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REPÚBLICA DE ANGOLA

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
COMPLEXO ESCOLAR PRIVADO DIE-MPINDA

CURSO DE CIÊNCIAS FÍSICAS - BIOLÓGICAS

TRABALHO CIENTÍFICO DE GEOLOGIA

ORIGEM DO UNIVERSO (TEORIA DO BIG BANG):


COMPOSIÇÃO QUÍMICA DO UNIVERSO E A TERRA NO
SISTEMA SOLAR.

Luanda, Outubro de 2022.


COMPLEXO ESCOLAR PRIVADO DIE-MPINDA

CURSO DE CIÊNCIAS FÍSICAS - BIOLÓGICAS

TRABALHO CIENTÍFICO GEOLOGIA

ORIGEM DO UNIVERSO (TEORIA DO BIG BANG):


COMPOSIÇÃO QUÍMICA DO UNIVERSO E A TERRA NO
SISTEMA SOLAR.

Classe: 11ª.
Turma: B.
Turno: Tarde.

Integrantes:
Ana Luzia Tchitembo;
Délcio António Komba;
Marisa da Cruz.

Docente
______________________________
Evaristo Gando

Luanda, Outubro de 2022.


ÍNDICE
I. INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 3
II. DESENVOLVIMENTO ......................................................................................................... 4
1. Teoria do Big Bang .............................................................................................................. 4
1.1 Formação do Sistema Solar .............................................................................................. 5
1.2 Composição Química do Universo ............................................................................... 6
2. A Terra no Sistema Solar ..................................................................................................... 7
2.1 Composição química da Terra. ..................................................................................... 8
3. Características Estruturais da Terra. .................................................................................... 9
3.1 Forma ................................................................................................................................ 9
3.2 Estrutura interna ......................................................................................................... 10
3.3 Energia interna ............................................................................................................ 10
3.4 Placas tectônicas ............................................................................................................. 11
3.5 Superfície ....................................................................................................................... 12
3.6 Hidrosfera ....................................................................................................................... 13
3.7 Atmosfera ....................................................................................................................... 13
3.7.1 Alta atmosfera............................................................................................................. 14
3.7.2 Tempo e clima ............................................................................................................ 15
3.8 Campo magnético ........................................................................................................... 16
CONCLUSÃO .............................................................................................................................. 17
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.......................................................................................... 18
I. INTRODUÇÃO

Há muito tempo o homem questiona a origem do Universo e do planeta Terra. Actualmente


temos duas vertentes que tentam explicar essa origem: o criacionismo (explicação religiosa) e o
evolucionismo (explicação científica). O Big Bang é uma teoria evolucionista desenvolvida a
partir do século XX. O último século marcou a humanidade em razão da difusão do conhecimento
e da informação, sem contar as inúmeras inovações tecnológicas que aconteceram nesse período.

Quanto à origem do Universo, são muitas as teorias que buscam explicar a sua criação, porém,
a mais aceita pela classe científica e acadêmica é a do Big Bang. A teoria do Big Bang foi
divulgada no início do século XX, após ter sido formulada por astrónomos e físicos. Essa classe
científica acredita que a formação do Universo se deu a partir de gigantescas explosões que teriam
acontecido há pelo menos 15 bilhões de anos.

Segundo tais cientistas, o Universo, antes da suposta explosão, se encontrava aglomerado em


uma espécie de esfera densa e quente, além disso, tinha uma composição a partir de hélio e
hidrogênio. Entretanto, eles não conseguem explicar o que teria motivado a explosão da esfera e
sua intensidade, sabem que a partir do evento foram lançados materiais por todos os rumos.
II. DESENVOLVIMENTO

1. Teoria do Big Bang

O Big Bang é uma das teorias mais aceitas pela comunidade científica sobre a origem do
nosso universo. O nosso Universo actual teve origem em uma grande explosão por volta de 14
bilhões de anos atrás. Tudo se deu através de um ponto material muito pequeno, quente e
extremamente denso. Essa grande explosão deu origem ao espaço-tempo.

O Universo desde então está em expansão contínua e se resfriando também. A teoria do


Big Bang foi baseada em parte na teoria relativista de Albert Einstein e nos estudos
dos astrônomos Edwin Hubble e Milton Humason, que conseguiram demonstrar que o universo
não é estático e que está em constante expansão e as galáxias estão umas se afastando das outras,
portanto em algum período elas deveriam estar mais próximas do que hoje ou até mesmo em um
único ponto material. Ponto esse que deu origem ao Universo na grande explosão chamada de Big
Bang.

O Big Bang também prevê que o elemento hélio se formou nos primeiros três minutos após
a explosão. Que cerca de um quarto da matéria do universo se formou desse elemento, e três
quartos sob forma de hidrogênio. Quando se conseguiu medir essa abundância primordial do hélio,
o valor encontrado confirmou com precisão o previsto.

