Você está na página 1de 233

FACULDADEDECI

ÊNCI
ASDAEDUCAÇÃOEPSI
COLOGI
A

DEPARTAMENTODOENSI
NOBÁSI
CO

FUNDAMENTOS

DE

P ED A G O G IA

MAPUTO,
2012
TEMA1:APEDAGOGI
AEASCI
ÊNCI
ASDAEDUCAÇÃO

OQueéPedagogi a?
- éart
edeensi nar
- éci
ênciaet écnicadaeducação.
- Et
imologicament ePEDAGOGI Anal ínguaGregasigni
fi
ca:
 Pai ouPai dós=criança
 Agõgós=condut or,gui
a, di
ri
gente
 Agém ( verbogrego)=lev ar
,conduzi
r,gui
ar,di
ri
gir
 Pai dagõgi a=ocupação, encargo,
ofí
ciodopedagogo
 Pai dagogõs=escr avolibert
oencar r
egadodel evarascr
iançasàescol
a;
preceptordascr i
anças,pedagogo.

Desenv
olv
endoassim oconcei
to,aPedagogiaé,por
t o,saberconduzi
ant rosmeni
nos
par
aaescola.EPedagogoéaquelequeconduzascri
ançasaescola.

Nosent idoamploemai sabrangente,aPEDAGOGIA éum campodeconheci ment os


quei nvesti
gaanat
urezadasf inal
i
dadesdaEducaçãonumadet erminadasociedade,
bem comoosmei osapr opr
iadospar aaformaçãodosindiví
duos,tendoem v ista
prepará-l
ospar
aastaref
asdav idasocial
.

QualéOBJECTODAPEDAGOGI
ACOMOCI
ÊNCI
A?
ÉaEducaçãodoHomem.

Antigament eexi sti


aumaúni caCi ência:aFILOSOFIA -ciênciadosaber .Todasas
outrasest avam i nt
egradasnest a.APedagogi aét ambém umadasci ênciasquese
desv i
nculoudaFi l
osofi
apar aseocupari nt
eir
ament edospr obl
emasdaEducação.
Assumi ndoest afunçãodaEducaçãoaPedagogi apassaadesempenharassegui ntes
funções:
 Af unçãodeCi ênciadescr iti
va-empenhada em descr everecompr eender,
nosmí nimosdet alhesof enómenoeducat iv
o,proporci
onandoaoeducador
ampl aepr of
undav i
sãodet odooseumecani smo.
 Af unçãodeCi êncianor mat iva-proporci
onaasdi rect
ri
zeseospr i
ncípi
os
necessáriosdosaber-f azereducati
vo;
 Af unção de Ci ênciat ecnológi
ca -v olt
ada para o desenvol
vimento do
i
nstrument oindispensáv elàconsecução( execução)dotrabal
hoeducativoe
doconheci ment odast écnicaseducati
vas.

Li
gadasaest asfunçõesest
ãoasi númer
asdi sci
pli
nas,pert
encentesasCiênci
asde
Educação,que contri
buem para a compreensão e elucidação dos f
enómenos
educati
vosequeseencontr
am reuni
dasem t
rêsgrandesgrupos:

 As di
sci
pli
nas Fi
l
osófi
cas -Fi
l
osof
ia Educaci
onal
,Pol
í
tica Educaci
onale
Hi
stór
iadaPedagogi
a;
 Asdi scipli
nasCient í
fi
cas:Psicologi
aEducacional
,Sociol
ogiadaEducação,
Biologia Educacional,Estatí
stica Educaci
onal,Hist
ória da Educação e
EducaçãoCompar ada;
 As di scipl
inas Técnicas -Di dácti
ca,Admi ni
str
ação e Gest ão Escol
ar,
OrientaçãoEducaci onaleHigi
eneEscolar.

Esquemat
izandoaEv
oluçãodaPedagogi
acomoCi
ênci
atemososegui
nte:

FI
LOSOFI
A

PEDAGOGI
A

Di
sci
pli
nasFi
losóf
icas Di
sci
pli
nasCi
ent
íf
icas Di
sci
pli
nasTécni
cas

Fi
losofi
aEducaci
onal PsicologiaEducaci
onal Di
dáct
ica
Polí
ti
caEducaci
onal SociologiaEducaci
onal Ad. e Gest
ão
Escolar
Hi
stór
iadaPedagogi
a BiologiaEducaci
onal Ori
entaçãoEducaci
onal
….Est at í
sti
caEducacional Hi
gieneEscol
ar
….Hi stóriadaEducação
… EducaçãoCompar ada

consi
derandoque:
CIÊNCIA–éabuscadeconheci
ment
os,det
eor
iasedeconcei
tosnumadet
ermi
nada
área;

ARTE–éapl
i
caçãodessesconheci
ment
os;

Nasuamanei
radever
:aPedagogi
aémai
sCi
ênci
aoumai
sAr
te?

Ciênci
asdaEducação?
Sãoumasí ntesededi
ver
sasdi
sci
pli
nasquesei
nter
essam pel
apessoahumananoseu
devereducacional
.

1.
1.OConcei
toEducação:

OHomem apareceunaf
acedaTerracom semel
hançadeum ani
malqual
quer.Eum
ani
malhomot
ermodepelenua.Of
actodepossui
rumafacul
dadedeusoi
mediatodos
órgãosdossent
idosepr
ont
aact
uaçãodopsí
qui
co,oHomem di
stanci
asedor
est
o
dosanimai
s.

Assi
m,oHomem r
evel
ou-
seoserdoescal
ãomai
sal
todoRei
noAni
mal
.

Eleconsegui
udomest icarcert
osanimaiset r
ansf
ormaraspl antasselv
agensem
plant
ascul
ti
vávei
sviveu antesnonomadi smoedepoi ssedentari
sou-
se.Aprinci
pal
razão det
rocaro nomadi smo porsedentar
ismo econt i
guidade,ésem dúv i
da,a
ameaçadomei oambiente,
tant
onatur
alcomodanat urezahumana.

Com isto,pr
etende-sedi
zerqueoHomem apr endeav er
,aouv i
r,acomunicar-
se,a
mover-se,aapalpar,atr
abalharparasobrevi
ver.Par
asobr eviv
erdasi nt
empéri
esda
nat
ureza,dosat aquesdasf eras,daescassezdosal i
ment os,aprendeuav i
verem
comunidade.VerMaxDer r
uau,p.29-39e355,Geograf
iaHumana.

Comof or
mamai salt
adeor gani
zaçãodavi
dasingul
arecolect
iva,aper
fei
çooua
comuni
cação,
ofabr
icoeusodeinstr
ument
osdet
rabal
hoetr
açounor masdecondut
a
(mor
al)
.

Depoi
sdemuitosemui
tossécul
os,cr
ist
ali
zou-
seomododev i
dadohomem efor
mou-
seoquesechamadeculturahumana.Com anecessi
dadedepr
eser
varest
acult
ura,
sur
giuoquesedenomi
nadeEducação.

Outr
ora,aaprendi
zagem eraespont
âneaporqueohomem vi
vi
ananat
urezaecom el
a
seconfundi
a.Hojeaprendepelasi
dei
as.Éporissoquet
ant
osefal
adoquedevi
asere
nuncadoquesedev ereali
zar

O que é a Educação? O que é a cul


tur
a? (
Gol
i
as, M.
; Bor
deau, P.
;
Abbagnano,
N.;
Pei
xot
o,A.
)

Aeducaçãoéum f enómenosoci
alpor
quesur
giucom oapareci
mentodasoci
edade.A
Educaçãoconsi
stenatransmi
ssãodacul
tur
adogr upo,dasger
açõesvel
hasàsnovas
gerações.

At ransmissãodacul t
uraedast écnicasdasv el
hasàsnovasger açõestem como
fi
nalidade a sobrevi
vênci
a do género humano.A cultur
aeat écnica dev
em ser
aprendidas,assi
miladaspormei
odet ransmissão,i
stoé,
pel
aeducação

Aassimilaçãodosconteúdoseducat
ivosnãoéi
nsti
nti
vaeporissodevehav
erum
pr
ocessodet ransmi
ssãoeassimi
l
ação.
A educaçãotem comof inal
i
dadegaranti
remanterav i
dasi
ngularecol
ect
ivado
Homem.

1.
2.Concei
to,
Obj
ect
oeObj
ect
ivosdaPedagogi
a

APedagogi
aéaci
ênci
aet
écni
cadeeducar
.Li
ter
alment
e,Pedagogi
aset
raduz“
gui
ade
cr
iança”
.
Abbagnano,
pg19,
Ivol
ume.

O obj
ect
odeestudodepedagogi
aéaeducaçãodoHomem como um pr
ocesso
or
gani
zadoedi
ri
gido.

Oobj
ecti
vodePedagogia
APedagogi
atem comoobject
ivohabi
l
itarosf
utur
ospr
ofessor
escom conheci
ment
os
dast
écni
cas,mét
odos,modoef masdeeducação.
or

O homem f oisemel hant


e ao resto dos out
ros ani mais ont em e hoj e não é.Se
concordascoment e.
PorquequeoHomem deci di
uv i
verem comuni dadesor ganizadas?Ar gument eat ua
resposta.
Enumer eosi ni
migosdoHomem ecausasdessai nimizade.
OHomem conqui stoucer t
asvit
ór i
asnasuav ida,taisqueof azdiferentedosout ros
animais.Quais?
Ontem, ohomem apr endiaespontaneamenteehoj e,planeiaeat éaprendepel asidei
as.
Argument eporfavorest aafi
rmação.
Quei mportânci
atem aeducaçãonav i
dadoshomens?Coment arbem osdepoi mentos.
Dequef or
masohomem acumul ouoquesedenomi nadecul t
ur ahumana?

2.Est
rut
uradaCi
ênci
aPedagógi
ca

2.
1.RamosdaPedagogi
a

Apedagogi
apossuiramososquaissaí
ram del
aedel
adependem.Ent
reessesr
amos
podemosdest
acarossegui
ntes:

1.Teor
iadaEducação

Teori
adaEducaçãoéor amodaEducaçãoquei nvest
igaeanalisaospr ocessosda
Educação,l
igadosàfor
maçãodasconsciênci
as,decomport
ament o,
ati
tudes,hábit
ose
aosurgimentodasqual
idadesdecar
áct
er,dasconvi
cçõesecrenças.

2.Di
dáct
icager
al

Éor amodapedagogiaqueseocupadat
eori
ager aldeensi
no.I
nvest
iga,
anal
i
saepõe
em prát
icaospr
ocessosdei
nst
ruçãoedeeducação.

I
nvesti
ga as regul
ari
dades concernent
es à f ormação da per
sonal
i
dade, o
desenv
olv
iment
odascapacidades,
habi
li
dadeseapt
idões.

No pr
ocesso da i
nst
rução,encar
rega-
se pel
a el
abor
ação de pr
incí
pios di
dáct
icos,
métodosdeensi
no,el
abor
açãoeapl
i
caçãodemei
osdeensi
no,
plani
fi
cação,
execução,
eanáli
sedasaul
as.

3.Met
odol
ogi
asdeEnsi
no

Éor amoqueinvesti
gaaspar ti
culari
dadesdanat ur
ezadecadadi sci
pli
naescolare
sel
eccionamétodosmai sapropriadosdeacordocom asespeci
fi
cidadedeprocessode
ensino.Também sechamaDi dácti
caEspecífi
ca,asdif
erent
esmet odol
ogiasquese
estudam eseapl
icam nasdisci
plinasdeEnsino.

4.Pl
ani
fi
caçãoeOr
gani
zaçãoEscol
ar

Éoramoquei nv
est
igaeor gani
zaprobl
emasr
elaci
onadoscom osi
stemadeeducação
vi
gentenum paí
s.Elabor
acont eúdosemétodosdedi r
ecçãodeumaescolaedos
di
fer
entesór
gãosdaescola.

5.Hi
stór
iadaPedagogi
a

Éramoquei nvesti
gaeanali
saodesenvolvi
mentodaEducaçãonopr ocessohi
stór
ico
dahumani dade.Formabasesparaumaact uaçãocorrect
aeplanif
icaçãoacert
adada
educação.Elaajudatambém aobser
varaspectosnegati
voseposit
ivosquedevem ser
tomadosem cont anar ef
ormadosistemadeeducaçãonum det erminadoperí
ododa
apli
caçãodeum si st
emaeducati
vo.

6.Pedagogi
aCompar
ada

Investi
gaast endênci
asdaeducaçãoedeposi çõespedagógicasnosdifer
entespaíses
e nas di fer
entes épocas.I ndica semelhanças,di
ferenças e causas da pol í
ti
ca
educacionaldeum paí sem relaçãocom oout r
o.Também ajudaosplanifi
cadorespara
efectuarem acertos necessários no si
stema de Educação consoante o estudo e
compar açãocom outrossistemas.

7.EducaçãoSani
tár
ia

Inv
estigaasnecessi dadesdehi gienefísi
co-mentalnoprocessodeeducação.Ori
ent
a
questõesr el
acionadascom assal asdeaul as,no concer
nenteàsuaconst r
ução,
constit
uição,capacidade,ailuminação,al otação,oarejamento,al
impezadopát i
o,
condiçõesdot ecto,apintur
aconv eni
enteparaopr ocessodeensinoeaprendi
zagem
entr
eout ras.

Al
ém desses,
exi
stem out
rosr
amoscomo:

- Pedagogi
aPré-
Escolar
- Pedagogi
aEscol
ar
- Pedagogi
adeEnsinoSuper
ior
- PedagogiadeFormaçãopr of
issi
onal
- Metodologi
adeInvesti
gação
- PedagógicaeEducaçãoEspecial
.

2.
2.Pedagogi
aesuar
elaçãocom out
rasCi
ênci
as

Com aFi l
osofia-Todasasci ências,
incl
uindoaPedagogia,nascer
am daFilosofi
aese
desenvolv
em juntamentecom el a.Abasedosmét odosdapedagogi aéaFi losofi
a.A
Fi
losofi
aseocupadast eori
asdoconheci mento,dasfontesedasl eisger
ais,for
ma-se
métodossobr eoconheciment o,nabasedomei oambi ent
ehumano.Apedagogi aéum
conjunt
odet esesjust
if
icadasporout r
asciênci
asnumabasef i
l
osófica.

Com a Soci ologia-A Soci ologi


a,como ci ência sobr
elei s do f
uncionamentoe
desenvolvi
ment odasoci edade,rel
aciona-secom aPedagogia,paraesta,di
recci
onara
matériaaest udar,aper sonalidadeaf ormaremodosdaapl icaçãodeacor docom as
part
icular
idadesf orneci
daspel aSociologi
a.Nem todosospov ospodem aprenderda
mesmamanei r
aedaíexi steumaf ormadedi recci
onamentodesaberespar acadapovo
segundosuascar acterí
sticasespecíf
icas.

Com aPsicologi
a-Par
areceberasindicaçõesmai spreci
sasdanat
urezadopsíqui
co,
docompor t
amentodacr i
ança,dojov em,doadol escent
eedoadul toafim dedar
mel
horori
entaçãonoprocessodeEnsino-Aprendi
zagem.

Com aFi si
ologiadeI dades-quedel arecebeasquest õesdaact i
vidadesuperi
or
nerv
osa,no concer nente ao nasci
mento,desenvol
vimentoef uncionamento,para
depoisterargument os sobreot r
abal
ho educat
ivo e const
it
uigr ande auxil
i
arda
pedagogi
anopr ocessodeensi noeaprendi
zagem.)

Com aMat emáti


caeCibernéti
ca-queajudaaPedagogianousodedadosobt
idosnas
i
nvesti
gações,afim deori
entarparaumapl ani
fi
caçãomai
soumenospr ecisados
meiosdeensinoedeprocessospedagógicos.

Com aLógica-Auxil
i
aaPedagogianoestudodasl
eiseformasdepensament
ológi
co
ecoer
ente.Oequil
íbr
iomentaldecadasuj
eit
opodeservi
stoeconf
ir
madonumabase
l
ógi
caetratadodeacordocom oscui
dadosconv
eni
entes.

Com aHi st
óri
a-aPedagogia,ciênci
aquenasceupar aodesenvol
viment
odaeducação
doHomem,t em rel
açõescom aHi st
ória,porque el aeducaef or
maohomem de
acordocom oseupassadohi stór
ico,suaspr etensõespresent
eseseusi nteresses
futur
os.Énahist
óriaonderesideocapi talcul
turaldohomem edaípar adesenvolvê-
lo
preci
sadeconheci
ment ocorr
ect oporpar t
edapedagogi a.

Com aGeograf
ia-por
queoHomem desenvolv
e-sesobcondi
çõesdomeiogeográfi
co
APedagogianecessi
tadoconheci
mentodessemeioparalocal
i
zareut
il
izarmeiosde
sobr
evi
vênci
adoHomem noseuambi entenat
ural
.
2.
3.Cat
egor
iaspedagógi
cas.

A pedagogiadesenvolv
e-senabasedassuascat egor
ias.Assuasmani f
estações
consti
tuem concei
tospreci
sosdeacor
docom asconfor
midadesdasuanatureza.Os
seus conceit
os e sua naturez
ajusti
fi
cam-
na como ciênci
a e suas f
ormas de
operaci
onal
ização.

Dassuascat
egor
iaspodemosdest
acar
:

1.AEducação
Podemosdescrevê-
laem doi
sti
pos,sendoEducaçãonosent
idol
atoeEducaçãono
sent
idorest
ri
to.

AEducaçãonosent i
dol atoref
ere-
seàinfl
uênci
aeducat
iva,detodoor egi
mesoci al
,
i
nclui
ndo a do meio ambi ent
e.Queremos fal
ardos pais,famil
i
ares,vizi
nhança,
est
rutur
associ
aisdolocalderesi
dênci
aent
reoutros.

A Educaçãonosent idor est


ri
to,trata-
sedaeducaçãoquecompr eendeot rabal
ho
educati
vo,planif
icadoedi rigi
dopar aaf or
maçãodecer tasquali
dadesdecar ácter

aquelaem queact uam element ospedagógicospar
aaf ormaçãoedesenv ol
vimentoda
personal
idade.Realiza-senasinsti
tuiçõescomocreches,jar
dinsi
nfanti
s,escol
aenas
outrasi
nstit
uiçõesdeensi no.

2.AutoEducação-Éot r
abal
hoi ndi
vi
dualconsci
ent
e,asuaf
ormaçãoem si.For
mam-
se quali
dades,traços i
ndi
viduaise f or
mas de comportament
o selecci
onados
i
ndiv
idual
mente.

3.Inst
rução-éoprocessoeor esul
tadodaapr opr
iaçãopel
osal unos,dosi
stemade
conheci
mentosci
entí
fi
cos,habi
l
idades,experi
ênci
ascognit
ivas,nabasedasquaisse
for
maaconcepçãodomundoeasqual idadesmorai
s.

Pelainstr
uçãof
ormam-
set
ambém f
orçascr
iat
ivasesedesenv
olv
em asqual
i
dades
i
ntel
ectuai
s.

4.Auto-
Instr
ução-Pr essupõeot rabal
hoindi
vi
dualli
gadoàassi mi
l
açãodosaberno
campodei nteressepessoal .Part
edainfl
uênci
adainformaçãodosmeiosdeensi
noe
domeioambi entecircundante.Exempl
o,aescol
haindiv
idualdeum í
dol
oeaimitação
dassuascaract er
íst
icas.

Concl
uindopodemosdi zerqueodesenvolv
iment
odapessoadependedepr
ocessos
i
nter
noseexternos,
dir
igidoseespont
âneos.

5.Ensi
no-Éopr ocessodecooperaçãoaluno-Prof
essor
,noqualsereal
i
zaainstr
ução,
aeducaçãoeodesenv ol
vi
mentointel
ectualdapessoa.Comoprocessodecooper
ação,
oprocessopassaasechamardeEnsi no-Aprendi
zagem.
2.
4.MÉTODOSDEPEDAGOGI
A

Mét odosdaPedagogi
asãocami nhosquenosconduzem aoconhecimentododecorr
er
edof i
m daacti
vi
dadepedagógi
ca.Éoconjuntodetodosospr ocessosquetendem a
conduziroalunoeprofessoraati
ngironí
veldesaber,saberf
azer,saberseresaber
estar.

Par at
ermosoconheciment
oexactododesenv olvi
mentodospr ocessospedagógi
cos,
temosqueconhecerprimei
ramenteosobjecti
vos,pri
ncí
pios,cont
eúdosemét odosde
transmissãoedecont
rol
edosresul
tadosplani
fi
cados.

Vamosdest acaral
gunsmét
odospedagógi
cosusadospar
aapesqui
saeobt
ençãodos
resul
tadosdeEnsino.

Mét
ododeAnál
i
seeAv
ali
ação

Para conhecera ef i
cácia e efici
ênci
a duma escola,precisamos de anali
saras
acti
vidadesdosalunos,prof
essoresedadirecçãodessaescola.Depoisdeanali
sar
mos
nabasedeact i
vi
dadesreali
zadasededocument osescol
ares,devemosadmi ti
rum
diál
ogoedi scussãosobreoqueencont r
amos, par
aaclar
arecompr eendermelhor.

Mét
ododeobser
vação

Osf enómenospedagógicossãocl arament


ev i
sív
eisquandoassi st
imosasaulase
observamosoquesepassar ealmentenasal
a.Etambém énecessár i
oacompanharos
al
unosnosi nter
val
oseintei
rar
-sedoqueospr of
essoresfazem nesseper
íodoem que
osalunosestãonoint
erv
alo.

Est
asobservaçõespodem serdi
rectaseindi
rectas,par
apermi
tirumavi
sãoassi
sti
dae
não assi
sti
da, pois quem sabe que est a sendo assi
sti
do pode mudar de
comport
ament oeconduzi
raconclusõesnãor eai
s.

3.Anál
i
sedocument
al

Se anal i
sar
mos os document os escolares compreendemos os object
ivos e as
fi
nalidadesdasact
ivi
dadespedagógicas.Sãoresult
adosdaspr ovas,
deexercí
cios,das
redacçõesdosalunos,dospl
anosdeaul asdosprofessores,deacti
vi
dadespráti
case
outros.

Além dest
esdocumentos,dev
emostambém consul
tarr
elat
óri
osdadir
ecçãoDist
ri
tal
daEducação,daDirecçãoProvi
nci
al,daI
nspecçãoedoConsel hodaDi r
ecçãoda
Escol
a

São exactament
e estes documentos que nos conduzem a obser
vara ef
icáci
ae
efi
ciênci
adosprocessospedagógi
cosdeumaescol a.
4.Exper
iment
açãopedagógi
ca

Éomét odoqueconsistenacri
açãodecondiçõesparaar eal
izaçãodeacti
vi
dades
pel
osalunosepr ofessor
esedepoisanali
sarosef ei
tos.Estemét odoser
ve para
apr
ofundaroconheci
ment odef
enómenospedagógi
cos.

5.Mét
odosLógi
coeMat
emát
ico

Estes usam a est


atí
sti
ca,a probabi
l
idade na base de i
nter
pret
ação dos dados
recol
hidosnumainv
esti
gaçãopedagógi
ca.

3.Resenhahi
stór
icadoDesenv
olv
iment
odaPedagogi
a

3.
1.A EDUCAÇÃO PRI
MITI
VA E OS PRI
MEI
ROS PASSOS DA VI
DA HUMANA NO
PLANETA
(
NaGr
éci
aant
igaenaRoma)
”, ast
ransf
ormaçõesv
eri
fi
cadasaol
ongodasf
ases
di
tar
am a ev
oluçãodohomem nat
err
a.
Os mei
os e f
inal
i
dades pel
os quai
s os homens i
nter
fer
em no ambi
ent
e nat
ural
mer
ecem uma especi
alobser
vação,por
que t
ais act
ivi
dades est
ão di
rect
ament
e
r
elaci
onadascom opr
ocessoeducaci
onal
desenv
olv
idoaol
ongodasuahi
stór
ia.

Aact
ivi
dadei
mpar
áveldei
nter
vençãodohomem noambi
ent
enat
uraléum f
act
oóbv
io
aoqual
,i
nfel
i
zment
epoucossedi
spõepensareescl
arecerosseuspor
quês.Amai
ori
a
daspessoasnasci
dasnasgr
andesci
dadesr
arament
esedet
em sobr
eai
mpor
tânci
a
dessaact
ivi
dade,embor
avi
vem num mundopov
oadopel
asi
nvençõeshumanas,i
sto
par
a most
rarque poucos est
ão consci
ent
es no r
ealsi
gni
fi
cado de t
oda est
a
t
ransf
ormação.

Éi
mpor
tant
e sal
i
ent
arque o homem pr
imi
ti
vo desenv
olv
eu v
ári
as act
ivi
dades na
nat
urezapel
acr
escent
enecessi
dadedegar
ant
irsuasobr
evi
vênci
a,t
aisact
ivi
dades,
r
efl
ect
ir
am-
senodesenv
olv
iment
odassuascapaci
dadesi
ntel
ect
uai
s.

Começaent
ãoopr
ocessodeeducaçãoent
reascomuni
dadespr
imi
ti
vas,naaur
orada
v
idahumanasobr
eopl
anet
a.Masdesdeoi
níci
o,podemosdi
vi
direst
aeducaçãoem
doi
sgéner
osdi
sti
ntos:
No 1º gener
o,v
amos encont
raruma educação v
olt
ada par
aat
ransmi
ssão de
conheci
ment
osr
eai
s,que,deumamanei
raoudeout
ra,sãoút
eisnagar
ant
iada
sobr
evi
vênci
a humana.Est
e é o géner
o da educação que pr
ocur
atr
ansmi
ti
ros
conheci
ment
ospr
áti
coseconcr
etos,consegui
dosat
rav
ésdaspr
imei
rasi
nter
venções
dohomem nomundoext
eri i
or(dadepr
é-l
i
ter
ári
a).

O2ºgéner
o,t
rat
adeumaeducação,por
tant
o,quenãonascedaqui
l
oqueohomem
sabe,masdaqui
l
oqueel
edesconhece.Asuaacçãoest
avacent
radanãosobr
eaqui
l
o
queohomem possui
,massobr
eaqui
l
oqueel
eai
ndadesej
aconsegui
r.

3.
2.AEDUCAÇÃOPARAASOBREVI
VÊNCI
A
Ahi
stór
iadohomem pr
imi
ti
vonodecor
rerdai
dadepr
é-l
i
ter
ári
apodeserdi
vi
didaem
duasgr
andesf
ases,nomeadament
eaf
asedehomem nómadaeaf
asedohomem
sedent
ári
o:
Ohomem nómada
Ohomem nómadaéaquel
equenãopossuil
ugarhabi
taci
onalf
ixo.Sugei
tando-
sev
iver
em abr
igost
empor
ári
osdascav
ernas,queper
maneci
aat
équeasci
rcunst
ânci
as
ambi
ent
aisf
ossem f
avor
ávei
sàsat
isf
açãodassuasnecessi
dadesbási
cas.

Mov
idopel
osent
iment
odei
nfer
ior
idademuscul
arem r
elaçãoàani
mai
sfer
ozese
sent
indoanecessi
dadedeaument
arasuaf
orça,el
eacabouusandoasuai
ntel
i
gênci
a
par
amodi
fi
caraquel
asi
tuaçãodei
nfer
ior
idade,eacaboucr
iandoosseuspr
imei
ros
i
nst
rument
osdeauxí
l
iodent
reosquai
s,um machadoquef
oidet
ali
mpor
tânci
apar
ao
homem,
est
eper
íodof
i docomopal
couconheci eol
í
ticooui
dadedapedr
alascada.

Aeducaçãodur
ant
eoper
íodopal
eol
í
ticosedesenv
olv
eudeumamanei
rabast
ant
e
espont
âneaesempr
eví
ncul
adaàr
eal
i
zaçãodeal
gumat
eref
aquedev
eri
aserensi
nada;
ex.
:“acaçaer
aensi
nadaquandoat
ri
boest
ivessenacaça”
.Ousej
a,nãohav
iaaul
asde
si
mul
açãodequal
querquef
osseaact
ivi
dade.Dest
emodo,oj
ovem,par
ti
cipandodas
act
ivi
dadesdat
ri
bo,
acabav
aapr
endendopori
mit
ação,
sem hor
ári
ospr
é-det
ermi
nados
esegundoum si
stemabast
ant
eassi
stemát
ico.

Por
ém i
stonãoquerdi
zerqueaeducaçãoacont
ececomocoi
samer
ament
eaci
dent
al.
Os mai
svel
hos desempenhav
am um papelpr
eponder
ant
e na t
ransmi
ssão dos
ensi
nament
osaosj
ovenssucessi
vosdat
ri
bo.

Ohomem sedent
ári
o
Com odecor
rerdot
empo,ohomem mudouoseumododev
ida,dei
xandodeser
nómadapassandodest
afor
maaomododev
idacedent
ári
a,i
stoé,
com habi
taçãof
ixa.
Nest
afaseohomem i
nter
fer
edeci
siv
ament
eem seumei
o,encami
nhandoapr
odução
debens,Segundoassuasnecessi
dades.Desi
mpl
esr
ecol
ect
ordef
rut
asecaçador
,o
homem pr
imi
ti
vo se t
ransf
orma em semeadorde pl
ant
as e past
orde ani
mai
s,
ut
il
izandoaagr
icul
tur
aaoseubenef
íci
o.
Apopul
açãosedesenv
olv
eeasi
nst
it
uiçõessoci
asseaper
fei
çoam.Associ
edadesse
or
gani
zam em t
ornodeobj
ect
ivoscomuns:aagr
icul
tur
a,adomest
icaçãodeani
mai
s,a
const
ruçãodecasasdeMadei
raoubar
ro,et
c.Todasest
asconqui
stast
razem um
sensí
velaument
onocont
ext
odoensi
no.Osj
ovenst
em mui
tacoi
saporapr
ender
,mas
o si
stemaeducaci
onalai
ndaper
manencebasi
cament
eo mesmo,o ensi
no sendo
r
eal
i
zadodemanei
raespont
âneaeat
rav
ésdai
mit
ação.Dur
ant
eest
eper
íodo(
neol
í
tico)
o“
cur
icul
o”educaci
onalseapl
i
caeumanov
amat
éri
aei
ntr da:ada“
oduzi art
ede
guer
ra”
.

3.
3.EDUCAÇÃOPRI
MITI
VA
Not
ema“
educaçãopr
imi
ti
va”f
icaev
ident
equeseuest
udosej
aimpr
esci
ndí
velor
epar
o
enahi
dest stór
iadaeducação,comof
ormadebuscadaev
oluçãoeducaci
onalno
t
empoenoespaço,per
ant
easuacont
ri
bui
çãonoconv
ívi
onav
idadast
ri
bosque
compunham ospr
imei
rospov
osdaépocapr
imi
ti
va.

Ospov
osdaépocapr
imi
ti
va,l
evar
am f
ormasdev
idat
radi
cionalder
ecol
ect
ores,
past
orí
cia,sedent
ári
a,r
emet
idosporv
alor
izaçãoaoambi
ent
ecol
ect
ivodev
ivênci
apor
descober
tadaf
ormadessaconv
ivênci
afaci
l
itandoar
esol
uçãodospr
obl
emasde
pr
otençãocont
raoat
aquedosani
mai
sfer
rozesedani
nhos,noapr
ovei
tament
odos
r
iospar
aapescaequerdaszonasagr
o-pecuár
iaeusodasf
luv
iasnasdesl
ocações.

Est
a si
tuação de apr
efei
çoament
o de nov
as pr
áti
cas de v
ida,obr
iga que haj
a
necessar
iament
eachamadadi
vi
sãodet
aref
as,
consequent
ement
edet
rabal
hocr
iando
di
cot
omi
adet
rat
ament
odet
rabal
hopar
ahomensepar
aasmul
her
es,t
ornandoagi
lo
r
est
oem conf
ormi
dadecom acapaci
dadef
ísi
cahumanadosconv
ívi
os.

Assi
m,par
ator
narper
cept
ível
est
etema,
temosquei
ncer
irnogl
obaldaI
mpor
tânci
ada
Hi
stór
iadaEducaçãonassegui
ntesar
eas:

Ohomem éf
eit
odet
empo-car
act
eri
zandoacer
cadahi
stór
iaedapedagogi
a,como
t
eor
iaquet
êm porobj
ect
odeacção humana.Fi
camosasaberqueahi
stór
iaé
i
nter
pret
açãodaacçãot
ransf
ormador
adohomem not
empoeapedagogi
aéat
eor
ia
cr
ít
icadaeducação,querdi
zeraacçãodohomem quandot
ransmi
teoumodi
fi
caa
her
ançacul
tur
al.

Sendoot
rabal
hoaacçãot
ransf
ormador
adohomem sobr
eanat
ureza,modi
fi
candoa
manei
radepensar
,agi
resent
ir
,quenof
im deumaj
ornadaquerquesej
a,nunca
per
manenceomesmo,éassi
m quesef
ala– ohomem seaut
opr
oduzaomesmo
t
empoquepr
oduzasuapr
ópr
iacul
tur
a.

Nãohahomem f
oradasuapr
áti
casoci
al,
por
queest
e,porsuav
ez,
seencont
radent
ro
do cont
ext
o hi
stór
ico-
soci
alconcr
etor
esul
tant
edo conj
unt
o dasr
elaçõessoci
ais,
mut
ávei
snot
empodasuaev
oluçãohumana.
Educação I
deol
ogi
ca:si
tua que,na base da r
elação cr
iada ent
re si
,os homens
encont
ram padr
õesdecompor
tament
o,i
nst
it
uiçõesesaber
s,cuj
oaper
fei
çoament

encar
regueasger
açõessucessi
vas,queosassi
mil
a,modi
fi
caosmodel
osv
alor
izados
par
adet
ermi
nadacul
tur
a.Sendoaeducaçãoogar
ant
edamemór
iadeum pov
o,cr
ia
condi
çõespar
aasuasobr
evi
vênci
a,t
ornandopossí
velacapaci
dadeent
eoi
ndi

duoe
asoci
edade.
Opr
ocessonãof
oil
i
near
,mui
tasv
ezesr
egi
stoudecer
tamanei
radi
stor
çõesnot
empo,
por
tant
o,no começo,das soci
edade t
ri
bai
s a cul
tur
a gl
obaler
atr
ansmi
ti
da
i
nfor
mal
ment
e pel
os adul
tos,com o f
im de encont
rart
odos os i
ndi

duos.Nas
soci
endadesmai
scompl
exasest
atr
ansmi
ssãoi
nfor
mal empopassapar
,com ot aa
educaçãof
ormal
,assumi
ndoum car
áct
eri
ntel
ect
ual
i
sta.

Reconst
it
uindooPassado
Sabemos de ant
emão que pel
otr
abal
ho o homem act
ua sobr
e a nat
ureza,
t
ransf
ormando-
o.Cadager
açãoassi
mil
aaher
ançacul
tur
aldosseusant
epassados,
si
mul
taneament
eoper
apr
oject
osdemudança.O pr
esent
edaact
ivi
dadedohomem
nãoéof
im,
masadqui
resent
idopel
oseupassado,
par
aof
utur
oqueoesper
a.
Recomendaai
mpor
tânci
adopassado,escl
arecendoqueopassadonuncadev
eser
consi
der
adomor
to,por
quesef
undam asr
aizesdopr
esent
e,écompr
eendendoo
passadoquepodemosdarsent
idoaopr
esent
eepr
espect
ivarof
utur
o.O homem
r
econst
roeahi
stór
iaapar
ti
rdoseupr
esent
eecadanov
ofact
oof
azr
eint
erpr
etara
exper
iênci
apassada.

Ahi
tór
iadahi
stór
ia
Sabemosqueahi
stór
iar
esul
tadanecessi
dadequeohomem t
em der
econst
rui
ro
passado,i
nter
pret
andocr
onol
ogi
cament
eosacont
eci
ment
ospel
asuar
elev
ânci
a.A
memór
iadospov
ost
ri
bai
snãopr
evi
l
egi
ouassi
m,r
emet
endoosacont
eci
ment
osda
t
ri
boaopassadosagr
adoar
esponsabi
l
idadedosenhorDeus.

Ai
ndanosr
elat
osgr
egosHOMEROeHESÍ
ODOdi
zi
am,“
osact
oshumanosse
acham dependent
esdaacçãodi
vi
nanaguer
radet
roi
a (
sécul
oXI
Ia.
c.)por
exempl
o,cadaher
oiseencont
rasobapr
otencçãodeum DeusdeOl
i
mpo,não
hav
endopr
opi
ament
ehi
stór
iahumana,masconst
ant
eint
erv
ençãodi
vi
na no
di
sti
nodoshomens”
.

Nosécul
oVa.
c.ogr
egoHer
ódot
o,par
ti
cipandopar
aaal
ter
açãodement
ali
dade
quev
inhaocor
rendonaGr
éci
aem di
ver
sossect
oresde(
art
e,f
il
osof
ia,pol
í
tica,
ci
ênci
a,et
c.)modi
fi
caessat
endênci
amí
ti
ca,oHer
ódot
oéconheci
docomoo
Pai
dahi
stór
iaporsepr
oporar
elat
arosf
act
osdaf
ormamai
sobj
ect
ivapossí
vel
,
desv
incul
ando-
osdasexpl
i
caçõessobr
enat
ural
dadi
vi
nidade.

SoubemoscomoachamadaHi
stór
iaOf
ici
alsi
l
enci
ouopobr
e,oNegr
o,amul
her
eosexcl
uidosdaescol
a,cuj
ashi
stór
iassãoi
nter
pret
adasapenasSegundoos
i
nter
essesdosqueocupam opoder
.Houv
econcepçõesquepr
ocur
am col
ocar
os f
act
os de modo l
i
near
, descr
evendo os homens em busca do
aper
fei
çõament
opr
ogr
essi
vodeumar
eal
i
dadel
atent
e.For
am anal
i
sadasas
ci
vi
li
zaçõescomor
esul
tadodomov
iment
odeascenção,
apogeuedecl
í
neo.

Di
z-sequeof
enómi
noeducaci
onalsedesenr
olanot
empoef
azpar
tedahi
stór
ia
ger
al.Escl
arecendo-
sequeessapar
tet
ersi
doi
ntr
oduzi
donadécadade30a40,
nadaest
áregi
stadoàant
eri
ori
dadedesseper
íodoquedi
zrespei
toaeducação
naépocapr
imi
ti
va.
Por
ém,f
ica-
se a conhecer que a educação acent
ava nos mai
svel
hos
ant
epassadospar
aosmai
snov
osnacondi
çãodet
ransmi
ssãodeensi
nament
o
deeducaçãomor
aledeusosecost
umesdet
rabal
hosdast
ri
bos,
aper
fei
çoada
pel
asger
açõessucessí
vei
sdoní
vel
sóci
o-cul
tur
aldospov
os.

For
am aspr
inci
pai
scar
act
eri
sti
casdaeducaçãopr
imi
ti
va:
3.pr
ocessoassi
stemát
ico;
4.ensi
naramor
al,
5.asboasmanei
rase
6. pr
áti
cadot
rabal
hodat
ri
bo;
Obj
ect
ivodaeducaçãopr
imi
ti
va:
For
marohomem par
aser
viràssoci
edades.

3.
4.CARACTERÍ
STI
CASDOANEMI
SMO
Oanemi
smoconsi
stenacr
ençadequet
odasascoi
saspossuem umaal
ma.Aspedr
as,
asar
vor
es,
osani
mai
s,enf
imt
odasasf
ormasdeexi
snt
ênci
apossuem al
maouespí
ri
to.
Porcausadacr
ençaohomem pr
imi
ti
voat
ri
bui
utudooqueacont
ecenoambi
ent

i
nter
vençãodeespí
ri
tosami
gáv
eisouhost
is,seasocor
rênci
assão,r
espect
ivament
e,
posi
ti
vaounegat
iva.Assi
m,nabuscadosmei
osnecessár
iospar
aasobr
evi
vênci
a,o
homem pr
imi
ti
vopr
ocur
aagi
rdemanei
raanãoof
enderoespí
ri
toquehabi
taos
obj
ect
osdequepr
eci
sa.Par
aisso,
eledev
esegui
rcer
tosmét
odosquesãopr
odut
osda
exper
iênci
adeger
açõespassadas.Oapr
endi
zadodessesmét
odos,
queapazi
guar
ãoo
mundodosespí
ri
tos,
const
it
uiapar
temai
simpor
tant
edasuaeducação.

As ceri
mónias de i
nici
ação,como vi
mos,servem par
at r
ansmit
iraos j
ov ens a
expl
i
cação do uni
ver
so e,assim,t
orna-
loscapazesdeassegur
arum sati
sfactór
io
aj
ustament
oàssuasexi gênci
as.

a)Nascomuni
dadesPr
imi
ti
vas

AEducaçãonaEradasComuni dadesPri
mit
ivas,nãosusci
tagrandeint
eresseepor
i
ssopoucosesabe.AEducaçãosurgenasoci
edadedivi
didaem cl
asseseporissose
denomi
nafenómenosoci
al

Acri
ançanacomuni
dadepri
miti
vaeraeducadaatrabal
harcom osadul
toseporisso
quesedi
zqueti
nhacar
áct
erpráti
co.Pr
eparavaacr
iançapar
aot r
abal
ho,not
rabal
hoe
pel
otr
abal
ho.

Noperíododadecadênciaoudet ransi
çãodascomunidadespri
mit
ivasparaada
Anti
gui
dade,acri
ançaéeducadapar aot r
abalhoeaconheceroschefesdat r
ibo,
chef
esmi l
i
tar
es,
far
iseus,
escr
ibasesacer
dotes,
com oobj
ect
ivoder
espeit
á-l
os.

O perí
odo coincide com o aument o de produção e sur
gimento de excedent
es e
consequentementeoapar eci
mentodei nt
electuai
s.Énestaf aseem quesur gem as
i
nsti
tuiçõesorganizadas.Oschef essedesligam dotrabal
homanualpar areali
zaro
contr
olodosprodut os,dosprodut
oresedosmei osdeprodução.

b)NaAnt
igui
dade

Perí
ododaEscr avatur
a.Trat
a-sedoperíodotambém chamadodeFeudal i
smo.Na
Grécia,sur
geaeducaçãodeEspar t
aedeAt enas.Foiexact
ament
enaGr éciaonde
apareceram aspr i
meir
asteori
aspedagógicascom osfi
lósof
osDemócr
it
o,Sócrates,
Plat
ãoeAr istót
eles

AEducaçãopar aasociedade,t
inhaum car
áct
eressencial
mentemil
it
ar.Tinhacomo
object
ivo,pr
epararo cidadão par
a a def
esa da economia e da ost
entação da
supremaciamil
i
tar.
Arazãodest et i
podeeducaçãoer adepodersedefenderdospovossubmeti
dos.Hav i
a
também umagr andedesproporçãoentr
eosdomi nadosedominadores.Umafraqueza
mili
tarsignif
icar
iaumader r
otadosdomi nador
esev i
tór
iadosdominados.Eassim os
domi nadoresdeviam seor
ganizarcadavezmai
s

Ascri
ançasquenasci
am débei
seram el
i
minadas,
porser
em consi
der
adasi
nút
eispar
a
asuaprópr
iadef
esaeparaadefesadanação.

Aeducaçãocomeçavaaos7anosdei dade.Cri
ançaseram di
vi
didasem i
dades:dos7
aos 18,dos 19 aos 30.Permaneci
am mili
tar
es dos 30 anos at
é aos 60 anos.
Reali
zav
am exer
cíci
osf or
teseviol
ent
os.Fazi
am muitossacri

ciospar
aendurecero
corpoedormi
am em camasduras.

Cri
anças eram div
idi
das em i
dades pararecebereducação mi
l
itar
,composta de
educação físi
ca,música e danças guerr
eir
as.Rapazes como rapar
igas er
am
submetidosaosmesmosexercí
ciosmil
it
ares.

Roma,dedicava-
seaoensi nodaRet órica,est
udosdeDi r
eit
oeGr amát
ica,além de
educaçãomil
it
ar.Todossabiam manejarasarmas
NoEgipto,
naFeníciaenaBabilóni
a,namesmaépoca, sur
gir
am escol
asor
ganizadas.

OEgi pt
oinv
ent
ouaescrita«
Hier
ógli
fos».Começouporescr
it
asem desenhosedepoi
s
passou-
seaoum al
fabet
o.Dedi
caram-setambém aar
teeamedici
na.

OsBabi lóni
os,ensinavam amor almai
savançadadequasetodosost empos.OLiv
ro
pri
ncipaleraaBí bl
iaSagrada.
Característ
icas:
Amaraopr óxi
mocomoat imesmo,aleidenãofazeraooutrooquenãoquer emos
quenos f açam anós,r espei
taraosfr
acos:mulher
es,v
iúvas,cr
ianças,avi
dado
semel hanteeanóspr óprios.

OsFení
ciosi
nvent
aram oal
fabet
ocompost
ode22l
etr
as(
oqueusamosat
éhoj
e).

Pode-sedizerquenaantigui
dadecl
ássi
caahumanidadeav
ançoumuitonocampode
ci
ênciasgraçasaot i
podepedagogiautil
i
zada.Houvemui
toprogr
essonaart
eeno
desenvol
vi
ment osoci
al.


Ahi
stór
iadaeducação”

O homem sempr esepr eocupouem v iv


erem sociedade.Paraacontinui
dadedas
soci
edadeseranecessár
iosdet er
minadospri
ncípi
osregul
adores.Oshomenscri
aram
normasdecondut aquetornassem possí
velat
ingi
rseusobjecti
vos.Umadasnormas
eraeducarosseusmembr os.

3.
5. AEDUCAÇÃOPRI
MITI
VAEEDUCAÇÃOQUEOCORREUANTESDAEXI
STÊNCI
A
DAESCOLA.
Nas soci edades pri
miti
vas não existi
am escolas e nem mét odos de educação
conscientementereconhecidos,noentantoexist
iaaeducação.Exist
iamuit
asf ormas
detransmi t
irconheci
mentosaosj ovens.Exist
iaumaclassededocentesquetinham a
tar
efadeeducaracr i
ançaspar asuperarem asi mposi
çõesnaturaisquequal quer
i
ndivíduo v i
vendo nest
a sociedade para garanti
ra conti
nui
dade da tri
bo ou da
sociedade.

a)Car acter
ísticadaeducaçãopr i
mitiv
a
Acar acterí
sticaessenci aldaeducaçãonest aépocaer apr omov eroaj ustament oda
cri
ançaaomei oambi entefísicoesoci al,pormei odeaqui siçãodeexper iênci asde
geraçõespassadas.Er aumaeducaçãocom v aloresmorais,ondeacr i
ançaapr endiaa
supor tarador , atoler
arasci rcunstânciasdif
ícei
seaf ome.
Atrav ésdaeducaçãopr áti
caosj ovens,eram tr
einadosnospr ocessosdeobt ençãode
al
iment os,v estuário edeabr igo.E,at r
avésda educação t eór i
ca,osj ovenser am
i
nst ruídasatrav ésdecer i
móni as,dançasepr áti
casdaf ei
tiçari
a, cujoobjectivopr inci
pal
eraobt erconheci ment odav idat r
adici
onal,dav i
daintelectualeespi r
it
ualdeseus
pov os.Essasexecuções,t i
dascomocul toreligi
osodospov ospr i
miti
vos,er am os
ri
tuaismai simpor tantese, eram reali
zadasantesdequal queract ividadesocial.

b)Educaçãoat
rav
ésdomét
ododei
mit
ação

Aeducaçãoat ravésdai mit


açãoerafeitadeformainconscient
ement eeconsciente.Na
for
mai nconsciente,ascr i
anças,nosprimeir
osanosdev i
dabrincam com areprodução
dosinstrumentosut i
lizadospelosadultosemai stardemanejam osv erdadei
ros.E,na
for
maconsci ente,ascr i
ançasparti
cipam nasacti
vidadesdosadul t
oseapr endem por
i
mitação.Estaf asecomeçaquandoosadul t
osexigem trabal
hodascr i
anças,poucoa
poucov ãoaprendendoasdi versasocupaçõesdat ri
bo,como, const
ruçãodeut ensí
li
os
parapescaecaça, etc.

c)
Aeducaçãonascer
imóni
asdei
nici
ção.

I
mpor t
a-nosrefer
irqueem t odosospov osprimi
tivosencontr
amosascer i
móniasde
i
niciação que possuium v alorespecialmente educat
ivo,moral,sociale polít
ico,
rel
igiosoepr át
ico.Estascerimóniasdiferem detri
boem t r
ibo,obser
vam-sedesdeo
i
níciodaadol escênci
a,culminandocom aadmi ssãodosj ovensàcomuni dadeadul t
a
dat ri
bo,sendoumasdest inadaspar ameninaseoutrasparaosrapazes,ori
entadaspor
mul heresehomensr especti
vament e.

Nascer i
móniasdev alormoral,osjovenssãosuj ei
tosamut i
laçõesnocorpo,são
expostosaot empoet empor
ariament
el hespri
vam dosal i
mentosdat r
ibo,com o
i
ntuít
odeaprenderem asuport
arasdores,asci
rcunstânci
asdi

ceiseafome.

Nas cer
i as de v
móni alorpol
í
tico e soci
al,o i
ndi

duo aprende a obedi
ênci
aea
r
ever
ênciaaosmaisvelhos,
aservi
raosidososeasupri
rnecessidadesdafamíl
i
a.
No queconcerneao val
orr
eli
gioso o i
ndi
víduo apr
endeav ener
aro (Totem)que
geral
menteéum ani
malouveget
alconsider
adopel oant
epassado“míti
co”datri
bode
quem seesper
aaprot
ecção(
Deuses),queéocentrodecult
onascer i
mónias.

Jánov al
orprát
ico,osjovensaprendem at
rav
ésdosrit
osdei ni
ciação,osmét
odosde
capt
urarcert
osanimais,asartesdeacenderfogo,deprepar
aralimentoseoutr
osde
val
orprát
ico.

d)
Aeducaçãopar
aomi
stér
io
Par
aohomem pr
imi
ti
vo,ast
écni
casdecaça,i
ncl
uindoomanej
odear
masel
utacom
os ani
mai
s,cr
iam um compor
tament
orepi
ti
ti
vo,t
ornando-
se por
tant
o uma acção
conheci
da.Hav
iaum mi
stér
iosobr
eospossí
vei
sri
scosquesepoder
iam cor
rerna
act
ivi
dadedecaça,
oqueger
atensõeseansi
edadedoscol
abor
ador
es.

Sobr
eest
emi
stér
io,ohomem pr
ocur
aexer
ceral
gum t
ipodecont
rol
epar
aaf
ast
aras
suasconsequênci
asnoci
vaseat
rai
rasmel
hor
essor
tespar
acadagr
upodeobj
ect
ivos
desej
adosexi
sti
aum t
ipodecer
imóni
amági
ca quesecar
act
eri
zav
aporum conj
unt
o
pr
ópr
ioder
it
uai
s.Apr
enderar
espei
tarosr
it
osdest
ascer
imóni
aser
afundament
alna
educaçãodoj
ovem.Ascer
imóni
asdosr
it
oscompr
eendi
am t
rêsf
ases,
nomeadament
e:
1.Ri
tosdepur
if
icação
Hav
ia uma cr
ença de que a cer
imóni
a de pur
if
icação er
a uma f
ase
pr
eponder
ant
enopr
epar
odosj
ovens,
est
apodi
aincl
uirocor
tedasunhas,
do
cabel
o,apequenasangr
iadeal
gum pont
odocor
pocomof
ormadeaf
ast
ar
possí
vei
sespí
ri
tosmaus.Porexempl
omut
il
andoocor
po,i
stoé,r
ect
ir
ando
al
gumapar
tedoaspect
ofí
sico,acr
edi
tav
a-sequeoi
ndi

duosel
i
ber
tada
suaant
igaper
sonal
i
dade,
de(
espí
ri
tosmaus)
.

2.Ri
tosdei
nici
ação
Est
acer
imóni
apodi
aincl
uir
:
- Aobr
igaçãodeper
manecerdur
ant
edi
asem compl
etosi
l
ênci
o,i
nsol
adosdos
demai
smembr
osdacomuni
dade;
- Per
íodo de j
ejum i
ntegr
alcomo f
orma de f
ormarum homem obedi
ent
ee
cor
ajoso,
est
aéaf
asedapr
epar
açãopr
opr
iament
edi
ta.
3.I
ntegr
ação
Fi
nal
emnt
eoj
ovem éadmi
ti
donogr
upodosguer
rei
ros,t
ornando-
seadul
to.
Em suma,t
odasest
ascer
imóni
aspossuem um poder
osov
aloreducaci
onal
.
Éat
rav
ésdel
asqueosanci
õesmant
ém oseucont
rol
oaut
ori
tár
iosobr
eas
ger
açõesmai
sjov
ens.
e)Oanimismonaeducaçãoprimi
ti
va.
Ospovosprimi
ti
vossãotodosamnistas.Oamnismoconsi
sti
anacrençadequet odas
ascoi
saspossuem umaalma,aspedras,asár
vor
es,
osanimais,
enf
imt odasasf
ormas
deexi
stênci
apossuem al
maouespíri
to.

Ohomem pr
imi
ti
voatri
buit
udooqueacontecenoambi ent
eai nt
erv
ençãodosespí
ri
tos
ami
gávei
souhost
is,
dependendosesãoposit
ivosounegati
vos.

El
esacr edi
tam,porexemplo,
quandooindiv
íduomor
re,
aalmasepar
a-sedocorpoevai
numav i
agem quepodenãoquer ervolt
arouperdeocaminhodev ol
taef or
masua
mor adanum outrocorpoouobj ect
o.Assim el
esencont
ram aexpli
caçãoentr
eos
processoscomunsdav idaedanatur
eza.

f)OsUEM f oram ospri


mei r
osprofessor espri
mitivos
Embor a t
odos os homens par ticipassem nas cer imóni
as de i nici
ação,hav i
a
deter mi
nadaspessoasasquai scabi aadi r
ecção dasmesmascer imónias,como,
fei
ticeir
os,curandei
ros“xamãs”,(homensqueconsul tavam espí
ri
tosf amil
iar
es),os
chef esdegruposfamil
iar
es,const
ituíam osprofessoresmaispri
miti
vos.

Est
eschef
esdegr
uposf
ami
l
iar
esmai
star
deconst
it
uir
am um sacer
dóci
oespeci
al.

Ossacer
dot
esconst
it
uír
am ospr
imei
rospr
ofessor
espr
ofi
ssi
onai
seaj
udav
am as
f
amí
l
iasnaeducaçãodascr
iançasenosv
ári
osper
cur
sosdascer
imóni
ast
radi
cionai
s,
por
queasf
amí
l
iaser
am l
argaseospai
snãoconsegui
am educa-
las.Assi
m,oensi
no
per
manececomoum di
rei
toespeci
aldocl
eroem mui
tossécul
os.
Embor
atodososhomenspar
ti
cipassem dascer
imóni
asdei
nici
ação,hav
ia
det
ermi
nadaspessoasàsquai
scabi
aadi
recçãodasmesmas.Essaspessoaser
am
denomi
nadas segundo os di
fer
ent
es casos, f
eit
icei
ros, cur
andei
ros, x
amãs,
esconj
urador
esou homensque consul
tam osespí
ri
tosf
ami
l
iar
es.Const
it
uem os
pr
ofessor
smai
spr
imi
ti
vos.“
Ini
cial
ment
e,est
acl
asseéf
ormadapel
oschef
esdos
gr
uposf
ami
l
iar
es,mascomo osdev
eresdo Paiset
ornam mul

ploscompl
exos,
const
it
ui-
seum Sacer
dóci
oespeci
al.
3.6.EDUCAÇÃONAANTI GUI
DADE
AGr éciaéconsider
adaoberçodacivi
li
zaçãooci
dental.Com osgr
egosnasceum nov
o
conceitodascivi
li
zações–aeducaçãodohomem liv
r equeohabil
it
aatir
arodir
eit
oda
sualiberdade.

 Per íodohomér ico( 900–750a. C.)–aeducaçãonest eper íodot eveum car áct er
práti
co,énest eper odoquenascem oshomér
í i
cos( Eli
daeOdi sseia)
.Est es
fal
am dasi deiasdaeducaçãodaépocaquecompar aum dupl oi dealdohomem,
ist
oé, homem daacçãoedasabedor i
a.Estedupl oidealcompr eendiaabr av ur a,
quenoent antot i
nhadesermoder adapel areverência( v
ener ação)esof resine
(domí niodosdesej osepai xões).
Oi dealdosgr egoser apr opor ção,ahar monia,r
epugnânci adosext remosede
excessos.Ahar moni adepensament ocor respondi
aaoequi l
íbriodeacção,exi gido
peloideal der ev erência.
 Per íodo Espar tano (750 – 600 a. C.)– no sécul oI X a. C. ,Os espant as
represent av am amai spr i
mi t
ivaf or
madecul turagr ega,masnest eper í
odo
conqui staram umaposi çãodedest aqueem r elaçãoamai spov osHel énicos.
Umadasf or masdeper ser varasabedor i
a,f
oiadopt araconst ituicaodeLi cur do,
assim sur giuum cont r
olocompl etodoEst adosobr eoi ndivíduo, assegur adopor
um si stemadel eisquef orneciaaomesmot empoabasedepr ocediment o
educaci onaleacont ext
ur aest r
uturaldesuasoci edade.Consi der adooex empl o
dopr i
mei roEst adosoci alista,devidoaocont rol
oext remogov er nament al
,todaa
sociedadeer aumaescol a,oadul totinhaaobr i
gaçãodepar t
iciparnaeducação
dajuv entude.

3.6.1.COMOERAAEDUCAÇÃONAGRÉCI AANTI GA( ESPARTANA)


A educação na Gr éci
at evef ormasdi ferent es.Na GréciaAntiga (Espartana)esta
assumeum papeldepr eparaçãopar aaguer ra.Osjovenserapreparadospar ateruma
perfeiçãofí
sicaexcelente,coragem ehábi todeobedi ênciacompletaàsleis,demodoa
setor narum soldadoidealeinsuperável.OEst adoti
nhatododomí niosobreoi ndi
víduo
e,todooadul t
ot i
nhaaobr i
gaçãodepar t
iciparnaeducaçãodaj uv ent
ude.Dadaaest a
caracterí
sti
ca de educação,o Est ado espar t
ano possuía uma est abil
idade e um
recordedet r
iunfosmi l
it
aresinigual
áveisnaGr écia.

Jánosécul oIX,a.C.Licurgoor ganizouoEstadoeaeducaçãoem Espar ta,umadas


ci
dadesGr egas,Li
curgoper cebeuai mport
ânci
adoEst adonosassunt oseducaci onais.
Os espar t
anos que r epresent avam a mai s pr imi
tivaf or
ma de cul tur a grega,
conquist
aram jánoper í
odoHOMÉRI CO,umaposi çãodedest aqueent r
eosdemai s
pobres helení
cos.Par a pr eservaressa sober ania o povo espar tano adopt ou a
consti
tui
ção de Licurgo.Sur giu,assi m,um Est ado que passou a mant ero mai s
estr
emado cont rol
e gov ernament alsobre a educação.A soci edade i ntei
ra se
tr
ansformounumaescol aem quet odoomembr oadultoti
nhaaobr i
gaçãodepar ti
cipar
comoum i mpor t
antedev erdeci dadanianaeducaçãodaj uventude.

Oobject
ivodaeducaçãoespart
anaer
adaracadai
ndiví
duoum ní
v el
deperf
eiçãofí
sica,
cor
agem ehábitodeobedi ênci
aàslei
squeot ornassem um soldadoi
deal.Dessa
maneir
a,ohomem espartanopassouaserum model odebr av
ura,v
igoretenacidade.
Como essas qual
idades f
alt
avam aos demais povos gr
egos,o Estado espart
ano
passouaacumularum gr
andenúmerodet r
iúnf
osmi l
i
tares.

Falt
avaaosespar tanos,noent
antoossenti
ment
osmaisdel
i
cadoseasensibil
i
dades
dosatenienses.Assim,Espar
tanãopar
tici
poumuit
odoexpl
endorar

sti
co,l
i
terár
ioe
fi
losóf
icodeAt enas.

1-Atéosset eanosdei dadeomeni nof i


cavasoboscui dadosdi rect
os
desuamãe,dequem r ecebiaum treinori
goroso.Depoiser ati
radodo
l
arecol ocadoem caser naspúbli
cascust eadospeloEst ado.Nessas
caser
nas os meni nos comi am em mesas comuns,aj udavam no
for
necimentodoal i
ment onecessário,caçavam osanimai sselvagens
epart
icipavam dedançascor ai
s.Todoor estodoseut empoer agasto
com oexer cí
ciodegi násti
caqueconst i
tui
aoel ement opr i
ncipalde
suaeducação.

2-Dosdezoit
oaosv int
eanosoj ovem dedicav
a-seaoestudodasar mas
edasmanobr asmi l
i
tares.Dosvint
eaost ri
ntaanosseutrei
noer ana
guerr
a ou,nosinterval
osdepaz,pr at
icadosàscustasdosi lot
as -
serv
osquemor avam em choupanas.Em Espart
anovemi lespart
anos
ti
nham quedominarvintemili
l
otas.

3-Com tr
intaanosoj ovem tornav
a-semai
ordeidadeeconti
nuavaa
dedi
carseutempoi ntegr
alaser vi
çodoEst
ado,sej
anasguer
rasou
nostr
einamentosnecessár
ios.

3.
6.2.AEDUCAÇÃONAGRÉCI
AMODERNA(
ATENAS)

Na Grécia Moder na (At


enas)a educação assumia um papelmaisi nt
elect
ual.A
educaçãoint
electualseobtinhapormeiodoconvívi
ocom osmaisvel
hos,conversação
nosbanquet es,daf requênciaaosteatr
oset ri
bunais,ondeoindi
víduoadqui ri
ao
conheci
mentodasl ei
sedoscost umesmor ai
snecessári
ospar
aadqui
ri
rasuacondut a.

Enquant oem Espar tasedeumui t


aimpor t
ânciaàeducaçãof í
sica,aser viçodeguer r
a
paramant eroEst ado,em At enassurgiuai deiadaf ormaçãocompl et
adohomem.
Foram colocadasnomesmoní velaeducaçãof í
sicaeaeducaçãoi nt
electual .
Em At enas,aeducaçãodacr i
ança,duranteospr i
meirosseteanosest av ai nt
eir
amente
acar godaf amí
l
ia.Aeducaçãonaf amíli
anoent anto,nãoti
nhaum car áctertãoquanto
em Espar ta.Em At enasger
alment eacr i
ançaer aentregueaoscui dadesdasamase
escravos,enquant oasmãesespar t
anaser am famosasem t odaaGr éci apel oelev
ado
nív
el detreinofí
sicoemor alquedav am assuascr i
anças.

O meni no at
eni
ense,maldei xava os cui
dados da ama,era ent
regue aos
cuidadosdeum pedagogo.Ospedagogoser am escr
avosouservosaquem os
ateniensesconfi
avam ascr
ianças.Apal
av r
apedagogo(depai
s,pai
dós=criança;
agein=conduzir
)designaem suaor igem ocondut ordemeni
nos;porissoeram
chamadosdepedagogososescr av osencarregadosdeguiarascr iançasa
escola.Omeninoateni
ensefrequentav adoisti
posdifer
ent
esdeescola,aescol
a
demúsi ca,
aescoladeginást
icaoupal est
ra.

3.6.3.OS PRI MEI ROS PROFESSORES NA GRÉCI A( PROFESSORES SOFI STAS E


FILÓSOFOS)
Ossof ist asf oram,poi s,anov acl assedepr ofessor esquesur giram em r espost aàs
novasexi gênci as, socialepol íti
ca.Mui tosnãoer am f il
hosdeAt enas.Er am est udiosos
profi
ssi onai scom l ar
gasabedor iar elat ivaàsf orçasef enómenosnat urai s,àv i
da
polí
tica,àsi nstituiçõessoci aiseàsquest õespopul ar esdodi a.Ossof i
st asapar ecem
no moment o em que At enas passav a poruma f ase de cr esciment o cul t
urale
económi co,aar istocraci aper diaopodereademocr aciaj áer aemi nent e.Ossof istas
ensinav am pr inci palment ear etóricapormei osdedi scursopúbl ico,queéaar t
eda
persuasão, instrument oi mpor tant epar aoci dadãoquev ivi
aademocr aci ae, cobr av am
umar emuner ação mui to al ta.Mast ambém dav am cur soscompl etosdeci ênci as
naturaisehi stóricasdaépoca.
OSof i
st as( desophós=sábi os)sur giram comosendoanov aclassedepr ofessor sque
a soci edade exi gia.Ger alment e os sof i
st as er am pr ofessor s ambul ant es que
percorriam asgr andesci dades.El esensi nav am asci ênci aseasar t
escom f inal idades
práti
cas, pr i
ncipal ment eael oquênci aem t r
ocadeumael evadacont r
ibuiçãof inancei ra.
MuitosSof i
stasdav am apenasumapr epar açãosuper fi
cialque,ger alment econsi sti
a
em for neceraosseusal unosdi scur sosf eitossobr ecer tost ópicosaser em r epet idos
em det er mi nadasocasi õest ai scomonospr ocessosper anteost ribunais.Tr ansmi tiam
aosal unossent ençasi nteligent esoui nf ormaçõesf r
agment ári
aspar aser em ut il
izados
nos moment os opor tunos.Out r
os sof istas dav am um cur so mai s compl eto,que
abramgi aoest udodasci ênci asnat urai sehi stóriadaépocaeum t r
einodi aléct ico, por
meiodedi scussão, eem r etór i
ca, pormei ododi scur sopúbl i
co.
Os sof ist as em seus ensi nament os acent uav am de f orma exager ada o v alorda
i
ndividual idade,ent reel esnão hav iaum si stemacomum dei deias.A úni cai deia
comum er aquenãohav i
ai dei asuni ver saisdecondut a.Naspal avrasdePr otágor as,
um dosmai or
essof istas, “ohomem éamedi dadet odasascoi sas” .Assi m oi ndi v
íduo
si
tuav a-senum t al nível dei ndependênci aquef icav aaci madosdev eresdosci dadãos.

3.
7.AEDUCAÇÃOGREGA
Ocont actoseguidocom out rospov os,fezcom queaeducaçãor omanadei xa-sedeser
estri
tament enacionalepassassear ecebergr andeinfluênciadeout r
osel ementos
cult
urais.“osmi l
i
tares,comer ciant
esedi pl
omat asnecessitavam doconheci mentoda
l
inguagr egaparamel hordesempenhodeseusempr eendiment os,aguerra eapol í
ti
ca
set ornaram cadav ezmai scompl exasedi fi
ceis;ajuri
sprudênciaf oiseconv er
tendo
numadi scipl
i
naqueexi gi
acer tosconheci ment osnãomai ssuscept ívei
sdeser em
aprendidospelaaudi çãodasdi cert
açõespúbl icas;porfi
m, aar teoratór
iachegouaser
meiomai sefi
cazpar aocuparasmagi strat
urasoui nf
lui
rpoder osament enav i
dasocial
.

3.
8.EXPERIÊNCI
ASMAI
SIMPORTANTEDOSGRANDESFI
LÓSOFOS(
,Sócr
ates,
Plat
ão
eAri
stót
eles)
Pri
ncipai
sidei
as dest
es f
il
ósof
os e exper
iênci
as desenv
olv
idas porest
es par
aa
educação.

Pr
inci
pai
scont
ri
bui
çõesde:

3.
8.1.Sócrat
es(469–399a. C.)
o O conheci mentopossuium v alorpráticooumor al,i
stoé,um v al
orde
naturezauni ver
salenãoi ndividual–conheci mentoépr ocuradaqui l
oque
écomum at odosequeconst i
tuiav erdadeuniv
er salváli
da.Oi ndiv
íduo
seri
ai ncapaz,sem instrução,de descobr irem sua exper i
ência essa
ver
dade de v al
idez uni
v ersal.Par a Sócrates,o obj ect
ivo geralda
educaçãoer adedesenv olvernoi ndi
víduoopoderdef or mularverdades
uni
v ersais.

o Opr ocessoobj
ect
ivopar
aseobterconheciment
oéodeconv ersão;oseu
objecti
voéoder efl
exãoor
gani
zacionaldaprópri
aexper
iênci
a,ist
oé,o
conhecimentoder
ivadaprópr
iaexperiênci
aeconstit
uiabasedaboa
conduta.

o Aeducaçãotem porobj
ect
ivoimediat
oodesenvol
vi
ment
odacapaci
dade
depensar
,nãoapenasdeministr
arconheci
ment
os.

Mini
str
arsaberaoi ndi

duo,pel
odesenvolv
imentodoseupoderdepensament o.Todo
oindi
víduotem em simesmoacapaci dadedeconhecereapreciartai
sver
dadescom
asdef idel
i
dade,honesti
dade,ver
dade,amizade,sabedor
ia,v
irt
ude,oupodeadquiri
r
essacapacidade.
Sócratesfoiopri
meir
of i
l
ósofoadefini
roproblemadoconf l
it
oentr
eav el
haea
nov
aeducação,ent
rei
nter
essesoci
alei
ndi
vi
dual
.El
etomoucomopont
ode
par
ti
daopr
incí
piobási
codadout
ri
nasof
ist
a“ohomem éamedi
dadet
odasas
coi
sas”
,apr
imei
raobr
igaçãodet
odoohomem éconhecer
-seasimesmo.Di
z
Sócr
ates,quesedev
epr
ocur
arosel
ement
osdet
ermi
nant
esdaf
inal
i
dadeda
v
idaedaeducação.

Aspr
inci
pai
scont
ri
bui
çõesdeSócr
atespar
aaeducação:
1.Oconheci
ment
opossuium v
alorpr
áti
cooumor
al,
ist
oé,
um v
alordenat
ureza
uni
ver
sal
enãoi
ndi
vi
dual
i
sta;
2.O pr
ocessoobj
ect
ivopar
aobt
er-
seconheci
ment
oéodeconv
ersação;o
obj
ect
ivoéoder
efl
exãoeor
gani
zaçãodapr
ópr
iaexper
iênci
a.
3.Aeducaçãot
em porobj
ect
ivoi
medi
atoodesenv
olv
iment
odacapaci
dadede
pensar
,nãoapenasdemi
nist
rarconheci
ment
os.
3.
8.2.Pl
atão(427–347a.C. )
o Éf unçãodaeducaçãodet erminaroquecadai ndi
víduoestámai
sapto,
pornaturez
a,afazer
,e,
ent ão,prepará-
lopar
aesseser vi
ço.
o A mai s el
evada aqui
sição possí v
elpar a um indiví
duo er
a,poi
s,o
conhecimento.

Pl
atãof
oiout
rogr
andef
il
ósof
o,el
econcor
doucom Sócr
atessobr
eanecessi
dadede
sepr
ocur
arumanov
abasemor
alpar
aav
ida:concor
dout
ambém queessanov
abase
dev
eri
aseencont
rarem i
dei
asenav
erdadeuni
ver
sal
.

Pl
atãoacei
touedesenv
olv
euodi
alét
icodeSócr
ates;el
edef
ini
ucomosendoum

cont
inuodi
scur
soconsi
gomesmo”
,nessesent
idoaeducaçãoser
iaum pr
ocessodo
pr
ópr
ioeducando,
medi
ant
eoqual
sãodadasàl
uzasi
dei
asquef
ecundam suaal
ma.A
educação,por
tant
o,consi
ste na act
ivi
dade que cada homem desenv
olv
e par
a
conqui
starasi
dei
asev
iverdeacor
docom el
as.Oconheci
ment
onãov
em def
orapar
a
ohomem;
conheci
ment
oéoesf
orçodaal
mapar
aapoder
ar-
sedav
erdade.

Di
fer
ênçaent
reSócr
atesePl
atão
Adi
fer
ênçaent
reSócr
atesePl
atãor
efer
e-seaoaspect
odequem t
em capaci
dadepar
a
adqui
ri
rconheci
ment
os.Pl
atãoaf
ir
maqueapenasal
gumaspessoas t
êm capaci
dade
par
a adqui
ri
rconheci
ment
os,enquant
o Sócr
ates af
ir
mav
a que t
odos t
êm essa
capaci
dade.

3.
8.3.Ar
istót
el es(384-322a.C. )
o Enquant oparaSócr atesePl at
ãoav i
rt
udedoi ndiví
duoer aapossede
conheci ment
o,par a Ar i
stóteles,a v i
r t
ude est av a na conqui sta da
feli
cidadeoudobem, mas, num estadodav ontade.
o Háduasespéci esdebem,obem doi ntelectoeobem decar ácter
.O
pr i
meiroépr oduzidoeampl i
adonoensi noeépr odutodaexper iênci
ae
tempo.Eosegundoér esultadodohábi to( expost onanat urezaeot odoo
homem podeal cançar,pelaf ormaçãodehábi toscor rectos).
o Af eli
cidadeéor esult
adodassuasi dei
asnav i
dasoci al.
Esteapr esentouumav i
sãobast antedi f
erentedadeSócr atesePl atão.Enquanto
est
esdoi
saf
ir
mav
am queapossedoconheci
ment
opel
oindi

duosonst
it
uiaav
irt
ude,
Ar
ist
ótel
esaf
ir
mav
aqueav
irt
udeest
ánaconqui
stadaf
eli
cidadeedobem.
Ar
ist
ótel
esdesenv
olv
euseuconcei
todeeducaçãopar
ti
ndodai
dei
adei
mit
ação.
Oquenosani
mai
séapenascapaci
dadei
mit
ati
ve,nohomem seconv
ert
enuma
ar
te.Ohomem seeducanamedi
daem quecopi
aaf
ormadev
idadosadul
tos.
El
eseeducapor
queact
ual
i
zasuasener
gies.Segundoadout
ri
nadapot
ênci
ae
do act
o de Ar
ist
ótel
es,o educando é pot
enci
alment
e um sábi
o e,com a
educação,
eleact
ual
i
zaoqueésuscept
ível
dedesenv
olv
er.

Assi
m,opr
ocessodeensi
nodev
ecor
responderaosegui
ntepl
anomet
ódi
co:
4.Omest
redev
e,em pr
imei
rol
ugar
,exporamat
éri
adoconheci
ment
o;
5.Em segui
dat
em decui
darquesei
mpr
imaour
etenhaoexpost
onament
edo
al
uno;
Porfi
m, t
em debuscarqueoeducandor
elaci
oneasdi
ver
sasr
epr
esent
açõesmedi
ant
e
oexercí
cio.

3.9.EDUCAÇÃOROMANA
A educação romanaépr ática.Osr omanosti
nham umament al
i
dadepráti
ca,pois
procuravam alcançarresultados concret
osadoptando osmeiosaosf i
ns.O ideal
romanodaeducaçãor esidianaconcepçãodedi r
eitosedever
es.Paraum homem ter
direi
to,dev
ecor r
esponderaum dev er
.

Af amíl
i
adesempenhavaum papelmuitoimport
anteparaeducaçãodecar
áct
ermoral
,
cujopaier
aoprinci
palresponsáv
elpelaeducaçãodosf hos.Aeducaçãopr
i
l áti
caera
reser
vadaàsmul
heres,t
antoparatar
efasl
igadasaolarcomoparaoutr
as.

Out
romét
ododeeducaçãout
il
izadopel
osr
omanoser
aomét
ododei
mit
ação.

Ojovem romanoti
nhadeset ornarpi
edoso,respei
toso,cor
ajoso,pr
udente,honest
o,
séri
o,pel
aimit
açãodoseupaiedeout rosromanoscuj oheroísmomer ecer
iaaser
consagr
adopelasl
endashi
stór
icasdopaí
s.

Osromanosrejeit
avam ot
rei
no,
alit
erat
ur a,
enf
imt odososmei oseducat
ivosut
il
iz
ados
pel
osgregos,
pr ef
eri
ndoapromoçãododesenv olv
imentofí
siconoscamposmar ciai
se
noacampament oepormeiosdeexercí
ciosmil
itar
es.

Aeducaçãodosmeni noser
afei
taouporum aprendi
zadodosofíci
osdosal
dadode
agri
cul
tordeestadist
aoupel apar
ti
cipaçãodi
rect
anasactiv
idadesquelheser
iam
requer
idoscomocidadão.
Ométodoromanoerapr
áti
coeapr
endi
a-sef
azendooqueti
nhaquef
azer.
Naeducaçãoromana,afamí
li
adesempenhaum papelmuit
oimport
ante,oPaiéo
pr
inci
palr
esponsáv
elpel
aeducaçãodosf
il
hos,
masocar
áct
erpr
ópr
iodopov
oromano
at
ri
bui
especi
ali
mpor
tânci
aamul
hernessat
aref
aeem out
rasr
elaci
onadascomool
ar.

A si
tuação damul
herem Romaer
amai
sel
evadado queno r
est
ant
edos
i
mpér
iosdaant
igui
dade.

Embor
anãochegasseapar
ti
ciparnav
idapúbl
i
ca,amul
herexer
ciagr
ande
aut
ori
dadedent
rodaf
amí
l
ia

Acar
act
erí
sti
caf
undament
aldomét
ododeeducaçãor
omanaer
aai
mit
ação,o
j
ovem r
omanot
inhadet
ornar
-sepi
edoso,r
espet
oso,cor
ajoso,v
aroni
l
,pr
udent
e,
honest
opel
aimi
taçãodoseupai
edeout
rosr
omanoscuj
oher
oísmomer
eceser
consagr
adopel
asl
endasehi
stór
iasdoPaí
s.

Ol
arer
apr
ati
cament
eaúni
caescol
a.Bem cedo,por
ém,omeni
not
ornav
a-seo
companhei
rodoseupainosnegóci
ospúbl
i
cosepr
ivados,
nar
ua,
nof
orúm eno
acampament
o.Dav
a-seespeci
ali
mpor
tânci
aàeducaçãomor
al.Adi
sci
pli
naer
a
sev
era,
eosi
dei
aiser
am segui
dosr
igor
osament
e.

Dur
ant
eaúl
ti
mapar
tedesseper
íodosur
gir
am asescol
asel
ement
ares,
quepassar
am a
mi
nist
rarosr
endi
ment
osdasar
tesdel
er,escr
everecont
ra.Est
asescol
aser
am
dascomol
conheci udi
,pal
avr
alat
inaquesi
gni
fcaj
i ogo,
div
ert
iment
ooubr
inquedo.

CONCLUSÃO
Estudarahistór
iadaeducaçãopermit
e-nosconcl
uirquedefactoaeducaçãoéum
processoem const
ant
emut ação,equeasnaçõessempr ebuscam omel
horpar
aos
seuscidadãos.

Todasaspr át
icasdaeducaçãoconhecidas,desdeàprimit
ivaatéaromana,visam o
desenvol
vi
ment odapersonal
idadedoi ndiví
duocomoum sersoci alepr eservare
garant
iracont
inui
dadedasociedadeondeeleencont
ra-
seinseri
do.
As experi
ênci
as da educação Espar t
a,“obri
gação dos adul tos part
iciparem na
educaçãodosjovens”foiumapr áti
caquecont r
ibuibastant
epar aaeducaçãomor al
dosjovensnopassadopr óximononossopaí s,oquequerdi zer,ojovem ol havao
adul
toparaaprenderdesteparafuturamenteel
etambém ensi nar.Osexercíciosfísi
cos
sãopráti
casquetrazem muitasv
ant agenspar
aqual queri
ndiv
iduo,aindahojev áli
das.

Algunsri
tosprat
icadospel
onossopov
oaindasãov
áli
doscomométodosdeeducação.
Anali
sadasdef ormaconscient
epodem cont
ri
bui
rparaoenri
queci
mentodonosso
patri
mónioeducati
vo.

AeducaçãonaGr
éci
atev
efor
masdi
fer
ent
es,em Espar
tael
aassumeum papelde
pr
epar
açãof
ísi
caousej
a,par
aaGuer
ra,ent
ret
ant
o,em At
enasassumeum papel
i
ntel
ect
ual
i
sta.
NaGr
éci
acomov
imos,f
oiol
ocalondef
lui
uasof
ist
íca.Ossof
ist
ast
iver
am gr
ande
i
mpor
tânci
anapr
ofi
ssi
onal
i
zaçãodaeducação,al
ém di
ssoaGr
éci
aéconsi
der
ada
comoober
çodapedagogi
a.
Também podemosdepr
eenderque,ospedagogosr
enasci
ent
ist
ascont
ri
bui
ram mui
to
par
aar
evol
uçãodaeducação,apr
ovadi
sto,équemui
tasdast
eor
iasemét
odos
pedagógi
cos porel
es f
ormul
ados,cont
inuam act
ual
ment
e em uso nas nossas
i
nst
it
uiçõesdeensi
no.

