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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.......................................................................................................3
2 DESENVOLVIMENTO............................................................................................4
2.1 tarefa 1 – Controle e Automação de Processos Industriais...................................4
2.2 Tarefa 2 – Sistemas Hidráulicos e Pneumáticos...................................................5
2.3 Tarefa 3 - Termodinâmica...................................................................................8
2.4 Tarefa 4 – Manufatura Mecânica: Conformação dos Metais...............................9
2.5 Tarefa 5 – Resistência dos materiais..................................................................10
3 CONCLUSÃO.......................................................................................................13
REFERÊNCIAS............................................................................................................14
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1 INTRODUÇÃO

Uma das principais características do alumínio é que ele é altamente


reciclável. Pois, mesmo depois de muito utilizado de forma segura e eficiente, o
alumínio pode ser reaproveitado, com recuperação de parte significativa do
investimento e economia de energia, como já ocorre largamente no caso da lata de
alumínio. Além disso, o meio ambiente é beneficiado pela redução de resíduos e
economia de matérias-primas propiciadas pela reciclagem.
Neste trabalho produzido em grupo, iremos tratar do assunto de
reciclagem de latas de alumínios, de uma cooperativa que tem a necessidade de
automação de seu processo de prensagem de alumínio, através de relatórios,
cálculos e definições em meio às tarefas.
Com um objetivo de aplicar todo conhecimento adquirido nas
disciplinas estudadas no semestre, utilizando dos conceitos teóricos e práticos para
solucionar a temática de reciclagem de latas de alumínio.
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2 DESENVOLVIMENTO

2.1 Tarefa 1 – Controle e Automação de Processos Industriais

O controle de processos é a técnica de manter variáveis de um


processo (peso, temperatura, dimensões, pressão e vazão) configurando valores
predeterminados que são calculadas utilizando-se de variáveis que são medidas em
tempo real do processo que se deseja controlar.
Os sistemas de controle são classificados em sistemas de controle
em malha aberta e sistemas de controle em malha fechada.
No controle em malha aberta, o usuário configura o sinal de entrada,
visando o resultado esperado conforme sua experiência adquirida, no final da etapa
é necessário analisar o resultado, e repetir o processo caso precise. O forno de
micro-ondas é um aparelho que utiliza controle de malha aberta. O uso desse tipo de
controle é benéfico em termos de custo, por ser baixo, tem facilidade de
implementação, mas não é preciso e não possibilita realimentação. Os elementos
utilizados em malha aberta são: controlador e processo. Na figura 1.1 mostra o
diagrama de bloco deste sistema.

Figura 1.1 – Sistema em malha aberta

Fonte: CTISM

No controle em malha fechada, o sistema possui realimentação


utilizando o sinal de saída comparando-o com o sinal de entrada, o que torna o ciclo
contínuo até a interrupção pelo usuário. Os benefícios são redução de erros, saída
constante e robustez, em contra partida torna o controle mais complexo e com
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custos elevados. Os elementos utilizados são comparador, controlador, atuador,


processo e sensor. A figura 1.2 nos mostra um diagrama de blocos de malha
fechada.

Figura 1.2- Sistema em malha fechada

Fonte: CTISM

2.2 Tarefa 2 – Sistemas Hidráulicos e Pneumáticos

1) A prensa hidráulica será acionada por uma botoeira do tipo de push-


button para que os cilindros entrem em ação, cilindros denominados A e B, letras
maiúsculas significando atuador de duplo efeito, sendo que para o avanço da haste
do atuador utiliza-se o sinal + e – refere-se ao retorno do atuador.
Exemplificando temos que:
 A +: refere-se ao avanço da haste do atuador A.
 A -: refere-se ao retorno da haste do atuador A.
 B+: refere-se ao avanço da haste do atuador B.
 B-: refere-se ao retorno da haste do atuador B.

2) A sequência de acionamento dos pistões escolhida foi a seguinte.


 Etapa 1: avanço da haste do atuador A (Trajeto A+).
 Etapa 2: retorno da haste do atuador A (Trajeto A-).
 Etapa 3: retorno da haste do atuador B (Trajeto B-).
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 Etapa 4: retorno da haste do atuador A (Trajeto A-).