Ponto para a teoria do Big Bang, que passou a ter supremacia absoluta sobre sua teoria
rival, a teoria do estado estacionário, segundo a qual o universo é o que sempre foi. Robert
Woodrow Wilson e Arno Penzias explicavam que cada galáxia tem cerca de 100 mil anos-luz de
diâmetro e é composta por cerca de 100 bilhões de estrelas. As manchas mais brilhantes que
acompanham os braços espirais são os berçários de formação estelar. As estrelas de maior massa
são azuis e vivem pouco, ao passo que as de menor massa são vermelhas e são mais longevas. Mas
essa não foi a única confirmação da teoria.

A Terra foi formada há cerca de 4.54 bilhões de anos pelo agrupamento da nebulosa solar,
uma massa de gás e poeira na forma de um disco, um resíduo da formação do Sol, a partir do qual
também foi criado o restante do Sistema Solar. Logo depois, a Lua se formou, possivelmente como
resultado de uma forte colisão oblíqua com um corpo do tamanho de Marte, de 10% da massa da
Terra. Parte deste objecto foi incorporado na Terra, alterando significativamente sua composição
interna, e parte foi ejectada no espaço. Parte do material sobreviveu e originou o satélite que orbita
a Terra. A desgaseificação e actividade vulcânica produziram a atmosfera primária. O vapor de
água condensado, aumentado pelo gelo vindo dos cometas, deu origem aos oceanos.

1.1 Formação do Sistema Solar

O Sistema Solar é constituído pelo Sol e por um conjunto de objetcos astronómicos que se
ligam a ele através da gravidade. Acredita-se que esses corpos tenham sido formados por meio de
um colapso de uma nuvem molecular gigante há 4,6 bilhões de anos atrás. Entre os muitos corpos
que orbitam ao redor do Sol, a maior parte da massa está contida dentro de oito planetas, cujas
órbitas são quase circulares e se encontram dentro de um disco quase plano, denominado de “plano
da eclíptica”.

Os quatro menores planetas (Mercúrio, Vênus, Terra e Marte) são conhecidos como
planetas telúricos ou sólidos, encontram-se mais próximos do Sol e são compostos principalmente
de metais e rochas. Os quatro maiores planetas (Júpiter, Saturno, Urano e Netuno) encontram-se
mais distantes do Sol e concentram mais massa do que os planetas telúricos, sendo também
chamados de planetas gasosos. Os dois maiores, Júpiter e Saturno, são compostos em sua maior
parte de hidrogênio e hélio. Urano e Netuno, conhecidos também como “planetas ultra
periféricos”, são cobertos de gelo, sendo às vezes referidos como “gigantes de gelo”, apresentando
também em suas composições água, amônia, metano, etc.

O Sistema Solar também é o lar de outras duas regiões povoadas por objectos menores. O
cinturão de asteróides está situado entre Marte e Júpiter e sua composição se assemelha à dos
planetas sólidos. Além da órbita de Netuno encontram-se os objectos transnetunianos, com uma
composição semelhante à dos planetas gasosos. Dentro destas duas regiões, existem outros cinco
corpos individuais. São eles: Ceres, Plutão, Haumea, Makemake e Éris, denominados de planetas
anões. Além de milhares de corpos pequenos nestas duas regiões, vários outros pequenos objectos
viajam livremente entre as regiões, como cometas e centauros, que são corpos menores do sistema
solar.

Para uma noção da dimensão astronómica das distâncias no espaço devem-se fazer cálculos
e usar um modelo que permita uma percepção mais clara do que está em jogo. Por exemplo, um
modelo reduzido em que o Sol estaria representado por uma bola de futebol (de 22 cm de
diâmetro). A essa escala, a Terra ficaria a 23,6 metros de distância e seria uma esfera com apenas
2 mm de diâmetro (a Lua ficaria a uns 5 cm da Terra, e teria um diâmetro de uns 0,5 mm). Júpiter
e Saturno teriam cerca de 2 cm de diâmetro, respectivamente a 123 e a 226 metros do Sol. Plutão
ficaria a 931 metros do Sol, com cerca de 0,36 mm de diâmetro. Quanto à estrela mais próxima, a
Próxima Centauro, essa estaria a 6 332 km do Sol, enquanto a estrela Sírio a 13 150 km.

Se o tempo de uma viagem da Terra à Lua, a cerca de 257 000 km/hora, fosse de uma hora
e um quarto, levaria cerca de três semanas terrestres para se ir da Terra ao Sol, 3 meses se ir a
Júpiter, sete meses para Saturno e cerca de dois anos e meio para chegar a Plutão e deixar o nosso
sistema solar. A partir daí, a essa velocidade, levaria 17 600 anos até chegar à estrela mais
próxima, e 35 000 anos até Sírio.

