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Estática e gravitação universal

Equilíbrio de um ponto material e de um corpo


rígido
Campo gravitacional
Leis de Kepler (parte de TPC # 5)
Lei de gravitação universal
Energia potencial gravitacional de interacção

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Equilíbrio de um ponto material e de um
corpo rígido
• Um ponto material está em equilíbrio quando a
resultante de todas as forças que agem sobre ele for
nula.
• Quando a velocidade do objecto ponto material for
nula, o equilíbrio é denominado de estático.

  =  +  + ⋯ + 


= 0
 
No plano, esta equação corresponde a duas equações
escalares:


  , = 0 & ∑   , = 0

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• Um corpo rígido pode sofrer a acção de forças
equilibradas e no entanto o corpo não estar em
equilíbrio total, devido a não compensação de
torques.
• Por isso, para que um corpo rígido esteja em
equilíbrio estático, é necessário que sejam
satisfeitas as condições de equilíbrio de translação
(∑

   = 0), bem como a de equiíbrio de rotação

(    = 0).

• Quando se aplica a condição de equilíbrio de


rotação, convenciona-se chamar de positivos os
torques que provocam rotação no sentido anti-
horário, e negativo no caso contrário.
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• Torques são sempre
calculados em relação a um
dado ponto. Se um
determinado corpo está
emequilíbrio relativamente a
um dado ponto, então estará
em equilíbrio relativamente a
qualquer ponto desse copo.
• Chama-se centro de
gravidade (cg) o ponto onde
se supõe aplicada a força de
gravidade resultante que
actua sobre um corpo:

 =  ,
 

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O torque gravitacional resultante é a soma dos torques individuais que
age sobre cada elemento de massa :
, = ∑


  , = ∑ 
   × , .

Este torque calcula-se assumindo que toda a massa do corpo está


concentrada no centro de gravidade
, =  × 
Onde  é posição do centro de gravidade em relação ao ponto de
referência O.
Se o campo gravitacional for uniforme o centro de gravidade coincidirá
com o centro de massa:

, =   ×   =    ×  =    ×  =  × 


 
Ou
, =  ×  =  × 
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A partir da equação
, =  ×  =  ×  conclui-se que se o
ponto de referência O, estiver directamente acima do
cg, então a orientação de  coincidirá com a
orientação de  , o que implica que o torque
resultante , será nulo.
O centro de gravidade é um ponto de equilíbrio
estático.

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Exemplos
• mb =m= 4 kg; M = 20 kg L = 5 m; Fg = 600 N. µmin?
T=? Fo =?

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• Figura à esquerda • Figura à direita

Forças actuantes:  ; ; Forças actuantes: 


; +, ; g e  ,
onde +, =  .
g e g. Translação: .
+, −  = 0

−  = 0
Translação: Rotação (em relação ao ponto de
, − cos & = 0 aplicação de 
e +, .
! 0
, + sin & −  −  = 0  ℎ −  = 0
2
Onde 0 = * − ℎ = 5 − 4 =
Rotação (em relação ao 9=3⇒
ponto de aplicação de  : +
 =  ; logo, usando as
6
)
sin & −  − * = 0
equações para a translação, teremos:
+
+, =  e 
= 
 6
;
:;< 8 + @
⇒ Resp: 789 = = >?
= =
:= 8 6 A

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8
sin & =  + g. Substitui-se na componente x do movimento de

translação:

 
, =  +  −  + = 
2 2

, = cos &


Lembremos que neste caso, o ângulo é praticamente conhecido porque são
conhecidos 2 catetos de um triângulo rectângulo (calcula-se tangente do
ângulo e depois seno e coseno, ou a hipotenusa primeiro antes do seno e
coseno.
Uma vez conhecio o ângulo, calcula-se T e , através de:
C
B  8
= >
e , =  +  cot &
DEF G 
Finalmente, conhecidas as componentes x e y de 
, calcula-se o seu módulo:
I = I,  + I, 

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Gravitação Universal
A gravitação é uma propriedade que qualquer objecto tem de
atrair um outro objecto. A força de gravitação é a força que
mantém coeso o sistema planetário;
Representemos por  a força exercida pela partícula 1 sobre a
partícula 2. Esta força tem um carácter atractivo, e é dirigida de
2 para 1. A força gravitacional é directamente proporcional ao
produto das massas e inversamente ao quadrado da distância
entre as partículas:
 