3) A figura 2.1 nos mostra o diagrama de comando que será utilizado na


automação do circuito hidráulico.

Figura 2.1 - Diagrama de comando utilizado na automação do circuito hidráulico.

Fonte: Autores

4) Após pressionar o botão (S6), o cilindro A é acionado avançando até


encostar-se ao fim de curso, na etapa seguinte o pistão B avança em seu
comprimento total até o fim de curso onde retorna logo em seguida, logo que retorna
por completo o cilindro A recebe os sinais enviados pelo controle retornando para o
estado inicial, onde esse irá aguardar o tempo predeterminado no temporizador para
reiniciar o ciclo de controle que nesse caso é o de malha fechada. A figura 2.2
demonstra o circuito hidráulico.
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Figura 2.2 - Circuito hidráulico

Fonte: Autores

5) Lista de componentes utilizada na automação da prensa:


 1 (um) Controlador para controle em malha fechada
 1 (um) Temporizador.
 1 (uma) fonte de alimentação de 24 V.
 1 (um) Botão do tipo push-button.
 1 (um) Botão de emergência.
 2 (dois) Cilindros hidráulicos.
 2 (dois) Contatores.
 4 (quatro) Sensores de fim de curso.
 4 (quatro) Solenoides.
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2.3 Tarefa 3 - Termodinâmica

1) Dados: P1 = 106 Pa; A1 = 5cm2 = 5x10-4 m2; A2 = 3cm2 = 3 x 10-4 m2, W1=
25J; h=?; F1 e F2 =?; W2 =?
 P1 = Pressão do cilindro mestre;
 P2 = Pressão do cilindro acionado;
 F1 = Força do cilindro mestre;
 F2 = Força do cilindro mestre;
 A1 = Área do cilindro mestre;
 A2 = Área do cilindro mestre;
 W1 = Trabalho do cilindro mestre;
 W2 = Trabalho do cilindro mestre;
 h = Deslocamento dos pistões.
Cálculo:
F 6 -4 2
P= →F=P∙A → F 1 =P1 ∙A 1 → F1 = 10 ∙5∙10 ∴ F1 =5∙10 N.
A
F1 A 1 -4 -4 1500∙10
-4
= → F1 ∙ A2 = F 2 ∙ A1 →500∙3∙10 = F2 ∙5∙10 →F 2 = -4
∴ F2 =300N.
F2 A 2 5∙10
W=F ∙ h→ W 1 = F1 ∙h→25=500∙h ∴ h=0,05m.
W 2 = F2 ∙h→ W 2 =300∙0,05 ∴ W 2 =15J .

Portanto, temos que as forças serão F1 =500N , F 2 =300N , o


deslocamento será h=0,05m e o trabalho produzido no pistão acionado de W 2 =15J .

2) Dados: P = 12x106 Pa; A1 = 0,01m2; A2 = 0,03m2, W1= 1000J; h=?; V=?


 P1 = Pressão do cilindro mestre;
 P2 = Pressão do cilindro acionado;
 F1 = Força do cilindro mestre;
 F2 = Força do cilindro mestre;
 A1 = Área do cilindro mestre;
 A2 = Área do cilindro mestre;
 W1 = Trabalho do cilindro mestre;
 W2 = Trabalho do cilindro mestre;
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 V = Variação de volume pistão


 h = Deslocamento dos pistões.
Cálculo:
F 5
P= →F=P∙A → F 1 =P1 ∙A 1 → F1 = 12∙10 ∙0,01 ∴ F 1 = 12000 N
A
F1 A 1
= → F1 ∙ A 2 = F 2 ∙ A 1 →12000∙0,03=F 2 ∙0,01 ∴ F2 =36000N.
F2 A 2
W=F ∙ h→ W 1 = F1 ∙h→1000=12000∙h ∴ h=0,0833m.
W 2 = F2 ∙h→ W 2 =36000∙0,08333 ∴ W 2 ≅ 3000J .
3000
W=P∙V→ W 2 = P ∙ V 2 → 3000=12∙ 105 ∙V 2 →V 2 = 5
∴ V 2 = 0,0025 m3 .
12 ∙10
5 1000 3
W=P∙V→ W 1 = P ∙ V 1 → 1000=12∙ 10 ∙V 1 →V 1 = 5
∴ V 1 = 0,00083 m .
12 ∙10