1.2 Composição Química do Universo

Para a quase totalidade da comunidade científica, o Universo começou a partir de uma


explosão de uma sopa primordial de partículas, dando origem a toda a matéria nele existente, em
um evento conhecido como “Big Bang”. A questão é que o Big Bang traz consigo alguns outros
problemas. E o primeiro deles diz respeito à composição química do Universo.

Em praticamente todas as observações possíveis, chega-se a um consenso de que Universo


é composto basicamente por hidrogênio (75%) e hélio (24%). Logo depois do Big Bang, houve
um processo denominado por “núcleossíntese primordial”. Como o processo conduziria
inevitavelmente à formação de elementos mais simples e mais leves, eis que ficamos rodeados por
hidrogênio e hélio.

O hidrogênio e hélio são os mais abundantes, formados nos 3 primeiros minutos após o
Big Bang, que compõe cerca de 99% dos elementos químicos existentes no universo, que é o
marco inicial de tudo o que existe. Oxigênio é o terceiro elemento químico mais abundante,
seguido por carbono, que é a base da vida como a conhecemos hoje. O oxigênio que a gente
respira, o nitrogênio da atmosfera, o ferro do nosso sangue, o cálcio dos nossos ossos, o silício dos
nossos computadores e o flúor da pasta de dente, todos estes elementos são formados no interior
de estrelas de diferentes massas.

As estrelas mais massivas, acima de 8 vezes a massa do Sol, poderão produzir, no seu
núcleo, elementos químicos tão pesados quanto o ferro. Elementos naturais mais pesados que
ferro, por exemplo, bário, lantânio, ítrio, zircônio e európio, são produzidos por outros processos,
em ambientes astrofísicos variados. Dependendo da massa inicial, as estrelas viverão e morrerão
de maneiras diferentes.
Os materiais estelares e planetários contêm 83 elementos químicos estáveis. Para
cada átomo de silício há 3.180 átomos de hidrogênio, 221 de hélio, 21,5 de oxigênio, 11,8
de carbono, 3,7 de nitrogênio, 3,4 de neônio, 1,06 de magnésio, 0,83 de ferro e 0,5 de sódio.

Tal como anteriormente foi dito, o elemento químico mais abundante no Universo é o
hidrogênio (H). Estima-se que ele constitui 75% da massa de toda matéria e que representa 93%
dos átomos do cosmo. Ele é também o elemento químico mais simples e mais leve, com apenas
um próton no núcleo e um elétron em sua eletrosfera.

Já na Terra, o hidrogênio é o nono elemento em abundância e é responsável por 0,9% da


massa de nosso planeta. Ele aparece na forma gasosa (H ), sendo incolor, inodoro, insípido e
inflamável, e aparece também combinado com outros componentes, formando ácidos e bases,
estando presente na água, em gases vulcânicos, além de formar várias substâncias orgânicas, tais
como proteínas, carboidratos e combustíveis fósseis (carvão, petróleo e gás natural). Na natureza,
o hidrogênio pode ocorrer em três formas isotópicas, hidrogênio (possui 1 próton), deutério (possui
1 próton e 1 nêutron) e trítio (possui 1 próton e 2 nêutrons, além de ser radioativo).

2. A Terra no Sistema Solar

Como anteriormente foi dito, a Terra surgiu há cerca de 4.5 bilhões de anos, juntamente com
o sistema solar, que foi originado a partir da nuvem primordial. No centro dela, a concentração de
matéria fez surgir o Sol e em torno da nuvem havia corpos menores, que deram origem aos planetas
e planetóides. Nasciam os planetas terrestres, como Mercúrio, Vênus, Terra e Marte; o cinturão
de asteróides; e os planetas gasosos, incluindo Júpiter, Saturno, Urano e Netuno.

Além desses astros, quando o sistema solar se formou, existiam mais planetas e suas órbitas
eram caóticas. Logo na origem da Terra, há cerca de 4.5 bilhões de anos, ela sofreu um choque de
raspão com um planeta menor, que se destruiu, tirando parte da crosta e do mando da Terra e os
fragmentos resultantes dessa colisão deram origem à Lua. As primeiras rochas que se tem
conhecimento são datadas desse período, ou seja, um registro geológico da geração das primeiras
crostas. Para se ter uma ideia, a rocha mais antiga que temos conhecimento e a Gnaisse Acasta,
que tem 4.8 bilhões de anos.

Já o registro orgânico mais antigo, no caso bactérias, está em torno de 4.3 bilhões de anos. A
Terra inicial era totalmente diferente da de hoje. Não havia oxigênio, os mares não tinham a mesma
composição química de hoje, pois havia ferro dissolvido na água. A Terra era um planeta nu, sem
vegetação, com chuvas mais ácidas. Além disso, o Sol era aparentemente mais frio do que é hoje
e a radiação era muito maior por não ter camada de ozônio. As primeiras formas de vida foram as
bactérias anaeróbicas, que resistem em ambientes nocivos. A partir daí, começa a surgir os oceanos
e a vida.