 = −J K
 

8>
J = 6,67 × 10 > - contante de Kavendish
O
PQ
O módulo da força exercida pela partícula 1 sobre a partícula 2 é
igual ao módulo da força exercida pela partícula 2 sobre a
partícula 1:
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8R 8>
 =  = J >

Esta fórmula é aplicada para corpos suficientemente
distantes de modo que possam ser tratados como
partículas.
O que fazer se os corpos não forem suficientemente
pequenos em comparação com as distâncias que
separam os corpos (ex. interacção entre a Terra e um
objecto muito próximo a superfície terrestre)?
Imagina-se que cada um dos corpos é constituído por
um número muito grande de partículas, cada uma
das quais é válida a lei de gravitação. A soma ou a
integral dessas forças, será igual a força gravitacional
total.
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• Interacção gravitacional entre 2 corpos com simetria esférica:
A força gravitacional entre s corpos A e B esfericamente
simétricos, é a mesma que existiria se A e B fossem partículas,
em que a massa de cada objecto está concentrada no seu
centro. Todavia, estes corpos devem ser exteriores um a outro
(se uma bola de bilhar estiver dentro de uma bola de basquete,
então a fórmula não pode ser usada.
• O resultado para objectos com simetria esférica é
consequência de duas características da força gravitacional:

 A força gravitacional é uma força dirigida segundo a recta que


une as partículas (os centros dos corpos). Portanto, trata-se
de uma força central.
 A força gravitacional é sempre atractiva e é do tipo inverso ao
quadrado.
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Consideremos agora uma cadeira próxima da superfície
terrestre
Utilizaremos a lei de gravitação expressa pela equação
geral, porque embora a cadeira não tenha simetria
esférica, a Terra tem este tipo de simetria. Ao descrever a
interacção podemos tratar a Terra como partícula de
massa MT, concentrada no seu centro. A distância da
cadeira ao centro da Terra é  = 6,37 × 10S m. Esta
distância é muitas vezes maior em comparação com as
dimensões da cadeira. Isto significa que a cadeira
também pode ser tratada como partícula. Assim a força
gravitacional entre a Terra e a cadeira é
T 
=J 

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Campo gravitacional
• Qualquer corpo cria em sua volta um campo gravitacional, tal
que colocando um outro objecto de massa m num ponto
arbitrário P, actuará sobre ele uma força sobre ela.
• O campo gravitacional define-se como a razão entre a força e
a massa:
: 
 = = −U > K .
8 

O módulo do campo é  = U >.


Nas proximidades das superfície terrestre  = U
VW >
Portanto, a lei de gravitação universal mostra por que dois
objectos em queda livre nas proximidades da Terra têm a
mesma aceleração e que ela depende apenas das propriedades
da Terra (MT ; RT) e é independente de qualquer propriedade do
objecto em queda.
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Cancelamento de forças gravitacionais
• As forças gravitacionais, como qualquer outra grandeza
vectorial, obedecem o princípio de superposição. Imaginemos
um objecto localizado entre a Terra e a Lua. Se considerarmos
que o objecto interage apenas com estes dois astros, haverá
um ponto entre os astros em que o campo gravitacional é
nulo. Consequentemente, se o objecto estiver localizado
naquele ponto estará sujeito a uma força resultante nula.
Seja r a distância entre os centros e x a distância entre a Terra e
o ponto considerado. Assim a força resultante será:
 
U −U = 0. Resolvendo esta equação, pode-se isolar
 > O >
o x, ou seja, calcular a distância do centro da Terra ao ponto
considerado.

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Energia potencial de interacção
• Quando um certo objecto desloca-se de um ponto inicial A para um ponto final B,
num campo gravitacional, a força de gravitação realiza trabalho:
X = Y  Z, onde  = −J > K e K Z = Z. Logo,
[ 8
\ 
[ [
 Z
X = ] −J Z =− −J ] =
   
\ \
  
X = −J − = J − .
 ^ _
Para forças conservativas, X = −∆a.
Convenciona-se adoptar zero a energia potencial gravitacional no infinito ( a uma
distância infinita).
1 1 
∆a = ab − a\ = −J − ⇒a\ = −J =.
∞ \ \
Reescrevendo para um ponto arbitrário temos:

a  = −J

Esta equação represnta a energia potencial gravitacional para dois objectos
separados por uma distância r.

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