3.10.EducaçãonaÉpocadoFeudal i
smo
O per íodo de escl
avagismo é subst i
tuí
do pel o de f
eudali
smo.O pensament o
pedagógi conest
eper í
odocar act
eriza-
sepelar eduçãodaintel
ect
ual
idade,exist
indo
i
ndivíduos com bai xa cul
tur
a.O saber cul turalque muito se desenvol
veu no
esclavagismo(Gréci
a,Roma,BabilóniaeFeníci
a)foidest
ruí
dopelasguerr
asei nvasão
dosbár baros.

Ocleroficouapenascom atar
efadedif
undi
rareli
gião,abandonandoporcompl
etoa
educação.A rel
igi
ãosubst
it
uiuacult
uranesteperí
odo.A educaçãof i
couanci
l
ada
rel
i
gião

Asescolasf
icar
am conf
inadasnaspar
óqui
as,
most ei
rosecat
edr
ais.Dav
a-seeducação
nasparóqui
aseaeducaçãosuperi
ornosmostei
ros.

Acar act
erí
sticadaeducaçãonesteperí
odoeradupla,
educarapart
ecarnaleespi
rit
ual
.
Di
zia-sequecor poconduzohomem àdebi li
dademoralepodeconduziroespír
it
oao
i
nferno.Crit
icavam aeducaçãodeRoma, j
usti
fi
candoquecaiupor
queestudar
am muito
econduziram- seàsati
sfaçãodassuasnecessi
dadesmundanas.
OCrist
ianismosel
eccionouconteúdosemét odosdaeducaçãoessenci
alment
ev i
rados
aocatecismo.Muit
ascr i
ançasnãosouber am lereescr
ever,massabiam adout r
ina,
or
ações,hinosr
eli
giososeinter
pretaçãodepassagensbí
bli
cas.Sabi
am l
erescri
tosem
l
ati
m.

Todoodesenvolv
iment
ocient
íf
icoexi
stentedesdeaant
igui
dadef
oicombat
idoporser
consi
der
adocarnal,
por
tant
oini
migodaal ma.

3.
11.EducaçãonaI
dadeMédi
a

Foiacontinuaçãodapedagogiafeudal
,com tendênciadeev olução.O cont
eúdoda
educaçãoeram asAr t
esLi
berai
s,gramát
ica,r
etór
ica,dial
éct
ica,arit
méti
ca,geografi
a,
astr
onomiaemúsi ca.Adi
sci
pli
nafundamental
eraaTeol ogi
a.Duroucercademi lanos.

Osalunosaprendi
am decor .Eram métodosescol
ásti
cos.Asdefi
niçõesporapr
ender
est
avam nosl
ivrossagrados.
AtéaoséculoXV,oensi noestavanasmãosdaI grej
aeer asel
ecti
vo.Havi
aescolas
munici
pai
seescol asparoqui
ais.

3.
12.Pedagogi
anaI
dadeModer
na

Coinci
decom ot empodeRenasci mento.Ver i
fi
ca-
segr andeaument odeprodução,
surge o mercant
il
ismo como destaque.Tenta-se a recuper
ação da ci
ência.Há
descober
tasnocampodeci ênci
as.I
nventa-seamáquinadeI mpressa,
adescobert
ado
caminhomarít
imoparaÍndi
aeadescober tadaAmérica.

Oestudodaar i
tmética,ast
ronomia,mecâni
ca,geogr
afiaeciênci
asnaturai
s,começaa
separ
ar-se de dogmas r eli
giosos.Renasci
mento como mov imento pedagógi
co,
si
gnif
icavaarenovaçãodoHomem Sur gem oshumanistas

Dogr
upodosHumani
stadest
aépocadest
acamos:

ThomasMoredaI ngl
ater
ra;
MontagnedaFrança
Robel
aisdaFr
ança

4.Al
GUNSPEDAGOGOSDEACORDOCOM ASSUSÉPOCAS

4.
1.Mar
coFábi
oQui
nti
li
ano(
35-
95)
,pr
ofessordar
etór
ica.

1.
Vida
MarcusFabiusQuint
il
ianusnasceuem Caagurri
s(Calahor
ra,atualEspanha)eviv
eude
30a95DC.Foiescr i
toreretór
icol
atino.Est
udouem Roma,ondepr i
meiroexer
ceua
adv
ogacia.Tornou-
seconhecidoportersidoprof
essorder et
órica.Um deseusalunos
f
oiooradorromanoPl
ini
o,ojov
em.Depoi
sdet
rabal
harporv
int
eanoscomoadv
ogado
epr
ofessor
,ret
ir
ou-
separaescr
ever
.

2.Cont
ri
bui
çõesdeQui
nti
li
ano
Qui
nti
l
ianodeuum passoconsi
der
ável
par
aaár
eapedagógi
ca.
 Def
endi
aqueaeducaçãodev
iacomeçaraos17anosequeaescol
adev
iaser
públ
i
ca.
 Sust
ent
avaqueospr
ofessor
esdev
em ensi
narosal
unosadescobr
irav
ocação
decadaum del
esecadaal
unodev
esert
rat
adodeacor
docom oseucar
áct
ere
conf
ormeabondade.
Recomendav aqueseensi nassem simul t
aneamenteosnomesdasl et
raseassuas
for
mas.
 Ascr i
ançasdev em serdei xadasabr i
ncar
 Écont rár
ioaoscast igosfísi
cos.
 Evitarqueascr iançassecansem.
 Ascr iançasdevem adi quiri
roconhecimentopoucoapouco.
 Recomendaaemul açãocomoi ncenti
voparaoest udoesugerequeot empo
escolarsejaperiodicament einterr
ompi doporrecrei
os,j
áqueodescansoé,na
suaopi ni
ão,fav
or ávelàapr endi
zagem.
 Oor adordev eserhomem debem, sábioehonesto.

3.Obr
asdeQui
nti
li
ano
Qui
nti
l
ianoescr
eveuumaobr
aint
it
ul i
ada“nst
it
uiçõesor
atór
icas”
.Foiapr
imei
raobr
a
pedagógi
capar
afor
maror
ador
eseéconsi
der
adaamai
sper
fei
taat
éent
ãoconheci
da.
Fezt
ambém umacol
ect
âneade12l
i
vrosdosquai
s,unsder
etór
icaeout
rassobr
ea
l
i
ter
atur
a.
Asuaobr
atev
egr
andei
nfl
uênci
anat
eor
iapedagógi
caquesust
ent
aohumani
smoeo
r
enasci
ment
o.
Est
epensadorcont
ri
bui
posi
ti
vament
epar
aaeducação.
Aobr
adeQui
nti
l
ianof
oigr
andement
eusadapar
aaf
ormaçãodeor
ador
eseal
gumas
dassuascont
ri
bui
çõessãov
áli
dast
ant
onoseut
empocomononosso.
.
4.Bi
bli
ogr
afi
a
I
nter
net
:Wi
kipedi
a
Wi
kinot
e
www.
consci
enci
a.or
g
www.
mundodosf
il
osof
os.
com

4.
2.Sant
oAgost
inho(
354-
430)

1.Suav
ida

Sant
oAgost
inhocr
esceunonor
tedaÁf
ri
cacol
oni
zadoporRoma,
educadoem Car
tago.
Foipr
ofessorder
etór
icaem Mi
l
ãoem 383.Segui
uoMani
queí
smonosseusdi
asde
est
udant
eeseconv
ert
euaocr
ist
iani
smopel
apr
egaçãodeAmbr
ósi
odeMi
l
ão.Foi
bat
izadonaPáscoade387er
etor
nouaonor
tedaÁf
ri
ca,est
abel
ecendoem Tagast
e
umaf
undaçãomonást
icaj
unt
ocom al
gunsami
gos.Em 391f
oior
denadosacer
dot
eem
Hi
pona.Tor
nou-
seum pr
egadorf
amoso(
hámai
sde350ser
mõesdel
epr
eser
vados,e
cr
ê-sequesãoaut
ênt
icos)enot
adopel
oseucombat
eàher
esi
adoMani
queí
smo.
Def
endeut
ambém ousodef
orçacont
raosDonat
ist
as.Em 396f
oinomeadobi
spo
assi
stent
edeHi
pona(
com odi
rei
todesucessãoem casodemor
tedobi
spocor
rent
e),
eper
maneceucomobi
spodeHi
ponaat
ésuamor
teem 430.Dei
xouseumonast
éri
o,
masmant
evev
idamonást
icaem suar
esi
dênci
aepi
scopal
.

Suasi
dei
aspedagógi
cas:

A suapri
ncipalobraéaOr dem,naqualt r
açouinst
ruçõessobr
eal
eit
ura,escr
it
a,
numer
ação,gramáti
ca,
dial
éct
ica,
poesi
a,ast
ronomi
aemúsi ca.

1-
Def
endi
aquepr
imeir
oépreci
sosaberalí
nguamaternaedepoi
saescr
it
a.
2-
Dav
amuitai
mport
ânciaaométododeobser
vação.
Paraaprender,dev
iasesaber:
oqueé?Par aqueserv
e?Quei
mportânci
atem?
Ist
oquerdi zerqueparaensi
nar,épreci
sosaberoqueensi
nar
,com queensi
nar,par
a
queensinar.Sóassim épossí
velpl
anifi
carel
evardepoi
sabom t
ermoaactiv
idadede
ensinar
.

O pensamento de Agost
inho f
oitambém basi
larem ori
entara v
isão do homem
medieval
sobrearel
açãoent r
eafécri
stãeoest
udodanatureza.
El
ereconheci
aai mport
ânciadoconheci
ment
o,masentendi
aqueaféem crist
ovinhaa
r
est
aur
ara condi
ção decaí
da dar
azão humana,sendo por
tant
o mai
simpor
tant
e.
Agost
inhoaf
ir
mav
aqueai
nter
pret
açãodasescr
it
urasdev
eri
aserf
eit
adeacor
docom
osconheci
ment
osdi
sponí
vei
s,em cadaépoca,
sobr
eomundonat
ural
.
Def
endi
aquepar
aensi
narénecessár
iosaberoqueensi
narepar
aquêensi
nar
.

2.
1Obr
as
Sant
oAgost
inhot
eveci
ncoobr
asquesão
- Av
erdadei
rar
eli
gião
- Asconf
issões
- Aci
dadedeDeus
- At
ri
ndade
- Dament
ir
a

Dent
reest
asdest
acamosassegui
ntes:
- Asconf
issões– obr
ademai
sint
eressel
i
ter
ári
oquesãoum di
álogocont
ínuo
com Deus.Nel
a,nar
raasuav
idaeespeci
alment
eaexper
iênci
aespi
ri
tualque
acompanha a sua conv
ersão.Est
a obr
a,é f
amosa pel
a sua i
ntr
ospecção
psi
col
ógi
caepel
apr
ofundi
dadeeagudez
adassuasespecul
ações.
- ACi
dadedeDeus–éaobr
amai
sponder
ada,naqualadopt
aapost
uradeum
f
il
ósof
odehi
stór
iauni
ver
salem buscadeum sent
idouni
tár
ioepr
ofundoda
hi
stór
ia.
Nasobr
asdeSantoAgosti
nho,not
a-sequeDeusencont
ra-
seaci
madasat
ençõese
est
aéumacar
acter
íst
icadaépocamedieval
.
4.
3.SÃOTOMÁSDEAQUI
NO(
1227–1277)

3.
1Vi
dadeSãoTomás
SãoTomásnasceuem I
tál
i
aporv
olt
ade1227-
1277deumaf
amí
l
ianobr
e.
A pr
incí
pio apr
endeu osensi
nament
osbási
cosem um most
eir
o epassou asua
j
uvent
udecomouni
ver
sit
ari
oem Nápol
es,
ondeest
udouf
il
osof
ia.
Fal
avaeescr
evi
alat
imf
luent
ement
e.
Suasidei
asPedagógi
cas
EstudounaUni
versi
dadedeNápoles.Padredomi
nicano,
fezescr
it
osdepedagogi
acom
oobjecti
vodeensi
nararel
i
giãocatól
ica.

Aquinoelabor
oueensinouapedagogiademagistér
io,com basenateor
iadeor
igem e
aqui
siçãodeidei
a,af
ir
mav aqueoprofessordev
eseri nstr
uídonaci
ênci
aenousodos
meiosdeensino.Deveserdotadodequali
dadesmor ais.

Depoi
sdeoi
to sécul
osmar
cadosporumaf
il
osof
iav
olt
adapar
a ar
esi
gnação,a
i
ntui
çãoear
evel
açãodi
vi
na,aI
dademédi
acr
ist
ãchegouaum pont
odet
ensão
i
deol
ógi
caquel
evouài
nver
sãoquaset
otal
dessespr
incí
piospar
aaqual
SãoTomásde
Aqui
noéoper
sonagem-
chav
edessar
evi
rav
olt
a.
SãoTomasdef
endi
aqueosmei
osdeensi
nodev
em at
enderasnecessi
dadesda
cr
iança,
e,odesenv
olv
iment
odet
odaener
giament
al.
São Tomásdeaqui
no f
oif
amoso port
ercr
ist
iani
zado Ar
it
ótel
es,i
ntr
oduzi
ndo os
el
ement
osdaf
il
osof
iadest
enopensament
oescol
ást
ico.
3.
2Obr
as
Asobr
asdoAqui
nopodem-
sedi
vi
direm quat
rogr
upos:

Comentári
os:àlógi
ca,àfísi
ca,àmetafí
sica,àét
icadeAri
stót
eles;àSagradaEscr
it
ura;
aDioní
siopseudo-
areopagit
a;aosquat
rolivr
osdassent
ençasdePedr oLombardo.

Sumas:Suma Cont
. ra os Gent
ios,baseada substanci
almente em demonst
rações
raci
onais;SumaTeológi
ca,começadaem 1265,f icandoi nacabadadev
idoàmor te
prematuradoaut
or.

Quest
ões:Quest
õesDi
sput
adas(
Dav
erdade,
Daal
ma,
Domal
,et
c.)
;Quest
õesv
ári
as.

Opúscul
os:DaUni
dadedoI
ntel
ect
oCont
raosAv
err
oíst
as;
DaEt
erni
dadedoMundo,
etc

Dasmai
sdest
acadasobr
asdeAqui
noencot
ramosassegui
ntes:
o-Oent
Oopúscul eeaEssênci
a,queescr
eveuent
reosanosde1252e1253.Nel
a
abor
daquest
õesmet
afí
sicas,expl
i
candooper
cur
sodaconsci
ênci
ahumanaent
rea
sensaçãoeaconcepção.
NaSumacont
raosGent
ios–out
raobr
adeSãoTomás–f
azumaexposi
çãocompl
eta
dar
eli
giãocat
óli
ca,i
dent
if
icandooquehádev
erdadenel
a.Gent
ioser
am ospagãose
os maomet
anos.Essa suma t
rat
a de Deus e suas obr
as,da f
é no mi
stér
io da
sant
íssi
mat
ri
ndade,
daencar
nação,
dossacr
ament
osedav
idaet
erna.
SãoTomásdeAqui
noéf
amosoport
erquebr
adoasbar
rei
ras,porassi
m di
zer
,ent
rea
t
eol
ogi
aeaf
il
osof
ia,
poraf
ir
marqueent
reest
esdoi
scamposnãodev
ehav
ernenhuma
bar
rei
ra.

4.
4.JoãoAmósKomenski(
1592-
1671)
,Vul
gar
ment
echamadoCuméni
us

Biogr af
ia:
JuanAmosComeni us,nasceuem 28deMar çode1592, nacidadedeUherskyBr
od(ou
Nivnitz)
,naMonr óv
ia,regi
ãodaeur opacentr
alpertecenteaoant i
goReinodaBoémi a
(act ualrepúbl
icaCheca)com amor t
edospais,vencemui t
asadversi
dadeseestudou
teologianaf acul
dadeCal vi
nist
adeHer bonondef oialunodeAl st
edesef ami
l
iari
zou
com aobr adeRektesobr eoensi nodel í
nguas.Começounest aépocacomaa
elaboarçãodeum gl osári
oLat i
no-
Checonoqualt rabalhoucercade40anoseque
perdeuquandoLeszno,ci dadeem quev iv
ia(1656)f oii
nvadi
daporum exér ci
to
cat
óli
coei
ncendi
ada.

Com 26anosdei dade,r egr


essaaMoróvi
a.Foiprofessornaantigaescol
aet or
nou-se
pastorrel
i
giosoem Fulnek.Assumeentãooencar godedi r
igi
rasescolasdonor t
eda
Moróvia.MasainssureiçãodaBoémia,
queprat
icament edáiní
cioàguerrados30anos,
vaimarcarem def
ini
ti
v oasuav i
da.

Aguerrapolí
ti
co-r
eli
giosaequef oitambém umaguer raciv
ilcom br
utalpersegui
ção
aos não catat
óli
cos,obr i
gu Coméni us a deixar a sua i
grej
a e a ent rar em
cl
andest
ini
dade.Asper seguiçõesreli
giosasacentuam-
seeComeni ustrablhapara
aj
udarosseusirmãosnaf é.

Expul
sodaBoémi aem 1628,
ref
ugi
ou-seem Leszno,naPol
óni
a.Apar t
irdaí,
edurant
e
42anos,per correaEuropa(nãocatóli
ca)tr
abal
handosem descançopeloseupaíse
pel
ospr ojectoscient
íf
icoseeducacionai
squeomov em.Al
imentaedi vul
gaoseu
sonhoreformi st
ade,pormeiodaPansophia,pr
omoveraharmoniaentreosindi

duos
easnações.

Desenv ol
veentãosuasprinci
paisidei
assobr
eaeducaçãoeapr ofundaum dosgr andes
problemasepistemológi
cosdoseut empo–queer aodomét odo.EscreveuaJanua
Li
nguar um Reserata e a Didáct
ica Magna (1633 –38) ,sempr e buscando seus
objecti
vos f
undament ai
s “de uma f orma radi
caldo conhecimento humano e da
educação”–uni dosesist
emat i
zadosnumaciênciauni
ver
sal.

Comeni us,uma vozsolit


ária em seu t
empo,def endi
aa escola como um “l
ocus”
fundamentalda eduacação do homem,si st
ematizando seusidei
aseducat
ivosna
máxima:“ensinartudoatodos” ,
equeparaele(1997:95),
signi
fi
cavaosf
undamentos,
ospr i
ncípi
osqueper imit
ir
iam aohomem secol ocarnomundonãoapenascomo
espectador,
mas,acimadet udo,comoactor
.

.Naj
uvent
ude,el
eabandonouosest
udosr
eli
giosospar
asededi
caraagr
icut
lt
ura.
Quandoaempr
eit
adaset
ornouopr
imei
rodemui
tosf
racassosmat
eri
asdasuav
ida,
Pest
alozzil
evou al
gumas cr
inças pobr
es par
a casa,onde encont
rar
am escol
ae
t
rabal
hocomot
ecel
ãs,apr
endendoasesust
ent
ar.Al
gunsanosdepoi
saescol
ase
i
nvi
abi
l
izou e Pest
alozzipassou a expl
orarsuas i
déas em l
i
vros,ent
re el
es os
cr
epúscul
osdeum er
emi
taeor
omanceLeonar
doeGer
trudes.Umanov
achancede
excer
cit
arseumét
odosósur
giuquandoel
eti
nhamai
sde50anos,aoserchamado
par
adaraul
asaosor
faõsdabat
alhadeSt
ans.Mai
sduasexper
iênci
assesegui
ram,
em
escol
as de Bur
gdor
fe Yv
erdon.Nest
a úl
ti
ma,que exi
sti
u de 1825,Pest
alozzi
desenv
olv
euseupr
oject
omai
sabr
angent
e,dandoaul
aspar
aest
udant
esdev
ári
as
or
igensecomandandoumaequi
pedepr
ofessor
es.Di
ver
gênci
asent
reel
esl
evar
am a
escol
aaf
echar
.Yv
erdonpr
oject
ouonomedePest
alozzinoext
eri
oref
oiv
isi
tadapor
mui
tosdosgr
andeseducador
esdaépoca.

Suasi
dei
aspedagógi
cas:

Bispo,pedagogo,
epercur
sordePest al
ozzi, f
oit
ambém evangeli
stanot
áv elpel
assuas
obras.Asuaobr apri
nci
palfoiaDidácticaMagna.Invent
ouonov ométododeensi no
parasubstit
uirométododeescol ásti
ca,queéomét ododei ntegr
açãodoal unona
acti
vidadedeensinoeaprendizagem.Mét odopar
ti
cipat
ivo,e,queoal unoédadoa
l
iberdadedesepronunci
arsobreamat éria.

- Ensi navaquedev eseapr endercoi sasconcr etasenãoi deiasapenas.


- Def ini
uqueaescol adev ei niciaraos6anosdei dade.Doszer oao6anos,a
criançadev eestaraocui dadodamãequedev eserapr imeiramest ra.
- Dos6aos12anosdev eseensi naral í
nguamat erna.
- Dos12aos18anosapr endizagem daescol alat
ina,
- edos18aos24anosf i
cadedi cadoaoensi nosuper i
or.
- Oensi nodeveserpar arapazeser apar i
gasedei gualmodo.
- Oensi nonãodev esermecâni co,dev eserconcreto,aprenderav iverav i
dar eal
.
- DiziaquecadaHomem,l ogoanascençat em capaci dadespar adesenv olver-
se
cient i
fi
camente.
- Oensi nodeveserdemocr ático.
- Def endiaqueamemór iaer aút i
lmai squenãodev i
asermecâni ca,massi m
consci ente.
- Opr ofessornãodev esuf ocarai niciati
vadoal uno,dev edeixá-l
oapar ti
ciparna
aula.
- Oal unoem v ezdedi zerouf al ardev efazer.
- Elabor ou um si st
ema de ensi no em cl asses,em aul as,pr ecedidas pela
elabor açãodeum planodel ição.
- Dumaaul aaoutradev i
ahav erum i nterval
o.
- Ascr i
ançasdevem ef ectuarumat ransiçãodumacl asseaout raeum per í
odode
férias.
- Osal unosnãodev em sereducadosnabasedeusodecast i
goscor poraismas
sim acensur adev evirdocor ação.

FoiCumeni usqueseparouaPedagogi
adaFil
osof
ia.El
abor
ouosPr
incí
piosdi
dáct
icos
emét odosdeensino.
part
icipaçãofoipr
orr
ogadaat
é15deMai o.

4.5.RenéDescartes(1596- 1650)
Origem:Wiki
pédia,aenciclopédial
iv
re.
I
rpar a:
navegação,pesquisa
RenéDescartes
RenéDescar
tesem pi
ntur
adeFr
ansHal
s

Nasci
ment
o 31deMar çode1596
La Haye en Tour ai
ne (
atual
ment
e
Descar
tes),
França

Fal
eci
ment
o 11 de Fev er
eir
o de
1650
Estocol
mo,
Suécia

Naci
onal
idade Fr
ancesa

Ocupação Fi
l
ósof
o,mat
emát
ico,
físi
co

Magnum opus Di
scur
sosobr
eomét
odo
Escol
a/t
radi
ção Racional
i
smo, Fil
osofi
a moder
na
(consi
deradof
undador
)

Pr
inci
pais Met
afí
sica, Epi
stemol
ogi
a,
i
nter
esses Mat
emát i
ca,Ci
ênci
a

I
déi
asnot
ávei
s Cogito er go sum, dual i
smo
cart
esiano, si
stema de
coordenadascar
tesi
ano, argumento
ontol
ógico para a existênci
a de
Deus

I
nfl
uênci
as Pl
atão,Ari
stót
eles,Sext
oEmpí ri
co,
Pi
rro,Agost
inho,Aquino,Ansel
mo,
Ockham, Suár ez, Mer senne,
Montai
gne

I
nfl
uenci
ados Leibni
z, Spi
noza, Malenbr
anche,
Arnaul
d, Pascal, Locke, Kant,
Husserl

RenéDescar tes(31deMar çode1596,LaHay eenTour aine,Fr


ança—11deFev erei
ro
de1650,Est ocolmo,Suécia),também conhecidocomoCar t
esi
us,f oium f
il
ósofo,um

sicoemat emát i
cofrancês.Notabil
izou-sesobr
etudopel oseut r
abalhorev
olucionár
io
daFi l
osofi
a,tendotambém si dofamosoporseroi nv entordosistemadecoor denadas
cartesi
ano,queinfl
uenciouodesenv olvi
mentodoCál culomoderno.

Descar
tes,porvezeschamadoof undadordafil
osofi
amoder naeopaidamat emát i
ca
moderna,éconsideradoum dospensador esmaisimportant
esei nf
luentesdahistóri
a
humana.Eleinspir
ouosseuscont emporâneosegeraçõesdef i
l
ósofos.Naopi ni
ãode
al
guns coment adores,eleini
ciou a formação daqui
lo a que hoje se chama de
Raci
onali
smocont inental(
supostamenteem oposiçãoàescolaquepr edominavanas
i
l
hasbr
it
âni
cas,
oEmpi
ri
smo)
,posi
çãof
il
osóf
icadossécul
osXVI
IeXVI
IInaEur
opa.

Vi
da

RenéDescar tesnasceuem LaHay e(hojeDescar tes),nodepar t


amentof rancêsde
Indre-et-
Loir
e.Com oitoanos,i
ngressounoCol égi
oJesuí taRoyalHenry-Le-
Grandem
LaFl èche.Tinhabast
anteli
ber
dadeeer aapreciadopel osprof
essores,
masdecl ar
ouno
Discur sosobreomét ododecepçãocom oensi noescol ást
ico.Depois,seguiuseus
estudos,gr aduando com Bacher el
ato e Licenci
at ura em Direi
to em 1616,pel a
universidadedePoiti
ers.

Noent anto,Descar t
esnuncaex erceuDi r
eito,eem 1618al istou-senoexérci
todo
Prí
ncipe Maur í
cio de Nassau,com a i nt
enção de segui rcar r
eira mi
l
itar
.Mas se
declaravamenosum at ordoqueum espect ador:antesouvi
ntenumaescol adeguerra
doquev erdadei
romi li
tar
.Conheceuent ãoI saacBeeckman,ecompôsum pequeno
tr
atadosobr emúsi cai nt
ituladoCompendi um Musi cae.Énessaépocat ambém que
escreveLar vatusprodeo( Eucami nhomascar ado).Em 1619,viajouatéaAlemanhae
nodi a10deNov embr otev eumav isãoem sonhodeum nov osi st
emamat emáti
coe
ci
ent í
fico.Em 1622,el er etornouaFr ançaepassouossegui ntesanosem Par i
sa
al
gumasout raspart
esdaEur opa.

Em 1628,el ecompôsasRegul aeaddi r


ecti
onem ingenii(
Regr
aspar aaDi reçãodo
Espí
r i
to)
,epar ti
upar aosPaí sesBai xos,ondemor ouat é1649,masmudandode
endereçof r
equentemente.Em 1629começouat r
abalharem Tr
atadodoMundo,uma
obradef ísi
ca,quedev eri
adef enderat esedohel i
ocentr
ismo,masem 1633,quando
Gali
leufoicondenado,Descartesabandonouseuspl anosdepublicá-
lo.Em 1635,afi
l
ha
i
legí
timadeDescar t
es,Francine,nasceu.Elafoibati
zadanodia7deAgost ode1635.
Suamor teem 1640f oium grandebaquepar aDescartes.

Em 1637,el epubl icoutrêspequenosr esumosdesuaobr aci entífca:ADi


i óptri
ca,Os
Met eor oseAGeomet ri
amaséopr efáciodessasobr asquecont i
nuasendol i
doat é
hoje:o Di scursosobr eomét odo.Em 1641,apar ecesuaobr amai sconheci da:as
Medi taçõesSobr eaFi l
osof i
aPr i
mei r
a,com ospr imei r
osseisconj untosdeObj eçõese
Respost as.Osaut oresdasobj eçõessão:dopr imeiroconj
unt o,ot éologohol andês
JohandeKat er;dosegundo, Mersenne; doterceiro,ThomasHobbes; doquar to,Arnauld;
doqui nt o,Gassendi ;edosext oconj unt o,Mer senne.Em 1642,asegundaedi çãodas
Medi taçõesi ncluí
aumasét imaobj eção,f eit
apel ojesuí
taPier reBour din,segui dade
umaCar taaDi net.Em 1643,af i
losofi
aCar tesianaf oicondenadapel aUni versidadede
[|
Utrecht ]]
,eDescar tescomeçousual ongacor r
espondênciacom I sabeldaBoémi a.
Descar tespubl couOsPr
i incípi
osdeFi losofia,umaespéci edemanualcar tesiano, efaz
umav isitar ápidaaFr ançaem 1644,ondeencont raoembai xadordaFr ançaj untoà
cortesueca,Chanut ,queopõeem cont atocom ar ainhaCri
st inadaSuéci a.Em 1647
el
ef oipr emi ado com umapensão pel oReidaFr ançaecomeçouat rabalharna
Descr içãodoCor poHumano.El eent r
ev i
stouFr ansBur manem Egmond- Binnenem
1648,r esul tandonaConv er
sacom Bur man.Em 1649el ef oiàSuéci aaconv it
eda
RainhaCrist
ina,esuasTr
atadodasPai
xões,queel
ededi
couaPr
incesaI
sabel
,for
am
publi
cados.

RenéDescar t
esmor r
eudepneumoni anodia11deFev ereir
o,1650em Est ocolmo,
Suécia,ondeel eestavat
rabal
handocomopr ofessoraconv i
tedaRainha.Acostumado
at rabalharnacamaat émei o-
dia,suasaúdeport ersofri
docom asdemandasda
RainhaChr ist
ina-começav am seusestudosàs5damanhã.Comoum cat óli
conum
paíspr otestante,el
efoienter
radonum cemitér
iodecriançasnãobat i
zadas,em Adolf
Fredrikskyrkanem Est ocol
mo.Depoi s,seusrestosforam levadosparaaFr ançae
enterradosnaI grej
adeSãoGenev i
eve-
du-Montem Pari
s.Um memor i
alconstr
uídono
séculoXVI IIpermanecenaigrejasueca.

DuranteaRev oluçãoFr
ancesaseusrestosf or
am desenter
radospar
ai r
em par
ao
Panthéon,aoladodeoutrosgr
andespensadoresfr
anceses.Av i
lanoval
eLoi
reonde
el
enasceuf oi
renomeadaLaHaye-Descartes.

Em 1667,depoi
sdesuamor
te,aI
grej
aCat
óli
caRomanacol
ocousuasobr
asnoÍ
ndi
ce
deLivr
osProibi
dos.

[
edi
tar
]Pensament
o
[
edi
tar
]ACultur
aéini
migadaRazão

Opensament odeDescar tesérevol


uci
onár
ioparaumasociedadefeudal
ist
aem queele
nasceu,ondeai nf
luênciadaIgrejaai
ndaer amuit
of or
teequandoai ndanãoexisti
a
uma t radi
ção de " produção de conheciment
o". Para a sociedade feudal
,o
conhecimento est
ava nas mãos da I gr
eja.Ari
stótel
es t
inha dei
xado um legado
i
ntelect
ualqueocleroseencarregavadedi
sseminar.

Descartesviv
eunumaépocamar cadapelasguer
rasreli
giosasentrePr
otest
antese
Católi
cosnaEur opa.Elev i
ajoumui toev i
uquesociedadesdi f
erent
estêm crenças
dif
erentes,mesmocont radi
tór i
as.Aqui
loquenumar egiãoét i
doporv er
dadeiro,é
achadocomor i
dícul
o,di
spar
at ado,ment
ir
a,nosout
roslugar
es.

Descar
tes vi
u que os "
cost
umes"
,a hist
óri
a de um pov
o,sua t
radi
ção "
cul
tur
al"
i
nfl
uenciam afor
macomoaspessoaspensam,aqui
l
oem queacr
edi
tam.

Opr
imei
ropensador"
moder
no"

Descar t
es é consi der
ado o pr i
meir
o f i
l
ósof o "moder no". Sua contri
bui
ção à
epistemologiaéessencial
,assi
m comoàsci ênciasnaturaisporterestabel
eci
doum
mét odoqueaj udouoseudesenv olv
iment
o.Descar tescriou,em suasobrasDiscur
so
sobreo mét odo e Medit
ações -ambasescr itasno v ernácul
o,ao invésdo lat
im
tr
adicionaldostrabal
hosdefi
losof
ia-asbasesdaci ênci
acont emporânea.

Ométodocart
esi
anoconsi
stenoCeti
cismoMet
odológi
co-duvi
da-
sedecadai déi
aque
pode serduvi
dada.Ao contr
ári
o dos gr
egos anti
gos e dos escol
ást
icos,que
acredit
avam queascoi sasexi
stem si
mplesmentepor quepr
ecisam exi
sti
r,ouporque
assim deveser,etc,Descart
esinst
it
uiadúv i
da:sósepodedi zerqueexist
eaquil
oque
possaserprov ado,sendooat odeduvi
darindubi
tável
.Baseadonisso,Descar
tesbusca
provaraexistênciadopr ópr
ioeu(queduv i
da,port
anto,ésujei
todealgo-cogitoergo
sum, pensologoexisto)ededeus.

Também consi steo mét odo nar eali


zação dequat rotar
efasbásicas:verif
icarse
exist
em ev i
dências reaisei ndubitáveis acerca do f
enômeno ou coisa estudada;
anali
sar,ousej a,divi
diraomáx i
moascoi sas,em suasunidadesdecomposi ção,
fundamentais,eestudaressascoi sasmai ssi mplesqueaparecem;sint
eti
zar,ousej a,
agruparnovament easuni dadesest udadasem um t odover
dadeiro;eenumerart odas
asconclusõesepr i
ncípiosuti
li
zados, afi
m demant eraor
dem dopensament o.

Em relaçãoaCi ência,Descart
esdesenv olveuumaf ilosofi
aquei nfl
uencioumuit
os,até
serpassadapel amet odol
ogiadeNewt on.Elemant inha,porexempl o,queouniv er
so
eraplenoenãopoder iahavervácuo.Descar t
esacredi t
avaqueamat ér
ianãopossuía
quali
dadesi nerentes,maser asimplesment eomat eri
albrut oqueocupav aoespaço.
Eledividiaarealidadeem r escogitans(consciênci
a,ment e)er esextensa(matéri
a).
Acreditavatambém queDeuscr i
ououni v
ersocomoum per fei
tomecanismodemoção
vert
ical equefuncionavadetermini
sticamentesem intervençãodesdeent ão.

Matemát i
cosconsider
am Descar
tesmuitoimpor t
anteporsuadescober
tadageometri
a
analí
ti
ca. Até Descartes, a geometri
a e a ál gebr
a apareciam como r amos
completamente separados da Mat emática. Descart
es most r
ou como t r
aduzi
r
probl
emasdegeomet riaparaaálgebra,abordandoessesproblemasatrav
ésdeum
si
stemadecoor denadas.

ATeoriadeDescar
tesprovidenciouabasepar
aoCálcul
odeNewtoneLei bniz,
eent
ão,
par
amui todamatemát i
camoder na.I
ssopar
eceai
ndamaisincr
ívelt
endoem ment e
queessetrabal
hofoii
ntenci onoseuDi
onadoapenascomoum exempl scursoSobr
eo
Método.

[
edi
tar
]Geomet
ri
a

Oi nteressedeDescar tespelamat emát icasurgiucedo,no“ Collegedel aFl eche”,


escoladomai saltopadr ão,di
rigi
daporj esuít
as,naquali ngr
essaraaosoi toanosde
i
dade.Masporumar azãomui t
oespeci alequej árevel
avaseuspendor esf i
l
osóf i
cos:a
certezaqueasdemonst r
açõesouj ustifi
cat iv
asmat emáticasproporcionam.Aosv i
ntee
um anosdei dade,depoisdef reqüentarr odasmat emáti
casem Par i
s( além deout ras)
j
ágr aduadoem Di r
eito,ingr
essav oluntar i
amentenacar rei
radasar mas,umadas
poucasopções“ dignas”queseof ereciam aum j ovem comoel e,oriundodanobr eza
menordaFr ança.Dur anteosquasenov eanosqueser vi
uem v ári
osexér ci
tos,nãose
sabedenenhuma pr oeza milit
arr ealizada porDescar t
es.É queasbat alhasque
ocupav am seuspensament oseseussonhost rav
av am-senocampodaci ênciaeda
fi
losofia.
AGeomet ri
aAnal
í
ticadeDescart
esapar eceuem 1637nopequenot extochamadoA
Geometri
acomoum dost rêsapêndi
cesdoDi scursodométodo,obraconsider
adao
marcoinici
aldafi
losof
iamoderna.Nela,em resumo,Descar
tesdef endeomét odo
matemáti
cocomomodel opar
aaaquisiçãodeconheciment
osem todososcampos.

[
edi
tar
]Ci
tações

OWi
ki
quot
etem umacol
eçãodeci
taçõesdeousobr
e:RenéDescar
tes.

"Descar
tesdesejaseraoníveldacogni
çãoum sel
f-made-
man.El
eéoSamuelSmi l
es
doempr eendi
mentocogniti
vo"-Er
nestGel
l
ner
,"ReasonandCul
tur
e",
Oxf
ord1992,
p.3.
"Penso,
logoexist
o!"-RenéDescar
tes

[
edi
tar
]Obr
asi
mpor
tant
es

 Regras par
a a ori
ent
ação do espí
ri
to(1628)-obr
a em que apar
ecem os
pri
meirosconcei
tosdométodocart
esi
ano

 Discursosobreométodo(1637)-t
ít
ulomaisbem conhecidodeDi scoursdel a
mét hodepourbiencondui
resarai
son,etchercherl
averi
tédansl essci ences
(Discursosobr
eoMétododeConduzirbem aRazãoeProcurarpel
aVer dadenas
Ciências)

 Geomet
ri
a(1637)

 Medit
ações(
1641)-expandeomét
odocar
tesi
anoexpost
oem "
Discur
sosobr
eo
método"

[
edi
tar
]Li
gaçõesext
ernas

 ObrasdeRenéDescartes:
t extoscom concor
dânci
asel
i
stadef
reqüênci
a
 TheRati
onal
ist
s:Obrasoriginales,
bibl
i
ografi
a,l
i
nks
 Consci
ênci
a-Descartes

AFi
losof
iadeDescar
tes

 
SuaVi
da

 
OMét
odo

 
AMet
afí
sica

SuaVi
da
RenéDescar
tes,nascidoem 1596em LaHay e nãoaci dadedosPaíses-
Bai
xos,
masum pov oadodaTour aine,numaf amí
li
anobre t er
áot í
tul
odesenhorde
Perr
on,
pequenodomí niodoPoitou,
daíoapost
o"f
idal
gopoi
tev
ino"
.

De1604a1614,est udanocol égiojesuí t


adeLaFl èche.Aígozar ádeum r egi mede
pri
vilégio,poi sl evant a-sequandoquer ,oqueol ev aaadqui ri
rum hábi toqueo
acompanhar áport odasuav i
da:medi tarnopr ópriol eito.Apesardeapr eciadopor
seuspr ofessores, el
esedecl ara,no" Discursosobr eoMét odo",decepci onadocom o
ensinoquel hefoimi nistrado:af i
losofiaescol ásticanãoconduzanenhumav erdade
i
ndiscut ível,"Nãoencont ramosaínenhumacoi sasobr eaqualnãosedi spute".Sóas
mat emát icas demonst ram o que af i
rmam: " As mat emát i
cas agr adav am-me
sobret udo porcausa da cer teza e da ev idênci a de seus r aciocínios".Mas as
mat emát icassãoumaexceção, umav ezqueai ndanãoset ent
ouapl i
carseur igoroso
mét odoaout r
osdomí nios.Ei sporqueoj ov em Descar tes,decepci onadocom a
escol a,par teàpr ocur adenov asf ontesdeconheci ment o,asaber ,longedosl ivr
ose
dosr egent esdecol égi o,aexper iênciadav idaear ef l
exãopessoal :"Assim quea
i
dademeper mitiusai rdasuj eiçãoameuspr eceptor es,abandoneii ntei
rament eo
estudodasl etr
as; eresol v endonãopr ocur arout raciênci aqueaquel aquepoder iaser
encont radaem mi m mesmoounogr andel ivr odomundo,empr egueior estode
minhaj uv entudeem v i
ajar,em v ercor t
eseexér citos,conv i
vercom pessoasde
div
er sost emper ament osecondi ções" .

Apósal gunsmesesdeel egant


el azercom suaf amí li
aem Rennes,ondeseocupa
com equi tação eesgr ima( chegamesmo ar edigirum t rat
ado deesgr i
ma,hoj e
perdido),v
amosencont rá-lonaHol andaengajadonoexér ci
todopr í
ncipeMaur í
ciode
Nassau.Maséum est r
anhoof i
cialquer ecusaqual quersoldo,quemant ém seus
equipament osesuasdespesasequesedecl amenosum "
ar ator"do queum
"espectador":antesouv int enumaescol adeguer radoquev erdadeir
omi l
i
tar
.Na
Holanda,ocupa- sesobret udocom mat emáti
ca,aol adodeI saacBeeckman.Édessa
época( tem cercade23anos)quedat asuami steriosadivsa"
i Lar
vatusprodeo".Eu
cami nhomascar ado.SegundoPi erreFrederi
x,Descar t
esquerapenassi gni
fi
carqueé
um jovem sábiodi sf
arçadodesol dado.

Em 1619,ei -
loaserv i
çodoDuquedeBav iera.Em v i
rt
udedoi nverno,aquartel a-
seàs
mar gensdoDanúbi o.Podemosf aci
lment ei magi ná-l
oal oj
ado" numaest ufa",istoé,
num quar tobem aqueci doporum dessesf ogareirosdepor cel
anacuj ousocomeçaa
sedi fundir,servi
doporum cr i
adoei nteirament eent regueàmedi tação.A 10de
novembr ode1619,sonhosmar av i
l
hososadv er
tem queest ádest i
nadoauni fi
car
todososconheci ment oshumanospormei odeuma" ci
ênciaadmi rável"daqualser á
oinv entor.Masel eaguardaráaté1628par aescr everum pequenol ivroem l ati
m,as
"Regras par a a direção do espíri
to"( Regul ae ad di recti
onem i ngenii)
.A i déia
fundament alqueaíseencont r
aéadequeauni dadedoespí r
it
ohumano( qualquer
quesej aadi v
ersi
dadedosobj etosdapesqui sa)dev eper miti
rai nvençãodeum
mét odouni v
ersal
.Em seguida,Descar t
espr eparaumaobr adefísica,oTr at adodo
Mundo,acuj apublicaçãoelerenunci avistoqueem 1633t omaconheci ment oda
condenaçãodeGal i
l
eu.Écer t
oqueel enadat em at emerdaI nqui
sição.Ent re1629e
1649,elevi
venaHol anda,paí
sprotest
ante.MasDescar
tes,deum l
adoécatóli
co
si
ncero(emborapoucodev ot
o),deoutr
o,eleant
esdetudoquerfugi
ràsquer
elase
preser
varaprópr
iapaz.

Finalment e,em 1637,el esedeci deapubl icartrêspequenosr esumosdesuaobr a


cientí
f ca:ADi
i óptri
ca,OsMet eor oseAGeomet r
ia.Essesr esumos,quequasenão
sãol i
dosat ualment e,sãoacompanhadosporum pr efáci
oeessepr efáciofoiquese
tornouf amoso:éoDi scursosobr eoMét odo.Elef azv erqueoseumét odo,i
nspi rado
nasmat emát i
cas,écapazdepr ov arr i
gorosament eaexi stênciadeDeuseopr imado
daal masobr eocor po.Dessemodo,el equerpr epararosespí ri
tospar a,um di a,
aceitarem todasasconseqüênci asdomét odo i nclusiveomov iment odaTer raem
tornodoSol !Ist
onãoquerdi zerqueamet afí
sicasej a,paraDescar t
es,um si mples
acessór io.Mui topel ocont rário!Em 1641,apar ecem asMedi t
açõesMet afí
sicas,sua
obra-prima,acompanhadasder espost asàsobj eções.Em 1644,el epubl i
cauma
espéci e de manualcar tesiano.Os Pr incí
pios de Fi l
osofia,dedicado à pr incesa
palatinaEl i
sabet h,dequem el eé,em cer tosent i
do,odi r
etordeconsci ênciaecom
quem t rocai mportant ecor respondênci a.Em 1644,porocasi ãodar ápidav iagem a
Paris,Descar t
esencont raoembai xadordaf r
ançaj untoàcor t
esueca,Chanut ,queo
põeem cont atocom ar ai
nhaCr i
st ina.

EstaúltimachamaDescar tespar aj untodesi.Apósmui t


ast er
giver
sações, ofil
ósof o,
nãoant esdeencar regarseuedi tordei mpri
mi r,paraant esdoout ono,seuTr atado
dasPai xões embar capar aAmst erdãechegaaEst ocolmoem out ubr ode1649.É
aosur girdaaur or a(5damanhã! )queel edáliçõesdef il
osofi
acartesianaàsuar eal
discí
pula.Descar tes,quesof reat r
ozment ecom of rio,logosear repende,eleque
"nasceunosj ardinsdaTour aine" ,det ervi
ndo" vi
v ernopaísdosur sos,entrerochedos
egeleiras".Masédemasi adot arde.Cont r
aiumapneumoni aeser ecusaai ngeriras
drogasdoschar latõeseasof rersangr iassistemát cas(
i "Poupaiosanguef rancês,
senhores"),mor rendoa9def ev ereirode1650.Seuat aúde,algunsanosmai st arde,
serát r
ansportadopar aaFr ança.Luí sXIVpr oibiráosf uneraissoleneseoel ogio
públi
cododef unt o:desde1662aI grej
aCatólicaRomana,àqualel epar eceTer -
se
submet idosempr eecom humi l
dade, col
ocarátodasassuasobr asnoI ndex.

OMét
odo

Descar
tesquerest
abel
ecerum mét
odouni
ver
sal
,i
nspi
radonor
igormat
emát
icoeem
suas"l
ongascadei
asderazão"
.

1. Apr imei rar


egraéaev idênci a:nãoadmi t
ir"nenhumacoi sacomov erdadei
rase
não a r econheço ev i
dent ement e como t al
".Em out ras pal avras,ev i
tar t
oda
"preci
pit
ação"et oda"prevenção"( preconcei
tos)esót erporv erdadeirooquef or
claroedi st
into,i
stoé,oque" eunãot enhoamenoropor t
unidadededuv i
dar"
.Por
conseguinte,aev i
dênci
aéoquesal t
aaosol hos,éaqui l
odequenãopossoduv i
dar,
apesardet odososmeusesf orços,éoquer esisteat odososassal t
osdadúv ida,
apesardet odososr esíduos,o pr oduto do espír
it
o crít
ico.Não,como di zbem
Jankélévi
tch, "
umaev i
dênciaj uv eni
l,masquadr agenári
a".
2. Asegunda,éaregradaanálise:"
div
idi
rcadaumadasdi
fi
cul
dadesem t
ant
as
par
cel
asquant
asf
orem possí
vei
s".

3. A t er
cei
ra,éar ada sí
egr nt
ese:"concl
uirporordem meuspensamentos,
começandopel
osobjet
osmaissimplesemaisfácei
sdeconhecerpar
a,aospoucos,
ascender
,comoquepormeiodedegr
aus,aosmaiscomplexos"
.

4. Aúlti
maáados"
desmembr
ament
ost
ãocompl
exos.
..apont
odeest
arcer
tode
nadat
eromit
ido"
.

Seessemétodotor
nou-
semui t
océl
ebr
e,foiporqueossécul
ospost
eri
oresv
iram nel
e
umamanif
estaçãodoli
vreexameedoracional
i
smo.

a)El enãoaf i
rmaai ndependênciadarazãoear ejei
çãodequal querautori
dade?
"Ari
stótel
esdisse"nãoémai sum argumentosem r épl
ica!Sócontam aclarezaea
dist
inçãodasi déi
as.Osf i
lósofosdoséculoXVIIIestenderãoessemétodoadoi s
domí ni
osdeque Descar t
es,é import
anteressalt
ar,o exclui
u expr
essamente:o
polí
ticoeor el
igi
oso(Descarteséconserv
adorem pol í
ti
caecolocaas" v
erdadesda
fé"aoabrigodeseumét odo).

b)Omét odoér acional


i
staporqueaev idênciadequeDescar tespar tenãoé,demodo
algum,aev i
dênciasensíveleempírica.Ossent i
dosnosenganam,suasi ndi
cações
sãoconf usaseobscur as,sóasidéi
asdar azãosãoclarasedi sti
ntas.Oat
odar azão
queper cebedi r
etamenteospr i
meirospr i
ncípi
oséai nt
uição.Adeduçãol imi
ta-
sea
veicul
ar,aol ongodasbel ascadeiasdar azão,aev i
dênciai ntuit
ivadas"nat
urezas
simples".Adeduçãonadamai sédoqueumai nt
uiçãocontinuada.

AMet
afí
sica

No Di
scur
so sobr
eo Mét odo,Descart
espensasobretudo naci
ênci
a.Par
abem
compr
eendersuamet
afí
sica,énecessár
i erasMedi
ol tações.

1.° Todossabem queDescar tesiniciaseuit


inerárioespi ri
tualcom adúv ida.Masé
necessár i
o compr eenderque essa dúv ida t
em um out r
o al cance que a dúv i
da
met ódica do cient i
sta.Descartesduv i
da vol
unt ár
ia e si stemat i
cament e det udo,
desdequepossaencont rarum argument o,pormai sf rági
lquesej a.Porconseguinte,
osi nstrumentosdadúv idanadamai ssãodoqueosauxi liarespsi col
ógi
cos,deuma
ascese,os i nstrument os de um v erdadei
ro" exército espiri
t ual
".Duvidemos dos
sent i
dos,umav ezqueel esf r
eqüentement enosenganam,poi s,dizDescartes,nunca
tenhocer tezadeest arsonhandooudeest ardesper to!(Quant asv ezesacredit
ei-me
vestidocom o" robedechambr e",ocupadoem escr everal goj unt
oàl arei
ra;na
verdade, "
estavadespi doem meul ei
to").

Duv
idemostambém daspr
ópr
iasevi
dênci
asci
entí
fi
casedasver
dadesmat
emáticas!
Masquê?Nãoév erdade quereusonheouestej
adesper
to que2+2=4?Mas
seum gêni
omal i
gnomeenganasse,seDeusfossemauemei l
udi
ssequant
oàs
minhasevi
dênciasmatemát
icasef
ísi
cas?Tant
oquant
oduv
idodoSer
,sempreposso
duvi
dardoobj eto(per
mit
am- mer
etomarost er
mosdomai sl
úci
dointér
pret
ede
Descar
tes,
FerdinandAl
qui
é).

2.° Exi ste,por ém,umacoi sadequenãopossoduv idar,mesmoqueodemôni o


queirasempr emeenganar .Mesmoquet udooquepensosej afalso,restaacer teza
dequeeupenso.Nenhum obj et odepensament oresist
eàdúv i
da,masopr ópri
oat o
deduv idaréi ndubit
ável."Penso,cogit
o,logoexi st
o,ergosum" .Nãoéum r aci
ocínio
(apesardol ogo, doer go),masumai nt
uição,emai ssóli
daqueadomat emát i
co,pois
éumai ntuiçãomet afí
sica,met amatemáti
ca.El atr
atanãodeum obj eto,masdeum
ser.Eupenso,Egocogi to( eoego,sem abor recerBrunschvicg,émui tomaisqueum
simplesaci dent egramat i
caldov er
bocogitar
e).Ocogi t
odeDescar tes,port
anto,não
é,como j á sedi sse,o at o denasciment o do que,em f i
losofia,chamamosde
i
deal i
smo ( o suj eit
o pensant e e suas i déias como o f undament o de todo
conheciment o),masadescober tadodomí ni
oont ológi
co( estesobj etosquesãoas
evidênciasmat emát i
casremet em aesteserqueémeupensament o).

3.° Nessení vel


,entr
etanto,nessemoment odeseuit
inerár
ioespi
ri
tual
,Descar
tes
ésolipsi
sta.El
esót em cer
tezadeseuser ,i
stoé,deseuserpensante(poi
s,sempre
duvi
dodesseobj et
oqueémeucor po;aalma,di
zDescartesnessesenti
do,"émais
fáci
ldeserconhecidaqueocor po").

Épel oapr ofundament odesuasol idãoqueDescar tesescapar ádessasol i


dão.Dent r e
asidéiasdomeucogi toexisteumai nteir
ament eext r
aordinári
a.Éai déi adeper fei
ção,
dei nfi
nito.Nãopossot ê-lati
radodemi m mesmo,v i
stoquesouf initoei mper f
eito.
Eu,t ãoimper fei
to,quet enhoai déi adePer feição,sópossot ê-l
ar ecebi dodeum Ser
perfeit
o que me ul tr
apassa e que é o aut ordo meu ser .Porconsegui nt e,ei s
demonst radaaexi stênciadeDeus.Enot a-sequeset ratadeum Deusper feito,que,
porconsegui nte,ét odobondade.Ei sof antasmadogêni omal i
gnoexor cizado.Se
Deuséper feito,elenãopodet erquer idoenganar -meet odasasmi nhasi déiascl aras
edi sti
ntassãogar antidaspelav er acidadedi vi
na.Umav ezqueDeusexi ste,euent ão
possocr ernaexi stênciadomundo.Ocami nhoéexat ament eoi nv ersodosegui do
porSãoTomás.Compr eenda-seque,par at anto,nãot enhoodi reitodegui ar-
me
pelossent i
dos( cuj asmensagensper manecem conf usasequesót êm um v alorde
sinalpar aosi nstint osdoserv iv o) .Sópossocr ernoquemeécl ar oedi stinto( por
exempl o:namat éria,oqueexi st ev erdadei rament eéoqueécl arament epensáv el,
i
st oé,aext ensãoeomov iment o).Al gunsacham queDescar tesf azi
aum ci r
culo
vici
oso:aev idênci ameconduzaDeuseDeusmegar anteaev idênci a!Masnãose
trat
adamesmaev i
dênci a.Aev idênci aont ológicaque, pelocogito,meconduzaDeus
fundament aaev idênci adosobj et osmat emát i
cos.Porconsegui nte, amet afísicat em,
paraDescar t
es,umaev idênci
amai spr ofundaqueaci ência.Éelaquef undament aa
ciência(um at eu,di ráDescar t
es, nãopodesergeômet r
a!).

4.° AQui ntamedi


taçãoapr
esentaumaoutr
amaneir
adepr ov
araexist
ênciade
Deus.Nãomai
ssetratadepar
ti
rdemi m,quetenhoai
déiadeDeus,masantesda
i
déiadeDeusqueháem mim.Apreenderai
déi
adeperf
eiçãoeafi
rmaraexi
stênci
a
doserper fei
toéamesmacoi sa.Poisumaper f
eiçãonão-exi
stentenãoseri
auma
perf
eição.Éoar gumentoontol
ógico,oargument odeSantoAnsel moqueDescar tes
(quenãol euSantoAnselmo)reencontr
a:trata-
se,aindaaqui,maisdeumai ntui
ção,
deumaexper i
ênciaespi
rit
ual(adeum i nfinit
oquemeul trapassa)doquedeum
raci
ocíni
o.

Vocêéov
isi
tant
enest
enov
oender
eço

Fast
Count
erbybCent
ral

Pági
namodi
fi
cadaem 25.
04.
2000

4.
6.JohnLocke(1632-1704)

3.AVi
dadeJohnLocke

JohnLockenasceu Wr ingt
on,em Semer set ,nar egiãosudoest edaI nglaterra,a29de
Agostode1632.Per tenciaaumaf amíli
adePur itanosdar eligiãoAngl icana.Est udouna
Univer
sidadedeOxf ordf i
l
osof i
a,ciênciasnat ur ai
semedi cina.Em 1665f oienv iado
paraBrandenbur gocomosecr etári
odel egação.Passouem segui daaoser viçodeLoed
Ashley,
fut ur
ocondedeShaf t
esbur y,aquem f i
couf ieltambém nasdesgr açaspol í
ti
cas.
Foi
,por tanto para França onde conheceu asper sonalidades mai s dest acadasda
cul
turafrancesa.Em 1683r ef ugio-senaHol anda, aiparti
cipandonomov iment opolíti
co
quelevouaot r
onodaI nglaterraGui l
hermedeOr ange.Dev oltaapát r
ia,recusouocar go
deembai xadorededi cousei ntei
rament eaosest udosf il
osóf icos,mor ais,pol í
ti
cos.
Passouseusúl ti
mosanosdev idanocast elodeOat es(Essex) ,juntodosi rFr ancisco
Mashan.Fal eceua27deOut ubr ode1704.

JOHN LOCKE f oium dosmai oresfi


lósof
osdal í
nguaI ngl
esa,tendovivi
donum dos
perí
odosmai sturbul
entosdahi st
óri
adaI nglater
ra,caracter
izadopeloAbsol uti
smo,
ondeaI grejacontrol
avaoensino.Elerepr
esentaum pr ogressoem confrontocom os
precedentes:no sentido de que a sua gnosiol
ogiaf enomenista-
emperista não é
dogmat i
camenteacompanhadadeumamet afísi
camai soumenosmat er
iali
sta.

Li
mita-
seaof er
ecer,f
il
osof
icament
e,umateori
adoconheci
mento,
mesmoacei
tandoa
metafí
sicatr
adi
cional
,edosensocomum peloqueconcer
neaDeus,aal
ma,amor ale
areli
gião.Com rel
açãoàreligi
ãonatur
alnãomuit
odifer
entedodeí
smoabst
raioda
época;opoderpol
ít
icot
em deimporessar el
i
gião,por
tant
oébaseadanarazão.Locke
prof
essaatoler
ânci
aeor espei
toàsr
eli
giõesparti
cul
ares,
hist
óri
caseposi
ti
vas.

Vi
daeobraspedagógi
cas
Asaspectosqueser ef
erem àpedagogi
amoçambi
canadent
rodassuast
eor
iase
pr
áti
cas.

NaturaldeWrington-I
nglaterr
a.Fi l
ósofoeeducadordasuaépoca.
Defensordascrianças.Par aele,cr
iançasdevem sereducadasmoralefisi
camente.
Hábitos morais devem seradqui ridas par
a o caráct
erpela educação morale a
educaçãofísi
cadev eser v
irpar aendurecerocor
poedarumadi sposi
çãoparaapr át
ica
l
aboral.

Aali
mentaçãofr
ugal
,vest
uári
oelegante,caráct
erhumildesãoelement
osnecessár
ios
par
aohomem.Dor mirem camadur a,despertarcedo,equi
taçãoeesgr
ima,dança,
enr
ij
ecem ocor
poedádisposi
çãoàment e.

Ai nstr
uçãoémí ni
mapar t
edaeducação.Nãosoment eosf il
hosdopov odev em
aprenderasar t
eseof í
ciosmast ambém osf ilhosdosnobr es.Todosdev em l er,
escrever, desenhar
,est udar a l í
ngua mat er
na,o l ati
m,ar i
tmét
ica comer cial,
contabil
idade,geometri
a,cr onologi
a e hi
stór
ia do di
rei
to ci
vi
l,leisconst
it
ucionai s,
l
ógica,retóri
ca,fi
l
osofi
aemúsi ca.

Locke dava maisv al


orà educação privada da públ
ica.I
nter
essav
a-se mai
s pel
o
raci
ocí
nio,pelotrabal
homanual,pelasviagens,cult
uradosbonshábi t
osedeboas
maneir
as,autori
dadesem v
iol
ência,
firmeza.

Afi
rmavaqueaeducaçãomor
alsefazpelapr
áti
cadevir
tude.Ai
ndadi
zi
a:“Nadaháque
penet
raoespí
ri
tohumanomaissuavementeemaispr
ofundamentedoqueoexemplo.

Lockedefendeosaberparatodosparaacabarcom aopr
essão,esegundoele,o
camponêsquesabelereescr
eveémai sdi

cilr
epr
imi
-l
odoqueosoutr
os.Defendeo
ensi
nodequali
dadedoquedequanti
dade.

Ensi
navaqueoensinopel
oscast
igoscorpor
aissubmet
eoeducandoaomedoenãoà
ver
dadei
rali
ber
dadequeohomem almeja.

Defendeométododeobservaçãosem segui
ranenhumar
egr
a.Omét
odoexper
iment
al
foi
paraLockeométodofundamental
.

2.
1Obj
ect
ivosGer
ais

OestudodaVi
daeObr
adeJohnLockedev
eráfor
neceraosestudant
esconheci
ment
os
sobr
eopensament
ofi
l
osóf
icodest
eaut
or,noquerespei
taàgnosiol
ogi
a,f
undament
os
dassuasdout
ri
naspol
í
ticas,
pedagógi
casmor
aiseat
éasuaact
ivi
dader
eli
giosa.

Aspr
inci
pai
sobr
as

 TratadodoGov ernoCivi
l(1689);
 EnsaiosobreoI ntel
ect
oHumano( 1690)
 Pensament osobr eaeducação( naqualdest
acam -seensai
ossobr
eal
eida
natureza,
oprincipaldetodos)
,(1693).

Asf ont
esprincipai
sdopensamentodoLockesão:onominal
ismoescol
ást
ico,cuj
o
centrofamosoer aOxford,oempi
ri
smoi
nglêsdaépoca,or
aci
onal
ismocart
esianoe
fi
losofi
adeMal ebranche.

4.Obr
asdeJohnLocke

ENSAI
OSOBREOI
NTELECTOHUMANO

Dedi
caacr i
ti
caaoI nati
smo.Lockefoicont
raoinati
smopr esent
edePl at
ãoedescar
te,
edefendeuat eor
iadequeoconheci mentoderi
vadapr át
ica.Comparaamentecomo
umat ábuarasa,umaf ol
hadepapelem br anco.Parael etodosdadosdament e
der
ivam daexperi
ência.Aexperi
ênci
aéaf ont
eel i
mitedointel
ectual
.

Formulousuascrit
icasaoinat
ismo,
argumentadosobreopensament opl
ant
onist
asda
escoladaCambridge,quesust
entaqueai déi
asdeDeuspr ovinhadeumanoçãoinat
a.
At eor
iaempir
ist
aqueLockeadopt a,segundooqualnãohánadanament e,quenão
tenhaest
adoantesnosentido,
devesercombat i
daporat
eístas.

Locke j
ulga o i
nati
smo uma dout
ri
na de pr
econcei
tos que l
eva ao dogmati
smo
i
ndivi
dual
.Mostraqueháoutrosmodosdesechegaraoconsensouni versal
,quena
ver
dadenãoexiste.

Eledaexempl osdecoi sasqueascriançasedefi


cientesnãopossuem ,
comopr i
nci
pio
dei dent
idadenãocontradiçãoaoefundamentoséticos.At
emesmoaconcepçãonãoe
i
nat apoisapresentadiversidadeevari
aacrençadecadapov o.Em alguns,at
énão
existeessascrenças.

Locke af
ir
ma serabsurdo exi
sti
rem cert
os pri
ncípi
os inatos,mas não se estar
consci
ent
edisso.Seháal gonaalma,háconsciênciadesseal go.Também éassim
com ospri
ncí
piosmor
ais,dest
it
uiaval
idadeoargumentoont ológicopar
aaexi
stência
deDeusdaautori
adeSantosAnsel
mo.

Paraargumentardequeoint
electopodecri
ari
déias,Locker
espondequeelepode
apenascombinarasi
déi
asper
cebidaspel
ossent
idos,masnãopodecri
a-l
as.Apont
aa
exper
iênci
acomoaúni
caf
ont
epossí
veldei as-aal
déi mat
rabal
ha omat
eri
alper
cebi
depoi
s.

Apont
aduasf
ont
espar
aoconheci
ment
oempí
ri
codasquai
s:

Eleéderi
vadodaexperiênci
asensíveloudarefl
exão.Asidéiasest
ãonosel et
o,eno
mundoobject
ivoexi
stealgoquetem opoderdef azeroi
ntelect
oent
ende-l
ascomot al
,
um cor
potem quali
dadespri
marias,comoextensão,asolidezeafigur
a,secundár
ias
comoacordoodoreosabor .

Assecundár i
assãovari
açõesdaspr imári
asesãoobj ecti
vos,parecem comosãopar a
ossentidos.Asidéi
assimplesf or
çam umapassividadeporpartedosuj ei
to,quepode
operardiver
sosmodossobr eosdadosdossent i
dosesobr ear eflexão,formando
assi
mi deiascomplexas.Ai deiasseconservam depoisdeper cebidas,amemór i
ae
necessári
aparaacçãoint
electualpoi
sfazrepr
esentações.

Aact
ivi
dadedoi
ntel
ect
opr
oduzi
dei
ascompl
exas,
div
idi
dasem t
rêsgr
upospr
inci
pai
s:

a)Modo

Estadoeconst i
tui
çõesdecoisasepr ocessos,nãoexi
stem porsimesma,mas
dependem dasensação.Osmodossi mpl estêm component
eshomogêneos,os
modosmi stostêm componentesheterogêneas(poresmolomui t
assensações
quedãoidéiasdebeleza)
.Exemplosdeidéiasdemodo-gr at
idãoehomicídi
o.

b)Subst
ânci
a

Nascem do hábito dev eri déi


assimplesjunt
as,quesão t omadascomo uma
complexidade.Nãonost ornamosconscient
esnem por
quei ssoacontece.Nesse
grupo estão asrepresentaçõesdecoisacomo o homem edecol etiv
idade,o
univer
so.Deustambém per tenceaogr
upodei déi
ascomplexasdesubstâncias.

c)Rel
ação

Nascem dacomparação econfr


ont
o entr
eidéi
asqueo intel
ect
o per
cebe.Por
exempl
o,oconcei
todepai
,fi
l
ho,sogr
o,di
fer
ençaesemel
hança.

Oinfi
nit
opar aLockeéum modosi mpl
es,nãopodemosreal
menteconcebero
i
nfi
nit
o.Oi nfi
nit
oéar epet
içãodenúmer
os,dur
açãoeespaço,oi
nfi
nit
oportant
o
maueant er
ior,
acausaúlt
imadofi
nit
o.

Lockeobser
vaqueaessênci
anãopodeserasubst
ânci
a,oumel
horasubst
ânci
a
nãoeconhecidapelossent
idosnasuaessênci
acomodef
endeuDescar
te,
mai
ssi
m
aident
idade,
eou, estáf
oradasubstânci
a.

Num outroli
vrodeensai
oébaseadoaoconheci ment o.Asidéi
assãoomat erial
doconhecimento,quenascedaper cepçãodel
as,ef azem conexões,concor
dâncias,
cont
rastesediscordânci
asentr
easi déi
as.A cor
respondênciaentreduasi déi
asé
i
mpor t
antepar
aoconhecimento,nel
assedestacam quatrodasquais:

 I
dent
idadeedi
ver
sidade–Umai
déi
asedi
fer
enci
adaout
ra;

 Rel
ação–Aci
ênci
anascer
ádar
elaçãoobt
eri
déi
asdi
fer
ent
es;

 Coexi
stência ou não de um mesmo obj
ect
o – est
e per
tence às
subst
âncias;

 Exi
stênci
areal–I
ndependent
edoeui
ndi
vi
dual
queaper
cebe.

Aper
cepçãodar
eal
i
dadepodeserf
eit
adedoi
smodos:

a)Porint
uição-ecl
araecer
ta,nãonecessi
tadepr
ova,v
em da
emendi
ta;

b)Pordemonst ração-oespí r
it
opercebedi f
erençasesemel hanças
dasidéias,masnãodei mediat
o.Procedeesedesenv ol
vepor
concatenações,associ
açõesdasi nst
it
uições.Exi
stênci
adeDeus
podeserdemonst r
adoraci
onalmente,el
eusaapr ovacosmologia
paraisso.

ParaLocke, acert
ezaqueDeusexi steémai sabsol ut
aqueasi mpressasdossenti
dos.
Nessepontoel econcor
dav acom Descarte.Elereconheceuduasclassesdaciênci
a-as
reai
s(naturaisemet af
ísi
cas),asidéias(mat emáticaet ambém ét i
ca).Amatemática
devetrabal
harcom model oprópr
io,aét i
cat ambém ser efereaoconteúdoqueprovém
dament ehumana.Assim, nãoháliberdadetotaleestadoj unto–Todoodel i
todeveser
casti
gado.

Atuoutambém napol
í
ticaondecont
rar
iaosteór
icosdoabsol
uti
smo,comoHoobes,
di
ssequenãohav i
aopoderinat
onem di
rei
topol
í
ticodi
vi
no.Par
aele,umaboaacção
concor
dacom umanorma.

Exi
stem t
rêstiposdenormasmor ais-adivi
na,pol
ít
icaeaopi ni
ãopublica.
Obem eopr azer,ouaquil
oqueopr ovoca,eomal eador,ouaqui l
oqueapr ovoca.
Todososhomensnascem esãoi guaispornatur
eza.Usam ar azão,um bem comum,
par
aconst r
uirasoci edadeedel aparti
lharosresultados.O estadov em dodir
eit
o
nat
ural
,comoodi rei
todav i
da,aliber
dade,apropriedade,oestadodev epr
omulgaro
bem est
arger
al.
O gover
nonãopodeserpat ri
arcal,nãodev
ebasei
ar-
senaf
é,nem nar
eli
gião,se
fal
haropovotem di
rei
toàr
evolução.

4.2OTRATADOSOBREOGOVERNOCI
VIL(
1689)

Mor
alePol
í
tica

Lockenãoadmi tia,nat uralment e,idéiasepr incípiosinat


osnem sequernocampoda
mor al.A suamor al
,todav ia,émui t
oi nt
electualizado queempi rist
a,poi sel el he
reconheceocar áterdev erdadeir aciência,universalenecessária.Entret
anto,nãobast a
terconstruí
doumamor alem abst r
at o,emborar acional
.Éprecisot or
na-laprati
cament e
eficaz,i
stoe,f
az-semi sterumaobr igaçãomor al
, queseimponhaanossav ontade.Or a,
vistoqueénat ural,nohomem,at endênci apar aopr ópri
obem- est
ar,énaturalqueel e
sejaat i
ngi
dopelaspenas, pelassanções, quepr ecisamentelheimpedem t al r
ealização.
Quepar t
etem al iberdadedav ontadeem t udoi sto?Lockenega,pr opriament e,ol i
vre
arbítr
io,por
quantonósnosi ncl
inamosnecessar iamentepar aum bem det erminadoe
dev emosdesejarobem mai or.

Quant oàpol í
tica,Lockeer aradicalment econt r
aoabsol utismo,por queadout ri
nada
monar quiaabsol uti
stacol ocaosober anoeossúbdi t
osem guer raent resi.Pór em,
consi deraaceitávelum pov osubst it
uirseusober anoougov er noseel ef alt
assecom
suapar tedocompr omi sso.Eleder i
v aal eicivi
ldal einatural
, r
aci onal,mor al,em vi
rtude
daqualoshomens- comoser esr acionais-sãol i
vresei guais,t êm direit
oav idaea
propriedade;e,ent retant onav i
dapol íti
ca,nãopodem r enunci araest esdi rei
tos,sem
renunci arapr ópriadigni dade,anat urezahumana.Lockeadmi teum or i
ginári
oest ado
denat urezaant esdoest adoci vil
izado.Não,por ém,nosent idobr utaleegoí stade
i
nimi zadeuni versal,masem um sent i
domor al,em v ir
tudedoqualcadaum sent eo
deverr acionalder espeitarnosout rosamesmaper sonalidadequenel eseencont ra.
Divi
di u,nat eor i
aospoder esem doi s:legisl
at i
voeexecut iv
o.Essespoder eser am
necessár i
ospar agar ant i
rav al
idadedal eieausênci adat i
rani a.oTr at
adosobr eo
Gov ernoci vi
l,éaexpr essãot eóricadoconst ituci
onal i
smoLi ber alInglês,em cont r
ast e
com adout ri
nadoabsol uti
smo.

4.3PENSAMENTOSSOBREAEDUCAÇÃO(
1693)

I
DEI
ASPEDAGOGI
CAS

Locke i
nter
essou-
se especial
mente pel
os pr
oblemas pedagógi
cos,escrev
endo os
PensamentossobreaEducação.
-Aiafi
rmaanossapassividade,poi
snascemostodosi
gnoranteserecebemostudoda
experi
ência,mas,aomesmot empo,af i
rmaanossapar teact
iva,enquant
ooi ntel
ecto
constr
ói aexper
iênci
a,el
aborandoasi déi
assimples.
-A educaçãodev i
aterfinspráti
cos,depr epar
arohomem par aav i
da,enãopar ao
delei
tointel
ect
ualeoêxitoUniversi
tár
io.
Osl i
vros,Pensamentosobr eaEducaçãoeConduçãodeConheci mentotem lugar
i
mpor tantenahi st
ori
a da fi
losofi
a educacional
.NelesLockeenf ati
zou o val
orda
experi
ênciaedesenv olv
imentodament e,desconsi
der
aradical
ment easdi f
erenças
genéti
cas.

Rel
igi
ão

O pensament orel
igioso de Locke foge da li
nha tr
adi
cionalt
anto quant
o seus
pensament osconti
dosnoensai o.Nãocr i
ti
caabí bli
a,por
ém,examinaliv
rementeas
escri
turascom amesmaobj et
ivi
dadedasuaf il
osofi
a.Aigr
ejadeacor
docom Locke,é
uma soci edadevoluntári
a eliv
recom o pr opósit
o deadorara Deus.O valorda
adoraçãodependedaf équeainspi
ra.

Lockeassumi
aasegui
nteposi
çãoem r
elaçãoàr
eli
gião:

 Nenhum homem t em t
ãocompl etasabedoriaeconheci
mentoquepossadi
tara
for
madar eli
giãodooutrohomem;
 Cadaindi
viduoéum sermor al
,r esponsávelper
anteDeus,ei
stopr
essupõesua
l
iber
dade;
 Nenhumacoer çãoqueécont r
ár i
aav ont
adedoi ndi

duopodeassegur
armais
queumaconf ormidadeapar
ente.

JohnLockev i
veunum per íodoem queaeducaçãoer acontrolapel
aigrej
a.Fundouo
l
iberali
smoconst i
tucional
,queconcebeaoestadosubmet endoaum contrat
o,odireit
o
naturaldapr opr
iedade,frutodotrabal
hoeof undadordov al
oreconómicovit
aldo
tr
abalho.É t ambém f undadordando mét odo psicol
ógico na f
il
osofi
a moder na,
i
nfluenciandooliberali
smodeAdam Smi th(
1723–1790)eRi car
do(1772–1883) .

Atéaépocaqueat uou,Lockefoiofi
l
osofomaismodernoquetinhabem defi
nidosuas
opi
niõespolít
icasef i
losófi
cas.Fezapont eentr
eDescarteeoquev er
iaasero
i
luminismo,er araci
onalist
a,mas acredi
tava na r
evel
ação di
vi
na,achav a que a
exi
stênciadeDeuspodi aserprov
adaraci
onalment
e.

6.Ref
erênci
aBi
bli
ogr
áfi
ca

Bal
l
one Gj- John Locke-
in psi
qWeb- Psi
qui
atr
ia ger
al-I
nter
net
,di
sponí
velem
www.psi
qweb.med.
br,2005
Cobr
a,Rubem Q-JohnLocke.Si
tewww.
cobr
a.pages.
nom.
br,
Int
ernet
,Br
así
l
ia,
1998

4.
7.Jean–JacquesRousseau(1712-1778)

Dadosbibl
iogr
áfi
cos
–Nasceuem Genebr anaSui
ça,a28dejunhode1712,t
endof
aleci
donodi
a2de
Junhode1778,orf
ãodemãeaos10di
as.

Era descendente duma f amíli


a cal
vi
nist
a e que se conv er
teu aos 16 anos ao
cat
olici
smo, graçasahospital
idadedeum colégi
oquelhedav aumar efei
çãocompl et
a
eumagar r
afadev i
nho.
Constaqueaos12anosabandonouaescol aeoscui dadosdot i
oef oiapr
enderum
ofí
cio(apr endi
zdegr avador)
,ondeeleprópri
oafir
maque”apr endeumai sdefraude,
i
ndolênciaedesonestidadedoquedapr ofi
ssão”.(Monroe,1988:255)
.

Maist
ardeaos17anosabandonouoof
íci
oet
ornou-
sev
agabundocomum,dr
ogando-
se.

Metidonum seminár
iodaordem dosLázarosparacompl
etarosseusest
udos,Rosseau
abandoni
o-os,t
endo-
seestabel
ecidoem Lausanecomoprofessordemúsi
ca.

Em 1742,Rosseautransfer
iu-
separaaFrancaondei
nci
ouasuav
idaci
ent
íf
ica,f
oium
fi
l
ósofo,psi
cólogo,
polít
icoepedagogo.

Embor a,segundo ele pr


ópr
io,tenha si
do um meni
no desl
eal,mal
dicent
e,l
adão,
i
ndicente,
cruel
, cobar
deeegoíst
aomesmoéconsi der
adoofil
ófosomai
smodernoda
educação:(DeldimeeRomoulin,
1977:
47).

Av i
dadev agabundagem “t ev
eum mér itodereforçaroseuconheciment odanat ureza”
(Monr oe:
225) ,sedocomopr inci
apaisfontes,asemoçõeseossent i
dos.Protegidopor
MadamedeWar ensi ni
cia a sua educação li
terár
ia,lendo Montaigne,La Br uyer
e,
BossueteVoltaire.Porinfl
uênciadasuapr otet
ora,Rosseauconveteu-seaocrit
ianismo.
Entre1756e1762, Rosseauescreveassuasobr asmaisi mport
antes.ANov aHel oíst
a,
romancesentiment aldequeasengundapar teconstiut
iaum tr
atadodef il
osofi
amor al
,
rel
igi
osaesoci al,foipubli
cadocom êxitoem 1761.

Oseugr andet
rataosobreaeducação,Emí
liooudaeducação, épubl
icadoem Mai
ode
1762eénel equeRosseaubaseiapelapri
meirav ezaartedaeducaçãonaconcepção
ci
etí
fi
cadacr i
ança.Nestemesmoanoépubl icadoocont r
atopolí
ti
cobaseadonuma
i
nsti
tui
çãoondeel et
rabal
hav
a.
Rousseaumorreunodia2deJulhotendosidosepultadonail
hadePeuplir
s.

I
deai
seducaci
onai
sdeRosseau
Aimagem dohomem
ParaRousseauohomem nascebom masaci
vi
li
zaçãoocor
rompe(
Cont
ri
m ePar
isi
,
1985:
223)

I
stosi
gni
fi
caoHomem nascebom ásemelhançaeimagem deDeus,sóqueascoisas
l
evam-
noaoabismo.Pori
ssoel
edefendequeofim daeducaçãoser
iade“
desenv
olver
ohomem nohomem”enuncaodeporf or
adasuareali
dadenatur
al.

Rosseaudef
endiaqueacr i
ançadevi
aapr enderem contactocom anaturezadoqueda
comunhãocom osl iv
rosoudai ntel
igênciadosout r
os.Ast endênciasnaturai
sda
cri
ançadevi
am serdei
xadasmanifestarem-seli
vremente.Parael
e,oessencialnãoera
osabertudooqueexiste,massim,oqueév er
dadeir
ament eúti
lparaobem est ardo
homem.

Teori
aseducaci
onaisdeRousseau
O Homem comobom noseuest adonatur
al,Rousseaudefendi
aqueopapeldo
educadorer
adeaf ast
aracr
iançadosv
íci
osdasociedade,per
miti
ndo-
lhedesabr
ochar
assuaspotenci
ali
dadesi
nat
as.

Paraeleafunçãodeeducadorer
adedesenvol
vernoeducandoacur
iosi
dadepar
aque
porsiprópr
ioel
eati
ngi
sseasabedor
ia(op.cit
.225)
.

Oeducadornãodeveri
asoluci
onarospr obl
emas,massi
m,ofereceraoeducandoos
cami
nhosnecessár
iospar
acompr eeenderoprobl
emaeal
cançarasolução.

