
unido ao legislativo: quem faz as leis sabe melhor que ninguém
como elas devem ser interpretadas e executads.
HO164 - HISTÓRIA DAS INSTITUIÇÕES POLÍTICAS I Da Antiguidade aos Nossos Dias 122
Exercicio
1. O Espírito das Leis inicia-se com uma teoria geral das leis, a qual
constitui a base da filosofia política de Montesquieu.
Unidade XI
Democracia e
estado de Direito
Introdução
A separação e a divisão dos poderes foram concebedas como
formula prática de obter a limitação efectiva de poder político e
garantir os direitos individuais. Hobbes expôs a única teoria
política segundo a qual o Estado não se baseia em nenhum tipo de
lei que determine o que é certo ou errado no interesse individual em
relação às coisas públicas, mas sim nos próprios interesses
individuais, de modo que o interesse privado e o interesse público
são a mesma coisa.
força para obrigá-lo a tanto»), nem cria laços permanentes entre ele
e os companheiros. O resultado é a inerente e confessada
instabilidade da comunidade – Commonwealth – de Hobbes, cuja
própria concepção prevê a sua ulterior dissolução: «quando numa
guerra (estrangeira ou intestina) os inimigos obtêm a vitória final...
então o Commonwealth é dissolvido, e cada homem tem a liberdade
de se proteger a si mesmo». Esta instabilidade é surpreendente na
teoria de Hobbes, na medida em que o seu objectivo primário é
assegurar um máximo de segurança e estabilidade.
Sumário
Exercício
1. Identifique as correntes do estado de direito.
2. Apresente em linhas gerais os dados fundamentais do estado de
direito.
Unidade XII
Estado
corporativo
Introdução
No que diz respeito ao estado corporativista, vai se destacar nesta
unidade Althusius que procurou por definir exactamente o objecto
da política. Nesta prespectiva ele procura enquadrar, ao seu ver, a
política numa prespectiva simbiótica, que quer dizer, a arte de
associar os homens para o estabelecimento, direcção e conservação
da vida social.
12.1 Althusius
Ao contrário de muitos outros, Althusius esforça-se por definir
exactamente o objecto da política. A seu ver, a política é uma
simbiótica, quer dizer, a arte de associar os homens para o
estabelecimento, direcção e conservação da vida social. Assim,
HO164 - HISTÓRIA DAS INSTITUIÇÕES POLÍTICAS I Da Antiguidade aos Nossos Dias 134
Sumário
A vida em comum, supõe sempre a existência permanente de
governantes, investidos de um poder jurídico sobre a comunidade.
Após constituir estas comunidades, Althusius utiliza-as como
HO164 - HISTÓRIA DAS INSTITUIÇÕES POLÍTICAS I Da Antiguidade aos Nossos Dias 136
Exercício
1. O elemento principal da comunidade simbiota é a comunicação
que tem triplo aspecto. Identifique-os e explique cada um destes
aspectos.
2. O que é o Estado corporativo defendido por Althusius?
Unidade XIII
Estado soberano
Introdução
Bodin publicou numerosas edições da República, ainda várias
obras sobretudo de carácter filosófico, e que lhe permiteu ser o
construtor de um conceito fundamental da ciência política e do
direito público a soberania. Enaltecendo o papel do estado ao
estado não compete intervir naquilo que pertence a esfera privada
das pessoas, nomeadamente não compete estado intervir na vida da
família e no seu esteio material, que é a propriedade. A propriedade
e a família são, assim, dois limites ao poder soberano.
13.1 Bodin
Jean Bodin10 o âmbito político da França foi de profunda crise –
fraqueza da monarquia, lutas religiosas entre católicos e
protestante, guerra civil, Bodin adere ao partido dos políticos que
10
Jean Bodin (1530-1596), Francês de família cultivada, tendo estudado no
convento, posteriormente tendo ir estudar filosofia e direito mais tarde na
universidade de Toulouse em Paris.