Algumas bactérias começaram a se modificar e a liberar o oxigênio. Em um primeiro


momento, isso alterou a natureza dos oceanos. Sendo assim, o oxigênio livre na água começou a
acumular em grandes quantidades, reagindo com o ferro e com outros elementos da água, gerando
óxido de ferro, ou o minério de ferro. Além disso, a entrada de oxigênio na atmosfera alterou a
forma como os processos geológicos actuavam.

Com isso, as rochas também passaram a sofrer com o intemperismo químico, conjunto de
fenómenos físicos e químicos que levam à erosão. Há cerca de 600 milhões de anos, a Terra passou
a ser povoada por seres primitivos, que também actuaram como agentes erosivos, conhecidos
como a fauna de Ediacara. Esses seres deram origem aos vertebrados e invertebrados.

2.1 Composição química da Terra.

O Planeta Terra é o terceiro dos oito planetas que fazem parte do Sistema Solar. A partir
do Sol: Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno. Também chamado de
"Planeta Azul", recebe essa denominação porque grande parte do planeta é formado por água.

A massa da Terra é aproximadamente 5,98×1024 kg. Está composta sobretudo por ferro
(32,1%), oxigênio (30,1%), silício (15,1%), magnésio (13,9%), enxofre (2,9%), níquel (1,8%),
cálcio (1,5%), e alumínio (1,4%); os restantes 1,2% consistem de quantidades vestigiais de outros
elementos. Por causa da segregação da massa, crê-se que a região do núcleo seja, sobretudo,
composta por ferro (88,8%), com quantidades menores de níquel (5,8%), enxofre (4,5%), e menos
de 1% de elementos vestigiais. O geoquímico F. W. Clarke calculou que um pouco mais de 47%
da crosta consiste de oxigênio.

A sua composição se dá por diversos gases, sendo 78% da atmosfera terrestre constituído
por nitrogênio, 21% por oxigênio, isso sem falar na composição de argônio. A Terra é conhecida
também como Planeta Azul pois, em média, 70% da sua superfície é composta por água.
Quase metade (47%) deste envoltório da Terra é composta de oxigênio. A crosta é formada
basicamente de óxidos de silício, alumínio, ferro, cálcio, magnésio, potássio e sódio. A sílica
(óxido de silício) é o principal componente, e o quartzo, o mineral mais comum nela.

Os constituintes mais comuns das rochas são quase todos óxidos; cloro, enxofre, e flúor
são as únicas exceções importantes e a sua quantidade total em qualquer rocha é geralmente menor
que 1%. Os principais óxidos são sílica, alumina, óxidos de ferro, cálcio, magnésio, sódio e
potássio. A sílica funciona principalmente como um ácido, formando silicatos e todos os minerais
mais comuns nas rochas ígneas são deste tipo. A partir de uma estimativa baseada em 1 672
análises de todos os tipos de rochas, Clark deduziu que 99,22% eram compostas por 11 óxidos
(ver tabela à direita). Todos os outros constituintes ocorrem apenas em quantidades muito
pequenas.

3. Características Estruturais da Terra.

A Terra é um planeta telúrico, o que significa que é um corpo rochoso, e não um gigante
gasoso como Júpiter. É o maior dos quatro planetas telúricos do Sistema Solar tanto em tamanho
como em massa. Dentre estes quatro planetas, a Terra é também aquele com maior densidade,
maior gravidade de superfície, o campo magnético mais forte, e a rotação mais rápida. É também
o único planeta com tectônica de placas ativa.

3.1 Forma

A forma da Terra aproxima-se muito de um esferóide oblato, uma esfera achatada segundo
o eixo de polo a polo de tal forma que existe uma saliência ao longo do equador. Esta saliência
resulta da rotação da Terra, e faz com que o diâmetro no equador seja 43 km maior do que o
diâmetro de polo a polo. O diâmetro médio do esferóide de referência é aproximadamente 12 742
km o que equivale aproximadamente a 40 000 km/π, uma vez que o metro foi originalmente
definido como sendo 1/10 000 000 da distância do equador ao Polo Norte passando por Paris,
França.

A topografia local desvia-se deste esferóide idealizado ainda que, numa escala global, estes
desvios sejam muito pequenos: a Terra tem uma tolerância de cerca de uma parte em 584, ou
0,17%, do esferóide de referência, o que é menor que a tolerância de 0,22% permitida nas bolas
de bilhar. Os maiores desvios locais na superfície rochosa da Terra são o Monte Everest (8848 m
acima do nível do mar) e a Fossa das Marianas (10 911 m abaixo do nível do mar). Devido à
saliência equatorial, os locais da superfície mais afastados do centro da Terra são os cumes do
Chimborazo no Equador e de Huascarán no Peru.

