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PORTUGUÊS INSTRUMENTAL

Prof. Ma. Juliana Hernandez Correia


PALAVRA DA PROFESSORA AUTORA

Caro estudante,

É com muita satisfação que damos início ao componente curricular Português


Instrumental do curso de Microempreendedor Individual do Programa Novos Caminhos
do Instituto Federal Goiano – Campus Morrinhos. Essa disciplina será ofertada na
plataforma Moodle e possui carga horária de 20 horas.
O objetivo da disciplina é permitir que você se aperfeiçoe na comunicação, desde
a adequação formal da linguagem escrita em documentos oficiais empresariais a
apresentação concatenada de ideias por meio da linguagem oral.
No decorrer das aulas, além do estudo deste material, você será direcionado a
assistir videoaulas expositivas, a interagir em chats e fóruns de discussões e a realizar
atividades individuais e/ou em grupo.
Espero, ao final do processo de aprendizagem da disciplina, que você possa
identificar, compreender, interpretar e elaborar textos e falas a fim de promover um
melhor desempenho no seu campo profissional de atuação.
Toda a equipe de professores e tutores caminhará com você nesta jornada.
Portanto, dedique-se! Reserve tempo, material e espaço apropriado para a sua formação.
Qualquer dúvida, sugestão ou crítica, não hesite em nos procurar, estaremos à disposição
para melhor atendê-lo.

Bons estudos e muito sucesso!

Prof. Ma. Juliana Hernandez Correia

Professora Autora
ROTEIRO

1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

2. REDAÇÃO OFICIAL
2.1 A redação oficial e empresarial
2.2 Qualidades e características fundamentais de textos empresariais
2.3 O que evitar na produção de textos empresariais
2.4 Expressões de tratamento e vocativos
2.5 Abreviaturas de títulos, postos e formas de tratamento
2.6 Documentos empresariais em espécie:
2.6.1 E-mail;
2.6.2 Bilhete;
2.6.3 Pauta de reunião;
2.6.4 Ata;
2.6.5 Atestado;
2.6.6 Declaração;
2.6.7 Circular;
2.6.8 Padrão Ofício;
2.6.9 Recibo;
2.6.10 Carta comercial;
2.6.11 Relatórios.
2.7 Técnicas básicas de oratória
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Comunicar é a ação de transmitir e/ou receber uma mensagem,


implicando em compreensão. Ou seja, se eu te disser “onde sapo desodorante
bastante prende iluminada caneta” a comunicação não foi efetivada, pois não houve
compreensão da mensagem.

Porém, se eu te apresentar esta imagem: , você claramente


consegue compreender seu significado de proibição de estacionar em algum
determinado local, havendo, portanto, a comunicação. Perceba, então, que há
diversas formas de se comunicar, seja por meio de expressões corporais, gestos,
imagens, textos escritos e falas, entre outros.
Portanto, é necessário considerar os elementos que serão utilizados para
essa comunicação, para que o receptor da mensagem a compreenda de forma
integral, especialmente quando se tratar de comunicações no ambiente de trabalho.
Português Instrumental nada mais é do que aplicar a Língua Portuguesa
de maneira técnica a fim de se atingir objetividade, clareza, precisão, coesão,
impessoalidade e uniformidade nas mensagens transmitidas. Importante também
analisar o contexto em que ela está sendo veiculada e, no caso da comunicação
escrita, qual seria o documento utilizado.
Nesse sentido, serão discutidas as técnicas e ferramentas de elaboração
de comunicações.
Leia mais sobre a comunicação para discussões nos capítulos posteriores:

Texto 1: Português Instrumental


Autora: Maria Isolina de Castro Soares
http://proedu.rnp.br/bitstream/handle/123456789/705/PortuguesInstrumental_m
iolo_gr%c3%a1fica.pdf?sequence=2&isAllowed=y

Texto 2: Comunicação Empresarial


Autora: Marlette Cassia Oliveira Ferreira
http://proedu.rnp.br/bitstream/handle/123456789/1493/Comunicacao_Empresari
al_ADMINISTRACAO-IFSP.pdf?sequence=1&isAllowed=y
2. REDAÇÃO OFICIAL