HO164 - HISTÓRIA DAS INSTITUIÇÕES POLÍTICAS I Da Antiguidade aos Nossos Dias 138
São três:
_______________________________
Sumário
Bodin vai ser identificado como o fundador da soberania, uma vez
procurou estabelecer os elementos fundamentais da soberana,
descrevendo de antemão que o poder soberano tem limites e
atributos, entretanto o estado deve agir em função da família e não
do indivíduo.
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______________________
Exercício
1. Apresente os elementos fundamentais da soberania.
Unidade XIV
Os primeiros sintomas
do liberalismo
Introdução
A democracia liberal resultou, dessa forma, de uma complexa
articulação entre liberalismo e democracia, tanto as concepções
democráticas tanto como as liberais foram ideologias da burguesia,
algun pensadores como Lock, Montesquieu e Rosseau foram os
grandes iluminisats que debruçaram sobre esta matéria.
Sumário
No entanto os pensadores do liberalismo tinham várias concepções
no que diz respeito a este termo: Montesquieu a liberdade é o
direito de fazer tudo o que as leis permitem, e se um cidadão
pudesse fazer o que elas proíbem, não haveriam liberdades, porque
todos os outros teriam o mesmo poder; Rossseau Parti do
pressuposto de que a liberdade de cada um está garantida quando
cada indivíduo está sujeito a obrigações que são iguais para todos e
que encontram a sua expressão na lei, cria os conceitos de vontade
geral e de soberania popular; Para Lock O estado é o contrato
social, em resultado do qual o poder de governar a comunidade vai
ser atribuído a alguns com o consentimento de todos, a
transferência deste poder, pode no entanto, cessar quando não for
adequada aos fins que visa alcançar, na medida em que se trata de
HO164 - HISTÓRIA DAS INSTITUIÇÕES POLÍTICAS I Da Antiguidade aos Nossos Dias 157
___________________________________
Exercício
a) Faça uma análise sobre o surgimento do Liberalismo e ou
democracia.
b) Descreva os tipos de liberalismo que conheces.
c) Destinga o liberalismo clássico do liberalismo extremista.
d) Faça comentário na visão de Jacques Rousseau sobre a soberania
popular.
Unidade XV
O liberalismo
Introdução
O Liberalismo pode encontrar algumas de suas raízes no
humanismo que se iniciou com a contestação da autoridade das
igrejas oficiais durante a renascença, cuja defesa do direito de
escolher seu próprio rei pode ser vista como percursora das
reivindicações de soberania popular. Mas os movimentos tidos
como verdadeiramente liberais surgem durante o iluminismo.
Sumário
O Liberalismo é uma doutrina ou corrente do pensamento político
que defende a maximização da liberdade individual mediante o
exercício dos direitos e da lei. Defende uma sociedade
caracterizada pela livre iniciativa integrada num contexto definido
que inclui um sistema de governo democrático, o primado da lei, a
liberdade de expressão e a livre concorrência económica.
Exercícios
1. Em que consiste o poder legislativo na perspectiva de
Condorcet?
2. Distingue soberania popular da soberania nacional.
HO164 - HISTÓRIA DAS INSTITUIÇÕES POLÍTICAS I Da Antiguidade aos Nossos Dias 164
Unidade XVI
Constitucionalism
o democrático
Introduçao
A monarquia constitucional, quando limitada e não partilhada,
continua a ser uma monarquia. A democracia constitucional,
submetida a um sistema interno de freios e contrapesos, continua a
ser uma democracia. É precisamente a sua única maneira de existir,
e ai reside, por certo a explicação para o escasso uso dado à
expressão democracia constitucional, apesar da sua pertinência.
Sumário
a) O constitucionalismo democrático exige, a existência de
uma diversidade de opiniões e a sua aceitação deliberada. A
liberdade de opinião exige a não-limitação prévia das opiniões
concorrentes. No estado de sociedade, tudo deve ser dito
livremente, não só porque o estado nada tem a temer de que tudo
seja dito, mas por ter o maior interesse em que seja dito. Pois se é
verdade que o pensamento se irrita com a contradição, ainda é mais
verdade que se irrita e se azeda com a solidão e a impossibilidade
de se expandir.