A propósito el
e apregoav
a que f
azeicom que o vosso al
uno est
ejaat
ent
o aos
fenómenosda nat ir
eza,maspara ali
ment
ara curi
osidade,eapressarnunca em
sati
sfaze-
las(idem).

Asuateori
aeradequeacri
nçadeviasaberascoi
sas,
por
queascompr
eendeuporsie
nãoporqueastenhasi
dodi
taspel
oeducador.

Oseusist
emadeeducaçãonãoeradeensinaracri
ançamuit
ascoisas,
massim,ode
dei
xarentr
arno cérebr
o as i
dei
as j
ust
as e cl
aras,poi
sar azão e o j
uízo v
em
l
entament
e.(i
bidem)
.

Combat
euener
gicament
easeveri
dadedospr
ofessor
esquer
eagi
am negat
ivament
e
aoer
odoal
uno,puni
ndo-
osf
isi
camente.

Rousseaugrandepedagogodaépoca,defendeuumaescol
aacti
va,ondeoensi
no
devi
areal
izar
-sesem i
mposi
çõesenum cl
i
madepl enal
i
ber
dadedoaluno.

MétodoeducativodeRousseau
Omét odoeducativodeRousseaueraométodonat
ural
-i
ndutuv
oat rav
ésdaobser vação
eexper i
mentação dascoisasnasuanat urezar
eal.Nestemét odo el
edef endiaa
educaçãonatural(nãoporimposição)
,comoum processo(nãof or
çarascriançasa
aprender caisas dos adul t
os)
, simpli
fi
cado ( dramatização, obser
vação e
experi
mentação nat
urai
s) e consi
der
ava a i
mpor
tânci
a da cr
iança ( suas
part
icul
sri
dadesi
ndi
vi
duais)
.

Noseumét
odo,
Rousseauconsi
der
a3t
iposdeeducação,
nomeadament
e.

a)Educaçãodanatureza-queconsi
stenodesenv olvi
mentoint
eri
ordasfacul
dades
edosor gãos.
b)Educação do homem – que consi ste na ut i
li
zação dos conheci
mentos
adqui
ridosparaodesenvol
vi
mentodasf acul
dadesdosor gãos.
c)Educaçãodascoi sas-queconsistenaaqui siçãodasexperiênci
assobreos
obj
ectos.

Nomesmomét odoel
econsider
aaeducaçãonegati
vaaquet endeaperf
eiçoaros
orgãos,inst
rument
osouconheci
ment
osantesdesteserdadodirect
ament
e.Por ém
consider
aaeducaçãoposit
ivaaquetendeaformarprematur
amenteoespí ri
toda
cri
ança.

ObrasessenciasdeRousseau
Rouseeaudefendeuqueaf el
ecidadeeobem est ardoshomenssãodi
rei
tosnaturai
s
detodooindivíduoenãoum previ
légi
oespeci
aldumaclassef
avor
eci
da(domínio).El
e
escrev
eumui t
asobrasnaFrança,dest
acando:

- Adesigual
dadeentreoshomens
- Ocontrat
osocial.
- Emíl
iooudaeducação,queser v
iram dei
nspi
raçãopar
aarev
oluçãof
rancesae
sobr
eopr ocessoeducaci
onal
deacordocom anatur
eza.

Com est
asobrasRousseacri
oumuitosini
migosat
éasuamor
tedosquai
ssedest
aca:
- Pr i
meiromini
str
oFrancesChoisel
- Of il
ósovovol
tai
re.

OparlamentodePar í
scondenouassuasobrasàf oguei
raedecr
etouapr
isãode
Rousseau.Porém,aconsel
hado pelosseussegui
doresest
econsegui
ufugirda
Fr
ançaeexill
ou-senaSui
ça,t
eranatal.

ROSSEAU-Defendeu com unhas e dent


es a eduacação t
radi
cional
,ist
o é,a
tr
ansmi
ssãodevalor
esdosmaisvel
hosparaosmaisnovos.

Tem av
isãodohomem naaut
ori
dadeel
i
ber
dade.

Oseumétodoécom basenumavi
sãoexist
enci
ali
sta-af
ir
maqueohomem nascepré-
det
ermi
nado.Ent
reanatur
ezaeasoci
eadadeRosseaupr ef
ereanat
ureza.Éogr
ande
r
epr
esent
ant
edosexi
stenci
ali
stas.

Tem umav i
sãoexi
stenci
ali
stadosfact
os.
Este aut
oré existenci
ali
sta.Afi
rma que a cri
ança dev
e apr
ender
,dev
eterum
acompanhamentodelongemassem per derocont
rol
o.

Est
eautorut
il
izat
ambém um mét
odonegat
ivonoqualr
eti
raasoci
edadenaeducação
dohomem.

Li
berdadedacr iança/autori
dadedospai s.
Escol
at r
adicional-écr i
ti
cadoporconsi der
aracri
ançacomot ábuar asaondeos
prof
essoreschegam edespej am osconheciment
os.(Métodotradi
cionaléométodo
deexposiçãosem di ál
ogo.O al unoét idocomotábuar asaondesedespejam os
conheci
ment os.Istofoir
efutadopor queoalunoédentet
ordealgum conheci
mentoe
nãopodesert idocomot ábuar asa.)

Def
endequeacr
iançadev
eterl
i
ber
dademascom um acompanhament
odel
onge.

Av isãoexist
encial
i
stadohomem pr econizaqueohomem nascej
ácom af
ormapr
é
determinadaeelesozinhopodeadaptar-
seaomundo.
Opr ofessoréodententordosaber
Ensinoàscr i
anças
Mét odonatural
i
sta,exper
iênci
aeprát
ica.
Paidapedagogi a

Aescolanovadefendeali
berdade-oal
unodeveeésujei
toact
ivo.
Clássi
co-ensino às cri
anças.Mét odo nat
ural
i
sta.Exper
iênci
a,pr
áti
ca.Paida
pedagogi
a/pediat
ra/psi
col
ogia.

Suasi
deias,
suasacçõescompararcom apedagogi
ausadanasescol
asdopaí
s.
I
denti
fi
caroref
lexodasi
deiasdel
esnasapli
caçõespedagógi
casem Moçambi
que

4.
8.JohanHeiri
chPestal
ozzi(1746-
1827)
Teóri
coqueincorpor
ouoafectoàpedagogi
a.
Pestal
ozzi,
nasceuem 1746em Zuri
que,naSui
ça.Fal
eceuem 1827.
NaJuv
ent
ude,
eleabandonouosest
udosr
eli
giosospar
asededi
caráagr
icul
tur
a.
Pest
alozzi
afi
rmav
aqueaeducaçãopoder
iael
evaroshomens.
A obr
adest
eaut
orcont
ri
buimui
to não só par
afazerumagr
andeadapt
ação na
educaçãopúbl
i
cacomot
ambém par
ainf
luenci
arr
eisegov
ernant
esapensar
em na
educaçãodopov
o,dopédescal
ço,
daper
if
eri
adaci
dadeenãosóaoci
dadãoqueer
a
consi
der
adoaquel
elquehabi
taaci
dadeecom ci
vi
li
dade.Ci
vi
taci
vi
tat
es.

Pestal
ozzi
eosfundamentosPsicol
ogicosdaEducação
Par
aament al
i
dadecontemporânea,amortal
véznãosejaapr
imei
rapal
avr
aquev
enha
ácabeçaquandosef
alaem ci
ênci
a,mét
odoout
eór
ia.Masoaf
ect
otev
epapelcent
ral
na obr
a de pensador
es que l
ançar
am os f
undament
os da Pedagogi
a moder
na.
Nemhum del
esdeumai
simpor
tânci
aaoamor
,em par
ti
cul
araoamormat
erno,
doque
oSui
çoJohanHei
ri
nchPest
alozzi
.

Ant
eci
pandoconcepçõesdomov
iment
odaEscol
aNov
a,quesósur
gianav
iradado
sécul
oXI
Xpar
aXX,Pest
alozziaf
ir
mav
aqueaf
unçãopr
inci
paldoensi
noél
evaras
cr
iançasadesenv
olv
ersuashabi
l
idadesnat
urai
sei
nat
as.“segundoel
e,o amor
def
lagr
ao pr
ocesso deaut
o-educação”
,di
sseaescr
it
oraDor
aIncont
ri
,umadas
poucasest
udi
osasdePest
alozzi
noBr
azi
l
.
A escol
aideal
i
zadaporPest
alozzidev
eri
asernãosóumaf
ormadeof
ereceruma
at
mosf
eradesegur
ançaeaf
ect
o.Aocont
rár
iodemui
tosdeseuscont
empor
âneos,o
pensadorsui
çonãoconcor
dav
atot
alment
ecom el
ogi
odar
azãohumana.Par
ael
e,só
oamort
inhaf
orçasal
vador
a,capazdel
evarohomem ápl
enar
eal
izaçãomor
al-i
stoé,
encont
rarconsci
ent
ement
e,dent
ro de si
,a essênci
a di
vi
na que l
he dá l
i
ber
dade.
“Pest
alozzichegaaopont
odeaf
ir
marquear
eli
giosi
dadehumananascedar
elação
af
ect
ivadacr
iançacom amãe,pormei
odasensaçãodepr
ovi
dênci
a”,di
sseai
nda
Dor
aIncont
ri
.

3.TEÒRI
ASDEPESTALOZZI
ATeor
iadePest
alozzibaseou-
senai
ndi
vi
dual
idadedaCr
iança,
enasuav
isão,
ela se
desenv
olv
ededent
ropar
afor
a-I
dei
aopost
aaconcepçãodequeaf
unçãodoensi
noé
pr
eenchê-
ladei
nfor
mação.Par
aopensadorsui
ço,um doscui
dadospr
inci
pai
sdo
pr
ofessordev
eri
aserr
espei
tarosest
agi
osdedesenv
olv
iment
opel
osquai
sacr
iança
passa.Darat
ençãoásuaev
olução,ássuaapt
idõesenecessi
dades,deacor
docom
di
fer
ent
esi
dades,er
a,par
a Pest
alozzi
,par
tedeumami
ssãomai
ordoeducador
,ade
saberl
erei
mit
aranat
ureza-em queomét
odopedagógi
codev
eri
asei
nspi
rar.
“Acr
iançaer
aum serpur
o,bom em suaessênci
aepossuiumanat
urezadi
vi
naque
dev
eri
a sercul
ti
vada e descober
ta par
a at
ingi
ra pl
eni
tude.O pensadorsui
ço
cost
umav
acompar
aroof
íci
odopr
ofessoraodoJar
dinei
ro,
quedev
iapr
ovi
denci
aras
mel
hor
escondi
çõesext
ernaspar
aqueaspl
ant
assegui
ssem seudesenv
olv
iment
o
nat
ural
.El
egost
avadel
embr
arqueasement
etr
azem sio“
Proj
ect
o”daár
vor
etoda.

Ar
evol
uçãosui
ça(
1799)hav
ial
i
ber
adoacl
assedespr
otegi
dae,segundoPest
alozzi
,
soment
e a educação poder
á cont
ri
bui
rpar
a que o pov
o conser
vasse os di
rei
tos
conqui
stados.

4.ORGANI
ZAÇÃODAESCOLADEPESTALOZZI
NaI
nst
it
uiçãodePest
alozzi
,quecont
avacom meni
nosej
ovens,mest
reseal
unos
per
maneci
am j
unt
osodi
aint
eir
o,dor
mindoem quar
toscomuns.O di
aescol
arer
a
i
ntensoev
ari
ado:r
ezav
am,t
omav
am banhoef
azi
am oj
ejum,f
azi
am aspr
imei
ras
l
i
ções,hav
endosempr
eum cur
toi
nter
val
oent
reasmesmas.Al
moçav
am,br
icav
am e
r
ecomeçav
am as aul
as.Das 8 ás 17 hor
as,as act
ivi
dades,or
gani
zadas,er
am
desenv
olv
idasdemanei
raf
lexi
vel
.Duast
ardesporsemanaer
am l
i
vresouosal
unos
f
azi
am excur
sões.
Aor
gani
zaçãodaescol
aer
asi
mpl
es,sendoquef
icav
am numat
urmaosquet
inham
menosdeoi
toanos;eem out
ra,acl
assei
nfer
ior
,fi
cav
am osmeni
nosdeoi
toaonze
anosenasuper
ior
,osdeonzeadezoi
toanos.

4.PRI
NCI
PIOSECONTRI
BUI
ÇÕESEDUCACI
ONAI
SDEPESTALOZZI
4.
1)PRI
NCI
PIOS
SegundoFr
eder
ickEbyquer
esumecom cl
arezaospr
incí
pioseducaci
onai
sde
Pest
alozz
i,
r
elaci
onamosasegui
r;

1)“
Aeducaçãocomeçacom aper
cepçãodeobj
ect
osconcr
etos,
odesempenhode
acçõesconcr
etaseexper
iênci
ader
espost
asemoci
onai
sreai
s(.
..
.)
2)Pesqui
souasl
eisf
undament
aisdodesenv
olv
iment
o.
3)Foi
opr
imei
roat
ent
arf
undament
araeducaçãonodesenv
olv
iment
oor
gâni
co
mai
squeat
ransmi
ssãodei
dei
as.
4)Psi
col
ogi
zouaeducação.Quandonãohav
iaci
ênci
apsi
col
ógi
cadi
gnadesse
nome,
embor
ael
epr
ópr
iot
ivesseapenasasmai
svagasnoçõessobr
ea
nat
urez
adament
ehumana,
Pest
alozzi
viucl
arament
equeumat
eor
iaeuma
pr
áti
cacor
ret
asdeeducaçãodev
iam serbaseadasnumat
alci
ênci
a.
5)Pest
alozzi
rev
oluci
onouadi
sci
pli
na,
baseado-
senaboav
ont
ader
ecí
procaena
cooper
açãoent
real
unoepr
ofessor
.
6)Deunov
oimpul
soáf
ormaçãodepr
ofessor
eseaoest
udodaeducaçãocomo
umaci
ênci
a.
7)Vár
iosr
ecur
sosmet
odol
ógi
cosnov
osdev
em suaor
igem aPest
alozzi
”.
8. Pest
alozzi e sua equi
pe el
abor
am mat
eri
ais pedagógi
cos v
olt
ados a
Mat
émat
ica,
Ciênci
a,geogr
afi
a,hi
stór
ia,
emúsi
ca.

6.PRI
NCI
PAI
SOBRASDEPESTALOZZI
Em 1782,expr
essouassuasi
dei
asnoseu1ºl
i
vro:LEORNARDOEGERTRUDES;que
r
etr
ataav
idanumapobr
eemesqui
nhaal
dei
aSui
ça.
Em 1792,escr
eveoseul
i
vromai
ser
udi
to:MI
NHASI
NVESTI
GAÇÕESSOBREOCURSO
DANATUREZANO DESENVOLVI
MENTO DARAÇAHUMANA;Aobr
aér
ecebi
dasem
ent
usi
asmo.
Dessemodo,
oapr
endi
zadoser
ia,
em gr
andepar
te,
conduzi
dopel
opr
ópr
ioal
uno,
com
basenaexper
iment
açãopr
áti
caenav
ivênci
aint
elect
ual,sensor
ialeemoci
onaldo
conheci
ment
o.
Éai
déi
ado“apr
enderf
azendo’
,ampl
ament
eincor
por
adapel
amai
ori
adasescol
as
pedagógi
caspost
eri
oresaPest
alozzi
.Omét
ododev
eri
apar
ti
rdoconheci
dopar
ao
nov
o edo concr
eto par
ao abst
rat
o,com ênf
asenaacção enaper
cepção dos
obj
ect
os,mai
sdoquenaspal
avr
as.Oquei
mpor
tav
anãoer
atant
oocont
eúdo,
maso
desenv
olv
iment
odashabi
l
idadesedosv
alor
es.

4.
9.GeorgWilhel
m Fri
edr i
chHegel(1770-
1831)
Ori
gem:Wiki
pédia,aenciclopédi
ali
vre.
I
rpara:
navegação,pesquisa
Geor
gWi
lhel
m Fr
iedr
ichHegel

Geor
gWi
l
hel
m Fr
iedr
ichHegel

Nasci
ment
o 27 de agost
o de
1770
Estugar
da,
Alemanha

Fal
eci
ment
o 14 de novembro
de1831
Ber
li
m,Alemanha

Naci
onal
idade Al
emão

Escol
a/t
radi
ção I
deali
smo, Romanti
smo,
Hegel
iani
smo(
fundador
)

Pr
inci
pais Lógica, Epistemol
ogi
a,
i
nter
esses Estéti
ca,Met
afí
sica,Teol
ogi
a,
Históri
a

I
déi
asnot
ávei
s Di
alét
ica,
ideal
i
smoabsol
uto

I
nfl
uênci
as Kant, Goet he, Spi noza,
Rousseau, Descart
es,
Maquiavel, Montesqui
eu,
Fi
chte,Schell
i
ng

I
nfl
uenci
ados Marx, Croce, Jovens
Hegel
ianos,Sti
rner,Escol
ade
Fr
ankfurt
,Lukács,Habermas

AWikipédi
apossuio
Por
taldefil
osof
ia

Geor gWilhel
m Friedri
chHegel( Est
ugarda,27deagostode1770— Ber l
im,14de
nov embr
ode1831)f oium fi
l
ósofoalemão.Recebeusuaf
ormaçãono"
TübingerSt
if
t"
(seminári
o daIgrejaProtest
anteem Wür tt
emberg)
,ondemanteveamizadecom o
futurof
il
ósofoFri
edrichSchel
li
ng.
Deixaram-
lhe fasci
nado as obras de Spinoza,Kante Rousseau,assim como a
RevoluçãoFrancesa.Muitosconsi
deram queHegelr epr
esentaocumedomov iment
o
al
emãonoqueser efer
eaoi deal
ismof i
losófi
codosécul oXIX,eque,dev
idoaele,
houveum impact oprof
undonomat eri
ali
smohi st
óri
codeKar l
Marx.

Í
ndice
[
esconder
]

 1For
mação

 2Obr
a

 3Teor
ia

 4Segui
dor
es

 5Pr
inci
pai
sobr
as

 6L i
gaçõesext
ernas
[
edi
tar
]For
mação

Hegelest udounosemi náriodeTubi ngacom opoet aépicoFriedri


chHöl derli
neo
i
dealista objeti
v o Schell
ing.Os t r
ês est i
veram at ent
os ao desenv olv
iment o da
Revolução Fr ancesa e col aboraram em uma cr ít
ica das fil
osofias idealistas de
I
mmanuelKantedeseusegui dor
,Fichte.Obr asdeI mmanuelKantquel hecausar am
grande impressão,al ém de t erse f amiliar
izado com as obr as de Jean- Jacques
Rosseau.Depoi sdet erset ornadot utorem Ber naeem Fr ankf
ur t
,Hegelcomeçoua
l
ecionarnaUni versi
dadedeJena,ondeper maneceude1801a1806.Apósav it
óriade
Napol eão,HegelabandonouJenaeset ornour ei
tordaescol adelatim em Nur enberg.
Em 1816ocupouumacát edraem Hei delberg.SuscedeuFi cht
ecomopr ofessorde
fi
l
osof iaem Ber l
im em 1818, postoqueocupouat ésuamor t
e.

[
edi
tar
]Obr
a

Apr imeiraeamai simpor t


antedasobr asmaioresdeHegelésuaFenomenol ogiado
Espíri
to( ou fenomenol ogia da ment e).Em v i
da,Hegelai nda vi
u publi
cada a
Enciclopédi
a das Ciências Fil
osófi
cas,a Ciência da Lógica,e os (El
ementos da)
Fil
osof i
adoDi r
eit
o.Váriasout r
asobrassobreaf il
osof
iadahi stór
ia,
rel
igi
ão,
estét
icae
a históri
a da fil
osofi
af oram compi l
adas a part
irde anot ações f
eit
as porseus
estudantes,t
endosido,por t
anto,publ
icadaspostumament e.
[
edi
tar
]Teor
ia

Fil
ósof odaTotali
dade,doSaberabsol ut
o,doFi m dahi st
óri
a,daDeduçãodet oda
real
idadeapartirdoConceit
o.Fil
osofi
adaI denti
dade,quenãoconcebeespaçopar ao
contigent
e,paraadifer
ença.Fil
ósofodoest adopr ussi
ano,quehipostasi
ouoEst ado.
Todasessassãoal gumasdasr ecepçõesdaf i
losofi
adeHegelnacont emporanei
dade.
Difí
cildi
zerat
équepont oessasquali
fi
caçõessãoj ustasparacom afi
losofi
ahegeli
ana.

Ademai s,asobrasdeHegelpossuem af amadeser em difí


cei
s,dev idoàampl itudedos
temasquepr etendem abarcar.Dizaanedot a( possivel
ment ev erdadeir
a)quequando
saiuat raduçãof r
ancesadaFenomenol ogiadoEspí ri
to,muitosest udiososal emães
foram tent arestudaraFenomenol ogiapel at
raduçãof rancesa,par a"verseent endiam
mel hor"oár i
dot extohegel
iano.Of at
oéqueaf i
losofiahegelianaér ealment edifíci
l
,
embor ai ssonãosedev anecessariament eaumaconf usãonaescr i
tahegeliana.Afinal
,
Hegeler a críti
co das fil
osofias claras e disti
ntas,uma v ez que o negat ivo era
const i
tuti
v odaont ologi
aparaHegel .Nest esentido,acl ar
ezanãoser iaadequadapar a
conceituaroobj eto.Incl
usi
v e,Hegelcr i
ticatambém aconcepçãodoconcei tocomo
represent ação(nosent i
dodepr esentif
icarnovament e,presenti
ficarumaausênci a).

Hegeli ntr
oduziuum si stemapar acompr eenderahi stóriadaf il
osof iaedomundo
mesmo,chamado ger alment e di alét i
ca:umapr ogr essão na qualcadamov iment o
sucessi vosurgecomosol uçãodascont radi
çõesi ner entesaomov i
ment oant erior.Por
exempl o,a Rev ol ução Fr ancesa const it
ui,para Hegel ,a i ntr
odução da v er dadei ra
l
iberdadeàssoci edadesoci dent aispel aprimeirav eznahi stóri
aescr it
a.Noent ant o,
precisament eporsuanov i
dadeabsol uta,étambém absol utament er adical:porum l ado,
oaument oabruptodav iolênciaquef ezf al
tapar ar eal i
zarar evoluçãonãopodedei xar
de sero que é,e,porout rol ado,j á consumi u seu oponent e.A r evolução,por
consegui nte,já não podev oltar -
separ anada al ém deseu r esul tado:a l i
berdade
conqui stadacom t antaspenúr iaséconsumi daporum br utalRei nadodoTer r
or .A
hist
ór i
a,nãoobst ante,progr i
deapr endendocom seuser ros:soment edepoi sdest a
exper i
ência,epreci sament eporcausadel a,podesepost ularaexi stênciadeum Est ado
const i
tucionaldeci dadãosl ivres,queconsagr at ant oopoderor ganizadorbenév olo
(supost amente)dogov er nor acionaleosi deai
sr evolucionáriosdal iberdadeeda
i
gualdade.

Det odomodo, adialéti


caéumadasmui taspar tesdosistemahegelianoobj etodemá
compr eensão ao l ongo do t empo. Possivelmente,uma daz r azões par at al
compr eensãosedev eaof atodeque,paraHegel ,épreci
soabandonarai déiadequea
contradi
ção produz um obj etov azi
o de cont eúdo.Ou sej a,Hegeldá di gni
dade
ontológi
caparaacont radi
ção,bem comopar aonegat i
vo.Porout r
ol ado,Hegelnão
queriacom issodi zerqueabsur doscomo,porexempl o,pensarqueum quadr ado
redondo fosse possível.Talv
ez um mel horexempl o da digni
dade ont ológi
ca da
contradi
çãoépensar mosnosconcei t
osar i
stotéli
cosdepot ênci
aeat o( um serqueé
aomesmot empopot ênci
aeat o)ouent ãonaconcepçãodosobj et oscomounoe
múltipl
osaomesmot empo.
Nasexpl i
caçõescontempor âneasdohegel ianismo-par aosest udantesuni v
ersi
tários,
porexempl o-adi al
éticadeHegelger al
ment eapar ecefragment ada,porcomodi smo,
em trêsmoment oschamados:t ese(em nossoexempl o,arevolução),antí
tese(ot error
subsequente)easí ntese(oest adoconstitucionaldeci dadãosl i
vres).Noent ant o,
Hegelnãoempr egoupessoal ment eessacl assifi
caçãoabsol utament e;elafoicriada
anter
iormenteporFicht eem suaexpl i
caçãomai soumenosanál ogaàr elaçãoent r
eo
i
ndiví
duoeomundo.Osest udiosossériosdeHegelnãor econhecem,em ger al,a
val
idadedestaclassi
ficação,aindaquepossi velmentetenhaal gum valorpedagógico.

Hegelut ili
zou-
sedest esi stemapar aexplicart
odaahi stór
iadaf i
l
osof i
a,daci ência,da
arte,dapol í
ti
caedar el
igião,masmui toscr í
ticosmoder nosassi nalam queHegel
geralment epareceanal isarsuper f
icialmenteasr ealidadesdahi stóri
aaf im deencai xá-
l
asem seumodel odialético.Kar lPopper ,crí
ti
codeHegelnaSoci edadeAber taeSeus
Inimigos,opinaqueosi stemadeHegelconst i
tuiumaj usti
f i
caçãot enuement ev elada
dogov er nodeGui l
hermeI IIequeai déiahegeli
anadequeoobj etivoulteri
ordahi stória
échegaraum Est adoqueassemel ha- secom aPr ússiadadécadade1831.Est av i
são
deHegelcomoapol ogistadopoderest atalepr ecursordot otal
itar
ismodosécul oXX
foicrit
icadami nuciosament eporHer bertMar cuseem RazãoeRev ol
ução:Hegeleo
surgiment odat eori
asoci al,argument andoqueHegelnãof ezapol ogiaanenhum
Estadonem f ormadeaut ori
dadesi mpl esmentepor queest esexi st
iram;par aHegel ,o
Estado dev e ser sempr er acional .Ar t
hur Schopenhauer despr ezou Hegelpel o
histori
cismodest eet axouaobr adeHegel depseudo- fil
osofia.

Comov emos,aobr ahegel i


anaéf ont
edei númer
ascont r
ovérsias,massem dúv i
daa
fi
losof
ia,namai orpar
tedoscasos,nãodei xadeser ef
eriraHegel ,namedidaem que
seconst i
tuicomoant i
-hegeli
ana.Além di
sso,vár
iastr
adiçõesf il
osófi
casreivi
ndi
cam
al
gum legadoHegel i
ano,embor aem geralnãoseauto-i
ntit
ulem hegeli
anas.Exemplos
dessast r
adiçõessãoapr agmati
sta,adaescoladefr
ankfurtealgunsmar xi
stas.

[
edi
tar
]Segui
dor
es

Apósamor tedeHegel ,seussegui doresdividi


ram- seem doi scampospr incipai
se
contrários.Oshegel i
anosdedi r
eit
a,discí
pulosdiret osdof i
lósofonaUniversidadede
Berli
m,def enderam aor todoxi
aev angéli
caeoconser vadorismopolíti
codoper í
odo
posterioràr estauraçãonapol eôni
ca.Osdeesquer dav ieram aserchamadosdej ovens
hegelianosei nter
pretaram Hegelem um sent i
dor ev olucionári
o,oqueosl ev ouase
aterem aoat eísmonar eli
giãoeaosoci ali
smonapol ít
ica.Entreoshegel ianosde
esquer daencont r
a-seBr unoBauer ,LudwigFeuer bach,Dav i
dFr i
edri
chSt r
auss,Max
Stir
nere,o mai sfamoso,Kar lMar x.Osmúl t
iplosci smasnest afacção l evar
am,
fi
nalment e,aoi ndi
v i
duali
smoegoí stadeSt i
rnereàv ersãomar xi
anadocomuni smo.

Nosécul oXX af i
losofi
adeHegelexper i
mentouum gr anderenasci
ment o:talfat
o
deveu-seem parteport ersidodescober
toereaval
iadocomopr ogenit
orf i
l
osóficodo
mar xi
smopormar xi
stasdeor i
entaçãofi
l
osófi
ca,em par
tedevidoaum r essurgi
mento
da perspect
iva histór
ica que Hegelcolocou em tudo,e em par te ao crescent
e
reconheci
mento da i mpor t
ânci
a de seu mét odo di
aléti
co.Algumas f i
guras que
rel
acionam-secom esterenasci
mentosãoGeor gLukács,HerbertMarcuse,Theodor
Adorno,ErnstBloch,Al
exandreKojeveeGot tar
dGünthe.O renasci
mentodeHegel
também col ocou em r
elevoai mportânci
a de suas pr
imei
ras obr
as,ou seja,as
publi
cadasantesdaFenomenologiadoEspír
it
o.

Masnãosóost eóricosdaescol
adeFr ankfur
tv i
rarum renasci
mentodafil
osofi
a
hegeli
ana,comot ambém muitosfi
losóf
osnaFr ança,em geralapósocursohoje
famosodeKoj èv
e.Dent r
eest
es,podemoscitarSartr
e,Mauri
ceMer l
eau-
Pont
y,Lacan,
Hippol
yteentr
eoutros.

Domesmomodo,ost eór
icospragmati
stascomoRober tBrandonapr ovei
tar
am os
aspect
oscomunit
ari
stasdafil
osof
iahegel
iana.Nav erdade,est
aapr opr
iaçãodeHegel
pel
ospragmat
ist
ascomeçoucom ospr i
meirosfi
lósofospragmat i
stas.

[
edi
tar
]Pr
inci
pai
sobr
as

 FenomenologiadoEspí ri
to(PhänomenologiedesGeistes),
1806
 Ciênci
adaLógi ca(WissenschaftderLogik)
, 1812-
1816
 Encicl
opédi
a das Ci ências Fil
osóficas (Enzykl
opaedie der phi
l
osophi
schen
Wissenschaf
ten),1817-1830
 El
ement osdaFi l
osofi
adoDi rei
to(Grundli
nienderPhil
osophiedesRecht
s),
1817-
1830

[
edi
tar
]Li
gaçõesext
ernas

Hegel

ADi
alét
ica

OI
deal
ismoLógi
co:Hegel

Com o i deal
i
smo absolut o de Hegel,o i deal
ismo f enomênico kanti
ano alcança
l
ogicamente o seu vér
tice metafí
sico.Hegelf i
ca fielao histori
cismo romântico,
concebendo a r
eal
idade como v ir
-a-ser
,desenv olvi
ment o.Estev i
r-a-
ser,porém,é
raci
onali
zadoporHegel,elevadoapr ocessodi al
éti
co;eest eprocessodial
éticonãoé
um mov i
mentoaquoadi quod, esi
m um pr ocessocir
cular,emanenti
sta.

JorgeGui l
hermeFr edericoHegelnasceuem St utgart,em 1770.Est udout eologi
ae
fi
losofi
a.Inter
essou-sepel ospr oblemasr el
i
giososepol í
ti
cos,simpat izando-sepelo
cri
tici
smo e peloi luminismo;em segui da se dedi cou ao hi st
oricismo r omântico.
Aproximou-sedossi stemasdeFi chteedeSchel l
ing,afastando-sedel esem segui da
atécombat ê-l
osquandopr of
essornasuni versidadesdeJena,Hei delbergeBer li
m.
Nessa últi
ma uni versi
dade lecionou até há mor t
e,adqui r
indo grande r enome e
exercendovastainf
luência.Faleceuem 1831v í
timadecól era.Renunciara,entrementes,
aos ideai
sr evol
ucionários e crít
icos,paraf avoreceras t endênci
as absol ut
ist
as e
i
ntr
ansi
gent
esdoest
adopr
ussi
ano.

Em seus úl t
imos anos,t or
na- se suspeito de panteí
smo;al guns o ri
diculari
zaram
(apeli
dando-
o deAbsol ut
usv on Hegel i
ngen);corr
eo boat o dequeel eduv idada
i
mor tali
dade da alma.Na r ealidade,Hegeler a ao mesmo t empo sufi
cientement e
prudenteesuf ucient
ement eher méticoparaqueset ornassemuitodifí
ci lfazer-l
he
acusaçõesprecisasdessaor dem!Opoet aHeinri
chHei ne,queseguiuseuscur sosde
1821 a 1823,cont a,no ent anto,que el e,um dia,r espondeu br
uscament e a um
estudantequelhef al
av adoPar aíso:"Osenhorentãopr eci
sadeumagor jetapor que
cuidoudesuamãeenf er
maepor quenãoenv enenouninguém! "Em t
odocaso, of ut
uro
most rar
iaamplamentequeaf il
osof i
adopensadorof i
cialdamonarquiaescondi aum
grandepoderexplosivo!

Comoaf i
l
osofiadeSpi noza,adeHegeléumaf i
l
osof iadai nteli
gibi
li
dadet otal
,da
i
manênci aabsoluta.A r azão aquinão éapenas,como em Kant ,o entendiment o
humano, oconjuntodospr i
ncípiosedasr egrassegundoasquai spensamosomundo.
Elaéigualmentear eali
dadepr ofundadascoi sas,aessênci adopr ópr i
oSer.Elaénão
sóum mododepensarascoi sas, masopr ópri
omododeserdascoi sas:"Or aci
onalé
realeorealér aci
onal".Podemos,por t
anto,considerarHegelcomoof i
lósofoideal
ista
porexcelênci
a,umav ezque,par aele,of undodoSer( longedeserumacoi saem si
i
nacessível
)é,em def i
nit
ivo,Idéia,Espír
it
o.Suaf i
l
osofiar epr
esenta,aomesmot empo,
com rel
açãoàcr ít
icakantianadoconheci ment o,um retornoàont ologia.Éoserem sua
total
i
dadequeési gnifi
cativoecadaacont ecimentoparticularnomundosót em sentido
fi
nalmenteem f unçãodoAbsol ut
odoqualnãoémai sdoqueum aspect oouum
moment o.

Hegelpor ém se di sti
ngue de Spi noza e surge par a nós como um f il
ósof
o
essencial
ment emoder no,pois,par aele,omundoquemani festaaI déianãoéuma
natur
ezasemel hanteasimesmaem t odosost empos,quedi zi
aqueal eit
urados
j
ornaisera" suaprecemat inalcoti
diana",comotodososseuscont emporâneos,muit
o
meditousobr eaRev oluçãoFr ancesa,eest alhemost r
aqueasest r
uturassociai
s,
assim comoospensament osdoshomens,podem sermodi ficadas,subvert
idasno
decursodahi st
ória.Oquehádeor i
ginalem seuideal
ismoéque, paraHegel,aidéi
ase
manifesta como pr ocesso histór
ico:" A hi
stór
ia univ
ersalnada mai s é do que a
manifestaçãodar azão".

As pr inci
pais obras de Hegelsão:A Fenomenol ogi
a do Espí ri
to;A Lógica;A
EnciclopédiadasCi ênciasFi losófi
cas;AFil
osof
iadoDi r
eito.Foium gêniopoderoso;
suacul tur
afoi v
astíssi
ma, bem comoasuacapaci dadesistemática,t
antoassi
m quese
podeconsi deraroAr i
stóteleseoTomásdeAqui nodopensament ocontempor
âneo.No
entanto,freqüentementedef ormaosf at
osparaenquadrá-l
osnoesquemal ógicodo
seusi stemar acionali
sta-dial
ético,bem comoal t
eraestepori nt
eressesprát
icose
pol
íticos.

Éprecisocompreendert
ambém queahi
stór
iaéum pr
ogresso.Ovi
r-
a-serdemuit
as
per
ipéciasnãoésenãoahist
óri
adoEspí
ri
touni
ver
salquesedesenvol
veeser eal
i
za
poret apassucessi vaspar aat i
ngi r,nof inal,apl enaposse,apl enaconsci ênci adesi
mesmo." Oabsol uto,di zHegel ,sónof i
nalser áoqueel eénar eali
dade" .Opant eísmo
deSpi nozai dent ifi
cav aDeuscom anat ureza:Deussi venat ura.Opant eí
smohegel iano
i
dent if
icaDeuscom aHi stória.Deusnãoéoqueé-aomenossóépar cialemui to
prov isoriament eoqueat ual ment eé-Deuséoqueser ealizar ánaHi stór i
a.( Nest e
sent ido,ai nda há al go de hegel iano na f i
losof i
a de Tei l
har d de Char din).Por
consegui nte,ahi st ór i
a,paraHegel ,éumaodi sséi adoEspí rit
oUni versal",em suma,se
nosper mi tem oj ogodepal av r
as,uma" teodi sséi a".Consi deremosahi stóriadat erra.
Dei níciosóexi stem mi nerais,depoi s,veget aise,em segui da,ani mai s.Nãot emosa
i
mpr essãodequeser escadav ezmai scompl exos,cadav ezmai sor ganizados,cada
vez mai s aut ônomos sur gem no Uni verso? O Espí ri
to,de i nício ador meci do,
dissimul adoecomoqueest ranhoasimesmo," alienado"nouni verso,sur gecadav ez
mai smani festament ecomo or dem,como l iber dade,l ogo como consci ênci a.Esse
progr essodoEspí ritocont i
nuaeseconcl uiráat rav ésdahi st óriadoshomens.Cada
pov o cada ci vil
ização,de cer to modo,t em pormi ssão r eal i
zarumaet apa desse
progr essodoEspí rito.O Espí r
itohumanoédei ní cioumaconsci ênciaconf usa,um
espí rit
opur ament esubj etiv
o, éasensaçãoi medi at a.Depoi s,eleconsegueencar nar-se,
objet ivar-sesobaf ormadeci vili
zações,dei nst i
tui çõesor gani zadas.Taléoespí rito
objet ivoqueser eal i
zanaqui l
oqueHegelchamade" omundodacul tura".Enf im,o
Espí rit
o se descobr e mais cl ar ament e na consci ênci a artística e na consci ênci a
reli
gi osapar af inal ment eapr eender -senaFi l
osof i
a( not adament enaf i
losofiadeHegel ,
quepr etendet ot alizarsobsuaal çadat odasasout rasf i
losofi
as)comoSaberAbsol uto.
Dessemodo,af ilosof iaéosaberdet odosossaber es:asabedor iasupr emaque,no
fi
nal ,total i
zat odasasobr asdacul tura(ésónocr epúscul o,dizHegel ,queopássar ode
Mi ner val evantav ôo) .Compr eendemos bem,em t odo caso,que,nessa f il
osof ia
pur ament ei manent ista,Deussóser eali
zanahi st ória.Em out raspal av r
as,af ormade
civili
zaçãoquet riunf aacadaet apadahi stóriaéaquel aque, naquel emoment o, melhor
expr imeoEspí r
ito.Apóst ersaudadoem Napol eão" oespí ri
touni versalacav alo",Hegel
veránoest adopr ussi anodeseut empoaexpr essãomai sperfei t
adoEspí r
itoAbsol uto.
Porconsegui nte,Hegelédaquel esqueacham queaf orçanão" oprime"odi r ei
to( essa
fórmul a,abusi v ament eatri
buí daaBi smar ck,nadasi gnifi
ca),masqueoexpr ime,que
aquel equeév i
tor iosonaHi stóriaé,si mul taneament e,omai sdot adodev alorequea
virtude, comoel edi z,"expri
meocur sodomundo" .

Segundo asnor masdal ógi caclássi


ca,essai denti
fi
cação daRazão com o Dev i
r
histór
icoéabsol utament epar adoxal
.Def at
o,al ógi
caclássicaconsi
der aqueuma
proposiçãof icademonst r
adaquandoér eduzida,identi
fi
cadaaumapr oposiçãoj á
admi t
ida.Al ógi cav aidoidênt i
coaoi dênti
co.Ahi stóri
a,aocontrár
io,éodomí niodo
mut ável.Oacont ecimentodehoj eédi f
erentedodeont em.Eleocont radiz.Apli
cara
razãoàhi stória,porconsegui nt
e,seriamost rarqueamudançaéapar ente,queno
fundot udoper manecei dêntico.Apli
cararazãoàhi st
óri
aserianegarahistóri
a,recusar
ot empo.Or a,cont rari
andot udoisso,oracionalismodeHegelcol ocaodev ir,
ahistóri
a,
em primeiropl ano.Comoi ssoépossí vel
?

Épossí
velpor
queHegelconcebeum pr
ocessor
acionalor
igi
nal-oprocessodial
éti
co-
noqualacontradi
çãonãomai séoquedev eserevit
adoaqual querpreço,mas,ao
contrári
o,set ransf ormanopr ópr i
omot ordopensament o,aomesmot empoem queé
omot ordahi stória,jáqueest aúlti
manãoésenãooPensament oqueser eali
za.
Repudiandoopr incípiodacont r
adiçãodeAr i
stótelesedeLei bni
tz,em v i
rtudedoqual
umacoi sanãopodesere,aomesmot empo,nãoser ,Hegelpõeacont radi
çãono
próprionúcl eodopensament oedascoi sassi mul t
aneament e.O pensament onãoé
mai sest áti
co,elepr ocedepormei odecont r
adiçõessuper adas,dat eseàant ít
esee,
daí,àsint ese,comonum di ál
ogoem queav erdadesur geapar t
irdadi scussãoedas
contradições.Umapr oposi
ção( t
ese)nãopodesepôrsem seoporaout ra( antí
tese)
em queapr i
meiraénegada, t
ransformadaem out raquenãoel amesma( "ali
enada" )
.A
pri
mei rapr oposiçãoencont rar-
se-áfinal
ment et r
ansf or
madaeenr i
quecidanumanov a
fórmulaqueer a,ent r
easduaspr ecedentes,umal igação,uma" medi ação"(síntese).

ADi
alét
ica

Adi al
éti
capar aHegeléopr ocedi mentosuper i
ordopensament oé,aomesmot empo,
repeti
mo- la,"amar chaeor itmodaspr ópriascoi sas".Vej amos,porexempl o,comoo
conceitof undament aldeserseenr i
quecedi aleti
cament e.Comoéqueoser ,essa
noção si mul taneament e a mai s abstrata e a mai sr eal,a mai sv azia e a mais
compr eensi va( essanoçãoem queov elhoPar mêni dessef echava:oseré,nadamai s
podemosdi zer),transforma-seem out racoi sa?Éem v irtudedacont r
adiçãoqueesse
conceitoenv olve.Oconcei t
odeseréomai sger al,mast ambém omai spobre.Ser,sem
qualquerqual i
dadeoudet ermi nação-é, em úl ti
maanál ise, nãoserabsolutament enada,
énãoser !Oser ,pur oesimples, equiv
aleaonão- ser( ei
saant í
tese).Éfácilverqueessa
contradi
çãoser esolvenov i
r-a-ser(postoquev ir-
a-serénãomai sseroqueseer a)
.Os
dois cont rários que engendr am o dev ir( síntese),aíse r eencontr
am f undidos,
reconcil
iados.

Vejamosum exempl omuitocél ebredadialéti


cahegel i
anaqueser áum dospont osde
partida da refl
exão de Kar lMar x.Trata-se de um epi sódio dial
ético t
ir
ado da
Fenomenol ogiadoEspí ri
to,odosenhoreoescr avo.Doishomensl utam entresi.Um
delesépl enodecor agem.Acei taarri
scarsuav idanocombat e,mostrandoassim queé
um homem l ivr
e, super
ioràsuav i
da.Oout r
o, quenãoousaar ri
scarav ida,évenci
do.O
vencedornão mat a o pri
sioneiro,ao contrário,conserva-o cui
dadosament e como
testemunhaeespel hodesuav itóri
a.Taléoescr avo,o"ser
vus",aqueleque,aopéda
l
etra, f
oiconservado.

a)Osenhorobr igaoescr avo,aopassoqueel eprópriogozaospr azer


esdav i
da.O
senhornãocult
ivaseuj ardim,nãof azcozerseusalimentos,nãoacendeseufogo:ele
tem oescravopar aisso.Osenhornãoconhecemai sosr i
goresdomundomat eri
al,
uma v ezque interpôs um escr avo ent
re el
e e o mundo.O senhor ,por
que lêo
reconheci
mentodesuasuper ior
idadenool harsubmi ssodeseuescr avo,éli
vre,ao
passoqueesteúl ti
mosev êdespojadodosf rut
osdeseut r
abalho,numasit
uaçãode
submissãoabsoluta.

b)Entret
anto,essasi
tuaçãovaiset r
ansf
ormardial
eti
cament
eporqueaposiçãodo
senhorabri
gaumacont radi
çãoint
erna:osenhorsóoéem f unçãodaexi
stênci
ado
escravo,quecondi
cionaasua.Osenhorsóoépor queéreconheci
docomot alpel
a
consci
ênciado escravo etambém por
quevivedo tr
abal
ho desseescr
avo.Nesse
senti
do,eleéumaespéciedeescrav
odeseuescr
avo.

c)Def ato,oescrav o,queer amai sai ndaoescr avodav idadoqueoescr av odeseu


senhor( f
oipormedodemor r
erquesesubmet eu),vaiencontrarumanov af ormade
l
iberdade.Col ocadonumasi t
uaçãoi nfel
izem quesóconhecepr ovações,apr endease
afastarde t odos os ev entos ext er
iores,a l ibertar
-se de t udo o que o opr i
me,
desenv olvendoumaconsci ênciapessoal .Mas,sobr et
udo,oescr avoincessant emente
ocupadocom ot rabalho,aprendeav enceranat urezaaout il
izarasl eisdamat éri
ae
recuper aumacer taf ormadel i
berdade( odomí niodanat ureza)pori ntermédi odeseu
trabalho.Poruma conv ersão dialéti
ca exempl ar
,o t r
abalho ser vildev olve-
lhe a
l
iberdade.Desse modo,o escr avo,t r
ansf or
mado pel as prov ações e pelo pr ópri
o
trabalho,ensinaaseusenhorav erdadei r
al i
ber dadequeéodomí ni
odesimesmo.
Assim, ali
berdadeest ói
caseapr esentaaHegel comoar econciliaçãoentreodomí nioe
aser vidão.

Hegelpar t
e,fundament alment e,dasí ese apr
nt iorideKant ,em queo espí ri
toé
const i
tuí
dosubst anci al
ment ecomosendooconst rutordar eali
dadeet odaasua
ati
vidadeér eduzi daaoâmbi todaexper iência,por quant
oédaí nti
manat urezada

nt eseapr ior
inãopoder ,demodonenhum,t ranscenderaexper iência,desor t
eque
Hegelse achav af atal
ment ei mpelido a um moni smo i manentista,que dev i
a
necessariament et or nar-
sepanl ogista,dial
ético.Assi m,deviam seacharnar eal
idade
únicadaexper iênci aascar acterísti
casdi vi
nasdoant igoDeust r
anscendent e,destr
uído
porKant .Hegeldev ia,portanto,chegaraopant eísmoi manentista,
queSchopenhauer ,o
grande críti
co do i deali
smo r acionalista e otimista,declarará nada mai s serque
ateísmoi manentist a.

Noent ant
o, parapoderelevarar ealidadedaexper iênciaàor dem dar eal i
dadeabsoluta,
divi
na,Hegelseachav aobri
gadoamost rararaci onal
idadeabsol utadar eali
dadeda
experi
ência,aqual ,sendoomundodaexper i
êncial i
mi t
adoedef i
cient e,porcausado
assim chamadomalmet afí
sico,físicoemor al,nãopodi a,porcer to,serconcebi da
medianteoser( dafil
osofi
aaristotélica) ,
idênt
icoasimesmoeexcl uindooseuopost o,
eondeal imitação,anegação, omal , nãopodem, demodonenhum, gerarnatur al
mente
valor
esposi ti
vosdebem v er
dadei ro.Masessar acionalidadeabsolutadar ealidadeda
experi
ênciadev i
aserconcebi damedi anteovir-
a-serabsol uto(deHer ácli
to)
,ondeum
elementoger aoseuopost o,eanegaçãoeomalsãocondi çõesdeposi ti
vidadeede
bem.

Apresentava-
se,portanto,anecessidadedai nvençãodeumanov al ógica,par apoder
raci
onali
z aroelement opotencialenegat ivodaexper i
ência,istoé,t udoqueháno
mundodear raci
onaledei rr
acional
.Epori ssoHegeli nventouadi aléti
cadosopost os,
cujacaracter
ísti
cafundament aléanegação,em queaposi ti
vi
dadeser eal
izaat r
av és
da negativi
dade,do r i
tmo famoso de t ese,ant í
tese e sí
ntese.Essadi aléti
ca dos
opostosresolveecompõeem simesmaoel ement oposi
tivodat eseedaant í
tese.Isto
é,todoel ementodar eali
dade,estabelecendo-seasimesmoabsol utament e( tese)e
nãoesgotandooAbsol utodequeéum moment o,demandaoseuopost o(antí
tese),
quenegaeoquali ntegra, em umareal
idademai sri
ca( sí
ntese),
paradaquicomeçarde
novooprocessodi alét i
co.Anov al
ógi
cahegel ianadiferedaant i
ga,nãosomentepel a
negaçãodoprincí
pi odei dentidadeedecont radição-comoer am concebi
dosnalógica
anti
ga-mast ambém por quantoanoval ógi
caéconsi der adacomosendoapr óprialei
doser.Querdizer,coi nci
decom aont ologia,em queopr ópr
ioobjetojánãoémai so
ser,
masodev irabsol uto.

Dispensa-seacr escentarcomo,aexper i
ênci
asendoar eal
idadeabsoluta,esendo
também v i
r-
a-ser,ahistóri
aem geralsev al
ori
zanaf i
losofi
a;igual
mentenãoépr eciso
sali
entarcomooconcei oconcr
t eto,ist
oé,opar ti
cularconexohistor
icamentecom o
todo,tomaol ugardoconcei oabst
t r
ato,querepr
esent aoelementouniver
salecomum
dospar ticul
ares.Est amos,logo,peranteum panl ogismo,nãoest át
ico,comoode
Spinoza,esi m di nâmico,em que-at r
avésdoidealismoabsol ut
o-omoni smo,que
Hegelconsi deravapant eí
smo,él evadoàssuasext remasconseqüênci asmetafí
sicas
i
manent istas.

Podemosr
esumi
rassi
m:

1.°-Alógi
catradi
cionalafi
rmaqueoseréidênti
coasimesmoeexcl uioseuopost
o
(pri
ncí
piodeident
idadeedecont r
adi
ção);aopassoqueal ógi
cahegeli
anasust
ent
a
quear eal
i
dadeéessenci al
mentemudança,dev
ir,passagem deum el
ementoaoseu
oposto;

2.°-Alógicatradi
cionalafi
rmaqueoconcei t
oéuni versalabst
rat
o,enquant
oapreende
oseri mutável
,real
ment e,ai
ndaquenãot otalmente;aopassoqueal ógi
cahegeli
ana
sustent
aqueoconcei t
oéuni v salconcr
er et
o,istoé,conexãohi st
óricadoparti
cul
ar
com atotali
dadedor eal,
ondetudoéessencialmenteconexocom tudo;

3.°-Alógi
catradi
cionaldist
inguesubst
ancialmenteafi
l
osofi
a,cuj
oobjet
oéouni
ver
sal
eoi mutável
,dahistóri
a,cujoobjet
oéopar ti
cul
areomut ável
;aopassoqueal
ógica
hegel
ianaassimil
aaf i
losofi
acom ahistór
ia,enquant
ooserév i
r-
a-ser
;

4.°-Al ógicat radi


cionaldi
sti
ngue-sedaontol
ogi
a,enquant
oonossopensamento,se
apreendeoser ,nãooesgot at ot
alment
e-comof azopensamentodeDeus;aopasso
que a l ógica hegel i
ana coinci
de com a ontologi
a,porquant
oar eal
i
dade é o
desenvolvi
ment odialéti
codopr ópro"
i l
ogos"div
ino,quenoespíri
tohumanoadqui
re
pl
enaconsci ênciadesi mesmo.

Vist
oquear ealidadeéov i
r-a-
serdial
éti
codaI déia,
aaut oconsci
ênciaraci
onaldeDeus,
Hegeljulgoudev erdeduzirapr i
oriodesenvolv i
mentológicodai déi
a,edemonst rara
necessidaderaci onaldahistóri
anaturalehumana, segundoaconheci datrí
adedet ese,
antí
teseesí ntese,nãosónosaspect osgerai
s, nosmoment osessenciais,
masem t oda
part
icul
ar i
dade da hi stór
ia. E,com ef ei
to,a r eal
i
dade dev eri
a t r
ansformar-
se
ri
gorosament enar acional
idadeem um si st
emacoer entedepensament oideali
stae
i
manent ista.
Nãoémi sterdizerqueessahi stóriadi al
éti
canadamai séqueahi stór i
aempí r
ica,
arbit
rariamentepot enci
adasegundoanãomenosar bitr
árial ógi
cahegel iana,em uma
possívelassi mil
ação do dev i
rempí ri
co do desenv olvi
ment ológico -ai nda que
entendidodi al
eti
cament e,
dinamicament e.Talhi
stóri
adialéticadeveri
a, enfim, t
erminar
com oadv entodaf il
osofi
ahegeliana,em queaI déi
at eriaacabadoasuaodi sséia,
adquirindoconsci ênci
adesimesma,i stoé,dasuadi vindade,noespí rit
ohumano,
comoabsol uto.Mas,dessemodo,v ir
iaasernegadaapr ópriaessênciadaf il
osof i
a
hegeliana,paraaqualoser ,i
stoé,opensament o,nadamai séqueoi nfinit
ov i
r-a-
ser
di
alético.

Hegel

Métododialét
ico–exper
iênci
a: dialógico,di
scussão
Represent
antedapedagogiat radicional.ÉdosecXI X.Foijesui
ta,seumét odof oi
dial
éti
co-di
scussãocom osalunos, int
eraçãoprofessor
-al
uno,
aluno–pr of
essor,al
uno
-al
uno.

OSPROGRESSI STAS
VERSÃO 2. 0
Thur
sday
,Apr
il26,
2007
Cr
ít
icaaHegeleàdi
alét
icahegel
iana

SegundoPopper ,Plat
ãoacr edi
tav aqueasi déias,ouessências, exi
st i
am ant eri
ormente
àscoi sas.Estas,dadasassuasi mper f
eições, seencontram em um f l
uxodi r
ecionadoà
decadênci a.JáHegel ,assi
m comoAr i
stóteles,acredit
avaqueasi déias,ouessênci as,
sãoascoi sasqueseencont ram nof luxo.Deacor docom oaut or,
TUDOoqueexi stena
reali
dadeéumai déia,masépr eci sodisti
ngui rentreaaparênciaeaessênci ajáque¨ as
coisasnãosãocomoel asapar entam ser ¨.Assim comoPl at ãoeAr istót
eles,Hegel
concebi aasessênci asdascoi sas,pel omenosdosor ganismos( inclusooEst ado),
como¨ espír
it
os¨.Por ém,aocont rári
odePl atão,eassi m comoAr ist
óteles,Hegel
pregav aqueat endênciageraleradirecionadaài déia,
aoprogr esso.

Apesardeoaut orafi
rmar,assi
m comoPl atão,queacoi saper ecí
veltem suabasena
essência,eor i
ginadela,Hegelinsi
ste,em oposi çãoaPl atão,queat éasessênci
as
desenv ol
vem.Asessênci asestãoconsi stentementeemer gindoecr i
andoporconta
própri
a.Eel assei mpulsi
onam paraumaaut o-r
eali
záv
eleaut o-r
eali
zadacausafinal
ari
stotéli
ca.Acausaf inal
,ouf i
m dodesenv olvi
mentodasessênci as,éoqueHegel
chamade‘ Theabsol
uteIdea’ou‘TheIdea’.

¨Wecansayt hatHegel’
sworldoffluxisinastat eof‘emergent’or‘creat
iveevoluti
on’
;
eachofitsst
agescontai
nstheprecedingones,from whichi
tor i
ginates;andeachst age
super
sedesal lpr
evi
ousst ages,approaching nearerand near erto perfect
ion.The
gener
allawofdevel
opmentisthusoneofpr ogress;but,asweshal lsee,notofasi mple
andstr
aightf
orwar
d,butofa‘dial
ect
ic’progr
ess.̈KarlPopper,TheOpenSoci et
yAndI ts
Enemi
es

Cont i
nuandocom Popper ,Hegel,assim comoPl atão,enxergavaoEst adocomoum
organismo;esegui ndoRousseau,queopr oveudeumav ontadegeral,Hegelopr oveu
com uma essênci a consciente e pensat i
va;sua ¨ r
azão¨ou ¨ espíri
to¨.Para um
essenci al
i
st a,conheci
ment oouent endimentodeum Est adodeveclarament esignifi
car
conheci ment odesuaessênci aouespí ri
to.Daíaposi çãodoshi storici
stasdequea
manei rapar aobteroconheci mentodei nsti
tuiçõessoci aiscomooEst adoéest udando
suahi stória,ouahi stóri
adeseu¨ espí
ri
to¨.O espí ri
todeumanaçãodet er
minaseu
escondi dodest i
nohistóri
co,etodanaçãoquequi seremer girnaexi
stênciadev eafirmar
suai ndivi
dualidadeoual maaoent rarno¨ EstágiodaHi stóri
a¨,ouseja,guerreandocom
outrasnações;o obj etivo da guerra é o domí ni
o do mundo.Hegel ,assim como
Heráclito,acredit
aqueaguer r
aéopai eor eidet odasascoi sas.Assim comoHer ácli
to,
el
eacr edi
taqueaguer raéjusta.

Ver
if
iqueipessoalment
esePoppert
inhaounãor
azão.Vej
amosal
gunst
rechosdo
Phi
l
osophyofRi ght:

“f
init
epur sui
tsar
erenderedunstabl
e,andt heethicalheal
thofpeopl
esispreserv
ed.
Justast hemovementoftheoceanpreventsthecorrupti
onwhi
chwouldbetheresul
tof
perpetualcal
m,sobywarpeopleescapet hecorruptionwhi
chwouldbeoccasi
onedby
acont i
nuousoreter
nalpeace.

Par
ece-
mebast
ant
ecl
araaaf
ir
maçãodeHegel
,consi
der
andopazet
ernaal
gocor
rupt
o.
Lament
ável
.

¨325.Sacri
fi
cef orthesakeofthei
ndivi
dualit
yofthest ateisthesubst
antiverelat
ion
ofallthecit
izens,andis,t
hus,auniver
saldut y
.Itisideali
tyononeofi t
ssi des,and
standsincontrasttothereal
it
yofpar t
icul
arsubsistence.Henceitit
sel
fbecomesa
specif
icrel
ati
on,andt oitisdedi
cat
edacl assofitsown,t heclasswhosev ir
tueis
braver
y.̈

Querdizerque,segundo Hegel,nós nos sacri


fi
carmos di
ari
amente pelo bem da
i
ndivi
dual
idadedoEst ado,ouseja,nossosrepr
esent
antes,éum deveruniversal
.Ou
sej
a,oindiví
duo,uma¨ meraabst
ração¨,él
ixodescar
táv
elem proldacolet
ivi
dade–o
i
ndiví
duoconcreto.Tot
ali
tár
io.

¨Addi
ti
on.—Modernwar sarecar riedonhumanely.Oneper
sonisnotsetinhateover
agai
nstanother
.Personalhostil
i
tiesoccuratmostint
hecaseoft
hepicket
s.Butint
he
armyasanar my,enmityissomet hingundet
ermi
ned,andgi
vespl
acetothedutywhi
ch
eachpersonowestoanother.̈

Aafir
maçãoédeumar idi
cular
idade,deumaignor
ânci
a,deumacret
ini
cet
ãoesdr
úxul
a,
quenão merececoment ár
ios.O quedi r
iaelesetivessepr
esenci
ado osat
osda
Pri
meiraeSegundaGuerr
aMundi al
?
¨Thedestini
esanddeedsofst atesi
nt heirconnect
ionwi t
honeanot herar ethev i
sibl
e
dial
ecti
coft hef
ini
tenatur
eofthesespiri
ts.Outofthisdialect
ictheuniversalspir
it
,the
spiri
tofthewor l
d,theunli
mitedspir
it
,pr oducesit
self.Ithasthehighestr ightofall,
andexercisesit
srightuponthelowerspirit
sinwor l
d-hist
ory.Thehistoryoft hewor l
d
i
st heworld’
scourtofjudgment.̈

Ousej a,oshigherspi
ri
tstêm TODOSosdi r
eit
ossobreoslowerspi
ri
ts.Masquem
determinaoqueéum higherouum lowerspi
ri
t?Mighti
sri
ght
?Cert
amentePoppert
em
bastantecr
edi
bili
dadeem suaanál
i
sesobr eHegel
.

Comoj áv i
sto,Hegelparecepar
ti
rdopr i
ncípiodequeaguer r
aéj ust
ae,assim como
Herácli
to,Hegelgener ali
zasuadout rinaaex pandi
ndopar aomundodanat ureza,
i
nterpretandooscont r
asteseasoposi çõesdascoi sas,apolari
dadedosopost os,etc.
,
comoum t i
podeguer ra,eumaf or
çamobi li
zadoradodesenv olvi
mentonatural.De
acordocom Popper ,sãodoisospilar
esdaf i
losof
iahegeli
ana,atri
agem di
alét
ica(tese,
antí
teseesí ntese)eafil
osofi
adaidentidade.

Adi
alét
icadeHegel

Kant,no The Cr i
tique of Pure Reason,f az um at aque vi
olento à met afí
sica
demonst r
andoquear azãoespecul
ati
vaéi nsust
entáv
el.SegundoPopper ,Hegelj
amai s
tent
ourefutarKant
.Eledist
orceuavisãodeKantpar aoopost o.A¨ di
alét
ica¨kanti
ana,
oataqueàmet afí
sica,setornoua¨ di
aléti
ca¨hegeli
ana,oi nst
rument oprinci
palda
metafí
sica.

Kant ,sobi nfluênciadeHume,af i


r mouqueaespecul açãoouar azãopur a,quandose
avent uraem um campoquenãopodeserconf irmadopel aexperiência,estásuj eit
aase
envol verem cont radiçõesou¨ antinomi as¨epr oduziroqueel edescr eviapormer a
bobagem, i
lusão, dogmat i
smoest éri
l,eumapr et
ensãosuper f
ici
alpar aoconheci ment o
det udo.El etent oudemonst rarquepar acadaaf i
rmativametafísicaout ese,ar espeito
porexempl odocomeçodomundodent rodot empo, ouaexistênci adeDeus, podeser
contrastadaumaant í
tese;eambaspodem pr ocederdasmesmaspr emi ssas,epodem
serpr ovadascom um gr auequi valent ede¨ ev i
dências¨.Em out raspal av r
as,quando
saímosdocampodaexper i
ência,nossaespecul açãonãopodet erstatusci entíf
ico,já
que par a cada ar gument o pode hav erum i gualmentev áli
do cont ra-argument o.A
i
ntençãodeKant ,segundoPopper ,eraacabardeumav ezport odascom a¨ mal di
ta
fert
ili
dade¨dosescr i
toresmet afí
sicos.I nfel
izment e,oqueKanti mpedi uf oiousode
argument os r aci
onaispel os met af í
sicos.Segundo Popper ,nenhum dos escr itores
met afísi
cosquev ier
am apósKantt entour ef
ut á-
lo;eHegel,particularment e,aindat eve
aaudáci adecomemor á-
lopor¨ rev i
veronomedadi al
éti
ca,queel er estaurouaseu
postodehonr a¨ .

¨Het aughtt
hatKantwasqui teri
ghtinpoint
ingouttheantinomies,butt
hathewas
wrongt oworryaboutt hem.Itj
ustli
esinthenatur
eofr easonthatitmustcont r
adict
i
tself
,Hegelasserted;anditi
snotaweaknessofourhumanf acul
ti
es,buti
tisthev ery
essenceofallrat
ionali
tythati
tmustworkwi t
hcontradi
cti
onsandant i
nomies;forthis
i
sj ustthewayi nwhi chr easondev elops.Hegelasser t
edt hatKanthadanal y
sedr eason
asi fitweresomet hingst atic;t
hathef orgotthatmanki nddev elops,andwi t
hi t,our
socialherit
age.Butwhatwear epl easedt ocal lourownr easoni snothingbutt he
productoft hissoci alher i
tage,oft hehi stori
caldev el
opmentoft hesocialgr oupi n
whichwel i
v e,thenat i
on.Het aughtt hatKantwasqui terightinpoi nti
ngoutt he
antinomies,butt hathewaswr ongt owor r
yaboutt hem.I tjustliesint henat ureof
reasont hatitmustcont r
adictitself
,Hegelasser ted;andi tisnotaweaknessofour
humanf aculties,buti ti sthever yessenceofal lrati
onalit
yt hati tmustwor kwi th
cont r
adicti
onsandant inomi es;forthi
si sjustthewayi nwhi chr easondevel ops.̈Karl
Popper ,TheOpenSoci etyAndI tsEnemi es

Oengr açadoéqueHegelsequerf oiori


ginal.JáqueKanthav i
apensadoquear azão
especul ati
vaf r
eqüentemente produzir
ia antinomias,onde os argument os são tão
válidospar aumat esequantopar aumaant í
tese,anoçãodequeasant inomi astal
vez
poder iam sersuperadasporumasí ntese(out r
otermokantiano),quedeal gumaf or
ma
transcender i
aascont r
adi
ções,j
áest avacor r
enteantesdeHegel ,em Fichte.Segundoo
dout orKelleyL.Ross,Hegelabraçoutal¨l
ógica¨deumaf or
maum t antoi ntensa,
quea
teseer aumaaf i
rmação(¨em simesma¨ )
, aantít
eseeraanegação( ¨parasimesma¨ )
,
easí nteseeraanegaçãodanegação( ¨em si mesmaepar asimesma¨ ).

Ordinari
amente na lógica,uma dupl a negação seria equi
valent e à negação,i.e.a
afi
rmação.Negandoi sso,Hegelnegaopr i
ncípiodotercei
roexcl uído,queest abelece
queumaaf ir
mação P num si stemal ógi
co f ormalé" ouv erdadeiraouf alsa"não
podendo,por tant
o,sernem " falsa e verdadeir
a"nem t ão pouco " nem f alsa nem
verdadeir
a".Estasduaspr oibi
çõesconst it
uem em simesmasot er
ceiroexcluídoque
deli
mi t
aoespaçol ógicodasmat emát i
cast r
adici
onai
s.Porisso, deacor docom Kel ley
,
nenhum logici
staderespeitojamai sdeumui taimport
ânciaaosist emadeHegel .

¨Thef ormalism ofKant ,andthePr ocrusteanBedofhi sarchitectonic,achi eveakindof


madapot heosiswi t
hHegel '
st heory,whereal lthecomplexityoft hewor ldisappar ent
ly
for
mal lygener at
edbymul ti
pli
cationofnegat ions.Sincethisisridiculous, eit
herthereis
meani ngt hati snotcapt uredbyt hef ormal i
sm oft heDi alectic,whi chmeanst hat
nothingisunambi guouslyderi
v edbyHegel '
s"Logic,
"ornegat ionitselfbecomesamer e
met aphorforopposi ti
onorconf l
i
ct,thewayi tist y
pical
lylaterusedbyMar xist
s(oneof
whosef avoritephrasesi saboutthe" contradi
ctionsofcapitali
sm" ).̈Kell
eyL.Ross

Adi alét
icahegel i
anacomeçacom umat ese,umaaf ir
mação,o¨ Sendo¨ .Anegação
dissoéumaant ít
ese,o¨ Não- Sendo¨.Ok.Anegaçãodanegaçãoéent ãoasí ntese,o
¨ Tornando¨ .Defato,¨
Tor nando¨podeserconsi deradoanegaçãodeambos¨ Sendo¨e
¨ Não-Sendo¨ ,j
áquenãoédef atonadanem oquev i
ráaset ornar( oabsol uto)
.
Parmêni des,noent anto,jáhav i
anegadoque¨ Tornando¨poder iapreencherobur aco
entrepur o¨Sendo¨e¨ Não- Sendo¨ .Ascoi
sasquev êm aserr equerem umasubst ância
preexistent
eedur ável
,demodoqueel asnãosej am li
teral
mentenadaant esdeel asse
tornarem oqueel asest ãoset ornando.I
ssoacabacom adi al
éticahegeli
ana,jáquehá
clarament eout r
osconcei t
osal ém danegação ( como subst ânci
a)r equeri
dospar a
passarde¨ Sendo¨para¨ Não-Sendo¨edaípar a¨Tornando¨ .
Além disso,apesardePoppernãonegarqueopr ogressoci ent
ífi
coal gumasv ezes
surgegr açasàscr í
ti
cas,postoquet odacr í
ti
caci entí
ficaconsisteem apont aras
contradições ou discrepânci
as,e a ev ol
ução científ
ica consist
el ar gament e na
el
iminaçãodascont r
adiçõessempr equedescober t
as;Popperaf i
rma,noent anto,
quea
ci
ênci apr ocededeacordocom apr emi ssadequecont r
adiçõessãonão- permi ssí
veise
evit
áv ei
s, demodoqueadescober tadeumacont radiçãofor çaoci
entist
aaf azertodas
ast entativaspossí
veispar aeli
mi ná-
la;edef ato,umav ezqueumacont radi
çãoé
admi t
ida, todaaci
ênciadeveentrarem colapso.

¨ButHegelder i
vesav erydi ff
er entlessonf rom hi sdi alecti
ct r
iad.Si ncecont radi
ctions
arethemeansbywhi chsci encepr ogresses,heconcl udest hatcont r
adictionsar enot
onlypermissibleandunav oidabl ebutal sohi ghl ydesirable.Thi si saHegel i
andoct ri
ne
whichmustdest royallar gumentandal lprogr ess.Fori fcont radict ionsar eunavoi dable
anddesirable,thereisnoneedt oeliminatethem, andsoal lpr ogr essmustcomet oan
end.Butthisdoct ri
nei sj ustoneoft hemai nt enetsofHegel ianism.Hegel ’sintentioni s
tooperatefreelywi t
hal lcont radictions.‘Allthingsar econt r adict or yinthemsel ves’,he
i
nsists,i
nor dert odef endaposi t
ionwhi chmeanst heendnotonl yofal lscience,but
ofallrat
ionalar gument .Andt her easonwhyhewi shest oadmi tcont radictionsi sthat
hewant stost opr ati
onalar gument ,andwi t
hi tscienti
ficandi nt ellectualpr ogress.By
makingar gumentandcr i
ti
cism i mpossi ble,hei ntendst omakehi sownphi l
osophy
proofagainstal lcri
ti
ci sm,sot hati tmayest abli
shi t
sel fasar ei nforceddogmat ism,
securef r
om ever y at tack,and t he unsur mount able summi tofal lphi losophi cal
development .̈KarlPopper ,
TheOpenSoci etyAndI tsEnemi es

Af
il
osof
iadai
dent
idade

Deacor docom Popper ,af il


osofi
adai denti
dadenãopassadeumaapl icaçãoda
dial
éti
cadeHegeleconsi ste,naspal avrasdopróprio,em ¨fantasi
as,atémesmo
fant
asiasimbecis¨.Apr i
ncipalidéi
a,eaomesmot empoa¨ l
igação¨entreadi al
éti
ca
hegeli
ana esua f il
osofi
a da identi
dade,éa dout r
ina her
acli
ti
ana da unidadedos
opostos.¨O cami nho que leva para ci
ma e o caminho que leva par
a baixo são
i
dênticos¨
,Herácli
todizi
a,eHegelr epet
eamesmacoi saaoafir
mar :¨Ocaminhopar ao
oesteeocami nhopar aolestesãoosmesmos.̈

¨This Heracli
tean doct ri
ne oft he i dentit
y ofopposi t
es i s appli
ed t o a hostof
reminiscencesf rom t heoldphilosophi eswhi charethereby‘reducedt ocomponent s’of
Hegel’sownsy stem.EssenceandI dea,t heoneandt hemany ,substanceandacci dent ,
form andcont ent ,subjectandobj ect,beingandbecomi ng,ev erythingandnot hing,
changeandr est,act uali
tyandpot ent i
ali
ty,reali
tyandappear ance,mat terandspi ri
t,all
theseghost sf rom t hepastseem t ohauntt hebr ainoft heGr eatDi ct
atorwhi lehe
performshi sdancewi t
hhi sballoon,wi t
hhi spuf f
ed-upandf i
cti
ti
ouspr oblemsofGod
andt heWor l
d.Butt herei smet hodi nt hismadnessandev enPr ussianmet hod.For
behindt heappar entconf usiont her elurkt hei nt
erestsoft heabsol utemonar chyof
FrederickWi l
l
iam.Thephi l
osophyofi dentityservest ojustifytheexi sti
ngor der .It
s
mainupshoti sanet hi
calandj uridicalposi ti
vi
sm,t hedoct r
inet hatwhati s,isgood,
si
ncether
ecanbenostandar
dsbutexist
ingstandar
ds;i
tist
hedoct
ri
net
hatmi
ghti
s
ri
ght
.̈Kar
lPopper
,TheOpenSoci
etyAndItsEnemies

Comot aldout r
inafoider i
v ada?Atr
av ésdeumasér i
edeequí vocos.Pl atãodiziaqueas
i
déi assãor eais,eascoi sasperecí veissãoi r
reais.Hegeladot adet aldoutr
inaa
equaçãoI déia=Real .Kantf al
ava,em suadi al
éti
ca,sobr eas¨ idéiasdar azãopura¨,
usandoot ermo¨ i
déia¨nosent i
dode¨ idéiasexistentesnament e¨.Hegeladot adetal
dout ri
na que i déi
as são al go ment alou espi r
itualou r aci
onal,o que pode ser
expr essadonaequaçãoI déia=Razão.Combi nandoasduasequações,ou,segundo
Popper , equív ocos,temosReal=Razão; ei ssopermi t
equeHegelaf irmequeTUDOque
ér acionaldev eserr eal,eTUDOqueér ealdeveserr aci
onal,eodesenv olv
imentoda
realidadeéomesmodar azão.Ejáquenãopodehav erum padrãomai orem exist
ênci
a
doqueoúl t
imodesenv ol
v i
mentodaRazãoedaI déia,TUDOqueéagor arealouatual
existepornecessi dade, edev eserrazoáv el al
ém debom.

¨Allthati sreasonablei sr eal,wehav eseen.Thi smeans,ofcour se,thatal lthatis


reasonablemustconf ormt or eali
ty,andt her ef
oremustbet rue.Truthdev elopsi nthe
samewayasr easondev elops,andev erythingthatappealstor easoni nitsl ateststage
ofdev elopmentmustal sobet ruefort hatst age.Inotherwords,ev erythi
ngt hatseems
certai
nt othosewhoser easoni supt odat e,mustbet rue.Sel
f-evi
dencei st hesameas
trut
h.Pr ovidedy ouareupt odat e,ally ouneedi stobelieveinadoct r
ine;thismakesi t
,
bydef i
niti
on,true.Inthisway ,theopposi ti
onbet weenwhatHegelcal l
s‘ t
heSubj ecti
ve’
,
i
.e.bel i
ef,and‘ theObj ective’,i.
e.t ruth,i st ur
nedi ntoani dentit
y ;andt hisuni t
yof
oppositesexpl ainsscientif
ic,knowl edgeal so.‘
TheIdeai stheuni onofSubj ecti
veand
Objective..Sciencepresupposest hatt hesepar ati
onbet weenitsel
fandTr ut hisalready
cancelled.’
¨Kar lPopper,TheOpenSoci etyAndI t
sEnemi es

Vej
amossePoppert
em r
azão.Ver
if
iquei
algunst
rechosdol
i
vroSci
encei
slogi
c:

¨§133.Not hi
ng,pur enot hing:itissi mplyequalitywithi t
self
,compl eteempt iness,
absenceofal ldeterminat
ionandcont ent−−undi f
ferent
iat ednessini tself.Insof aras
i
ntuit
ing ort hi
nking can be ment ioned here,itcount s as a di stinct i
on whet her
somet hi
ngornot hingisintuitedorthought.Toi ntui
tort hinknot hinghas,t her
efore,a
meaning;bothar edisti
nguishedandt husnothingis(exi
st s)inouri ntuitingorthinking;
orrat
heritisempt yintui
ti
onandt houghtit
self,andthesameempt yintuitionorthought
aspur ebeing.Not hingis,t heref
ore,thesamedet er
mi nat i
on,orr at herabsenceof
deter
mi nat
ion,andt husaltogetherthesameas, purebeing.̈

¨§134.Pur eBeingandpur enot hi


ngar e, ther
efore, t
hesame.Whati sthetr
uthisneither
beingnornot hing,butt hatbei ng−−doesnotpassov erbuthaspassedov er−−i nto
nothing,andnot hingintobei ng.Buti tisequal l
yt ruethattheyar enotundistingui
shed
fr
om eachot her,that
,ont hecontrary ,theyar enott hesame,t hattheyareabsolutely
disti
nct,andy etthattheyar eunsepar atedandi nsepar abl
eandt hateachimmedi ately
vanishesi nitsopposi te.Thei rtruthi st herefore,thi
smov ementoft hei mmedi ate
vanishing oft he one i nt
ot he other :becomi ng,a mov ementi n whi
ch bot h are
disti
nguished,butbyadi fferencewhi chhasequal l
yimmedi atelyresol
vedit
self.̈
¨Beingisbei ng,andnothingi snot hi
ng,onlyi
nt hei
rcontradi
sti
nctionfrom eachot her;
butintheirt r
uth,inthei
runi ty,theyhavevani shedast hesedet erminati
onsandar e
now somet hingelse.Beingandnot hi
ngar ethesame;butj ustbecauset heyaret he
samet heyar enol ongerbeingandnot hing,butnow haveadi f
ferentsignif
icance.In
becoming t hey were comi ng−t o−be and ceasing−to−be;in det er
minate being,a
di
ffer
entl
ydet er
minedunity,theyar eagaindif
ferentl
ydeterminedmoment s.Thisuni t
y
now remains t heirbase f r
om whi ch theydo notagai n emer ge inthe abstract
si
gnifi
canceofbei ngandnot hing.¨

Vemosem t aistr
echosquecomooconcei tode¨Sendo¨(ouBeing)émui t
oabstratoe
sem conteúdo,eleestámai sparaoconceitode¨ Não-Sendo¨(ouNot hi
ng),oque
si
gni
ficaque¨ Sendo¨impl
ica¨Não-
Sendo¨
.Esteéum ar gumentodot i
poseext i
ntor
es
deincêndio são ver
melhos,ev er
melho est
ámai spar arosa,então exti
ntor
esde
i
ncêndiosãorosa.

Comoumapessoasã,oupel omenossensat a,poder i


al evarasér iotaisar gument osé
i
ncompr eensível
.¨Não- Sendo¨ési mil
arem cont eúdoa¨ Sendo¨sópor queéanegação
de¨ Sendo¨ ,assim comooconj untonul oéanegação,ocompl ement o,doconj unto
uni
versal .Issoi mpli
canada.A i déiadequeanegaçãodeum concei toseapl ica
i
gualment eparaaquel acuj oconcei t
opodeseraf irmadosi mplesment eacabar i
acom a
Leida Não- Contradição.Al go desse tipo,de f ato,é o ¨ mét odo¨hegel iano;mas
Ari
stótelesj áhav iaent endidoquequal quercoi sadot ipot ornari
aaaf ir
maçãode
qualquercoi sasobr equal quercoi saabsolutament esem sent ido.Assim,seeuaf i
rmo
queHegeléum t r
emendodeum char l
atão,t alasser t
ivapodesercont raditadapel os
apologistashegel i
anos, masel esnãopodem negarai gualverdadedemi nhaasser ti
v a,
ouquesuascont ra-
argument açõesest ãoi mpl icadas,deacor docom opr i
ncípi
ode
Hegel,pel aminha.Esuasaf irmaçõesdequeHegeler aum gr andef i
lósof oimpl i
cam a
minhadequeel eeraum char l
atão.Osapol ogi stasdeHegelnãopodem,ent r
etant o,
afi
rmarnadasem per mi t
irqueanegaçãoest ái mpl íci
taem suaspr ópri
asasser ti
vas.A
l
ógicadeHegel nãotem l ógicaNENHUMA.