2.1. Redação oficial e empresarial


A redação empresarial, assim como a comunicação utilizada pela Administração
Pública, é um meio de se estabelecer comunicação escrita com agentes internos e
externos à organização, por meio de memorandos, contratos, ofícios ou outros
documentos.
Para a comunicação eficaz, é necessário o domínio da língua padrão. A disciplina
Redação Oficial tem como objetivo o desenvolvimento da prática de comunicação
verbal e textual, com enfoque no padrão discursivo que circula no contexto vivido pelo
profissional da área de Microempreendedor Individual. Ou seja, esse processo de
aprendizagem visa ao domínio da linguagem adequada para a elaboração de
documentos oficiais e técnicos.
Já que a linguagem escrita não conta com os mesmos recursos da linguagem oral
(gestos ou expressões corporais) para a compreensão, quanto mais claro e explícito você
for ao escrever um documento, maior sua chance de torná-lo eficaz.

Dessa forma, os textos oficiais e técnicos devem utilizar a norma


padrão da língua para apresentar o assunto de forma objetiva,
precisa (sem rodeios e bem organizados) e clara, para que possa
ser compreendido pelo receptor e nele provocar o efeito
desejado. Para que possamos continuar com a nossa discussão, leia com bastante
atenção o Texto 3: Manual de Redação Oficial, elaborado pela Presidência da
República em 2018, ele será a base do estudo dessa disciplina.

http://www4.planalto.gov.br/centrodeestudos/assuntos/manual-de-
redacao-da-presidencia-da-republica/manual-de-redacao.pdf
2.2. Qualidades e características fundamentais de textos empresariais

Agora que você leu, vamos ressaltar os pontos de relevância do Manual de


Redação aplicados ao cotidiano de comunicação empresarial de um
Microempreendedor Individual, seja para elaborar contratos ou emitir recibos e
correspondências.
A redação oficial caracteriza-se por:
• Clareza
Você deve possibilitar imediata compreensão pelo leitor. Isso significa utilizar,
sempre que possível, frases curtas, pontuação adequada e palavras conhecidas.
Neologismos, palavras estrangeiras e palavras de uso regional só podem ser usadas se
não houver palavra ou expressão usual que a substitua.
• Precisão
Não utilize palavras ou expressões que possam gerar duplo sentido. Cuidado: às
vezes, por dominar algum assunto, acreditamos que termos técnicos, utilizados no
nosso dia a dia de trabalho, também são conhecidos por outras pessoas, o que
geralmente não é verdade. Então, tenha sensibilidade na escolha dos termos, ou então
sua mensagem não será compreendida.
• Objetividade
Vá direto ao assunto a ser tratado.
• Concisão
Seja objetivo, utilize-se das palavras mais adequadas.
• Coesão e coerência
Faça com que a ideia geral do texto caminhe de maneira fluida, ou seja, as
palavras devem seguir concordâncias verbais e nominais, as frases têm que se conectar
de forma compreensível, assim como os parágrafos, um se relacionando ao outro.
• Formalidade e padronização
Você deve obedecer a regras formais que o documento exige para a
padronização da comunicação, a exemplo de utilizar a norma padrão da Língua
Portuguesa (norma culta, sem utilização de gírias).
2.3. O que evitar na produção de textos empresariais

Lembre-se de que quando você escreve em nome da empresa, é ela quem está
escrevendo. Preocupe-se com a imagem dela. Portanto, evite: erros gramaticais ou
vícios de linguagem, repetição de palavras, linguagem informal e, principalmente,
expressões coloquiais.
Outro fator a ser evitado é compreender que nem todas as pessoas que
receberão sua mensagem possuem o mesmo grau de conhecimento linguístico que
você. Adeque-se sua linguagem àquela conhecida pelo receptor, sem, é claro, perder os
elementos abordados no capítulo anterior.

Referência: ANDRADE, Maria M.; DE HENRIQUES, Antônio. Língua Portuguesa: noções


básicas para concursos superiores. 9 ed. São Paulo: Atlas, 2010.