3.2 Estrutura interna

O interior da Terra, assim como o de outros planetas telúricos, é dividido em camadas definidas
com base nas suas propriedades químicas e físicas (reológicas), mas ao contrário dos outros
planetas telúricos tem um núcleo interno e um núcleo externo distintos. A camada exterior da
Terra é uma crosta silicatada, sólida, quimicamente distinta, subjacente à qual se encontra um
manto sólido altamente viscoso.

A crosta está separada do manto pela descontinuidade de Mohorovičić, e a espessura da


crosta varia: em média 6 km sob os oceanos e 30 a 50 km sob os continentes. A crosta e a porção
fria e rígida do manto superior são coletivamente designados litosfera, e é da litosfera que estão
compostas as placas tectônicas. Abaixo da litosfera encontra-se a astenosfera, uma camada de
viscosidade relativamente baixa sobre a qual a litosfera se desloca. Entre as profundidades de 410
e 660 km abaixo da superfície, encontra-se uma zona de transição que separa o manto superior do
manto inferior, e onde ocorrem alterações importantes na estrutura cristalina. Sob o manto,
encontra-se um núcleo externo líquido de baixa viscosidade, que envolve um núcleo interno
sólido. O núcleo interno pode girar a uma velocidade angular ligeiramente mais alta que o restante
planeta, avançando 0,1– 0,5° por ano.

3.3 Energia interna

A energia térmica da Terra provém de uma combinação de energia térmica residual oriunda
da acreção planetária (cerca de 20%) e calor produzido via decaimento radioativo (80%). Os
principais isótopos fontes de calor na Terra são potássio-40, urânio-238, urânio-235 e tório-232.

Uma vez que grande parte da energia térmica é proveniente do decaimento radioativo, os
cientistas crêem que cedo na história da Terra, antes de se terem esgotado os isótopos com
meiasvidas curtas, a produção de energia térmica na Terra teria sido muito maior. Esta produção
de energia adicional, o dobro da atual há aproximadamente 3 bilhões de anos, teria aumentado os
gradientes de temperatura no interior da Terra, aumentando as velocidades da convecção mantélica
e da tectônica de placas, e permitindo a produção de rochas ígneas como os komatiitos que não se
formam na atualidade.
Mais da energia térmica da Terra é perdida por intermédio da tectônica de placas, na
ascensão do manto associada às cristas meso-oceânicas. O último dos principais modos de perda
de energia é a condução através da litosfera, a maioria da qual ocorre nos oceanos pois ali a crosta
é muito mais delgada do que nos continentes.

3.4 Placas tectônicas

A camada exterior mecanicamente rígida da Terra, a litosfera, está partida em vários


pedaços chamados placas tectônicas. Estas placas são segmentos rígidos que se movem uns
relativamente aos outros ao longo de um de três tipos de fronteiras entre placas: limites
convergentes, onde duas placas movendo-se em direções opostas se encontram, limites
divergentes, onde duas placas são afastadas uma da outra, e limites transformantes, onde duas
placas deslizam uma pela outra lateralmente.

Ao longo destas fronteiras entre placas podem ocorrer sismos, atividade vulcânica,
formação de montanhas ou de fossas oceânicas. As placas tectônicas movem-se sobre a
astenosfera, a porção sólida e menos viscosa do manto superior que pode fluir e mover-se
juntamente com as placas, e o seu movimento está estreitamente relacionada com os padrões de
convecção no interior do manto.

À medida que as placas tectônicas migram pelo planeta, o fundo oceânico é subduzido sob
as orlas das placas nos limites convergentes. Paralelamente, a ascensão de material mantélico nos
limites divergentes cria dorsais mesooceânicas. A combinação destes processos recicla
continuamente a crosta oceânica no manto. Por causa desta reciclagem, a maior parte da crosta
oceânica tem menos de 100 milhões de anos de idade. A crosta oceânica mais antiga situa-se no
Pacífico Ocidental, e tem uma idade estimada de 200 milhões de anos. Comparando, a crosta
continental datada mais antiga tem 4 030 milhões de anos de idade.