Rober
toMi
randaCol
aresJúni
or

Fontes:
KarlPopper,TheOpenSocietyAndItsEnemies
Kell
yRoss, Hegel(
http:
//www.f
riesi
an.
com/hegel.ht
m)
Hegel,Phil
osophyofRight
Hegel,Sci
enceisLogic
Hegel,Encycl
opaediaofthePhi
losophi
calSciences

POSTEDBYROBERTOAT8:
00PM 0COMMENTS 
Sat
urday
,Apr
il14,
2007
Nãoháal t
ernati
vaàdemocr aci
a
As"esquerdas"ai
ndacult
ivam ail
usãodequeépossí
velumaalt
ernat
ivaàdemocr
acia,
quesorrat
eiramentecont
inuam desi
gnandocomo"bur
guesa"ou"capi
tal
i
sta"
.Porque
i
stoéumai
l
usão?Vamosàsl
i
çõesdahi
stór
ia,
com seusf
art
osexempl
osdi
tat
ori
ais.

No sangrento século XX,houvetr


ês grandes tent
ati
vas de "escapar
"do sist
ema
capi
tal
ist
aedasi nsti
tui
çõesdemocrát
icas(que,ali
ás,sóf unci
onam razoav
elment
e
bem nospaísescapital
ist
as):
anazi
sta,afasci
staeacomunist a.

Nenhumadel asdeixouqualquercont
ri
buiçãoem ter
mosinstit
uci onais,ouseja,essas
pretensasalt
ernat
ivasnãoproduzi
ram nem sequeruma"insti
tuiçãonov a",oumesmo
remendada.Se est ender
mos a questão ao campo da est
ética,v eremosque não
deixaram um sótr
açonov otambém nasartesounaarqui
tetura.Nada,absol utamente
nada.

Além do zer o em estéti


ca,em t er
mos i nstit
uci
onais apenas dest
ruí
ram o que
funcionava,solapandoademocr aci
aepr oduzi ndooshor ror
esqueahi stór
iajamai
s
esquecer á.Nãodeixaram dúvi
dadequedi t
adur a,em qual
quertempo,ésimplesment
e
dit
adur a,sej
aàesquer daouàdi rei
ta-seuúni coprodutoéasupr essãoabsolut
adas
l
iberdadesedosdi r
eit
os,quandonãodav i
da.

Pormai sfrágei
squesej am,asi nstit
uiçõeseasr egrasdademocr aci
asãooque
cri
amosdemel hornol abir
intodahi stóri
aem quenosmov emos,sem adesv air
ada
pret
ensãodepr ofet
izaruma" saí
da".Todasast ent
ativasde" super
á-l
as",sobai l
usão
dereal
izaroparaí
sonat erra,engendraram apenasoinferno.E,seháalgumadi fer
ença
entr
eessast ent
ativ
as,éapenasquant oaonúmer odecadáv eresquedei xar
am para
tr
ás.

Em r elação à hist
óri
a,nenhum par t
ido ou movimentot em apossedeum saber
defi
niti
v ooudeumav erdadeabsolut
a.Soment eaprendemos(nem todos,éverdade)
tent
ando:er r
andoe,ev entual
mente,acert
ando.Massem aconv i
cçãodeser mosos
depositáriosdeal gum conhecimentosuper i
orouexcl usi
vosobr
ea" fi
nali
dade"da
hist
ória,istoé,seumiraculoso"f
im úl
timo".Tudoist
onãopassadeumat eol
ogi
asem
Deus.

Or
landoTambosi-Pr
ofessordaUni
ver
sidadeFeder
aldeSant
aCat
ari
na
POSTEDBYRENATOC.DRUMONDAT2: 31PM 0COMMENTS 
Wednesday
,Apri
l11,
2007
OAbor
to
OAbor
to

PorRegi
nal
doAl
mei
da(
DesdeaCi
dadedoMéxi
co)

Nãoépar amenosqueoabor toestej


acausandoum debateacalor
ado.Foi
em Por tugal
,
estásendonoBr asileaquinoMéxi cotambém.Éi nt
eressant
equeoabor to,tantono
Brasi
lcomonoMéxi cosejam umabandeir
adasesquerdas.Nuncamedei otrabalhode
buscarlerarespei
tooumesmof ormul
aralgum t
ipodel ógi
ca,maseusi mplesment e
nãoacredit
oem coincidênci
as.
Antesdesercandi datoapai(minhamul herestágrávi
dade10semanas) ,tinhauma
posiçãomui t
omaisl i
ber
alarespei
todotema.Seioqueéseradol escent
e,com todoo
repert
óriodecamisinhaseanti
-concepci
onais,nãomeconsi deroum ignorante,enem
porissopossodizerquenãopasseium ouout roapuroquandoabendi taregraatrasou,
enãopossonegarquenaquel estemposeunãot enhaconsideradooabor t
ocomouma
opçãov áli
da.

Of atoéquehoj eeuv ejooul t


ra-
som donosso( a)fil
ho(
a)ev ej
oocor açãozi
nho
batendoemeper gunt
o:quem t
eri
acoragem de,
vendot udoi
sso,
aindaassi
m darfi
ma
esseserzinho?Acontecequeonossonenêf oiplanej
adoedesejado,edent
rodessas
ci
rcunstâncias,
talat
oseri
aimpensável
.

Masant esdef alardeét ica, v


amosf alardelei.EntendoquenoMéxi conãoéper mi
tido,
porém,noBr asil
,seumamul herr esult
argr ávi
daf rutodeum est upro,oconseqüente
abor t
oest ácompl etament eampar adopel alei.Osmai saçodadosaf i
rmari
am queé
umav i
dai gualaqual querout r
a.Concor do.Masi nfeli
zmentenãoexi stegestaçãomais
i
ndesej adaqueaor i
undadeum est upro.Obr i
garumamul heralevardent r
odesipor9
mesesopr odut odeumav iol
ênci aéquer ersubmet ê-laaoutraviol
ência.Nessecasoé
acreditarqueav idadof i
lho( produtodoest upro)v al
emai squeav idadamãe( que
certamenteest aráem pedaços) .Nessecasov oucom amãe.

Apesardesercontr
aoabor t
o, ai
ndaassi m soupro-
choice.Acr
editoqueessadev aser
umadeci sãodamulheroudocasal .Omeugr andemedoéqueoabor tosebanali
zee
vi
reapenasmai sum mét odo cont racept
ivo.E nisso euvejo duasconseqüências
concr
etas:um aumentonocust odasaúde,j áqueser i
aum procedi ment
onormal( ou
sej
a,todosnóspagaríamososabor tosdeal guns)eapr ópr
iasaúdedamul her,j
áque
sabemosqueabortosr epet
it
ivostrazem consigoseqüelasnoquet angeàfer
ti
li
dade.

Também meper gunt


oporqueasmul heresnãot er
iam oconheciment oadequadopara
usarosmét odoscontr
acepti
vosexistentes(aquiconsider
oi nclusiv
eapí lul
adodi a
segui
nte-depoisfal
odela)massim ot eriam paradeci
dirabortar.Eureal
ment esi
nto
al
gum chei
rodecasuísmopolí
tico.

Eporf al
arem pol í
ti
ca,vamosf alarum poucodecoer ência.Mesmosabendoquef alar
dePTef al
ardecoer ênciaéomesmoquepr egarnum deser t
o( i
ssov al
epar atodosos
part
idos,aoPTl hetocamai sporqueest ánopoder ),
eumeper gunt oporqueoPTr eage
tãorispi
damentecont raainsti
tui
çãodaPenadeMor te(ouadi minuiçãodamai ori
dade
penal-issomel embr adast i
radasdamassaencef áli
cadent r
odocér ebrodoLul a),
masaomesmot empodef endeal egal
izaçãodoabor t
o.Nãoent endopor queseri
at ão
absurdoexecutarum cr i
minosoquej átenhadadoi númer aspr ovasdequenuncamai s
poderiavol
taraoconv í
vi
odasoci edade(FernandinhoBei r
a-Mar ,Marcol
a, El
iasmal uco,
etc)
,masér azoáv elexecut
araum f et
osem cul pa.Apenaspar aar efl
exão.

Apesardesercontraoabort
o,quem soueuouquem somosnósparaapont
arej ul
gar
umamãequet enhaoptadopelomesmo?Nãoacr edit
oqueoabor tosetorneum
espor
te,ecer
tamente,umamãequeopt epel
omesmo, t
eráci
cat
ri
zespsi
col
ógicaspelo
resto dasuav ida.Como não crei
o queestesej
aum i dealdev i
da,acredit
o que
realmenteser i
ausadocomoúl t
imor ecur
so.Masdefendov eementementequesej a
estabeleci
doum l i
mitemuit
oestrit
odequantotemposer iaot empor azoávelpara
reali
zaropr ocedimento.Jál
i45diasepensoquepossaserum pr azorazoávelpar
aa
detecçãodagr av i
dez.

Quantoàpílul
adodiasegui nte,namaiori
adosest upros,amesmaj áéumamedi da
prof
il
áti
caparaevi
taragravidezindesej
ada,assim quenessescasos,seháouhouve
um acompanhamentopr
ofissionaldoepi
sódio,nuncasechegari
aàsv i
asdefat
odeum
abort
o.

Evocêlei
tor
,oquepensa?
POSTEDBYREGI NALDOALMEI
DAAT2:
53PM 3COMMENTS 
Thur
sday,Apri
l05,
2007
Cl
assemédia
Aconceit
uaçãodecl
assemédi
apr
essupõeaexi
stênci
adeduasout
rascl
asses,uma
al
ta(
ri
cos)eoutr
abai
xa(
pobr
es)
.

Acl assepobrenãopossuii nt
elect
uai
s.Umapessoadeor i
gem pobr
equeacabeporser
tornarum i ntelect
ual(
supondo que a pobreza não f
oium i mpedi
mento par
a que
alcançassetalf ormação)pr
ovavel
mentedei xar
ádeserpobr e.Aremuner
açãodeum
trabalhoi
ntelectual
,sej
anoset orpri
vado,sejanopúbli
co,col
ocaoindi

duonacl asse
médi aounaal ta.

Quandosecr i
ti
ca,port
ant
o,umadetermi
nadar
eaçãocomot í
picadacl
assemédia,o
própr
ioacusadorprov
avel
menteper
tenceaest
aclasse,ouat
émesmoaumacl asse
super
ior
.

Oindiví
duopodealegarqueest áapenascrit
icandoar eaçãotí
pica,eque,apesarde
pert
enceràclassemédia,oseudi scursof
ogeànor ma,poi séum i nt
elect
ual.Maso
i
ntel
ectual
,devi
doàremuner açãodoseut r
abalho,pr
ovav el
mentenãoépobr e,apesar
deestapodersersuaorigem.Ousej a,opr
óprioexer
cíciodacrí
ticaét í
picodacl asse
média,ouatémesmodosr icos.

Umaout ratentat
ivader eformul
aracr í
t i
caédi zerque,apesardesuaposi çãode
i
ntel
ect ualprov
avelmenteol i
garàclassemédi a,seucompor t
amentosedistinguepor
l
evarem cont aospr oblemasdospobr es,enquant oosout r
osintel
ect
uaisapenas
j
usti
ficariam aposiçãodogr upoaqueper tencem.Masaf ir
mari st
oéserr edundante,
poist odos os intel
ect
uais pert
encem às cl asses mai s el
evadas e,portanto,os
di
ferentes posicionamentos polí
ti
cos est ar
ão r epresent
ados naquela par te da
soci
edade.

Dizerquesef ogedanormaportomarparti
dodeout
raclasse,quandonaverdadetoda
ati
vidadeint
elect
ualestáconti
danaclasseaqualseper t
ence,signi
fi
caignorarque
"t
omarpar t
ido dos pobres"é,por
tant
o,uma posição li
gada ao comportamento
daquelesquepossuem rendamédiaedosri
cos.
Aúltimaopçãoquenosr esta,portanto,ér ef
ormularacríti
caàcl assemédi acomo
sendolegítimaapenasquandopar t
edepessoasquepossuem or igem pobre.Ousej a,
seri
aat r
av ésdestaspessoasqueav ozdospobr esganhari
af orça.Necessitamosde
umaanál iseempí ricaparat estarestahi pót
ese,asaber,seosi ntelectuai
sdeor igem
pobreader em ounãoaodi scursocr í
ticodaposiçãodecl assemédi a.E,dopont ode
vi
stahistórico,inv
estigarseosi nt
electuaisqueprimeir
oformularam est acrí
ticaeram
deorigem pobr e.

Masumaout raanál
iseempí
ricanosr
evelar
áumainf
ormaçãoimport
ante:seamai or
par
tedosint
elect
uai
squecri
ti
cam acl
assemédi
aenquant
ogrupopossui
or i
gem pobr
e.
POSTEDBYRENATOC.DRUMONDAT11: 22AM 0COMMENTS 
Sat
urday
,March24,2007
Caosaér
eo:umapr
opost
a

Háalgodeinteressanteem fi
carnosaeropor
tospormuit
otempo.Pode-seobservara
“el
i
te”dos aeroportos:desde polí
ti
cos de esquer
da,l
í
der
es si
ndi
cais,estudantes,
art
ist
as,
opadeirodaesquinaat éseuvizi
nhomédico.

Uma“ el
it
e”bem abr
angente,não?Todossofr
em com oat
rasodosv
ôosque,desdeo
aci
dentedoGol*
,tor
nou-sesubit
amentefr
equent
enoBrasi
l
.

Afi
rmam queháuma“ oper
açãopadrão”eumacomi ssãof
oicri
adaparainvesti
gar
,
emboraoobj et
ivonãoseri
aodeprocurarcul
pados(
oquedeixaqual
querum perpl
exo
com essegastodedinhei
ropúbl
i
co).

Outr
osdizem quetudomelhor
ari
aseocontrol
eaéreomudardemi
lit
arpar
aocivi
l
,mas
nãoexpl
icam comoistor
esolv
eri
aoproblemadotal“r
adar
”oudoCindact
a1.Ser
iaum
homem sem unif
ormemelhorpar
aoperarum r
adardoqueum mi
li
tar?

Atéondesabemos,avest
iment
anãoinf
luinograude( i
n)compet
ênci
adequem f
azo
ser
viço.Em mei
oaotumul
todosaer
oport
os,háinv
ariav
elmentedoi
sti
posdeopi
niões:
unsacham queacul
paédascompanhi
ase,outr
os,queédogov er
no.

É dif
ícilcobrar per
fei
ção das companhi
as se não possuem inf
ormações dos
cont
rolador
es.Porout r
olado,f
alhasdeadmini
straçãosão,nomíni
mo,mot i
vopara
l
evarosf unci
onári
osdev ol
taàsaulasdepesqui
saoper aci
onal
.Dequem éaculpa?
Apar
ent ement
e,sesabequenãoédosconsumidores.

O quefazer
?Umasugest ãosimples:i
ncent
ivoseconômicos.Cri
e-seumamulta,na
for
madedev ol
uçãodepartedoval
ordapassagem.Nãoéumai déi
anova,mast
alvezo
quenãotenhasi
dopensadoésobrequem devearcarcom oônusdamulta.

Oval
ordoressarci
ment
oseri
adivi
didoentr
eaAnaceacompanhi aaérea.Ser
iauma
médi
aponder
adanaqualospesosseri
am defi
nidospel
aresponsabi
l
idadedecadaum.
Comomediri
sto?Hávár
iasf
ormas.
Umaopçãoser
iafazerumapesqui
sacom ospassagei
ros.Numacédul
asi
mpl
es,a
cul
paé:
a)daAnac;
eb)dacompanhi
a.

Votosem br ancocont ari


am contr
aambos.Um acordocom ascompanhi asdetel
efoni
a
cel
ulartornariaessav otaçãobarataedeapuraçãoi medi
ata(um placarnoaeroport
o
tor
nariapúblicaadi v
isãodov alordamul
ta,sem necessi
dadedecriaroutr
oórgãopara
fi
scali
zarapesqui sa..
.).

Como ser
iam pagasascontas?No caso dacompanhi
a,obvi
amente,osr ecur
sos
sai
ri
am daempresaem formaderet
ornomonetár
ioparaospassagei
ros:um DOCé
muit
ofáci
ldeserfei
tohoj
e.

NocasodaAnac,osr ecur
sossairi
am deseuorçament
o(ou,par
af aci
li
tarav i
dados
bur
ocr
atas,
poderi
am serabat
idosnoImpostodeRendadaspessoas,obviamentecom
amesmacor r
eçãoapl
icadaàsparcel
asdevi
das)
.

Em outr
aspal
avr
as,ambosser i
am puni
dospel
ocust
oquei
mpõem aosconsumi
dor
es,
quecompram aspassagens,nãodescumpr
em ocompr
omi
ssodepagá-l
asechegam
noaeropor
tonohor
ário.

Just
içasocialéist
o:cadaum ar
cacom oscustosdesuasaçõeseér ecompensado
porelas.Nocasodefal
has,
arecompensaénegati
va.Nadamai
sjust
o.

CLÁUDI
OSHI
KIDA-economi
staepr
ofessordoI
BMEC-
MG

ar
tigoori
ginal
mentepubl
icadonojornalOTEMPO,naQuint
a-f
eir
a,22deMar
çode2007.
__
__ _
___
______
___
____
____
_ __
___
___
_ _
_ _
____
___
___
____
___
______
____
___

*par
asabermaisdet
alhessobr
eoaci
dent
eci
tadonot
ext
o,ol
eit
orpodeconsul
taro
especi
alf
eit
opel
oFol
hadeSãoPaul
oaqui.

POSTEDBYRENATOC.DRUMONDAT12:
45PM 2COMMENTS 

Subscr
ibet
o:Post
s(At
om)
Bl
ogArchiv
e

 ▼2007(
5)
o ▼ April
(4)
 Críti
caaHegeleàdial
éti
cahegel
iana
 Nã oháalter
nat
ivaàdemocr
acia
 OAb or
to
 Classemédia
o ►Ma rch(1)
 Ca osaéreo:
umapropost
a
 
Cont
ri
but
ors

 Rodrigo
 ReginaldoAlmei
da
 Rober t
o
 Feli
peSv al
uto
 Claudio
 RenatoC.Dr umond

 
 

4.
10.Rober
tOwen(
1771-
1859)

Nasceuem Manchest er
-I
nglat
err
a,f
il
hodeum sel eir
o.Aos19anostornou-segerent
e
deumaf ábri
cadealgodãoem Manchester,queempr egav
a500oper
ári
os.Af ábri
cafoi
amel hordaIngl
ater
ranãosópel aqual
idadedeal godãomastambém pelaefici
ênci
a
naproduçãoepelobem estardosoper
ários.

Suasobr
asepensament
ospedagógi
cos

- Acr
editav
anar eduçãodehor ár
iodetr
abal
ho,
- naint
roduçãodaeducaçãosani t
ári
aedeeducaçãocívi
cadostrabal
hadores.
- Afi
rmav a que a i nt
rodução de método de inst
rução dos tr
abalhadores
aumentavaaprodutivi
dadeeconsti
tui
ri
asucessoparaostr
abalhosdafábri
ca.

ParaOwen,ohomem éum meroprodut


odomeioambiente,nãoésuj
eitoabsolut
oda
cul
paoudomér i
tomassi m daluzqueaeducaçãodevelhepropor
cionarlogonos
pri
meir
osanosdasoci
ali
zação.

-Defendia a or
gani
zação mai
s per
fei
ta dos t
rabal
hador
es porque segundo ele,
const
it
uem amai orforçadetr
abal
hosocialeéumav er
dadei
raf ont
edar i
queza
naci
onal.

- Enfati
zavaqueocar áct erdapessoadependedot
ipodaeducaçãoquerecebeu.
- Concl uí
aqueodest inodumanaçãodependeem grandemedidadaorganização
doseusi stemadaeducação.
- DefendiaqueoEst adoqueomel horgover
noéoquet em melhorsistema
educativo
- Nãoabor recerascri
anças,
- ensiná-l
aspelossinaisepelaconv er
sa.
- Ensi
narusandojogos,danças,
bri
ncadei
ras,
cantoeexercí
ciosmi l
i
tar
es.
- Oweneramui t
oapaixonadopeladançaegostav
adev erascriançasadançar
.

Ospaisficar
am fur
iososporel
epermiti
rquemeninasdançassem junt
amentecom os
meninossem cal
çascompr i
das,oqueparaelenadasi
gnif
icava.Apenasdef
endiaque
cr
iançasdevi
am dançardediaeadul
tosànoit
e.

4.
11.J.F.HERBART(
1776-
1841)

EOSI
STEMADATEORI
AEDUCATI
VA

Ext
raí
dodol
i
vroHi
stór
iaGer
aldaPedagogi
a,deFr
anci
scoLar
roy
o.

 
  
   
JohannFr iedr
ichHerbartnasceuer aOldenhur
go( Alemanha)noanode1776.Em
1805f oipr of
essordeFi l
osofiaem Goeti
ngen;maist arde,em Königsberg,de1809a
1833.Mor reu em 1841,depoi s de uma vida entregue i
ntei
ramente à at i
vidade
acadêmi ca.Asobr aspedagógicasmaisimpor t
ant
esdeHer bartsão:Relatór
iosdeum
Preceptor,PedagogiaGer aldeduzi
dadof i
m daEducação,Esboçopar aum cur sode
Pedagogi a,Li
çõesPr el
i
mi naressobrePedagogiaeI déiadePestalozzideum ABCda
i
nstrução.

 
   
  1.Osi stemadaPedagogi a.-Com Her bar tahi stóri
adaeducaçãot ocouaf igura
mai si mpor tante do sécul o XI X e uma das quat ro cabeças di ret
or as (j
unto com
Comêni o,RousseauePest alozzi)daPedagogi acl ássicadosTemposModer nos.Nãoé
sem r azãoquesuasi déiaspedagógi cassepr opagar am, com êxi toenv olvente,durante
todaamet adedosécul oXIXe, ai
ndaquedet idas, deum l adopel adoutrinaneokant iana
dePaul oNat orpeaneo- begelianadeGent i
l
e, e,deout r
o, pelaPedagogi adeDeweyea
ati
v idadedeKer schenstei
ner ,aindacont am,depoi sdef ormadas,com t al
entosose
bril
hant esdef ensores.
 
   
  Herbartconst r
uiuopr imei rosistemadat eoriaeducat iv
a,opr imei r
oensai ode
grandepor tedest inadoaexpl icaref undament arocompl exoev astof atoeducat i
vo
num cor podedout ri
na.Pode- sedizer ,com ef eito,queHer bartconsegui ucl ar
if
icara
turbamul tadospr obl emaspedagógi cosàl uzdeumaampl aecongr uentedout rina,
tomando,comoant esninguém ohav iafeit
o,at arefadeumaci ênciadaeducaçãono
verdadei ro sentido do t ermo,poi s seus pr edecessor es ( como Locke,Comêni o,
RousseauemesmoPest alozzi)sehav iam l
imitadoaencar artópicosdaeducaçãosem
atenderaumaexposi çãodeconj unt
o.
 
  
   Her bar tnão apenas empr eendeu o est abeleciment oer esolução de al guns
probl emas.Seupl anodet rabalhof oium est udoabr angenteesi stemáti
codav i
da
educat i
v a:desdeost emasdaDi dát i
caespeci al,naqualser evel ouum t al
ent ocr i
ador ,
atéasquest õesdosobj eti
v osfil
osóf icosedasr el
açõesdaeducaçãocom av i
daea
cultura, tudot em ajust eper t
inentenadout rina(1).
 
  
   Com ní t
idaconsci ênciadat aref aquesepr opôs,most r
ouque,ant esdet udo,é
precisodi ferenci araPedagogi acomoci ênci a,daar t
edaeducação." Qualéocont eúdo
deumaci ênci a?Umacoor denaçãodepost uladosqueconst i
t uem umat otalidadede
i
déi aseque,namedi dadopossí v el,procedem unsdeout roscomoconseqüênci asde
pri
ncí piosecomopr incípiosdef undament os.Queéar te?Umasomadehabi l
idades
queháder euni r
-separ aconsegui rum det ermi nadof im.Aci ênci a,poi s,exi
geder ivaros
post uladosdeseusf undament os-pensarf il
osóf i
co;aar teexigeat uarsempr eapenas
deacor docom osr esul t
adosdaquel e;nãopode,dur antesuaexecução,per der-seem
especul ações;cadamoment oexi gesuaaj uda;suar esist
ênciaapr esent ami lpequenos
obst ácul os."
 
  
   "
Épr ecisodi ferenci artambém aar tedoeducadorcul todaexecuçãoempí ri
cada
arte.Aquel esabet ratart odanat ur ezaet odai dade;est aageporacaso,porsi mpat ia,
poramorpat ernal.
"
 
  
   "
Qualdest est rêscí rculoséo denosso est udo?I ndubitav elment enosf altaa
opor tuni dadepar aaexecuçãor eale,ai ndamai s,aocasi ãopar at odososexer cíciose
ensai ospel osquai suni cament esepodeapr enderaar te.Nossaesf er aéaci ência.Por
(
2)
i
sso, temosquer eflexionarsobr ear elaçãoent reat eoriaeapr át ica."

 
   
  
2.A Ét ica:f undament ação da f inali
dade educaci onal .-Or a,qualé o pont o
obrigat ór
io de par t
ida de uma t eoria pedagógi ca? O concei tof undament alda
Pedagogi aéaeducabi l
idade( Bi l
dsamkei t),isto é,aduct i
li
dadeepl astici
dadedo
homem par a conf ormar -se com cer to modo de v ida r egida porf ins mor alment e
vali
osos.Pori sso,aPedagogi a,como ci ência,dependedaFi l
osof iapr áti
caeda
Psicologia." APedagogi amost raof im daeducação;aPsi col ogiaocami nho,osmei os
eosobst ácul os. "At ar efadaeducaçãor esideem f ormarocar áter,que, nalut adav ida,
devemant er-sei nquebr antável,enão, preci
sament e, pel afor çadaaçãoext ernasobr ea
pessoa,masgr açasaumar esol utaecl araat i
tudemor al."Virtudeéonomeque
conv ém àt otali
dadedof im pedagógi co.Éai déiadal iberdadei nteriorconv erti
danuma
pessoaem r ealidadeper manent e."Herbartenf atizou, noPr oblemamor al,ai mpor t
ânci a
decisivadoassent ament opr azer osonadeci sãodav ont ade.Ohomem, comoj áohav ia
demonst radoSchi ll
er,dev er ealizarobem com í ntimaef ecundaal egr ia,com pr azer
estético.Asapr eci açõesev alor i
zaçõesporí ntimaepr azent eirai nclinação( em sua
l
inguagem," represent açõesest ét i
cas")incluem,aomesmot empo," odi gno,obel o,o
mor al,oj ust o;numapal avra:oqueagr adaem seuest adoper feito,depoi sdeuma
contempl açãoper feita".Em conj unto,cincoi déiasdef i
nem,com r igor ,est ecar áter
mor al quet em em v istaaf ormaçãohumana:
 
   
 a)Al
  i
ber dadei nterior,valedi zer, al
iberdader esolut aechei adegozopar adesej aro
bem.
 
   
 b)Apl
  eni tudedev alores,quepr opendepar aar ealizaçãodeobj et i
vosnobr es,cada
vezem mai ornúmer o.
 
  
  
 c)Abenev olência,ouseja,quererobem dopr óxi
mo.
 
  
  
 d)Aj usti
ça, i
stoé, daracadaum oqueéseu.
 
  
  
 e)Aeqüi dade, recompensaer epar
açãoadequadas.
 
  
  
 A est as cinco idéias ou v i
rt
udes correspondem,sucessiv
amente,cinco ideai
s
sociais:uma soci edade de homens l i
vres,um si st
ema de bens cul
tur
ais,uma
comuni dadej urídi
ca,um si st
emadei deai
seum r egimederecompensasesal ári
os
eqüitati
vos.

 
   
  
3.A Psi cologi a:supost os da Met odol ogia.-A f ormação do car áternão é a
formaçãodecer af
t acul dadedoespí ri
to,t alvezdav ont ade.Her bar trejei
tou" adout ri
na
dasf acul dadesdaal ma" .Éer rôneoconsi deraraal mahumanacomoum agr egadode
faculdades.Av idapsí qui caé, par aHer bar t,um mecani smoder epr esentações.Com t al
concei toseapr oximou,nãopouco,daFi losof iamecani cistadaÉpocadasLuzes." As
represent açõessãopr oduzi dasporsensaçõessensí vei sesubsi stem naal maumav ez
que t enha cessado seu mot ivo ext erior.Por ém,como dev ido à est reitez a da
consci ênciasoment epoucasr epr esent açõespodem chegaraserconsci ent es,as
demai sf i
cam soboumbr aldaconsci ênci a,onde,comomol asdeaçocompr imi das,
esper am v oltarasur gir( repr odução) .Asr epresent açõessão,poi s,f orçasquese
acham em l utaent resiesecont rapõem ouseunem, segundol ei
smui todet er mi nadas.
Nasuni õesder epresent ações( associações)sebasei aomecani smodamemór iaede
todasasf ormasespeci aiset empor aisdenossor epr esent ar.A acol hidadenov as
represent ações se r eal iza por massas ant i
gas de r epresent ações semel hantes
(apercepção) .Ossent iment osedesej osnãosãonadai ndependent ese,em nenhum
caso, uma f acul dade aní mi ca par ticular. São apenas est ados v ariáv eis das
represent ações, nas quai s r esidem. Os sent iment os nascem ' quando uma
represent ação se acha compr imi da ent ref orças opost as';os at os v otitivos são
produzi dospel apr essãor ecípr ocadasr epresentações. "Her bar tnãor econheceua
l
iberdadedav ont adenosent i
dodeKant .Asmassasmai sf ortesder epr esent ações
determi nam nossoagi r,e, comoai nst
ruçãopodecr iart aismassasder epresent ações,
(
3)
vê-se, aqui,t
ambém apossi bil
idadedaf or maçãodocar át er .
 
   
  
Em úl ti
ma i nstânci a,est al ut adasr epr esentaçõesseexpl i
camet afisicament e,
recorrendoacer t
onumer odeel ement ossubj acentesnaconsci ênci achamadosr eais.
Além di sso,são suscet íveis de medi r-se mat emat i
cament e os di versos est ados
psíquicos( Psi cologiamat emát i
ca) .
 
   
  
Em suma:a Psi cologi a de Her bar tpode sercar act er
izada como met afísi
ca
i
ntelect uali
sta, associ acioni sta, mecani cistaemat emát ica.

 
  
   
4.I nstrução educativa.-Assent adasest asbases,Herbar
tf i
xouost ermosdo
problemat eóricodaPedagogi a:ocarátermor al,f
inal
i
dadedaeducação,alcança-
se
pelainstrução, pel
adisci
plinaepel ogoverno.
 
  
   
Ai nstrução ( do l
atm,i
i n-
str
uo,edifi
carem)é o cí r
cul
o de idéi
asquese v ão
construindonaconsci ênciadoeducando,gr açasaof atodaapercepção.Deacordo
com omecani smodapsi que,t ai
srepresentaçõessãomodi f
icávei
sedet er
minam,
defi
niti
v ament e,ocompor tament oeaaçãodohomem.Masacondut aeaação
humanas são,assi m,as mai s ev i
dent es manifestações do car át er.Por tanto,a
i
nstrução t em um f im educat ivoav erdadeirainst r
ução é i nst
rução educat iva.A
i
nstrução,nomer osentidodei nformação,nãocont ém gar anti
aal gumapar af azer
fr
ente aos def ei
tos e à i nfluência dos gr upos exi st entes de i déias,que são
i
ndependent esdainformaçãor ecebida.Masaeducaçãodev eapossar -sedest asi déias,
vi
sto como a cl asse e o gr au de aj uda que a i nstrução pode pr oporcionarao
compor tament odependem dodomí ni
oquet êm sobreelas.
 
  
  
 Assim,sóéeducat i
vaai nstruçãoquemodi fi
caosgr uposdei déiasqueoespí rit
o
possui,impul si
onandoest eaf ormarumanov auni dadeder epresent açõesouuma
séri
ehar môni cadeuni dades,que,porsuav ez,determi nam ocompor tament o.Uma
voli
çãonãoémai sdoqueumai déiaquesedesenv olveucabal mente,r eali
zandoum
cír
culocompl et
o,quecomeçacom oi nteresseet erminacom aação.Est ainst rução
educativ
a, quef or
maav ont
adeouoquer eremodel aocar át er,
éav erdadei r
at arefada
escola.Omei odeconseguir.est ainstr
uçãoeducat ivaépr oduzir,noespí ri
todacr i
ança,
um inter
essemul t
ípl
ice.

 
    
 5.Pedagogi adoi nteresse.-Com ef ei t
o, apr imei racondi çãopar aqueoensi nosej a
fecundoéqueexci teoi nteressedoeducando." Oi nteresseéagr andepal av ra,a
palav ramági cadaPedagogi a."Inter essaracr iançaédeposi tarem suaconsci ênci ao
gost oeí nti
moat rativodav erdade,dabel ezaedobem;nãoéum mer odi st rai
rou
divertir,masaf ontedaat ividadei nt el
ect ual.Oi nteresseexcl uiav iolênci a,suav i
zao
esf orçoat équasesupr i
mi -
lo.Tudoest áper di
dose,desdeopr i
ncípi o,seconv erteo
estudonumaespéci edemi sériaet or ment o.
 
    
 Par a Her bart exi stem sei s cl asses de i nteresses: t rês que pr ov ocam o
conheci ment oet rêsquepr ovêm dasr elaçõessoci ais.Aspr i
mei rasl ev am aconhecer
ascoi sas,assegundas,a conv ivercom oshomens.O i nt eressequesel i
ga ao
conheci ment opodeseri nt eresseempí ri
co,enquant osósedi rigeàobser vaçãode
objet os;i nteresseespecul ativo,quandoconduzaoest udodasl eiser elaçõesdas
coisasei nteresseest éti
co,set razem siaapr eci açãopr azent eiradosf atos.Obser var
asár vor esdeum bosqueéor esul tadodeum i nter esseempí rico;ref l
exi onarsobr eas
l
ei sdeseunasci ment o,opr odut odeum i nter esseespecul at i
vo.Enf i
m,oi nt eresse
estét i
copr opendepar asent i
rabel ezadaf lorest a.
 
    
 Osi nteressesquedãomar gem àsr elaçõeshumanassão:oi nter essesi mpát ico,
quei mpul sionaohomem apar tici
parnaal egriaenadordopr óxi mo; oi nt eressesoci al
,
quef azsent irodest inodacl assesoci alaqueper tence,dopov o,daHumani dade;o
i
nt eresser eli
gioso, queogui aaosent iment odedependênci aar espeit odeDeus.
 
    
 Nenhumadassei sf or masdei nter essedev eserdescui dadaousacr i
ficada.O
i
nt eressedev esermul típliceeequi l
ibrado." Af l
ornão dev er ompero cál ice– a
plenitudenãodev econv er ter -
seem debi l
idadepel oexcessodedi sper sãoem mui t
os
sent i
dos.Asoci edadehumanaj ulga, comonecessár i
a,dehámui tot empo, adiv isãodo
trabal ho,par aquecadaum possaf azerbem oqueempr eende.Masquant omai sse
l
imi ta,sedi vi
deaempr esa,t antomai ssemul t
iplicaoquecadaum r ecebedosout ros.
Poi scomoar ecept i
vidadeespi rit
ualsebasei anumaaf inidadedeespí ri
to,eest a,por
suav ez, sobr eexer cíciosespi rit
uai ssemel hant es,éev i
dent eque,nor ei nosupr emoda
Humani dadepr opr i
ament edi ta,nãopodem per maneceri sol adosost rabal hosat éo
pont odesei gnor arem reciprocamente.Todoshãodeserdi letantesdet udo,cadaum
hádeserv irt
uosonumaespeci ali
dade.Masav ir
tuosi
dadepar ti
cularéassunt ode
eleição;pel o cont rário,a r ecepti
vi
dade mul tí
pli
ce,que só pode or igi
nar-se das
mul t
ípl
icest entati
vasdoesf orçopessoal ,éassunt odaeducação.Porest acausa
consi deramos como pr imeira part
e da f i
nal
idade pedagógica a mul ti
pli
cidade do
i
nt eresse,queépr ecisodi f
erençardeseuexager o,damul t
iplici
dadedeocupação.E
post oqueosobj etosdav ontade,aspr ópri
asor i
entaçõespar t
iculares,nosinteressam
todas i gual
ment e,par a que não dest oe v er a debi l
i
dade ao l ado da f or
ça,
(
4)
acr escentaremosest epredicado:mul t
ipli
cidadeequili
brada.
".

JohannFr
iedr
ichHer
bar
t

 
    
 6.Passosf or mai s.-O i nter esseav ivaaat ençãoeest a,post aem mov iment o,
enriqueceaexper iênci a(ocí rcul odei déi as)doal uno, graçasàaper cepção.
 
    
 Aat ençãoaper cept ivapodeserapl icadaaum obj et oisoladopar acapt á-l
of iel ment e
em suat otalidade,ouent ãot ratadeassoci ardiversosobj etosouel ement osdeuma
coisa.Nopr imei rocasof ala- sedaapr eensãoanal ítica;nosegundo,daconsci ência
sintetizador a.
 
    
 Aapr eensãoeaconsci ênci apodem, porsuav ez,serconsi deradas, sucessi v ament e,
em est adodemer acont empl açãoest ática( i
ntuição)ouem est adodemov iment o
(processodi scur sivo)Dacombi naçãodest asmani festaçõesdaat ençãoaper cept i
v a,
derivam- seosquat ro gr aus,et apas,moment osoupassosdo ensi no.chamam- se
"formai s",por queapr esent am af or mager almer cêdaqualoeducandopodeapr opri
ar -
sedasmai sdi versasmat ér iasdeensi no, esão:
 
    
 I
.A apr eensãoest áti
ca,dur ant eaqualoeducandocont empl a,cl arament e,um
objeto: etapadacl arezaoudademonst raçãodoobj eto.
 
    
 I
I.Ot rânsi todeumaapr eensãopar aout r
a:etapadaassoci açãooucompar ação.
 
    
 I
II.Acompr eensãodedi versosobj et osem suapr ofundar elaçãomút ua:et apada
sistemat izaçãooudagener al i
zação.
 
    
 I
V.O pr ocesso da consci ênci a par a apl i
carem sua mai sv ari
ada f or ma o
conheci ment oadqui rido: et apadomét odooudaapl icação.
 
    
 Um exempl opodei l
ust raradi dát icados" passosf ormais".Temadal i
ção:" Os
Planet as."Pr imei romoment odoensi no, aclarezaoui ntuição:obser v arnum pl ani sf
ério
celest eomov i
ment odeal gum pl anet a( Vênus) .Segundaf asedopr ocesso:compar ar
Vênuscom out rospl anet as.Ter cei rogr audoapr endizadoougener alizaçãosi stemát ica:
caract eri
zar ,em ger al,est asespéci esdeast r
oschamadospl anet as( definição de
planet a).Quar topasso,ousej a,aapl icaçãodoconheci ment oadqui rido:est abel ecer
urnacompar açãoent reospl anet aseout r
ascl assesdeast ros,f ormul arer esolver
probl emasast r
onômi cosdedi stânci a, dev el
ocidadeet c.
 
    
 Veja-secomooúl timo" passo"éum gr audeassoci açãomai sampl odoqueo
terceiro;mas,comot al,suscet íveldeser v i
rdebasepar aumanov asi stemat ização,e,
assi m,sucessi v ament e.Pori sso,Her bar tpr econizouessemét ododi dát i
coàmanei ra
deum pr ocesso ef i
cient epar aassegur aracont i
nui dadedo ensi no,poi s" não há
verdadei roensi no, senãoquandoumanoçãonov asei ntercalaem seul ugar ,nasér i
ede
noçõesj
ápercebi
das,ef
ormaumadasmal hasdot eci
do,um doselosdacorrent
e".
 
  
  
 Com est
aidéi
adacontinui
dadedoensino,acha-
seunidoaHer bartopensamento
daconcentr
açãoouunifi
caçãodosestudos.Em parti
cular
,Herbartrecomendavaos
PoemasHomér i
coscomocentrodeensi
no.

 
  
   
7.Teor ia da di sciplina e do gov erno escol ar .-A i déi a de concent ração ou
unif
icação do ensi no r espondi a,def ini t
ivament e,ànecessi dadedecol ocart odo o
processoeducat ivoaser viçodaf or maçãodocar átermor al, em cuj at aref a,adi sci pli
na
al
cançaef ei t
osdi ret os,i medi at os,di ferent ement edai nstr uçãoqueoper adef or ma
medi ata.Adi sciplinasedi rigeàv ont adedoeducando;pr et endeconf ormarocar áter
destecom v istasaumacondut amor alment ev aliosa.Par achegarài nti
mi dadedo
al
unoeat ingirosobj eti
vosquesepr opõeaf ormaçãodi sci plinar,épr ecisol ev arem
contaasdi sposi çõesnat uraiseogêner odev idadacr iançaedoj ov em." Asnat ur ezas
enfermi çassent em- sedependent es; asr obust asar riscam- seadesej ar .
"
 
  
   
Asr egrasdadi sciplinapodem serocasi onaisoucont ínuas,podem i mpul sionarou
conter ,regulament arouauxi liar.
 
  
   
At arefaeducat ivat ambém r ecor reaexpedi ent esext er nospar apr otegeraor dem
dav ida: taléoobj etodo" gov erno" .Ascr iançast êm apet it
esnat uraisdel uta;pr ov ocam
desor dem ecausam danos.Par acont ê- l
as,i mpõe- seumasér i
edemedi dasapl i
cáv eis
degr auouporf orça.Sesepr etendeal cançarest af inalidade,medi ant eaf ormaçãodo
sentiment odeeqüi dadenascr i
anças( oqueconst ituium v er dadei roi dealeducat iv o),já
seest ánocampodadi sciplinapr opr iament edi ta.O gov er no,comot al,pr esci nde
destesef eitosi nter nos.Osmei osdegov ernosãoaameaça, ocast igo, aadmoest ação
etc.
;nor masext ernasaquet odosest ãosubmet idosi gual ment e." Adi sciplina,pel o
contrár i
o,at uadeum modocont í
nuoesempr ecom asv istasnof ut urodoal unoe
suav ement e,comoapr ovidênci abeni gna.Aogov ernot odosseacham i gualment e
submet i
dos; adi scipl i
na, pelocont rário, tem em cont aai ndiv i
dual idadeeseaj ustaael a
em suasadmoest ações,ameaças,censur as;em seusal ent os,l ouv or es,r ecompensas.
Ogov ernot em seupapelespeci alment enosanosdapr imei rai nfânci aenosper íodos
depar t i
cularper igo; mast em dedesapar ecer ,tãologosej apossí vel; poi s'ascr iançase
osjov enshãodeserousadospar achegaraserhomens' .Ondesegov ernamui tonão
sepodedesenv olvernenhumaespont anei dadepessoal ,nenhum espí ri
t odei nvenção,
nenhum âni moar r
iscado,nenhumaat itudepr ev i
sor a,nenhum car áterf orte,consci ent e
desuaf i
nalidade. "Em suma:umacondut adev idar eal,mas,aomesmot empo,de
el
ev açãomor al.

 
  
   
8.Relaçãodaescolacom av ida.-Exatamente,dev i
doaesteobjeti
vodaeducação,
Herbartnãodesatendeu,comov erdadeir
osist
emát i
co, asrel
açõesdaeducaçãocom a
cult
ura,edaescol acom av ida.Per cebeucomoaescol a,amiúde,seesquecedos
afazeresdo mundo,masacent uou,com f i
na acuidade,at aref
av it
alesoci alda
Pedagogia."Daescolaparaav i
da, e,porsuavez,volt
adav i
daparaaescola;est
aser i
a,
sem dúvida,amelhorcami nhadaquesepoder iasegui r
.Masseasci rcunst
ânci
asnão
permitem i
sto,se,
deacordocom asf ormassociais,ohomem deescol aeohomem do
mundo são duas pessoas compl etamente separ adas,que não podem t rocar
comodament eseusl ugares,
poder emosapont arumav ant
agem preci
sa,interna,deum
sobr
eoout ro?Muidi f
ici
lmente!Poi samboscont ri
buem porigualparar epresentarna
soci
edade e par a mant er efi
caz uma coi sa dupl a,porém uni da;como t ão
fr
eqüentement e se v eri
fi
ca nas r el
ações humanas,segundo est ej
am di vi
didos os
tr
abal
hos, cadaum t em quecont arcom oout r
o, quedev ecomplet
arsuaat i
v i
dade.para
(
5)
queesta,consideradaporsi só,nãosej aal
goi núti
l.
".

 
   
  
9.I déi a de exper i
ment ação e demonst ração pedagógi cas.-Her bartnão f oi
soment eum t eóricopur o.Comopr ofessor ,dur antet odaav ida,nãosel i
mi toua
discor rerex- cathedrasobr eosr esultadosdesuasr efl
exões;sempr et eveper anteos
olhosat ar efadecompr ov arsuadout ri
na, atrav ésdaexper i
ênci amet ódi ca.Quandof oi
designadopr ofessorem Köni gsberg,em 1810, consideroupropí ciaaci rcunstânciapar a
organi zar ,comocompl ement odesuacát edr a,um cent ropr áticodeexper iment ação
pedagógi ca.A i niciat
ivapr ovinhadeKant ,quecenav ezdi sse:" Éi ncont estávelque
falt
am escol asnor maiseescol asdeexper iências."Herbartreal i
zout ãof ecundai déia:
i
nst alou em Köni gsberg um semi nári
o pedagógi co no qual ,sob sua di r
eção,dez
estudant es se pr eparavam par a os mi st eres do ensi no.Anexo a est e semi nário,
estabel eceu- se uma escol a primár i
a de exper i
ment ação e apl i
cação,na qualum
númer or eduzido de cr i
anças ( mais ou menos qui nze)pr opor ci
onav a a opor tuna
ocasi ãodepôràpr ov
aasi déiasdeHer bar tededemonst r
arsuaanel adaef icácia.Tal
foio nasci ment o destasi nst i
tui
çõesque,a par ti
rdaí ,foram consi deradascomo
i
mpr escindí vei
snasescol asnor maisem t odasaspanesdomundo.

 
  
  
 10.Juí zosobr eHer bar t.-Um acer t
odaPedagogi adeHer bartéof atohav erreagido
cont r
aosexcessosdoI deal i
smoespecul ati
voer omânt i
co,que,par ti
ndodaat iv
idade
cri
ador adoeu,t erminouporexal t arasnebul osasear bitrár
iasconst ruçõesdest e.Em
seul ugarsustent ouumaconcepçãoobj etiv
aeum t ant ointelectuali
stadomundoeda
vi
da.
 
  
  
 Porest aviachegou,comoj ásedi sse,af orjar,embor aherdandot odaat r
adição
pedagógi ca,opr i
meirodossi stemasdeumaci ênci adaeducação.Par aisso,nãose
sati
sf ezem apel arpar aaÉt icaeaPsi cologia,j
áconst it
uídasem suaépoca, em busca
dos f undament os de sua dout ri
na pedagógi ca.Her bar tmesmo f ormul ou uma
PsicologiaeumaFi l
osof iamor aleest éti
ca, dereconheci dai mpor t
ânci anahi stóri
adas
i
déias, porsuasi medi atasebenéf icasr epercussões.
 
  
  
 Her bartconsegui u,porseusl i
v rosesuaaçãopedagógi ca,or econheci ment oger al
dequeaeducaçãoeoensi noconst ituem tarefasdi fíceisecompl exas,quer equerem,
paraser em atendidas, um pr epar oci entíf
icoespeci al.
 
  
  
 Algunsdeseuspensament os,pr odutodeumaexcessi vasi stemat i
zação,t iver
am
desenv olvi
ment oef i
cazeper ti
nent e,comoai déiadar adicalconcent raçãodi dática.
Comocoor denaraépocahomér ica,porexempl o,com oensi nodamat emát ica,ouo
aprendizadodal í
nguaedal it
erat uracom odageogr afi
aast r
onômi ca,sem cai rnum
extremomai silusóri
odoquepr ático?
 
  
  
 Porout r
ol ado,écer to,Her bar tnãocompar ti
lhouasi déiasdeum Fi chtesobr ea
educaçãonaci onalepúbl ica,esuaPsi cologiaéMet afísicaeconst ruídasobr eabase
deel ement osaní mi cos,embor arefutasse,com êxito,aanti
gadout rinadasf aculdades
daal ma.Masest aeout rasdef iciências,vist
asàl uzdesuaépocaeambi ente,não
anulam seus r endi mentos excepci onais.Suas idéias sobreo i nteresse,os gr aus
didáticos,adisciplina,af ormaçãodocar áter,acri
açãodeescol asexper i
ment aiscomo
processo par ar eformaraeducação.emul tasout r
as,converteram-seem t ópicos
pedagógi cosqueencami nhar am aci ênci aeat écnicadaeducaçãopel asrotasmai s
segur as,desdeosécul oXI X..
 
  
   
Ademai s,comoj ásedi sse,suaobr a,em conjunto,r
epresentaasi st
emat i
zação
i
nicialdeur nat eoriapedagógi ca;assim seencont ram,em ger me,al gumasdesuas
peçasdeconst ruçãoem Comêni o,Locke,RousseauePest alozzi;esuaPsi cologia,
ai
nda que de f undament o met afísi
co,j á postula métodos psi comét ri
cos,t ão
ponder adosdécadasdepoi s.
 

TEMASPARAI
NVESTI
GAÇÕESPOSTERI
ORES

 
  
  
 a)APedagogi
adeHerbartcomparadacom adePest
alozzi
.
 
  
  
 b)APedagogi
adoi
nteresse,desdeComêni
oatéHerbart
.
 

1.Acerca da idéia de sistema na Pedagogi a,verF.LARROYO,La Ci


enci
a de l
a
Educaci
ón,10.ed.Méxi co:Editori
alPorrúa,1967.
2.J.F.HERBART, LiçõesPreliminaresdePedagogi a.
3.Cf.R.
.WICKERT, Histór
iadaPedagogi a, pág.160.
4.J.F.HERBART, Pedagogi aGeral,SegundaPar te.
5.J.F.HERBART, RelaçãodaEscol acom aVi da.

AESCOLADEHERBART

 
  
  
 1.Origem edesenv olvi
ment o.-Herbartpertenceaosgr andesfil
ósofostri
butári
os
deKant .Écont empor âneodeFi chte,Hegel,Schell
ing,Schl
eier
macher..
.Nãoobst ante,
suaFi l
osof i
aaf asta-
sedacor rentedot empo,queassumecar átercadav ezmai s
i
deali
staer omântico.Herbart,naverdade,propendeupar aor eal
ismomet afí
sico,cuj
a
sementecr euacharnov el
hoKant .
 
  
  
 Talcircunst
ânciaexpl i
caporqueadout rinaherbarti
anasepr opagou,apósamor t
e
dogr andePedagogo,ocor r
idaem 1841.Em r espostaai sso,comoj ásedi sse,o
Her barti
smo t eve um v igor oso desenv ol
v i
mento nos f ins do século XIX.Seus
partidári
oschegar am af ormarl egião;e,comoénat ural,asidéi
asdomest reforam
tomando, com ot empo, nov asmodal idadesem benef í
ciodeumaev oluçãoestimulante
efrut í
fera.
 
   
  
Ent re os discípulos de Her bartpodem serdi sti
nguidos três grupos:os que
dir
et ament e se uniram às i déi
as do mest re(herbart
ianos ri
gorosos:St oy,Wai t
z,
Strümpel l);os que compl etar
am e i ntroduzi
ram mudanças no si stema ( neo-
herbar t
ianos:Zil
ler,Dörpfeld,Rein);porfim,osquesev i
ncularam aeleem livrerel
ação
(herbartianosindependent es: VonSallwürk,Paulsen)
.

 
   
  2.Osher bar ti
anosi medi atos:St oy ,Wal tz,Sf ri
mpel l.-Kar lWol kmarSt oy( 1815-
1885)decl ar oui nabal ávei sosf undament osdaPedagogi aherbar ti
ana,sobr etudona
fundament açãopsi cológi ca,massubl inhouai mpor tânciadai nst r
uçãocr i
stã-r
eligiosa
j
unt oàcul tur amor al,nopr oblemadosf i
nsdaeducação.Namai si mpor t
antedesuas
obras,a " Enci clopédi a,Met odol ogia e Bi bli
ogr afia da Pedagogi a"r et
ocou al guns
pensament osdeHer bar ter ejeitout udoquant oout r
osher barti
anosi ntroduzir
am com a
pretensãodemodi fi
carqual querpar t
econst ruti
v adosi stema.Dent rodest eespí ri
to
dir
igiuaoher bar t
ianoTui skonZi ll
eraf rase:" Todoonov oem Zi llernãoébom, etodoo
bom nel enãoénov o."St oyf oipedagogopr át
ico.Fi car am cél ebresseu" Semi nário
Pedagógi co"eseu" InstitutodeJena" .
 
   
  TheodorWai tz( 1821- 1864)t or nou-seher bartianomai star
de.Seumér i
toconsi sti
u
em hav ert rat adodesupr i
mi rosf undament osmet afísicosdaPsi cologiadeHer bart,
sem al terarsuasder ivaçõespedagógi cas.Em suaobr apedagógi camai simpor tante,
Pedagogi aGer al,dividiuopr oblemaeducat i
voem t rêspar t
es:Dout ri
nadai ntuição,do
carát eredai nteligênci a.Nel adescui dou,um pouco,dasi déi
asdaconcent raçãoedos
"grausf ormai s"doapr endi zado.Pori sso, ponder ouem t odoseuv aloroaspect osoci al
doensi no,i ndoal ém deHer bar t
." O aluno,di zi
a,dev esereducadopar aal iberdade
i
nter na,abenev olênciaeoser v
içosoci al."
 
   
  Ludwi gv onSt rümpel l( 1812- 1899)f oium di scí pulomenosdi retodeHer bartqueos
anter i
ores.Tr abal hou,depr efer ência,nodomí ni odaPsi col
ogi a.Em sua Pat ologia
Pedagógi ca obser vou as r elações do psí quico com o cor poral e como as
anor mal i
dadeseper turbaçõesi nfanti
st em basenosf atosfisiológicos.Com est as
i
déi asl igou- se aosdescobr iment osde Wi l
helm Wundt ,
.o f undadorda Psi cologia
fi
siológica.

 
   
  
3.Osneo- herbarti
anos:Zi l
ier
,Dör pfeld,Rein.-Sem dúv i
daalguma, foiTuiskonZil
l
er
(1817-
1882) o di scí
pulo mai si mpor t
ante da escol a her barti
ana," a alma do
Herbart
ismo".Em suasduasobr aspr incipais:Fundament osdaTeor iadaI nstr
ução
educati
vaePedagogi aGer al,compl etouepr opor ci
onou,em par te,
novosf undamentos
àdout r
inadomest r
e.Pode- sedi zerque,em t r
êspont os,mel horoueul tr
apassouo
sist
emaher barti
ano.
 
   
  
SegundoZi l
ler:
 
   
  
a)Aescol haeadi st
ribuiçãodasmat ériasdeensi nodev em serf ei
tasdeacor do
com asf aseshistóri
cas( grauscul t
urais).Zill
eradmi t
iuqueacr i
ançaper corr
e,em seu
cresci ment o, ocami nhoqueaHumani dadesegui uat ravésdossécul os;porisso.di vi
diu
opr ogr amaem oi t
ogr ausquecor respondem aoi toet apashi stóricas: ContoseLendas,
Robi nson,osPat riar cas,I sr ael ,Jesus( di stribuí do em doi sanos) ,osApóst ol os,a
Ref or ma.Ahi st óriapát ri
aser iat ratadaem par alelocom ahi stóriasagr ada.
 
   
  b)Todososr amosdoensi nodev em concent rar -
seem t omodecadaum dosgr aus
cultur aisem cadaper íodol etivo, poi sof i
m capi taldopr ocessoi nst rutivoéaf or mação
cristã- religiosadacr iança.
 
   
  c)Asmat ériasdeensi no,af inal,dev em sert ratadasdeacor docom ospassos
formai s,queel eel ev oupar aci nco echamoudo segui ntemodo:anál ise,sí ntese,
associ ação, sistemaemét odo(1).
 
   
  Em r elação semel hant ecom Her bartencont ra-seFr ederico Gui lher
meDör pf el
d
(1824- 1893) .Em suaobr a Mat erialismo Di dát ico ( 1870)r ecl amou umami nuci osa
consi der açãodoaspect opsi col ógicodoapr endi zado;aomesmot empof ezv erquea
quant idadedemat ériasj amai sdev eriapr opor cionaramedi dadaeducação.Par ael eos
passosf or mai sdoensi noser iam:i nt rodução,i nt uição,compar ação,consi deraçãoe
aplicação.
 
   
  Wai tzj áhav iasubl inhadoof atorsoci alnaeducação.Wi lhel m Rei n( 1847- 1929)
i
nt roduzi u,nosi st ema,oi dealnaci onaldopr ocessof or mat i
v o.Rei néconsi der ado
comoum dosmai sf irmespi l
ar esdaPedagogi aher bar t
iana, epar til
hou, com omest re,
umaf irmev ont adedesi stema.
 
   
  Rei ndi spôsadout r i
nadaeducaçãoem duasgr andesseções:aPedagogi apr át i
cae
aPedagogi at eór i
ca.Apr imei rat em ami ssãoder essal tarasr elaçõesdasoci edade
com aor gani zaçãodav idaeducat ivaem t odasassuasf ormas( educaçãodomést ica,
espont ânea, escol ar ),esev aledaÉt icasoci al edaPsi cologi asoci al.
 
   
  A Pedagogi at eór icaest áigual ment eor i
ent adanest asduasdi scipli
nas,mas,na
formadeét icai ndi vidual edepsi col ogi aindi vidual ,di vide-seem duasgr andespar tes:
 
   
  a)Dout rinadosf i
nsdaeducação( teleol ogi a).
 
   
  b)Dout r
inadosmei osdaeducação( met odol ogi a).
 
   
  At eleol ogi a exi ge do educadorque t r
ansf or me o seu di scí pulo numa f utura
per sonal i
dadequecor respondaaoi dealdaper sonal idadehumana.Amet odol ogi a,ou
seja,adout rinadosmei osdaeducação,ocupa- secom aDi dát icaeadi sci plina.Na
Didát ica, queser ef ereaoest udodasel eçãodasmat ér i
asdeensi no, dacoor denaçãoe
damanei radet rat á-las,Rei ni ntroduzi ual gumasmodi fi
caçõesnosi stemaher bar tiano.
Desdel ogo,cl assi ficouamat ériadi dát caem di
i scipl i
nashi stórico- humani staseem
disci plinasci ent í
fico- nat urai s.Noquet angeaosgr ausf ormai s,pr opôsasegui ntesér i
e:
prepar ação,apr esent ação,associ ação,consi der ação eapl icação.Com r espei to ao
princí piodaconcent raçãodoensi no,pr ev eni aaomest requeconv ertesseaconf usa
(
2)
variet asl ect ionem numaor di nat av ariet a.

 
   
  
4Osher bart
ianosindependent es:VonSal l
würk,Paul sen.-Com Er nestSallwürk
(1839-1926)aescol aherbar
ti
anaf oiperdendoseucar áteri nt
elect
uali
staem favorde
umapedagogi adav ont
ade.Apr ópr i
aevoluçãodestepedagogomost routalmudança
deor i
entação.Em suaconheci daobr a"FormasDidáticasNor mais"(1902),aindase
encontrousobosi gnodoesquemadi dát
icodeHerbart,embor ajárevel
asseassinalada
ori
ginali
dade.SegundoVonSal l
wür k,oprocessomet odológicoseguiri
aestesgraus:
 
   
  
I.Gr ausdacondução.
 
   
  
    
 a)Obj eto.
 
   
  
    
 b)Fundament o.
 
   
  
II.Gr ausdaexposi ção.
 
   
  
    
 a)I nfor mação.
 
   
  
    
 b)Fundament o.
 
   
  
III.Gr ausdael aboração.
 
   
  
    
 a)Resul t
ado.
 
   
  
    
 b)I nordenação.
 
   
  
Mai st arde,separ ando-se t ambém da t eleol ogia her bar tiana,most r
ou que " a
educaçãonãopodeserconst ruí dasobr eaf ér eligiosa,massobr eacul t
ur agl obal".
Parat almudança de concepção pedagógi ca cont r
ibuiu o est udo da Pedagogi a
pest alozzi ana, queol evouaf ormul ar,noout onodesuav ida, umadout r
inav olunt ari
sta,
comooi ndicaot í
tulodeseul ivroEscol adaVont adecomobasedet odaEducação
(1915) .
 
   
  
Mui tomai si ndependent eai ndaqueVonSal lwür k,com r espeitoaHer bart,f oio
emi nent ef i
lósof oepedagogoFr edericoPaul sen( 1846-1908) .Suamel horpr odução
apar eceu em suas i déi
as f i
losóf icas sobr e os f i
ns da educação.Segundo sua
etimol ogi a,di ssePaul sen," f
ormação"si gnifi
cadesdobr ament o, dedentropar af ora,de
umaener gi
adeexpansão ai ndai ndet erminada,at éamat uridadet ot al.For mação
significat ambém essemesmodesenv olvi
ment ogl obal.Sobest easpect oconcor dou
com oconcei t
oar istotél
icodef or maessenci al.Ohomem v erdadeirament ef ormado
represent aot ipoouaessênci ahumana.
 
   
  
Dado,por ém,queohomem éum serhi stór i
co,soment ecomomembr odeuma
comuni dadehi stórica,fil
hoeci dadãodeum pov o,épossí v elconcebereor ientarsua
educação.
 
   
  
Paul senr econheceuai mpor tânci acont empor âneadaor ient açãor ealistanoensi no
eexi gi uumaequi paraçãoent reaf ormaçãor ealistaeaf or maçãohumani st a,poi sa
ciênci aeat écni casãonov osev i
gor osospoder esdacul turaat ual;porém, com Her bart,
assinal oucomoi deai sdaeducação:f orçadev ont ade,aust eridade,t r
abal ho,f idel i
dade
aodev ereumaconcepçãor eli
giosaemor aldav da(3).
i

 
  
  
 5.OHer bart
ismof or
adaAl emanha.-For adaAl emanha,oHer bart
ismoest endeu-
semuiconsi deravelment enasegundamet adedosécul oXIX..NosEst adosUni dosda
Amér i
ca,opr i
mei r oqueabr iucami nhof oiMcMur r
y,com at radução,em 1889,da
Psi
cologiadeHer bart.Omesmonor te-amer i
canopubl cou,em 1892,osEl
i ement osdo
métodoger al
,em cuj aobr aexpôs,com f ideli
dadeesi mpati
a,adout ri
naherbarti
ana.De
Garmof oiodi v ulgadorinfati
gáveldasdout ri
nasdeHer bart,comoor evelam suas
muitastraduçõesdaPedagogi aher bartianaesuaest upendamonogr afi
asobreHer bart
nacoleçãodosGr andesEducador es.
 
  
  
 NaI nglater
ra,ast raduçõesdoSr .eSr a.Felki
nconqui staram,paraHer bart,bom
númer odeadept os,comoopr ovam asi nsti
tui
çõesdocent esem quei mper am os
métodos dos passos f ormais.Na di stante Áustri
a,também se conheceu l ogo a
doutri
nadest epedagogodeKöni gsber g.
 
  
  
 Desde1886, naI táli
a,opedagogoFor nel
liaderi
uàdout ri
na,em suaobr aPedagogi a
segundoHer bartesuaEscol a.Porsuapar te, M.Lui geCr edarodeuàpubl icidadeol i
vro
Pedagogi adeJ.E.Her bart,noqualobser v ouosgr andesr endiment osdaor i
entação
her barti
ananaci ênciadaeducaçãoedaPsi cologi a.
 
   
  NaFr ança,M.E.Roer ichem seul i
v r
oi nti
tuladoTeor iadaEducaçãosegundoos
princípiosdeHer bart(1884)t eveomér it
odehav ersi doopr imei r
oachamaraat enção
par aadout r
inadeHer bar t.M.Pi nlochet raduzi upar t
esi mpor tantes,oradaPedagogi a
Ger al,oradoEsboço.Umaboaobr asobr eHer bart ,nosécul oXIX,f oipubli
cadaporM.
Mauxi óncom ot í
tuloAEducaçãopel aI nstruçãoeasTeor i
asPedagógi casdeHer bart;
cont udo, sem dúv i
daal guma, aobr aquemai scont ribuiuparadaraconhecer ,
naFr ança,
adout r
inaher barti
anaf oiol ivr
odeGabr ielCompay é,Her
r bar teaEducaçãopel a
Instrução( 1906).
 
   
  NaAmér icaLat i
na( particularmenteChi l
e, Ar gent ina,Uruguai ,Brasil
,Peru,Colômbi a,
Venezuel aeMéxi co)também sef ezsent irai nfl
uênci adaPedagogi adeHer bart,nos
princípiosdosécul oXX, unidaai negáv eisel ement ospest alozzianosekr ausistas.Este
últi
mo,gr aças à v i
gor osa influência exer cida nest es países pel av enerávelf i
gura
espanhol adeFr anciscoGi nerdel osRí os( 1839- 1915)eseugr upo.Out romest re
espanhol ,ogr andepedagogoPedr oAlcánt ar aGar cía( 1842-1902) ,atr
avésdesuaobr a,
também f oi efi
cientev eículo,naAmér icaLat ina, dasi déiasher barti
anas.
 

TEMASPARAI
NVESTI
GAÇÕESPOSTERI
ORES

a)Est
udocompar
ati
voentr
eSt
oyeZil
ier
.
b)Osist
emadaPedagogi
adeW.Rei
n.
 

1.K.LANCE,T.Zi
ll
er,Ber
li
m,1918.
2.VersuaobraResumendePedagogía.Versãoespanhol
a,Madrid,1925.
3.F.PAULSEN,Pedagogí
aRacional
.Versãoespanhol
a,Barcel
ona,1927.
 

Ext
raídodolivr
o:
LARROYO,Fr anci
sco.Hi
stór
iager
aldapedagogi
a.2.ed.SãoPaul
o:Mest
reJou,v
.II
,
1974.(p.631-
639e649-653)

OUTROSI
TESOBREHERBART:

GrandesMest
resdaEducação-Ver
aZachar
ias,
SãoPaul
o
 
4.
12.Her
ber
tSpencer(
1820-
1903)

“Aeducaçãoétudooquefazemospornósmesmoseoqueosout
rosf
azem pornós,
par
anosapr oxi
marmosdaperf
eiçãodanossanat
ureza”
.

Oautorquerdizerqueoquesomoséoquef i
zeram par
aquesejamosnóseai sso
j
unt
a-seoesf orçoindi
vi
dualdoeducando.Defactonaeducaçãonãotem l
ugara
i
mposiçãosenãoumaadesãov ol
untári
adeensinamentosdosadul
tosedo mei o
ambi
ente.

Herber
tdefendiaqueosest udosdev em assegur
arav idaedepoi
sbensmater
iai
s,
at
ravés da i
ndustr
ia.Trat
a-se de garant
ira sobrev
ivênci
a pormei
o de mat
eri
al
pr
oduzidonaindúst
ria.

Foiapol
ogist
adeum ensinorelev
anteeconci
soaoaf i
rmarquepel
aapr
endi
zagem,
deveseadquir
iromai
spossí
velcom omenospossí
vel
.

Sãodeleasformasdeensinar,par
ti
ndodosi mplesparaocompl exo,dohomogéneo
paraoheter
ogéneo,dodefini
doparaoi ndefi
nido,doconcret
opar aoabstract
o,do
próxi
moaoafastado,
doconhecidoaodesconhecido,deper
toparalonge.

Eleaf
ir
mav aqueav i
olênci
aecast igosnaeducaçãosãocontr
aproducentes.Quem não
sabealiçãodeverepetirt
antasv ezesatésabereissodevefazerdurant
eoi nter
valo.
aj
udadopelosoutr
os.Querdi zerqueeledefendi
aacooperaçãomút uaentreosalunos
noprocessodeensino-apr
endizagem.

Combat i
aoegoísmoeoindivi
dual
ismo.Defendi
aquedevemoseducarpel
ainst
ruçãoe
vi
ce-v
ersa.Queapedagogiadevi
aseapoi aràpsi
col
ogi
a.El
epublicouum l
i
vrosobrea
PedagogiaGer
al.Foioi
nv ent
ordoMét odoAnalí
ti
coSi
ntéti
co,nabasedenarraçãoe
descr
içãonabasedaint
uição.

Dizi
aqueaeducaçãofaztrazeral
i
berdadei
ntelect
ual
,aj
ust
iça,apazepr
ogr
essoe
fi
nalment
ebenev
olênci
aqueéum di
rei
todasociedade.

Ensinouqueagi násti
caeeducaçãoFí si
casãoi ndi
spensávei
spar
aaboasaúde.Teceu
durascr í
ti
casàeducaçãot radi
cionaler el
i
giosa,concret
amenteescolást
ica.Herber
t
eranat ur
ali
staporexcel
ência.Oensinodev eserlai
coeoensi norel
i
giosonãopertence
aoEst adomassi m aosrel
i
giosos

FoinotempodeHerbar
tqueseconvenci
onouum ensinodemuit
osal
unospar
aum só
prof
essoremoni
tor
iadosat
rasadospel
osalunosadi
antados.

4.
13.Wi
ll
iam James(
1842-
1910)
Médico,f
il
ósofoepr ofessordepsi cologi
aem Hav ar
d.Pragmático-Jul
gavaasi dei
as
pel
oseuv al
orpráti
co.sóaceitavacoisasprát
icas.Parael
eai dei
acer ta,comopositi
va
éúti
lparaav i
dael ogoépr aticáv
el.Av er
dadeéoqueconv ém crer.Deusexist
e?Não
i
mpor t
areal
ment eexist
epor queéút i
l.ParaJames,osubconscienteéoel odel
igação
ent
eohomem eoDi v
ino

I
dei
aspedagógi cas
- Èpreci sor espeitarapersonali
dadedacr i
ança.
- Opr of essordev econheceraal madacr i
ança.Elaéum pacot
edeinsti
ntos.
- O gr andesucessonaeducaçãoébat erof er
roquandoest áquente,i
stoé
aprov eitarasv agasdeinteresse,
- al
ternarasdi scipli
nasediversifi
carosassuntosnoensi
no.
- Apr ov eitarainteli
gênci
adacr iançaquandoestápront
aparafunci
onar
.

Contudonem t odososinter
essesdascriançasdevem sercult
ivados,por
queuns
devem sercul
ti
vados,
osútei
s,osfav
oráv
eiseoutroscombat
idos.

Aat ençãoéoi nstr


umentoessenci
alparaaf or
maçãodaper sonali
dadedoal uno.A
atençãoéoprincípi
odeesforçoefazeresfor
çoéquerer
,ésercapazdecrer.Quereré
pensarcom f orça,é concent
rara atenção.A saúde da v
ontade é a saúde de
pensamento.

Aassociaçãodeidei
aséof actordememór
iaeéumabasedaeducação.Educaré
const
it
uirsi
stemadeassoci
açõesnament
edoal
uno.

Jamesref
utaaimpor
tânci
aderepet
içãoedeexercíci
oscomotrei
nosdememór i
ae
acr
edi
taquecadaum t
em asuacapacidadeder
etenção,deat
ençãoquenãopoderá
aument
ar.

Eleafi
rmavaqueopr ej
uízodamemór i
amecâni caéorápidoesquecimento.Èpr
eci
so
ensi
narlent
aepr ogr
essivament
eparaformarasassociaçõesdasi dei
assem queas
cri
ançasseaper
cebam, masformari
maginações,l
embr
anças,percepções.

Amai orimport
ânci
anaeducaçãoéf azerdonossosist
emanervosoonossoal i
ado,
capit
ali
zarasnossasaquisi
çõeseviv
erfol
gadament
edej ur
os.Tornarmecâni
cosos
bons hábit
os e combateros noci
vos.O segr
edo das boas l
i
ções é li
gá-
las às
precedent
es.

4.
14.JohnDewey
(1859-
1952)

2-DadosBi
ogr
áfi
cos

John Dewey nasceu na ci


dade em Burl
i
ngt
on(Ver
mont
),
de or
igens f
amil
i
ares
modest
as.
ElerecebeuoPh.D del
edaEscol
aKri
egerdeArt
es&CiênciasdaJohns
Hopki nsUni versit
yem 1884.
John Dewey er a f ilósof o amer i
cano,psi cól ogo e o
refor mador educaci onal cuj o pensament o f oi mui to
influent enosEst adosUni doseaor edordomundo.El eé
reconheci docomoum dosf undador esdaescol af i
losóf ica
de Pr agmat ismo ( junt o com Char l
es Sander s Pi er ce e
Wi lli
am James) ,um pi onei ro em psi cologiaf unci onal ,
e
repr esent ante pr inci pal do mov iment o da educação
progr essi vanor te-amer i
canadur anteapr imei r
amet adedo
sécul oXX.
Compl et ouosseusest udosnaUni versidadedoVer mont
em 1879 e t ornou- se pr ofessor do sencundár i
o at é
Set embr o de 1882, quando ent rou de nov o na
uni versidade, dest a v ez na Uni versidade, dest a v ez na
Universidade Johns Hopki ns par a est udar Fi losofia.Depoi s de obt er o
doutar ament o,
Dewey consegui uma posi ção como pr ofessor de Fi losof ia na
UniversidadedeMi chi gan,
ondeensi nouapar tirdeset embr ode1884. Trêsanosmai s
tarde(1887) ,
publicava o seu pr i
mei rol ivr
o, Psy chology ,
onde pr opunha um si st ema
fi
losífi
coqueconj ugav aaest udoci ent ífi
codapsi cologiacom af i
losof iai deal ista
alemã.
Essel i
vrof oiimpor tantepar aopassosegui nt edacar reiradeDewey :ocar gode
professordeFi l
osof i
aMent aleMor alnaUni v ersidadedoMi nnesot a,queacei touem
1888masnoanosegui nt
e,apósamor t
esúbi tadoseument or,Geor geMor ris,regr essou
aUni versidadedeMi chiganpar aar ecem- cri
adaUni ver si
dadedeChi cagoeaiem br ev e
l
iderav aodepar t
ament odef ilosof i
aeodepar tament odepedagogi a,cri
adoporsua
sugest ão.
Nof inaldadécadade1890, Deweycomeçouaaf ast ar-sedasuaant eriorv i
sãoi deal ista
neo-Hegel ianaeadopt arumanov aposi ção, quev eioaserconheci damast ardecomo
pragmat ismo. Depoi sdepr oblemasgr av esnapol iticai nternado Depar tament o de
EducaçãodaUni versidadedeChi cago, Deweyabandonouai nstitui
çãopar asel igará
UniversidadedeCol umbi a,em Nov aI orque, onde per maneceupr ofessorat éaof im da
suacar r
eiranoensi no,em 1930. Cont inou, noent ant oaensi narcomopr ofessorEmér ito
até1939, econt inouaescr ev ereai nt ervirsoci alment eat éásv ésper asdasuamor te.
Entreassuasobr as sedest acar am TheSchooland Soci ety(1899; A Escol a ea
Sociedade)eExper i
enceand Educat ion( 1938; Exper i
ência eEducação) ,Meu Cr edo
Pedagogi co(1897),Escol a e a Cr iança,Democr aci a e a Educação( 1916) ,Como
Pensamos( 1910)

3-Obr
asdeJohnDewey

JohnDeweyf oiumapersonagem ext


remamentecomplexaeoseupensamentonão
podeserli
mit
adoaum mei orótul
o.Deweyéaquiapresent
adocomoum pensadorde
vanguar
danopragmat
ismoepr ogr
essismoest
aduni
dense.

Nãodeixadeserai
ndamenosi
mpor t
ant
eotrat
ament
oqueédadoaopapelqueDewey
desempenhounaadesãodos Est
adosUni
dosnaIGuerr
aMundial
. Ofil
ósofoJohn
Dewey(1859-
1952)é geral
mentereconheci
do como um dos mai
ores pedagogos
ameri
canoemaisreput
adodosécul
oXX, cont
ri
buindopar
adi
vul
gaçãodoprincí
piosdo
quesechamoudeEscolaNova.

Deweycent rou-senum v astol equedepr eocupações,sobretudo edeumaf or


ma
notável
,nodomí niodaf i
losofia,educação,psi
cologia,soci
ologi
aepol í
ti
ca.Dewey
di
ziaaindaqueaEducaçãot em f undamentalpapelcomoacel er
adordoci clode
tr
ansformaçãodacr iançapr opor ci
onandoaoalunoor ápi
docontactocom asituação
novasesti
mul andoa r eorganizaçãodasexper i
ências,mantendovivoaoprocessode
cresci
mentoer eflexão.
Deweyf oii
mpor tantenoqueser efereaoâmbitopedagógico.

JohnDewey197Deweyest evepr ofundament eenv olvido,aol ongodasuav i


da,num
diversoespect rodecausaseducaci onais,sociai
sepol ít
icas.Porexempl o,f oimembr o
da Academi a Naci onalde Ci ências;aj udou a f undara “ Amer ican Associ ation of
Univ er
sit
yPr ofessors”,a“ NewSchoolf orSocialResear ch”ea“ Amer icanCi vilLiberti
es
Union” .Foium dosmembr osf undador esdopr imei rosi ndicat odepr ofessor esda
cidadedeNov aIorque; contr
ibuiuregul armentecomomembr odoconsel hoedi torialda
“NewRepubl ic”e,dur anteosf inaisdosanost ri
nta,f oipr esident ededoi sgr uposque
tentaram or ganizarum t er
ceiro par ti
do de or ient ação r adical,r esul tado de uma
coligaçãoent reacl assemédi a,labor aleagrícola( a“ Leaguef orI ndependentPol it
ical
Action e o Peopl e’s Lobby”).Par a além disto,e ai nda como out r o exempl o do
compr omi ssoquemant eveaol ongodasuav i
daem pr oldascausaspr ogr essistas,em
1937,( com 78anos)v i
ajoupar aoMéxi coparapr esidiràcomi ssãoquei nv estigavaas
acusaçõesdet r
aiçãoeassassi natopr oferi
dascont raoexi ladoLeonTr ot skydur ante
osi nfamesj ul
gament osdeMoscov o.Numacar reirapr olífi
caquet respassouset e
décadas( asuaobr acompl et
aengl obat ri
ntaesetev olumes) ,

4-Fi
losof
iaEducaci
onal

Deweyt ent a senteti


zar,cr iti
care ampl i
ara f il
osof ia educaci onaldemocr ática ou
contidasem RosseauePl atão.Viaem Rosseauumav i
sãoquecent rava-senoindi vi
duo
enquant oPl atãoenf ati
zav aasoci edadenaqualoi ndivi
duov ivia.El econtestouest a
disti
nção-et alcomoVy gotskyex ergav aoconheci ment o(ament e)easuaf ormação
comoum pr ocessosoci alcomunal -i
ntegr
andoosconcei tosdesoci edadeei ndividuo.
Parael eoi ndividuosoment epassaaserum concei tosi gnifi
cant equandoconsi derado
partei ner entedesuasoci edade- enquanto estanenhum si gnificado possui ,sef or
consider adoápar t
e,longedaspar tici
paçãodeseusmenbr osi ndi viduais.Depois,como
reconhece na obr a post eriorExper i
ence and Nat ure (Exper iência e Nat ureza) ,
o
emper ismo subj eti
vo da pessoa é quem r ealment ei ntr oduz as nov as i deias
revolucionar i
asnoconheci ment o.Par aDeweyer adev i
talimpor t
anci aqueaeducação
nãoser est ri
gisseaoensi nodoconheci mentocomoal gopr ont oeacabado–masque
osaberehabi l
idadesdoest udanteadi quir
em possam seri ntergr adosasuav i
dacomo
cidadão, pessoa, serhumano.Nol aboratori
o-escolaquedi r
igiuj unt oasuaesposaAl ice,
naUni ver sidadedeChi cago, ascriançasbem sucedi dasapr edi am concei t
osdef isicae
biol
ogiapresenci
andoosprocessosdeprepar
odol ancheedasr ef
eições,
queeram
feit
asnasuacl asse.
Est
eelementodeensinocom aprati
cacot
idi
anaf oisuagr
ande
contri
bui
çãoparaaEscolaFi
losóf
icadoPr
agmasti
smo.