2.4 Tarefa 4 – Manufatura Mecânica: Conformação dos Metais

1) A Laminação é um processo de conformação, que força os metais


por uma passagem entre dois cilindros rotativos, girando em sentidos opostos e
mesma velocidade, chamados de cilindros de laminação. A força gerada pelo atrito
entre o material e os cilindros ocasiona a deformação. O material sofre uma
alteração, reduzindo sua espessura de acordo com a distância entre os cilindros de
laminação.

2) O Laminador é o equipamento que realiza a laminação nos metais, e


os tipos estão sequenciados a seguir:
 Laminador Duo: sendo o duo com retorno por cima e o duo reversível;
 Laminador contínuo;
 Laminador Trio;
 Laminador Quádruo;
 Laminador Universal tipo Grey;
 Laminador Sendzimir.
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3) O mecanismo de um laminador é constituído conforme demonstrado


na Figura 4.1. Nesta figura, pode identificar os componentes, como: 1 – Motor de
acionamento; 2 – Embreagem; 3 – Transmissão de engrenagens (cilindro de
pinhão); 4 – Acoplamento; 5 – Eixo intermediário; 6 – Cilindro superior; 7 – Cilindro
Inferior; 8 – Colunas; 9 – Motor de acionamento para ajuste do cilindro superior.

Figura 4.1 – Componentes de um Laminador.

Fonte: Google Imagens <https://goo.gl/dKlfSG> (p.26).

2.5 Tarefa 5 – Resistência dos Materiais

1) Os materiais são classificados em três classes independentes e uma


composta, as quais são: polímeros, cerâmicos, metais e compósitos. Estes materiais
possuem subclasses que estão dentro da tabela 1, feita pela ótica de J.W. Bullard,
da Universidade de Illinois, EUA.
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Tabela 1 – Principais subclasses de materiais (adaptada)

Fonte: Google Imagens

O alumínio está classificado como metal não ferroso. Representado


na tabela periódica pelo símbolo Al, pertencente ao grupo de número 15.

2) O alumínio é proveniente da bauxita, sendo constituído de um óxido


hidratado, óxido de ferro, sílica, óxido de titânio, além de outros compostos. As
propriedades mecânicas do alumínio são:
 Limite de resistência à tração – trata-se da tensão máxima que o material
resiste antes da ruptura, a qual para o alumínio puro recozido é aproximadamente
48Mpa (4,9 kg mm²).
 Limite de escoamento – É máxima tensão que o material resiste e
começa a se deformar plasticamente, sendo em torno de 0,2% do comprimento
original medido de um corpo de provas normal, o limite de escoamento do alumínio
puro recozido é de aproximadamente 12,7Mpa (1,3kg/mm²).
 Alongamento – O alongamento é a deformação sofrida pelo material, ou
seja, a deformação em percentual medida do comprimento original de um corpo de
provas, antes e depois do ensaio de tração, aproximadamente 0,2%.
 Dureza – A dureza é a resistência que o material tem quanto a
penetração, sendo medidas em Brinell, Vickes e Rockwell, não tendo uma relação
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direta entre o valor da dureza as propriedades mecânicas das várias ligas de