Outras placas dignas de nota são a placa arábica, a placa caribenha, a placa de Nazca ao
largo da costa ocidental da América do Sul e a placa de Scotia no Atlântico Sul. A placa indiana
fundiu-se com a placa australiana há entre 50 e 55 milhões de anos. As placas com velocidade de
deslocamento maior são as placas oceânicas, com a placa de Cocos a avançar à velocidade de 75
mm/ano e a placa do Pacífico que se move a 52–69 mm/ano. No outro extremo, a placa com
deslocamento mais lento é a placa eurasiática, que se desloca a uma velocidade típica de
aproximadamente 21 mm/ano.
3.5 Superfície

O relevo da superfície terrestre varia significativamente de local para local. Cerca de 70,8%
da superfície terrestre está coberta por água, com grande parte da plataforma continental situada
abaixo do nível do mar. A superfície submergida possui características montanhosas, incluindo
um sistema de dorsal meso-oceânica global, bem como vulcões submarinos, fossas oceânicas,
cânions submarinos, planaltos oceânicos e planícies abissais. Os restantes 29,2% não cobertos por
água consistem de montanhas, desertos, planícies, planaltos e outras geomorfologias.

As formas da superfície da Terra sofrem mudanças ao longo de períodos de tempo


geológicos devido ao efeito da erosão e da tectônica. Estruturas superficiais criadas ou deformadas
pela tectônica de placas estão continuamente sujeitas à meteorização causada pela precipitação,
ciclos térmicos e efeitos químicos. Glaciações, erosão costeira, recifes de coral e grandes impactos
de meteoritos, atuam também na alteração das formas da superfície terrestre.

A crosta continental consiste de material com densidade menor, como as rochas ígneas
granito e andesito. O basalto, uma rocha vulcânica densa que é o principal constituinte dos fundos
oceânicos, é menos comum. As rochas sedimentares formam-se a partir da acumulação de
sedimentos que são compactados. Quase 75% das superfícies continentais estão cobertas por
rochas sedimentares, apesar de elas formarem apenas 5% da crosta.

A terceira forma de material rochoso encontrada na Terra são as rochas metamórficas,


criadas pela transformação de tipos de rocha pré-existentes por meio de altas pressões, altas
temperaturas, ou ambas. Entre os minerais silicatados mais abundantes à superfície da Terra
incluem-se o quartzo, os feldspatos, anfíbola, mica, piroxênio e olivina.

A pedosfera é a camada mais externa da Terra que é composta por solo, e está sujeita à
pedogênese. Existe na interface da litosfera, atmosfera, hidrosfera e da biosfera. Atualmente, cerca
de 13,31% da superfície de terra firme do planeta é arável, com apenas 4,71% suportando culturas
permanentes.

Cerca de 40% da terra firme é utilizada para pastagem e cultivo, com 3,4×107 km²
utilizados para pastagem e 1,3×107 km² utilizados para cultivo. A elevação dos terrenos em terra
firme varia desde um mínimo de -418 m no Mar Morto até aos 8.848m no topo do Monte Everest
(estimativa de 2005). A altura média da terra situada acima do nível do mar é de 840 m.
3.6 Hidrosfera

A abundância de água na superfície da Terra é uma característica única que distingue o


"Planeta Azul" dos outros planetas do Sistema Solar. A hidrosfera da Terra consiste
principalmente de oceanos, mas tecnicamente inclui todas as superfícies aquáticas do mundo,
incluindo mares interiores, lagos, rios, e águas subterrâneas até à profundidade de 2 000 m. O local
situado a maior profundidade debaixo de água é a depressão Challenger na fossa das Marianas, no
Oceano Pacífico, com uma profundidade de -10 911,4 m.

A massa dos oceanos é aproximadamente 1,35 ×1018 toneladas, ou cerca de 1/4400 da


massa total da Terra. Os oceanos cobrem uma área de 3,618×108 km² com uma profundidade
média de 3 682 m, resultando num volume estimado de 1,332×109 km³. Se toda a superfície da
Terra fosse estendida de maneira uniforme, a água atingiria uma altitude superior a 2,7 km.

Cerca de 97,5% da água é salgada, sendo os 2,5% restantes água doce. A maior parte da
água doce, cerca de 68,7%, é atualmente gelo. A salinidade média dos oceanos da Terra é
aproximadamente 35 gramas de sal por quilograma de água do mar. (35 ‰). A maior parte deste
sal foi libertada pela atividade vulcânica ou extraída de rochas ígneas frias.

Os oceanos são também um reservatório de gases atmosféricos dissolvidos, que são


essenciais para a sobrevivência de muitas formas de vida aquáticas. A água do mar tem uma
influência importante sobre o clima do mundo, com os oceanos a funcionarem como um grande
reservatório de calor. Alterações na distribuição da temperatura dos oceanos podem causar
mudanças climáticas significativas.