Mast ardeestainiciati
va f racassou, apóst rêsanos, Deweyv iu-sef orçadoadei xar
Chicago.Cri
ouentãoaf amosaLi ncol nSchool ,
em Manhat t
an( Nov aIorque),quetambem
fal
houem poucot empo. Suai deias,embor abast antespopul ares,nuncaf oram ampl ae
profundamenteintergradasnasescol aspubl icasnor te-
amer icanas,embor aal gunsdos
valoresepremissast enham sedi f
undi do.Suasi deiasdeEducaçãoPr ogressivaforam
durantepersegui
dasnoper i
ododaGuer raFriaquandoapr eocupaçãodomi nanteer a
cri
aremant erumael i
teintelectualci entí
fi
caet ecnologica,par af insmi l
i
tares.No
periodoPósguerra-fri
a,ent
retato,ospr eceitosdaEducaçãoPr ogressivat em ressurgido
nar eformademui t
asescol aseosi st emat eóricodeeducaçãot em suaspesqui sas
evoluído.

JOHNDEWY-def endemuitoamaneiradeaprenderi
nfor
malmente.Di
zqueaescola
pecamui t
oporseafastarmui
todav i
dacot
idi
anadasociedade.Ohomem aonascer
depende da soci
edade.Este aut
ort em como base para seus argument
os a
experi
ênci
a.

Parael
eademocracianaeducaçãoéteracessoesucessonaescol
a.Sucessopar
a
todosmascadaum nasuadi
versi
dade.

Obj
ect
ivodaeducaçãopar
aserdemocr
áti
ca-oal
unodev
eserl
iv
redeseexpr
imi
r.

Ohomem aonascerj ánascecom umaeducação.


Comosur geesaeducação?
Vem donde?
Comoi ssoacontece?
Comosaberi sso?

5-DeweyeaEducaçãoPr
ogr
essi
va

Ai deiabasi cadopensament odeJohnDeweysobr eaeducaçãoest acent radano


desenvol viment odacapaci dadeder aciocíniodoal uno–aoi nvésdesi mplesment e
est e memor i
zaras lições.Enquant o suas i deias gozam de gr ande popul ari
dade
dur antesuav idaepost umament e,suaadequaçãoàpr át
icasemprefoipr obl
emat ica.
Seusescr itossãodedi ficill
eitur
a-eleet em umat endenciaparaaut i
li
zaçãodet er
mos
nov osef rasescompl exasf azem com quesej aext ermament emalentendido,forçando
reinterpr
et açãodost extos.Apesardeper manecercomoum dosi ntel
ectuai
s nor te
amer i
canosmai sconheci dos,opubliconãoconheceoseupensament o.Porcausadi sto,
mui tos pensav am seguiruma l inha Dewey ana,quando na v er
dade estavam l onge
disto.Opr oprioDeweyt ent oufrearalgunsent usiastas,sem muit
osucesso.

Ao mesmo tempo,outr
as ideias e prospost
as de Educação Progr
essi
vaforam
sur
gindo,
boapar
tedelasinf
luenci
adasporDewey-masnãonecessari
amenteder
ivadas
dassuast eorias-t
or nar
am- seigualmentepopul ar
es,umasmai soumenosapl icav
eisna
prati
ca,outras contradi
tori
as como r egist atram hist
oriador
es,
a exempl o de Herbert
Kli
ebard.Frequentement eaEducaçãoPr ogr essi
vafracassoumasi stodependedoque
aspessoasent endem porev oluçãoef racasso. Muit
asf ormasdeeducaçãopr ogressiva
ti
veram sucessot ransf
ormar am apai sagem educaci onal:aquaseoni spresença dos
servi
çosdeor i
entaçãoouaconsel hament o,paracit
ar-
seum exempl o,
éf r
utodasi deias
progressiv
as.Derivaçõesr adicai
sdopr ogr essivi
smoeducaci onalquasenuncaf oram
test
ados,equandoof oram nãot i
veram vidal onga.

6-Pr agmat i
smoem Dewey
i
nst r
ument ali
sta
Deweyéumadasf i
gur ascent raisdopr agmast ismonosEst adosUni dos,aol adode
Char lesSander sPei rce(quecr iouot er
mo) ,eWi l
li
am James( quepopul arizou).Mas
Dewey não chamav a a sua f il
osofia de pr agmáti
ca, pr eferindo o t er
mo
i
nst rument ali
smo.Sual i
nhaf il
osof icaer adei nf luenciafortement eHegel i
anaeNeo-
Hegel iana.Aocont rariodeWi ll
iam Jamesquesegui aumal inhaposi ti
v i
stainglesa,ele
erapar t
icularment eempí ricoeut i
l
itari
sta.
Deweyt ambem nãoer at ãopl urali
staou
rel
ativ i
sta como James.El e di zia que a nat ur eza é essenci alment e saudosa e
patética,turbulenta e passi ona. Dewey af i
rmav a, di
ferente de James que a
exper iencia(social,cul t
ural,tecnol ogica,fil
osofica)poder i
aserusadacomoj uizode
valorda v erdade.Enquant o par a James a r eligião er a uma v ia mui to pobr ee
desint eressant e,
poi sni nguem poder i
a demonst rarcomo v erdadeal go der iv
ado de
conv eiçãor eli
giosal evandoohomem asi ncertezasdot eí
smo,moni smoet c.Dewey
peloopost opr econi zavaquehav i
aum i mport ant epapelnasi nsti
tuiçõesr el
igi
osas.
Deuser apar aeleumadasf or masdemani sf est açãodai nteligenci ahumanacom
met ododei nvestigação- port
ant oci ência.Assi m comohouv eum r essurgiment oda
fi
losof iadaeducaçãoascont ri
buçõesdeDeweypar aafil
osof i
a( afinaleleer amui to
fi
losof ico do que pedagogo) tambem v oltar
am a bai la a par ti
rdos anos 70 por
pensador escomoRi char dRor t
y ,RichardBer nsteineHansJoas.

7-I
dei
asdoJohnDewey

Ai dei
abásicadopensament
odeJohnDeweysobr eaeducaçãoestácentradano
desenvol
vi
mentodacapaci
dadederaciocí
nioefor
mulaçãodoespí
ri
todoaluno–ao
i
nvésdesimplesment
eest
ememorizarasli
ções.

Deweyacredit
avaquet odaaidei
a,v
aloreinst
it
uiçãosoci
alori
ginavam-
seapar t
irdas
ci
rcunst
ânciaspráti
casdav idahumana.Nãoer am nem cri
açõesdi vi
nas,nem tão
poucoref
lecti
am det
erminadoti
podeideal
.Averdadenãorepr
esentavaumaideia

Para Dewey ,a chave do desenv olvi


mentoi nt
elect
ual,e consequent emente do
progressosocial
,er
aaescol ari
zação,sobr
etudonumaépocaem queasi nfl
uênci
as
educacionai
sdeoutrasinsti
tuições(olar
,aigreja,et
c.)decresci
am tãodrasticamente.
Deweydest acouanat urezamor alesocialdaescol aeacr edi
tavaqueest apoder i
a
servi
r como uma “ comuni dade em mi ni
at ur
a, uma soci edade embr i
óni
ca”,
parti
cular
mente uma soci edade que dinami zava acti
vamente o cr escimento da
democraci
aquehav iasidominimi
zadopelasoci
edadeurbanoindustri
alAssim,não
sóaescolar
izaçãouniv
ersaler
acruci
alnarápi
datr
ansf
ormaçãosoci al
,comotambém
a“novaeducação”erav i
tal
,umaeducaçãoqueeraguiadapel
aper specti
vadequea
escol
aéav ida

Deweycr it
icou severamente as escol as públi
cas porsi l
enciarem e i gnorarem os
i
nt eresseseasexper i
ênci
asdos[ as]alunos[as]
,util
i
zandoumal inguagem ar t
if
icial
(prov avel
ment esobr eum vagof uturo)queserveapenaspar aali
enaros[ as]estudant es,
hiper dependent e dos t estes par a av al
iar a aprendizagem dos[ as] estudant es,
difer enciando-os[as]deacor docom asuapr esumíveldestrezaem par t
ici
pardeuma
apr endi zagem manualoument al,
aoi nvésdeof er
ecerambasat odos[ as]eisolandoas
mat ér i
asumasdasout r
asaoi nvésdeasuni rem tor
nodasexper i
ênciasv i
vidasdos[as]
estudant escom oconheci ment o

Deweydefendeuqueaescoladeveri
aassumirum papelpar
ti
cipati
vonatr
ansf
ormação
par
aumamel horordem soci
al.Omáxi moadmitidoporeleer aaapli
caçãodeuma
i
nvest
igaçãocri
ati
vaecient
ífi
caaosprobl
emassociai
s.

Noent anto,émui toimpor t


ant esal ientartambém queDeweydi scordouaber t
ament e
dosdef ensoresmai sextremi stasdav isãoprogressistacentradanacr i
ança.Dei xou
bem claroqueopapelcr ucialdev eriaserdesempenhadopel os[
as]professor es[
as]
,
aj
udandoaassoci arosinteressesdosal unosdemodoaassegur arodesenv olvimento
i
ntelectualcom asexper i
ênciaseducat i
v as(em vezdeser em aquiloqueel epensav a
serem asexper iênciasnãoeducat i
vasedeseducat ivas).Paradest acarestepont oele
defini
uaeducação como “ ar econst rução our eorganização dasexper iênciasque
somam aosi gnif
icadodeexper iência,equeaument aaJohnDewey199capaci dadede
conduzirocur sodeexper iênci assubsequent es”
.A l iber
dade,porexempl o,par aa
cri
ançanasal adeaul anãodev eriaserv istacomoum f i
m em sipróprio.

8–Cr iticasaopensament odeDewey


Ol ugardeDeweynomov i
ment or adi
calestaduni densef oisempr e,dealgumaf orma,
problemát ico.Porexempl o,v acil
ou em sua i dent if
icação com o Soci al
ismo ( por
exempl o, apoi ouaent radadosEst adosUnidosnaPr imei raGuer r
aMundi al)er eferiu-se
aoMar xismocomo“ utopianão- cient
íf
ica”.Par aal ém di sto,nosesf or
çosr ealizados
para mant era f l
exibil
idade e opor -se ao dogmat i
smo e,em par t
icular,a sua
discordânci ar elat
ivament eaf ins explícitos pré- determinados,Dewey r ev ela-se
demasi adament e segundo ( KENNETH TEI TELBAUN e MI CHAEL W.APPLE 200)
“neutro”per anteaquel esqueseencont r
am env olvidosact ivamentenal utaporuma
transfor maçãosoci alradical.Asuaant ipatiaper anteoensi nodecr ençassoci al
ment e
fi
xasr ev elava-seem cont rast
ecom asabor dagensdemui t
oseducador essoci ais
reconst rucionistas que acr editavam que t aladv ocaci a pol í
ti
ca era uma aspect o
i
nev it
áv el naeducação.

Além domais,équesti
onávelseum deter
minadoti
podepropósitosoci
alcomum ede
cidadani
aactiv
aadv ogado porDeweyépossí velnumasoci edadecapit
ali
stacom
tamanhas e acentuadas desigual
dades de poder e r
iqueza e dominada pel
o
consumi
mos.

A Educação t em como f i
nal i
dadepr oporcionaracr iançacondi çõespar aquese
resol vaporsipr ópri
oosseuspr oblemas,enãoast radi ci
onaisi dei
asdef ormara
criançadeacor docom model osprév ios,oumesmoor ient á-l
aspar aum pr ov i
r.
Tendooconcei todeexper iênciacomof actorcent raldeseuspr essupost os,chegaa
concl usãodequeaEscol anãopodeserumapr eparaçãopar aav idamassi m, apr ópr i
a
vidaassi m par ael evida–exper i
ênciaeapr endizagem est ãouni das, detalf ormaquea
funçãodaEscol aencont ra-
seem possi bi
li
tarumar econst ruçãoper manent ef eit
apel a
criançadaexper i
ência.
Ei mpor tantequeoeducadordescubr aosv erdadei rosi nteressesdacr i
ança, parase
apoi arnesses i nteresses , pois par a ele, esforço e di scipli
na , são pr odut os de
i
nt eressequesoment ecom basenessesi nteressesa exper iência adqui rir
ia um
ver dadeirovaloreducat i
vo.
Educaçãopar ael e,èumanecessi dadesoci al,osi ndivíduospr ecisam sereducados
par a se assegur e a cont inuidade soci al
,t ransmi ti
ndo as suas cr enças,i dei
as e
conheci ment o.El enãodef endeoensi noprof i
ssionalizant emasv êaEscol av olt
ado
aosr eai
si nt
eressesdoal uno, val
orizandoasuacur iosidadenat ur al.
Deacor docom osi deiasdeDemocr aci
a,Dewey ,v ênaEscol aoi nstr
ument oideal
par aest endera t odososi ndiví
duososseusbenef íci
os,t endoaEducaçãouma
funçãodemocr ati
zadoradei gualasopor t
unidades.
Nãoobst anteest ascr ít
icas,Deweyper maneceai ndacomoumadasmai oresf igurasda
pol í
tica,f
il
osof iaeeducaçãoest adunidense, umapr esençasól idacuj otr
abal homer ece
serl idoat entament eumav ezqueasuaanál i
sei ntensi vademui t
asdasquest ões
soci aisprement escont inuaai ndahoj eaassumi rumapr eocupaçãov it
al

Osúl ti
mosanosdo sécul o XIX e a1ªmet adedo sècul o.XX estão pl
enamente
i
dentifi
cadoscom ai magem pedagógicadeDeweyeasuapr ogr
essiv
a.Admi r
adoou
cri
ti
cado,defendidooumodi fi
cado,JohnDeweyenchet odaumaépocadaeducação
nosEst adosUnidos,foium dosfil
ósofosquemai st
rabalhouparalevarafil
osofi
aa
atençãointel
ectualedaclassemédi adosEst adosUni
dosecomoum dosgr andes
i
mpul sosda“PedagogiadaAcção”aní velmundial
.

ParaDewey,achavededesenvolvi
ment oi
ntel
ectualeconsequentementedoprogresso
soci
al,
eraaescolari
zação,
sobretudonumaépocaem queasi nfluênci
aseducaci
onais
deoutrasi
nst
it
uições(oLar
,aIgreja,
etc)decr
esciam tãodrast
icamente.

10-Bi
bli
ogr
afi
a

Currí
culosem Fronteir
as,v
.1,
n.2,pp.194-
201,Jul
/Dez2001
I
SSN1645- 1384(online)www.cur
ricul
osemfr
ontei
ras.
org194
Clássi
cos
JohnDewey
KennethTeit
elbaum
KentStateUniversi
ty
MichaelApple
Uni
ver
sit
yofWi
sconsi
n–Madi
son

4.15.MARI
AMONTESSORI(
1870-
1952)

Vidaeobr ade
Suacont r
ibuiçãovistanaapl i
caçãopedagógi caem Moçambi que.
Mar iaMont essori
, f
oiumadasf igurasinfl
uent esdaEducaçãonaI dadeContepor
ânea
(XVII-XX).
Éumadasgr andesper sonalidadesmundi aisquedeuum v al
i
osocont r
ibut
opar aa
reformadaPedagogi a.
Omodel oMont esori
anof oimai sprogressistaqueot radi
cioanalporquenot r
adi
cional
erasóouvi r,enquantoquenocl ássicoeramai spar
tici
pati
vo,com inter
açãoentreos
i
nter veni
ent es,ouvir
,vereexper i
ment ar
.Acr ít
icaf
eitaaclássicoéaf alt
ademei os
mat eriai
spar aaexper i
ment ação, f
alt
adei nstrumentosadequados.

1. AVI DADAMARI AMONTESSORI


Mar i
aMont essorinasceua31deMar çode1870em Chi raval
le,Pr oví
nciade
Ancona,naI tál
ia,seuspai s,AlessandroMont essorieReni ldeSt oppani .Fil
haduma
famí l
iar eligiosaeconser vadora,seuspaisquer i
am queel asecasassenumaf amíli
a
bem est rutur ada.Por ém,Mont essorinãor espeitouav ont
adedeseuspai s,tendo-se
recusadosegui rapr ofi
ssãot idacomoi dealemai sfemi ni
napar aasmul heresitali
anas
da época.Mat ricul
ou-se na Facul dade de Medi ci
na.A sua deci são causou uma
cont r
ov érsianaci onal,vi
stoserapr imeir
amul herital
i
anaai ngr essarnaFacul dade.
Segui umat emát icaef ormou- seem CiênciasCont áv
eis.Mai st arde,int
er essou-sepela
Biologia,t endo- semat r
iculadonaFacul dadedeMedi cinaet idacomopr i
mei r
amul her
i
tali
anaadout orar-
se.

NaConf erênciaFemi nistadeBer li


m( 1896) ,ganhoumai orprojecçãoi nter
naci
onalpela
suaf or
madet erminantenadef esadosdi rei
tosdasmul heres.Cedoganhoupai xão
pelascri
anças,sendoel asquemai sai mpr essi
onaram quandoest ev eli
gadacom os
doentesment aisnumacl í
ni cadepsiquiatri
a.Asuaeducaçãor eli
giosaconcor r
eupar ao
afect
opessoalpel ascriançasdesampar adas.Foimar cadapel asobr asdeJeanI tar
de
EdoardSégui n,pr oeminentesmédi cosf rancesesquesenot abili
zaram nar eeducação
dospor t
ador esdenecessi dadesespeciaisnoi níci
odosécul oXI X.Cedoper cebeuque
aquelascriançasmai scar eciam decuidadospedagógi cosquemédi cos.

1.1 PRI NCIPAISEDUCADORESDAI DADECONTEMPORÂNEA


Mar i
a Mont essorifoisegui dor
a de f i
guras sonantes da pedagógi a na I dade
Cont empor ânea(sécul
oXVIII
-XX),desi
gnadament e:
JohannHei nr
ichPestalozi
(1746- 1827),JohannFr i
edri
cHer bat(1776-
1844)eFr iederi
chFroebel( 1782-1852),
pelasi novaçõesporel espropostasàeducação.ARev oluçãoIndustr
ial
,aquedado
Absol uti
smoeonasci mentodeumanov aclassesocial(for
madapel opr olet
ariado-
trabalhadoresassalari
ados)
,queassumeopoderpol í
ti
cocr i
andoasepar açãoent reo
Est
adoeaI grej
a.Com odesenvolv
imentoindustr
ial
,aEducaçãodesempenhaopapel
depriori
zarosconteúdostécni
cosecientí
fi
cos.Assist
e-seoensinopúbl
i
cograt
uit
oe
obr
igatóri
o,comopartedosefei
tosdomov i
ment odemocr át
ico.

2.OMÉTODOMONTESSORI
I
nfl
uênci
aspar
aael
abor
açãodomét
odo

O mét odomont essori


anoéi mportant
epar aaeducaçãocont empor ânea,pelasua
i
nov açãonaeducaçãoi nfanti
l
.Oseumét ododer i
vadasi deiasdev ári
oscont r
ibui
ntes
ref
or mist
asdosi stemadeeducaçãodai dadecontempor ânea,cujomov imentoelafoi
umadaspi oneir
asnaEur opa.Em oposiçãoàEscol aTradici ,passou-
onal seaapost ar
noval ordoi ndivíduoenassuascar acteri
sti
casnoespaçoenot empo.Segundo
Saviani(1987:12),a escol a nova é “
uma pedagógi a que advoga um t rat
ament o
dif
erencialapartirdadescober t
adasdi f
erençasindivi
duais.Eisa‘grandedescoberta’
,
oshomenssãoessenci al
ment edif
erentes,nãoser epetem;cadai ndiví
duoéúni co”.
Portanto,ocami nhosegui doporMont essoribasea-senadi f
erença,buscandoas
caracterí
sti
casepecul i
ar i
dadesdecadai ndiví
duo.

O mét odomont essori


anof oivistocomor esultadodassuasexper iênciasem
cri
anças( pacientes)necessi t
adasdecui dadosespeciais,desenvol
v endodepoi sai dei
a
dequedesenv olvendopesqui sasobj ecti
vas,semelhanteeducaçãoci entíf
icapoder i
a
darresultadosposi tivosem cr i
ançasnor mais.El
aopõe- seài deiadeseconsi derara
cri
ançacomosi mpl esadul t
oem mi niatur
a.ParaMont essori,
acr i
ançaéum adul t
oem
potencial.Af i
rmaqueacr iançacom ambi enteapropri
ado, com mat eri
aisint
eressantes
compat íveispar a seu cr escimento eaf or
mação da sua per sonal i
dade,el a pode
faci
lment e al cançarmel horr endi
ment o.Mar i
a Mont essoriadv erte aos adul t
os a
proporcionar em mai oraf ecto à cri
ança acredi
tando,dando- l
he conf i
ança no seu
potencial,admi ti
ndoqueel asedesenv olvecomoum t odoeacr edi tandoqueel apode
autoformar -se.

2.1.APEDAGOGI ADOLÚDI CO*


Éum pr ocessoqueconsi st
enousodeobj ect
os,j
ogos,dit
ados,emat eri
ais
especí
fi
cosqueper mi
tem expl
oraromáxi mopossívelorendiment
odoal uno,at
ravés
dapressãopositi
vaquel heinf
luenci
ael heconf
erecertaautonomi
aparadesenv ol
ver
assuasini
ciat
ivas,dev
idamenteauxili
adopel
oprofessor.

2.
2.PRI
NCÍ
PIOSBÁSI
COSDOMÉTODOMONTESSORI

Sãot
rêspri
ncípios,desi
gnadament
e:
 Aact i
vidade;
 Aindividuali
dade;
 Aliberdade.

Liber
dade:Estepr i
ncí
piov i
saconferi
ràcr iarumaautonomiaparapaul at
inamente
l
ibert
arasuainici
ati
va.Porém l
i
ber
dadenãosi gni
fi
caum abandonocomplet
o,massi m,
permit
irodesenvol
vimentodasmani f
estaçõesespont
âneasdascri
anças.
Acti
v i
dade:Sur
gecomoconsequênciadopri
ncípi
odel
i
ber
dade.Acr
iançadeveteruma
l
iberdadecontr
olada,num ambi
ent
edisci
pli
nadoquel
heper
mi t
edesenvol
verassuas
acti
vidades.

Indi
vi
duali
dade:Não exi steli
berdade sem possuiri ndi
vidual
idade:pori sso,as
manifest
açõesactivasda realli
berdade devem seror i
entadasdesde cedo nesse
senti
do.A educaçãodev eserdireccionadaparaaf or
maçãodai ndi
vi
dual
i
dade.O
homem capazdef azerporsimesmov al
ori
zasuasacções,conqui staasimesmo,
ganhaoseupoder,edifi
caráum f
uturoproduti
voeindependente.

CONTRI BUIÇÕESDEMARI AMONTESSORINAEDUCAÇÃO


Em 1896énomeadaAssi stentenaCl íni
caPsi qui
átr
icadaUni versi
dadedeRoma.Doi s
anosdepoi s,apósum Congr esso em Tur im,Mont essorior ganizaum cur so para
professores,sobr e os mét odos pedagógi cos para crianças com necessi dades
especi ai
s.Resultouem segui daosur gimentodaEscol aAgi stralOrtofr
êni
ca,paraos
defici
entesment ais.Foinesteper í
odoquei ni
ciouasuai nvestigaçãojuntodascri
anças
recorrendo-seaosmét odosdeObser v
açãoeExper iment ação.Nest anov acarrei
ra
pedagógi ca,di
plomou-seem Fi losofi
aef ezcursosem psicologiaexper i
mental
.

Em 1904,Mar i
aMont essor
iéencarr
egadapeloDir
ect
orGer
aldoInst
it
utoDeiBeni
Stabi
li
, deorgani
zaralgumasescolasi
nfanti
snoBai
rr
oSanLor
enzoe,
sucessi
vament
e,
foram abert
asmai sescolasdasuadoutr
ina.

*Lúdi
co:palavradeor igem l
atina(ludu-j
ogo) :r el
ativoaj ogos,brinquedosoudi versão,
enquantocomponent edocompor tament ohumano.
Aabor dagem sobr eav i
daeobr adaeducador aItali
anaMar iaMont essori
permit
e-nos compr eender alguns f actores essenci ais para a consol idação da
i
mpor t
ânciadaeducaçãoi nfantil
,tai
scomoopr ocessodeconcei tuaçãodei nfânciae
comosedeuoi níciodaeducaçãodascr ianças.Per mite-
nosaindaconheceraor i
gem
dasreformasem cur sonopr ocessodeeducação, asquai svalori
zam nãosóopapel do
prof
essor,mast ambém esobr et
udoopot enci
alindividualdoal unoquenecessi t
ado
prof
essorcomof ornecedordef er
rament aspar aexpl i
cit
arassuasv ir
tudes.

ApedagogiadoLúdico(usodeobjectos,jogoseoutr
osmateriai
sespecí
fi
cos)
deMontessor
i,const
it
uiuma r
evoluçãouni
versalesímbol
odoprogressoci
entí
fi
cono
ramodaeducação.

BI
BLIOGRAFIA
MEIRELES-
COELHO, Carlos ( 2003)
. Educação Cont
empor
ânea (
1789-
1945)
.
Avei
ro:
Univ
ersi
dadedeAv
eiro.s/
ed.

FARIA DE VASCONCELOS,A.Une écol


e Nouuv
ell
e de I
”enf
ant en Bel
gique.
Neuchât
el:
Del
achaux&Ni
est
lé,
1915.
4.
16.PAULOFREI
RE(
1921-
1997)

Paul
oFr
eir
e:Bi
ogr
afi
aresumi
da-Ocami
nhodeum Educador

Nasceuem Reci
feem 1921ef
aleceuem 1997.Éconsi
der
adoum dos
gr
andespedagogosdaat
ual
idadeer
espei
tadomundi
alment
e.Em
umapesqui
sanoAl
tav
ist
aencont
ramosum númer
omai
ordet
ext
os
escr
it
osem out
rasl
í
nguassobr
eel
e,doqueem nossapr
ópr
ial
í
ngua.
Embor
asuasi
déi
asepr
áti
cast
enham si
doobj
etodasmai
sdi
ver
sas
cr
ít
icas,éi
negáv
elasuagr
andecont
ri
bui
çãoem f
avordaeducação
popul
ar.
Publ
i
couv
ári
asobr
asquef
oram t
raduzi
dasecoment
adasem v
ári
os
paí
ses.
Suaspr
imei
rasexper
iênci
aseducaci
onai
sfor
am r
eal
i
zadasem 1962
em Angi
cos,
noRi
oGr
andedoNor
te,
onde300t
rabal
hador
esr
urai
sse
al
fabet
izar
am em 45di
as.
Par
ti
cipouat
ivament
edoMCP (
Mov
iment
odeCul
tur
aPopul
ar)do
Reci
fe.
Suasat
ivi
dadessãoi
nter
rompi
dascom ogol
pemi
l
itarde1964,que
det
ermi
nousuapr
isão.Exi
l
a-sepor14anosnoChi
l
eepost
eri
orment
e
v
ivecomoci
dadãodomundo.Com suapar
ti
cipação,oChi
l
e,r
ecebe
uma di
sti
nção da UNESCO,porserum dos paí
ses que mai
s
cont
ri
buí
ram àépoca,
par
aasuper
açãodoanal
fabet
ismo.
Em 1970,
junt
oaout
rosbr
asi
l
eir
osexi
l
ados,
em Genebr
a,Suí
ça,
cri
ao
I
DAC (
Inst
it
uto de Ação Cul
tur
al)
, que assessor
a di
ver
sos
mov
iment
ospopul
ares,em v
ári
osl
ocai
sdomundo.Ret
ornandodo
ex
íl
io,Paul
o Fr
eir
e cont
inua com suas at
ivi
dades de escr
it
ore
debat
edor
,assumecar
gosem uni
ver
sidadeseocupa,ai
nda,ocar
go
deSecr
etar
ioMuni
cipaldeEducaçãodaPr
efei
tur
adeSãoPaul
o,na
gest
ãodaPr
efei
taLui
saEr
undi
na,
doPT.
Al
gumas de suas pr
inci
pai
s obr
as:Educação como Pr
áti
ca de
Li
ber
dade,Pedagogi
adoOpr
imi
do,Car
tasàGui
néBi
ssau,Vi
vendoe
Apr
endendo,
Aimpor
tânci
adoat
odel
er.
Pedagogi
adoOpri
mido
ParaPaul
oFrei
re,vi
vemosem umasoci
edadedi
vi
didaem cl
asses,
sendoqueospr
ivi
l
égi
osdeuns,
impedem queamai
ori
a,usuf
ruados
bens pr
oduzi
dos e,col
oca como um desses bens pr
oduzi
dos e
necessár
ios par
a concr
eti
zaro v s,a
ocação humana de sermai
educação,daqualéexcl
uídagr
andepar
tedapopul
açãodoTer
cei
ro
Mundo.Ref
ere-
seent
ãoadoi
sti a:apedagogi
posdepedagogi ados
domi
nant
es,ondeaeducaçãoexi
stecomo pr
áti
cadadomi
nação,e
a pedagogi
a do opr
imi
do,que pr
eci
sa serr zada,na quala
eal
i
educaçãosur
gir
iacomopr
áti
cadal
iber
dade.
O mov
iment
o par
aal
i
ber
dade,dev
esur
gire par
ti
rdospr
ópr
ios
opr
imi
dos,eapedagogi
adecor
rent
eser
á"aquel
aquet
em queser
f
oradacom el
j eenãopar
ael
e,enquant
ohomensoupov
os,nal
uta
i
ncessant
eder
ecuper
açãodesuahumani
dade"
.Vê-
sequenãoé
suf
ici
ent
equeoopr
imi
dot
enhaconsci
ênci
acr
ít
icadaopr
essão,
mas,
quesedi
sponhaat
ransf
ormaressar
eal
i
dade;
trat
a-sedeum t
rabal
ho
deconsci
ent
izaçãoepol
i
tização.
A pedagogi
ado domi
nant
eéf
undament
adaem umaconcepção
bancár
iadeeducação,(
predomi
naodi
scur
soeapr
áti
ca,naqual
,
quem éosuj
eit
odaeducaçãoéoeducador
,sendooseducandos,
comov
asi
l
hasaser
em enchi
das;
oeducadordeposi
ta"
comuni
cados"
queest
es,r
ecebem,memor
izam er
epet
em)
,daqualder
ivauma
pr
áti
cat
otal
ment
ever
bal
i
sta,di
ri
gidapar
aat
ransmi
ssãoeav
ali
ação
deconheci
ment
osabst
rat
os,numar
elaçãov
ert
ical
,osaberédado,
f
orneci
dodeci
mapar
abai
xo,
eaut
ori
tár
ia,
poi
smandaquem sabe.
Dessamanei
ra,oeducandoem suapassi
vi
dade,t
orna-
seum obj
eto
par
areceberpat
ernal
i
sti
cament
eadoaçãodosaberdoeducador
,
suj
eit
oúni
codet
odoopr
ocesso.Esset
ipodeeducaçãopr
essupõe
um mundo har
moni
oso,no qualnão há cont
radi
ções,daía
conser
vaçãodai
ngenui
dadedoopr
imi
do,quecomot
alseacost
uma
eacomodanomundoconheci
do(
omundodaopr
essão)
--eei
saí
,
 a
educaçãoexer
cidacomoumapr
áti
cadadomi
nação.

AConcepçãoPr
obl
emat
izador
adaEducação

Ensi
narexi
geest
éti
caeét
ica
Paul
oFreir
e

Anecessár i
apr omoçãodai ngenuidadeàcr iti
cidadenãopodeounãodev e
serfeitaàdi stânci
adeumar igor
osaf ormaçãoét i
caaol adosempr eda
estét
ica.Decênciaeboni tezademãosdadas.Cadav ezmeconv ençomais
deque, despertacom rel
açãoàpossi bil
idadedeenv er
edar-
senodescami nho
do purit
anismo,a pr áti
ca educat i
vatem de ser ,em si,um t estemunho
ri
gorosodedecênci aedepur eza.Umacr í
ticaper manent
eaosdesv i
osfácei
s
com quesomost ent
ados, àsv ezesouquasesempr e,adeixarasdifi
cul
dades
queoscami nhosverdadei
rospodem noscol ocar.

Mulheres e homens,ser es hi stór


ico-sociais,nos tor namos capazes de
compar ar,dev alorar,dei nter v
ir,deescol her,dedecidir,der omper ,portudo
i
sso,nosf i
zemosser esét icos.Só somospor queest amossendo.Est ar
sendoéacondi ção,ent renós,par aser .Nãoépossí velpensarosser es
humanosl onge,sequer ,daét i
ca,quant omai sf oradela.Est arlongeoupi or,
for
adaét ica,entrenós,mul heresehomens,éumat ransgr essão.Épori sso
que tr
ansf ormara exper iência educat iva em pur ot reinament ot écni
co é
amesqui nharoquehádef undament alment ehumanonoexer cí
cioeducativo:
oseucar áterformador .Seser espeit
aanat ur
ezadoserhumano,oensi no
dos cont eúdos não pode dar -
se alheioàf ormação mor aldo educando.
Educarésubst anti
v ament ef ormar .

Divi
nizaroudiabol
izaratecnol
ogiaouaciênci
aéumaf ormaal t
amente
negativaeper
igosadepensarerr
ado.Det
estemunharaosal
unos,àsvezes
com ar esdequem possuiav erdade,um r otundodesacer to.Pensarcer to,
pel
o cont rári
o, demanda pr ofundidade e não super fi
cial
idade na
compr eensãoenai nter
pretaçãodosf atos.Supõeadi sponibil
idadeàr evi
são
dosachados,r econhecenãoapenasapossi bil
idadedemudardeopção,de
apreciação,maso di r
eit
o de fazê-l
o.Mascomo não há pensarcer t

mar gem depr i
ncí
pioséti
cos, semudaréumapossi bil
idadeeum di reito,
cabe
aquem muda-exi geopensarcer t
o-queassumaamudançaoper ada.Do
pontodev i
stadopensarcer t
onãoépossí velmudaref azerdecont aquenão
mudou.Équet odopensarcer toéradicalmentecoer ente.

Referênciabibl
iogr
áfi
ca
FREIRE,Paul o.Pedagogia da aut
onomia:saberes necessár
ios à pr
áti
ca
educativa.15.ed.SãoPaul
o:PazeTer r
a,2000.p36-37

 
Ver aLúciaCamar aF.Zachar i
asémest reem educação,pedagoga,di
retora
deescol aaposentada,com vastaexperiêncianaár eaeducaci
onalem geral
,
e, em especialnai mplant
açãodeCur sosTécni cosdeNí velMédioepós-
médio,assessoriaecapacitaçãodepr ofissi
onaisparaaut i
li
zaçãodenovas
tecnol
ogiasapl icadasàeducaçãoeal fabeti
zaçãoedemai ssegui
ment os
educacionai
s.

PauloFrei
re 
Bi
ogr af
iadePauloFreir
e,Pedagogi
adaAut onomia,Mét
odoPaul
oFrei
re,
si
stemadeal f
abet
izaçãodeadul t
os,pedagogi
adoopr imi
do,l
iv
rosde
PauloFrei
re

Paul
oFr
eir
e:educadorr
econheci
doi
nter
naci
onal
ment
epel
omét
ododeal
fabet
ização

PauloRégisNev esFreir
e,educadorper nambucano,nasceuem 19/ 9/1921na
cidade do Reci
fe.Foialfabet
izado pel
a mãe,que o ensina a escrevercom
pequenosgalhosdeárvorenoqui nt
aldacasadafamíli
a.Com 10anosdei dade,
a
famíli
a mudouparaacidadedeJaboat ão.

 
Na adolescênci
a começou a desenvolv
erum gr ande int
eresse pel
al í
ngua
port
uguesa.Com 22anosdei dade,Paul
oFr ei
recomeçaaest udarDirei
tona
Facul
dadedeDi r
eit
odoRecif
e.Enquantocursavaafacul
dadededi r
eit
o,casou-se
com apr of
essorapri
máriaElzaMaiaCost aOliv
eir
a.Com aesposa,t em teve
ci
ncofil
hosecomeçoual eci
onarnoColégioOswaldoCruzem Recife.

Noanode1947f
oicont
rat
adopar
adi
ri
girodepar
tament
odeeducaçãoecul
tur
a
do Sesi ,onde entra em contato com a al fabet
ização de adul
tos.Em 1958
part
ici
pa deum congr esso educacionalnaci dadedo Ri o deJanei r
o.Neste
congresso,apr esentaum trabalhoimpor tant
esobr eeducaçãoepr incí
piosde
al
fabetização.Deacor docom suasi déias,aalfabeti
zaçãodeadultosdev eest
ar
di
retament erelaci
onadaaocot idianodot r
abalhador.Destaforma,oadul t
odeve
conhecersuar eali
dadeparapoderi nserir
-sedef ormacríti
caeat uantenav i
da
soci
al epolít
ica. 

Nocomeçode1964, f
oiconvidadopelopresidenteJoãoGoulartparacoordenaro
ProgramaNaci onaldeAl f
abetização.Logoapósogol pemi l
i
tar,omét odode
alf
abet i
zação de Paulo Frei
ref oiconsiderado uma ameaça à or dem,pel os
mili
tares.Vi
veu no exíli
o no Chi le e na Suíça,onde cont i
nuou pr oduzindo
conheciment onaár eadeeducação.Suapr i
ncipalobra,PedagogiadoOpr i
mi do,
foil
ançadaem 1969.Nel a,PauloFr ei
redetalhaseumét ododeal fabeti
zaçãode
adultos.Retor
nouaoBr asilnoanode1979, apósaLei daAmnisti
a.

Durante a prefei
tura de Lui
za Er
undina em São Paulo exer
ceu o cargo de
secret
ári
omuni ci
paldaEducação.Depoisdesteimportant
ecargo,ondereal
izou
um belotrabalho,começouaassessor arproj
etoscult
urai
snaAmér icaLati
nae
Áfri
ca.Morreunaci dadedeSãoPaulo,deinfar
to,em 2/
5/1997.

Obr
asdoeducadorPaul
oFr
eir
e:

•Apropósi todeumaadmi nistração.Reci fe: I


mpr ensaUni versit
ária,1961.
•Consci entização e al fabet i
zação:uma nov av i
são do pr ocesso.Est udos
Univ
er si
tári
os–Rev ist
adeCul t uradaUni versi
dadedoReci f
e.Númer o4, 1963:5-
22.
•Educaçãocomopr áti
cadal i
ber dade.Ri odeJanei ro:EditoraPazeTer ra,1967.
•Pedagogi adoopr imi do.RiodeJanei r
o: EditoraPazeTer ra,1970.
•Educaçãoemudança.SãoPaul o: EditoraPazeTer ra,1979.
•Aimpor tânciadoat odelerem t rêsar ti
gosquesecompl etam.SãoPaul o:Cor t
ez
Edi
tora,1982.
•Aeducaçãonaci dade.SãoPaul o:Cor tezEdi t
or a, 1991.
•Pedagogi adaesper ança.SãoPaul o:Edi t
oraPazeTer ra,1992.
•Polí
ticaeeducação.SãoPaul o: Cor t
ezEdi tora,1993.
•CartasaCr isti
na.SãoPaul o:Edi toraPazeTer ra, 1974.
•Àsombr adest amanguei ra.SãoPaul o: Editor
aOl hod’ Água, 1995.
•Pedagogi adaaut onomi a.SãoPaul o:Edi t
or aPazeTer ra, 1997.
•Mudarédi fí
cil,masépossí v el( Palestrapr of eridanoSESIdePer nambuco) .
Reci
fe: CNI/SESI,1997- b.
•Pedagogi adai ndignação.SãoPaul o:UNESP, 2000.
•Educaçãoeat uali
dadebr asil
ei ra.SãoPaul o:Cor tezEdi tora, 2001.

O"
Mét
odoPaul
oFr
eir
e"

Cr
eioqueépr
eci
so,mesmoquenumabi
ogr
afi
a,f
azeral
gumasconsi
der
açõessobr
eo
"Método Paul o Fr
eire"uma v ez que el
e é ainda muit
o uti
li
zado,com algumas
adaptações,nosdiasdehoj eem todoomundo, equasesempreaof al
ar-
sedeFreir
ee
alf
abetização,acompr eensãodestaéreduzidaapuroconjunt
odet écni
casl
igadasà
aprendizagem daleituraedaescr it
a.Épr eci
sodeixarestepontomaisclaropara,
sobretudo,quem seinici
aem Fr
eire.

O" convi
te"deFr ei
reaoal fabeti
zandoadul t
oé,i nicial
ment e,paraqueel esev eja
enquantohomem oumul herv i
vendoepr oduzi
ndoem det erminadasoci edade.Conv ida
oanalfabet
oasai rdaapat i
aedoconf ormismode" demi ti
dodav ida"em quequase
sempreseencont raedesaf ia-
oacompr eenderqueel epr ópri
oét ambém um f azedor
decultur
a,fazendo-oapr eenderoconceitoantropológicodecul tur
a.O" ser-menos"das
camadaspopul aresét rabalhadoparanãoserent endidocomodesí gniodivinoousi na,
mascomodet er
mi naçãodocont ext
oeconômi co-polí
tico-i
deológi
codasoci edadeem
quev i
vem.

Quandoohomem eamul herseper cebem comofazedoresdecultura,estávencido,


ou
quasev enci
do,o pri
meiro passo parasenti
rem ai mportânci
a,anecessi dadeea
possi
bil
idade de se apr
opriar
em da l ei
tur
a e da escri
ta.Est ão alfabet
izando-
se,
pol
iti
camentefal
ando.

Ospar ti
cipantesdo" cí
rcul
odecul tur
a",em diálogosobreoobj etoaserconhecidoe
sobrear epr
esentação da real
idade a serdecodi fi
cada,respondem às quest ões
provocadaspel o coordenadordo grupo,apr ofundando suasleit
urasdo mundo.O
debatequesur gedaípossi bi
li
taumar e-
lei
turadar eali
dadedequepoder esul
taro
engajament odoal fabeti
zandoem pr áti
caspol ít
icascom v i
staàt ransf
ormaçãoda
soci
edade.

Quê?Porquê?Como?Par aquê?Porquem?Paraquem?Contr
aquê?Cont r
aquem?A
fav
ordequem?Af avordequê?-sãoperguntasquepr
ovocam osal
fabeti
zandosem
t
ornodasubstanti
vidadedascoisas,darazãodeserdel
as,desuasf i
nali
dades,do
modocomosef azem, et
c.

Asat ivi
dadesdeal f
abetização exigem apesqui sado queFr ei
rechama" univ
erso
vocabularmí ni
mo"ent re os al fabetizandos.É trabalhando est e uni
verso que se
escolhem aspalavrasquef arãopar tedopr ograma.Est aspalav r
as,mai soumenos
dezessete,chamadas" palavrasger adoras",devem serpal avrasdegr ander i
queza
fonêmicaecol ocadas,necessar iament e,em ordem cr escent
edasmenor esparaas
maioresdi fi
cul
dadesf onét i
cas,lidasdent ro do contexto maisampl o dav i
dados
alf
abetizandosedal i
nguagem l ocal,queporissomesmoét ambém naci onal.

Adecodificaçãodapalavraescri
ta,quev em em segui
daàdecodi
fi
caçãodasituação
exi
stenci
alcodi f
icada,compreende alguns passos que dev
em,ri
gorosamente se
suceder.

Tomemosapal avraTI
JOLO,usadacomoapr imei
rapal
avraem Br
así
li
a,nosanos60,
escol
hidaporserumacidadeem const
rução,par
afaci
li
taroent
endi
mentodo(a)l
eit
or
(
a).

1º.
)Apresent
a-seapal
avrager
ador
a"t
ij
olo"i
nser
idanar
epr
esent
açãodeumasi
tuação
concr
eta:homenstr
abal
handonumaconstr
ução;


.)Escr
eve-
sesi
mpl
esment
eapal
avr
a
TI
JOLO

3º.
)Escr
eve-
seamesmapal
avr
acom assí
l
abassepar
adas:
TI-JO-LO


.)Apr
esent
a-sea"
famí
l
iaf
onêmi
ca"dapr
imei
rasí
l
aba:
TA-TE-TI-TO-TU

5º.
)Apr
esenta-
sea"f
amí
l
iaf
onêmi
ca"dasegundasí
l
aba:
JA-JE-JI-JO-JU

6º.
)Apr
esenta-
sea"f
amí
l
iaf
onêmi
ca"dat
ercei
rasí
l
aba:
LA-LE-LI-LO-LU


.)Apr
esent
am-
seas"
famí
l
iasf
onêmi
cas"dapal
avr
aqueest
ásendodecodi
fi
cada:

TA-TE-TI-TO-TU
JA-JE-JI-JO-JU
LA-LE-LI-LO-LU

Esteconj
untodas"famíl
i
asf onêmicas"dapal avr
ager
adorafoidenominadode"ficha
dedescobert
a"poiselepropiciaaoal fabet
izandoj
untaros"pedaços",i
stoé,fazer
dessassíl
abasnovascombi naçõesf onêmicasquenecessari
amentedev em f
ormar
pal
avrasdalí
nguaport
uguesa.


.)Apr
esent
am-
seasv
ogai
s:
A-E-I-O-U.

Em sí
ntese,nomomentoem queo(a)al
fabeti
zando(
a)consegue,
art
iculandoassíl
abas,
for
marpal avr
as,eleouel
a,est
áal f
abeti
zado(a).O pr
ocessorequer,evident
emente,
aprof
undament o,
ousej
a,após-
alf
abeti
zação.

Aeficáciaevali
dadedo"Mét odo"consist
em em part
irdareal
i
dadedoal f
abeti
zando,do
queelej áconhece,dov al
orpragmát i
codascoi sasef at
osdesuav idacoti
diana,de
suassituaçõesexi
stenci
ais.Respei
tandoosensocomum edel epar
ti
ndo,Frei
repropõe
asuasuper ação.

O" Método"obedeceàsnormasmet odol


ógi
casel ingüí
sti
cas,masv aial
ém del
as,
porquedesaf
iaohomem eamul herquesealf
abeti
zam aseapr opr
iar
em docódi
go
escri
toeasepolit
izar
em,
tendoumav i
sãodetot
ali
dadedalinguagem edomundo.
O"Método"negaamer arepetiçãoal
ienadaealienantedef r
ases,palavr
asesíl
abas,ao
pr
oporaosal f
abeti
zandos"leromundo"e" lerapal avr
a",l
eit
uras,ali
ás,comoenfat
iza
Fr
eir
e,i
ndissoci
ávei
s.Daítervindoseposici
onandocont raascarti
lhas.

Em suma,ot r
abalhodePauloFr ei
reémaisdoqueum mét odoqueal
fabet
iza,éuma
ampla e profunda compreensão da educação que t
em como cerne de suas
pr
eocupaçõesasuanat ur
ezapolíti
ca.

Concluir
iaestaabor dagem sobreo" MétodoPaul oFr eir
e"dizendoqueaal fabet
ização
dopov obrasilei
ro-por quequandoocr i
ouj amaispensav aqueel eseexpandi r
iapel o
mundo-er aent ão,nobom sent i
dodapal avraumat át
icaeducat i
vapar aatingira
estrat
égianecessária:apol i
ti
zaçãodopov obrasil
eir
o.Nessesent i
do,ér evol
ucionário
porqueelepodet ir
ardasi tuaçãodesubmi ssão,dei mersãoedepassi vi
dadeaquel ese
aquelasqueai ndanãoconhecem apal av r
aescr i
ta.Ar evol
uçãopensadaporFr eirenão
pressupõeumai nversãonospol osoprimido-opressor,antes,pret
ender e-i
nventar,em
comunhão,umasoci edadeondenãohaj aaex ploraçãoeav ert
ical
idadedomando,
onde não haja a excl usão ou a int
erdição da leit
ura do mundo aos segment os
despriv
il
egiadosdasoci edade.

Paulo Fr ei
re esteve no exí
li
o por quase dezessei
s anos,exatamente porque
compr eendeuaeducação dest amaneiraelutoupar aqueum gr andenúmer o de
brasi
leir
osebr asil
eir
asti
vesseacessoaessebem ael esnegadosecul
arment
e:oat o
delerapal avr
alendoomundo.

AVozdaEsposa
ATraj
etór
iadePaul
oFr
eir
e

AnaMar
iaAr
aúj
oFr
eir
e

1.I
nfância,adol
escênciaepr i
meirasexper
iênci
aspr
ofi
ssi
onai
s
2.O"Mét odoPauloFr ei
re
3.Oeducadorpopul ar,exíl
i
oer et
orno
4.Repercussãodaobr adePaul oFrei
re
5.Oescr i
torPaul
oFr eir
e
6.OserhumanoPaul oFr ei
re

Escreverumabi ograf
iadePaul oFr ei
ret em parami m um sent i
domui t
oespeci al.
Justi
fi
co:pr i
meiro,por
quesomosmul heremar i
do,uni
dosporl açosdeamorepai xão;
segundo, porquevenhopesquisandoahi stór i
adaeducaçãobr asil
eir
ahámui t
osanose,
assim,falarsobreesteeducadorér ev i
vert ambém opr ocessodesuai nser
çãonel a,e
i
ssoépr ovocadoregr at
if
icante;t
erceir
o,por quenosconhecemosporquaset odasas
nossasv idas,desde1937.Anoem que,apósexaust iv
asei nfr
utíf
erascami nhadasde
suamãepel asruasdoReci f
eàpr ocuradeumaescol aondePaul opudesseest udar
, el
e
foiacolhi
dopormeupaiquel heofereceuest apossi
bil
idade.Conheci -
onoscor r
edores
doCol égioOswaldoCruz,depropri
edadedemeupai ,Al
uízi
oPessoadeAr aújo,
naquel
e
distante Recif
e de 1937,quando eu tinha apenas quat
ro anos de idade e el
e,
tardiamente,aos17anosincompletos,
começav aosegundoanodocur sosecundár
io.

Assi
m, com apercepçãodemulher-
esposa,
demulher
-hi
stor
iador
ae,
aomesmot empo,
mulher
-amiga,pr
etendoregi
str
araquial
gumasi
nformaçõessobreav
idaeaobr
adele.

Comoser iaimpossív
elel
encartodososesf orçosdePauloFr ei
re,sej
aosdoBr asil
,seja
osespal hadospelosmaisdiver
sospaí ses,mencionarei
,passoapasso, nocorpodest e
tr
abalho,al gumas das suas contr
ibuições e os refl
exos destas na área polí
ti
co-
educacionalport odo o mundo.Acr escentar
eit ambém i ni
ciati
vas em torno da
compr eensão de educação de Freiret omadas em v ári
as partes dos di
ferentes
conti
nent es.

Estefamosoeducador,PauloRegl usNevesFreir
e,conheci
donoBrasi
lenoexter
ior
apenascomoPaul oFr
eire,nasceuem Recif
e,PE,em 19desetembr
ode1921,f
il
hode
Joaquim Temí
stocl
esFreir
eeEdel t
rudesNevesFrei
re.

1.I
nfânci
a,adol
escênci
aepr
imei
rasexper
iênci
aspr
ofi
ssi
onai
s

Começou sua l
eit
ura da pal
avraini
ciado porsua mãe escr
evendo pal
avr
as com
grav
etosdasmangueir
as,àsombr adel
as,nochãodoquintaldacasaondenasceu,na
Estr
adadoEncanamento,724,nobai
rr
odaCasaAmar ela,
comot antogost
adelembrar
ededizer
.

Box1
OLIVRODOBEBÊ

A mãedePauloFr ei
reescr
eveuum li
vrodebebêpar
ael
e,ocaçul
a.Assi
m
começaanar
rat
iva,
escri
tanumalet
rabel
íssi
ma:

"Paul
onasceunumasegunda-f
eir
adet ri
stezaeafli
ções,poi
soseuPapáest ava
muito mal,sem esper
ançasde rest
abelecer-
se,quasiqueo Paul i
nho ser
ia
órphãoaonascer,
porém,obom Jesusli
vrou-odessadesavent
ura,
present
eou-o
rest
itui
ndoasaúdeaoseuPapá".

Nest elivro,l ê-
se sobre um embar aço gástri
co,uma er upção na pel
e,sua
pri
mei r
al ágrimanot adataldia.
Lê-sedo" af fetoextr
aordi
náriopel opaizi
nho",comoochama." Sóadormecenos
seusbr ações,ouv i
ndo-ocant ar"
.Amãedi zqueel eé"naturalmentecarr
ancudo,
porém mui toamáv el.Bri
ncapouco,f i
casempr edel ar
goapr eci
andoosi r
mãos
bri
ncarem" .Seuper íododedent içãonãol hecausouaf l
ição,porém todasas
vacinaspegar am.Émui t
ov iciadonachupet aegost amui todebananaassada
(at
éhoj e,al i
ás) .
Fal
adagr andeal egri
adapr i
mei racarr
eiraque" Paul
inho"deu,
num bel odi a,sem ninguém esper ar.Depoisdisso,nãopar oumai sdecorrer
.E
que,quandocai,chorader ai
vaprinci
pal
mentequandosesuj a.É" muit
oli
mpoe
vai
doso",não passasem suaáguadeCol ôni
a."Fi
camui tot empo sentado
apreci
ando os ir
mãozi nhos cor
rerem".Quando perguntam porque não v ai
também, el
edi
z:" .
..gostodeverasquedas".Seuspesinhossãomui t
osensíveis.
Nahor adeadormecer ,chamaopaicom osnomesmai samorosospossíveise
diz
:

"Tocaviol
ãobem bai
xi
nhoecant
apar
aeudor
mir
",aoqueopaiat
endeesóo
deixadepoi
sdeadormeci
do.

Suamãeconf essatambém queel


eéorgulhosoequesófalar
áquandosouber
mesmo.Faladoquantoqueeleéafet
uosoeci ument
oenãoconsentequeseus
i
rmãozinhosaproxi
mem-sedamãe,ficacom r ai
vaedi
zlogo"sai
,sai
,mamãe
minha"
.

PauloFr ei
refoiumacr iançamui
todevota,di
zamãe:"Com ver
dadeir
ocari
nho
peganocr uci
fixo"
.Elenãoseconfor
mav aem iràaul
asem asliçõespr
ontas,
choravademai s;enquantonãoti
nhacert
ezaquesabi
a,nãocompareci
aàaula",
acrescentouela.

Aos 10 anos de i dade f oimor arnas v i


zi
nhanças da capi t
alpernambucana,em
Jaboat ão,umaci dadezi nha18qui lômetrosdi stant edeReci f
e,que,paraPaul o,t
em
sabordedoredepr azer,desof riment oedeamor , deangústi
aedecr escimento.Nela,
Paulo,aos13anosdei dade,ex per i
ment ouadordaper dadeseupai ,conheceuo
prazerdeconv ivercom osami goseconheci dosquef or
am soli
dári
osnaquelest empos
dif
íceis;sentiu o sof r
iment o quando v i
u sua mãe,pr ecocementev i
úva,lutarpara
sustent arasieaseusquat r
ofilhos, fort
aleceu-secom oamorqueent r
eelesaument ou
porcausadasdi fi
cul dadesquej untosenf rentaram,sof r
euaangúst i
adev i
doàscoi sas
perdidaseàspr ov açõesmat eri
ai s,espantou-secom ocr escimentodeseucor po,mas,
sem dei xarqueomeni nooabandonassedef i
niti
v amente,permit
iuqueoadul tofosse
conqui standoespaçoem suaex ist
ência.Àmedi daquev i
aseucor pocrescer,senti
a
também suapai xãopel oconheci ment oaument ar.

Numadasnotasqueescrev aaPedagogi
ipar adaesperançadePaul
odi
sseoquej
ulgo
i
nter
essant
etr
anscr
everaquisobresuar
elaçãocom Jaboat
ão:

"Masf oit
ambém em Jaboat ãoquesent i
u,aprendeuev i
veuaal egrianojogarfutebole
nonadarpel ori
oJaboat ãov endoasmul heres,decócoras,lav andoe' bat
endo'nas
pedrasar oupaquel av
av am par asi,par
aapr ópr
iafamília,epar aasf amíl
iasmai s
abastadas.Foilátambém queapr endeuacant areassobiar,coisasqueat éhojet anto
gostadef azer,
paraseal i
viardocansaçodepensaredast ensõesdav i
dadodi a-a-di
a;
aprendeuadi al
ogarna'rodadeami gos'eaprendeuav alor
izarsexualmente,anamor ar
eaamarasmul hereseporf i
mf oil
áem Jaboat ãoqueapr endeuat omarparasi,com
pai
xão, osestudosdassint axespopulareerudit
adalínguapor t
uguesa.
Assim Jaboat
ãof oium espaço-t
empodeapr endizagem,dedi fi
culdadesedeal egri
as
viv
idasint
ensament e,quel
heensinaram aharmonizaroequí l
ibri
oent r
eot ereonão-
ter
,oserenão- ser,opoderenão- poder
,oquererenão- quer
er.Assi mfor
jou-seFrei
re
nadisci
pli
nadaesper ança"
.(Pedagogiadaesper
ança, p.222)

Box2
MINHAPRI
MEI
RAPROFESSORA

Apr imeir
apr esençaem meuapr endizadoescol
arquemecausoui mpact
o,e
causaat éhoje,foiumajovem professori
nha.Éclar
oqueeuusoesset er
mo,
professor
inha,com mui
toafeto.Chamav a-
seEuni
ceVasconcel
os(1909-
1977),
e
foicom elaqueeuaprendiafazeroqueel achamavade"set
enças"
.

Eujásabialereescreverquandochegueiàescol i
nhaparticul
ardeEunice,aos6
anos.Era,port
anto,adécadade20.Euhav iasidoal f
abet i
zadoem casa,por
minha mãe e meu pai ,dur ante uma infânci
a mar cada pordi fi
culdades
fi
nanceir
as,mast ambém pormui taharmoniafami l
i
ar.Minhaal f
abeti
zaçãonão
mef oinadaenf adonha,porquepar ti
udepal avrasef rasesl i
gadasàmi nha
exper
iência,
escri
tascom gravetosnochãodet err
adoqui ntal
.

Nãohouver uptur
aalgumaent reonov omundoqueer aaescol i
nhadeEuni ceeo
mundodasmi nhaspr i
meirasexper iênci
as-odemi nhav elhacasadoReci fe,
ondenasci
, com suassalas,seut err
aço,seuquintalcheiodeár vor
esfrondosas.
Ami nhaalegri
adev iver
,quememar caatéhoj e,setransferi
adecasapar aa
escol
a,ai
ndaquecadaumat ivessesuascaracteríst
icasespeciai
s.Issoporquea
escol
adeEuni cenãomeamedr ontava,nãotol
hiami nhacuri
osidade.

QuandoEunicemeensi noueraumameni nota,umaj ovenzi


nhadeseus16,17
anos.Sem queeuai ndapercebesse,elamef ezopr i
meirochamament ocom
rel
açãoaumai ndiscutí
velamor osi
dadequeeut enhohoje,edesdehámui t
o
tempo,pelos problemas da li
nguagem e par t
icular
ment e os da l
inguagem
brasi
lei
ra,
achamadal í
nguaportuguesanoBr asil
.Elacom certezanãomedi sse,
masécomoset ivessedit
oami m,aindacriançapequena:" Paulo,r
eparabem
comoéboni t
aamanei r
aqueagent et em defalar!.
..
"Écomoseel amet ivesse
chamado.

Eumeent r
egavacom prazeràt
aref
ade" f
ormarsentenças"
.Er aassi
m queela
cost
umav adizer.Euni
cemepediaquecol ocassenumaf ol
hadepapelt antas
pal
avrasquantaseuconhecesse.Euiadandof or
maàssent ençascom essas
pal
avrasqueeuescol hi
aeescrevi
a.Ent
ão,Eunicedebati
acomi goosentido,a
si
gnif
icaçãodecadauma.

Fuicri
andonatur
alment
eumai nt
imidadeeum gost
ocom asocor r
ênci
asda
l
íngua-osv er
bos,seusmodos,seustempos.
..Apr
ofessor
inhasóint
erv
inha
quandoeumev i
aem dif
icul
dade,masnuncat
eveapr
eocupaçãodemef
azer
decorarr
egr
asgr
amat
icai
s.

Maistardefi
camosami gos.Manti
veum contat
opr óxi
mocom ela,suafamí
l
ia,
sua i
rmã Débora,at
é o golpe de 1964.Eu fuipara o exí
l
io e,de l
á,me
cor
respondi
acom Eunice.Tenhoimpressãodequedur ant
edoisanosoutr
ês
mandeicart
asparael
a.Eunicefi
cavamuitocont
ente.

Não se casou.Talv
ez isso tenha al
guma rel
ação com a abnegação,a
amorosi
dadequeagentetem peladocênci
a.Etal
vezel
atenhaagidoum pouco
comoeu:aofazeradocênci
aomei odami nhav
ida,eut
erminot
ransfor
mandoa
docênci
anofim dami
nhav i
da.

Eunicefoipr of
essoradoEst ado,seaposent ou,lev
ouumav idabem nor mal
.
Depoismor reu,em 1977,
euaindanoexí l
io.Hoje,
apr esençadelasãosaudades,
sãol embrançasv i
vas.Mef azat élembrardaquelamúsi caanti
ga,doAt aul
fo
Alves:"Ai
,quesaudadedapr ofessor
inha,quemeensi nouobê- á-
bá'(Paulo
Freir
e,publi
cadopelaRevi aNov
st aEscolaem dezembr ode1994) .

Foiem Jaboat ãoquePaul oconcl uiuaescolaprimária.Em segui da,f


ezopr imeiroano
ginasialnoCol égi
o14deJul hoque, f
unci
onandonobai rrodeSãoJosé, eranav erdade
um pr olongament odoCol égioFr ancêsChat eaubri
and,si tuadonaRuadaHar moni a,
150,CasaAmar ela,ondeser ealizavam osexamesf inais.Apósest epr i
meiroanode
estudossecundár i
ossobat uteladopr ofessordemat emát i
caLui zSoares,ingressou
noCol égi
oOswal doCr uz,também em Reci fe.Nesteeducandár io,compl et
ouosset e
anosdosest udossecundár i
os-cur sosfundament alepr é-j
urí
dico-ingr
essando, aos22
anosdei dade,nasecularFaculdadedeDi reit
odoReci fe.Fezest a"opção"porseraque
seof ereciadentrodaár eadeci ênciashumanas.Naépoca,nãohav iaem Per nambuco
cursosuper iordef or
maçãodeeducador.

Box3
PAULOFREI
RENOCOLÉGI
OOSWALDOCRUZ

VICENTEMADEIRA,Pró-
Reit
ordePós-
graduaçãodaUni ver
sidadeFederalda
Paraí
ba,
PERGUNTA(1988)
:Paul
o,v
ocêestudouem escol
apúblicaoupr
ivada?

PAULO FREI RE:Euf i


zaescol aprimári
aexat
ament enoper íodomaisdur oda
fome.Nãoda" fome"intensa,masdeumaf omesuf icienteparaatrapalharo
aprendizado.Quando t ermineimeu exame de admi ssão,era al
to,gr ande,
anguloso,feio.Játi
nhaesset amnhoepesava47qui los.Usav acal
çascur tas,
porquemi nhamãenãot inhacondiçõesdecompr arcalçacompr i
da.Eascal ças
curtas,enormes,subl
inhavam aalturadoadolescente.Euconseguif azer,Deus
sabecomo,opr i
mei roanodegi nási ocom 16anos.I dadecom queosmeus
colegas de ger ação,cuj os paist inham di nhei ro,j á est av am ent r
ando na
faculdade.Fi zessepr i
mei roanodegi násionum dessescol égiospr i
vados,em
Recif e;em Jaboat ão só hav ia escol a primár ia.Mas,mi nha mãe não t i
nha
condi çòesdecont i
nuarpagandoamensal idadee,ent ão,f oiumav erdadei r
a
mar at onapar aconsegui rum col égioquemer ecebessecom umabol sade
estudos.Fi nalment eel aencont rouoCol égioOswal doCr uzeodonodesse
colégi o,AluízioAr aúj o,quef oraant essemi nar ista,casadocom umasenhor a
extraor di
nár i
a,aquem euquer oum i mensobem,r esolveuat enderopedi dode
mi nhamãe.Eumel embr oqueel achegouem casar adianteedi sse:" Olha,a
únicaexi gênci aqueoDr .Al uízi
of ezéquev ocêf osseest udioso" .Eu,poxa,eu
gost av amui todeest udaref uient ãopar aoCol égioOswal doCr uz,ondeme
tornei ,mai
sadi ante, professor .Aluízi
oAr aújojámor r
eu, masEl zaeeut ivemosa
grandesat isfaçãoder ecebê- l
oeàmul her,dur ant e15di as,em nossacasaem
Genebr a,em 1977.E,em 1979,depoi sdequase16anosdeexí li
o,quando
viemosv i
sitaroBr asil,est avam osdoi s,Al uízioeGenov e,noaer opor t
oem
Recif e,nosesper ando.El ej ábem acabado,v elhinho,ej antamosj untosdepoi s.
Nanossav oltapar aGenebr ael ef al
eceu.Eeunãot enhodúv i
dadedi zeraqui ,
nestaent revista,quesenãof ossem el es,possi velment eest aent revistanão
estar i
asendo r eali
zada.For am el esquecr iaram ascondi çòespar ao meu
desenv ol
viment o...É ev idente que el es não poder iam t er-me f abri
cado,as
pessoasnãosãof abr i
cadas,masadi mensãodemi nhaexper iênciai ndividual
tem av ermui tocom el es( In:RevistaEnsai o, nº14, 1985,p.5) .

Ant es de terconcluído seus estudos univer


sitári
os,casou-se,em 1944,com a
prof essora pr
imári
a Elza Maia Costa Oli
vei
ra,com quem t eve cinco f
il
hos:Mari
a
Madal ena,Mari
aCrist
ina,Mar i
adeFát ima,Joaquim eLutgardes.Aindanesset empo,
tornou- seprof
essordel í
nguaportuguesadoCol égioOswaldoCr uz,educandár
ioqueo
ti
nhaacol hi
donaadolescência.

Éinteressant
elembr
arquefoiestetrabal
hodeprof
essordePor
tuguês,
maisseucor
po
fr
anzinoqueopoupar am deirlutarcom aF.E.
B.noscamposdaI tál
i
a,quandodaII
GrandeGuer r
a.

Apósaexper i
ênciadedocênci anomesmoest abelecimentodeensinoem quehav i
a
estudado,f oiserdiret
ordoset ordeEducaçãoeCul turadoSesi,órgãorecém-cri
ado
pelaConf ederaçãoNaci onaldaIndúst
ri
aatravésdeum acor docom ogov ernoVargas.
Aítevecont atocom aeducaçãodeadul t
os/trabalhadoresesentiuoquant oelesea
nação pr ecisavam enfrentara questão da educação e mai s part
icul
armente,da
alf
abetização.Fr ei
reocupouocar godeDir
etordesseset ordoSeside1947a1954e
foiSuperintendentedomesmode1954a1957.

Aoladodeoutr
oseducador
esepessoasi
nter
essadasnaeducaçãoescol
ari
zada,soba
l
ider
ança de RaquelCast
ro,f
undou nos anos ci
nqüent
aoI nsti
tut
o Capibari
be.
I
nst
it
uiçãodeensi
nopriv
adoconhecidaat
éhojeem Reci
fepel
oseual
tonív
eldeensi
no
edeformaçãoci
ent
íf
ica,ét
icaemoralvol
tadapar
aaconsci
ênci
ademocrát
ica.

Em 9 de agost o de 1956,o prefeito progr


essista Pel
ópidas Sil
vei
ra,usando de
at
ri
bui çõesael econcedi
daspel
oDecr et
onº .1555,de09.08.1956,nomeouPauloFreire,
ao l
ado demai soito not
ávei
seducador esper nambucanos,membr o do Conselho
Consul t
ivodeEducaçãodoReci fe.Algunsanosdepoi s,f
oidesignadoparaocar gode
Di
retordaDi visãodeCultur
aeRecr eaçãodoDepar t
amentodeDocument açãoeCultura
daPr efeit
uraMuni ci
paldoRecif
e,conf ormeat estadoassinadoporGer manoCoel ho,
em 14dej ul
hode1961.

Tevesuaspr
imeirasexper
iênci
ascomopr
ofessordenívelsuper
iorleci
onandoFil
osof
ia
daEducaçãonaEscol adeSer vi
çoSoci
alaqual ,poster
iormente,foii
ncorpor
adaà
ent
ãoUniver
sidadedoRecife.

Em finsde1959,pr estouconcursoeobt eveot í


tul
odeDout orem Fi
losof
iaeHi stóri
a
daEducação,def endendoat ese" Educaçãoeat ual
idadebr asi
l
eir
a".Estati
tul
aridade
assegurou-l
he,atr
avésdaPor tari
anº .30de30denov embr ode1960,assinadapel o
Reit
orJoãoAl f
redodaCost aLima,anomeaçãodepr ofessorefeti
vo(nív
el17)de
Fi
losofia e Hi
stóri
a da Educação da Faculdade deFi l
osofia Ci
ênci
ase Let r
asda
Universi
dadedoReci f
e, t
endotomadoposseem 2dej aneir
ode1961.

Noanosegui nte,pel
aPor t
ari
anº.37,de14deagost ode1961,assinadapelomesmo
rei
tor
,foi-l
het ambém conferi
doocerti
fi
cadodeLi v
reDocentedacadeiradeHi st
óriae
Fil
osofiadaEducaçãodaEscol adeBelasArtes,umavezqueoconcur soti
nhalhedado,
porforçadalei vi
gente,
além dotí
tul
odedout or,
odeLiv
reDocente.Frei
retomouposse
nestaf unçãoem 23deabr i
lde1962,diant edaCongregaçãodaescol a,conforme
convit
eant er
iormentedistri
buí
dopelaSecretari
adamesma,dat adode18deabr i
lde
1962.

PauloFr eir
ef oitambém um dos" Consel hei
r osPi onei
ros"doConsel hoEstadualde
Educação de Per nambuco." Consel heir
os Pi oneir
os",confor me demonst ram os
regi
stros nos ar quivos,f oia expr essão com a qualos pr ópr
ios int
egrantes se
autodenomi naram.Esses pr imeiros consel hei ros,em númer o de quinze,f oram
escolhidospel ogov ernadorMi guelAr raes,deacor docom al ei,dentr
eas" pessoasde
notóri
o saber e exper iênci
a em mat éri
a de educação e cul t
ura" do Est ado
pernambucano.El est omar am posseem nov embr ode1963e,conf ormeleiest adual
preconizadapel oar ti
gonº .10daLeideDi r
etr i
zeseBasesdaEducaçãoNaci onalnº .
4024/61,f oram responsáv eispel ael aboraçãodoPr imeir
oRegi mentodoConsel hoo
qualfoiapr ovadopel omesmogov ernadorqueosescol heuatravésdoDecr etonº .928,
de03demar çode1964, publicadonoDi ár
ioOf icial
,em 06demar çosubseqüente.

Nodi a31demar çode1964,quandoocer cogolpist


ajáseav i
zi
nhava,tr
ezedeles
renunciar
am colet
ivament
easeusmandat os.Paulo Freir
e,queseencont rav
aem
Brasíl
i
aat i
vamenteenvol
vi
docom ostr
abal
hosdoPr ogr
amaNaci onaldeAlf
abeti
zação
e,porisso,nãopôdeassinaropedidodeexoner
açãocol eti
va,f
oidesti
tuí
dodesuas
funçõesdeConselhei
ropeloDecr
etonº
.942,de20deabri
lde1964,assi
nadopeloVi
ce
-GovernadorPaul
oGuer r
aporqueoGov er
nadorMiguelAr
raesjáestavapresopel
as
novasf or
çasquetomaram opoder.

FoicomoRel atordaComi ssãoRegi onaldePer nambucoeaut ordor el atóriointitul


ado
"A EducaçãodeAdul t
oseasPopul açõesMar ginais:O Pr oblemadosMocambos" ,
apresent adonoI ICongr essoNaci onaldeEducaçãodeAdul tosem j ulhode1958,no
RiodeJanei ro,quePaul oFr eiref i
rmou- secomoeducadorpr ogr essi sta.Com uma
l
inguagem mui topeculiarecom umaf i
losofi
adaeducaçãoabsol utament er enov adora,
elepr opunha,nor elatóri
o,queaeducaçãodeadul t
osdasZonasdosMocambos
existentesnoEst adodePer nambucot eri
aquesef undament arnaconsci ênci ada
reali
dadedacot i
dianidadev i
vidapel osal f
abet izandospar aj amai sr eduzir-senum
simpl esconhecerdel etras,palavrasef rases.Af i
rmav at ambém quesósef ariaum
trabalhoeducat i
vopar aademocr aciaseopr ocessodeal f
abetizaçãodeadul tosnão
fossesobr e-v erti
calment e-ou par a -assi stencialment e-ohomem,mascom o
homem ( nosanos50eat éapósapubl icação, noi níciodosanosset ent anosEst ados
Unidos,da Pedagogi a do opr imido,Fr ei
re não nomi nav a mul her es,ent endendo,
erroneament e,que,aodi zerhomem,i ncluíaamul her),com oseducandosecom a
reali
dade.Pr opôsumaducaçãodeadul tosqueest i
mul asseacol aboração, adeci são,a
parti
ci paçãoear esponsabi li
dadesoci alepol ít
ica.Fr eir
e,at entoàcat egor i
adosaber
queéapr eendi doexistencialmente, peloconheci ment ov i
vodeseuspr oblemaseosde
suacomuni dadel ocal ,
jáexpl i
cit
avaoseur espeitoaoconheci ment opopul ar,aosenso
comum.

Paulofalavaem educação social


,f al
avananecessidadedeo al uno,além dese
conhecer,conhecertambém os pr obl
emas soci
ais que o afl
igi
am.El e não v
iaa
educação si mpl
esment
e como mei o par
a dominaros padr ões acadêmi cos de
escol
arizaçãoouparapr of
issi
onal
izar-
se.Fal
avadanecessi dadedeseest imul
aro
povoapar t
ici
pardoseuprocessodeemer sãonav idapúbli
caengaj ando-
senot odo
soci
al.

Acrescentav
aor el
atorqueaospr ópr
ioseducandoscaber
ia,em part
e,progr
amarseus
conteúdos de estudos e que se dev er
ia est
imul
aro t rabal
ho pedagógi
co nos
mocambospar a quea mul hersuperassesuascondiçõesdemi séri
a mudando a
naturezadesuasprópri
aspráti
casdomést i
cas.

Ar eali
zaçãodoI ICongressoNaci onaldeEducaçãosedeuent r
e06e16dej ulhode
1958,anoem queJuscel i
noKubi t
scheckseaf i
rmavaenquantoforçanopoderese
most rav
apr eocupadocom asmi séri
asdenossopov o.Queri
aepreci
sav adarsoluções
paraospr oblemassociais,entr
eel esoeducacional.Tent
ouresôl
v e-
losdent r
odos
mar cosdopopul ismo,aideologi
apr iv
il
egiadadeentão.Masasidéi
as,odi scursoea
práti
cadeFr eirej
ásefaziam porum cami nhoaut
enti
camentepopul
ar.

Osansei
osdasociedadepolí
ti
cavinham aoencontr
odosdeumapar tedasociedade
ci
vi
ldosanos50,al
imentandoum cli
mapr opí
ciopar
aamobi l
ização,paraasref
lexões
eparaaspr et
ensõesdemudançassoci aisepolíti
cas.Fr
eire,assim,tr
aduz i
u as
necessi
dadesdeseut
empoenel
asseengaj
ou.

Estesegment omaispr ogressist


adasoci edadeci v
ilbrasi
leira-compostoporoperár
ios,
campesinato,estudantes,professoresuniversi
tári
os,i nt
electuai
seclerocatól
ico-do
qualFreir
ef aziapar t
eest avai ncli
nadonãoaacomodar -se,masar ompercom as
tr
adiçõesarcaicas,autor
it
árias,discri
minat
óri
as, el
iti
stasei nter
dit
ador
as,secul
armente
vi
gentesnoBr asil
.

Enquanto muitos r epresent


antes da soci
edade polí
ti
ca hegemôni ca da época
pensavam etentavam equacionarsol
uçõesparaodesenvolvi
mentoeconômi co,al
guns
dasociedadecivilseindignav
am com apobreza,
asinj
ustiçassoci
aiseogener ali
zado
anal
fabeti
smodenossopov o.Frei
refoium desteseassi mfoiset ornando,desde
aquel
eper í
odo,opedagogodai ndi
gnação.

Suapedagogi aconti
nhaaper cepçãocl aradacot idiani
dadediscriminatóri
adanossa
soci
edadeat éentãopr eponderantement epatri
arcaleel it
ist
a.Apont avasol uçõesde
superaçãodascondiçõesv i
gentes,av ançadasparaaépoca, dentrodeumaconcepção
maisampl aemai sprogressi
sta:adaeducaçãocomoat opolít
ico.Tudoi stoeranovo
noBr asi
lqueaindareproduzi
a,impi edosaesecul armente,ainterdiçãodoscor posdos
desvalor
izadossoci
almente,que,assimv i
vi
am proibidosdeser ,
ter,saberepoder .

Estanatur
ezapolít
icadaeducação,antesmesmoquesuaespeci fi
dadepedagógica,
técni
caedidáti
ca,t
em si
doocer nedapr eocupaçãof
rei
reanat
ant
oem suasrefl
exões
teóri
casquant
onasuapráxi
seducativa.

Frei
refor j
ava-
se,pelapr
áxisviv
ida,comopedagogodoopr i
mido-mesmosem t erai
nda
escri
toaPedagogi adoopr i
mido-por queparti
adosaberpopular,dal
inguagem popular
,
danecessi dadepopular
,respei
tandooconcr etodel
es,ocot i
dianodeli
mitaçõesdeles.
Além disso,nãoficandonopont odepar t
ida,apr
esentavaumapr opostadesuperação
destemundodesubmi ssão,desilêncioedemi séri
as,apontandoparaum mundode
possibi
lidades.

Com todasessasinovações,oRel atór


ioapresent adonoIICongr
essodeEducaçãode
Adult
ostornou-
se,i
ndubitavelmente,um marconacompr eensãopedagógicadaépoca,
um divi
sordeáguasent r
eumaeducaçãoneut ra,ali
enant
eeuni ver
sali
zanteeuma
essenci
almenteradi
cadanocot i
diano polí
ti
co-exist
enci
aldosal f
abeti
zandosedas
al
fabeti
zandas,
nãoser eduzindoael e,
obviament e.

3.Oeducadorpopul
ar,
exí
li
oer
etor
no

Paul
oFreire,ext
rapol
andoaár eaacadêmi caeinsti
tucional,engajou-setambém nos
movimentosdeeducaçãopopul ardoi níciodosanossessent a.Foium dosfundadores
doMoviment odeCulturaPopular( M.C.P.)doRecif
e,enel etrabalhou,aoladodeoutros
i
ntel
ect
uais e do pov o,no sent i
do de,at r
avés da valor
ização da cultur
a popular
,
cont
ri
buirparaapresençaparti
ci pati
vadasmassaspopul aresnasoci edadebrasil
eir
a.
Este pr
imei
ro Movi
mento de Cul
tur
a Populardo Brasi
lmarcou pr
ofundament
ea
for
maçãoprofi
ssi
onal
,pol
ít
icaeafet
ivadoeducadorper
nambucano.

Porsuasconcepçõesdeeducadorpopularpr
ogr essi
sta,
inf
luenci
ouacampanha" DePé
no Chão Também seApr endeaLer "
,real
izadacom sucesso pel o ent
ão gover
no
popul
ardoPrefei
toDjal
maMar anhão,deNatal,RioGrandedoNor t
e.

Aoorganizaredi
rigi
racampanhadeal fabetizaçãodeAngicos,t
ambém noRi oGr ande
doNorte,Frei
refi
coumai sconhecidonacionalmentecomoeducadorv ol
tadoparaas
quest
õesdo pov o.Logo depois,foipara Br así
li
a a conv
itedo recém-empossado
Mini
str
odaEducaçãoPaul odeTar soSant os,dogov ernoGoul
art
,par areal
izaruma
campanhanacionaldeal
fabet
ização.

Nasceuassim,sobsuacoor denação,oProgramaNaci onaldeAl f


abet i
zação,quepel o
"MétodoPauloFr ei
re"tenci
onavaal f
abeti
zar
,pol i
ti
zando,5mi l
hõesdeadul tos.Estes
poderi
am,pelaleiv i
gentedaépoca,f azerparte,em futuropróximo,doai ndarestr
ito
colégi
oeleit
oralbrasil
eir
odoi níci
odosanossessent a.Tinham v otadonar ecente
elei
çãopresi
dencial,naqualsaí r
am vencedoresoSr .JâniodaSi l
v aQuadr oseJoão
Belchi
orGoular
t,apenaspoucomai sde11mi l
hõesesei scentosmi lelei
tores.

