QUAL PAPEL DO COORDENADOR
DE FASE, TUTOR, COORD
PERGUNTAS NORTEADORAS
 Método ABP? Vantagens e
desvantagens:
 Como o ABP funciona/ misto ou
puro?
 Como surgiu o método ABP?
 Quem criou o método ABP?
 Qual a eficiência do ABP, como
ele ajuda a resolver casos
complexos?
 O ABP prepara melhor o
profissional?
 O que é saúde e doença?
DINÂMICA DA SESSÃO TUTORIAL
1ª etapa: Ler e identificar termos
desconhecidos;
2ª Identificar problemas;
3ª Formular hipóteses explicativas;
4ª Resumos das hipóteses;
5ª Formulação dos objetivos de
aprendizagem;
6ª Estudo individual;
7ª Rediscutir, sintetizar e generalizar os
conhecimentos adquiridos;
8ª Discussão da prática humanizada de
medicina;
9ª Medicina baseada em evidencias.
 Avaliação!
ESTUDANTE E SECRETÁRIO:
Coordenador: bom desempenho dos
trabalhos, coordena tutores,
professores e preceptores, intermedia a
coordenação do curso, coordena a
avaliação, coordena a revisão de
módulos, substitui o tutor (faltas), recebe
a justificativa das faltas do estudante,
orienta acadêmicos.
Tutor: conhecer objetivos e a estrutura
do módulo, dizer que a aprendizagem é
baseada no estudante e não nele,
assume a responsa pela aprendizagem,
orienta a escolha de coord e secretario
dos grupos, estimula a participação de
todos, estimula cuidados e
minunciosidade dos problemas,
estimula estudantes a distinguir
questões principais e secundarias,
inspirar confiança nos estudantes, não
ensinar ajudar a aprender, usar
conhecimento na hora certa, orientar e
não explicar, não intimidar estudante,
ativar conhecimentos prévios dos
estudantes, contribuir para
compreensão do estudante, resumir a
discussão só quando necessário,
estimular metas, avaliar processo (part
e interesse) e conteúdo (resultados),
conhecer os recursos da escola e
orientar o estudante.
Coordenador estudante: deve orientar
os colegas na discussão do problema,
segundo a metodologia dos oito passos,
favorecendo a participação de todos e
mantendo o foco no problema.
Desestimular a polarização das
discussões entre poucos membros do
grupo (todos participam).
Apoiar o secretario, estimular as
hipóteses e aprofundar discussões,
respeitar as posições de cada um e
fazer com que elas sejam discutidas
pelo grupo, resumir as apresentações
qdo preciso, exigir que os objetivos de
aprendizagem sejam apresentados pelo
grupo de forma clara, objetiva e
compreensível, solicitar ajuda do tutor
qdo pertinente e estar atento ao tutor
(dicas).
Secretário: anotar no quadro de forma
legível e compreensível as discussões e
os eventos ocorridos na sessão tutorial,
de modo a facilitar boa visão dos
trabalhos por parte dos envolvidos.
Ser claro e conciso nas anotações e fiél
as discussões ocorridas, pedir ajuda se
preciso, respeitar as opiniões do grupo,
anotar com rigor os objetivos de
aprendizado apontados pelo grupo.
O que é saúde?
Segundo Naomar Almeida Filho, mestre
em Saúde Comunitária e doutor em
Epidemiologia em seu livro “O que é
saúde”, a saúde é vista como um fato,
atributo, função orgânica, estado vital
individual ou situação social, definido
negativamente como ausência de
doenças e incapacidade, ou
positivamente como funcionalidades,
capacidades, necessidades e em Saúde (Cedess). Já em 2001, as
demandas ou seja homeostasia
corpórea adequada ao funcionamento
do organismo. Homesotasia é condição
estavel de funcionamento do corpo.
O que é doença?
Segundo Boorse, um importante filósofo
da área médica, doença é um tipo de
estado interno que bloqueia a saúde,
reduz uma ou mais capacidades
(habilidades) do corpo, levando-as a
níveis situados abaixo dos índices de
eficiência típica, ou seja, algo que afeta
a homeostase corporal.
COMO SURGIU O ABP
O ABP foi adotado pela primeira vez,
no ensino de medicina, no final dos
anos 1960, pela Universidade de
MacMaster, no Canadá. A partir do
pioneirismo do curso canadense, o
método se expandiu para muitas
escolas de medicina em todo o mundo
e, também, em diferentes áreas do
conhecimento. Um marco significativo
de influência do ABP em outras
instituições de prestígio ocorreu em
1984, quando a Escola de Medicina de
Harvard aderiu à proposta curricular
pelo método ABP em paralelo ao
currículo tradicional.
No Brasil, os questionamentos sobre o
currículo convencional de medicina
começaram a partir da década de
1990, com a Comissão
Interinstitucional de Avaliação do
Ensino Médico (Cinaem), que verificou
deficiências no processo de formação
do médico. Em 1996, foi aprovada a Lei
de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional (LDB), a qual extinguiu os
departamentos e os currículos
mínimos, propondo uma avaliação do