Exercícios
1. Dê o conceito de Democracia Constitucional.
2. Explique o papel do Estado nesse modelo.
Unidade XVII
Formas de poder e
dominação (governo e
regimes)
Introdução
Dominação é à probabilidade de encontrar obediência a ordens
específicas, ou a toda ordem, por parte de um dado grupo de
pessoas. Toda relação autêntica de dominação comporta um
mínimo determinado de vontade de obedecer, por conseguinte, de
interesse em obedecer. Nem toda dominação se serve de recursos
económicos, muito menos existem recursos económicos
subjacentes a toda dominação. Mas toda a dominação sobre uma
pluralidade de pessoas requer um quadro de pessoas, ou seja, a
probabilidade crível de uma acção exclusivamente dirigida à
execução das suas disposições gerais e ordens concretas por parte
de determinadas pessoas garantidamente obedientes.
Monarquia e República
É necessário ter em consideração que estes conceitos foram
evoluindo no decurso da história política:
HO164 - HISTÓRIA DAS INSTITUIÇÕES POLÍTICAS I Da Antiguidade aos Nossos Dias 176
Sumário
Chamamos dominação, à probabilidade de encontrar obediência a
ordens específicas, ou a toda ordem, por parte de um dado grupo de
pessoas. São três os tipos puros de dominação legitima:
Exercícios
1. Diferencie formas de gorverno e sistemas de governo.
Unidade XVIII
Partidos políticos
Introduçao
A questão dos partidos políticos é assunto que merece uma especial
atencao em matéria de história das instituições políticas, nesta
unidade propõem-se apresentar o conceito de partido político que
foi evoluindo com o andar dos tempos, e apresentar ainda os tipos
de partidos políticos. O surgimento de partidos políticos coincide
com o surgimento do Estado constitucional, a partir do séc. XIX, e
desenvolve-se paralelamente ao alargamento do direito de sufrágio
durante o séc. XIX
Sumário
O surgimento de partidos políticos coincide com o surgimento do Estado
constitucional, a partir do séc. XIX, e desenvolve-se paralelamente ao
alargamento do direito de sufrágio durante o séc. XIX. Um partido
político é toda a associação duradoura de cidadãos ou entidades em que
estes se agrupem, que vise representar politicamente de modo global a
colectividade e participar no funcionamento do sistema de governo
constitucionalmente instituído, contribuindo para a designação dos
titulares dos órgãos de poder político do Estado.
Exercícios?
1. Difina Partido Político.
2. . Tendo em conta as leituras feitas, qual o sistema de partido
praticado em Moçambique?
Referências
Bibliográficas
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Editora Almedina, 1997
AMARAL, Diogo Freitas; História das ideias políticas, Vol II, Lisboa:
Editora Almedina, 2001
BURNES, Edward McNall (1984), História da civilização
Ocidental, Porto Alegre
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- COPANS, Jean (1977), Antropologia, Ciência das Sociedades
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- FORTES, M.& EVANS-PRITCHARD, E.E.(1981), Sistemas
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- GAGE, J.D. (1978), História de África, Lisboa, Edições 70
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- MIRANDA, Jorge(1996), Ciência Política: Formas de Governo,
Pedro Ferreira Editor, Lisboa.
- MOREIRA, Adriano(2001), Ciência Política, Livraria
Almedina, Coimbra.
- MOORE, Jr. Barrington (s/d) As origens sociais da ditadura e
da democracia – senhores e camponeses na construção do mundo
moderno, Lisboa, Edições Cosmos
- NIANI, D.T. (1998), História Geral da áfrica – A África do
século XII ao século XVI, Vol IV, São Paulo/Paris, Ática/Unesco
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