alumínio.
 Módulo de elasticidade – É a propriedade que o material tem de
amortecer golpes e reduzir as tensões produzidas pela variação de temperatura,
cujo valor para o alumínio é de 7030 kg/mm², podendo chegar até a 7500kg/mm².
 Tensão de fadiga – Quando um material sofre várias vezes certo número
de tensão oscilante aplicada no mesmo local, o material pode falhar por fadiga, cujo
valor pode variar de 25% a 50% da tensão de ruptura do alumínio.
 Temperaturas elevadas – O alumínio puro funde a 660°C, sendo que as
ligas de alumínio podem fundir a uma temperatura de 200°C.
 Temperaturas baixas – O alumínio não se torna frágil quando colocado a
temperaturas abaixo de 0°C. Sendo que em baixas temperaturas a resistência
aumenta sem perder a ductilidade, quando se adiciona Magnésio, esta liga pode ser
utilizada para fabricação de tanques soldados para armazenamento de gás metano
liquefeito, a uma temperatura de até -160°C.
3) O alumínio é o material não ferroso mais consumido no mundo e o
terceiro elemento químico mais abundante na crosta terrestre. No Brasil existe uma
abundância do minério base do alumínio (Bauxita). A reciclagem do alumínio
consiste em se aproveitar principalmente latas de bebidas, sobras ou excessos de
materiais provenientes dos processos de fabricação de peças e processos diversos.
As sucatas são limpas, trituradas, peneiradas e aquecidas a uma temperatura de
700°C em fornos apropriados, transformados em lingotes, depois laminados,
forjados entre outros processos de transformação mecânica. Por sua vez, o alumínio
pode ser reciclado por infinitas vezes, sendo que suas propriedades mecânicas não
são alteradas, exceto quando da adição de outros elementos nas ligas fundidas para
a obtenção de produtos específicos. Podemos citar ainda, que quando da
reciclagem do alumínio, todos lucram, podendo citar a diminuição da quantidade de
extração da bauxita, ganho econômico para a população que vive da reciclagem,
não haverá degradação do meio ambiente entre outros.
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3 CONCLUSÃO

Após pesquisa e avaliação de dados obtidos, pode-se afirmar que a


reciclagem de materiais no Brasil e no mundo é a solução para minimizar a
degradação do meio ambiente e melhoria de condições socioeconômicas para
todos. Mas para a aplicação correta dos conceitos de reciclagem, devem-se
aperfeiçoar os conhecimentos técnicos e científicos nas áreas de automação
industrial, termodinâmica, hidráulica e pneumática, conformação mecânica,
eletricidade, entre outros, pois somente com o conhecimento racional destes
conceitos poderemos otimizar os processos de aproveitamento sustentável dos
materiais, bem como dos processos e fabricação, colaborando assim para a não
degradação do meio ambiente.
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REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DO ALUMÍNIO. Fundamentos do alumínio. 2. Ed.


São Paulo, 2012. Disponível em: <http://www.abal.org.br/site/pdf/fundamentos-do-
aluminio/001.pdf>. Acesso 25 abr. 2021.

BAYER, F. M.; ARAÚJO, O. C. B. Curso técnico em automação industrial:


Controle automático de processos. Escola Técnica Aberta do Brasil, Santa Maria,
RS. Disponível em:
<http://redeetec.mec.gov.br/images/stories/pdf/eixo_ctrl_proc_indust/tec_auto_ind/
ctrl_auto_proc/161012_contr_aut_proc.pdf>. Acesso em: 12 de mar. de 2021.

ÇENGEL, Y. A.; BOLES, M. A. Termodinâmica. 5. ed. MacGraw Hill, 2007.

CHIAVERINI, Vicente. Tecnologia mecânica. 2. ed. São Paulo: McGraw-Hill, 1986.

MORAN, M. J.; SHAPIRO, H. N.; BOETTNER, D. D.; BAILEY, M. B. Princípios de


Termodinâmica para Engenharia. 7. ed. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2014.

PARKER TRAINING. Dimensionamento de redes de ar comprimido – Apostila


M1004 BR. Set. 2006. Disponível em:
<https://lcsimei.files.wordpress.com/2012/09/parker_ dimensionamento-de-redes-de-
ar-comprimido.pdf>. Acesso em: 9 de abr. de 2021.

VANTAGENS do alumínio. Associação Brasileira do Alumínio, 2019. Disponível


em : <https://abal.org.br/aluminio/vantagens-do-aluminio/#accordion11>. Acesso em:
24 de abr. de 2021.

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