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Sistemas Automotivos

Princípio de Funcionamento

Elementos do Sistema

AULA 01

Sistemas de Freio

Prof. E d u a r d o R o d r i g u e s
Sistema de Frenagem - Freios
Definições:
Sistema de Freio (Manual TecAuto Bosh):
Conjunto de todos os sistemas que compõem o freio de um veículo e cuja finalidade é
reduzir ou manter sua velocidade, levá-lo à imobilidade ou mantê-lo imóvel.
2º Lei de Newton:

W = peso do veículo
g = aceleração gravitacional
Dx = - ax = desaceleração linear
Fxf = freio U(m/s)
Da
Desaceleração Constante W
Fxf
Fxr

logo,
Definições:

Sistema de Freio - Tipos:

Sistema de Freio de Serviço – atuação progressiva do motorista para reduzir ou levá-lo à


imobilidade durante a operação.

Sistema de Freio Auxiliar – atuação progressiva caso e redução de velocidade, levando a


imobilidade em caso de pane do sistema de freio de serviço.

Sistema de Freio de Atuação Contínua – conjunto de elementos que, em caso de longos


declíves, reduza ou a mantenha constante a velocidade praticamente sem desgaste do freio de
fricção.

Sistema de Freio Automático – conjunto de elementos que, em caso de desacoplamento


intencional ou acidental entre os veículos rebocados e trator, ativa automaticamente os freios
do veículo rebocado.

Sistema Eletrônico de freio (EBS, EHB) – sistema de freio controlado por sinais
elétricos gerados ou processados pelo transmissor de comando.
Concepção do Sistema de Freios
Critérios Essenciais sob o Ponto de Vista do Veículo:
- Determinações legais sobre a desaceleração mínima do bloqueio e a seqüência de.
- Condições de distribuição da carga ; - Influência da fadiga de freios;
- Torque de frenagem do motor; - Falha no circuito de freio;
- Válvula de equalização e - Desacelerador (se disponível).

Concepção do Ponto de Vista do Equipamento:


se ocupa com o dimensionamentodo freio da roda e do dispositivo de comando

Critérios para Concepção do Freio de Roda:


- Tipo do Freio (disco ou tambor); - Durabilidade (desgaste e solicitações);
- Espaço disponível para alojamento; - Níveis acetáveis de pressão;
- Rigidez (volume de fluido absorvido pelo freio hidráulico);

Critérios para Concepção para o Dispositivo de Comando:


- Curso e força do pedal ou acionamento normal do freio, na frenagem de emergên- cia e no
caso de pane num dos circuitos ou no amplificador do freio;
- Requisitos de conforto; - Espaço para instalação;
- Combinação com sistemas para regulagem da força de frenagem.
Coeficiente de Atrito função da Velocidade
Depende da:
Temperatura
atua sobre a propriedade, ou material (“fade”
ou vitrificação)
Superfície de Contato
Pressão de Contato
Diferentes Níveis de
Rugosidade de uma
superfície (de Freio)

Evolução Temporal da Característica Físicas-


Geométricas de um freio Mecânico
Distribuição da Temperatura em um Freio a Disco

(1) Resulta de contatos discretos de asperezas.


(2) Gradientes de bandas quentes
(3) Bandas quentes na direção radial aparecem como áreas reduzidas de contato da pastilha de freio
(4) “Hot spots” macroscópicos (MHS)
(5) “Hot spots” com pequenos gradientes de temperatura distribuídos

O tipo (2) apresenta instabilidade termoelástica (TEI), que se baseia na teoria da variação do atrito de
contato devido a interações entre expansões térmicas, aquecimento por atrito, condução de calor para fora da
zona de alta temperatura e desgaste. De acordo com a teoria da TEI os “hot spots” aparecem somente a uma
velocidade de deslizamento crítica que depende das propriedades térmicas do material.
O tipo (3) ocorre por uma redução da área de contato da pastilha com o disco, causado por distorções
térmicas dos componentes, desgaste da pastilha e o comportamento termomecânico dos materiais.
O tipo (4) apresenta grandes gradientes de temperatura, comumente considerados os principais mecanismos
de falha do disco. Mostra-se que os MHS são encontrados em ambos os lados do disco na direção de
deslizamento. A anti-simetria dos MHS e os níveis de temperatura neles encontrados indicam uma
deformação circunferencial com deformação plástica e transformações locais na estrutura cristalina do metal
Distribuição da Temperatura em um Freio a Disco

Vibrações e Ruídos
Holografia de um freio a disco para uma rotação
à 10 rpm, observa-se 8 diâmetros nodais e uma
frequência de vibração de 10750Hz
Princípio de Funcionamento

I – Vantagem mecânica (força alavanca)