Noseupr ocessodeal fabeti


zação,estesnov osel
eitor
es,proveni
entesdascamadas
populares,seriam desaf i
ados a per ceber as i
njust
iças que os opr i
miam e a
necessidadedel utarpormudanças.Ascl assesdominantesidenti
fi
caram aameaçae,
obvi
ament e,colocar am-secont r
aoPr ogr ama,que,ofi
ciali
zadoem 21dej anei
rode
1964,peloDecret onº53. 465,foiext
int
opel ogover
nomi li
tarem 14deabrildomesmo
anoat r
avésdodecr etonº.53.886.

Box4
CARTAACLODOMIRMORAES
Lembr
andoosensi
nament
osdapr
isão

Clodomir,velhodeguer ra,
amigo-ir
mão,
nasmi nhasconv ersascomi gomesmosempr elembrado;
nasmi nhasconv ersascom out r
asgent es,
nasmi nhasmemór iasdenossas" f
éri
as"passadas
j
untos,noR- 2,láem Olinda, l
embr osempr e.
Ami go-
ir
mão, v
elhodeguer ra,
quemeensi nou,com paci ência,comov iverent
reparedes;
comof alar
, com coronéis,jamaisdizendoum al i
ás;
quemeensi nouahumi l
dade, nãosóami m,
também aosout r
osquel áestavam, napr i
são
grandedabel aOl i
nda,nãocom pal avr
asqueov ent
ol eva,
mascom exempl o-pal avração!
quemecont ouestóriasli
ndasdePedr oBundae
seui rmão-" pencasdeal mas"dependuradas
em f ort
est r
oncos,nasol i
dão;
soldadosal emãesdesembar cadosnoSãoFr ancisco.
quemef alou, com amortanto,deseupov o
l
ádoser tão,deseuspoet as,deseusmúsi cos,deseusmaest
ros.
Clodomi r,Colodomi r
o,vel
hodeguer r
a,
ami go-i
rmão, sempr elembrado,agor
a,delonge,
debem l onge, temandoat i
,aCéli
aeaosquedeambosj áchegar
am,
umapencaenor medeabr açosnossos.

Paul
o
Genève,
16.
01.
75

ClodomirSantosdeMor aesfoicompanheirodepri
sãodePauloFr eir
e,numa
cadeiadoquar t
eldeOl i
nda,poucotempodepoisdeseconhecer
em em Reci fe.
Advogado,organizadoreassessordasLi
gasCamponesasdosanos60, foiel
eit
o
deputado f
ederalecassado em 1964.Tr abal
houem diver
sospaísescomo
funci
onári
odaOI T.Éautorde Elementossobreat eor
iadaorganizaçãodo
Campo.

Porduasv ezesem Reci f


e,PauloFr ei
ref oiobri
gadoav i
raoRi odeJanei rorespondera
i
nquér i
topolicial
-mili
tar
.Sentindo-seameaçado,asi l
ou- senaembai xadadaBol í
viae
part
iupar aaquelepaí sem set embr ode1964,com apenas43anosdei dade,l
evando
consigoo" pecado"det eramadodemai soseupov oeseempenhadoem pol i
ti
zá-lo
para quesof ressemenosepar t
icipassemai sdasdeci sões.Quer i
a contri
buirna
construçãodaconsci ênci
adosopr i
midosenabuscapel asuper açãodesuasecul ar
i
nterdiçãonasoci edade.Jamai sf al
ououf oiadeptodav i
olênciaoudat omadado
poderpel aforçadasar mas.Est evedesdej ovem ar eflet
irsobr eaeducaçãoease
engajar nas ações pol í
ti
cas medi adas pela práti
ca educaci onalque pode ser
tr
ansformador a.Lutouev em lut
andosem descansoporumasoci edademai sjustae
menosper v
ersa,comogost adedi zer,porumasoci edader ealmentedemocr áti
ca,na
qualnãohaj arepressorescontraopr i
mi dos,naqualtodospossam t erv ozev ez.

Tendopar t
idodeSãoPaul o,
sobaguar daepr oteçãodopr ópr i
oEmbai xadordaBol ívi
a,
paraessepaí sv i
zinho,queoacol heugener osament e,sentiuem LaPazsuasaúde
abaladadev i
doàl ocali
zaçãoaltadest acidadequef icanocumedasmont anhasdos
Andes.Masf oioGol pedeEst adonaBol í
via,ocorridopoucot empodepoi sdesua
chegada,queol evouaoChi l
e.Em Sant i
ago,aol adodesuaf amí l
ia,i
niciou,comot ant
os
outrosbrasil
eirosquenoChi l
et i
veram asil
opol ít
ico,umanov aetapadesuav i
daede
suaobr a.Nest epaí sviv
eudenov embr ode1964aabr i
lde1969,t rabalhandocomo
assessordoI nstit
utodeDesar oll
oAgr opecuárioedoMi ni
stériodaEducaçãodoChi l
ee
como consul tordaUNESCO j unto ao Insti
tuto deCapaci taci
óneI nvestigaciónen
ReformaAgr ár i
adoChi le.Nessaocasi ãof oiconv idadot ambém par al ecionarnos
Est
adosUni
doset
rabal
harnoConsel
hoMundi
aldasI
grej
as.At
endeuaosdoi
sconv
ites.

Deabrilde1969af ever
eir
ode1970mor ouem Cambr idge,Massachusset
ts,dando
aul
assobresuaspr ópri
asr ef
lex
õesna Univer
sidadedeHar v
ard,como Pr ofessor
Convi
dado.Em seguida,mudou-se par
a Genebra para serConsult
orEspecialdo
Depar
tamentodeEducaçãodoConselhoMundial
deI gr
ejas.

Àser viçodoConsel ho,"andarilhou",comogost adedi zer,pelaÁf ri


ca,pelaÁsi a,pela
Oceani a e pel a Amér i
ca,com exceção do Br asil-par a sua t ri
steza -,ajudava,
principalment e,os países que t inham conqui stado sua i ndependênci a polí
ti
ca a
si
st emat izar
em seuspl anosdeeducação.CaboVer de,Angolaesobr etudoGui né-
Bissauoconhecer am porest eseut rabalhoquandoseempenhav am nosanos60par a
l
ivrarem- sedasgar rasdocol oniali
smo,par aext irparosr esquíciosdoopr essorque
ti
nhaf eit
odemui tosdoscor posnegr osafri
canoscabeçasbr ancasdepor tuguesesde
al
ém- mar .Essespov osquer i
am epr ecisavam selibert
arda" consciênci
ahospedei rada
opr essão"par aset ornarem ci dadãosdeseuspaí sesedomundo.Fr eir
eosassi sti
u
nest adi f
íci
ltaref
a.

NaSuíça,Paul
oFreir
efoit
ambém professordaUniver
sidadedeGenebr
a,l
evandoaos
al
unosdaFaculdadedeEducaçãosuasidéi
aseref
lexões.

Box5
QUEPAÍ
SÉESTE?

Exmo.Sr
.Pr
esi
dent
eEr
nest
oGei
sel
,

Consi
derandoasinstr
uçõesdadasporV. Sª.dequesejam negadospassaportes
aossenhoresFr
anciscoJul
ião,
Mi guelArr
aes,LeonelBri
zol
a,LuizPr
estes,Paulo
Schi
ll
i
ng,Gregór
ioBezerr
a,MárcioMor ei
raAlvesePauloFrei
re.

Consi
der
andoque,desdequenasci,meident
if
icopl
enament
ecom apel
e,acor
doscabel
os,estat
ura,cul
tur
a,osorri
so,asaspir
ações,al
íngua,amúsi
ca,a
hi
stór
iaeosanguedestesoit
osenhor
es.

Considerandotudoi
sto,pori
mperat
ivodami nhaconsci
ênciaehonesti
dadede
pri
ncípi
o, v
enhopormeiodest
adevolveropassapor
te,
que,negadoaeles,mefoi
concedido(cer
tament
eporengano)pelosór
gãoscompetentesdoseugoverno.

Jur
opel
ami
nhamãe,
queeupensav
aest
arv
ivendoem meupaí
shá34anos!

Sol
ici
toacompreensãodeV.
Sª.nosent
idodemeconcederum pr
azode30dias
paraqueeupossadesocuparoseupaí scom t
odososmeusper t
encesem
di
reçãoàminha(eados8)ver
dadei
rapátr
ia,
oBr
asil
.

Descul
peoengano.Queconf
usão,
siô!
At
enci
osament
e,

Henf
il
,j
anei
rode1979

P.
S.:
Sópr
ámei
nfor
mar
:quepaí
séest
e?

Ganhaseuprimeir
opassaport
ebr asil
eir
oem junhode1979e,em agost odomesmo
ano,sobocli
madaani sti
apolí
tica,chegaaoBr asi
lpel
oAeroport
odeVi racopos,SP,
ondefoir
ecebi
do,cal
orosamente,porparent
es,amigoseadmiradorespar
a,conforme
afi
rmouàimprensabr
asil
eir
anaquelemoment o,"re-
apr
endermeupaís".

Aceit
ouserpr
ofessordaPUC-SP.Retor
nouàEuropaeor gani
zousuavol
tadef
ini
ti
vaao
Brasi
l.Abr
iumãodosdi rei
tosconcedi
dospelogovernosuíçoparalár
esidi
repoder
vi
ajarpel
omundocom credenci
aisquelhedav
am garant
iaspessoai
s.

Voltoudefatoem junhode1980par asei ntegrareseent r


egardefi
nit
ivamenteaoseu
paíseaoseupov o.Mascondiçõespolít
icasai ndadif
ícei
soi mpedir
am dev ol
tar,
como
tantosonhounoexí l
i
o,àsuatãoquer i
daedecant adaRecife.Vei
oparaSãoPaul oque
l
heabr i
uasportascomoseel efosseum f i
lhoseuquev olt
asse.Devi
doàpossi bi
li
dade
abertapel
aLeideAni st
iaepel
oespíri
todemocr áti
codar ei
tor
iadaPUC, pôdefi
carpara
trabal
har,
amarecriarem seuprópr
iopaís.

Paulo Frei
reteve que r
ecomeçar,mai s uma v ez,t udo do pri
ncípi
o pois,par aa
rei
ntegr
açãoaosant i
goscargos,aLeideAni st
iaexigi
aqueoex- exil
adorequeresseao
governooest udodeseucaso.Porconsi derá-
laof ensi
va,recusou-seaacei t
art al
exi
gência,tant
onocasodadocênci a,comonodet écnicodaUni versi
dadeFeder alde
Pernambucocomot inhapassadoadenominar -
seaant i
gaUniver
sidadedoRecif e.

Assi m pensandoeagi ndo,r


ecomeçou, maisumav ez, tudodopr incípi
oporqueo1º .de
abrilde1964 o t i
nhademi tido,sumar iamente,do car go dedi retordo Serviço de
Extensão Cul t
ural( SEC)da Uni versi
dade do Reci f
e.El e,que t inha si
do um dos
fundador esequet ãoentusiásti
caecoer entement eodi r
igia,nãof oipoupadopel as
forçasdadi rei
ta.FoinoSECdaUni ver
sidadedoReci fequeel eteveapossi bi
l
idadede
sistematizaro" MétodoPauloFr ei
re"epr estaroutrosser viçosrelevantesàpopul ação
l
ocalcom aRádi oEducati
vadaUni v
ersidade,estatambém porel eideali
zada.Ogol pe
mi l
itaraindaot i
nhaaposentadodasf unçõesdepr ofessordaFacul dadedeFi l
osofia,
CiênciaseLet r
asdamesmaUni versi
dade,em 08deout ubrode1964,porDecr eto
publ i
cadonodi a09subseqüent e.

Em set
embrode1980,apóspressõesdosest
udant
esedeal
gunspr
ofessor
es,t
ornou-
seprof
essordaUni
ver
sidadedeCampinas-UNICAMP,
ondel
eci
onouatéofi
naldoano
l
eti
vode1990.

Ar
eit
ori
adaUNI
CAMP pedi
uaoConsel
hoDi
ret
or,napessoadoPr
ofessorTi
tul
ar
Rubem Al vesum " ParecersobrePaul oFrei
re".O pedi dopar eceuum absur doef ez
l
embr arasper segui
çõesqueFr ei
resof r
eudur ant eosanosdeexí l
io.Antes,er am
passapor t
esnegados,agor aeram parecer
es.Ant es,"coisasdaditadura",eraorepúdi o
dopr esi
dentedoMOBRALesuacomi ti
vaem Per sépolis,Ir
ã,em 1975,queobedi ent es
àsor densdogov er
nomi li
tardeBrasíl
iaseausent aram par anãopr esenciaraentrega
dopr êmiointer
nacionaldaUNESCOqueest avasendoconf er
idoaoeducadorbr asileiro;
agora," coi
sas do ent ul
ho autori
tár
io",na exigência da " l
egit
imidade"de t orná-lo
ProfessorTit
ular.

Aspal
avrasdeRubem Al
ves,um dosi
ntel
ect
uai
smai
sfamososer
espei
tadosdopaí
s,
di
zem mais:

"Oobjeti
vodeum par ecer,comoaprópri
apalav
raosugere,édizeraal
guém que
supostamentenadaouv i
ueque,poristomesmo,nadasabe,aqui l
oqueparece
ser,aosolhosdoquef alaouescrev
e.Quem dáum par eceremprest
aosseus
olhoseoseudi scerni
ment oaum outr
oquenãov i
uenem pôdemedi t
arsobrea
questãoem paut a.Istoénecessárioporqueosproblemassãomui toseos
nossosolhossãoapenasdoi s.
..

Há,entret
anto,cer
tasquestõessobreasquaisemi t
irum pareceréquaseuma
ofensa.Emit
irum parecersobr
eNi et
zscheousobreBeethovenousobreCecí
lia
Meirel
es?Paraistoseri
anecessári
oqueosi gnat
ári
ododocument of
ossemaior
queeleseoseunomemai sconheci
doemai sdignodeconf i
ançaqueaquel
es
sobrequem escreve.
..

Um par
ecersobr
ePaul
oRegl
usNev
esFr
eir
e.

Oseunomeéconhecidoem univ
ersi
dadesatravésdomundot odo.Nãooserá
aqui,naUNI
CAMP?Eseráporistoquedev er
eiacrescent
araminhaassi
nat
ura
(nomeconheci
do,
domést
ico)
,comoavali
sta?

Seuslivr
os,nãoseiem quant asl í
nguasestarãopubl i
cados.Imagino( ebem
podeserqueeuest ejaerrado)quenenhum out rodosnossosdocent ester
á
publi
cadotanto,em tant
asl ínguas.Astesesquej áseescr ever
am sobreseu
pensamentoformam bibl
iografiasdemuitaspáginas.Eosar ti
gosescri
tossobr
e
oseupensament oeasuapr áti
caeducati
va,sepublicados,ser
iam l
iv
ros.

Oseunome,porsisósem pareceresdomésti
cosqueoav al
isem,transi
tapel
as
uni
ver
sidadesdaAméri
cadoNor teedaEuropa.Equem quisesseacrescent
ara
est
enomeasuapr ópr
ia"car
tadeapresent
ação"sófar
iapapelri
dícul
o.

Não.Nãopossopr essuporqueest
enomenãosej
aconhecidonaUNI
CAMP.I
sto
ser
iaofenderaquel
esquecompõem seusór
gãosdeci
sór
ios.

Porissoomeupar
eceréumar ecusaem darum par
ecer.Enestarecusavai
,de
for
mai mpl
íci
taeexpl
íci
ta,oespantodequeeudev esseacrescentaromeu
nomeaodePaul
oFr
eir
e.Comose,
sem omeu,
elenãosesust
ent
asse.

Masel
esesust
ent
asozi
nho.

Paul
oFr
eir
eat
ingi
uopont
omáxi
moqueum educadorpodeat
ingi
r.

Aquest
ãoésedesej
amost
ê-l
oconosco.

Aquest
ãoéseel
edesej
atr
abal
haraonossol
ado.

Ébom di
zeraosami
gos:

"-PauloFrei
reémeucol
ega.Temossal
asnomesmocor
redordaFacul
dadede
EducaçãodaUNICAMP.
..
"

Er
aoquemecumpr
iadi
zer
."

Esteparecerdat adode25demai ode1985, escri


toporRubem Al ves,Prof
essorTitul
ar
II
,estápr ot
ocoladosobnº .4838/ 80,nosr egistr
osadmi nist
rati
vosdaUni v er
sidade
EstadualdeCampi nas.Coisasdabur ocraci
aest atalpaul
ist
aqueesper oucincoanos
paraout orgar-
lheat i
tul
ari
dade,j ustamenteaum educadorque,al ém deestardando
si
stemat icamente suas aul as semanai s na Facul dade de Educação da pr ópri
a
Universi
dade, noscursosdegr aduaçãoenosdepós- graduação,erafamosoem t odoo
mundohámui tomaisdoqueci ncoanos, comosabemoseopar ecerev i
denci
a.

PauloFreir
ev em permanecendonacat
egori
adeprof essoraposent
adodaUniver
sidade
FederaldePer nambucodesde1964,cargoque,di antedascondiçõesquelheforam
i
mpost as,represent
aparael eum momentomaiordoqueasaudadedost emposda
comunicaçãodosaberconst ruí
do,dosabercr
iando- seedaamor osi
adenarelação
com seusal unos.El
eotem comoumadesuasmai oreshonras.

Quantoaocar godeTécni coem EducaçãonoSer vi


çodeExt ensãoCulturalquet ão
entusiast
icamenteocupou,criandoaí,entreoutrascoisas,arádioeducativa,mant i
da
até hoj e pela Universi
dade Feder al de Per nambuco, t eve recentement e, o
reconhecimentodeseusdi rei
tospeloMi ni
stér
iodaEducação.Assi m,foir
eincorporado
nestecar goaosquadr osdaUni v
ersidade,mascomor esideem SãoPaul o,foiem
seguidaaposentadocom tempopar cialdetrabal
ho,em mar çode1991.

Naocasião,escr
eveuaoMini
str
oagradecendo,em seunomeenodesuaf amíl
i
a,o
r
econhecimentodogover
no"
poratodesanainj
usti
çahátant
otempopr
ati
cada".

Porcausa di sto,pediu demi


ssão do cargo de professorda UNI CAMP,poi sa
Consti
tui
çãoBr asi
lei
rade1988pr oí
beaacumul açãodemai sdedoi scargospúbli
cos
e/ou suas aposentadori
as.Na sua cart
a de demi ssão ao r ei
tor
,lamentou seu
afast
amentodaUNI CAMPnoi níci
odoanol eti
vode1991,querpel alut
aestudant
ile
dospr of
essor
espar asuaadmi ssãoquerpelascondiçõesi nt
ernasdeal t
oníveldos
t
rabal
hosal
ireal
i
zadosdesdesuacr
iaçãopel
oPr
ofessorZef
eri
noVaz.

Com amor tedesuapr i


meiraesposa, em out
ubr ode1986, Fr
eir
eabat eu-seat
équando,
opt andopel av i
da,casa-senov ament e,em 27demar çode1988,noReci fe,com a
aut ora desta bi
ografi
a.Depoisdet ermossi do amigosna i nf
ância,pudemosnos
reencont rarnocursodemest radodaPont if
íciaUniver
sidadeCat ól
ica.Euer aaluna-
orientanda eel epr of
essor-or
ientador.Ambosv i
úvos.Nossa relação ganhou novo
signifi
cado.Sent i
mosque,aocar i
nhodeami gos,somaram-seapai xãoeoamor .
Casamo- nos.

Comigo,Nit
a-nomecar inhosocom quemechama- ,pôdei
nici
arnov aetapadesua
vi
da,incl
usi
veaceit
andonov osdesaf i
oscomohomem públ i
co.Em 1ºdej aneir
ode
1989 foiempossado como Secr etári
o da Educação do Município de São Paulo,
j
ustamentepor
queoPar tidodosTr abalhadores,par
ti
dodoqualéum dosf undadores,
chegouaopodercom aeleiçãodeLui zaErundinadeSouzaparaPrefei
tadeSãoPaul o.

Nagestãoalt
amentedemocráticadeFrei
re,eledeupr ovasdequeostr
abalhosem
col
egi
adoseoent endi
mentomút uolev
am àr esponsabi
li
dadecol
eti
vaeàrei
nvenção
doatodeeducarcom mai
sefi
ciênci
aeadequação.

Suasdecisõespol
í
ticas,nasci
dasdesuapr ópr
iateori
aedesuaspráti
casdeeducador
pelomundo-nãoser i
aexagerodizerdomundo-comot ambém nasci
dasdapr áxi
s
educati
vadaspessoasdaequi petécnicaqueoassessor ou,asquaistraduzi
am a
vontadeeanecessidadedascomuni dades,marcar
am,indel
evel
mente,aeducaçãoda
rededeensinodomuni cí
piodeSãoPaulo.

Assim,"seu"t r
abalhof oiprofí
cuo" mudandoacar adaescol a",comocost umadi zer.
Reformou asescol asent r
egando-asàscomuni dadesl ocaisdot adasdet odasas
condiçõespar aopl enoexer cí
ciodasat iv
idadespedagógi cas.Ref ormulouocur rí
cul o
escolarparaadequá- l
otambém àscr iançasdasclassespopul ar
esepr ocuroucapaci tar
melhoropr ofessoradoem r egi
medef ormaçãoper manent e.Nãoesqueceudei ncluiro
pessoalinstr
ument aldaescol acomoagent eeducati
vofor mando- opar adesempenhar
adequadament et altarefa.Eram osv igias,asmer endei r
as,asf axi
neir
as,os( as)
secretár
ios(as)que,aol adodedi retor
es( as),pr
ofessores( as),alunos( as)
,epai sde
al
unos,f azi
am doat odeeducarum at odeconheci mento,el aboradoem cooper açãoa
part
irdasnecessidadessoci almentesentidas.

Afast
ou-sedocargodesecr
etárioMunici
paldeEducaçãodeSãoPaul
o,masconti
nuou
membr odeseuColegi
adoatéfinsde1992.Saiudoservi
çopúbl
i
copaul
ist
ano"par
aser
devol
vidoaomundo",comodisseLuizaErundi
na,nagrandef
est
adadespedi
dadeleno
Teatr
oMunicipal
deSãoPaulo.

Assi
m,desde27demai ode1991,v em sededicandoaout rasativi
dades.Com grande
pai
xão,v ol
touaescr ev
er.Enãocom menospr azer,volt
out ambém àdocênci ana
Ponti

ciaUniver
sidadeCatól
icadeSãoPaul o-PUC/ SP-noPr ogramadeSuper vi
sãoe
Curr
ícul
odocur sodepós-graduação.OPr ogr
ama, inovandooat odeensinar-
aprender
,
l
evaparaasal adeaulatrêsdeseuspr ofessoresque,conjuntamentecom os(as)
al
unos(as),dial
ogam em t
ornodostemasdasdi sser
taçõesetesesdelesoudel
asou
ai
ndaem tornodealgum objet
odoconheciment onecessárioaum cursodefor
mação
deeducadores.Paul
oFrei
reéum dessesprofessores.

Desde1987,Freir
etem sidoum dosmembr osdoJúr iInt
ernaci
onaldaUNESCOque,a
cadaano,sereúnenov erãodePar isparaescolherosmelhoresprojet
oseexper
iênci
as
dealf
abet
izaçãodosci ncocont i
nentescujospr êmiossãooutorgadoseentr
eguesem
cada08deset embro,
Di aInt
ernacionaldaAlfabeti
zação.

No2º.Semest
releti
vode1991,Paulofoiprofessorconvi
dadodaUSP,amai sant
igae
umadasmai sfamosasuniver
sidadesdopaí s,paradesenvolv
erum tr
abalhoamplo
pr
ofer
indopal
estr
asnasFaculdades,gravandov í
deosedi scut
indopr
ojet
osnovose
pi
onei
rosdaUniv
ersi
dade.

4.Reper
cussãodaobr
adePaul
oFr
eir
e

Em rel
açãoàobr adePauloFr ei
re,publi
cadaem quaset odoomundo,el aécomposta
deinúmer osli
vros,unsexclusivament eseus,out
ros"fal
ados"em par ceri
acom outr
os
educadores;ensaioseartigosem r evi
stasespecial
i
zadas;entr
evistasapessoasque
escrev
eram sobr eele,arádi os,aTVs,aj ornai
sear evist
asdiversas;conf
erênci
as
prof
eri
das;or i
entaçãodet eses;semi nári
osedebat esem uni versidadesdetodoo
mundoepr ef
áciosem obrasdeout rosautor
es.

APedagogi adoopr i
mido,queésem dúv i
dasuaobr amaisi
mpor tant
e,f
oitraduzi
dae
vem sendo publ i
cada em maisde vint
ei diomas.I st
o pr
ova a atual
idadedeseu
pensament o nest
ef i
m de sécul
o,poi s o problema da l
ibert
ação dos oprimi
dos,
princi
palment
ecom aar r
ancadaneol
iberal
,continuaseapresentandocomoomai or
desafiodoshomensedasmul heresqueconst r
oem oseut empoeoseuespaço
histór
ico.

Suaobr ateór
ica,refl
exãosobresuapr át
ica,tem ser
vidoparaf undament
oteór
icode
tr
abalhosacadêmi cosei nspi
radopr áti
casem di ver
saspar tesdomundo,desdeos
mocambosdoReci feàscomuni dadesbar akuminsdoJapão,passandopel asmais
consagradasi
nstit
uiçõeseducacionaisdoBr asil
edoext er
ior
.

Talinfl
uênciaabr angeasmai sdiver
sasáreasdosaber :apedagogia,fi
losof
ia,t
eol
ogia,
antr
opologia,ser vi
çosocial
,ecologia,medicina,psicoter
api
a,psicologia,museol
ogia,
hist
ória,jornal
ismo,ar tes plásti
cas,teatr
o,músi ca,educação f ísi
ca,sociol
ogia,
pesquisapar ti
cipante,metodologiadoensi nodeci ênci
asel etras,ciênciapol
ít
ica,
curr
ículoescolareapol í
ti
cadeeducaçãodosmeni nosemeni nasder ua.

Hoje,infel
izmente,éi mpossívelel
encartodasasci t
açõesàobr adePaul o Frei
re
espalhadaspel o mundo,pori sso r
ecebeconv i
tesdosmai sdiversospaísespar a
proferi
rconf er
ências,coorder
narsemi nár
ios,comporj úr
is,ori
entarou exami nar
dissert
açõeset eses,escr
everpref
áci
osdel i
vrosouar
tigosderev
istas,darent
revi
stas
e endossarmani
fest
os educat
ivos ou pol
í
ticos ou,si
mpl
esment
e,par
areceber
homenagens.

Temos not íci


as de que v ár
ias instit
uições adot aram o nome de Paul o Fr ei
re:
estabel
ecimentosescolaresnasci dadesdeSãoPaul o-SP;Ni t
erói-RJ;Ol i
nda-PE;
Jundiaí-SP;Piment aBueno-RO;Angi cos-RN;eI taguaí-RJ;noBr asi
l
;Ar equipe,no
Peru;nacidadedoMéxi co,nopaísdemesmonome; Cochabamba,naBol ív
iaeMál aga
eGr anadanaEspanha.Umaor ganizaçãodaHol anda,f undadanosanosoi tentapara
ori
entarebenefici
arcamponesesdaNi carágua,também t omouonomedePaul oFr ei
re,
porter,comopr i
ncí
pio,opensament ofreir
eano.Di r
etóriosAcadêmicosdasFacul dades
deEducaçãodaUSP,daUni versi
dadeFeder aldoCear á,daUniv
ersidadedeMogidas
CruzesedaUni versi
dadedeI j
uí( Unij
uí)CampusdeSant aRosat ambém l ev am seu
nome.

Em 09denov embro de1994,PauloFr ei


rerecebeuem Washi ngtonDC o Pr êmio
i
nstit
uído pel
oI nt
ernaci
onalConsorti
um forExperimentalLear
ning quel ev
ao seu
própr
io nome.O pr êmio que cont
empla,a cada ano,um r enomado educador ,o
homenageiaporsuascont r
ibui
çõesparaateor
iaeapr át
icadoatodeapr ender
-ensi
nar
.

Freir
eéci dadãohonoráriodasseguintescidadesnoBr asil
:RiodeJanei r
o,desde
06.10.1983;SãoPaulo,desde30.04.
1986;SãoBer nardodoCampo,desde13. 04.
1987;
Campi nas,desde 28.04.1987;Belo Hori
zonte,desde 27. 10.1989;It
abuna,desde
13.04.1992,Por t
oAlegre;desde26.05.
1992;Angi cos,desde28. 08.
1993eUber aba,
desde17. 11.1995.

Foihomenageadocom o" ReconhecimentoFr at


erno"daci dadedeLosAngel esnos
USA em 13.03.1986edeCochabamba,Bol ívi
aem 29. 05.1987.Énomeder uaem
I
tabuna,Bahia,pelaLeinº.1400,assi nadapeloPr efeit
oUbal doDantasem 23de
dezembrode1987,quedi z,entr
eout rascoisas:"Art
.19-Fi cadenominadadePaulo
Frei
rearuaquecomeçanoPost oTi mbaúba,naAv .I
bicaraí
,esaiat
éar uaconheci
da
porQuadra"A"".

Recebeut ambém or econheci ment opúbl icopelasuapr áxi


seducat ivaatravésdas
seguinteshomenagens, entreoutras:Or dem doMér itodaMar im dosCaet és,deOl i
nda,
em agost o de 1979;Pr êmi o"Wi ll
i
am Rai neyHar per"da The Rel igious Educat ion
Associationoft heU. S.andCanadá,Cal ifórni
a,USA,em 20denov embr ode1985
(concedidoj untament eaEl zaFreire);"
Pr êmi oEstáciodeSá"doGov ernodoEst adodo
RiodeJanei ro,em f ev ereir
ode1985;t í
tulodeComendadorda" Or dem Naci onaldo
Mér i
toEducat i
vo"doMi nistér
iodaEducaçãoeCul tur
adoBr asi
l,em 13dej unhode
1987;Pr êmi o"Mest r
edaPaz"daAsoci acióndeI nv esti
gaciónyEspeci al
izaciónsobr e
TemasI beroamer i
canos, A.I
.E.
T.I.
,daEspanha, em janeir
ode1988, "Pr êmi oFreiTi t
ode
Alencar"daPr efei
turadeFor taleza,em 25demar çode1988;" Medal hadoMér i
to
CidadedoReci fe-Cl asseOur o",em 28demar çode1988;pr êmi o" Manchet ede
Educação" ,dos anos de 1989 e 1990;" Dipl
oma do Mér i
toI nternaci onal"-mai s
especialment e pelol i
v ro" Ai mpor tância do At o de Ler "
,da I nternat i
onalReadi ng
Association,Est ocolmo,Suéci a,em j ul
ho de 1990;r econheci ment o do Ser viço
Uni versi
tári
oMundi al,em 22deout ubrode1990,em SãoPaul o;tí
tulode" Educadordo
Ano"concedi dopelaCâmar aMuni cipaldeVer eadoresdeMogidasCr uzes,S. P.em 26
deout ubrode1990;medal ha"LibertadordaHumani dade" ,
outorgadaem 27deabr i
lde
1993pel aAssembl éiaLegislat
ivadaBahi a;medalhaconcedi dadur anteaConf erênci
a
InternacionaldeEducaçãopar aoFut ur
o,em SãoPaul o,em 04deout ubrode1993;
tít
ulo de Gr ão-Mestre da "Ordem Naci onaldo Mér i
to Educat i
vo"do Mi nistério da
EducaçãoeCul turadoBr asil
,em 11denov embrode1993;medal ha" Jam Amos
Comeni us"dogov ernodaRepúbl icaTcheca,em Genebr a,Suíçaem out ubrode1994,
medal ha"PauloFreire"-aeducaçãodapaz,l i
berdade,al f
abetização,consci ent i
zação
do " Primeir
o Congr esso de For mação e Cooper ação ent re países lusófanos" ,em
setembr ode1995, Faro,Portugal;medalha" PedroEr nesto"daCâmar adosVer eadores
doRi odeJanei r
o,RJ, Br
asil,em 06denov embr ode1995, além doj ámenci onado" The
Paul oFr ei
reAwar ds"daI nter
nat i
onalConsor t
ium Exper i
ment alLear ning,em 09de
nov embr ode1994, em Washi ngtonD. C.,USA.

Box6
MEDALHACOMENI
USPARAPAULOFREI
RE

Asegundapr emi açãocom aMedal haComeni usocor reunodi a5deout ubr


ode
1994-Di aInt
ernacionaldoPr ofessor-noCent roInternacionaldeConv enções
deGenebr adur anteaquadr agési ma- qui
ntasessãodaConf er
ênciaInternaci
onal
deEducação.Est amedal haf oicriadapel aRepúblicaTchecaepel aUNESCOem
conjunto,porocasi ão do quar to centenário do nasci mento de Jan Amos
Comeni usepar apr emiartrabalhosdedest aquedei ndiví
duosei nstit
uiçõesnas
áreasdepesqui saeducaci onalei novações.O Di retorGer aldaUNESCO,Sr .
Federico May or,e o Mi nistro da Educação da Repúbl ica Tcheca,Sr .Pil
ip,
outorgaram umadasoi tomedal hasaoSr .PauloFr ei
redoBr asi
l,um educador
conhecidomundi almenteecampeãodeum nov omét ododeensi no,o" método
Paulo Freir
e",ondea r eal
idadedo educando él evadaem consi deração no
contextodaat i
vidadedeapr endizagem ( HansFücht ner,Frankfurt
).

Frei
refoitambém cont emplado porseus t rabalhos na área educacionalcom os
segui
ntesprêmios:"PrêmioMohammadRezaPahl evi
"doIrã,pelaUNESCO,doanode
1975,em Persépol
i
s,Irã;"PrêmioReiBal duí
nopar aoDesenv olvimento",daBélgi
ca,do
anode1980,em 15. 11.1980,em Br uxelas;"
Pr êmioUNESCOdaEducaçãopar aaPaz",
daUNESCO, doanode1986, em Par i
s,em setembr ode1986; "PrêmioAndr esBell
o"da
Organi
zaçãodosEst adosAmer icanos-OEA-comoEducadordoCont i
nentede1992,
em 17.11.
1992,em Washi ngtonD. C.,USA;" PrêmioMoi nhoSant ista"daFundação
MoinhoSantist
a,em SãoPaul o,Br asil
,em 29.09.95;al
ém dojámenci onado"ThePaulo
Frei
reAwards",daInternati
onalConsor t
ium Experient
alLearning,em 09denov embro
de1994,em WashingtonD. C.,USA.
Box7
EDUCARPARAAPAZ

Nomoment oem queaUNESCO medasaf i


aaohomenagear -
menãoposso
esqueceroquant
opudecrescernodesempenhodaativi
dadedocente,desafi
ado
também e aberto ao desafi
o de estudantes,às vezes jovens urbanos
univ
ersi
tár
iosdeci
dadesvári
asdomundo, àsvezest
rabal
hadoresdoscampose
defábri
cascit
adi
nasdepedaçosvári
osdomundo.

Veri
fi
quei,
também,nomeuconv í
viocom tr
abal
hador
eset rabalhadorasur
banos
er ur
ais que a l
eit
ura menos ingênua do mundo não si gnif
ica ai
nda o
compromisso com a lut
a pel
at ransf
ormação do mundo,mui to menos a
tr
ansfor
maçãomesmacomopar eceaopensamentoideal
i
st a.

Deanônimasgent es,sof
ri
dasgentes,exploradasgentesapr endisobret
udoque
apazéf undament al,i
ndi
spensável
,masqueapazi mpli
calutarporela.Apazse
cr
ia,seconstroinaepel asuperaçãoder eal
idadessociai
sper versas.Apazse
cr
ia,seconstroinaconst r
uçãoincessantedaj usti
çasocial.Porisso,nãocreio
em nenhum esforçochamadodeeducaçãopar aapazque, em lugardedesvelar
omundodasi njust i
çasotornaopacoet entami opi
sarassuasv ít
imas.

Concl ui
ndo,mepar ecei mport
antedizerqueestoumuitoconscientedanat ureza
de homenagens como a que acabe de r eceber
.El as não imobili
zam,não
parali
zam,não ar qui v
am os homenageados.Ao r essalt
aro que f azem os
desaf i
osparaquecont i
nuem fazendocadav ezmelhor.Estashomenagenst êm
umadi mensãobasi lar,ocul
ta,com r el
açãoàqualoshomenageadosdev em
estardespertos.Elassãot ambém um at odeadv ert
ênciaedecobr ança.Os
homenageadosnãopodem dor mirem pazsóporquereceber am ahomenagem.
Eumesi ntocobradoacont i
nuaramer ecerahomenagem dehoj e(PauloFreire,
aor eceberoPrêmioEducaçãopar aaPazdaUNESCO, Pari
s, 1986).

Trêsi nsti
tui
çõeseducat i
vascri
aram com onomedePaul oFr
eire,umacátedra,em
HighlanderCent er,no Tennesse,nos Estados Unidos,em fevereir
o de 1990;a
Universidade de Glascow,Escócia,uma bolsa de pesqui
sa para al
unos de Pós-
Graduação, em 1994eumaBi bli
otecaPopul
arem Campi nas,
noBrasil
.

A Paul o Fr
eir
efoiout orgado o t
ít
ulo de" DoutorHonor isCausa"pelassegui ntes
i
nsti
t ui
ções: Uni
v er
sidade Aberta de Londr es, Inglater
ra, em junho de 1973;
Universi
dade Católi
ca de Louvai
n,Bélgica,em f evereir
o de 1975;Universidade de
Michigan-AnnAr bor,USA,em 29deabr i
lde1978; Uni
v er
sidadedeGenebr a,Suíça,em
06dej unhode1979; NewHamphi reColl
ege, USA,em 29dej ul
hode1986; Universi
dade
deSanSi mon,Cochabamba,Bol í
vi
a,em 29demar çode1987;Uni versi
dadedeSant a
Mar i
a,Br asil
,em 08demai ode1987;Uni versidadedeBar celona,Espanha,em 02de
fevereirode1988;Uni versidadeEst adualdeCampi nas,Br asil
,em 27deabr ilde1988;
PontifíciaUni ver sidadeCat ólicadeCampi nas,Br asil,em 27deset embr ode1988;
Univer sidade Feder alde Goi ás,Br asil,em 11 de nov embr o de 1988;Pont if
íci
a
Univer sidadeCat ólicadeSãoPaul o,Brasi l
,em 23denov embr ode1988;Uni versidade
deBol onha, It
ália,em 23dej anei rode1989; UniversidadedeCl ar emont,USA, em 13de
mai ode1989;I nst itutoPi aget ,Por tugal,em 11denov embr ode1989;Uni versidadede
Massachusset ts,Amher st,USA,26demai ode1990;Uni versidadeFeder aldoPar á,
Brasil,em 15denov embr ode1991;Uni v er
sidadeCompl utensedeMadr i,Espanha,em
16dedezembr ode1991;Uni v ersidadedeMons- Hainaut,Bél gica,em 20demar çode
1992;Wheel ockCol lege,Bost on,USA,em 15demai ode1992;Uni versi
dadedeEl
Salvador ,ElSalvador ,em 03dej ulhode1992; Fieldi
ngI nstitute,SantaBar bara,USA, em
06def evereir
ode1993;Uni v ersidadeFeder aldoRi odeJanei ro,Brasi
l,em 30deabr i
l
de1993;Uni versityofI ll
inois,Chi cago,USA,em 09demai ode1993;Uni versidade
Feder aldoRi oGr andedoSul ,Br asil,em 20deout ubrode1994,Uni versidadeFeder al
Rural doRi odeJanei r
o, Brasil,em 06dedezembr ode1994; Univ ersi
dadedeEst ocolmo,
Suécia,em 29 de set embr o de 1995,( entr
egue na PUC- SP em São Paul o,em
17.10. 1995)eUni versidadeFeder al deAl agoas, Brasil,
em 25dej aneir
ode1996.

Box8
RUMOÀBARCELONA

Catorzelivroseum cur r
ícul
odedi cadoàl iberdade.Agor a,ahomenagem v em de
Barcelona.OeducadorPaul oFreir
ev aiganharmai sum pr êmioi
nternacional.Dia
2def evereir
o,aUni versi
dadedeBar celonaent regar áael eotítulodedout or
honoriscausa, suadisti
nçãomáxi ma.Jámandar am pedi rasmedidaspar af azer
abeca.Nãoest ranhese,j untocom ot rajedegal a,eleusarsuasal percatas
predil
etas,mar caregist
radadesuasi mplicidade.Essanãoéapr i
mei rav ezque
seconcedeaPaul oesset ítul
o:outrasnov euniversidadesestr
angei r
aseduas
brasil
eir
asj áof i
zeram.Em br eve,aUNI CAMPeaFeder aldoRiodeJanei rov ão
entrarnest ali
sta.Issosem f alardepr êmi oscomoEducadorePaz,de1986,
atri
buídopel aUnesco.

Nadamaupar aquem foiescor


raçadodoBr asi
le,depois,doChi
le,quando
i
rromperam asditadur
as.Seupecado?Ensi
naropovoal eredepoi
spensarno
queleu.Mostrarqueeducaçãonãorimacom domesti
cação,maséumapr áti
ca
coti
dianadeli
berdade.

SePauloFr ei
retem algum ví
cio,certamentenãoéav aidade."
Cadavezque
recebohomenagensdesset i
po-di z-si nt
o-memaisr
esponsável
.Nãocul
ti
voa
falsamodésti
a.Achoqueessespr êmi ostêm r
azãodeseremedei xam f
eli
z.
Elesmedesafiam aconti
nuart
rabalhando.

Põet
rabal
honi
sso.El
eassessor
oupr
ogr
amasnaci
onai
sdeal
fabet
izaçãoem
váriospaísesdaAmér icaLat
inaedaÁf r
ica.Nomei odi sso,Pauloescreveu14
l
ivros.Até agora.Suas idéi
as têm li
vret r
ânsito porquase t odo o mundo.
Pedagogiadoopr imido,porexemplo,jáfoitraduzi
doem 17l í
nguas.Pesquisa
recenterevel
aque,sónosEUA,t extosdeleforam citadoscincomi lvezespor
educadoresamer i
canos.

Paraoseducador esbrasi
lei
ros,umapalavrasobr
etudopolí
ti
ca.Aseuver,"uma
dasbr i
gasmai sboni
tas"éf azercom queaescolapúblicapasseaatenderàs
grandes massas e pel a melhori
a do quadro docent
e de 1º e 2º graus,
revi
tal
izando-
seaant i
gaEscol aNormal,dedi
cadaàf ormaçãodasprofessor
as
pri
már i
as.

Masamai sbel ali


çãodePaul oFrei
reestánaf or
macomomer gul
hanav ida.
"Grandesalegri
as?Foram quandonascer am meusf i
lhos.
"Ci
ncof i
lhos,ci
nco
grandesalegri
as.Emocionado,t
ocaem feridar
ecente:"Out
rai
mensaal egr
iafoi
tervivi
do42anoscom El zaet erapr
endidocom elaque,quantomaisseama,
tantomaisseama" .

Umahomenagem quePaul olembr acom mui t


ocar i
nhoéumaenor meescultura
depedra,numapr açaem Est ocol
mo,em queel eapar ecesent adojuntocom
MaoTset ung,PabloNer uda,AngelaDav iseduasi ntel
ect uaissuecas.Lá,el eé
fr
eqüentado porcr i
anças e passarinhos.Esses mesmos passar inhos que
vol
tar
am af azerninhonocor açãoenormeecal orosodePaul oFr eir
eque, parece,
nãoperdeuocost umedequer erbem (JorgeCláudi
oRi beiro,jornali
staedi r
etor
daedit
oraOl hoD'Água.In:JornalOEstadodeSãoPaul o,27/ 01/88).

Recebeutít
ulode"ProfessorEmérito"daUniv
ersidadeFeder
aldePernambuco,Brasi
l,
em 13 de dezembr o de 1984 e da Fundação das Escolas Uni
das do Planalt
o
Catar
inense(Uni
plac)
,Laj es,Br
asil
,em 10dej ulhode1995ecomoDi st
ingui
shed
EducatordaNort
heasternUniver
sit
y,Bost
on,USA, em 14demarçode1994.

Em homenagem aosquel utar


am contr
aaopr essão,aarti
stasuecaPyeEngstrono
escul
piu,em 1972,em pedra,aoladodePabloNer uda,AngelaDavi
s,MaoTsé-Tung,
SaraLidman,Eli
seOttosson-JenseeGeorgBor gst
röm.Em f ormadebancoem uma
pequenapraçanobai rrodeVäst ert
orp,em Estocolmo,Freir
epermaneceabertoe
cobert
opelofri
odoNor t
eaquem quei r
anelesentar
-se.

Poderia elencar, ent


re outras, algumas i nst
it
uições que cr iaram cent r
os de
document ação,inf
ormação,divulgaçãoeest udodeesobr ePauloFr ei
re.Tenho,por
j
usti
ça,quecomeçarpel oCEDI F-Cent r
odeEst udos,Document açãoeI nfor
mação
Paulo Freir
e -pel o esf
orço do pr ofessorAdmar do Ser af
im de Ol i
veir
aj untoà
Universi
dadeFeder aldo Espíri
to Santo eo " Bureau Paul o Frei
re"naUni versi
dade
FederaldePer nambuco,ambosnoBr asil
.AcrescentoA. G.SPAK,Muni que,Alemanha;
CAAP-Cent rodiAni mazioniperL'Aut ogest
ionePopol are,Alia,I
táli
a;CEDI-Cent ro
Ecumêni codeDocument açãoeI nf ormação-com sedesnoRi odeJanei roeem São
Paulo,Br asil
;CEG -daUni versidadeFeder aldoEspí ri
toSant o,Br asil;Cent erfort he
StudyofDev elopmentandSoci alChange,Cambr idge,Massachusset ts,USA;Cent rode
EducaçãoPopul arInstit
ut oSedesSapi ent i
ae,SãoPaul o,Br asi
l;VEREDA-Cent rode
Estudosem Educação,SãoPaul o,Br asil
;CEP-Cent roPast oralVer guei r
o,SãoPaul o,
Brasil
;CIDOC-Cent r
oI nterculturaldeDocument ação, Cuernavaca, Méxi co;Consel hode
Educação de Adul t
os par a a Amér i
ca Lat ina -CEAAL,Chi le;INODEP -I nsti
tute
Oecuméni queauSer vi
ceduDév eloppementdesPeupl es,Par i
s,França; Instit
utofAdul t
Educat i
ondaUni v
ersidadedeDar -Es-Salam,Tanzâni a;LARULat inAmer i
canResear ch
Unit,Tor onto,Canadá;MABI C -Mouv ementd' Animat i
on de Base I nter
nat i
onal
Out moetings,Hassel t,Bél gi
ca;Bi rgit Wi nger rat
h( acervo par ti
cul ar),Dr i
e-Benst ,
Alemanha; ResearchLi brary,Washi ngton, DC-USA; SPE-Scuol aPr ofessional Emi gr
ant i
-Zur i
go,Zur i
que,Suí ça;Sy r
acuseUni versity
,Sy r acuse,NY-USA;TheOnt ari
oI nsti
tute
forStudiesi nEducat ion-OI SE,Tor onto,Canadá;UNI MEP-Uni versi
dadeMet odistade
Piraci
caba,SãoPaul o-Br asil
;UNI SINOS-Uni ver si
dadeVal edosSi nos,SãoLeopol do,
RioGr andedoSul ,Brasil;Uni v
ersi tyofMi chigan, AnnAr bor ,Michigan, USAeoI nsti
tulo
PauloFr eirecom sedeem SãoPaul o,Br asil;em LosAngel es,CA-USA,Muni que,na
AlemanhaeSanJosé, Cost aRica.

Frei
reét ambém president
ehonor ár
iodealgumasinsti
tui
ções:CEAAL,CECI P(Centro
deCr i
açãodaI magem Popul ar
,RiodeJanei r
o),INODEP (I
nsti
tut
eEcuméni queau
Servi
ce du Développementdes Peupl es,Pari
s),VEREDA (Centro de Estudos em
Educação,SãoPaulo),INCA( I
nsti
tut
oCajamar,SãoPaulo)
,ICAE(Inter
nat
ionalCouncil
forAdultEducat
ion,Toront
o),CECUP( Cent
rodeEducaçãoeCul t
uraPopular,Salvador
,
Bahia)
,entr
eoutrasdet odoomundo.

PauloFr eir
ev isi
tou,àconv i
te,umacent enadeci dadesdet odoomundo,i ncl
uindoas
doBr asi
leasdeout r
oscont i
nentes.Assi m pôdeconhecereapr eciarmodosdepensar ,
desent iredeagi rdepessoasdossegui ntesl ugares:daAmér i
cadoNor te:USA,
Canadá, México; daAmér icaCentral:Nicaraguá, Cost aRica,ElSal vador ,Panamá, Cuba,
Haiti
,Repúbl ica Domi ni
cana,Bar bados e Gr anada;na Amér ica do Sul ;Col ômbi a,
Venezuel a,Equador ,Peru,Bol í
vi
a,Chi le,Ar gentina,Par aguaieUr uguai;daEur opa:
Portugal,Espanha,Fr ança,I ngl
aterra,Escóci a,I rl
anda,Bél gica,Hol anda,Alemanha,
Suí
ça,I t
ál i
a,Áustri
a,Grécia,Polônia,Dinamar ca,Suéci aeNor uega;daÁf ri
ca:Senegal ,
Guiné-Bi
ssau,CaboVer de,Gabão,Angol a,Bot swana,Zâmbi a,Tanzâni aeKeny a;da
Ási
a: Ir
ã, Í
ndiaeJapão; edaOceani a:PapuaNov aGui né,NovaZel ândia,Fij
ieAust ráli
a.

Box9
CARTADEI
NDI
RAGANDHI

Car
oPaul
oFr
eir
e,

Lament
osaberqueumai ndi
sposi
çãodesaúdetenhamoti
vadoocancel
amento
desuavi
sit
aàIndi
a.Esperoquevocêserecuper
ecomplet
amenteelogo.Tent
e
v
iràÍ
ndi
anov
ament
e.

Esper avaencontr
á-lo.Tenhoapenasumanoçãosobr esuasidéi
asem educação.
Masi st
oésuf i
cienteparadesper t
armeui nteresse.Ohomem éumacr i
atur
a
fascinantecom umaper sonal
i
dademul ti
-f
acet adaecapazdet ant
o.Parece-me
que,com exceçãodeum númer oi nf
ini
tesimal ,estepotenci
alécober topor
camadas e camadas de um t ipo ou outro de i nibi
ção.Nosso si
stema de
educaçãoeaest rut
uradasoci edadedesencor aj
aqualquermudançanodo
statusquoeapói aapenasosi nteressesdeumapequenapar cel
adapopul ação.

Com mi
nhaslembr
ançasemeusmel
hor
esv
otos,
atenci
osament
e,I
ndi
raGandhi
(NewDel
hi,
16demaiode1973)
.

Seus l ivros publ icados são:Educação como pr ática da l i


ber dade;Pedagogi a do
oprimido;Ext ensão ou comuni ção? ;Ação cul turalpar aal i
ber dade;Educação e
mudança;Car t
asàGui né-Bissau;Consci ent i
zação:t eoriaepr áticadal i
ber tação;A
i
mpor t
ânci adoat odel er ;Polí
ticaeeducaçãoeEducaçãonaci dade( Estesdoi súl ti
mos
l
ivrosr eúnem al gumasent revistassuasquandoer asecr etári
odaeducação.Nol i
vro
Polít
icaeeducação, hát ambém al gumasconf erênciasr ecent ement epr onunciadasnos
USAenaEur opa) ;Pedagogi adaesper ança-umar eleituradePedagogi adoopr i
mido;
Professor asi m, ti
anão:car tasaquem ousaensi nar(Comodi zopr ópr i
ot í
tulo, um li
vro
destinadoaospr ofessor esdeum modoger al,mas,sobr etudo,àsal unasdocur sode
magi stérioqueest ãosef ormandopar aser em pr ofessor asdoensi nopr imár io.Penso
queser i
abom quepai semãesdecr iançasem i dadeescol art ambém ol essem e
assimt i
vessem aopor tunidadedeent enderasdenúnci asf eit
asporFr eir
enosent ido
desecami nharpar aum pr ofissional i
smo mai sconsci enteeef icientedosedas
docent es,quepassa,necessar iament e,pel acompr eensãoeadesãodasf amí l
iasdos
alunos);Car tas à Cr i
stina (Qui ntot rabal ho escr it
o após dei xara Secr etaria de
EducaçãodeSãoPaul o,éum l ivrodeensai oscom t emasquev ãodasdi fi
culdadesde
suaf amí liaempobr ecidanosanos30at éaquest ãodaét icadopr ofessor-or i
entador
em suar elaçãoaf eti
v o-epistemol ógico-ideológi cacom oal unoor ient ando.Est ascar tas
foram pr omet idasàsuasobr inhaCr i
stinaquandoai ndav iv
ianoexí l
io,massódepoi s
demui tomai sdedezanosf oram concl uí das)eÀsombr adest amanguei ra(Escr itoem
1995,comocont r apont oàondadoneol i
ber ali
smo,quev em inv adi ndoomundoe,nos
dias atuai s,t r
ansf or ma- se em pr ojeto que pr opal a a sal vação naci onalde nossa
sociedade) .

Oslivrosem diálogocom outroseducador essão:Paul


oFr ei
reaov i
vo,com prof
essores
eal unosdaFacul dadedeCi ênciaseLet rasdeSor ocaba;Porumapedagogi ada
pergunta,com Ant oFaundez;Essaescol
oni achamadav i
da,com FreiBeto;Medoe
ousadia:ocot idianodopr ofessor,com IraShor;Pedagogia:diál
ogoeconf l
i
to,com
Moaci rGadott
ieSér gioGui
mar ães;SobreEducação,Vol.IeII,com Sérgi
oGuimarães;
Aprendendo com a pr ópr
ia histór
ia,Volume I,com Sér gio Gui
mar ães (
deverão
brevemente"falar "oVolumeI I;Teor
) i
aepr áti
caem educaçãopopul ar
,com Adriano
Noguei
ra;Al
fabet
ização:l
eit
uradomundo,Lei
tur
adaPal
avr
a,com Donal
doMacedoe
WeMaket heRoadbyWal ki
ng,com My
lesHort
on.

Todososlivr
osdePaul oFr ei
re,com exceçãodesseúlt
imoli
stadof ei
toem par
ceri
a
com MylesHor t
on,estão publi
cadosno Br asi
l,nal
ínguaportuguesa,obv
iament
e.
Quasetodosest ão edi
tadosem i ngl
ês,francêseespanholegr andepart
edeles
também em i
tal
i
anoeal emão.

A Pedagogi adoopr i
midofoitraduzi
daparaospov osdessascitadaslínguase,no
mínimo, paramaisduasdezenasdei di
omasdesdeoj aponês,
ohindueout rasl
ínguas
ori
entaisatéoídiche,
sueco,hol
andêseout r
aslínguasdospaíseseuropeus.Educação
comopr át
icadal i
ber
dadefoitambém traduzi
dopar aal nguabascaePedagogi
í ada
esperançaincl
uiem suastr
aduções,odinamarquês.

5.Oescr
it
orPaul
oFr
eir
e

Consi der omui toimpor tant


echamaraat ençãodosl ei
tor
esel ei
torasdestabiograf i
a
paraamanei racomoPaul oFr ei
revem escr evendoseust extos.Seupr ocessode
escrev er ,segundoel emesmoconf essa,nãoéapenasodegr afarassuasi déias
concebi das,com o l ápis ou,o que é mai s habit
ualpar a el
e,com uma canet a
hidrogr áficanumaf olhadepapel ,masodepr oduzirtextosboni
tosqueexponham com
exatidãooseur aciocíniofil
osófi
co-
polí
ti
codeeducadordomundo.Fr ei
renãot em
pressadepr oduzi
rlivrosetextosparacontá-l
osem númer onofim decadaano-nãoé
esseoseuobj et
ivo,comonãodev eserodenenhum i ntel
ect
ualnomundo.El eelabor a
suasi déi asmentalment e,anotaem pedaçosdepapelouem f i
chasouaspõe" no
cantinhodacabeça"quandoel assur
gem nar ua,nasconv er
sasoudur anteasuaf ala
em al gumaconf erência.

Acumul a- as,edepoi squandoast em lógica,epistemológicaepol i


ticament ef i
l
tradas,
organizadasesi stemati
zadas,elesenta-senacadei radesuaescr ivaninhaesobr eum
apoiodecour o,com papelsem pautaedepr ópr
iopunho, quasesempr esem r asurase
sem nenhuma cor r
eção,escr ev
eseu t ext o,cercando o tema,apr ofundando-o até
esgotá-lo," desenhando"nopapelbr ancocom canet aazul,fazendomui tav ezesos
destaques com t i
ntav er
mel ha ou verde,a i magem cr iada na sua i nteli
gência,a
l
inguagem cr iadanoseu" corpoconsciente",noseucor pointei
ro,por quev em desua
paixãopel oat odeconhecer ,deler-
escrev eredesuav i
vênci
apessoalcomohomem
sensível deseut empo.

Assim quando se sent a par


a escr evernão f i
ca fazendo rabi
scos "
procur
ando
i
nspiração"
.Não.Sent a-se e escr
ev e.Quase nunca muda seus parágraf
os,suas
palavr
as,suasi nt
axeouadi vi
sãodoscapí t
ulosdeseusl ivr
os.Páraparapensarou
paraconsultarum dici
onári
o.Édi scipl
inado,atento,paci
ente.Nuncaquerterminar
afobadoouirri
tadoum t
extoporquet em ahoraouodi aesti
puladopar
aacabá-l
o.

Escrev
euostr
êspri
meiroscapí
t osdaPedagogi
ul adoopri
midoem apenasqui
nzedi
as
porqueosti
nhapensadopormai sdeum ano.Ficoumesesescr
evendooquartoe
úl
ti
mocapí t
ulos,por
queosescr
eveul
ogoapósosmoment
osem quei
aor
denandoas
i
déiasem seupensament
o.

APedagogi
adaesper ançavei
oem compassodemat uri
dade,pori
ssoescrev
eu-at oda
nomesmor ítmo.Ar i
quezadoconteúdoacompanhadadeumamai orhomogenei dade
noseuesti
lo,cresceeseaprofundaacadaparágraf
o,av i
braçãocom oenvolv
iment o
desuaobracom omundoest ápresent
edapr imeir
aàúl timali
nhaesuapai xãoe
esper
ançapelaspessoasepelomundoembebem cadaumadesuaspal avr
as.

AcabadaaPedagogi adaEsperança,Frei
reescr euPr
ev ofessorasim:tianão:car t
asa
quem ousaensinar.Embor aascart
asmudem det ema,permanecem nel asar i
quezae
o amadur eci
ment o de sua li
nguagem de educadorpol í
ti
co.É uma l inguagem
apai
xonadaecr í
ti
caquer espei
taol ei
tor
-pr
ofessoroul ei
tora-
professoraaoexporas
i
deologi
assubr eptí
ciasaesset r
atamentoaparent ementeafetiv
o-" Tia"-eoutrasde
queaeopr ofi
ssionaldaeducaçãot êm queest arconscientesparar adi
cali
zarsua
competênciaprofi
ssional
.

Cart
asaCr i
sti
na,
foii
niciadoem Genebrae,mesmosof
rendov
ári
asi
nter
rupções,
tem a
cont
inui
dadeecoerênciaprópr
iasdeFreir
e.

Cert
odequeasi nj
usti
çassoci
aisnãoexistem por
quetêm deexi
sti
r,r
espondeuaos
desaf
iosdonossot empoescrevendo À sombradest
amangueira noqualbuscou
desmist
if
icarast
esesdoneoli
beral
ismo.

Af ormadadaporFr ei
reàPr ofessorasim, ti
anão:car tasaquem ousaensi nareCar tas
àCr isti
nadi feredadadaàPedagogi adaesper ançaouÀsombr adestamanguei ra.
Nest espr i
mei r
osdoi sli
v r
os,elet r
ataost emas-problemasem f or madecar taspor que
asconsi deramai scomuni cantesdoqueaf ormat r
adici
onaldeensai os.NaPedagogi a
daesper ança,opta,entretanto,porum t rabalhoque,apar ent
ement e,nãotem af orma
mai sdiretaepr óximadesedi rigi
raol ei
toroul ei
tora,masque, nav erdade,
port rat
arde
reaçõesposi tivasenegat ivasdaspessoasaoseul i
vroPedagogi adoopr i
mi do,ol i
vro
seapr oximoumui todol ei
tor,provocando- otantoquant oas"cartas",mesmosendoum
l
ivro que não t em sequercapí tul
os.Assi m,t ambém escr ev eu À sombr a dest a
manguei r
aent endendoqueol eitormesmoosr eescreveráent
reout r
osmoment os,sem
divi
dí-l
oem capí t
ulos,i
tensesub- i
tens.

Todosest escincoli
vrost
êm,acimadetudo,um pontoem comum -af or
mamadur ae
conv i
ncente da teori
a e da prát
ica educat
ivas conscientes,da luci
dez e da
transparênci
a,daopçãopolí
ti
caafavordosopri
mi dosedaét i
cadev i
daedaest ét
ica
dal i
nguagem dequem sabeoquequeresabecomodi zer
,porquetraduzosansei
osde
todosaquel esetodasaquel
asquequerem anecessáriali
bertaçãodoshomensedas
mul her
esenãosóasuapr ópr
ia,
oseudesejopessoal.

Éfundamentalenfat
izarqueem Paul
oFreirenãoháum tempodeescrevereum tempo
deler.Hási m um tempodel er-
escreverouescrever
-l
er.Équeessesat ostidose
acei
tos quase sempre como separados em dois momentos di
sti
ntos do ato de
conhecerv
êm sendo,
par
aPaul
o,um i
nst
ant
eúni
coei
ndi
ssoci
ável
dosaber
.

QuandoFrei
reescrev
e,vai"
lendo"out
rosautoreserel
endoasiprópr
iodamesma
maneir
aqueaol erasieaout rosaut
oresvai,aomesmotempo,escr
evendoour
e-
escr
evendoasieaosout
ros.

Terminari
aestami nhaanálisesobr
eoat odeescreverdePaulodizendoqueseus
manuscrit
osseinserem nopapelcom tant
aharmoni
aquemai sseassemelham aum
desenhoquepodeserol hadoeadmi r
adoantesmesmodel ermososi gnif
icadode
suaspalavrasef
rasesoudal ei
tur
ademundoqueestãoesxr
it
os.

Aobst i
naçãoquev em devotandonestesúltimosanosaoatodeescr eversedeveao
seusonhodaut opi
ademocr áti
ca.Eleestáconvi
ctodequedevemosf azeropossível
hojeparaconstrui
rmosumasoci edadedemocráti
caamanhã.Comoeducador -pol
ít
ico,
tem aper cepçãoclaradequecabeanóseducador esumapar t
edest ataref
ade
transf
ormaçãodenossasoci edade.Escrevendocomoeducador-
pol
ít
icosesent eese
sabecumpr i
ndoat ar
efa-
desafioqueselheimpôs.

Assi
m,v em seent r
egandoael a,escrevendo,cont
est
ando,argument
ando,procurando
i
nter
feri
rmai sdi
retament enoprocessoeducat i
vopar
a,dial
eti
camente,t
ransf
ormaras
soci
edades,sobr etudoabr asi
l
eira,nosentidodequeelaset ornemenosaut or
itár
ia,
menosdi scr
imi
natór i
a,enf
im,maisjusta.

Assim,Fr
eirenãoescreveporescr ev
er,etambém nãoéeducadorpar aserapenasum
pedagogo do pov o,mas par a serum escr i
tor-
pedagogo-
educadorque querdar
i
nstrumentosepistemol
ógicosepol í
ti
cosàsmul hereseaoshomenspar aqueaquelas
eestestransf
ormandoer einventandosuassociedades,seafi
rmem,enquantosujei
tos
desuahistóri
a,consci
ent
es, engajadosefeli
zes.

Oseuesf orçoesuadedi caçãoàcausat ãoimport


antecomoaeducaçãoest i
mular
am
educadores e educador
as,si ndi
catos e si
ndi
cal
ist
as,dir
igentes e associ
ados de
organi
zaçõesdedi ver
sasnat ur
ezasdetodoomundo,conv i
ctosdequeapazcomeça
pordiasmel horesedi
rei
tosiguaisparatodosospovos,aapresent
arem,em 1993,seu
nomeaoComi t
êqueoutorgaacadaanooPr êmi
oNobel daPaz,naNoruega.

Box10
I
NDICAÇÃOAOPRÊMI
ONOBELDAPAZ
Moção

ASBPC( SociedadeBrasi
leirapar
aoPr ogressodaCi ênci
a),ent
idadequereúne
ci
enti
stasbrasil
eir
osdet odasasár easdoconheci mento,nasua45ªReuni ão
Anual
,real
i
zadaem Reci fe,naUniver
sidadeFeder aldePernambuco,de11a17
dejul
hode1993,mani f
estaseuapoi oài ndicaçãodoPr of.PauloFrei
repar
ao
Prêmi
oNobel daPaz.
Consi
deramosainici
ati
vadepremiaçãoaoeducadorbr
asi
l
eir
oereci
fensecomo
oreconheci
mentoofi
cialaoseuprojet
opedagógi
coqueseespr
aiouportodoo
mundonestasegundamet adedosécul
oXX.

AobradePaul oFrei
reestáori
entadaparaaemancipaçãodapessoahumana,
par
aal iber
dade dos povos e à j
usti
ça soci
alentre os homens,paraa
democraciaaut
ênt
icacomosober ani
apopularepar
aapazent reoscidadãos,
num cl
i
madehumani zaçãoedeconsci
enti
zação.

Concedero Pr êmio Nobelda Paza Paulo Frei


re não representa apenaso
reconheci
ment odaobr adeumav ida,
mast ambém or econheciment odemui tas
pessoasquel utam peloquaseimpossível
:daràspessoasmar ginal
izadasa
chancedel evarumaexi st
ênci
adigna,desper
tando-
asdaapat i
aef azendov al
er
osseusdireit
os.

SBPC,
Reci
fe,
17/
07/
93

Lutarpel
apazatrav
ésdaeducaçãopr essupõeum nov oentendi
mentodepazquev em
conquist
ando,di
aadia,novosadept os.Fr ei
re,quepart
il
hadessacompr eensãodepaz,
vem àeducaçãosededi
candocom amoret enacidade,
porissooseunomesemant ém
entreosquepodem um di
ar eceberester econhecimentodahumanidade.

Àsuaexperiênci
apessoal,
aoseuque- fazereàssuasr efl
exões,Paul
oFr ei
rejuntouas
i
nfl
uênciasr
ecebidasdedifer
entespessoas:deseuami goeant i
godi r
etordoCol égi
o
OswaldoCruz,Aluízi
o,desuapr i
meiramul herElza,al
fabeti
zadoradecr ianças,de
out
ros(as)educadores(
as)e fil
ósofos(as),e também das pessoas do pov o que,
i
gualmentefort
esnassuasmar cas,nãoficar
am esqueci
dasem suapr áxi
s.

Frei
rejamaisnegaestasinf
luênci
aspoi ssesabev i
vendo,t
rabalhandoefazendoem
si
tuaçãodada-queel enãof ez-e,por t
anto,sofr
endo,comot odohomem et oda
mulher-ser eshi
stór
icos-asi nfluênciasdacul t
uradeseut empoedascul t
uras
anter
iores,
mesmosesabendocr ít
icoef azedor.

Édessemodoquenoseuque- faz
erenassuasref
lexõescarr
egaassuasexper
iênci
as
pessoai
smolhadas,como gostadedizer
,dasinfluênci
asdestemundo queéao
mesmot emposeuenãooé.Édar el
açãodel
ecom omundoquei ncl
uioout
ro.

Assim,r
einv
entandoesuper ando,em par
teounotodo,muitosdosseusmestres,
foi-e
conti
nua-construi
ndoasuapr ópri
amaneiradepensar.Sãopresençasnasualeit
ura
demundot antoMar x,Lukacs,Sartr
eeMouni erquant
oAl ber
tMemmi ,Eri
chFromm,
FranzFanon,Mer l
eau-Pont
y ,Antoni
oGramsci,KarelKosi
ck,Marcuse,AgnesHeller
,
SimoneWeilleAmilcarCabral.

Nãohácomonegarnasuamanei
rapr
ópr
iadepensarpor
quer
einv
ent
aesuper
aem
parte ou no todo mui tos dos seus mestres,a inf
luência do mar xi
smo,do
exist
enci
ali
smo,doper sonali
smooudaf enomenologi
a.Sãopr esençasnasualeit
ura
demundot ant
oMar x,Lukacs,Sartr
eeMounierquantoAlbertMemmi ,Er
ichFr
omm,
FranzFanon,Mer l
eau-Ponty,Antoni
o Gr
amsci,KarelKosik,Marcuse,AgnesHeller
,
SimoneWei l
leAmilcarCabral
.

Box11
Cart
adofi
lósof
o
ALBERTMEMMI

Car
oSenhor
:

Pr
oblemasdesaúdemeimpedi
ram devosagr
adecerport
eracei
tadof
azerpar
te
docomit
êdehonranot
ri
gésimoaniver
sár
iodo"Ret
rat
odocoloni
zado"
.

Aconf
iançadeum l
utadorcomov
ósmet
em si
domui
tor
econf
ort
ant
e.

Com osmeusmel
hor
esv
otos.

AlbertMemmi
Paris,16/
01/
87

Aluí
zio P.deAr aújo,um homem quef undament avanademocr aci
asual utapela
educação,infl
uenciou-odesdeaadol escêncianãosópel ocarát
erdeext r
emor espeit
o
esolidari
edadepar acom oout ro,mast ambém peloseuhumani smocr ist
ãoaut ênti
co,
peloseuexempl odev ida,deseri
edade,deci dadãoedecompr eensãohumana.Tev e
comopr i
ncípi
o,comoum sonho,odi reit
oàescol aparatodohomem et odamul her.
Assim, f
ezdeseucol égioum espaçoaber toparaquem qui
sesseest udar,mesmopar a
aquelequenãopudessepagarouper tencesseàr el
i
gião,
raçaouclassesoci aldi
ferente
dasua.

El
za,suacompanhei
rapor42anos,pr
ofessor
aedi r
etoradeescol
aspúbl
icasdeReci
fe
dosanos40atéogol pedeEstadode1964,inf
luenciou-
ocom seugostopeloat
ode
al
fabet
izar
,def
azerooutr
ocapazdeescreverapalavraedemostraraal
egri
adequem
alê.

Têm sidoimportantestambém paraFrei


re,comoel erevelatãoclarament
eem seus
escri
tosdePedagogi adaesper
ança,asinfl
uênciasdeum númer oenormedepessoas
com asquaisconv iveu,di
scut
iuconhecimentoout r
abalhouem t odoomundo.Dá
test
emunhodepessoasqueot ocaram pelasensibi
li
dade,pur
ezaesabedor i
adesuas
açõesenar rat
ivas,edaquelesqueoi nst
igaram pelarazãoelaboradael úci
dado
conheciment
ocientífi
co.
6.OserhumanoPaul
oFr
eir
e

Or gul
hosoef el
i
z,modest oeconscient
edesuaposi çãonomundo,Paul oFreir
ev iv
ea
sua v ida com fé,com humi ldade e al
egria cont
ida.Com seriedade e desejo de
transformação.Apr endendo com os opr i
midos e l ut
ando par
a a superação das
relaçõesdeopr essão.Vivendoastensõeseosconf li
tosdomundo,masesper ançoso
nas suas necessár i
as mudanças.I mpacientemente paci
ent
ev em l ut
ando porum
mundomai sdemocráti
co.

Tem medodev i
ajardeavi
ãoegostade"
passeardecar
ro"par
av ergent
e,paisagense
prédi
os.Cantar
olava músi
ca popul
arbr
asil
eir
a e at
é hoje conti
nua assobiando.
Vil
lal
obossabedi
sso!

Esperoupacientement
ecaladoquaseset ent
aanos,exat amenteat
éoNat alde1995,
quandodescobr iqueum deseusdesej osmaisr ecôndi
tosera"ganhardepr esent
e"
umabol adecour o.Alegr
ou-secom o desejo adivi
nhado queguardav adesdeos
temposqueasuameni nicepobrenãopermiti
anadamai sdoqueasbol asfeit
ascom
meiasv el
hasr ot
asparajogarfut
ebolnoscamposdeReci feedeJaboat ão.Andarde
bici
clet
acontinuar
áparasempr eosonhonãorali
zado.

Sent e-
seàv ontadefal
andocom pessoasdascl assespopul ar
es.Valor
izaasidéi
as,as
falas,oscost umes,ascrençasdaspessoasdessacl assequet êm,deformaenat ureza
diferentes das dos int
elect
uai
s,pr ovocado nele o senti
mento de soli
dari
edade e
cooper açãoet êm permit
idoentender,maisdial
eti
cament e,
com eleseapar t
irdeles,a
fi
losof i
a,apol í
ti
ca,aci
ênciaeapr ópr
iavida.

Box12
TESTANDOAPERSONALI
DADE

Di
a14demai ode1987,MoacirGadot
tisubmeteuPauloFr
eir
eaumabr incadei
ra
muit
oséri
a.Amesmabr incadei
raqueumadasf i
lhasdeMarxfezcom seupai.
Tr
ata-
sedeum questi
onári
ocom 17quest ões.Ei
sasperguntaseasrespostas
dePaul
oFrei
re:

1ªAqual
i
dadequev
ocêmai
sapr
eci
a:

a)Naspessoas:coerênci
a
b)Noshomens: deci
são
c)Nasmulheres:t
ernura

2ªOseutr
açocar
acterí
sti
co:Toler
ânci
a
3ªSuai
déi
adefel
ici
dade:Luta
4ªSuai
déi
adedesgraça:Opressão
5ªOdef
eit
oquemaisdesculpa:Amarerrado
6ªSuaantipat i
a: I
ntelectual arrogant e
7ªSuaocupaçãopr edileta: Ensi nar-aprender
8ªSeuspoet aspr edi l
etos:Bandei ra,Drumond, Thi
agodeMel
o,Chi
coBuarque-
noBrasil
9ª Seus pr osador es pr ediletos: Machado de Assi s,Graci
li
ano Ramos,
GuimarãesRosa, J.Amado-noBr asil
10ªSeuher óipredileto: Meupai
11ªSuaher oínapr edileta:El za
12ªSuaflorpr edil
eta: Rosa
13ªSuacorpr edil
eta: Ver mel ha
14ªSeunomepr edileto:Mar ia
15ªSeupr atopr edil
eto: Pei xeaol eitedecoco
16ªSuamáxi mapr edi l
eto: Amasem medo
17ªSuadiv i
sapr edileta: Uni dadecont raaopressão

Compar
em-
seasr
espost
asdadasporPaul
oFr
eir
easdeKar
lMar
x(1815-
1883)
:


)Aqual
i
dadequev
ocêapr
eci
amai
s:

a)Naspessoas:
asimpli
cidade
b)noshomens:afor
ça
c)nasmulher
es:afr
aqueza

2ªOseut raçocar act eríst i


co: Acoerênciadepropósit
os.
3ªSuaidéiadef eli
ci dade: Al uta.
4ªSuaidéiadedesgr aça: Asubmi ssão.
5ªOdefeitoquemai sdescul pa:Acreduli
dade.
6ªSuaantipat i
a: Mar ti
nTupper .
7ªSuaocupaçãopr edi l
et a:Per cor
rerossebosel i
vrar
ias.
8ªSeuspoet aspr edi let os: Shakespeare,Ésqui
lo,Goethe.
9ªSeuprosadorpr edi l
et o:Dider ot
.
10ªSeuher óipredi leto: Espár t
aco,Kepler.
11ªSuaher oínapr edi let a:Gretchen.
12ªSuaflorpr edil
et a: Ol oureiro.
13ªSuacorpr edil
et a: Ov ermel ho.
14ªSeunomepr edi leto: Laur a,Jenny(nomesdesuasf i
lhas)
.
15ªSeupr atopr edilet o: Peixe.
16ªSuamáxi mapr edi leta: Nadadehumanomeéest ranho.
17ªSuadiv i
sapr edi leta: Dúvidadet udo.

AmaSãoPaul o,Santi
ago,Cambridge,Genebra,cidadesqueoacol her
am demaneira
gener
osa, masamaoReci fecomoseumapessoaf osse,seusol
o-mãe,
terr
aquenteda
bri
safrescadet odasastardes.Amaaspessoasi ndependent
ementedesuaraça,de
suarel
igião,desuaidadeoudesuaopçãoi deológica.Tem muitosamigoserecebe
af
etoecar
inhodehomensemul
hresporondepassa,
conv
ersaouf
azdi
scur
sos.

Gost
adecães,
mas,
sobr
etudo,
depassar
inhos.

Étoler
ant
eecalmo,massufi
cient
ementeagressi
vopar
adefenderseuespaçopessoal
eprofi
ssi
onal
.Nuncaof
ende,
mast ambém nãosupor
taqueoofendam.

Nordesti
namentegost
adocal ordaságuasedecami nharpel
aprai
a.Abat
e-secom o
f
ri
oquet razconsi
gooescurodaet ernanoi
teesecomprazcom ocal
orqueosolfor
te
eluminosoimpõeaonordest
ebr asi
lei
ro.

Acomi dat í
picadonor dest
e,cujosaborguardadememór ia,équaseexclusivaem seu
cardápi
o.Nãot r
ocapornadauma" gali
nhadecabidela"serv i
dacom fei
jãoouum "peixe
aol ei
tedecôco"ser vi
docom f ei
jãodecôco.Sor vetes?Sóosde" frutastr
opi
cais"
:
pit
anga, caj
á,gravi
ola,
mangaba. .
.Doces?Dej acaedegoi aba,aci
madet odos.Fr
utas?
Manga, sapoti,
araçá,j
aca,banana,abacaxi
,mamão, carambol a,pi
nha,caju..
.

Foifumantevorazesóquandopressent
iuomalqueot abacoestav
af azendoàsua
saúdeéquelargou,
com r
aiv
a,comogostadeenf
ati
zar
,afumaçaeast ragadas.Tal
vez
um poucotar
depor quev
em sofr
endosequel
asquear ai
vadof umonãoapagouem
seucorpo.

Frei
reé,sem dúvi
da, um homem nordesti
noem seussentimentosf or
teseapaixonados,
em suanegaçãocont ratudoqueest ejafor
adeseuspr i
ncípios;em suamanei rade
fal
areescrevermet afor
icamenteatravésdeestór
ias;em seuhábi t
oalimentar
,em seu
j
eitoderespeit
arahonr adezeal i
suranoshomensenasmul heresesobretudoem sua
i
nteli
gênci
acr i
adoraer evoluci
onári
adehomem i nconf
ormadocom asi njust
içasque
vêm sendohistor
icamenteimpostasàgr andepart
edapopul açãodomundo.

