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Pilates pode ser um substituto

para a musculação?

Pilates ou musculação? Essa é uma das perguntas mais


frequentes de alguns alunos que praticam, ou querem praticar
essas duas atividades. 
O Pilates e a Musculação trabalham ganho de força,
flexibilidade, condicionamento e entre outras melhorias físicas,
porém de formas distintas.
Na Musculação o praticante estará trabalhando com carga
(pesos) submáxima, gerando hipertrofia do músculo, que é o
aumento da massa muscular.
Os treinos de hipertrofia funcionam da seguinte maneira: eles
provocam micro lesões nos músculos e aumentam a síntese de
proteínas. Esse é o tipo de treino mais procurado, já que ele auxilia
no ganho de força e oferece benefícios estéticos.
No Pilates utiliza-se como resistência molas e/ou o próprio
peso corporal, resultando no aumento da força, gerando assim um
ganho de definição e aumento leve de hipertrofia, o foco do Pilates
NÃO é hipertrofia.
O Pilates auxilia no ganho de massa muscular, entretanto este
não é o objetivo principal do método. O mesmo baseia-se em seis
princípios: concentração, centralização, fluidez, respiração, precisão
e controle. Ou seja, trabalha com todo o corpo através dos seus
princípios e consequentemente ocorre o ganho de massa muscular,
mas, de forma mais lenta em comparação a musculação.
Bruce (2016) afirma que no Pilates é trabalhado mais
“fortemente o equilíbrio, coordenação, flexibilidade, melhora da
respiração e mais força com menos volume muscular, enquanto que
na Musculação trabalha-se mais volume muscular rapidamente, há
um maior benefício ósseo, e um fortalecimento de grupos
musculares específicos”.
A musculação propriamente dita (com pesos, anilhas,
máquinas) exercita músculos grandes, mobilizadores, que ficam
mais superficialmente e que se cansam mais rapidamente.
Podemos dizer que são responsáveis por movimentos de grandes
amplitudes, por exemplo, bíceps, tríceps, quadríceps, isquiotibiais,
glúteos, reto abdominal, entre outros . Na musculação, normalmente
trabalha-se um grupo muscular isolado, enquanto no Pilates
trabalhamos o corpo como um todo. Outra diferença é a rotina da
musculação e a variedade do Pilates.
Quando unimos as duas técnicas, o trabalho na musculação
se torna muito mais consciente, pois o corpo está preparado para
impactos e movimentos bruscos que podem ocasionar lesões. Isso
se dá graças a consciência corporal que o praticante desenvolve
nas aulas de Pilates.
Para quem já faz musculação, complementar o treino com o
Pilates pode trazer inúmeros benefícios. É possível trabalhar com
mais precisão os alongamentos (o que aumenta a flexibilidade) e o
abdômen de forma mais segura. O Pilates trabalha com a posição
correta da coluna durante a execução dos exercícios. Essa prática
ajuda a evitar lesões para o praticante.
Para os idosos, sedentários ou pacientes que enfrentam
alguma patologia, o Pilates pode ser uma excelente opção.
Seus exercícios irão aumentar o tônus muscular e reduzir a
sobrecarga na coluna, aumentando a capacidade respiratória e a
oxigenação dos músculos.
Há também indivíduos que não se adaptam a musculação,
mas que precisam ganhar massa muscular devido à perda causada
pela idade ou pelos hormônios, o Pilates neste caso é uma
excelente alternativa.
Assim, o Pilates se mostra indicado para todos os perfis de
condicionamento físico. De atletas profissionais, que buscam um
complemento ao treino diário com prevenção às lesões; praticantes
de musculação que desejam ampliar os benefícios para o corpo; ou
pessoas que não tenham o hábito de fazer atividades físicas, mas
sentem necessidade de ter uma musculatura mais forte para
melhorar a saúde em diversos aspectos ou mesmo para combater o
stress e ter um corpo mais relaxado.
Isso pois ambos trazem consigo grandes benefícios que vão
além da estética ao indivíduo.

REFERENCIAS:
 BRUCE, Carlos. Pilates ou musculação: o que é
melhor? - Tua Saúde, 2016. Disponível em:
<https://www.tuasaude.com/pilates-ou-musculacao-o-que-e-melhor/
>
 MENDONÇA, Aline. É possível “ganhar” massa
muscular no Pilates? Revista Pilates, 2015. Disponível em:
<http://revistapilates.com.br/2015/07/24/e-possivel-ganhar-massa-
muscular-no-pilates/>
 MIRANDA, Larissa Brunet de; MORAIS, Paula Daniely
Costa de. Efeitos do Método Pilates sobre a composição
corporal e flexibilidade. Revista Brasileira de Prescrição e
Fisiologia do Exercício. São Paulo, v.3, n.13, p.16-21. Jan/Fev.
2009. Disponível em: <file:///C:/Users/Roberta/Downloads/Dialnet-
efeitosDoMetodoPilatesSobreAComposicaoCorporalEFle-
4923277.pdf>
 REVISTA PILATES. Pilates x Musculação. Texto
digital, 2014. Disponível em:
<http://revistapilates.com.br/2014/08/16/pilates-x-musculacao/>

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