II – Multiplicação da força hidráulica

Tipos de Sistemas de Freios

Freios à disco
Freios à Tambor

Freios à Disco Freios à Tambor


Tipos de Sistemas de Freio

Freios à Disco – mais eficiente


Freios à Tambor – mais fácil construção

Freios de Carros de Competição

Feitos em carbono – carbono


Dimensionados para alta temperatura
Coeficiente de atrito ruim a baixas temperaturas
Fonte de Energia
O elemento fora (sistema de freio pneumático de um rebo-
que, etc) ou dentro do veículo (força muscular) necessária
a acionar o sistema de freio do veículo

Dispositivo de Suprimento de Energia Elementos


que fornecem, regulam e condicionam, eventualmente a
energia de frenagem.

Dispositivo de Comando
Elemento que induzem e controlam a ação deste sistema
de freio. O sinal de controle é transmitido por meios
mecânicos, pneumáticos, hidráulicos ou elétricos.

Dispositivo de Transmissão
Elemento que transferem a energia controlada pelo
dispositivo de comando.

Freios
Elementos nos quais são geradas as forças de oposição ao
movimento ou à tendência de movimento do veículo.
Componentes do Sistema de Freio

Fluido de Freio
Tem a função de transmitir e multiplicar o esforço
sobre o pedal de freio, através da pressão hidráulica
para o acionamento dos freios nas rodas.
Por ser submetido a materiais de atrito, deve ser
propriedades físico-quimicas que impeçam sua
evaporação mesmo em altas temperaturas, razão de
vital importância para manter o bom funcionamento
do circuito.
Tem que satisfazer muitas exigências e pode variar
somente de modo limitado, numa grande variedade de
condições de trabalho, mantendo suas características
tanto em alta e baixa temperatura.
São fluídos neutros (não atacam quaisquer
componente do sistema). É um fluído Higroscópico, ou
Simbologia: seja, absorve umidade da atmosfera.
(mineral e sintético)
Componentes do Sistema de Freio

Fluido de Freio

Ponto de Ebulição Ponto de Fulgor Estabilidade Viscosidade


Térmica
Temperatura em Temperatura em Sua composição Densidade do fluido
que o fluido ferve que o fluido de freio química se mantém de freio, que se for
gerando bolhas começa a liberar mesmo depois de muito grosso retarda
prejudiciais ao vapores inflamáveis. prolongado os movimentos dos
funcionamento de Mínimo: 80º C aquecimento, sem componentes e se for
sistema de freio. formar sedimentos fino provoca
ou sofrer queda na vazamento. É
temperatura de seu responsável pela
ponto de ebulição. lubrificação correta
dos componentes
internos do sistema de
freio.
Componentes do Sistema de Freio

Fluido de Freio

Especificação do Ponto de Ebulição Mínimo

Fluido Novo Fluido Usado

DOT3 205ºC ou acima 145ºC ou acima

DOT4 230ºC ou acima 155ºC ou acima

DOT5.1 260ºC ou acima 165ºC ou acima


Componentes do Sistema de Freio

Pedal

Linhas de Comando

Cilindro Mestre

Válvula Combinada

Potencializador (Hidro vácuo)

Freios à Disco

Freios à Tambor

Freio de Emergência
Componentes do Sistema de Freio

Pedal
Linhas de Comando
Cilindro Mestre
Válvula Combinada
Servo-freio (Hidro-vácuo)
Freios à Disco
Freios à Tambor
Freio de Emergência
Um sistema convencional (sem Já em um sistema integrado (com servo
servofreio) vai exigir que o condutor freio) para aplicar esses mesmos 100
exerça 5 quilos de força sobre o pedal de quilos de força no cilindro, basta exercer
freio, para que uma força de 100 quilos 2 quilos de força no pedal.
seja aplicada no cilindro mestre.
Componentes do Sistema de Freio

Cilindro Mestre

Localizado no compartimento do motor no parede corta-


fogo(‘firewall’) em frente ao assento do motorista. O
cilindro mestre típico é dividido em dois cilindros
completamente separado em um compartimento para cada
grupo de duas rodas.
Desta forma, é possível parar o carro caso haja um
vazamento de uma linha de comando.

No entanto, o problema mais comum que a experiência é


um vazamento interno. Isto fará com que o pedal de freio
afunde lentamente quando aplica- se uma pressão
constante pelo pedal.
Componentes do Sistema de Freio

Cilindro Mestre
Configuração do Sistema de Freio
Componentes do Sistema de Freio

Válvula Combinada
Combina três dispositivos:
válvula de pressão residual
(angl. metering valve)
interruptor de diferencial de pressão
(angl. pressure differential valve)
válvula de corte
(angl. proportional or equalizer valve)

interruptor do
válvula de pressão diferencial de
residual pressão
válvula de corte
Válvula Combinada

Válvula de Pressão Residual


A válvula de pressão residual compensa o fato de que os
freios a disco atuam mais rapidamente do que os freios a
tambor quando o pedal é pressionado. Ela age fazendo com
que o os freios a tambor sejam acionados ligeiramente antes.
A válvula não permite qualquer pressão nos freios a disco
até que uma pressão-limite seja atingida.