Consi dera-seum serpr i


vi
legi
adoport erpodidoacompanhart antosev entoshistóricos
i
mpor tantes:a Rev olução de1930;a emer são dasmassaseosmov i
ment osde
educaçãopopul ar
;av iagem dohomem àLua;al ut
adeemanci paçãodamul hereseu
novoespaçoconqui stado;as"proezas"doscomput ador esedof ax; av ol
tadopov oàs
ruasdo Br asi
lpedi ndo el ei
ções" dir etasjá"ou,mai sr ecent emente,r epudiando a
corrupçãoeexi gindo,aomesmot empo,aét i
canapol íti
caeo" impeachment "do
presidentecor rupto-el eitopela"inexper i
ênciademocr át i
ca"denossopov o.Assi m,
comov eu-se com a par t
ici
pação al egr e e decidida dos j ov ens "cara pintada"aos
milhõespel asr uasepr açasdopaí s;endossouapost uradepar tedomagi str
ado
brasil
ei r
oqueconduzi uopr ocessodemanei racompet ent e, com ser enidade,fi
rmezae
i
ntegr i
dade,como t ambém adet ermi nação clarael úci dademui t
osdeput adose
senador esdoCongr essoNaci onalnadeposi çãodopr esident eeem out r
osmoment os
denecessi dadeder eaçãoaat osepessoasque, pri
vi
legiandoseusi nteressespr óprios,
perpet uam asoci edadeaut or
it
ária,elitistaeinjusta.Sabe,ent retant
o, quehámui t
opor
quesel utarparaconcr eti
zarmosademocr acianoBr asi l
, pori ssocont inuaescrev endo,
bradandoesei ndignando.
Sembl antecal mo,cabeloslongosebar basbr ancas,est at
uramedi ana,corpomagr o,
olhoscordemelesuaconst antedi sposiçãopar at rocarexperi
ências,paradialogar,
sobretudo,quandoest áexplicit
andosuasi déi
assobr eeducaçãooudi scuti
ndoasde
outros,sãoal gumasdesuascar act erí
sti
casmar cantes.Sãoi gual
ment esignif
icati
vos
seuol harf or
te,mei go,profundo,comuni cant
eeosgest os,sempreexpr essi
v os,de
suasmãos.Ool hareosmov i
ment osdasmãosr evelam osdesejoseespant osdesua
al
maet ernament eapaixonadapel av i
da.Quem conheceuFr ei
redif
icil
menteesquecer á
destestraçosquet raduzem suaper sonalidadesegur a, t
ernaecomuni cati
va.

Gostari
adet ersi
docantorf
amosooueminent
egramát
icodalí
nguaport
uguesa,mas
el
emesmor eservoupar
asiodi r
eit
oeopri
vil
égi
odeser,r
econheci
dament
e,um dos
maioreseducador
esdestesécul
o.

AVozdoBiógraf
oBrasi
lei
ro
APrát
icaàAlt
uradoSonho 

Moaci
rGadot
ti

1.Opensament odePaul oFrei


recomopr odutoexi
stenci
al
2.Pedagogiadialógicaeeducaçãolibert
adora
3.Paul
oFr eir
enocont extodopensamentopedagógicocontempor
âneo
4.AexperiênciadePaul oFrei
renaPr ef
eit
uradeSãoPaulo
5.Refl
exõesmai sr ecentes
6.Quefuturopodet eropensamentodePaul oFrei
re

Jáhav i
alidoeest udado,noBr asi
l
,com meusal unoseal unas,em 1967,ol ivr
o
Educaçãocomopr át icadal i
berdadeeest aval endoaedi çãofrancesadePedagogiado
opri
mi do,quando,em 1974,em Genebr a,conheciPaul oFr ei
repessoalmente.Euf azia
doutoradonaUni ver sidadedeGenebr aeel etrabalhavanoConsel hoMundialdeIgrejas.
Paulo,naépoca,f umav amui t
o.Eusempr ef uiant i
-t
abagista.Talvezporqueof umo
l
embr assemi nhainf ância,poispasseigrandepar tedel
acul t
ivandoessacultur
anuma
mont anhadeSant aCat ari
na.Nãopormi nhai nf l
uênci
a,masporr ecomendaçãomédi ca,
al
gum t empodepoi s,Paulodeixavadefini
tivament edef umar.Isso,cert
amente,sal
v ou-
odeum câncernospul mões.

Paulot i
nhaohábitodelerparamim al
gunsdosseust extos,escritosàmão, com uma
l
et r
amui tofi
rme.Nãofazi
amui t
ascorr
eções.Eleosescreviadev agar ,pensandomui t
o
antesder edi
gir
.Quandoeleseencontrav
aem Genebr a-poi sviajav afreqüentemente,
sobretudoparaaÁf ri
ca-al moçáv
amosnobandej ãodoConsel ho.Nãocansav ade
coment areanali
saraconjuntur
abrasi
lei
ra.Quandopodia,comi af ei
joada,comouma
formadel embrar
-sedo Brasil
.Nessasocasiões,manifestavav ontadedev ol
tara
trabal
harem nossopaí
s.

El
eparti
cipav
af reqüentement
edesemi nári
oseencont
rosnaUniver
sidade,masnão
gost
avadef alarfrancês.Par
ti
cipou,em marçode1977,dabancaexami nador
ada
mi nhatese,masf alouem por tuguês,sendot raduzidoporout r
omembr odabanca,o
professorPierreFur ter
.Per cebiquef azi
adi ssoum at opol íti
co.Em outr
asocasiões,
quandohav iaal guém dogr upodoqualel epar t
ici
pav aquesóf al
asseport
uguês,ele
também,sol idarizando-se,sóseexpr essavaem por t
uguês,cr iandoanecessidadede
traduçãoparaambasaspessoas.Desdeaquel eper íodo,r eal
izamosmui t
ospr oj
etos
j
unt os em di f
erentes países e no Br asil
,par t
icularment e,a par ti
rde 1980.Essa
conv i
vênci
atem si dopar ami m umav erdadei
r auniversidade.

VolteiaoBr asi lnosegundosemest rede1977par at r


abalharnaUni v
ersidadeEst adual
deCampi nas.Paul oFr eiredisse-meque, seal gumauni versi
dadepúbl i
caocont rat asse,
eletambém v olt
aria.Essedesej onãoer asódel e.Hav i
amui tosbr asi
lei
rosl i
gadosao
mundouni v ersit
árioquet ambém t inham i nteresseem suav olt
a;por t
ant o,issonão
tardouaacont ecer.Em 1978, aindapr oi bidodev oltaraopaís,Paul oFreir
e,port el efone,
parti
cipoudoISemi náriodeEducaçãoBr asil
eira,organizadoporessauni versi dade.
Não mui tot empo depoi s deste ev ent o,a Facul dade de Educação e o Consel ho
Universi
tárioi ndicaram- nopar af azerpar tedoseuquadr odocent e.A r eitori
a,com
medoder epresál i
asdor egimemi li
tar ,noent anto,nãoquer i
aassi narocont r
ato,que
acabouf icandomesesnamesadoRei tor.Foinecessár i
oat éum " atopúbl ico"de
professoreseal unosdaFacul dadedeEducaçãopar aqueoRei torcumpr i
sseav ont ade
dacomuni dadeuni versi
tári
a.Assi nadoocont r
ato, Paulov ol
toudoexí li
o,em 1980.Dom
Paulo Ev aristo Ar ns,Chancel er da PUC- SP,sabendo que Paul o Fr eire est ava
regressando, pediuàRei tori
adaPUC- SPquel hef i
zesseomesmoconv i
te.El eacei toue
continuaat éhoj etrabalhandonaPUC- SP.

1.Opensament
odePaul
oFr
eir
ecomopr
odut
oexi
stenci
al

Paulo Fr eir
enasceuem Reci fe,em 1921,econheceu,desdecedo,apobr ezado
Nordest edoBr asi
l,umaamost radessaext remapobr ezanaqualest ásubmer saa
nossaAmér icaLat ina.Desdeaadol escênciaengajou-senaf or
maçãodej ov ense
adultost rabalhadores.Formou-seem Di r
eito,masnãoexer ceuapr of
issão,prefer
indo
dedicar-seapr oj
etosdeal fabeti
zação.Nosanos50,quandoai ndasepensav ana
educação de adul t
os como uma pur ar eposição dos cont
eúdos t r
ansmitidos às
cri
ançasej ovens, PauloFrei
repropunhaumapedagogi aespecí
fi
ca,associandoestudo,
experiênciav i
v i
da,trabal
ho,pedagogiaepolíti
ca.

Opensament odePaul oFreir


e-asuat eori
adoconheci mento-dev eserent endidono
contextoem quesur giu-oNor destebrasil
eir
o-,onde,noiníci
odadécadade1960,
metadedeseus30mi l
hõesdehabi t
antesv i
vi
ana" cul
turadosil
êncio",comoel edizi
a,
i
stoé, eram analf
abetos.Erapreci
so"dar-l
hesapalavra"par
aque" t
ransitassem"par aa
part
icipaçãonaconst ruçãodeum Br asil
,quefossedonodeseupr ópri
odest i
noeque
superasseocol onial
i
smo.

Asprimeir
asexperi
ênci
asdomét odocomeçar am naci
dadedeAngicos(
RN), em 1963,
onde300t r
abal
hadoresruraisfor
am al
fabet
izadosem 45dias.Noanoseguinte,Paul
o
Frei
refoiconv
idadopeloPr esi
denteJoãoGoul ar
tepeloMinist
rodaEducação,Paulo
deTarsoC.Santos,pararepensaraalfabet
izaçãodeadult
osem âmbitonacional.Em
1964,est
avaprevi
staainstal
açãode20mi lcír
cul
osdecult
urapara2milhõesde
anal
fabet
os.O gol
pemi l
it
ar,noentanto,i
nter
rompeuostr
abalhosbem noiní
cioe
repr
imiut
odaamobi l
i
zaçãojáconqui
stada.

Aparti
rdessasuapr áti
ca,cri
ouométodo,queot ornar
iaconheci
donomundo, fundado
no pri
ncípio dequeo pr ocessoeducaci
onaldev eparti
rdar eali
dadequecer cao
educando.Nãobast asaberlerque"
Év avi
uauv a",di
zele.Épreci
socompreenderqual
aposiçãoqueEv aocupanoseucont ext
osocial,quem tr
abal
hapar apr
oduzi
rauv ae
quem lucracom essetr
abalho.

Box13
AVOLTAAANGI
COS,
30ANOSDEPOI
S

Estavam quasetodoslá:ex-al
unos,ex-monit
ores,educador eseautori
dades.Dia
28deagost ode1993, após30anosdesol i
dãoimpost a,Angicosrecebiaavisi
ta
dePaul o Frei
re.Namesmasal aondet odosser euniram em 1963 com o
Presi
denteJoãoGoul art-paraaf ormaturade300al unosal f
abet
izadosem 40
di
asporseur evoluci
onári
omét ododeensi no-,omest r
epôdeconv ersarcom
muitosdosex-alunos,vár
iosjáaposentados,al
gunsbem i dosos.Duranteavisi
ta,
el
edecl arouàci dade-quel heconcedeuot í
tulodeci dadãohonor ári
o:"Em
nenhum lugardomundoondeest i
vefiqueimaistocadodoqueaqui eagora.
"

PauloFr ei
rev ol
touaAngi cospar aum per cursosenti
mentalpelospr i
ncipais
l
ugar esondeacont eci
am asaul aser euni
õesdomov iment
odeal f
abetização.
Estavam presentesoitodos21moni toresde1963-ent reosquai s,oent ão
secretár
iodeEducaçãodoEst adodoRi oGr andedoNorte,Mar cosGuer ra.
Algunscont ar
am quef or
am pr esosepassar am poroutr
asdif
icul
dadesdepoi s
daexper i
ênciadeAngicos,consider
adasubver si
vaemaistar
de,cancelada.

Mui t
osex- al
unost ambém der am seut estemunho,comoManuelBezer ra,hoje
com 65anos,quel embroudodi aem queogov ernadorAl uizioAl vesedoi s
ordenaçasf oram assi st
iraumaaul a.OucomoseuAnt oni
o,queem 1963f icou
famosopor quef ezum di scursoaopr esidenteJoãoGoul art.Aos81anos,el e
contouquesóapr endeuaassi naronome-nãopôdecont inuarest udando
ocupadocom aagr icult
ura.Masdi ssequedepoi sdas" 19bocasdenoi t
e"com a
professoraVal dinece,deNat al(naépocaest udantedeLet ras,hoj epr ofessora
daEscol aTécni caepr esenteàv isi
tadomest re),suav i
damudou:passoua
fazercont as no papele j á pôde v otarnas el eições post eriores.Também
contaram histórias,comoSev eri
noesuaf il
haNei de,36anos,pr ofessorada
escolapúbl i
caqueaos6anosf oialfabet i
zadaj untocom ospai s,aosquai s
ajudava a est udarquando os t r
êschegav am em casa.Nei de di sse que a
experiênci
ai nf
luci enciousuaescol haprof i
ssionale, aos16anos, jádav aaulano
Mobr al.

Numadasúl
ti
maset
apasdopassei
opel
aci
dade,
aEscol
aJoséRuf
ino,
localda
famosa aul a de João Goul art,alguns ex-
alunosqui ser am saberporque a
experiêncianãocont i
nuou."Porqueosenhorf oipreso? "perguntouaPaul o
Frei
r eaex- alunaIdáli
aMar rocos.A verdadeéqueosal unosnuncat i
nham
entendi doai nter
rupçãodoscont at
oscom osmoni t
ores, poucot empodepoi sdo
fi
m docur so.SeuSev eri
nocont ouqueat éfoiaNat alpr ocurarsuapr ofessora,
Wal kí
ria,par aperguntaroqueest avaacontecendo.Masv ol
toupar acasano
mesmodi a,depoisqueLear espondeu: "Nãofalemaisnoassunt o,Esqueçaisso"
(Eli
aneSonder man,jor
nali
stadaFundaçãoRober toMar inho) .

PauloFrei
refoiexil
adopelogolpemi l
it
arde1964,porqueaCampanhaNaci onalde
Alf
abeti
zaçãonoGov er
nodeJoãoGoul ar
testav
aconscienti
zandoimensasmassas
popular
esquei ncomodavam aseli
tesconserv
adorasbrasi
lei
ras.Passou75di
asna
pri
sãoacusadode" subv
ersi
voeignorant
e".

Depoisdepassaral gunsdi asnaBol ív


ia,foiparaoChi leondev i
veude64a69epôde
parti
ciparde i mpor tantes refor
mas,conduzi das pelo gov er
no democrata-
crist
ão
EduardoFr ei,recem-elei
t ocom oapoi odaFr ent
edeAçãoPopul ardeesquer da.A
reformaagr ári
aimpl i
cavanodesl ocament odosapar elhosdeEst adoaoscampospar a
estabeleceruma nov a est r
utura agrár
iaef azerfuncionaros serviços de saúde,
transporte,
crédit
o,infra-
estrut
urabásica,assist
ênciatécnica,
escolasetc.

OgovernodoChileprocuravanovosprof
issi
onai
setécni
cosparaapoi
aropr
ocessode
mudança,pr
inci
palmentenoset oragr
ári
o.PauloFr
eir
efoiconv
idadopar
atr
abal
harna
f
ormaçãodessesnov ostécnicos.

Omoment ohist
óri
coquePaul oFreireviveunoChilefoifundament alparaexpli
cara
consoli
daçãodasuaobr a,i
nici
adanoBr asi
l
.Essaexperiênci
af oif
undament alparaa
for
maçãodoseupensament opolít
ico-
pedagógico.NoChi l
e,eleencontrouum espaço
polí
ti
co,soci
aleeducati
vomui t
odi nâmico,ri
coedesafiante,permit
indo-l
hereestudar
seumét odoem out
rocontext
o,aval
iá-l
onapr át
icaesist
emat i
zá-l
oteoricamente.

Oseducadoresdeesquerdaapoi ar
am afi
losofi
aeducacionaldePauloFrei
re,masele
tev
eaoposiçãodadirei
tadoPDC( Par
ti
doDemocr ataCri
stão)queoacusava,em 1968,
deescr
everum liv
ro"vi
olent
íssi
mo"contraaDemocr aci
aCr i
stã.Eraol
ivoPedagogi
r a
doOpri
midoquesóser i
apubl i
cadoem 1970.Estefoium dosmot iv
osquefi
zeram com
quePaul
oFreiredei
xasseoChi l
enoanoseguinte.

Asoci edadebrasil
eir
ael at
ino-
americanadadécadade60podeserconsideradacomo
ogr andelaboratór
ioondesef orj
ouaquil
oquef i
couconheci
docomoo" Mét odoPaulo
Frei
r e"
.Asi t
uaçãodei ntensamobi l
i
zaçãopolí
ti
cadesseperíodot
eveumai mportânci
a
fundament alnaconsolidaçãodopensament odePauloFreir
e,cuj
asor
igensr emontam
àdécadade50.

Depoi
sdepassarquaseum anoem Har
var
d,noi
níci
ode1970,f
oipar
aGenebr
aonde
compl
etou16anosdeexí
l
io.

Nadécadade70assessor ouv áriospaí sesdaÁf r


ica,recém-l
ibertadadacol onização
européia,auxi
liando- osnai mplantaçãodeseussi stemasdeeducação.Essespaí ses
procuravam elabor arsuaspol í
ti
cascom basenopr i
ncípiodaaut o-det erminação.Sobr e
umadessasexper i
ênciasf oiescritaumadasobr asmai simportant esdeFr eir
equeé
Car t
asàGui néBi ssau( 1977).Paul oFrei r
eassimilouacul tur
aaf ri
canapel ocont ato
dir
etocom opov oecom seusi nt elect
uai s,comoAmi l
carCabraleJul iusNy erere.Mais
tarde,essa influênci a é senti
da na obr a que escreve com Ant oni o Faundez ,um
educadorchi l
eno,exi l
adonaSuí ça,quecont i
nuacom um t rabal hoper manent ede
formaçãodeeducador esem v áriospaí sesdaÁf ri
caeAmér i
caLatina.

Nesseperí
odo,v
em ocont at
omai spróxi
mocom aobr adeGramsci,Kosik,
Habermase
out
rosfil
ósof
osmar xist
as.Par ece-
mequeomar xi
smodePaul oFrei
renutr
e-senas
obr
asdessesautores,especial
ment eGramsci
.Issoser ef
let
enosdi álogosmantidos
com oseducadoresdosEst adosUni dos,naúl
timadécada,ent r
eeles:HenriGir
oux,
Donal
doMacedo, I
raShorePet erMacLarneCarl
osAl ber
toTorres.

Paul oFrei
rer et
ornaaosEst adosUnidosjácom umabagagem nov a,t
razidadaÁf ricae
discuteoTer ceir
omundonoPr i
mei r
oMundocom My lesHor ton.Odi álogomant i
do
com My l
esHor ton,em 1989,nolivoWeMaket
r heRoadbyWal ki
ng:Conv ersationson
Educat i
onandSoci alChangedeveserconsi deradoexempl ar.Essel i
vrofoiescr i
tocom
mui tapaixão,esper ançaesabedor i
a.Ambosf or am educador eseat ivi
staspol í
ticos.
My lesHor ton( 1905-1990)foiofundadordoHi ghlanderCent er,nosuldosEst ados
Unidos,um cent r
odeest udosquetevegr andei mpor t
âncianasdécadasde50e60na
l
ut apelosdi rei
toscivisenaeducaçãodej ov enseadul tostrabalhadoresnosEst ados
Unidos.Av i
daeaobr adeHor t
onémui t
opar ecidacom adePaul oFr eire.Mesmo
tendo per corri
do cami nhos dif
erentes,el es se encont r
ar am par a di scuti
r suas
exper i
ênci
asei déias,encontr
andomui tasemel hançadei déi
asemét odosdet r
abal ho.

Box14
MYLESHORTONEPAULOFREI
RE

Hámui tassemel hançasent reessesdoi scor ajogosl í


deresdaeducaçãobási ca
deadul tos:My l
esHor ton ePaul o Freir
e.Amboscompar ti
lham um númer o
signif
icativo de idéias,a começarpel ai déia da democr acia que deve ser
construidapel abase.El esacr edit
am queum passof undament alnopr ocessso
dedesper tarparaaconsci ênciacrít
icaocor requandooopr i
midocomeçaa
reconhecersuapr ópri
adi gnidade.Tant oum quant ooout rosust entam quea
organizaçãoeacooper açãoof er
eceaoopr i
mi doumagr andepossi bili
dadepara
chegaraocont rol
edesuapr ópri
av i
daeconqui staravozdequepr eci
saparaa
estrut
ur açãodoseuf uturoedeum f uturomai sj ustoparatodos.

Como educadores,ambos sust


entam uma abor
dagem centrada no al
uno,
enf
ati
zandoadiscussão,
odi
álogo,acomuni
cação,
respei
tandooconheci
mento
doalunoesuacapaci dadepar
aassumirasuaprópr
iaaprendi
zagem.Como
humanist
as,Hort
oneFr eir
evêm pr
opondor
efor
masdosi stemaeducaci
onal
marcadopel
otecnici
smo.

HortoneFr eiret r
abalharam em difer
entescenár iosmasambosdedi caram- seà
melhor i
adasi tuaçãodepobr ezaem quev i
vem gr andespopul açõesdopl anet a.
Ambosv êem aeducaçãocomoumaf orçacapazdel ibert
arosopr imidos.Uma
análi
sedesuasf i
losofi
asemet odologiasof er
eceumasí nteseheur íst
icadas
caracterí
sti
casdeumaeducaçãocent r
adanoal uno.Amanei racom aqualel es
apl
icam esse pr ocesso de educação pr oblemat i
zadorat em si gnif
icativa
i
mpor tância par aai mpl ementação dei déiashumaní sti
casepar a at ingira
mudançasoci al.Porcausadesuadef esaintransigentedosdi rei
toshumanos, da
eqüidadeedal ibert
ade,ambosr eceberam ahonr osaet i
quetade" r
adicais"(Gar y
J.Cont i
,professordaNor thernIl
li
noi
sUni versit
y.In:Communi t
yColegeRev iew,
nº5, Verãode1977, pp.37-43).

PauloFrei
rev oltoupelaprimeir
av ezpar aoBrasilem 1979-defini
ti
vamenteem 1980-
com o desej o de " reapr
endê-l
o".O cont ato com a si t
uação concret
a da classe
tr
abalhadorabr asi
lei
raecom oPar ti
dodosTr abal
hadoresdeuum v i
gornovoaoseu
pensamento.Podemos at é di
vidiro pensament o del
e em duas fases di
sti
ntas e
complement ares:o Paul o Fr
eir
el ati
no-americano dasdécadasde60- 70,autorda
PedagogiadoOpr imidoeoPaul oFr eir
ecidadãodomundo, dasdécadasde80- 90,dos
l
ivr
osdi al
ogados, dasuaexper i
ênciapelomundoedesuaat uaçãocomoadmi nistr
ador
públi
coem SãoPaul o.

Sem dei xardeserl atino-amer icano,nasegundaf ase,Paul oFrei


re,tendoaPedagogi a
do Opr imi do porei xo cent r
al,di al
oga com educador es,sociólogos,f il
ósofos e
i
ntelectuaisdemui taspar tesdomundoe" reencontra"aPedagogi adoopr imidoem
1992escr evendoPedagogi adaEsper ança.Esse"últ
imo"Paul oFreire,comoochama
AntonioMuncl usnol iv o Pedagogí
r adel acont r
adicción (1988),éum Paul oFreire
i
nternaci onalet ransdi sciplinar.Oseupensament onãosel i
mitaàt eor i
aeducacional,
poispenet raem ár east ãodi stintasquant oasáreasdasci ênci
associ aisedasci ênci
as
empí r
ico-analít
icas.Essat r
ansdi sci
plinari
dadedaobr adePaul oFr eireestáassociada
àout r
adi mensão:asuagl obal idade.Opensament odePaul oFrei
reéum pensament o
i
nternacionalei nternaci onal i
sta.MasPaul oFr ei
reé,ant esdemai snada, um educador.
E é a par t
irdo pont o de v ista do educadorque f unda sua v i
são humani sta-
i
nternaci onali
sta( soci ali
sta) .Pori ssoé,aomesmot empo,homem dodi ál
ogoedo
confli
to.

Desdeentão,aobr adePaul oFreir


etem sidoum divi
sordeáguasem rel
açãoàpr áti
ca
pol
ít
ico-
pedagógicatradici
onal.Aparti
rdaí,eem conj
unçãocom out
rasteoriascr
ít
icas,
numerosasperspectivasteóri
casepr áti
casfor
am sedesenhandoem di st
intaspart
es
domundo, i
mpact andomui t
asár easdoconhecimento.
Noseur etornoaoBr asi
l
,temosquer eal
çarasuaat i
vi
dadeacadêmi ca,dandoaulas,
mini
strandocur sosespeciai
s,f
azendoconfer
ênci
aseor i
entandoteses,umaativi
dade
quedemonst r
aumaenor mev i
tal
i
dadeepr odut
ivi
dade.Talvezsejaesseconst ant
e
i
nteresseporapr enderepart
ici
pardomundo,detudo,quefazcom quePaul oencontr
e
tant
aener gia.

Nosanos80,el eengajou- sesobr


etudonal utapelaescolapúblicadequalidadepara
todos-aescolapúbl i
capopul ar-quecul mi
nanaaçãoquer eali
zou,entr
e1989e1991,
j
untoàSecr et
ariaMuni cipaldeEducaçãodeSãoPaul o.O seul i
vroAeducaçãona
Cidade(1991)r et
rat
aessenov oPaulo,rel
endo-
secom apr áti
ca,com ot r
abalho,na
l
utaconcr et
apel atr
ansf ormaçãodeum si stemaeducaci onalburocrát
icoeobsoleto,
dentrodoqual -decl
arael enadedicat
óriadesseli
vro-"mudarédi fí
cil
,masépossívele
urgente"
.

Nãoer aapr imeiravezquePaul oFreir


elidavadi r
etamentecom oensi nopúbli
co.Ali
ás,
ébom escl arecerpor queaindaexistem intérpretesdeFr eir
equepensam queel e
ocupou-seapenasdaeducaçãopopul arinformal.Elededi couum gr andeperíododa
sua v i
da t r
abalhando na assessor i
a aos si stemas educaci onai
s das ex- col
ôni
a
portuguesasdaÁf ri
ca.Um dospr i
meirosartigospubl i
cadosporPaul oFr ei
reésobrea
"escolaprimár i
a"eomai sant i
got r
abalhoescr itodequet emosnot í
cianoInsti
tut
o
PauloFr ei
re,datadode1955, fal
adecomosedev eor ganizarapar ti
cipaçãodospaisna
escola,sepúbl i
ca,sejapri
vada.

Trata-sedeum " r
otei
roparadi scussãonosCí rculosdePai seMest res"
.Atr
av ésdas
perguntaspresent
esnosr otei
rospodemosv er
ificarqueapr eocupaçãoem discuti
ros
problemaseducacionaisdaescol aapar t
irdar ealidadevi
vidajásef azi
apresente.O
conteúdo das perguntas most r
a sensi
bili
dade e aguda per cepção em relação à
real
idadenaqualpai seprofessoresestavam inseridos.Ei
sor otei
roqueeleescreveu
em 1955:

1.A cri
ançatr
azdober çoacondutaqueapresenta,ouadqui
recer
toshábi
tosna
conv
ivênci
adospai
s,dosmest
resedoscompanheir
os?

2.Quem nãor
econhece,no"
Lour
ival
"danossamar
chi
nhacar
nav
alesca,of
il
hoúni
co
ouomeninoquefor
aexcessi
vamentemi
mado?

3.Sendooexempl
oeaexperiênci
aosf
ator
esmai
spreponder
ant
esnaeducação,nós,
pai
semestres,
educamosmesmoquandonãot
emosnenhumaint
ençãodeeducar?

4.Vocêssabiam queomeninoquebr
incacom outr
osmeni
nosequet
em sempr
ecom
quebri
ncar,
raramentesel
embradechupardedo?

5.Com ashi st
óri
asdealmasdeoutromundooudecr imeshorr
orosos,osadul
tos
acabam com omedodascri
ançasel
hespr
opor
cionam sonosbem t
ranqüi
los?

6.Ospai
squeadot
am o"
façaoqueeudi
goenãof
açaoqueeuf
aço"t
eráoêxi
toem
suast
ent
ati
vaspar
aeducar
?

7.Ascr
iançasespancadasobedecem por
queseeducam oupor
quet
êm medo?

8.Ascriançasquesóobedecem nol
arpor
quesãoespancadassent
em necessi
dadede
obedecernaescolaondenãohásurr
as?

9.Com uma"
boasur
ra"podemosel
i
minarnacr
iançaov
íci
odecomert
err
a?

10.Quem devocêsnãoouvi
udizerqueuma"
sur
rademuçum éum sant
oremédi
o"
par
aum meninoqueuri
nanacama?

11.Vocêsnãoacham queobi cho-


papão,osaci-
pererê,ovel
hodosurrãoouacabra
cabri
ola com que,não r ar
o,se amedr ont
am as cr i
anças,são enormement
e
responsáv
eispel
ati
midez,
pelavaci
l
açãoepelosreceiosinf
undadosdemuit
osadul
tos?

12.Osfil
hosqueassi
stem àsar
engasdospai
sequedão,cer
tament
e,ar
azãoaum só
del
es,nãosãolev
adosapensarqueooutroémenosj
ust
ooumenossensato?

13.Porqueospai squeenganam aosfi


lhosoul hesfazem promessasimpossívei
s
fi
cam t
ãozangadosquandoosmeninospr
ocuram enganarou"enrol
araspessoas"
?

14.Namaioriadoscasos,osmeninosquesetornam t
eimososedesobedi
ent
esnão
sãoaquel
esquej áseacostumar
am aobterconsent
imentopar
aaquil
oquelhesf
ora
ant
esproi
bido?

AobradePauloFreir
enãoéum li
vroderecei
tas.El
aseconst
it
uiderel
atosdepráti
cas
pr
ofundamenteref
leti
das.Comoeledissecertavez:nãol
euMar xparaapli
cá-l
ona
pr
áti
ca;paraacompr eensãodaprát
icaéquet ev
equebuscarem Mar xelementos
i
nsubsti
tuí
vei
s.

Auniver
sali
dadedaobradePauloFreir
edecorr
edessaaliançaentreteori
a-pr
áti
ca.Daí
serum pensament
ovigor
oso.PauloFreir
enãopensapensament os.Pensaar eal
idade
eaaçãosobr eel
a.Trabal
hat eor
icamenteaparti
rdela.Émet odologi
camenteum
pensamentosempreatualev em ganhandomaisf or
çanosúl ti
mosanospel asua
compreensãodapol
ít
icaquenuncafoiori
ent
adaporqualquercar
til
ha.

Nat eor i
aenapr ática,PauloFr ei
ret
em umav i
sceralincompat ibi
li
dadecom esquemas,
pri
ncipalment eburocráticos.Tantosuaformadeagi rquantodeseexpr essarreflet
em
umacer t
ar ebel
diaem r elação aparadigmasr ígidos.Seucompor tament o não se
submet eamodel osbur ocráti
cosepol ít
icos.Sual inguagem nãosegueospadr ões
hegemôni cosdaacademi a.Paraaexpressãolinguísti
caqueabusadopedant i
smoeda
erudiçãocom ai ntençãodeserr econhecidaci entif
icament e,PauloFr eir
enãof az
concessão.At ravésdel e,apoesiaconseguiuvistoper manent eparatransitarostextos
ci
ent í
ficos.Sualinguagem ésempr epoét i
caedoce.I ssov em crescendonosseus
úl
timosescr it
os.Aol ê-l
oouaoouv i
-l
o,um gr andecont adordehi stóri
assecol oca
diant edenós.Não hál eitorque,di antedal inguagem f reireana,não quebr esua
resistênciaao t exto acadêmico.Cr eio seressaumacar acterísticapr ofundament e
l
igadaàssuasor igens.Háum sabornor desti
noem suaobr a.Oj eitoser eno,cat i
vant
ee
afetivodeseexpr essarémui t
omar cantenaculturanor dest i
na,daqualPaul oFreir

fi
lho.Sej apel ai nsubordi
naçãoaosesquemas,sej apel asuapecul i
arf ormadese
expr essar,muitosdeseusi ntérpret
esencont ram,àsv ezes, dif
iculdadespar acl assi
fi
cá-
l
o.Al gunsnãohesi tam em categori
zá-l
ocomoum pensadoranar quist
a.Mas,nomeu
entender ,pelasrazõesj áexplicit
adasepel aor i
ginali
dadedesuapedagogi a,embor a
possasersi tuadonocont extodapedagogi acontempor âneacom r efer
ênciaàessaou
àquel acorrentedopensament o,elecontinuaincl
assif
icáv el
.

Osinúmer osl
eitoresdePauloFreir
ebuscam em suaobrarespostasàsmaisv ar
iadas
questões.Porisso,elapodeserl i
dadedif
erent
esmanei r
as,segundooi nt
eressedo
l
eit
or.Mas t odas elas se encontr
am numa concepção fi
losóf
ica e met
odológica
part
icul
ardoaut or
.

Sem enumerarem ordem deimportânci


a,voudestacaralgumaspistas-apenasas
suaspri
nci
paist
eses-queindi
cam possív
eisl
eit
urassobresuafi
losof
iaeseumétodo.

Naconst i
tui
çãodomét odopedagógi
codePaul oFrei
refundament
ava-
senasciênci
as
daeducação,pr i
ncipalmenteapsicologi
aeasoci ol
ogia;tev
eimport
ânci
acapitala
metodologiadasciênciassoci
ais.Asuat eor
iadacodifi
caçãoedade-codi
fi
caçãodas
pal
avraset emasger ador
es(int
erdi
scipl
i
naridade)
,caminhoupassoapassocom o
desenvol
vimentodachamada" pesquisaparti
cipant
e".

O que mai schamou at enção de iníciofoia f at


o dequeo mét odo Paul o Fr
eir
e
"acelerava"oprocessodeal f
abetizaçãodeadul tos.LaurodeOl i
vei
raLima,f oium dos
primeirosaobser varessepr ocesso.El eobservouaapl icaçãodomét odonasci dades
satélit
esdeBr asíl
iaeescr eveuum r elat
óri
oondesust entaquePaul oFr eir
epar tede
"estudosdecar átersoci ol
ógicos"esebasei ana" teori
adascomuni cações".Oliv
eir
a
Limaper cebeuquePaul oFr eir
enãoquer iaapl i
caraoadul t
oanal fabetoomesmo
mét ododeal f
abetizaçãodascr i
anças.Out rosj ápensav am asssim.Todav i
a,Paulo
Freirefoioprimei
roasi temat i
zareexper i
ment arum mét odointeir
ament ecri
adopar aa
educaçãodeadul tos.

Box15
MÉTODOPAULOFREI
RE

Compr eendeuof ormul


adordonôv opr ocessoqueal fabeti
zação,pretendendo
provocarpr of
undamodi fi
caçãonot i
poder el
acionament odoal f
abeti
zandocom
ar eal
idade,sósei mpõecomof ôrçamot iv
adorasef ôrestabel
ecidofortel i
ame
psicológicoentr
eaat i
vidadealf
abetizanteeassi tuaçõesdev i
dadoanal fabeto.
Ast écnicasdeal f
abeti
zaçãoinfanti
lparecem aoadul t
oal goquenãomer ecea
atençãodeum homem madur o,porcont erf or
tecont eúdolúdico,apropri
adoa
cri
anças.Com r el
açãoaoadul to-mer gulhadoqueest ánum t i
podecul tura
sediment ada,embor
aimprópri
aparaenfr
ent
arnovasreal
idades-épreci
soque
al
f abet
izaçãoseapresent
ecomoum instr
umentoque,nãodesmerecendooseu
status,
tenhav al
ordechaveparaasol
uçãodesuaprobl
emát i
cavi
tal
..
.

A t écni ca pr opost a pel of ormul adordo pr ocesso consi ste em f azera


alfabet i
zaçãodecor r
erdeum pr ocessodesubst i
tui çãodeel ement osr eaispor
element os si mból icos:pr i
mei rof i
gurados ( car tazes) ,depoi sv erbal
izados
oral ment e( discussão) ,par af i
nalment e,chegarà f ase de si nais escr i
tos
padr onizados( leitura),seqüênci ai nversaàut il
izadapar acr i
anças,em quea
l
eit uraf i
guracomoel ement oi nstrument aldeconst ruçãoeenr i
queci ment odos
círcul osder epr esent ação ment ais.Noadul to,j áexi st i
ndo,abundant ement e,
est asr epresentações,opr obl emaest áem f azê-lasf iguradasesi gnifi
cadasa
fi
m de per mi t
irmai oroper acional i
dade psi cológi ca,só possí velat ravés de

mbol osesi nais.Aal f
abetização-em v ezdei mpor -
secomoal goest r
anhoao
mundo psi cossoci ológico do anal fabet o -aj ust a-se nest e quadr o como
decor rência nat ur alda t omada de consci ênci al úci da dos pr oblemas.A
consci ênciacr ít
ica( quesubst i
tuiaconsci ênciamági ca)t endepar aamobi l
i
dade
crescent equet em comoi nst rument onat uralaut il
izaçãodal ei
tura,por tade
ent radaem nov omundocul tur alsimbolizadopel al inguagem escr i
ta.Oquese
propõeaoanal fabet onãoé, simpl esment e, aaqui siçãodeumanov at écnicaque
êl
enão desej ae cuj a uti
lidadenão per cebe:pr opõe- sea sol ução deseus
probl emasv i
taisat r
av ésdomanej odeum i nstrument oqueêl eut i
li
zedef orma
aut ônoma ( Laur o de Ol iveira Li ma, educador e um dos pr i
mei ros
si
t emat izadoresdoMét odoPaul oFr ei
re." MétodoPaul oFreire:pr ocessode
acel eraçãodeal fabet izaçãodaadul t
os",in:Tecnol ogi a,educaçãoedemocr acia,
RiodeJanei r
o, Civili
zaçãoBr asi l
eira,1979, pp.175- 176) .

Demaneir
aesquemáti
ca,podemosdizerqueo"MétodoPaul
oFr
eir
e"consi
stedet
rês
momentosdi
alét
icaei
nterdi
sci
pli
nar
menteentr
elaçados:

a)ai
nvest
igaçãot
emáticapel
aqualal
unoeprofessorbuscam,nouni
ver
sovocabul
ar
doal
unoedasociedadeondeelev
ive,
aspal
avraset emascent
rai
sdesuabi
ografi
a;

b)atemati
zaçãopel
aqualel
escodif
icam edecodif
icam essest
emas;
ambosbuscam
oseusigni
fi
cadosoci
al,
tomandoassim consci
ênci
adomundov i
vi
do;
e

c)apr
oblemati
zaçãonaqualel
esbuscam super
arumaprimeir
avisãomági
capor
umavi
sãocrí
ti
ca,par
ti
ndopar
aatransf
ormaçãodocont
ext
oviv
ido.

Dadaessai nt
erdi
scipl
inar
idade,aobradePauloFreir
epodeserv i
statomando-osej
a
comoci ent
ist
a,sejacomoeducador .Contudo,essasduasdi mensõessupõem uma
outr
a:Paulo Frei
re não assepara da polí
ti
ca.Paulo Frei
re dev
e serconsider
ado
também comopol í
ti
co.Estaéadi mensãomaisimportantedasuaobr a.El
enãopensa
areali
dadecomoum soci ólogoqueprocur
aapenasentendê-l
a.Elebusca,nasci
ênci
as
(soci
aisenat
urai
s),
elementospara,compreendendomai
scient
if
icament
eareal
i
dadee
poderint
ervi
rdeformamai seficaznela.Porissoelepensaaeducaçãoaomesmo
tempocomoat opolí
ti
co,comoat odeconhecimentoecomoatocr i
ador
.

Todooseupensament otem umarel


açãodi
ret
acom ar eali
dade.Essaésuamar
ca.El
e
não secompr omet
eucom esquemasburocrát
icos,sejam osesquemasdo poder
pol
ít
ico,sejam osesquemasdopoderacadêmico.Compr ometeu-seaci
madetudo
com umar eal
idadeasert
ransf
ormada.

PauloFr eirepropõeumanov aconcepçãodar el


açãopedagógi ca.Nãoset ratade
conceberaeducaçãoapenascomot ransmi
ssãodecont eúdosporpar t
edoeducador .
Pelocont rári
o,tr
ata-sedeest abel
ecerum diálogo,i
ssosi gnifi
caqueaquel equese
educa,istoé,estáapr endendot ambém.Apedagogi atradi
cionaltambém afirmavai sso,
sóqueem Paul oFreir eoeducadort ambém aprendedoeducandodamesmamanei r
a
queest eapr endedel e.Nãoháni nguém quepossaserconsi deradodefi
niti
vament e
educadooudef i
nit
ivament ef or
mado.Cadaum, aseumodo, juntocom osout r
os, pode
aprendere descobr i
rnov as dimensões e possi
bil
idades da r eali
dade na vida.A
educaçãot orna-
seum pr ocessodeformaçãomút uaeper manent e.

NopensamentodePauloFrei
re,
tantoosal
unosquant
ooprofessorsãot
ransf
ormados
em pesqui
sador
escrí
ti
cos.Osal unosnãosãoumal at
avaziaparaserenchi
dapelo
pr
ofessor.

MasPaul oFreirepodeai ndaserl i


dopel oseugost opelal iberdade.Essaser iauma
l
eit
ur ali
bertár
ia.Comomui t
osdosseusi ntérpr
etesaf i
rmam, at esecentraldasuaobr a
éat esedal i
berdade-l
ibert
ação.A l i
berdadeéopont ocent raldesuaconcepção
educat i
va desde de suas pr i
meiras obras.A l i
bertação é o f im da educação.A
fi
nalidade da educação é libert
ar-se da reali
dade opressiv a e da injust
iça;t arefa
permanent eei nf
indável
.ParaPaul oFreirear eali
dadeopr essivanãoé" priv
ilégio"dos
paísesdoTer ceiroMundo.Em mai oroumenorgr au,aopr essãoeai njusti
çaex i
stem
em t odo mundo.Pori sso suapedagogi anão éapenasumapedagogi a" tercei
ro-
mundi sta"
.

Aeducaçãov i
saàli
bert
ação,àtransf
ormaçãoradi
caldar eal
i
dade,par
amelhorá-l
a,
parat or
ná-l
a mai
s humana,para permi
tirque os homens e as mul
her
es sejam
reconheci
doscomosujei
tosdasuahist
óri
aenãocomoobj etos.

Alibert
açãocomoobj eti
vodaeducaçãoéf undadanumav i
sãoutópi
cadasoci
edadee
dopapeldaeducação.A educaçãodev epermitirumaleit
uracrí
ti
cadomundo.O
mundoquenosr odeiaéum mundoi nacabadoei ssoimpl
i
caadenúnciadareal
idade
opressi
va, da r eal
idade inj
usta, inacabada e, conseqüentement
e, a cr í
ti
ca
tr
ansformador
a,por t
anto,oanúnciodeout rareal
i
dade.Oanúncioéanecessi
dadede
cri
arumanov areali
dade.Essanovareali
dadeéaut opi
adoeducador
.

Paul
oFreir
efoichamadocert
avezdeandari
lhodautopi
a.Aut
opi
aesti
mul
aabusca:
aodenunci
arumacertareal
i
dade,ar
eal
idadeviv
ida,t
emosem ment
eaconqui
stade
umaout r
ar ealidade,umar
eali
dadeprojet
ada.Est
aoutrareal
idadeéautopi
a.Autopi
a
sit
ua- senohor i
zontedaexperi
ênci
av iv
ida.Em PauloFrei
re,areal
idadepr
ojet
ada
(utopia)funcionacomoum dí namodeseupensament oagindodiret
amentesobrea
práxis.Portanto,nãohánel
eumat eori
aseparadadapráti
ca.

Háaindaquemencionardoi
sel
ement
osf
undament
aisdasuaf
il
osof
iaeducaci
onal
:a
consci
ent
izaçãoeodiál
ogo.

A consci
entização não éapenast omarconhecimento dareal
i
dade.A tomadade
consci
ênci
asi gni
fi
caapassagem dai mersãonar eali
dadeparaum di
stanci
amento
destareal
idade.A consci enti
zação ul
tr
apassa o nívelda t
omada de consci
ênci
a
atr
avésdaanál i
secrít
ica,i
stoé,dodesv el
amentodasr azõesdeserdestasit
uação,
paraconst
ituir
-seem açãotransfor
madoradestareal
idade.

O diálogo consi st
e em uma r el
ação hor i
zontale não v er
ti
calentre as pessoas
i
mpl i
cadas,ent reaspessoasem r el ação.Noseupensament o,ar elaçãohomem-
homem,homem- mul her,mulher
-mulherehomem- mundosãoi ndissoci
áveis.Comoel e
afi
rma:"ninguém educani nguém.Ninguém seeducasozi nho.Oshomensseeducam
j
untos,nat ransformaçãodomundo" .Nessepr ocessosev al
ori
zaosaberdet odos.O
saberdosal unosnãoénegado.Todav i
a,oeducadort ambém nãof ical i
mitadoao
saberdoal uno.Opr ofessortem odev erdeul t
rapassá-l
o.Éporissoqueel eéprofessor
esuaf unçãonãoseconf undecom adoal uno.

Ar i
gor,nãosepoderiaf
alarem "
Mét
odoPaul oFrei
re"
,poi
sset
rat
amuit
omaisdeuma
teori
adoconheci mentoedeumaf il
osofi
adaeducaçãodoquedeum mét odode
ensino.Mas,paraser mosmai spr
ecisos,deverí
amoschamaraesse"método"de
"si
stema","
fi
losof
ia"ou"t
eori
adoconhecimento"
.

Comodi zLindaBi mbi noprefácioàedi çãoitalianadaPedagogi adoOpr imido( 1980) :"


a
ori
ginali
dadedomét odoPaul oFreir
enãor esideapenasnaef icáci
adosmét odosde
al
fabet i
zaçãomas,sobr et
udo,nanov i
dadedeseuscont eúdospar aconsci ent i
zar.A
conscienti
zação nasce em um det erminado cont exto pedagógi co e apr esenta
caracterí
sti
casor i
ginais:a)com asnov ast écnicas,apr ende-seumanov av isãodo
mundo,a qualcompor t
a uma cr ít
ica da si tuação pr esenteea r elativa busca de
superação,cuj oscami nhosnãosãoi mpost os,sãodei xadosàcapaci dadecr i
adorada
consciêncial ivr
e;b)não se consci enti
za um i ndi
v í
duo i solado,mas si m,uma
comuni dade,quando el aét otal
ment e solidáriaar espei t
o de uma si tuação- l
i
mi t
e
comum.Por tanto,a mat r
iz do mét odo,que é a educação concebi da como um
moment odopr ocessogl obaldet ransformaçãor evolucionáriadasoci edade,éum
desafi
oat odasi t
uaçãopr é-
revol
ucionár i
a,esuger eacr i
açãodeat ospedagógi cos
humani zantes( enãohumaní sti
cos),quesei ncor poram numapedagogi adar evolução".

Com isso,Li
ndaBimbiprocur
amost r
araestrei
tali
gaçãoexi
stent
eent
reomét odo
educaci
onaldePauloFrei
reeomoment odetr
ansf
ormaçãosocial
.Oqueequiv
alea
di
zerque o "Método Paul
o Frei
re"é compr
ometi
do com uma mudança t
otalda
soci
edade.
Omét ododeal f
abetizaçãodePaul oFr ei
renasceunoi nteri
ordoMCP-Mov i
ment ode
CulturaPopul ar-doReci feque,nof inaldadécadade50,cr i
araoschamadoscí rcul
os
decul tura.Segundoopr ópri
oPaul oFr ei
re,oscí r
culosdecul turanãot i
nham uma
programaçãof eiaapr
t i
or i
.A programaçãov i
nhadeumaconsul taaosgr uposque
estabeleciam ostemasaser em debat i
dos.Cabi aaoseducador est rataratemáticaque
ogr upopr opunha.Maser apossí v
elacr escentaràsugest ãodelesout rostemasque, na
Pedagogi adoopr i
mi do,Paul oFreirechamav ade" temasdedobr adiça"(Essaescola
chamadav i
da,p.14-15) ,i
stoé,assunt osquesei nseriam comof undament ai
snocor po
i
nteirodat emáti
ca,par amel horesclar ecerouilumi narat emáticasuger idapelogrupo
popular.Comoi nsi
stiael e,exi
ste,indiscutiv
elment e,umasabedor i
apopul ar
,um saber
popularqueseger anapr áti
casocialdequeopov opar ti
cipa,mas, àsv ezes,oqueestá
fal
tandoéumacompr eensãomai ssol i
dár i
adost emasquecompõem oconj untodesse
saber.

Osr esul
tadosposi ti
vosobt i
doscom esset r
abalhocom gr upospopul aresnoMCP
l
evaram Paul o Frei
reapr oporamesmamet odologi
apar aa al fabeti
zação."Seé
possívelfazer isso,alcançar esse nívelde di scussão com gr upos popul ares,
i
ndependent ementedeel esserem ounãoal fabeti
zados,porquenãof azeromesmo
numaexper iênci
adeal fabeti
zação?"per
guntava-sePauloFr eire."
Porquenãoengaj ar
cri
ti
cament e os alf
abetizandos na montagem de seu si stema de si nais gr
áf i
cos
enquanto sujei
tos dessa mont agem e não enquant o obj
et os del
a?"( Essa escol a
chamadav ida,pp.14-15).

Essai ntuiçãofoimui t
oimportantenodesenv olv
imentoposteri
ordaobradePaul o
Frei
re.El edescobr i
raqueaformadet r
abalhar,oprocessodoat odeaprender
,era
determinant eem rel
açãoaoprópriocont
eúdodaapr endizagem.Nãoer
apossível
,por
exempl o,aprenderaserdemocratacom métodosautori
tári
os.

A parti
cipação do suj eit
o da apr endi
zagem no pr ocesso de construção do
conheci
ment onãoéapenasal gomai sdemocr ático,masdemonst rousert ambém
maiseficaz.Aocont r
ári
odaconcepçãot r
adici
onaldaescol a,queseapoi avaem
métodos centrados na autor
idade do professor,Paulo Fr
eire compr
ovou que os
métodosnov os,em quealunoseprofessor
esapr endem j
untos,sãomaisefi
cientes.

2.Pedagogi
adi
alógi
caeeducaçãol
iber
tador
a

PauloFrei
reé,sem dúv idaalguma, um educadorhumani staemi l
i
tante.Em concepção
deeducaçãoparte-sesempr edeum cont extoconcr etopararesponderaessecont exto.
Em Educação como pr ática da liberdade,esse cont exto é o pr ocesso de
desenvol
vimentoeconômi co eo mov iment o desuper ação daculturacolonialnas
"soci
edadesem trânsito".Oaut orprocuramost r
ar,nessassoci edades,qualéopapel
da educação,do pont o de v ista do opri
mi do,na const r
ução de uma soci edade
democráti
caou" sociedadeaber t
a".Paraele,essasoci edadenãopodeserconst ruí
da
pelaseli
tesporqueel assão i ncapazesdeof erecerasbasesdeumapol íti
cade
refor
mas.Essanov asoci edadesópoder áseconst i
tuircomor esultadodal utadas
massaspopulares,asúni cascapaz esdeoper artal mudança.
Paulo Fr
eire entende que é possí velengaj
ar a educação nesse pr ocesso de
consci
enti
zação e de mov iment o de massas.No l i
vro que acabeide citar,ele
desenvol
ve o conceito de "consciênci
at r
ansit
iva cr
íti
ca",entendendo-
a como a
consci
ênciaart
iculadacom apr áxi
s.Segundoele,parasechegaraessaconsci ência,
queéaomesmot empodesaf i
adoraet r
ansfor
madora,sãoi mprescindí
vei
sodi álogo
crí
ti
co,afal
aeaconv i
vênci
a.

Odiálogopropostopelaseli
teséverti
cal,formaoeducando-massa,i
mpossibi
li
tando-o
de se manifestar.Nesse supost
o di ál
ogo,ao educando cabe apenas escutare
obedecer.Parapassardaconsciênciaingênuaàconsciênciacrí
ti
ca,énecessári
oum
l
ongoper cur
so, noqualoeducandorejeit
aahospedagem doopressordent
rodesi ,que
fazcom queeleseconsi der
eignoranteei ncapaz.Éocaminhodesuaauto-afi
rmação
enquantosujei
to.

NaconcepçãodePaul oFreire,odi ál
ogoéumar el
açãohor izontal
.Nut re-sedeamor ,
humildade,esperança,f
éeconf iança.Eleret
omaessascar acterí
sti
casdodi álogocom
novasf ormulaçõesao longo demui tost r
abal
hos,cont extuali
zando-as.Assi m,por
exemplo,eleser efer
eàexper iênci
adodi ál
ogo,aoinsist
irnapr át
icademocr át
icana
escolapública:"épreci
sot ercor agem denosexper imentarmosdemocr aticament e".
Lembr aaindaque" asv i
rt
udesnãov êm docéunem set ransmitem intelectualment e,
porqueasv irt
udessãoencar nadasnapr áxi
sounão" ,comodi sseem pal est r
arealizada
naaber t
uradapr i
meirasessãopúbl cadoFór
i um deEducaçãodoEst adodeSãoPaul o,
em agostode1983.

A pri
mei r
av i
rtude do diálogo consist
e no respeit
o aoseducandos,não soment e
enquantoindi

duos, mast ambém enquant oexpressõesdeumapr át
icasoci
al.Nãose
tr
ata do espont aneí
smo,que dei xa os estudantes ent
r egues a sipróprios.O
espontaneí
smo,af i
rmaele,sóaj udouatéhojeàdi rei
ta.Apresençadoeducadornãoé
apenas uma sombr a da presença dos educandos,pois não se trat
a de negara
autor
idadequeoeducadort em erepresent
a.

Asdifer
ençasentr
eoeducadoreoeducandosedãonumar el
açãoem quealiberdade
do educando "
não éproi
bidadeexer
cer-se"
,poi
sessaopção não é,nav er
dade,
pedagógicamaspolí
ti
ca,oquefazdoeducadorum pol
í
ticoeum art
ista,enãouma
pessoaneutr
a.

Outravi
rtudefundamentaléescut
arasurgênci
aseopçõesdoeducando.Háainda
outr
av i
rt
ude:at oler
ância,queéa"vi
rt
udedeconvi
vercom odi
fer
enteparapoder
bri
garcom oantagônico"
.

Comosev ê,parael
e,aeducaçãoéum moment odoprocessodehumanização.Essa
tesej
áapareceraem seuspr i
meir
osescr
it
os,comooar ti
go"Papeldaeducaçãona
humani
zação",
publi
cado,em 1969,
nonº9darevi
staPazeTerra.

Poroutrolado,PauloFr
eire,comov imosem seumét odohi
stór
ico,t
em um modo
di
alét
ico de pensar
,não separando t
eor
ia e pr
áti
ca,como f
azi
am os posi
ti
vi
stas
cl
ássicos.Em suaobr
a,teori
a,métodoepr
áti
caformam um todo,
guiadopel
oprincí
pio
darelaçãoentreoconhecimentoeoconhecedor
,const
it
uindoportant
oumat eori
ado
conheciment
oeumaant r
opologi
anasquai
sosabertem um papelemanci
pador.

Suaobr aPedagogi adoopr imidocompl etariasuasconcepçõespedagógi casacer ca


dasdiferençasent r
eapedagogi adocoloni zadoreapedagogi adoopr imido.Nela,sua
óti
cadecl asseapar ecemai snit
idamente:apedagogi abur guesadocol onizadorseriaa
pedagogia" bancári
a" .A consciênci
ado opr i
mi do,di zel e,encontra-se"imersa"no
mundopr eparadopel oopressor;daíexi
st i
rumadual idadequeenv olv
eaconsci ênci
a
do opr i
mi do:de um l ado,essa ader ênci a ao opr essor ,essa " hospedagem"da
consciênciadodomi nador-seusv al
ores,suai deologia,seusi nter
esses-eomedode
serli
vr ee,deout ro,odesej oeanecessi dadedel i
ber tar
-se.Trava-se,assim,no
opri
mido,umal utainternaquepr eci
sadei xardeseri ndividualparaset r
ansfor
marem
l
utacol eti
v a:"ninguém l i
bert
ani nguém,ni nguém sel ibertasozinho:oshomensse
l
ibert
am em comunhão. "

Aparti
rdat esesobrear el
açãoent
reaeducaçãoeoprocessodehumani
zação,Paul
o
Frei
recaracter
izaduasconcepçõesopost
asdeeducação:aconcepção"
bancár
ia"ea
concepção"problemat
izadora"
.

Naconcepçãobancár ia(burguesa)
,oeducadoréoquesabeeoseducandos,osque
nãosabem;oeducadoréoquepensaeoseducandos,ospensados;oeducadoréo
quedi zapalav
raeoseducandos, osqueescutam docil
ment e;oeducadoréoqueopt a
epr escrev
esuaopçãoeoseducandos,osqueseguem apr escri
ção;oeducador
escolheoconteúdopr ogramát i
coeoseducandosj amaissãoouv i
dosnessaescolhae
seacomodam ael a;oeducadoridenti
fi
caaautor
idadefuncional,quelhecompete,
com
aaut ori
dadedosaber ,queseant agonizacom al i
berdadedoseducandos,poi sos
educandosdev em seadapt aràsdeter
minaçõesdoeducador ;e,fi
nalmente,
oeducador
éosuj ei
todopr ocesso,enquantooseducandossãomer osobj et
os.

Naconcepçãobancári
a,pr
edominam r
elaçõesnar
rador
as,di
sser
tador
as.Aeducação
t
orna-
seum atodedeposit
ar(comonosbancos);o"saber
"éumadoaçãodosquese
j
ulgam sábi
osaosquenadasabem.

Aeducaçãobancáriatem porf
inal
idademant eradivi
sãoentreosquesabem eosque
nãosabem,entreosoprimidoseopr essor
es.Elanegaadi al
ogi
cidade,aopassoquea
educaçãoproblemati
zadorafunda-sejustamentenar el
açãodialógi
co-di
alét
icaent
re
educadoreeducando;ambosaprendem juntos.

O diálogo é,port
anto,umaexigênci
aexi st
encial
,quepossibil
i
taacomuni cação e
permiteult
rapassaroimediat
amentev i
vi
do.Ultr
apassandosuas"sit
uações-
li
mi t
es"
,o
educador-
educandochegaumav isãotot
ali
zantedoprograma,dostemasgeradores,da
apreensãodascontradi
çõesatéaúlt
imaetapadodesenv ol
vi
mentodecadaest udo.

Box16
DIALÉTI
CAEDI
ÁLOGO
Paul oFr eir
e,ent r
elaçandot emascr ist
ãosemar xi
staser eferindo-seaBuber ,
HegeleMar x, Freireretomaar el
açãoor iginár i
aent redi
aléticaedi ál
ogoedef ine
aeducaçãocomoaexper iênci abasi cament edi alét
icadal ibertaçãohumanado
homem,quepodeserr eal i
zadaapenasem comum,nodi ál
ogocr í
ticoent re
educadoreeducando.Dest af orma,el ev incul adeum modof ecundoapr opr i
a
dialéticadeLi tt
,r ef
er i
daàr espect ivasi tuação educaci onalconcr etacom a
det erminaçãodi aléti
cadaeducaçãoem Kant ,comoexper i
ênciahi stór i
cada
totalidadedasoci edade.Aomesmot empo,namedi daem quepar ael et eor i
ae
prát i
cadaeducaçãosoment esãodet ermináv eisumaem r elaçãoaout ra, escapa
i
nt eirament e às abor dagens uni laterais,em que a educação é concebi da
l
inear ment ecomopr ocessoev olutivooupr ocessopr odutivo.Nest esent ido, para
Freire a educação se t orna um moment o da exper iência di al
ética t otalda
humani zação doshomens,com i gualpar tici
pação dialógi ca de educadore
educando.Aquisemani fest apori nteiroocar áterabsolutament edi alét i
coda
det erminaçãodaat i
vi
dadeeducat iva.Adi alét i
canãor esideapenas-comoem
Schl eier
macher - no desv elament o heur ísti
co e apor éti
co da si tuação
educaci onal,que exi ge do educador uma " ação cr i
ador a" pr ópr ia,mas
simul taneament e na i nclusão pr ática da at ivi
dade educat i
va na exper iência
cont inuada do t rabalho educaci onalcom os educandos;exper i
ênci a sendo
ent endidaporFr eirenãosoment ecomor ef inament odosmei oseducaci onais-
comoem Makar enko-mas,comoem Kant ,embor asem ser estringirael e,
enquant oot rabalho basi cament e dialógi co e necessar i
ament e comum de
educadoreeducandonal i
ber taçãohumanadohomem ( Wol fdietri
chSchmi ed-
Kowar zik,fi
lósof oalemão.I n:Pedagogi adi alética:deAr i
stót el
esaPaul oFr eire,
SãoPaul o,
Br asil
iense, 1983, pp.69- 70).

Parapôrem prát
icaodi ál
ogo,oeducadornãopodecol ocar-
senaposiçãoingênuade
quem sepret
endedetentordetodoosaber ;dev e,
antes,
colocar-
senaposi
çãohumi l
de
dequem sabequenãosabet udo,reconhecendoqueoanal f
abetonãoéum homem
"per
dido"
,for
adar eal
idade,masal guém quet em todaumaexper i
ênci
adev idaepor
i
ssot ambém éport
adordeum saber .

Num di álogocom Sér gi


oGui marães( Sobreeducação:di álogos,vol.2,p.77) ,Paulo
Frei
rer efere-seàcat egoriadiálogonãoapenascomomét odo,mascomoest rat
égia
parar espeitarosaberdoal unoquechegaàescol a,lembr andoum f atoqueocor reu
com el enaper if
eri
adeBel oHor i
zont e,numacomuni dadeecl esi
aldebase,quandoa
Secretari
a de Educação do Est ado al ir eali
zava uma ampl a consulta chamada
Congr esso Mi neiro de Educação." Nunca nos per guntam sobr e o que quer emos
aprender.Pel ocont rário,sempr edizem oqueagent edev eestudar",afi
rmouum dos
presentes.E Paul or etr
ucou:" o que é est udar?
"O adol escente que haviaf al
ado,
respondeu:" em pr i
mei rolugar,nãoseest udasónaescol a,masnodi a-di
adagent e".E
contouasegui nteest óri
a:"doishomensi am numacami onetacarregandof rut
as.De
reprentesedef rontaram com um at oleir
o.Oquedi rigi
apar ouacami oneta.Desceram
osdoi s.Tent ar
am conhecermel horasi tuação.Atravessaram oat ol
eiropisandodel eve
nochãosobal ama.Depoi
s,discut
ir
am um pouco.Junt
aram pedaçosdegalhossecos
epedrascom osquaisforr
aram ochão.Finalmenteatr
avessaram sem di
fi
cul
dadeo
at
olei
ro.Aquel
eshomensestudaram",di
sseel
e."Est
udaréissotambém" .

Aot er
mi nardecont araestór
ia,oadol
escenterevel
ouqueahaviali
doeest udadono
l
ivroA impor ânciadoat odel er(pp.66-67)
.PauloFrei
reahav i
aescr it
opar aum
cadernodeal fabet
izaçãodaRepúbli
caDemocr át
icadeSãoToméePr í
ncipe,em 1976,
paramost rarqueseapr endetambém for
adaescol aequeesseaprendizadodev eser
respei
tadoporel a.

Aparti
rdessafala,out
rospart
ici
pantescr
it
icar
am aescol
apornãochamaraat enção
par
a os di r
eit
os dos trabal
hadores.O i mpor
tant
e,conclui
u Paul
o Fr
eir
e,é a
comprovaçãodequeosal unos,quandochegam àescol
a,também t
êm oquedi zer
,e
nãoapenasoqueescut ar
.

Box17
PROJETOSI
M, SI
STEMANÃO
Mododepensardi
alét
icodeFr
eir
e

Freirenão éum aut orno qualsepossabuscari déiasf eiti


nhas,r espost as
prontaspar anossospr oblemas,comoasr ecei tasdecozi nha.El eéum aut or
avessoàsr espost aspr ontasebem ar rumadas.Seupensament oédi alético,e
como t al,at entoàr eali
dade,que é di nâmi ca,impr ev i
sível,mar cada pel a
contradição.Osi gnificadomai spr ofundodesuaobr aéodenosf ornecerpi stas,
l
inhasdepar ti
da, par aoscami nhosadescobr ir,naconst ruçãodof uturo.Cer t
as
ati
tudessãodi amet ralment eopost asaest aper spectiva.Qualéol ivr
opr incipal
deFr eir
e?Ondeéqueel eexpõemel horasuapedagogi a?Recebe- seai ndicação.
Lê-secom at ençãoPedagogi adoopr imido, Educaçãocomopr áticadal i
berdade,
ou ent ão Consci ent i
zação,e par te-
se com euf oria par a um pr ojeto de
alf
abet i
zaçãodeadul tosoudeeducaçãopopul ar.ComoFr ei
reéf ormidáv el!.
..
Nãoécer tament eum bom pont odepar tida.Seusescr i
tosr epr esentam um
desaf i
oànossar eflexãocr í
ti
ca,ànossacr i
at ivi
dade,eum apel oànossaação,
mai sdoquer espost aàsnossasi ndagações.Suaconcepçãodeumapedagogi a
aberta,f i
elàr eal
idadesempr et ãodi f
erent eecompl exadecadacomuni dade,
nãoper mi teumasi stemat izaçãodef ini
ti
v a.Fal andodePedagogi adoopr imidoo
autormesmocar act erizaest asíntesecomo" dialéti
caef enomenol ógica",dadaa
contradiçãodadual idadeexi stencialdaconsci ênci
aopr imida,edadual idade
estruturaldeumasoci edadedecl assesedeum mundoconst i
tuí
dodepot ênci as
i
mper i
alist
asepaí sesdependent es.Épori sso,segundoel e,que" épr eciso
desenv olverum t ipoder elaçãopr obl emat izador adasr elaçõeshomem- mundo" .

ApedagogiadeFrei
recaract
eri
za-secomoum pr oj
etodel i
bert
açãodosoprimidos.
Este pr
ojet
o é mar
cado portomadas de posi
ção fi
losóf
icas mui
to cl
aras e por
engaj
amentosbem def
ini
dos.O autorpr
opõeumamet odol
ogiadeação.Apar ti
rde
cadaexper iênci
aháum esf orçosér iodeel aboraçãot eórica,masj amaisapr eocupação
deconst r
uirum sistema.Osescr it
osdeFr ei
renãoconst it
uem umaobr asi st
emát i
ca,
masant esformulaçõescircunst anciaisepr ovisóriasdesuapr opostapedagógi ca.Eles
representam,porum l ado,uma t omada de di stância,no ní velda r efl
exão e da
teori
zação;eporout rol
ado,um r el
atoaosl eitores,esobr etudoàspessoasengaj adas
naaçãodel i
ber
tação.Taisescr i
tosr epresentam poi sumaocasi ãodedi álogoampl oe
fecundoent reoaut oremui taspessoasegr uposquesecompr omet er
am, comoel e,
na
construçãodeumapedagogi adosopr i
midos( Baldui
noAnt ônioAndr eola,fi
lósofoe
professornaUni versi
dadeFeder aldoRi o Gr andedo Suleaut orde Appor tdel a
pédagogi edePaul oFrei
reaudi aloguei nter
cultureleEmmanuelMouni eretPaul oFrei
r e,
tesespubl i
cadaspel aUniversit
éCat holi
quedeLouv ai
n,Louv ai
n-l
a-Neuve1985) .

3.Paul
oFr
eir
enocont
ext
odopensament
opedagógi
cocont
empor
âneo

O pensament
odePaul
oFr
eir
epodeserr
elaci
onadocom odemui
toseducador
es
cont
emporâneos.

Algunsocompar am aPi chon-Rivi


ère(AnaQui roga,ElprocesoeducativosegunPaul o
Frei
reyEnr i
quePichon-Ribière)
,psicólogonascidoem Genebr aequesemudoumui to
cedopar aoChacoar gentino,tendov iv
enciado,dessamanei ra,duascultur
asmui tos
dist
int
as.Essaexperiênciadot ou-odeum pensament oaberto,não-et
nocêntri
co,não-
autori
tár
io;
eembor ael eePaul oFr ei
resigam práti
casdifer
entes,ambost êm um ponto
em comum: buscam at ransformaçãoat ravésdaconsci ênci
acr í
ti
ca.

Outr
ost ent
am aproxi
marFreiredoeducadoramer i
canoTheodoreBrameld,apont
ando
em ambosumasi mil
ari
dadedeenf oque,porexemplo,aênf asenodi ál
ogoentre
educadore educando,a r elação ent
re pol
ít
ica e educação e a aquisi
ção de
conheci
ment ocomofatorsocial.

Háosqueest abelecem um par alel


oentreaobr adePaul oFrei
reeadeEnr i
queDussel ,
um dost eóri
cosdaTeol ogiadaLi bert
ação.SegundoJoséPedr oBouf leuer,professor
daUni ver
sidadedeI juí(Pedagogialatino-americana:Fr eir
eeDussel )"com basena
sit
uaçãoconcr et
adeopr essão,DusseleFr ei
rer eal
izam,porum l ado,adenúnci ada
ali
enaçãodesumani zadorae, poroutr
o,oanúnci odal i
ber dadeedi gnidadedohomem.
Ambososaut oresdest acam ai mpor tânci
ado papeldo pr óprio opr i
mido nal uta
l
ibertador
a.Exigem,par ai sso,queasl i
derançasr ev ol
ucionári
aseosmest r
esda
educaçãoassumam umapost uraconfianteedi al
ógicaem r el
açãoaopov oeaos
educandos.Dessa f orma,a r elação pedagógi ca torna-se a dialét
ica da r ecíproca
fecundaçãoentreeducadoreeducandos" .

Out
ros ai
nda o apr
oxi
man do educadorpolonêsJanuzKorczak(1878-1942)
,que
morr
eu com duzent
osalunosnumacâmar adegásnazi st
a,tor
nando-seexemplo
l
endár
iodeumapedagogiacent
radanoamor,naautogest
ãoenoanti
-aut
orit
ari
smo.

Outr
o grande educador,o soci
ali
sta pol
onês Bogdan Suchodol
ski(
1907-1992)
,
conf
essouquecompar t
il
hav
aasi déiasdeFrei
re.PauloFrei
retambém nut
ri
auma
admir
açãopessoalporel
eeochamav
acar
inhosament
edeo"
últ
imohumani
sta"do
sécul
o.

Box18
Car
tadoeducadorpol
onês
BOGDANSUCHODOLSKI

Car
osenhorFr
eir
e:

Suacar tamepr oporci


onouum enor meprazer
.Estouprofundamentetocado
pelointeressequededi caàsmi nhasobr
as.Lembro-memui tobem denosso
encontro,maspenso,sobr etudo,nasuaati
vi
dadeenasi déi
asquesãot ambém
asmi nhas.Feli
cito-
opel oretornoaseupaísedesejo-l
hemui t
obom trabalho.
Esperoquenosencont remosai nda,nãosomentenopl anodasi déi
as,mas
também pessoalment e.

Ficar
eimuit
of el
i
z em poderl
erseus l
i
vros e out
ros t
ext
os publ
i
cados
recent
ement
e.

Quei
raacei
taraexpr
essãodemeussent
iment
ospessoai
sedeami
zade.

BogdanSuchol
dol
ski

Var
sov
ie,
0/12/
83

RecebendodaUniver
sidadedeGenebr a,em 1979,ograudedoutorhonori
scausaem
Ciênci
asdaEducação,PauloFrei
refoicompar adoaEdouardClapar
ède,f
undador,em
1912,do famoso Insti
tutJean-Jacques Rousseau de Ciênci
as da Educação,e
comparadotambém aPi er
reBovetque,comoel es,acr
edi
tounopapelpol
ít
icodeuma
educaçãoparaapaz.

Encont ramost ambém gr andeaf ini


dadeentrePaul
oFr ei
reeor evolucionári
oeducador
francês Célest i
n Freinet( 1896-1966),na medida em que ambos acr edit
am na
capaci dade de o aluno or ganizarsua própri
a aprendizagem.Fr einetdeu enor me
i
mpor tânci
aaoquechamoude" textoli
vre"
.ComoPaul oFreire,uti
li
zav a-sedochamado
mét odogl obaldeal fabeti
zação,associandoal ei
turadapal avraàl eituradomundo.
Insisti
ananecessi dade, t
antodacr iançaquantodoadulto,del erot extoentendendo-o.
ComoPaul oFr eir
e,preocupou-secom aeducaçãodascl assespopul ares.Seumét odo
det rabalhoincluí
aai mpr ensa,odesenhol iv
re,odiál
ogoeocont atocom ar eali
dade
doal uno.

Embor
aPaul
oFr
eir
enãodef
endaopr
incí
piodanão-
dir
eti
vi
dadenaeducação,
comof
az
opsicot
erapeutaCarlRogers(1912-
1987),nãor estadúvidadequeexi stem muit
os
pont
oscomunsnaspedagogi asqueelesdefendem,sobr etudonoquedi zrespei
toà
l
iber
dadedeexpr essãoi
ndiv
idual,
àcrençanapossi bil
i
dadedeoshomensr esol
ver
em,
el
esprópri
os,seusprobl
emas,desdequemot i
vadosi nt
eri
ormentepar
aisso.

Box19
LEMBRAVAUM ROGERI
ANO

PauloFrei
rereconheceutersidoaEscoladeSer viçoSocialdePer nambucoum
dos"pólosdei nf
luênci
a"deseupensament opedagógicoesoci al.AEscolade
Servi
çoSocialnãoer aapenasumai nst
it
uiçãoformaldeensi no.Domi navaali
umaci osadefesadepr i
ncípi
osev al
ores,própri
osdadout ri
nasoci aldaIgrej
a,
aomesmot empoem quecont av
aem sual ider
ançacom espí r
itosabertosao
di
álogo,aexemplodeLour desMoraes,HebeGonçal veseDoloresCoelho.

Desde o i nícioi dent ifi


queiPaul o Fr eir
e como um pr of
essordi ferente:um
educador .Sem dúv ida,àquel aalt
ur a,nãol heer af amil
iaropensament odeCar l
Roger s.Noent anto,suacondut anasal adeaul alembr avaadeum " r oger i
ano" ,à
medi daem queest av amui tomai scent radoem cadaum dosal unos,como
pessoas, doquesobr eoscont eúdos" ensinados" .Nãoquer enunciasseaopapel
de pr of esor ,desacr editasse no v alorda f unção docent e no pr ocesso da
aprendi zagem. Que acei t
asse a posi ção quase passi va de
"faci
li
tador "descompr omet i
do.Noent ant o,educador ,compreendi aaest eri
lidade,
comogost avadedi zer,dos" euj ál hemost rocom quem est áfal ando" ,das
atit
udes pat er nal
istas tanto quant o das aut oritári
as,do est abeleci ment o de
l
inhasdemar cador asent rea" sabedor ia"domest reea" i
gnor ância"doal uno.
Valorizav aai nter
medi açãodopr ofessornopr ocessodaapr endizagem.Mas-
assimv ej ooPaul oFr eir
edosanos50- ,nãoi gnor avaacompl exidadedoat ode
aprender ,suar eduçãoaumaexper i
ênciapessoale,nof undo,i ntransf erí
vel
(PauloRosas,Comov ej
oPaul oFr eire,Reci fe,Secr etar
iadeEducação,Cul turae
Espor te, 1991, pp.9-10.Paul oRosasf oicol egadePaul oFreiredesdeoi nícioda
suacar reira).

ParaRoger s,assi m comopar aPaul oFreir


e,ar esponsabil
idadedaeducaçãoest áno
própri
oest udant e,possuidordasf orçasdecr escimentoeaut o-
aval
iação.Aeducação
deveest arcentradanel e,em vezdecent rar
-senopr ofessorounoensi no;oal
unodeve
sersenhordesuapr ópri
aaprendi zagem.Eaaul anãoéomoment oem quesedev e
despejarconheci ment osnoal uno,nem aspr ov aseexamessãoosi nstr
umentosque
permiti
rãov eri
ficarseoconheci ment ocontinuanacabeçadoal unoeseest eoguarda
doj ei
toqueopr ofessoroensi nou.Aeducaçãodev eterumav i
sãodoal unocomo
pessoai nt
eira,com sent i
mentoseemoções.

Em seul
i
vro,Lacuest
iónescol
ar(
pp.519-
592)
,JesúsPal
áci
osapr
oxi
maPaul
oFr
eir
e,
Ivan I l
li
ch e Ev eretRei mer ,aut orde A escol a est á mor ta,si t
uando- os como
represent antesdanov apedagogi adaAmér i
caLatina,dospaí sesdoTer ceir
oMundoe
dassoci edadescol onizadas.Di stinguePaul oFr eir
edeI ll
ich,embor ai dent i
fi
queas
posi çõesdeI l
li
chedeRei mer .Vênessesaut oresumat entati
vadesuper açãodo
conf lit
o ent reaescol atradici
onaleaescol anov a,no quechamade" superação
i
nt egr ador a".SegundoPal ácios,essaper specti
vaseencont r
ai gualment enaeducador a
sov i
ét ica Kr upskaia.Quase com as mesmas pal avras de Paul o Fr eir
e,Kr upskai
a
denunci av a,nocomeçodosécul o,aescol aneut r
a,bur ocráti
ca,def ensor adeuma
educaçãonecr ófil
a,af i
rmandoanecessi dadedeumaeducaçãobi ófila,istoé,uma
educaçãoquef or
mepar aav ida,enãopar aamor teeadoença.Pal áciosconst ataque
amai ori
adoseducador esquesol ici
tam licençapordoença,pr incipal
ment ement al

const i
tuídaporpr ofessoresqueseut ili
zam demét odosaut ori
tári
os.Acei tando a
fi
losof i
aeducaci onaldePaul oFr eire,eleconcl ui
:acr i
sedaescol asóencont raum
cami nhodesuper açãonapassagem dacr ít
icaàpráxist r
ansformador a.Ot r
abal hopara
at ransf ormaçãodaescol aseráum t rabalhodeSí sifo,senãof oracompanhadopel o
trabal hodet ransformaçãodasoci edade.

Desdeat esedeconcur sopar aacadei radeHi stóriaeFi losof i


adaEducaçãoda
Uni ver
sidadedePer nambuco,Paul oFreir
ef azref erênciasaJohnDewey( 1859- 1952),
citando-lhe a obr a Democr aci
a e educação,publ i
cada no Br asilem 1936.Essa
referêncianãopodi adei xardeex i
sti
r,poisPaul oFr ei
r eer aum gr andeadmi radorda
pedagogi adeAní si
oTei xeir
a( 1900-1971),dequem seconsi deradi scípuloecom oqual
concor dav a na denúnci a do excessivo cent r
alismo,l igado ao aut ori
tar
ismo e ao
elit
ismodaeducaçãobr asi
leir
a.FoiAní si
oTei xeiraquem i ntroduzi uopensament ode
Dewey no Br asi
l.Como John Dewey e Aní sio Tei xeira,Paul o Fr ei
rei nsiste no
conheci ment odav idadacomuni dadelocal.Oquesechamahoj edepesqui sadomei o
dev eri
a serf eito peloseducandoscom a col abor ação do pr ofessor .Paul o Freir
e
freqüentement edi zquenãosepodeensi narmat emát ica,biologiaouci ênciasnat urai
s
sem sepesqui saromei o.

Masencont
ramosumadi fer
ençananoçãodecul t
ura.Em Dewey,elaésimpli
fi
cada,
poi
snãoenv ol
veapr
oblemáti
casoci
al,r
acialeét
nica,aopassoque,em Paul
oFrei
re,
el
aadqui
reumaconotaçãoantr
opol
ógi
ca,jáqueaaçãoeducat i
vaésempresit
uadana
cul
tur
adoaluno.

Oqueapedagogi adePauloFr ei
reaprov ei
tadopensament odeJohnDeweyéai déia
de" aprenderfazendo"
,otrabalhocooper ati
vo,arel
açãoentr
eteori
aepr át
ica,ométodo
deini ci
arotrabalhoeducati
vopelafala( l
inguagem)dosalunos.Mas,paraPauloFr
eire,
asf inali
dadesdaeducaçãosãoout ras:sobumaót i
cali
bert
adora,aeducaçãodev e
l
igar-seàmudançaest r
uturaldasoci edadeopr essi
va,emboraelanãoal canceesse
objetivoimediatamentee,muitomenos, sozinha.

Estudosrecent
es,comoosdeVer aJohn-Steiner
,most r
am asemelhançadepont osde
vi
stadePaul oFrei
reeLevVygotsky(1896-1934)noquedi zrespei
toàimportânciada
abordagem int
eraci
oni
sta na al
fabet
ização.Só r ecentement
e Paulo Fr
eir
et omou
conhecimentodaobradessegrandeeducadorel ingüi
stasovi
éti
co,cuj
apri
ncipalobra,
Li
nguagem epensament
o,éde1931.