2.4. Expressões de tratamento e vocativos

Para manter a padronização nas comunicações, optou-se por aplicar o uso de


pronomes de tratamento. Na redação oficial, tais pronomes são utilizados em três
momentos distintos: no endereçamento (a quem o documento se destina), no vocativo
(chamamento presente na introdução do texto) e no corpo do texto.
Veja, a seguir, os principais pronomes de tratamento utilizados para se
comunicar com autoridades.
Utilização de pronomes de tratamento

Tratamento no
Autoridade Endereçamento Vocativo Abreviatura
corpo do texto

Excelentíssimo Senhor
Presidente da A Sua Excelência o Senhor Vossa Não se usa
Presidente da República,
República Excelência

Presidente do Excelentíssimo Senhor


A Sua Excelência o Senhor Vossa Não se usa
Congresso Presidente do Congresso
Excelência
Nacional Nacional,

Excelentíssimo Senhor
Presidente do A Sua Excelência o Senhor Vossa
Presidente do Supremo
Supremo Excelência Não se usa
Tribunal Federal,
Tribunal
Federal
Senhor Vice-Presidente
Vice- A Sua Excelência o Senhor da República, Vossa V. Exa.
Presidente Excelência
da República
Ministro de Vossa
Estado A Sua Excelência o Senhor Senhor Ministro, Excelência
V. Exa.

Secretário-
Executivo de
Ministério e
A Sua Excelência o Senhor Senhor Secretário- Vossa
demais V. Exa.
Executivo, Excelência
ocupantes
de cargos de
natureza
especial

Fonte: BRASIL, Presidência da República, Manual de Redação Oficial (2018)

Ainda, quando o destinatário for um particular, no vocativo, pode-se utilizar


Senhor ou Senhora seguido do nome do particular, conferindo a formalidade desejada,
ou pode-se utilizar o vocativo “Prezado Senhor” ou “Prezada Senhora”, mas nunca
utilize “Digníssimo” (DD) e de “Ilustríssimo” (Ilmo.), pois seu uso está abolido.

Se houver dúvidas quanto à utilização dos pronomes de tratamento,


sugiro a releitura do Manual de Redação Oficial.
2.5. Abreviaturas de títulos, postos e formas de tratamento

Abreviatura é a representação de uma palavra por uma ou por algumas de suas


letras. Pode ser formada pela combinação de consoantes, pela combinação de letras
iniciais e letras finais ou pelo corte da palavra. Para abreviar, de maneira geral, inicia-se
escrevendo a primeira letra da palavra e finaliza na próxima consoante. São exemplos
de abreviaturas: caixa - cx.; e código – cód.. Entretanto, nos casos em que a supressão
se dá no meio da palavra, a última letra, seja vogal ou consoante, encerrará a
abreviatura. Ex.: doutor – dr.; padre – pe.; Excelentíssimo – Exmo.; Sua Excelência – S.
Exa.
No caso de títulos, postos e formas de tratamento, as abreviaturas são sempre
escritas com letras maiúsculas, pois precedem nomes próprios ou estão se referindo a
nomes próprios. Além disso, quando for necessário fazer estas abreviaturas no plural,
apenas o segundo elemento se flexionará, como por exemplo, V. Exas (Vossa
Excelências), V. Sas (Vossa Senhorias).
Veja a seguir exemplos de abreviaturas de títulos, postos e formas de
tratamento:
https://ww2.stj.jus.br/publicacaoinstitucional/index.php/Manual/article/view/129/102

2.6. Documentos empresariais em espécie:


Neste capítulo estudaremos os gêneros textuais dos documentos
empresariais mais utilizados. Informo que detalhes de elaboração e de conteúdo foram
elaborados em função do Manual de Redação Oficial e os modelos iconográficos dos
documentos estão lá representados a partir da pág. 37.

2.6.1. E-mail:
E-mail, ou também chamado correio eletrônico, é o método de enviar e receber
mensagens utilizando a internet ou redes internas de empresas (intranets). Para se
utilizar um e-mail é necessário que se tenha um endereço, como por exemplo
secretariamhos.novoscaminhos@ifgoiano.edu.br.
O ideal seria que toda empresa possuísse um domínio próprio para criar um e-
mail corporativo (ou empresarial), pois possibilita a concentração de informações neste
único domínio, facilitando a organização da empresa. Além disso, passa-se uma maior
credibilidade ao destinatário, sem contar que são maiores as chances de o material não
ser descartado ou considerado spam.
O e-mail corporativo é usado para documentar uma conversa telefônica, marcar
reuniões, enviar e solicitar dados, por exemplo. Nele contém: o endereço do
destinatário; o assunto; a mensagem que deve ter a saudação (o vocativo); o corpo do
texto; o encerramento (normalmente utiliza-se “Atenciosamente” quando e-mail for
encaminhado para uma pessoa que possua um cargo em mesmo nível hierárquico ou
em um nível hierárquico inferior ao do remetente, e “Respeitosamente”, quando a
mensagem for encaminhada para uma pessoa que possua um cargo hierarquicamente
superior ao do remetente); e as informações do remetente. Se for necessário, o e-mail
permite colocar anexos acompanhando a mensagem.
Lembre-se: os textos das mensagens eletrônicas não podem ser redigidos com
abreviações como “vc”, “pq”, usuais das conversas na internet.