Interruptor do Diferencial de Pressão


A válvula diferencial de pressão é um dispositivo que alerta
válvula de corte
válvula de pressão você se houver um vazamento em seu circuito de freio. Caso
interruptor do
residual diferencial de haja mal-funcionamento, a pressão cairá num dos lados do
pressão circuito descentralizando o pistão, e fechando o circuito.

Válvula de Corte
Este dispositivo é desenvolvido para ajustar a pressão entre
os freios dianteiros e traseiros do veículo, dependendo da
frenagem realizada. Não importa o tipo de freio que o carro
possua, os freios traseiros exigem menos força do que os
freios dianteiros.
Componentes do Sistema de Freio
Servofreio (Hidrovácuo)

Um servo mecanismo montado no sistema de freios


reduz o esforço físico exigido ao motorista para car-
regar no pedal dos freios.
Consiste num servo cilindro onde se encontra um pistão
ou diafragma. Quando o ar é extraído de uma das
extremidades do cilindro e a pressão atmosférica é
admitida na outra, a diferença entre as pressões do dois
lados do pistão (ou do diafragma) pode ser utilizada
para facilitar a aplicação dos freios.
Componentes do Sistema de Freio
Servofreio (Hidrovácuo)

• Válvula de entrada de ar fechado.


• Válvula de passagem de vácuo aberta.
• Comunicação entre as duas câmaras
(vácuo e vácuo)
Componentes do Sistema de Freio
Servofreio (Hidrovácuo)

 A haste de entrada
empurra o pistão de
controle.
 A comunicação do
vácuo é
interrompida e
abre-se a passagem
de ar.
 O diafragma é
forçado no sentido
de aumentar a força
na haste de saída
Componentes do Sistema de Freio
Servofreio (Hidrovácuo)

 A haste de saída
empurra o êmbolo
do cilindro mestre.
 A entrada de ar se
fecha.
 Com a passagem de
vácuo fechada há
um equilíbrio do
sistema.
 Neste caso,
obtemos pouco ar
na parte traseira
enquanto estava
aberta a passagem
de ar.
Componentes do Sistema de Freio

Tipos de Sistemas de Freio

Freio à Disco
Freio à Tambor

Freio à disco Freio à Tambor


Componentes de Sistema de Freio
Freio à Tambor
Componentes de Sistema de Freio
Freio à Tambor
Componentes de Sistema de Freio
Freio à Disco

Componentes de Freio a Disco

Cubo da Roda
Disco de Freio
Pastilhas de Disco
Pinça + Pistão
Componentes de Sistema de Freio
Freio à Disco

Problemas do Disco de Freio


- Aquecimento Excessivo
Diminuição do Coeficiente de Atrito
Empenamento do Disco (Deformação Térmica)
Vibrações do Dispositivo de Comando e
Ruído Estridente do Freio
- Desgaste Excessivo
Diminuição da Área de Contato Vibrações do
Dispositivo de Comando e Ruído Estridente do
Indicação Sonora do Desgaste Freio
Componentes de Sistema de Freio
Freio à Disco

Ventilado Sólido

Os discos ventilados são utilizados em Os discos sólidos são usados normalmente


veículos que exijam maior eficiência nos em veículos que exijam menos eficiência
freios, onde a temperatura de frenagem no freio.
também é maior.
Componentes de Sistema de Freio
Freio à Disco

Pastilha com sensor de desgaste sonoro Pastilha com sensor de desgaste eletrônico

Todos os esforços de frenagem se concentram no sistema disco/ pastilhas. Esses esforços


ocorrem pelo atrito entre as pastilhas com o disco de freio, o que causa geração de calor.
Para evitar o ruído ocasional em pontos de montagem e fixação, as pastilhas são
pressionadas por componentes do tipo mola.

Substituir quando o material de atrito estiver abaixo de 2,00mm


Pesquisar as possíveis soluções para falhas de
freios mais frequentes e trazer na próxima aula.

Só aceito no dia da entrega até as 19:30


Bibliografia:

• Sistemas Automotivos UnB-Gama – 1º/2009. Prof. Marcus Vinicius Girão de


Morais
• Sistemas Automotivos 26º edição Bosch 2015

• A bíblia do carro – Costa, Paulo. G. 2001-2002

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