ensino em todos os níveis, segundo
conta a pedagoga Maria Cecília
Sonzogno, diretora do Centro de
Desenvolvimento do Ensino Superior
Diretrizes Curriculares Nacionais
(DCN) de Medicina apresentaram
competências necessárias a todas as
áreas da saúde e de cada curso em
específico, com o objetivo de formar
profissionais que compreendessem a
integridade dos cuidados demandados
pela população frente às novas
tecnologias e ao desenvolvimento do
Sistema Único de Saúde (SUS). A DCN
de Medicina firmou competências
centradas no estudante, capaz de
pensar criticamente, de analisar os
problemas da sociedade e de procurar
soluções para os mesmos, de forma a
adquirir cada vez mais autonomia.
“Esse movimento de avaliação
favoreceu uma reformulação curricular
nas instituições. Junto a esse fato, na
década de 1990 discutia-se muito ABP
como alternativa curricular inovadora.
Assim, várias instituições adaptaram
ou reformularam seus currículos para
esse modelo”, conta Sonzogno, do
Cedess. As primeiras escolas
brasileiras a aplicarem a inovadora
metodologia foram a Faculdade de
Medicina de Marília (SP) (Famema),
em 1997, e a Universidade Estadual de
VANTAGEM DO ABP
Na opinião da bióloga Anete Maria
Francisco, professora da Famema, o
ABP faz com que o médico, mesmo
tendo uma especialidade, reconheça
que o paciente é um sujeito biológico
(corpo), psicológico (mente,
sentimentos) e cultural-social (crenças,
religião etc). Afirma a professora, que
participou de um estudo de avaliação do
curso de medicina baseado em ABP da
Famema, publicado pela revista
científica Interface, além de o mesmo
possibilitar a troca de informação,
estimular o raciocínio lógico, aumentar
responsabilidade.
DESVANTAGENS
 Superficialidade;
 Fontes de pesquisas não confiáveis;
 Menos cobrança por parte dos
professores
CONVENCIONAL OU ABP
Um outro trabalho, publicado em 2009
pela Revista Brasileira de Educação
Médica comparou o perfil do médico
formado no ensino convencional e pelo
método ABP, a partir de um conjunto
de pesquisas internacionais. Os
resultados foram, em sua maioria,
favoráveis ao ABP, levando os autores
à conclusão de que o método pode ser
uma alternativa na implementação das
diretrizes brasileiras para a formação
médica. A competência em considerar
aspectos psicossociais no adoecimento
e no tratamento, a habilidade para atuar
em equipe e a capacidade de
autoaprendizagem e de lidar com
incertezas estiveram entre os aspectos
favoráveis ao ABP, apontados nas
publicações internacionais analisadas
pela pesquisa, reforçando os pontos
ressaltados no estudo que avaliou o
curso da Famema.
Por outro lado, os dois estudos
apontaram também limitações na
formação dos médicos pelo ABP. Nas
pesquisas internacionais, os resultados
negativos são minoria e referem-se ao
menor conhecimento em fisiopatologia,
à dificuldade de envolvimento
emocional e de entendimento do
processo da doença, entre outros
aspectos, em comparação aos
resultados alcançados pelos cursos
tradicionais. Já o artigo
da Interface aponta problemas na
atuação do tutor, na integração entre
teoria e prática e no trabalho com as
disciplinas básicas nas sessões de
tutoria. Sendo assim, não há um método
100% eficaz, o estudante é o
responsável pela sua eficiência, não
limitando esta exclusivamente ao
método a ser seguido, da mesma forma
em que estudantes do ensino tradicional
encontram muitas vezes entraves no
raciocínio rápido e autônomo, daí nasce
a importância da mescla entre os dois
poderosos métodos.
COMO O ABP FUNCIONA
Sem as aulas convencionais, o método
prioriza o “aprender a aprender”. Das
chamadas sessões (ou dinâmicas)
tutoriais, que caracterizam o ABP,
participam um pequeno grupo de
alunos e o professor-tutor. Um
problema é apresentado, identificado e
discutido e, a partir daí, são
estabelecidos os objetivos de
aprendizado. Nessa tentativa de
fundamentação, inicia-se o
levantamento de dados que, em um
novo encontro, são analisados e
discutidos pelo grupo. Hipóteses para
solucionar o problema são elaboradas,
regressando ao plano da realidade
prática na tentativa de verificar se as
hipóteses levantadas podem ou não
ser comprovadas.
Esse modelo de aprendizagem
trabalha, com a construção de
OS TERMOS EM INGLÊS
conhecimentos a partir dos desafios a
serem enfrentados no cotidiano da Dados do livro epidemiologia 2ª
prática médica. Os professores
desempenham o papel de tutores, geração de Roberto Medronho
propiciando ao aluno possibilidades
para assumir a autoria de seu processo
de aprendizagem.  Disease: doença no organismo
disfunção da natureza biológica ou
QUEM INVENTOU O ABP
psicológica caract por ao menos um