2.6.2. Bilhete:
O bilhete é um meio rápido e simples de transmitir uma mensagem. É um texto
curto para fazer perguntas breves, agradecer, elogiar, por exemplo. Normalmente é
feito à mão e dirigido a uma pessoa próxima com quem se tem intimidade, e por isso
costuma ser escrito com uma linguagem informal. Nele deve conter: o vocativo, o corpo
do texto, o fechamento e a assinatura.

2.6.3. Pauta de reunião:


A pauta de reunião é a relação de assuntos que serão tratados em uma reunião.
Ela deve ser comunicada com antecedência se for tratar de questões que envolvem
interesses de terceiros, para que estes possam se manifestar, caso necessário. Nela deve
conter: data, horário e endereço do local que se realizará a reunião, além do quórum
quando for preciso.

2.6.4. Ata:
A ata é um documento de valor jurídico contendo o resumo fiel dos fatos,
ocorrências e decisões debatidas em uma reunião, assembleia ou sessão. Sua principal
função dentro de uma empresa é documentar e traçar um painel cronológico dos seus
acontecimentos. Normalmente é lavrada em livro próprio, autenticada, com as páginas
rubricadas pela mesma autoridade que redige os termos de abertura e de
encerramento. Serve como documento para consulta posterior de caráter obrigatório
pela legislação.
Por se tratar de um documento formal, é proibido fazer qualquer alteração
depois da ata pronta. O texto apresenta-se seguidamente, sem parágrafos, ocupando
cada linha inteira, sem espaços em branco. Números, valores, datas e outras expressões
são sempre representadas por extenso, e não pode conter abreviações, siglas, emendas,
rasuras, ou uso de corretivo.
A estrutura básica de uma ata deve conter: título da reunião, local, data, hora,
nome dos participantes e seus cargos, agenda (informar a pauta da reunião, os temas a
serem tratados e o responsável por cada tema); desenvolvimento (detalhar as
informações que foram ditas na reunião); conclusões (o que os participantes decidiram
sobre cada tema); recomendações (observações feitas durante a reunião); e distribuição
(relatar o nome do responsável que irá receber a ata). Por fim, todos os participantes
deverão assiná-la.

2.6.5. Atestado:
O atestado é um documento em que se confirma ou assegura a existência ou
inexistência de uma situação de direito, de que temos conhecimento, referente a
alguém, ou sobre um fato e situação. É dizer por escrito, afirmando ou negando, que
determinada coisa ou algum fato referente a alguém corresponde à verdade e assim
responsabilizar-se, ao assinar o documento.
Nele deve conter: título (que é a palavra atestado) em letras maiúsculas e
centralizado sobre o texto; texto constante de um parágrafo, indicando a quem se
refere, o número de matrícula e a lotação, caso seja servidor, e a matéria do
atestado; local e data, por extenso; assinatura, nome e cargo da chefia que expede o
atestado.
2.6.6. Declaração:
A declaração é o documento de manifestação administrativa declaratório da
existência ou não de um direito ou de um fato. Também há uma forma padrão de fazê-
la, envolvendo título, estrutura textual, espaçamento e forma de iniciar e finalizar a
mensagem.

2.6.7. Circular:
A circular é um documento expedido por uma autoridade do setor público ou
privado. Ela pode ser destinada a funcionários de um determinado setor, por
exemplo. Tem o objetivo de transmitir normas, ordens, avisos ou pedidos. Ou seja,
busca delimitar comportamentos e adequar condutas de um grupo de pessoas.
Este documento oficial deve ter: timbre (logotipo do órgão, brasão, símbolo do
departamento, marca da empresa); título (assunto) e número (circular nº 02/2020, por
exemplo); data (sem a localidade, nome da cidade e o dia que foi expedida); ementa
(síntese do assunto que será abordado no texto); vocativo ou invocação com o pronome
de tratamento adequado; texto (introdução, desenvolvimento e conclusão de forma
bem explicado e claro); despedida breve; e assinatura (sem linha e sobre o nome
datilografado, com o cargo de quem assina).