3.7 Atmosfera

A Terra possui uma atmosfera, cuja pressão na superfície é, em média, de 101,325 kPa,
com uma altura de escala de 8,5 km. É composta por 78% nitrogênio e 21% oxigênio, com traços
de vapor de água, dióxido de carbono e outras moléculas gasosas. A altura da troposfera varia com
a latitude variando entre os 8 km nos polos e os 17 km no equador, com alguma da variação
resultante do tempo e de fatores sazonais. A atmosfera terrestre é composta por diferentes
camadas: troposfera, estratosfera, mesosfera, termosfera e exosfera, organizadas em ordem
crescente da distância à superfície terrestre. A biosfera terrestre alterou significativamente a
atmosfera da Terra desde sua formação.
O surgimento da fotossíntese, há 2,7 bilhões de anos, permitiu a formação de uma
atmosfera composta primariamente de oxigênio e nitrogênio. Esta mudança permitiu a
proliferação de organismos aeróbicos, bem como a formação de uma camada de ozônio, que
bloqueia a radiação ultravioleta, permitindo a vida sobre terra.

Outras funções atmosféricas importantes para a vida na Terra são o transporte de vapor de
água, o fornecimento de gases úteis, a proteção contra pequenos meteoros que se desintegram na
atmosfera (visto que a maioria se desintegra devido ao intenso calor na entrada atmosférica antes
de impactar a superfície terrestre), e a moderação da temperatura.

Este último fenómeno é conhecido como o efeito estufa: pequenas quantidades de gases na
atmosfera absorvem a energia térmica emitida pela superfície, aumentando assim a temperatura
média do planeta. Dióxido de carbono, vapor de água, metano e ozônio são os principais gases do
efeito estufa na atmosfera terrestre. Sem este efeito de retenção do calor, a temperatura média na
superfície terrestre seria de -18 °C, e a vida provavelmente não existiria.

3.7.1 Alta atmosfera

Acima da troposfera, a atmosfera é geralmente dividida em estratosfera, mesosfera e


termosfera. Cada uma destas camadas possui o seu próprio gradiente adiabático, definindo a taxa
de variação da temperatura com a altitude.

Para lá destas camadas, localiza-se a exosfera, que se desvanece na magnetosfera onde o


campo magnético terrestre interage com o vento solar. Na estratosfera encontra-se a camada de
ozônio, um componente que absorve uma parcela significativa da radiação ultravioleta solar e que
é, por essa razão, importante para a vida na Terra. Não existe uma fronteira definida entre a
atmosfera e o espaço, porém, a linha de Kármán, uma região 100 km acima da superfície terrestre,
é utilizada como uma definição funcional de fronteira entre a atmosfera e o espaço.

A energia térmica faz com que algumas moléculas na orla exterior da atmosfera terrestre
tenham a sua velocidade aumentada ao ponto de poderem escapar à gravidade terrestre. Isto resulta
na perda gradual e constante da atmosfera para o espaço. O hidrogênio não fixado, devido à sua
baixa massa molecular, pode atingir a velocidade de escape mais facilmente e por isso a taxa de
perda de hidrogênio é maior do que a de outros gases.

A perda de hidrogênio para o espaço contribui para que a Terra tenha passado de um estado
inicialmente redutor para o seu estado oxidante atual. A fotossíntese forneceu uma fonte de
oxigênio livre, mas acredita-se que a perda de agentes redutores como o hidrogênio foi um fator
necessário para a acumulação em grande escala de oxigênio na atmosfera terrestre.

Assim sendo, o escape de hidrogênio pode ter influenciado a natureza da vida que se
desenvolveu no planeta. Na atual atmosfera rica em oxigênio, a maior parte do hidrogênio livre é
convertida em água antes de ter a oportunidade de escapar. Ao invés disso, a principal causa da
perda de hidrogênio na atmosfera é a decomposição do metano na alta atmosfera.

3.7.2 Tempo e clima

A atmosfera terrestre não possui um limite exterior, tornando-se cada vez mais rarefeita e
desvanecendo-se no espaço exterior. Três quartos da massa da atmosfera terrestre estão contidos
dentro dos primeiros 11 km acima da superfície. Esta camada mais baixa chama-se troposfera. A
energia do Sol aquece esta camada, e a superfície abaixo, causando a expansão do ar. Este ar
menos denso ascende e é substituído por ar mais frio e mais denso. O resultado é a circulação
atmosférica, que gera o tempo e o clima no planeta, por meio da redistribuição da energia térmica.

As principais faixas de circulação atmosférica consistem nos ventos alísios na região


equatorial até aos 30º de latitude e nos ventos do oeste nas latitudes entre 30° e 60°. As correntes
oceânicas também são fatores importantes na determinação do clima, especialmente a circulação
termoalina, que distribui a energia térmica dos oceanos equatoriais para as regiões polares. O
vapor de água gerado pela evaporação superficial é transportado pela circulação atmosférica.

Quando as condições atmosféricas permitem a ascensão de ar quente e húmido, esta água


condensa-se em nuvens, e volta à superfície na forma de precipitação. A maior parte desta água é
então transportada para regiões mais baixas da superfície terrestre pelos rios, e usualmente
regressa aos oceanos ou é depositada em lagos.