Segundo um estudo da Fanema, O ABP dos 3 itens: agente etiológico/

surge mas meio da elaboração sintomas/ alterações anatômicas

pedagógica que teve como base da consistentes.

formação o pensamento do psicólogo

 Illnes: Enfermidade percebida pelo
estadunidense Jerome Seymour Bruner
próprio sujeito são as queixas, o
e do filósofo John Dewey.
sofrimento e a dor físico ou mental que

Seymour propôs que o aprendizado os façam se preocupar coma a saúde.

deveria decorrer do enfrentamento

 Sickness: percepção dos indivíduos
direto ao problema, buscando soluções,
da sociedade de seus desvios de
chamando de Aprendizagem por
saúde e gera mudanças sociais
Descoberta.
(anormalidade), ex: pessoa está

Dewey colocou que a educação deve doente e é afastada do trabalho.

ser baseada na reconstrução da A eficiência do ABP segundo the wiley

experiência, para haver uma apreensão
pessoal de todo o processo.
Essas concepções inspiraram novos
programas universitários, tendo
primeiras experiências em
Business School e, em maior grau e
com uma aplicação que serviu como
base para o método atual, em Masstrich
e McMaster em 1969.
handbook of problem-based learning está
em identificar e definir problemas de saúde
a nível individual e comunitário e para
procurar informação para resolver ou gerir
estes problemas com autonomia" (Comité
as Educativo, 1978), ele ajuda a resolver casos
mais complexos a partir da habilidade de
Harvard
pesquisa do aluno adequado ao método,
juntamente com sua habilidade de trabalho
grupal, que facilita a junção de
conhecimentos possibilitando que o
problema seja resolvido de forma mais
eficaz.
De acordo com a revista Brasileira de
educação médica, após revisão de artigos
sobre o PBL publicados de 1992 a 1998,
conclui que não há evidência de que esse
método melhore a base de conhecimento e
o desempenho clínico, pelo menos não com
a magnitude que seria desejada devido aos
recursos e insumos necessários à
organização de um currículo baseado em
PBL. O autor atribui parte da
responsabilidade à estruturação teórico-
metodológica da psicologia cognitiva,
alegando ser imprecisa.
CURIOSIDADES
No Brasil, acompanhando uma
tendência mundial em educação
médica, as Diretrizes Curriculares
Nacionais (DCN) para os Cursos de
Graduação em Medicina, atualizadas
em 2014, preconizam que os cursos
devem utilizar metodologias ativas
de aprendizagem na construção do
conhecimento , entre as quais se
destaca o PBL.