2.6.8. Padrão ofício (Aviso, Memorando e Ofício):


Aviso era a modalidade de comunicação oficial expedida exclusivamente por
Ministros de Estados para autoridades da mesma hierarquia. O memorando era uma
modalidade de comunicação interna. Ela ocorria entre unidades administrativas de um
mesmo órgão, as quais poderiam estar hierarquicamente em um mesmo nível ou em
níveis diferentes. O ofício era uma modalidade de comunicação oficial em que o emissor
seria a Administração Pública e o receptor poderia ser tanto a Administração Pública
quanto os particulares.
Obs.: Atualmente, segundo o Manual de Redação Oficial, as três modalidades
tornaram-se apenas uma: o padrão ofício, pois diferenciava-se entre si apenas pela
forma.
O padrão ofício configura-se por:
- Cabeçalho, com o brasão de Armas da República no topo da página, nome do órgão
principal; nomes dos órgãos secundários, quando necessários, da maior para a menor
hierarquia;
- Identificação do expediente, com o nome do documento, indicação de numeração:
abreviatura da palavra “número”, padronizada como Nº; informações do documento:
número, ano (com quatro dígitos) e siglas usuais do setor que expede o documento, da
menor para a maior hierarquia, separados por barra (/); e
- Alinhamento: à margem esquerda da página.

2.6.9. Recibo:
O recibo é um documento realizado de maneira escrita ou por meio eletrônico
que comprova o pagamento do que se era devido. Normalmente, o recibo é
duplicado. Quando se emite um recibo registra-se e certifica-se que se recebeu o valor
total do produto ou do serviço adquirido. Serve também de prova ao cliente de que este
pagou a totalidade do valor.

2.6.10. Carta comercial:


A carta comercial é um documento escrito entre empresas privadas ou empresas
e clientes que visa iniciar, continuar ou encerrar transações. O documento equivale ao
ofício nas instituições públicas.
A carta comercial deve conter o timbre e/ou cabeçalho; local e data;
destinatário; assunto; vocativo; texto com início, desenvolvimento e conclusão; fecho,
assinatura do remetente. A linguagem deve ser clara, simples, objetiva e correta.

2.6.11. Relatórios:
O relatório é um documento em que são registrados os resultados de um
trabalho, de uma experiência ou de um procedimento. A linguagem deve ser clara,
objetiva e deve seguir os padrões da norma culta. Também deve conter no relatório a
indicação de remetente e destinatário. Pode-se utilizar gráficos, quadros, tabelas,
dados, relatos de fatos, descrições para facilitar o entendimento.
O relatório pode apresentar as seguintes partes: título; vocativo; texto contendo
início, relatando o propósito do relatório, desenvolvimento, detalhando os
acontecimentos e conclusão, expondo o resultado; fecho; local e data; assinatura do
signatário. Se for necessário, pode haver anexos ao relatório.

