1) Hepatites crônicas em cães são caracterizadas por lesões hepáticas inflamatórias persistentes por mais de 4 meses.
2) As hepatites crônicas podem ter diversas causas como microrganismos, toxinas, problemas metabólicos ou reações imunomediadas.
3) A biópsia hepática é o método padrão para diagnóstico e avaliação da hepatite crônica, permitindo analisar o infiltrado inflamatório e lesões no fígado.
1) Hepatites crônicas em cães são caracterizadas por lesões hepáticas inflamatórias persistentes por mais de 4 meses.
2) As hepatites crônicas podem ter diversas causas como microrganismos, toxinas, problemas metabólicos ou reações imunomediadas.
3) A biópsia hepática é o método padrão para diagnóstico e avaliação da hepatite crônica, permitindo analisar o infiltrado inflamatório e lesões no fígado.
1) Hepatites crônicas em cães são caracterizadas por lesões hepáticas inflamatórias persistentes por mais de 4 meses.
2) As hepatites crônicas podem ter diversas causas como microrganismos, toxinas, problemas metabólicos ou reações imunomediadas.
3) A biópsia hepática é o método padrão para diagnóstico e avaliação da hepatite crônica, permitindo analisar o infiltrado inflamatório e lesões no fígado.
Hepatites crônicas A doença hepática crônica é caracterizada como uma lesão persistente, de
natureza inflamatória, associada a aumento da atividade sérica de aminotransferases (ALT e
aspartato aminotransferase [AST]) por 4 meses ou mais. De maneira geral, não apresenta predileção sexual e acomete animais entre 4 e 7 anos de idade. Diversas etiologias foram descritas nas hepatites crônicas em cães, incluindo microrganismos, toxinas e fármacos, reações imunomediadas e alterações metabólicas associadas a determinadas raças. 22 Mas, de maneira geral, o entendimento da etiologia das hepatites crônicas evoluiu muito pouco nos últimos anos. Sendo assim, a maioria dos casos permanece idiopática, sem tratamento específico e com prognóstico impreciso. O parâmetro básico para avaliação e classificação das hepatites crônicas baseia-se em seus aspectos anatomopatológicos. Desse modo, a biopsia hepática ainda é considerada o padrão-ouro no diagnóstico, assim como na avaliação prognóstica e no monitoramento terapêutico das hepatites crônicas (Figura 123.7 A). O achado histológico mais importante no fígado é o infiltrado inflamatório, composto, principalmente, de linfócitos e quantidade variável de histiócitos e plasmócitos. A inflamação pode estar restrita aos espaços portais ou, como ocorre nas hepatites crônicas ativas, as células inflamatórias podem atacar os hepatócitos presentes na placa limitante. Essa atividade é conhecida como hepatite de interface e ocasiona a morte celular desses hepatócitos, também chamada de necrose em saca-bocado (piece meal necrosis) (Figura 123.7 B). Ainda, podem ocorrer focos inflamatórios dispersos no parênquima hepático. Juntamente com a inflamação, são observadas lesões parenquimatosas como tumefação e apoptose de hepatócitos, formando necroses focais ou em ponte. A hepatite crônica, associada a distúrbios metabólicos no metabolismo do cobre em cães, é uma das causas mais estudadas nas últimas décadas. Em cães da raça Bedlington terrier, essa hepatite é bem descrita e está associada à deleção do exon 2 do gene COMMD1 (antigamente conhecido como MURR1), responsável pelo transporte do cobre. No fígado normal, a concentração hepática de cobre é de cerca de 500 μg/g de peso seco. Já os animais com hepatite crônica associada ao cobre apresentam concentrações superiores a 2.000 μg/g de peso seco. 20 Nesses animais, o acúmulo de cobre inicia-se nos hepatócitos da região centrolobular, ocasionando necrose, inflamação e, finalmente, fibrose e cirrose hepática. Outras raças caninas podem ser acometidas pelo acúmulo anormal de cobre, por exemplo, Dálmata, Dobermann Pinscher, Labrador Retriever, Skye terrier e West Highland White terrier. No entanto, não existe comprovação do envolvimento genético nessas raças. 23 Em Labradores Retrievers, a hepatite crônica associada ao cobre acomete cães de meia-idade a idosos (5 a 9 anos, com variação relatada de 2,5 a 14 anos). 24–26 Não foi demonstrada predisposição sexual. Os sintomas mais comuns são anorexia e vômito. A doença evolui para insuficiência hepática. O aumento da atividade sérica das enzimas hepáticas é o achado laboratorial mais comum, principalmente ALT e FA (10 e 4 vezes o limite superior dos valores de referência, respectivamente). A hipoalbuminemia e a hiperbilirrubinemia ocorrem em uma parcela menor dos casos. O tratamento com imunossupressores e D-penicilamina é comumente empregado em cães Labradores Retrievers com hepatite crônica associada ao cobre, porém nenhum estudo controlado foi publicado.
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