Este ciclo da água, é um mecanismo vital para a manutenção da vida na Terra, e é um fator
primário na erosão de formas da superfície terrestre ao longo de períodos geológicos. Os padrões
de precipitação variam amplamente, variando desde vários metros de água por ano até menos de
um milímetro. Esta variação é determinada pela circulação atmosférica, características topológicas
e diferenças de temperatura.

A quantidade de energia solar que atinge a Terra diminui com o aumento da latitude. A
latitudes mais altas a luz solar atinge a superfície com ângulos de incidência menores e tem de
atravessar colunas mais espessas da atmosfera. Como resultado, a temperatura média anual do ar
ao nível do mar diminui cerca de 0,4 °C por cada grau de latitude à medida que nos afastamos do
equador.

A Terra pode ser subdividida em várias faixas latitudinais de clima aproximadamente


homogêneo. Variando do equador para os polos, estes são os climas tropicais, subtropicais,
temperados e polares. O clima também pode ser classificado com base na temperatura e
precipitação, com as regiões climáticas caracterizadas por massas de ar relativamente uniformes.
A classificação climática de Köppen, muito utilizada, inclui cinco grupos (tropical húmido, árido,
húmido de latitude moderada, continental e polar frio), que estão divididos em subgrupos mais
específicos.

3.8 Campo magnético

O campo magnético terrestre possui aproximadamente o formato de um dipolo magnético,


com os polos presentemente localizados próximos aos polos geográficos do planeta. No equador
do campo magnético, a força do campo magnético à superfície do planeta é 3,05 × 10-5 T, com
momento de dipolo magnético global de 7,91 × 1015 Tm³. De acordo com a teoria do dínamo, o
campo magnético terrestre é gerado no interior do núcleo exterior em fusão, onde o calor gera
deslocamentos convectivos de materiais condutores, gerando correntes elétricas. Estas, por seu
lado, produzem o campo magnético terrestre.

Os deslocamentos convectivos no núcleo externo são caóticos; os polos magnéticos


migram e o seu alinhamento muda periodicamente. Tal resulta em inversões geomagnéticas a
intervalos irregulares, em média a cada milhão de anos. A inversão mais recente ocorreu há
aproximadamente 700 mil anos.

O campo magnético forma a magnetosfera terrestre, que desvia as partículas do vento solar.
A orla de sotavento do choque em arco está localizada a cerca de 13 raios terrestres. A colisão do
campo magnético com o vento solar forma os cinturões de Van Allen, um par de regiões de
partículas carregadas concêntricas e em forma de toro. Quando o plasma do vento solar entra na
atmosfera terrestre nos polos magnéticos é criada uma aurora polar.
CONCLUSÃO

Concluímos que a teoria do Big Bang afirma que após a explosão e a acomodação das
diferentes matérias, essas se aglomeraram formando as galáxias do Universo. Teve como ponto
de partia a Teoria da Relatividade Geral, do físico alemão Albert Einstein (1879 - 1955).

Conforme a teoria, no instante um trilhão de trilionésimo de segundo após o Big Bang, o


Universo quente e denso se expandiu com rapidez incompreensível para os padrões humanos,
dando origem ao escopo astronómico. À medida em que o Universo esfriava, houve a combinação
entre os elementos. Antes desse evento, chamado "recombinação", o Universo era opaco, mas
tornou-se transparente para a radiação, também chamada de radiação cósmica de fundo.

Com o passar do tempo, a matéria esfriou e os mais diversos tipos de átomos começaram
a se formar e esses, eventualmente, se condensaram e formaram os corpos celestes do Universo
actual tais como as estrelas, os planetas, os satélites e etc. Com base nessa teoria esse processo
ainda continua, ou seja, o Universo ainda está em constante expansão.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ASIMOV, I. (2005). O Universo. Editora Bloch.

ESTUDOS AVANÇADOS 20 (2006). Geological history of Earth.

EVOLUTION TIMELINE (2009). (http://www.johnkyrk.com/evolution.html).

GERALDES, M. (2010). Introdução à Geocronologia. Sociedade Brasileira de Geologia.


Série Textos nº 7.

PRESS, F., SIEVER, R., GROTZINGER, J. & JORDAN, T. (2006). Para entender a Terra. 4ª
edição. Tradução R. Menegat (coord.). [et al.] Bookman, Porto Alegre.

REDE GLOBO (2010). http://redeglobo.globo.com/g

ROSA, R. (2008). Astronomia Elementar. Editora Universidade Federal de Uberlândia.

SAGAN, C. (2010). Cosmos. Editora Francisco Alves.

TEIXEIRA, W., FAIRCHILD, R., TOLEDO, M. & TAIOLI, F. (2009). Decifrando a


Terra, 2ª edição. IBEP Editora Nacional-Conrad.

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