2.7. Técnicas básicas de oratória

Oratória é a capacidade de expressar-se bem através da fala, de uma forma clara


e objetiva. Uma boa oratória é quando o ouvinte se mostra interessado, envolvido e
convencido das ideias que o orador apresenta. E nada melhor do que ser um bom orador
quando for passar informações importantes aos funcionários da empresa ou até mesmo
em uma entrevista de emprego, por exemplo.
Algumas pessoas já possuem essa facilidade na comunicação, mas existem
estratégias para desenvolvê-la e melhorá-la. E se você acha que não tem este talento,
por inúmeros motivos, não se preocupe, a seguir serão expostas algumas técnicas para
te auxiliar. Mas lembrando que serão necessários estudos e práticas para se chegar a
uma boa oratória.
1 - É indispensável estudar, ler, pesquisar sobre o tema que deseja apresentar, pois
além de ficar entendido no assunto que será tratado, a segurança na fala aumenta,
consequentemente diminuindo o nervosismo e a timidez;
2 - É fundamental saber com antecedência quem será seu público alvo para que
assim possa preparar a fala com as palavras certas. Deverá atentar-se para o grau de
escolaridade, a idade, as crenças dos ouvintes, por exemplo.
3 - Escreva em um papel os tópicos que pretende discursar, e leia-o várias vezes,
preferencialmente em voz alta. Treine a apresentação, se for possível, com alguém que
tenha confiança, e peça para que a pessoa dê opinião, corrigindo os erros, e melhorando
a clareza de ideias, se for necessário;
4 - Não se esqueça da objetividade na apresentação. Quanto mais objetivo, melhor
a compreensão do público. Por isso, não há necessidade de dar detalhes que não
agregam a fala, além de tornar o discurso desinteressante;
5 - No momento da apresentação, faça o contato visual com os ouvintes, mas
lembre-se de não os encarar. Olhar nos olhos do público passa-se a ideia de confiança e
credibilidade, além do mais as pessoas focam melhor sua atenção;
6 - Evite os vícios de linguagem, por exemplo: tipo, tipo assim, né, tá, ok, daí, entre
outros. Estas palavras demonstram falta de profissionalismo e desconhecimento do
assunto abordado, fazendo com que as pessoas não tenham confiança no que está
sendo falado;
7 - Se for possível, interaja com o público. Se estiver palestrando, leve slides, vídeos
para ilustrar alguns momentos da fala; faça perguntas; conte experiencias pessoais,
principalmente aquelas que não deram certas, e como você conseguiu superá-las;
discorra ações comuns, que acontecem com todo mundo diariamente, para que os
ouvintes imaginem acontecendo com eles e sintam-se parte da apresentação; use da
emoção.
Uma oratória bem-sucedida é aquela que os ouvintes saem da reunião ou da
palestra comentando uns com outros, convencidos sobre o que foi dito e refletindo
sobre a apresentação.
Mas não se esqueça que para ser um bom orador é preciso dedicação nos
estudos e colocar as técnicas em prática. Também há cursos específicos para a formação
de orador, para quem desejar se aprofundar.

Agora é com você!

Realize as atividades de aprendizagem


disponibilizadas na plataforma e teste seus
conhecimentos adquiridos.
Se possuir quaisquer dúvidas, pode nos comunicar pelo Fórum
de Discussões, estamos a sua disposição.
BIBLIOGRAFIA:

ANDRADE, Maria M.; DE. HENRIQUES, Antônio. Língua Portuguesa: noções


básicas para concursos superiores. 9 ed. São Paulo: Atlas, 2010.

BRASIL. Presidência da República. Manual de redação da Presidência da


República. Gilmar Ferreira Mendes e Nestor. José Forster Júnior. 3. ed. rev. e atual.
– Brasília: Presidência da República, 2018. Disponível em: <https://bit.ly/1noxZwD>.
Acesso em: 30 de maio de 2020.

______. Superior Tribunal de Justiça. Manual de padronização de textos do STJ /


Superior Tribunal de Justiça. 2. ed. Brasília: STJ, 2016. 326 p.: il. Disponível em:
<https://ww2.stj.jus.br/publicacaoinstitucional/index.php/Manual/article/view/129/102>.
Acesso em: 01 de junho de 2020.

FERREIRA, Marlette Cassia Oliveira. Comunicação Empresarial. Cuiabá: UFMT,


2015. 54 p. Disponível em:
<http://proedu.rnp.br/bitstream/handle/123456789/1493/Comunicacao_Empresarial
_ADMINISTRACAO-IFSP.pdf?sequence=1&amp;isAllowed=y>. Acesso em: 30 de
maio de 2020.

GOLD, Miriam. Redação Empresarial. 4.ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2010.

MEDEIROS, João Bosco. Redação empresarial. 7ed. São Paulo: Atlas, 2010.

SOARES, Maria Isolina de Castro. Português instrumental: Curso Técnico em


Informática. Colatina: CEAD/Ifes, 2010. 76 p.: il. Disponível em:
<http://proedu.rnp.br/bitstream/handle/123456789/705/PortuguesInstrumental_miol
o_gr%c3%a1fica.pdf?sequence=2&amp;isAllowed=y>. Acesso em: 30 de maio de
2020.

TOMASI, Carolina; MEDEIROS, João Bosco. Comunicação Empresarial. 3.ed. São


Paulo: Editora Atlas, 2010.

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