LogoapósaRev oluçãoRussa,em 1917,Vy got


skyv i
sit
ouaszonasr urai
sef az endas
coletivas,v eri
fi
candodi fer ençasent reascomuni dadesquet inham passadoporum
processodeal fabetizaçãoeaquel asquenãot i
nham exper i
ênci aseducacionais.Fi cou
i
mpr essionadocom adi versidadedeat it
udeent r
eosi ndivíduosai ndaintocadospel as
transfor maçõesem pr ocesso eaquel esque,como r esultado de exper i
ênci asem
fazendas col et
ivas e cur sos de al f
abetização,estavam j á se t r
ansformando em
"sujeit
os" ,no sent ido de Paul o Fr eir
e.As pessoas que não t inham exper i
ências
educaci onai s e soci ai
sr ecentes r elutavam cont r
a o di álogo e a par ti
cipação em
discussões como pessoas cr í
ticas.Quando conv idadas a f azerper gunt as aos
visi
tant essobr eav idaal ém dav i
la,r espondiam:"nãopossoi maginarsobr eoque
pergunt ar..
.paraper gunt arv ocêt em det erconheciment oenóssósabemosl imparos
camposdaser vasdani nhas" .

Oscamponesesquet inham part


ici
padodoprocessotr
ansf
ormadordarevol
ução,no
ent
anto,t
inham muitaspergunt
as:"comopodemosterumavidamelhor
?Porqueav i
da
dooperár
ioémel hordoqueav idadocamponês?".

Esset i
podemudançat em si
doobser vadoem v ár
ioscont
extosondeopov ocomeçou
atransformarsuar eali
dadesocio-
li
ngüísti
ca.Quandoopov oseconv encedequepode
mudarsuapr ópriar
eali
dadesocialedequenãoest ámaisisol
ado,começaapartici
par
.
Ini
cialmenteatravésdodiscursooral,sent
indologoanecessidadedeexpressar
-sepor
escrit
o.Odi scursooralétãoimportantenaal f
abeti
zaçãodeadult
osquedel edepende
oêxi t
oouof r
acassodopr ocessocomoum t odo.

Ateoriadaescrit
adeVy gotskycontém umadescr i
çãodospr ocessosint
ernosque
car
acteri
zam aproduçãodaspalav
rasescri
tas.Dizel
equeaf ontementalderecursos
daescri
taéo"discur
soint
erno",
queev ol
uiapart
irdodiscur
soegocentr
adodacr i
ança.

Vygotsky r
econhece que,em t odos os discursos humanos,o i ndi

duo muda e
desenvol
ve o discurso i
nterno com a idade e a exper i
ênci
a.A l i
nguagem é tão
extr
aordi
nari
ament ei mportante na sof
ist
icação cogniti
va crescent
e das cr
ianças
quantonoaument odesuaaf eti
vi
dadesocial,poisalinguagem éomei opeloquala
cri
ançaeosadul tossist
emat i
zam suaspercepções.

Atr
avésdaspalavr
as,ossereshumanosformulam general
izações,abstraçõeseoutr
as
for
masdopensar .Assim,aspal av
rascont
idasnaf rase"af r
ágilpontesobr eaqual
nossospensamentosdevem v i
ajar
"sãodeterminadassocialehi stor
icamentee,em
conseqüênci
a,f
ormadas,l
imitadasouexpandidasatravésdaexper iênciaindi
vi
duale
col
etiv
a.

Embor a Vygot
skye Frei
retenham viv
ido em tempos e hemi sféri
os di
fer
ent
es,a
abordagem deambosenfati
zaaspect
osf undamentai
s,rel
ati
vosamudançassoci ai
se
educacionai
squeseint
erpenet
ram.EnquantoVygotskyenfocaadi nâmicapsi
col
ógi
ca,
Frei
reseconcentranodesenvolvi
mentodeest r
atégiaspedagógicasenaanál i
seda
l
inguagem.Com respeit
oàt r
ansf
ormaçãododiscur
soint
ernoem di
scur
soescrito,as
propostasdeambospodem serpoder osasfer
rament
asnãoapenasem pr ogramas
básicosdealf
abet
ização,mastambém napr
ogramaçãodehabi
li
dadesdeescri
tamai s
avançadas.

Em épocasel ugaresdi
fer
entes,ambosperceber
am anecessi
dadedeassoci
ara
conqui
stadapalavr
aàconquistadahi
stór
ia.

Aidéi
adeapr endercom apr ópriapr át
icaencontr
a-setambém em AntonSemi ónov
itch
Makarenko(1888-1939),cuj
aexper iênciaeducat
ivasedesenvolveunasdécadasde20
e30,com adireçãodeinstit
uiçõeseducaci onai
s"corr
etiv
as"
,apr i
meir
adelas,aColônia
Górki
,desti
nadaacr i
ançasej ovensabandonados.Ahumi ldade,asimpli
cidadeeo
ot
imismosãot ambém car act
erísti
cascomunsaosdoi seducadores.

Exi
steai
ndar el
açãoentreasteor i
asdePaul oFrei
reeasdePi st
rak,com suai déi
ade
aut
o-or
ganizaçãodascri
ançasnaescol aeai déi
adoengajamentoedaanál isesociale
pol
ít
icadar eal
idadecomocont eúdoescolar
.Ai déi
adePi st
rakdapar ti
cipaçãodos
est
udantesna" assembl
éiageral"ébem próximadaidéi
adesenv ol
vidamaist ardepor
Paul
oFreir
eem r el
açãoàparti
cipaçãodoseducandosnocírcul
odecul t
ura.

4.Aexper
iênci
adePaul
oFr
eir
enaPr
efei
tur
adeSãoPaul
o

Mui t
osser i
am osexempl osdeseupensament oquepoder í
amoscitar
,mostr
ando,
sobretudo,aestr
eit
acoer ênci
aent
reteori
aepr át
ica.Tomemosapenasum,omai s
recente:o de sua prát
ica como admini
str
adorpúblico (
1989-
1991)à f
rent
e da
Secretari
aMunici
paldeEducaçãodeSãoPaulo.

Em 15 de nov embro de 1988 o Parti


do dos Tr abal
hador
es ganhou as elei
ções
munici
paisdeSãoPaul o.PauloFrei
ref oiescol
hidocomoSecr et
ári
odeeducação,
assumindoocar godi
a1dej aneir
ode1989.Um par tidopopul
arassumia,
pelaprimei
ra
veznasuahi st
ór i
a,amaisimportant
ecidadedopaí s,t
endoàf r
enteapr ef
eit
aLuiza
Erundi
na,pr
ofessoraeassist
entesoci
al.

Paraosqueconheci am deper toPaul oFr ei


re,nãof oisur pr
esaasuacapaci dade
admi ni
str
ativa.Osegr edodel ef oisabergov ernardef or
mademocr áti
ca.Nosquase
doisanosemei oàf r
entedaSecr etari
adaeducação, eleconseguiucri
arumaequi pede
cincoouseisauxi l
i
aresquepodi am t r
abalharcom mui taautonomiaepodi am substi
tuí-
l
oem qual queremer gência.Existiaapenasumar euniãosemanalem quesedi scuti
am
asl i
nhasger aisdapol ít
icadaSecr etar
ia.Sef ossenecessário,novosr umoser am
tomados.Paul oFreir
edef endiaar dorosament esuasopi niões,massabi atr
abalharem
equipe,muitolongedoespont aneísmodequehav i
asidoacusado.Eletinhaautori
dade,
masexer cia-adef ormademocr ática.Enfrentavasituaçõesconf l
it
uosascom mui ta
paciênci
a.Diziaqueot r
abalhodemudançanaeducaçãoexi giapaciênciahistóri
ca
porqueaeducaçãoéum pr ocessoal ongoprazo.

Encont
rou uma Secr
etar
ia esv
azi
ada pedagogi
cament
eef
isi
cament
e em r
uínas.
Afir
mouem 19def everei
rode89aoj ornalLeia(In:Aeducaçãonacidade,p.22):"
se
não apenasconst r
uirmosmaissal asdeaul amast ambém asmant i
vermosbem
cuidadas,zel
adas,
li
mpas, al
egr
es,boni
tas,cedoout ar
deaprópri
abonitezadoespaço
requerout r
a boni
teza:a do ensi
no compet ente,a da alegr
ia de aprender
,a da
i
magi naçãocri
adoratendoli
ber
dadedeexer ci
tar-
se,adaaventur
adecr i
ar".

Box20
AOSQUEFAZEM AEDUCAÇÃOCONOSCOEM SÃOPAULO

Assim queaceiteioconv i
tequemef ezaprefei
taLui zaErundi
napar
aassumi ra
Secretar
ia de Educação da cidade de São Paulo penseiem escreveraos
educadores,t
ãoassi duamentequantopossív
el,cartasinformai
squepudessem
provocarum di álogo ent
renóssobr equestõespr ópr
iasdenossaat i
v i
dade
educativ
a.Nãoquet i
vesseem ment esubstit
uircom ascar t
asosencontros
di
retosquepr etendoreali
zarcom vocês,maspor quepensav aem t
ernelasum
meioamai sdev i
veracomunicaçãonecessár
iaent r
enós.

Penseit
ambém queascartasnãodever
iam serescr
it
assópormi m.Educadoras
eeducadoresout
rosser
iam convi
dadosapar t
ici
pardestaexperi
ênci
aquepode
const
it
uir
-senum momentoimport
antedaformaçãoper manentedoeducador
.

Of undamentalé que as car


tasnão sejam apenas r
ecebi
dase l
i
das,mas
di
scuti
das,estudadase,
semprequepossív
el,r
espondi
das.

Hojetenhoasat
isfaçãodefazerchegaràsmãosdoseducador esdenossarede
um primei
rot
extoredigi
doporequipedesteGabi
nete-"
ConstruindoaEducação
Públi
caPopul
ar"-textoem quesef aum poucodeal
al gunspont oscent
rai
sdo
tr
abalhocomum aserr eal
izadopornós-et ambém ot extodoRegi mento
Comum dasEscolasparadiscussãoedebatesem t
odaarede.

Fr
ater
nal
ment
e

PAULOREGLUSNEVESFREI
RE

SãoPaul
o,19dej
anei
rode1989

Quai
sasmudançasestruturai
smai si
mpor
tant
esi
ntr
oduzi
dasnasescol
asdar
ede
muni
cipal
deensi
noporPauloFrei
re?

Éelemesmoquem r espondeeuseul i
vrosobr easuaexper
iênci
aàfr
ent edaSecretar
ia:
"asmudançasestrutur
aismai simport
ant esint
roduzi
dasnaescol
ai ncidi
ram sobrea
autonomiadaescola".Foram rest
abelecidososconselhosdeescol aeosgr êmios
estudant
is.Noent
anto,conti
nuaPauloFr eir
e"oavançomaioraoní
veldaaut onomiada
escol
af oiodepermit
irnoseiodaescolaagestaçãodeproj
etospedagógi
cosprópri
os
que com apoio da administ
ração pudessem acel
erara mudança da escola"(A
educaçãonacidade,
pp.79-80).

O primeiroat odePaul oFr ei


renaSecretari
af oirestauraroRegi mentoComum das
EscolasMuni ci
pais,abol
idopel oPref
eit
oant eiorpor queoj ulgavaexcessivamente
democr áti
co,pr evendoConsel hosdeEscolacom car áterdel
iberat
ivo.Aocont r
ário,
desdeoi níciodeseust r
abalhosem Reci
fe,noiníci
odadécadade60, PauloFrei
redava
grandei mpor t
ânciaaosConsel hosdeEscolas,-naépocachamadosde" Cír
cul
osde
PaisePr ofessores"-comoi nstr
ument
osdepar tici
paçãodacomuni dade.Porisso
i
nv est
iumui tonasuai mplantação.

Box21
CÍRCULOSDEPAI SEPROFESSORES
PauloFr
eir
e(1957)

Noscí r
culos,amedi daqueospai ssev ãointeir
andodospr obl emasdaescol a,
dassuasdi fi
culdades-ocompor tament oéi mpr escindí velaum t rabalhocom -
deveaescol acomeçaraconv i
dá- l
osaf azerv i
sitasasuasdependênci asem
períodosdeat i
vidades.Most randoael escomoé" nav i
da"di ária,tendosempr e
em v i
staai dent if
icaçãodopaicom ospr oblemasedi fi
culdadesdaescol a.
Nest esent i
doéqueosCí rculosdePai sePr ofessor esnãopodem quedar -
se
teóricoseacadêmi cos.Pori ssoéqueel est êm de,pel odebat e,levarogr upo
dospai sàcr íti
caeàanál i
sedospr oblemasescol ares, dando- l
hescondi çõesde
mudançadeant igoshábi t
osem hábi t
osnov os.Hábi tosant i
gosdepassi vi
dade
em hábi t
osnov osdepar ti
cipação.Hábi t
osant igosde" afi
lhado"const anteà
procur ade" bonspadr inhos"quer esolvam seuspr obl emast odos,eàsv ezes
também debonscompadr esdi antedequem sãoaf il
hados, em hábi tosnov osde
i
nger ênciaer esponsabi li
dade.Nãoset r
ata,nav erdade, desechamarohomem
i
nexper ienteeabr uptament eent regaradi r
eçãodosnegóci osdaescol a,que
estat em suadi reção.Mesmopor quei ngerêncianãoépr opri
ament eger ência.É
i
nfer ência,i
ntervenção.Nopr ocessodei ngerênciaohomem i nt erv
ém,par t
icipa,
colabora.Par t
icipando,i ntervindo,col abor ando o homem const roe nov as
ati
tudes,mudaout ras,elaboraer eelaboraexper i
ênci as,educa- se( Transcri
tode
um t extomimeogr afadodePaul oFr eir
ede1957) .

Parail
ustr
aressepr ocessodemudançaest r
utur
alv
ouapr esent
art
rêsexempl
os:o
progr
amadef or
maçãoper manente,opr
ogr
amadealfabet
izaçãodejov
enseadult
os
eapráti
cadainter
discipl
inar
idade.

1ºOpr
ogr
amadef
ormaçãoper
manent
edopr
ofessor

Desde o i
níci
o da admi
nist
ração,Paul
o Fr
eir
ei nsi
sti
a que est
ava pr
ofundament
e
empenhadonaquest ãodaformaçãopermanentedoseducadores.Seuprogramade
for
maçãodomagi stér
iof
oior
ient
adopel
ossegui
ntespr
incí
pioseei
xosbási A
cos(
educaçãonaci
dade,
p.80)
:

1ºoeducadoréosujei
todasuapr
áti
ca,cumpr
indoael
ecr
iá-
laer
ecr
iá-
laat
rav
ésda
ref
lexãosobr
eoseucot
idi
ano.

2ºaformaçãodoeducadordev
eserper
manent
eesi
stemat
izada,por
queapr
áti
case
fazer
efaz.

3ºapráti
capedagógi
carequeracompreensãodapr
ópr
iagênesedoconheci
ment
o,ou
sej
a,decomosedáopr ocessodeconhecer.

4º o progr
ama de for
mação dos educador
es é condi
ção par
a o pr
ocesso de
reor
ient
açãocur
ri
cul
ardaescol
a.

Essepr
ogr
amadef
ormaçãodoseducador
est
evecomoei
xosbási
cos:

1ºaf
isi
onomi
adaescol
aquesequer
,enquant
ohor
izont
edapr
opost
apedagógi
ca;

2ºa necessi
dade de supr
irel
ement
os de f
ormação bási
ca aos educador
es nas
di
fer
ent
esáreasdoconheciment
ohumano;

3ºaapropr
iação,peloseducador
es,dosav
ançosci
entí
fi
cosdoconheci
ment
ohumano
quepossam cont
ribuirpar
aaquali
dadedaescol
aquesequer
.

Com esseprogr
amaPauloFrei
requer
iafor
marprofessor
esparaumanov
apost
ura
pedagógi
ca,
consi
der
andosobr
etudoat
radi
çãoaut
ori
tári
abrasi
l
eir
a.

OBr asilnasceuautor i
tár
io.Tem 500anosdet r
adi
çãoaut or
it
ári
a.Porissonãosepode
esperarqueem poucosanosi ssosejasuperado.PorissoPauloFreir
epôsàpr ovaa
sua conheci da paciênci
a pedagógica,com decisão polí
ti
ca,compet ênci
atécni
ca,
amor osidadeesobr etudocom oexer cí
ciodademocracia.Acaboutendoenormeêxit
o
nessasuat ar
efa.

Af ormaçãodoeducadorultrapassa,t
ranscende,oscur
sosexpli
cati
vosteóri
cosem
tornodademocracia.A for
maçãosedáat ravésdaprát
ica,darealpart
ici
pação.A
práti
cadademocraciav
alemui t
omai sdoqueum cursosobredemocraci
a.

Box22
ÀLUIZAERUNDINA
Def
endendoosalár
iodospr
ofessor
es

Pr
ezadaEr
undi
na:

Seháal
goquenãopr
eci
samosf
azer
,vocêeeu,
étent
arconv
encer
,vocêami
m,
euav ocê,dequeéur gent e,entreem seusnúmer osdemudançasnest epaís,
mudaraescol apúbl i
ca,mel horá-la,democr at
izá-l
a,superarseuaut ori
tari
smo,
vencerseuel it
ismo.Est eénof undo,seusonho,meusonho,nossosonho.A
mat eri
ali
zaçãodel eenv ol
ve, deum l adoor esgatedeumadí vi
dahistóri
cacom o
magi stér
io,dequesal ári
osmenosi mor aissãoumadi mensãof undament al
,de
outro,amel hori
adecondi çõesdet rabalho,indispensávei
sàmat eri
ali
zaçãodo
própriosonho.Sut reestascondi ções, apossi bil
idadedet r
abalhocoleti
vopar aa
efet
ivaçãodar eorient
açãocur r
iculareaf ormaçãoper manent edoseducador es
edaseducador as,oquenãosepoder ealizaranãosermudando- setambém o
queseent endehoj eporjornadadet rabalhonasescol as.

Sehámui t
oestoucertoeabsol
utamenteconv
encidohojedeque, sónamedi da
em queexper imentar
mospr of
undamenteat ensão entr
ea" i
nsanidade"ea
sanidade, em nossa pr át
ica polí
ti
ca, de que r esul
ta nos t ornar
mos
autenti
camentesãoséquenosf ar
emoscapazesdesepar ardifi
culdadessó
aparentemente i
ntensas possí
veis que nos apresentam na busca da
concreti
zaçãodenossossonhos.

Naverdade,queri
daErundi
na,éissooquevocêvem sendoeéissooquev ocê
vem f
azendoaol ongodesuav i
dademi l
i
tant
e,amorosadaver
dade,def
ensora
dosofendi
dos,entr
eguesempreàbonit
ezadoi
dadeser v
ir.

Otextoquesesegue,depr
oduçãocol
eti
va,amorosament
emil
itant
etambém,é
umaespéciedegrit
omanso,deapelo,em buscadaconcret
izaçãodenosso
sonhos.

Doami
go

Paul
oFr
eir
e

SãoPaul
o,j
ulhode1990

2ºOpr
ogr
amadeal
fabet
izaçãodej
ovenseadul
tos

Al
ém doi
ntensoprogramadef ormaçãodoeducador,Paul
oFrei
redeuiní
cioaum
movi
ment
odealfabet
izaçãoem par
cer
iacom osmovi
mentospopul
ares.

Antesmesmodeassumi raSecr etr


ari
adeeducação,Paul oFreir
et inhaai nt ençãode
sugeri
rànov aPrefei
taum pr
ojet
odeal fabeti
zação.Convidado,pr opôsimedi atamente
um projetoquesechamar iaMOVA- SP(Mov i
ment odeAl f
abetizaçãodaCi dadedeSão
Paulo),ini
cial
mentesobacoor denação dePedr o Pont
ual,estruturadoem est r
eit
a
col
abor açãocom osMov imentossociai
sepopul aresdacapitalquecr i
aram, paraisso,
o"Fórum dosmov iment
ospopul ar
esdeal fabet
izaçãodeadul t
osdaci dadedeSão
Paulo"(Moaci rGadott
ieJoséE.Romão( or
gs),Educaçãodej ovenseadul tos:teori
a,
pr
áti
caepr
opost
a,pp.85-
90)
.

Box23
RECADODEPAULOFREI
RE
AOMOVA-SP

Sómui t
odi fi
cil
mentepoderi
anegaraal egri
a,mesmobem compor tada,que
si
ntohoje,comoSecretári
odeEducaçãodaCi dadedeSãoPaul o,enquantoum
entr
eosquepensam ef az
em oMOVA- SP.Aalegri
adeserum dosquepensam
efazem oMOVAt ant
osanosdepoisdehav ercoordenadooPlanoNaci onalde
Alf
abet
izaçãodoMEC,em 1963equeogol pedeEst adofr
ust
rouem começos
de64.

Sabemos,oseducador eseeducadorasquef azemosoMOVA- SP,daseri


edade
queum pr ogramacomoest eexigedequem del epart
ici
pa,nãoimport
aoní vel
desuar esponsabi l
i
dade.Sabemosdacompet ênci
a,sempreprovando-
se,aser
posta a serviço do progr
ama;sabemos também que um Pr ograma assi
m,
demandacl arezapolít
icadetodosnel
eengajadosev ontadepol
ít
icadequem se
achaaoní vel
dedeci são.

Aadmi nist
raçãopopulardemocr át
icadeLui
zaEr undi
nat em av ontadepolíti
ca
i
ndispensávelàmar chadoMOVA- SP.Nósgarant
iremosonossoempenhopar a
fazerascoisascer t
as,respei
tandosoMov imentosSoci ai
sPopul arescom os
quais tr
abalharemos e buscando o apoi o conscientemente cr í
ti
co dos
alf
abeti
zandos,sem oqualf r
acassaremos(
PauloFr ei
re,Secret
ári
oMuni cipalde
Educação,outubrode1989).

ASecretari
adeEducação,at r
av ésdeconv ênioscom asent idadesintegrantes
desteFórum,ofereci
aosr ecursosf i
nanceiroset écnicos.CabiaaoFór um,j unto
com aSecretari
a,defi
niroscrit
ér i
osparacel ebraçãodeConv êniosnosquai sas
enti
dades conveniadas se responsabil
izav am pel a cri
ação dos núcl eos de
al
fabeti
zação, locação de sal as, mat erial didáti
co e pagament o aos
al
fabeti
zadoresesuperv i
sor
es.

Essepr oj
eto,i
nici
adoef eti
vamenteem janeir
ode90, tevegrander
eper
cussãotantona
ci
dadedeSãoPaul ocomoem out r
osEst ados,pelapr opostadefor
tal
eci
ment odos
moviment ospopulares.Foium dosrarosexempl osdepar ceri
aent
reasoci
edadecivil
e
oEst ado.Éev i
dentequenessasci r
cunstânciasar elaçãonãoésempr eharmoniosa.
El
aéper passadaport ensões.Masessaéacondi çãonecessár
iaparaum trabal
ho
pari
tári
oent r
eoEst adoeosmov imentospopul ar
es.

OMOVA-SPnãoi
mpôsumaúni caori
ent
açãomet
odol
ógicaou,
comosecostumadi zer
,
o"Mét
odo Paul
o Fr
eir
e".Pr
ocurou-
se mant
ero pl
urali
smo,só não se acei
tando
mét
odospedagógi
cosant
i-
cient
íf
icosef
il
osóf
icosaut
ori
tár
iosour
aci
stas.

Mesmosem i mpornenhumamet odol


ogi
a,f or
am sust entadososprincí
piospol
ít
ico-
pedagógicosdat eori
aeducacionaldePaul o Fr
eire,sinteti
zadosnumaconcepção
l
ibert
adoradeeducação, ev
idenci
andoopapeldaeducaçãonaconst ruçãodeum novo
proj
etohistór
ico,
at eori
adoconhecimentoquepar t
edapr áti
caconcr
etanaconstr
ução
do saber ,o educando como suj ei
to do conheci ment o e a compreensão da
al
fabeti
zação não apenas como um pr ocesso l
ógico,i ntel
ect
ual,mas também
prof
undament eafeti
voesoci al
.

Para que um mov imento de al


fabeti
zação se consti
tua num esforço coleti
vo,é
necessárioqueaexper
iênci
asejaaf ont
epr i
mordialdoconheciment
o.Docont rári
o,el
a
sereduzapenasaum conheci mentointel
ectualquenãol evaàf ormaçãocr ít
icada
consciênciaenem aofort
aleci
mentodopoderpopul ar
,ist
oé,nãol ev
aàcr iaçãoeao
desenvolvi
mentodasorgani
zaçõespopulares.

Oquef oifei
tonãoseconfundecom ascampanhasdeal f
abeti
zação.Asexperiênci
as
fr
acassadasdemui t
ascampanhasdealfabeti
zaçãonaAmér i
caLati
na,e,em parti
cul
ar,
no Brasil
,noslevou a ev
itarat
é a palavr
a" campanha"
,acentuando o caráterde
conti
nuidadeedepermanênciadomovimentoquedesejamosconstrui
r.

O quemai sinteressavaaosseusi deali


zadoreseaosmov i
ment ospopul aresque
sustentaram opr ojetoMOVA- SPer aqueot r
abal hot ivessecont inuidadecomopar t
e
i
ntegr ant
edosi st
emamuni cipaldeeducação.Masi ssonãoocor reu.Em 1993uma
novaadmi ni
straçãoassumi uaSecr etari
aMuni cipaldeEducaçãoquei nt
errompeuo
mov imento.Onov oSecr etári
odeEducaçãodecl aroudi a20demai ode1993aoj ornal
FolhadeSãoPaul o:"osv aloresdeles-daadmi ni
st raçãodoPT-nãosãoosv aloresque
nósquer emospar aaeducaçãodosal unos".Dia13deabr i
lde1993um pr ot estocom
mai s de 5 mi lpessoas r eivi
ndicava a cont inuidade do MOVA- SP.O Secr etári
o
respondeu que o pr otestot i
nha um " viéspol ít
ico-par t
idár
io".Apesarde t odosos
eforçosdeseusal unosepr ofessor
es,oMOVA- SPesbar rroucom av el
hat radição
brasil
eiraqueéumadascausasdonossoat rasoeducaci onal:adescont i
nui dade
admi nist
rati
vaquecar acteri
zanossaadmi nist
raçãopúbl icaem t odososní veis.

Apesar da descont inuidade admi ni


strati
v a, caract
erísti
ca de quase t odas as
administr
açõespúblicas,noBr asi
l,oPr ogr amaMOVA- SPf oiaval
iadopositivament
e
pelosseusor gani
zador es,bem comoporest udosr ealizadosporpesqui sadorese
observadoresestr
angei r
os.El eser viu der ef
erênciapar aoutrasexper i
ênciasese
consti
tuiu num processo mui to si
gnificativo de for
mação par at odos os que o
promov er
am.Aav ali
açãor eal
izadamost rouqueel etrouxeganhosr el
evantesparaa
formaçãodoseducador ese, sobretudo,par aoseducandos.

O MOVA-SPfezpartedeumaest ratégi
adeaçãocultur
alv ol
tadapar aoresgat
eda
ci
dadani
a:for
margov er
nant
es,formarpessoascom maiorcapacidadedeautonomi
a
i
ntel
ect
ual,mult
ipl
i
cadores de uma ação sociall
iber
tadora.O MOVA- SP estav
a
cont
ri
bui
ndo com esse obj
eti
vo ao for
tal
ecerosmov i
ment ossoci ai
spopular
ese
est
abel
ecernov
asal
i
ançasent
resoci
edadeci
vi
leEst
ado.

3ºApr
áti
cadai
nter
disci
pli
nar
idade

AenormidadedaobradePaul
oFrei
reeosseusnumerosost
rânsi
tosporvár
iasár
eas
doconhecimentoedapráti
canoslevam aum out
rot emacentraldesuaobra:a
i
nter
disci
pli
nar
idade.

Em 1987e1988, Paul
oFr ei
redesenv ol
veoconceitodeint erdi
scipl
inaridadedial
ogando
com educador esdev ári
asáreasnaUni versi
dadedeCampi nas,empenhadosnum
proj
etodeeducaçãopopul arinformal.O concei
todei nterdisci
pli
nar i
dadesurgeda
análi
se da práti
ca concreta e da experi
ênciav i
vi
da do gr upo de r efl
exão.Essas
refl
exõesforam reunidasporDébor aMazzaeAdr ianoNoguei raepubl i
cadacom o

t oNaescol
ul aquef azemos( 1988).Noanosegui nte,j
ácomoSecr etáriomunici
palde
São Paulo,Paulo Freiredeui níci
o aumagr ander eorientação curr i
cul
arqueser á
chamadadepr ojetodai nt
erdi
scipli
nari
dade.

Aaçãopedagógi caat ravésdainterdisci


pli
nari
dadeedat ransdisci pli
naridadeapont a
paraaconst ruçãodeumaescol aparti
cipati
vaedecisiv
anaf ormaçãodosuj ei
tosoci al
.
Oeducador , sujei
todesuaaçãopedagógi ca,écapazdeel aborarpr ogr amasemét odos
de ensi no-aprendi zagem,sendo compet ente parai nserir a sua escol a numa
comuni dade.Oobj et i
vofundament aldainterdi
sci
pli
nari
dadeéexper iment arav ivência
deumar ealidadegl obalquesei nscrevenasexper i
ênciascot idianasdoal uno,do
professoredopov oeque,naescol atradi
cional
,écompar ti
ment izadaef ragment ada.
Arti
cularsaber ,conheci mento,vi
vência,escola,comunidade,mei o-ambi enteet c,éo
objeti
vodai nterdiscipli
nari
dadequeset r
aduznapr áti
caporum t rabalhocol etivoe
soli
dário naor gani zação do tr
abalho na escola.Não há i nter
di scipli
nar i
dadesem
descentrali
zaçãodopoder ,
port
anto,sem umaef eti
vaautonomi adaescol a.

Usamosquasei ndi
sti
ntamenteaspal av
rasint
er di
sci
pli
naridadeetr
ansdi sci
pli
nar
idade,
emborat enham conot ações di
ferentes (compl ementares,não-antagôni
cas),para
desi
gnar um pr ocedi
ment o escolar que v isa à const r
ução de um saber não
fr
agmentado;um saberquepossi bil
itaaoal unoar elaçãocom omundoeconsi go
mesmo,umav i
sãodeconj untonat ransfor
maçãodesuapr ópri
asituaçãocom quese
defr
ont
aem determinadosmoment osdav i
da.

PauloFrei
redei
xouaSecret
ari
aMunici
paldeEducaçãodia27demai ode1991.Depois
de quase doi
sanos e meio,Paul
ov olt
ou à sua bi
bli
oteca e às suasat
ivi
dades
acadêmicas"àmaneir
adequem,saindo,f
ica",comoafir
manoepí l
ogodoseulivoA
r
educaçãonacidade(
p.143)
.

Nav er
dade,PauloFrei
reconti
nuouumapr esençaat iv
anaSecr etari
a,oferecendosua
l
argaexperi
ênciatr
aduzidanapr át
icadosprojetosqueaSecr etariareali
zou.Nasua
despedi
daafir
mou:" mesmosem sermai ssecr etáriocont
inuareijuntodev ocêsde
outr
aforma..
.Conti
nuem contandocomigonaconst ruçãodeumapol í
ti
caeducaci onal
,
deumaescol acom outra"car
a",maisal
egre,f
r aternaedemocr ática"(Aeducaçãona
ci
dade,
p.144)
.

Box24
MANIFESTOÀMANEI
RADEQUEM,
SAI
NDO,
FICA

Todost emosv i
vido a enor
me sati
sfação de poderestarconst
rui
ndo,num
esfor
çocomum,umanov apropost
apedagógicanaSecr et
ari
aMunicipalde
Educação.Nãoi mportaque,pornossocompr omi sso,t
enhamos,dev ezem
quando,exper
imentadoagoni
asesofri
mentos.

Estouconvenci
dodequeaspr opost
asepr i
ncí
piosdoPT, aqueaprefei
taLuiza
Erundinadácarne,est
ãocer t
os.Pri
ncípi
osgeraisqueconstit
uem apolí
ti
cade
governo,dequeapolít
icaeducaci
onalquevi
mosi mplementandoéum capí
tul
o.

Não estou,ri
gorosamente,sai ndo da Secret
ari
a Muni
cipalde Educação ou
mesmodei xandoacompanhi adev ocês.Nem tampoucor enegandoopções
pol
íti
cas e i
deológicas ant
igas,ant eri
ores mesmo à criação do PT.Não
i
magi nav
asequerqueoPTacont eceri
a,naminhajuv
entude,massent i
amui t
a
fal
tadesuaexist
ência.Esper
ei pormai sdequarent
aanosqueoPTf ossecr
iado.

Mesmosem sermaissecr
etár
io,conti
nuar
eij
untodevocês,
deout
raf
orma.Vou
f
icarmai
sli
vrepar
aassumiroutr
ot i
podepresença.

Nãoestoudeixandoalut
a,masmudando,simplesment
e,def r
ente.A br
iga
cont
inuaamesma.Ondequerqueestej
aest
areimeempenhando,comovocês,
em f
avordaescol
apúbl
i
ca,popul
aredemocr
áti
ca.

Aspessoasgost am et êm dir
eit
odegost ardecoisasdifer
entes.Gost ode
escr
everedel er
.Escr everelerfazem par
te,comomoment osimportant
es,da
minhalut
a.Coloqueiest egostoaser vi
çodeum cer todesenhodesoci edade,
para cuj
ar eali
zação v enho,com um sem- número de companhei ros e
companheir
as,part
icipandonamedi dademi nhaspossi
bil
i
dades.Of undamental
nest
egostodequef aloésaberafavordequêedequem el eseexerce.

Meugost odeleredeescr eversediri


geaumacer tautopiaqueenvolveuma
cert
acausa,um cert
ot i
podegent enossa.Éum gost oquet em quev ercom a
cri
ação de uma sociedade menos perversa,menos di scr
iminat
óri
a,menos
raci
sta,menosmachistaqueest a.Umasoci edademai saberta,quesirvaaos
i
nteressesdasempr edesprotegi
dasemi nimizadascl assespopular
esenão
apenas aos i
nter
esses dos r i
cos,dos af ortunados,dos chamados " bem-
nascidos"
.

Portudoi
sso,escreveracrít
ica,
nãomal
vada,
maslúci
daecorajosadascl
asses
dominant
escont i
nuaráaserumademi nhasfr
ent
esdebri
ga,tantoquant
ovem
sendoparamuitosdev ocês.
Soul ealaosonho.Minhaaçãotem si
docoerentecom ele.Exi
gentecom aét i
ca,
considero quelertem av ercom acoer ênci
acom quesev i
veno mundo,
coerênciaentr
eoquesedi zeoquesef az.Porisso,nãotemoscr í
ti
casaf azer
aotrabalhoqueser eali
zounasecret
ari
anestesdoi sanosemei oem queaqui
esti
vecomosecr et
ári
o.Consi
deroqueacr í
ti
ca,quandof ei
tademanei raéti
cae
compet ente,f
azcom queasnossasaçõesseapr of
undem ouser eori
ent
em.
Aprendemoscom el as.

Conti
nuem cont
andocomi gonaconstruçãodeumapol í
ticaeducaci
onal
,deuma
escol
acom outra"car
a",maisal
egre,frat
ernaedemocr áti
ca(Sí
ntesedafal
ade
despedi
dadePauloFr ei
redaSecretar
iaMuni ci
paldeEducaçãodoMunicípi
ode
SãoPaulo,
em maiode1991) .

5.Ref
lexõesmai
srecent
es

PauloFrei
republ
icou,noBr asil
,nospr i
meiros5anosdadécadade90, sei
simpor
tantes
obras:A educação na ci dade (1991),Pedagogia da esperança (1992),Pol
í
tica e
educação(1993),Professorasim,t i
anão( 1993),Car
tasaCr i
stina(1994)eÀsombr a
destamangueir
a( 1995).Sãoobr asquer ev
elam um Paul
oFr ei
remaisl i
ter
ári
oepoético
eum pensamentoanal ít
ico-hi
stóri
coeem ev ol
uçãopermanente.

Oqueest
áacr
escent
andoaoseul
egadocom essasnov
asobr
as?

Paulo Frei
re parece pr eocupado com uma quest ão:de que t i
po de educação
necessi
tam oshomenseasmul heresdopróxi
moséculo,paravi
vernestemundot ão
complexodegl obali
zaçãocapi tali
stadaeconomia,dascomunicaçõesedacul tur
ae,
aomesmot empo,der essurgi
ment odosnacional
i
smos,dor aci
smo,dav i
olênci
aede
cert
otri
unfodoi ndi
vidualismo?

Comoel
eresponde,
nessesúl
ti
mosl
i
vrosaessascompl
exasquest
ões?

Responde-segundoami nhalei
tur
aepercepçãopar
ti
culardestasobrasr
ecent
es-que
el
eseel asnecessi
tam deumaeducaçãopar aadi
versi
dade,necessi
tam deumaéti
ca
dadiver
sidadeedeumacul t
uradadiver
sidade.

Umasoci edademul t
icult
uraldeveeducaroserhumanomul ti
cultur
al,
capazdeouv i
r,de
prestaratençãoaodi ferent
e,respei
tá-lo.Nest enovocenári
odaeducaçãoser ápr
eciso
reconstruiro saberda escol aeaf ormação do educador .Não haverá um papel
cri
stali
zadot antoparaaescol aquantopar aoeducador.Em vezdaarrogânciadequem
sejulgadonodosaber ,opr of
essordev erásermai scri
ati
voeapr endercom oalunoe
com o mundo.Numa época de v iolência,de agressi
vi
dade,o pr ofessordeverá
promov eroent endi
ment ocom osdi f erent
eseaescol adev eráserum espaçode
convivência,ondeosconf li
tossãotrabal hados,nãocamufl
ados.
Nessecont
extoglobalháduasdi mensõesquepodem serl
ogodest
acadaseque
t
ambém seencont
ram em out
rasobrasdePaul
oFr
eir
e:

a)adi mensãointerdi
scipl
inar.O obj eti
vof undamentaldai nter di
sci
pli
nar i
dade-um
cami nhopar asechegaràt ransdi
sciplinar
idade-éexper i
ment arav ivênciadeuma
real
idadegl obalquesei nscrevenasexper iênci
ascot i
dianasdoal uno,dopr ofessore
dopov oeque,naescolaconser vador a,écompar t
imentizadaef ragment ada.Arti
cul
ar
saber ,conheci
ment o,v
ivência,escola,comuni dade,meio- ambient eetc.éoobj etivoda
i
nterdi sci
pli
nar
idade que se t r
aduzna pr ática porum t rabalho escol arcoleti
voe
soli
dár io.EssadimensãoPaul oFr eir
edesenv ol
ve,com exempl osconcr et
osdesua
apli
cabi li
dade,
nol i
vroAeducaçãonaci dade.

b)adimensãoi nternaci
onalesol i
dár i
a.Paraviv
eresset empopr esent
e,opr of
essor
pr
ecisaengaj
arascr i
ançasparav i
vernomundodadi fer
ençaedasol i
dari
edadeentre
di
fer
entes.A escolapr eci
sapr epararoci dadãoparapar ti
cipardeumasoci edade
pl
anetár
ia.A escolat em queserl ocal,como pont
odepar tida,mast em queser
i
nter
nacional
eintercult
ural
,comopont odechegada.

Diantedopr obl
emadodesi nteressedemui tosdenossosal unospelosconteúdos
curri
cular
esdonossoensi no,cost uma- ser espondercom mét odosmai sapropri
ados
ouaument andootempodef r
equênci aàescol a.Masháout ravisãodoproblemaqueé
a de adequaro t ratament
o dos cont eúdos,pr obl
ematizando-os e equaci
onando
corret
ament ear elaçãoentreat r
ansmi ssãodacul t
uraeoi ti
nerár
ioeducati
vodos
al
unos.Ocur rí
cul
omonocul turalof i
cialrepresenta,nest
easpect o,um gr
andedesafio.
Osr esult
adosobt i
doscom cur rí
culosmul ti
culturai
s,quelevam em contaacultur
ado
al
uno, sãomai sefi
cazesparadesper taroi nteressedoaluno.

PauloFr eir
echamaaessacul t
uradoal unode" culturapopular".Out roseducador esque
também est udar am esset ema, comooeducadorf rancêsGeor gesSny ders,achamade
"cult
ura pr i
mei ra".Equaci onaradequadament e ou não a r elação ent rei denti
dade
culturaleiti
ner árioeducat ivo,sobretudopar aascamadaspopul ares, poder epresentar
agr andedi ferençanaext ensãoounãodaeducaçãopar atodosedequal idade,nos
próximosanos.O t emadai denti
dade,sobr etudodapr of
essor a,est ápr esent et odo
temponol ivroPr ofessor asi m,t i
anão:car tasaquem ousaensi nar :"pergunt ar-
nosem
tornodasr elaçõesent reai denti
dadecul t
ural
,quet em sempr eum cor t
edecl asse
social,dossuj eitosdaeducaçãoeapr áticaeducat i
vaéal goquesenosi mpõe.Équea
i
dent i
dadedossuj eitost em quev ercom asquest õesf undament aisdecur r
ículo;tanto
oocul toquant ooexpl ícitoe,obv i
ament e,com quest õesdeensi noeapr endizagem.
Discutir,porém,aquest ão dai dent i
dadedossuj eit
osdaeducação,educador ese
educandos,mepar ecequei mpl i
cadesdeocomeçodet alexer cício,sali
entarque,no
fundo,ai dent i
dadecul tur al,expresssão cadav ezmai susadapornós,não pode
pretenderexaur i
rat otalidadedasi gnifi
caçãodof enômenocuj oconcei toéi dentidade.
O at r
ibutocul tural,acr esci dodor estri
ti
v odecl asse,nãoesgot aacompr eensãodo
termo" i
dentidade" .Nof undo,mul heresehomensnost ornamosser esespeci aise
singulares"(p.93) .
Ol ivo Pr
r of
essorasi m,tianão t em t idoumagr ander eper cussãoent reasj ovens
professorasjustament eport r
at ardot emadasuapr ofi
ssionalização,tãodet eri
orada
nosúl ti
mosanosem t ermossal ar
iaiseem t ermosdaspr ópriascondi çõesdet r
abalho
quecer cam aat ivi
dadedocent e.Paul oFr ei
reaf ir
maque" at ent
ativader eduzi
ra
professoraàcondi çãodet i
aéuma' inocent e'ar
madi lhaideológicaem que, tentando-se
dara i usão de adoci
l cara v ida da pr ofessora o que se t enta é amaci ara sua
capacidadedel utaouent r
etê-l
anoexer cí
ciodet arefasfundament ais.Ent
reel as,por
exempl o,adedesaf i
arseusal unos,desdeamai stenraeadequadai dade,at r
avésde
j
ogos,deest ór i
as,del ei
tur
aspar acompr eenderanecessi dadedacoer ênci aentre
discurso e pr áti
ca;um di scur so sobr e a def esa dos f r
acos,dos pobr es,dos
descami sadoseapr áti
caem f avordoscami sadosecont raosdescami sados;um
discursoquenegaaexi st
ênciadascl assessoci ais,seusconf l
itoseapr áticapolíti
ca
em fav orexat
ament edospoder osos"( p.25) .

Aescolanãodev eapenast r
ansmi
ti
rconheci
ment os,
mast ambém preocupar
-secom a
formaçãogl obaldosal unos,numav isãoondeo conhecereoi ntervi
rno realse
encontr
em.Mas,par ai sso,épreci
sosabert rabal
harcom asdi f
erenças,ist
oé,é
preci
so reconhecê-l
as,não camuf l
á-l
as,e aceit
arque para me conhecer,preci
so
conheceroout r
o.

Paul oFr ei
reretomaessest emast antoem suaPedagogi adaesper ançaquant oem
Car tasàCr i
stina.Asconseqüênci asdesseenf oquepar aoensi nosãoenor mes.Tr ata-
se de est abelecermet odologias que per mitam conv er
teras cont ribui
ções ét nico-
culturaisem cont eúdoseducat ivos,portanto,fazerpartedapr opostaeducat i
vaglobal
de cada escol a.Ev i
dentement e,o pr ofessorde qual querdi sci
plina,pr eci
sa t er
conheci mentos ant ropológi
cos e cul turai
s mí ni
mos e t erum ol hart rei
nado par a
per ceberasdi ferençasét ni
co-cult
urais,portanto,preci
sar eeducaroseuol harpar aa
i
nt ercult
urali
dade; preci
sadescobr irelement osculturai
sext er
nosquer evi
tal
izem asua
própr i
acul t
ura.Masi ssonãoémai sproblemát i
cohoj e.Bast aabrirosol hospar aa
realidade,escutar,ouvir
.

Trêsf i
losof i
asmarcar am sucessi vamenteaobr adePaul oFrei
re:oexi stencial
ismo,a
fenomenol ogiaeomar xismo, comoapont aCar l
osAlbert
oTor r
esem seul iv
roEst udos
frei
reanos.Com adeHegeledeMar x,Paul
oFr ei
ref
azacr í
ti
cadar eli
giãoedat eologia,
acr ít
icadaf il
osofi
aedaal ienaçãopolít
ica,soci
aleeconômi ca.Sucessi vament e-
quase em f ases diferentes -Paul o anali
sa as conseqüênci
as soci ais,polít
icas e
pedagógi casdasdi versasf ormasder elaçãoentreossereshumanos.Paul oFr eir
enos
falaem " opri
mido-
opr essor "(anos50- 60),em opressão"decl asse"( anos60- 70)e
opressão" degêner
oer aça"( anos80-90).

Adialéti
cahegeli
anaent r
eoSenhoreoEscr avoest
ápresent
eem todaasuaobr a.
Contudo,ela se encontr
a como quadrot eóri
co par
ti
cul
arde sua obra pr
inci
pal:
Pedagogiadoopr i
mido.Jáem suaPedagogiadaesperançaeem Car
tasaCrist
ina,ele
destacaaopressãodegêneroeder aça.Há,port
ant
o,amesmat emát
icaqueserenova
em cadaobraposteroràPedagogi
i adooprimido.
Para demonst r
arsuasposi ções,Paul o Fr eirer ecorreconst antement ea exempl os
concr etos.Em Pedagogi adaesper ançael eser eferef r
eqüent ement eàscr í
ticasque
haviar ecebi doem r elaçãoacer t
ai ngenui dadecom r ef
erênciaàsquest õesdegêner o
queexi stiam nassuasobr asant er i
ores.Napági na67dest elivro,eleagr adeceàs
crít
icasr ecebi daseaf irma:" mel embr ocomosef osseagor aqueest iv
essel endoas
duas ou t rês pri
mei ras car tas que r ecebi,de como,condi cionado pel ai deologia
autoritária,machi sta,r eagi. ..aol eraspr i
mei r
ascr íti
casquemechegav am.Ai ndame
disseoumer epetioensi nadonami nhameni nice:'ora,quandof al
ohomem,amul her
necessar i
ament eest ái ncluí
da' .Em cer t
omoment odemi nhast entati
vas,pur ament e
i
deol ógicas,dej ust i
ficarami m mesmo,al i
nguagem machi staqueusav a,per cebia
ment iraouaocul taçãodav erdadequehav i
anaaf irmação:' quandof alohomem,a
mul herest áincluída'.Eporqueoshomensnãoseacham i ncluí
dosquandodi zemos:
'
asmul her esestãodeci didasamudaromundo' ?Nenhum homem seachar i
ai ncluído
nodi scur sodenenhum or adorounot ext odenenhum aut orqueescr evesse:' as
mul heresest ãodeci didasamudaromundo' .Damesmaf ormacomoseespant am ( os
homens)quandoaum audi t
ór ioquaset otalment ef eminino,com doi sout rêshomens
apenas, digo: '
todasv ocêsdev eri
am' etc.Par aoshomenspr esentesoueunãoconheço
asi ntaxedal ínguapor tuguesaouest oupr ocurando' brincar'com el es.Oi mpossí v elé
quesepensem i ncluídosnomeudi scur so.Comoexpl icar,anãoseri deologicament e,a
regrasegundoaqual ,seháduzent asmul her esnumasal aesóum homem, dev odi zer
:
'
elest odossãot rabal hador esededi cados? 'Istonãoé,nav erdade,um pr oblema
gramat i
cal masideol ógi co".

Box25
REESCREVENDOOSTEXTOSEM LI
NGUAGEM NÃOSEXI
STA

Él ament ávelquemui todov i


gorecompr omi ssodaquel esqueescr evem e
ensinam cont r
a a opr essão fica enfraquecido pel a li
nguagem sexi sta.
Inf
elizmente,senósconst rui
mosal ut
apel ali
ber dadecomoum compr omi sso
pela" li
bert
açãodohomem" ,nós,dessaf orma,est amoscont r
ibuindopar aa
ausênci adepoderdasmul heres.Essalinguagem sexi starevel
a-seem f rases
como:" oshomenssãoopr i
midos"( r
eferi
ndo-seahomensemul heres)e" o
homem podel iber
tar
-seer eali
zar"suav ocaçãoont ológi
caatravésdeseus
própriosesforços",
queseencont r
am nospr i
meirosescr i
tosdePaul oFreir
e.

Discutiesteproblemadal inguagem sexi st


aem mi nhacor respondênciacom o
professorPauloFr eir
e.El econf i
rmouquecer t
ament enãoer asuai nt
enção
ofendercom ast raduçõescl arament esexistadeseut rabalho.El edefendecom
conv i
cção que essas " v
elhas f ormas de escr ever"dev eri
am serev i
tadas.
Concor dou queeu t raduzissenov ament eseust rabalhosi niciai
sev it
ando a
l
inguagem sexista,enquant oque,par al
elamente,elemesmo,com seuspr ópr i
os
esforços,desde1975,t em sepr eocupadoem acharumaexpr essãolingüísti
ca
maisadequada.Demi nhapar te,tent
eitraduzirtodasasv ezesquet ivetextos
ori
ginaisnasmãos.Em al gumassi t
uações, r
eescreviastraduçõesdi sponíveis.
At arefadetentarcriarum discur sosobreeducaçãol iber
tadoraquesej aanti-
sexistatem sidodifíci
l.Éesper adoquequal queresforçoexper ienci
adopelo
l
eitor,chamandosuaat ençãocom f or
masl ingüí
sti
casnãof amili
ares,l
eve-
oa
refl
etiredi
alogarcom ot extosobr eai deol
ogiasubjacenteàl i
nguagem sexi
sta
(PaulV.Tay lor
,professordeEducaçãocomuni tár
ianaUni versidadedeTour s,
França.I Thet
n: ext
sofPaul oFrei
r e,p.V).

Em CartasaCr i
sti
naapar ecemai sdestacadoot emadaf amí li
a.Ét ambém um l ivro
escri
toparaaf amí l
i
a, paraospai senãoapenaspar aosprof essores.Na"quintacarta"
(p.64),Paulo Freire,falando desuai nfância,constatat ambém nasuaf amí l
i
aa
exi
stênciada"culturamachi st
a":"sóela( acultur
amachi st
a)podeexpl icar
,deum l ado,
quemi nhamãet omassepar asisempr eoi ncômodoenf rent amentodoscr edores;de
outr
o,quemeupai ,tãoj ustoecor ret
o, aceit
assesabê- l
aexpondo- secomoseex punha
(mesmoqueel anãooi nfor
massedoqueouv ianosaçouguesebodegas)enão
assumissearesponsabi li
dadedet r
atarcom oscr edor
es.Eracomoseaaut ori
dadedo
homem dev esse f i
cardef endida,no f undo,f al
sament e def endi
da,r esguardada,
enquantoamul herseent regavaàsof ensas".

Nos anos 90,apar ece f r


eqüent ementeot ema da " educação par a a cidadani a"
,
sobr etudonost emasdesenv ol
v i
dosnol iv
r oPol í
ticaeeducação.Paul oFreiredest aca
queoconcei todeci dadaniaéum concei toambí guo.Em 1789a Decl araçãodos
DireitosdoHomem edoCi dadãoest abeleciaaspr i
mei r
asnor maspar aassegur ara
l
iber dadei ndi
v i
dualeapr opriedade.Existem di v ersasconcepçõesdeci dadania:a
l
iber al,aneo-l
i
ber al
, apr ogressi
st aousocialist
ademocr áti
ca( osoci
alismoaut orit
ári
oe
bur ocráti
conãoadmi teademocr aciacomov aloruni versaledespr ezaaci dadania
comov al
orpr ogressista).Par aPaul oFrei
re,ci dadãosi gnifi
ca" i
ndiv
íduonogoz odos
direitoscivisepol íti
cosdeum Est ado"eci dadani a" t
em quev ercom acondi çãode
cidadão,querdi zer,com ousodosdi r
eit
oseodi reit
odet erdeveresdeci dadão" .É
assi m que el e ent ende " a alfabeti
zação como f ormação da ci dadania"e como
"f
or mador adaci dadani a"(Polít
icaeeducação, p.45) .

Existehojeumaconcepçãoconsumi stadeci dadani a(


nãoserenganadonacompr ade
um bem deconsumo)eumaconcepçãoopost aqueéumaconcepção pl enade
ci
dadani aqueconsistenamobi li
zaçãodasoci edadeparaaconqui st
adosdi reit
os
acimamenci onadosequedev em sergar antidospel oEstado.Aconcepçãol i
beral eneo
-l
i
ber aldecidadani
aentendequeaci dadani aéapenasum pr odut odasol i
dar i
edade
i
ndi v
idual(da"gent
edebem" )ent reaspessoasenãoumaconqui stanoi nteriordo
próprioEstado.Acidadaniaimplicaem i nst i
tuiçõeser egrasj
ustas.OEst ado,numa
vi
sãosoci ali
stademocrát
ica,precisaexer cerumaação-par aevitar,porexempl o,os
abusoseconômi cosdosoligopóli
os-f azendov alerasr
egrasdefi
nidassocialment e.

Acidadaniaeautonomiasãohoj
eduascat egori
asestrat
égi
casdeconst r
uçãodeuma
soci
edademelhorem tornodasquaisháfreqüentementeconsenso.Essascategori
as
seconsti
tuem nabasedanossaident
idadenacionalt
ãodesejadaeaindatãolongíqua
em funçãodoarrai
gadoi ndi
vi
dual
i
smo,tant
odasnossaselit
esquant
odasf
ort
es
cor
poraçõesemer
gentes,
ambasdependent
esdoEst
adopat
ernali
sta.

Omov i
ment oat ualdachamada" escolacidadã"-ou" escol
apúbl i
capopular"-noqual
seengaj ou,noBr asil
,oI nst
it
utoPaul oFreir
e,fundadoem 1992,est áinseridonesse
novocont ext
ohi stóri
codebuscadei dent
idadenacional.A"escol
acidadã"surgecomo
respostaàbur ocrati
zaçãodosi st
emadeensi noeàsuai nef
ici
ênci
a.Sur gecomo
respostaàf alênciadoensi noof i
cialque,embor asej ademocr áti
co,nãoconsegue
garanti
raqual i
dadeet ambém em respost aaoensinopr i
vadoàsv ezesefici
ente,mas
sempr eeli
ti
sta.

Énessecontextohist
óricoquevem sedesenhandoopr ojetoear eal
i
zaçãopr át
icada
escolaci
dadãem di ver
saspartesdopaí s,comoumaal ter
nati
vanov aeemer gente,
fundadanolegadodePaul oFr
eire.Elavem sur
gindoem numerososmuni cí
piosejáse
most r
anaspreocupaçõesdosdirigent
eseducacionai
sem div
ersosEstadosbrasi
lei
ros.

Moviment ossemelhant
esjáocor rer
am em out rospaí
ses.Vej am-seas" Ci
ti
zenship
Schools"quesur
gir
am nosEstadosUni dosnosanos50, dentrodasquaisseori
ginouo
i
mpor tant
emov i
ment opel
osDir
eitosCivisnaquelepaí
s,colocandodentrodasescolas
americanasaeducaçãoparaacidadaniaeor espeit
oaosdirei
tossociai
sehumanos.

Osei xosnorteadoresdaescol aci dadãsão:ai nt


egraçãoentreeducaçãoecul tura,
escolaecomuni dade(educaçãomul t
icult
uralecomuni tár
ia)
,ademocr at
izaçãodas
rel
açõesdepoderdent rodaescol a,oenf rent
ament odaquest ãodarepetênci
aeda
aval
iação,a v i
são int
erdi
scipl
inare t ransdi
cipl
i
nare a f ormação per
manent e dos
educadores.

Comosev ê,opensament
odePaul
oFr ei
recont
inuainspi
randoat
eor
iaepr
áti
cada
educaçãocont
emporâneanaúl
ti
madécadadoséculo20.

6.Quef
utur
opodet
eropensament
odePaul
oFr
eir
e?

Foinumafal
aem Par i
s,noCentr
odeConvenções"
LaVill
ett
e",di
a12dedezembrode
1991,queouviPauloFreir
eafi
rmarper
anteumai mensaplatéi
a:"
exper
iment
ouma
fant
ást
icaambi
güidaderadi
cal
".

Depois,conti
nuou di
zendo que era um homem mar cadament einfl
uenci
ado pelo
pensamentoeuropeucontemporâneo.Masf ezquestãodeexplicar:"
..
.dospensadores
contemporâneosmasquev iv
em num cont ext
ohi st
óri
coquenãoéocont extodo
europeu,masno contexto hi
stóri
co lat
ino-
amer i
cano".Paulo Frei
renão entendeo
pensamentoeuropeucomoum eur opeu,mascomoum br asi
lei
ro,comoum nordesti
no,
parasermaispreci
so.

Cr
eioquePauloFreire,nodesenv
olvi
ment
odasuat eor
iadaeducação,conseguiu,de
um l
ado,desmi
sti
ficarossonhosdopedagogismodosanos60,quepr et
endia,pelo
menosnaAméricaLat i
na,queaescol
afar
iat
udo,e,
deoutrol
ado,consegui
usuper aro
pessi
mismodosanos70,
quandosedi
zi
aqueaescol
aer
apur
ament
erepr
odut
ivi
sta.

Fazendoisso,super
andoopedagogismoingênuoeopessi
mist
onegat
ivi
sta,
consegui
u
manter-
sef i
elàutopi
a,sonhandosonhospossí
vei
s.

Crei
oqueof ut
urodaobr adePaul o Fr
eir
eest áinti
mament
eli
gadoaof
utur
oda
educaçãopopul
arenquant
oconcepçãogeraldaeducação.

Pouco mai s de 20 anosdepoi sda Pedagogia do Opr i


mi do,a educação popular
,
marcadaporessaobr a,conti
nuasendoamai orcontr
ibuiçãoqueopensament olat
ino-
americanodeuaopensament opedagógicouni
versal
.Éomar coteóri
coquecont i
nua
i
nspirandonumer osasexperiênci
as,j
anãoapenasnaAmér i
caLati
na,masnomundo.
Não apenas nos paí ses do Tercei
ro Mundo,mas t ambém nos paí ses com alto
desenvolv
imentot ecnol
ógicoeem real
idadesmuit
odistintas.

Paul
oFr ei
reétri
but
ári
odessemoviment
onoqualel
eest
áinser
idoeaoqualdeue
cont
inuadandoumaenormecont
ri
bui
ção.

Aeducaçãopopul artem passadoporv ár


iosmoment os.Éum mov i
mentodi nâmicoe
aliment
adopori númerasv i
sões,formandoum i mensomosái co.Nem t odasessas
visõesseident
if
icam com opensamentodePaul oFreire,masmui t
asser efer
em aele,
passandodoot imismoguer r
eirodacampanhadeal fabet i
zaçãodaNi carágua,pel
as
escolascomunitári
asdecunho não- formal,àsexper iênciasestatai
sdeeducação,
todossereport
andoaopar adigmateóri
codePauloFreire.

Todosessesexemplosmostr
am aext
ensãouni
versaldopensament
odePauloFrei
re,
comonenhum outr
onahistór
iadasi
déi
aspedagógicas.Ser
iamui
toext
ensoenumer
á-
l
ostodos.

Aobr adePaul oFr ei


redeveráconti
nuaresfacel
ando-
seem múlt
ipl
asdir
eções,talv
ez
atéi nconci
l
iávei
s.El e não poderát ero cont
rol
e sobr
eisso,como Mar x não é
responsávelpelomar xi
smoouport udooquesef ezem nomedele.Eascr íti
cas,
posit
ivasenegativas,t
ambém dev er
ãoconti
nuar.

Costumodi v
idiressascrí
ti
casem doisgruposdist
int
os:pr i
meir
odaquelesquenão
acei
tam suasidéi
asporpreconcei
tooupormotivosi
deológicoseaquel
esquef azem a
crí
ti
cadoseupensament o,masdoseuinter
ior
,ist
oé,aceit
andoseuspressupostos.

Comomost reinoliv
roConv it
eàl ei
turadePaul oFreir
e( 1989) ,ospr i
meirospreferem
chamara Paul o Freirede" ideali
sta","
li
beral
","escolanovista popular"
," i
nduti
vista"
,
"espont
aneísta"
,"não-di
ret
ivo","neo-anar
quist
acat ól
ico"eat é" autor
it
ári
o".Osr ótulos
sãomui t
os.Opensament odePaul oFrei
reprovocoumui tapol êmi caentr
eaquelesque
nãoaceitam seuspressupostos.

Entr
eaquelesqueacei
tam seuspr
essupost
osal
gunspodemoschamarde"f
rei
reanos
ort
odoxos"
,ist
oé,aquelesqueent
endem queopensament
oPauloFrei
reécompleto
em simesmo e não necessi ta da cont ribui
ção de nenhuma out ra corrente de
pensament o.Essessãopoucosepoder iam serchamadosdei ngênuos.Sãoosque
miti
ficam aobr adePauloFr eire.Jáosqueest ãoacost umadosat rabalharmai s
proxi
mament edeleedesuaobr a, poderi
am serchamadosde" fr
eir
eanoshet erodoxos",
comoé,al iás,opr ópr
ioPauloFr eire(fr
eqüentementeel
eci taMar xquedi zianãoser
"marxista")
.I sso porque agregam ao pensament of r
eireano outras contribui
ções
i
mpor t
antesdapedagogi auni ver sal
.E como essascont r
ibui
çõessão numer osas,
muitas v ertentes vêm se formando a par ti
rda obra de Paul o Fr
eire,às v ezes
i
nconci l
iáveis.Todoselesapoiam- senoseul egado,masointerpret
am dif
er ent
ement e.

Demi nhapar te,considero-meum est udioso dePaul o Frei


re,como meconsi dero
estudiosodaobr adeMar x,sem meconsi derarpori ssoum mar xi
sta.Nãopr etendo
mi t
ifi
carnem af i
guradePaul oFr eir
eenem asuaobr a.Esset ambém t em si doo
compor tamentodoI nst
it
utoPaul oFr eir
equev em sededi candoaoest udoedi fusãodo
seul egado.Set iverqueterum r ótulopr efir
oserchamadode" fr
eir
eanohet erodoxo" .
Procur oapr oxi
maropensament opedagógi codePaul oFr ei
redeout r
ascont r
ibuições.
Foiassi m que, nadécadade70, pr ocureient enderFr ei
r ecomobasedeumapedagogi a
mar xistadal i
ber dade-apedagogi adapr áxis-agr egandoacat egogi
a" confl
i
to"àsua
pedagogi adodi álogo.I
ssoest áexpost onopr efácioquef i
zaol i
vrodele,Educaçãoe
mudança,publ icadoem 1979pel aedi toraPazeTer r
aedepoi snodebat equet i
vemos
cujor esul t
ado f oimostrado no l ivro quepubl i
camosj untos,em 1985,Pedagogi a:
diál
ogoeconf l
ito.Desdeent ão,t
ivemosi númer asopor tunidadesdepar t
ici
parjuntosde
debat espúbl i
cososquai sf oram par ami m degr andeapr endizado.

Box26
CRI
TICAEAUTOCRÍ
TICA

Frei
renãof i
coual
heioàscr í
ticasev isõesdesimesmo.Pel ocontrár
io,em
quasetodososseusescr i
tos,entrevi
staseconferênci
asaolongodestesanos
veioref
eri
ndo-
seaelas,em per manentedi ál
ogocom seuscrí
ti
cos,einsi
stindo
em quatr
opontosf
undament ais:a)acontextual
i
zaçãohist
óri
cadesuasobr as,b)
sua evol
ução,c)sua própria autocr
ít
ica,ed)asdi ver
sas"lei
tur
as"deseu
pensamento.

Transcorreram-semai sde20anosdesdeoapar eci


ment odeAeducaçãocomo
práti
cadal i
berdade(1965)emaisde15desdeoapar eci
ment odaPedagogiado
oprimido( 1969).Nãoobst ant
e,éf
undament al
menteapar tirdessesdoisli
vros
que Fr ei
re cont i
nua sendo qual
i
f i
cado de humani st
ai ngênuo,ideali
stae
refor
mi st
a,equeFr ei
re,porseulado,conti
nuainsisti
ndonanecessi dadede
sit
uá-l
osnocont extoenomoment ohistór
icodoqualsãoprodut o.

Ninguém quet enha segui


do deper t
o at r
ajet
óri
adeFr ei
repodedei xarde
reconhecersuaevol
ução.Demanei rareit
eradaeat érepet
iti
va,Frei
recontinuou
secr i
ti
candopelaingenuidade,subj
etiv
idade,ambi güi
dadeef al
tadecl areza
polí
ti
co-i
deológi
ca de seus pr imei
ros t rabal
hos, e r econhecendo sua
responsabi
lidadena"cooptação"dequef oiobj
etoporpar t
edadirei
ta.Não
obstante,como elemesmo assi nal
a,seuscrí
ti
cosmui tasvezesconti
nuam
i
gnor andotaisaut
ocr
ít
icasouremetendo-
asanotasderodapé.

Paraal ém desuapr ópr


iaaut ocrí
ticaeev olução,Frei
rerecl
amadenão se
reconhecerem di ver
sas"lei
turas"gener ali
zadasquesef i
zeram dealgumasdas
suascol ocaçõesbásicas.Asepar açãoent r
er efl
exãoeação;a" i
gualdade"entr
e
educador es e educandos;o não- dir
igismo da educação;a associ ação ao
mov iment oda"escolanova"
:est essãoal gunsdospont osqueretomaem nossa
entrevi
staer ej
eit
a como " falsasl eituras"deseu pensament o( Rosa Mar i
a
Torres,EducaçãoPopul ar
:um encont rocom Paul oFrei
re,
pp.27-28;
34;39;43)
.

Naexper i
ênciadet rabalharcom el ecomoChef edeGabi netedaSecr etari
aMuni ci
pal
deEducaçãodeSãoPaul o,eem especi alnaCoor denaçãoGer aldoMOVA- SP,em
váriosmoment os,procur eimostraraPaul oFr eire,dadasascondi çõeshi st
óri
casde
cent rali
zaçãoeaut ori
tarismodasi nsti
tui
çõesbr asilei
ras,anecessidadedeasescol as
trabal har
em com mai oraut onomiaemenori nt
er ferência(mesmoat ravésdepr opostas
curriculares)porpar tedosgabi netesdasSecr et ari
asdeEducação.Esset em sido
também um dospont ossobr eosquai smantemosumadi scussãofrequente.Comoel e
me di sse em conv ersa pr i
vada,di a 28 de agost o de 1992,apesarde pequenas
divergênci as,nossaami zadeer espeitoconti
nuam.Adi vergênciaem relaçãoapont os
dev i
st ateórico-pr
áti
cos,par aserf rutí
fer
a,dev er espeit
arof undament al:apessoa.O
debat eaoní veldasi déiassóév áli
donamedi daem quepar tadeumaat it
udede
respei to.

Nosúl ti
mosanos,em suasf alasfreqüentesetambém em seusescr it
os,Paul oFrei
re
vem insist
indonaanál i
sedasconseqüênci asdaglobal
i
zaçãocapi tali
stadaeconomi a,
dascomuni caçõesedacul t
ura,bem como do nov o model o polí
ti
co conservador
chamadode" neo-l
i
berali
smo".Eleser efereaoli
vroPedagogi adaesper ançadizendo
que" essel i
vrofoiescrit
ocom r ai
va,com amor ,sem oquenãoháesper ança.Uma
defesadat oler
ânciaquenãoseconf undecom aconi vência,dar adicali
dade;uma
crí
ticaao sect ari
smo,umacompr eensão dapós- modernidadepr ogressist
aeuma
recusaàconser vadora,neo-
li
beral
"(p.12).

Essa radicali
dade encont rada em t oda obr a de Paulo Freir
e não podia deixarde
aparecert ambém em seuúl ti
mol ivro,publicadoem out ubrode1995:Àsombr adest
a
manguei ra.Neleencontramosaanál iseeadenúnci adout i
l
itari
smoedoconsumi smo
pós-moder noneo- l
iber
aleoanúnci or enovadodeumaconcepçãodeci vil
izaçãoque
não excluiaexpl i
ção tecnológicaat ual,masasubor dinaaout rosvalores,osda
cooperaçãoedasol i
dariedade.Omer cadopr ecisasersubor dinadoàcidadani aenão
vi
ce-versa.Comodi zLadislauDowbor ,nopr efáci
odessaobr a:"noraci
ocíni
odePaul o
Frei
re,ar acional
idadereclamar acional menteodi rei
toasuasr aí
zesemoci onais.Éa
volt
aàsombr adamanguei ra,aoserhumanocompl eto.Ecom oschei rosesabor esda
manguei r
a, um conceit
omui tomai sampl odoqueesquer daedi r
eit
a,eprofundamente
r
adi
cal
:odasol
i
dar
iedadehumana"
.

Os anos 90 caract
eri
zam-se porum pensament o pós-
mar xi
sta e pós-moderno,o
questi
onamento dastesessoci al
i
st asortodoxasebur ocráti
caseaaf ir
mação da
subjet
ivi
dadequeseexpressapormei odemov iment
ossociaisdeí ndol
edisti
nta,mai
s
preocupados com questões i
medi atas do que com uma ut opia di
stante,como
pensávamosnosanos60.

Diantedestequadr o,PauloFrei
reret
omaot emadaut opi
adesenvolvdanaPedagogi
i a
da esperança.El e af i
rma,na página 10 dest eli
vro:"sem sequerpodernegara
desesperança como al go concret
o e sem desconhecer as r azões hist
óricas,
econômicasesoci aisqueaexpl i
cam, nãoentendoaexi st
ênciahumanaeanecessár i
a
l
utapar af azê-lamel hor,sem esperançaesem sonho.A esper ançaénecessi dade
ontológi
ca;adesesper ança,esper
ançaque,per dendooender eço,setornadestroção
danecessidadeont ol
ógica.Comopr ograma,adesesper ançanosimobili
zaenosf az
sucumbirnof atal
ismoondenãoépossí velj
untarasforçasindi
spensáveisaoembat e
recri
adordo mundo.Nãosouesper ançoso porpurat ei
mosiamaspori mperati
vo
exist
encialehi st
órico".

Estamosv iv
endoum tempodecr isedautopi
a.Rearfi
rmá-
laseconst it
ui,
paranós, num
atopedagógi coessencialnaconstruçãodaeducaçãodof uturo.Háosqueacr edi
tam
queosoci al
ismomor r
eu, queautopiamorr
eu,quealutadecl assesdesapareceu.Mas
nãof oibem osociali
smoquemor reueocapital
ismoquet ri
unfou.Oquef oiderrotado
foiumacer t
amolduradosoci alismo:amol duraautor
it
ária.Ei ssorepresentaum
grandeav anço.

Osneo- li
berai
seneo- conservadoressustentam queal utadeclassesacabou,quea
i
deologiaacabou,quenadamai séi deológico.Essediscur
sonãot or
nav elhosos
nossos sonhos de liberdade e não dei xa de sermenos j ust
aal uta cont r
ao
autori
tari
smo.I ssoapenasnosobr i
gaacompr eendê-
lomelhorem suasmúl ti
plas
mani f
estações.Nãopodeest arsuperadaapedagogi adoopri
midoenquantoexi sti
rem
oprimidos.Nãopodeest arsuperadaal ut
adecl assesenquant
oexisti
rem pr
ivi
légiosde
cl
asse.

Nós di zí
amos,há al gumas décadas,que uma educação não aut or
it
ári
a deveri
a
respei t
aroaluno.Hoj etemosmai sclarezadessepr i
ncí
pionumaépocaem queas
teoriasdaeducaçãomul t
icul
tur
alenf
ati
zam aindamai sanecessidadedoseducadores
atent ar
em paraasdi ferençasdecor,cl
asse,raça,sexoetc.Di
zíamosqueor espei
toà
diferençaeraumai déiamui tocaraàeducaçãopopul ar
.Hojepercebemoscom mai s
clarezaqueadi ferençanãodev eserapenasrespeitada.El
aéar i
quezadahumani dade,
basedeumaf i
losofiadodi ál
ogo.

Alguns anos atrás,houve quem dissesse,maldosamente,que Paul


o Freir
e havi
a
deixadodepensar .Ledoengano!Par adesesper
odosseusdet r
ator
es,PauloFreir
e
continua pensando, agindo, produzi
ndo, conti
nua publi
cando, l
endo, conti
nua
tr
abal hando,par
ti
cipando,br
igando.Conti
nuaapaixonadopelal
eit
uradapal avr
aedo
mundo.PauloFreir
econti
nuanabriga,cont
inuatr
abal
hando,estudando,
seenvolvendo
em novosprojet
os.Cont
inuai
ndignadocom af al
tadeli
berdade,com odescaramento
pol
í
ticoetc.
..enf
im,Paul
oFrei
reconti
nuav i
vocomooseupr ópriopensamento.

IDEAIS PEDAGÓGI CAS


Debruçou-semui t
osobreapedagogiadoOpr imi
do.Oopr i
midot em detervont
adede
l
ibert
ar-
se.
Nãoéoopr essorqueli
bert
a.
OOpr i
mi donãosel i
ber
tasozinhomasem gr upo.
Osopr i
mi dossãoaspessoasnãoal fabet
izadas,esf
arapadosdasoci dadecom déf
ice
naeconomi a,
défi
cesocial
,sem r
ecur
sos,sem meiosdepr odução,et
c.

Osopressor
essãoosqueest ãocontr
aahumani dadedosopr
imi
dos,cont
raosseus
di
rei
toseli
berdades,
sãoosquetêm meioseconómi
cos

Ent
reoopr
essoreoopr
imi
doexi
steumar
elaçãodev
iol
ênci
a.

PauloFrei
redef
endeamudançader el
açãoent
reoopressoreosopri
midos.
Defendeaeducaçãoem queosi ndiví
duossej
am act i
vosenãopassivos.Agirde
acordocom oambient
e.Def
endeaeducaçãopopularenãodeindi

duos.
Defendeporoutr
oladoaeducaçãodeadult
osedopúblico.Lut
oumuit
opelasoci
edade
eparaasociedade.

Asv ezesfoi
mui t
asvezesref
utadoporcausadalinguagem nãocl
araqueusa.
Defendeumui t
oumapedagogi adooprimido,al
iberdadedaspessoaseaeducaçãode
adultos.
Trabalhoumuitoem pai
sesdelínguaof
ici
alport
uguesa.

OmétododeeducaçãodePaul
oFreir
eera:
Educação–Acção–refl
exão.
Pr
econizoumui
toot r
abal
hoem gr
upo.Osujei
toer
aocol
ecti
vo.Mét
ododial
ógi
co

4.
17.SEVERI
NONGOENHA(1962)

Nasceunaent ãoLor
êncoMarquesem 1962.Bachar
elem t
eol
ogi
a,Doutorem Fi
l
osofi
a
pel
auniver
sidadeUrbani
anaeGregor
ianadeRoma.Actual
menteédocentenaSuéci
a.

I
).Adi
mensãoAnt
ropol
ogi
ca
Deci
disubor
dinarest
aref
lexãoasmet
amor
fosesdomeuper
cur
soi
dent
it
ári
oea
manei
racomoent
reiem cont
act
ocom a“
minhai
dent
idadet
songa”
,cat
egor
iaet
no-
l
i
nguí
sti
ca i
ntr
insi
cament
eli
gada as cl
assi
fi
cações l
i
ngui
sti
cas e a monogr
afi
a
et
nol
ógi
cadeJunod.

EuNascinaent
ãoci
dadedeLour
ençoMar
ques,
depai
sor
iundosdapr
ovi
nci
adeGaza,
Ngoenha-
Tusi
nidapar
tepat
ernaeMondl
ane-Cambanedapar
temat
erna.Oest
ado
act
ualdasi
nvest
igaçõesdaet
no-
hist
ori
amoçambi
canaav
ançaahi
pót
esedeuma
or
igem Ndau dosngoenhas,quet
eri
am si
do f
orçadosaemi
grarpar
aasact
uai
s
pr
ovi
nci
asmai
saosul
,sobr
etudoGazaeMaput
o,em segui
daaosconf
li
toszul
osdo
sécul
o XI
X que acabar
am l
evando os v
enci
dos a f
ugi
rem par
a Moçambi
que e a
const
it
iur
em oI
mpér
iodeGaza.
A mi
nhaav
ópat
erna,apesardet
ersempr
esi
do“
idi
omat
icaecul
tur
alment
euma
changana”per
fei
ta,
quandot
inha“
doi
scopos”
,met
amor
foseav
a-seemet
ia-
seacant
ar
em Ndau.Cont
udoapesardaguer
ra,di
taci
vi
l,queassol
ouonossopai
sdur
ant
eanos,
el
a nunca qui
z dei
xaro seu Chi
but
o nat
al,pr
ovav
elment
e por
que nessas t
err
as
r
epousav
am osr
est
osmor
tai
sdoseuquer
idomar
ido,Ukj
afenoNgoenha,av
óquenão
t
iveasor
tedeconhecer
.Assi
m,apesardosesf
orçosdet
odaaf
ami
l
iael
aper
sist
iuem
f
icarem Chi
but
oper
todo“
seumar
ido”
.
Todav
ia,of
enómeno“
dast
err
aspesadas”acabouf
azendocl
audi
carasuat
eneci
dade;
equandosesent
iumui
toper
todamor
tet
omouaúl
ti
magr
andedeci
sãodasuav
ida,
masi
nfel
i
sment
efoi
par
atr
ocarChi
but
opel
ocemi
tér
iodeLhanguene.
Omeupai
,set
ivessehoj
evi
nteanosest
ari
anamoda.Desdesempr
etem doi
sfur
ros
nasor
elhas,
oquesi
gni
fi
camodapar
amui
tosj
ovenshoj
e,masquenopassado,
ant
es
del
e,er
asi
nóni
mo desubmi
ssão aosv
encedor
esnguni
squel
heschamav
ão aos
f
utur
osTsongasj
uni
anos,
thongasi
stoév
enci
dos,
escr
avosoumesmocães.
Quandoeunasci
,osmeuspai
svi
vi
am noBai
rr
odoaer
opor
to.Em casaal
i
nguaer
a
obv
iament
eochangana,masbem cedoomeuchangana,comodemui
tascr
iançasda
mi
nhai
dadeer
aumami
stur
aent
reochangana-
int
ra-
mur
os-eor
ongadasoci
ali
zação
ambi
ent
e,gr
adual
ment
esubst
it
uidospel
opor
tuguêsdev
idoaof
act
orescol
aeport
er
i
dohabi
tarnum bai
rr
ocr
ist
ão-
lusof
il
odesãoJosédeLhanguene.
Nóschanganas-
rongas-
lusof
il
osnãot
inhamosr
it
osdei
nici
ação,gr
ios,ci
rconci
são,e
seost
inhamos,eunãoosconhecí
.Osmeuspai
s,cr
ist
ãospr
ati
cant
es,er
am t
ambém
cont
rár
ios aos Ti
mambas,não acr
edi
tav
am nos f
eit
icei
ros,não f
requent
avão
cur
andei
ros.Br
eve,nãof
uieducadonoor
gul
hodeumapar
ti
cul
arper
tençai
dent
it
ári
a
nem a nenhum munus axi
ologi
co cul
tur
alment
e(et
nicament
e)conot
ado.A i
sto
cont
ri
buí
uof
act
oquequandoai
ndependênci
achegoueusout
inhadozeanos.
Com ai
ndependênci
asur
giuapr
imei
raconsci
ênci
aident
it
ári
a.Fasci
nadoporSamor
a
Machel
,pel
osseusdi
scur
soscar
ismát
icosei
nci
sív
os,comost
odososadol
escent
es
dami
nhager
açãoapr
endíasermoçambi
cano.Masest
epost
uladoi
dent
it
ári
oer
a
acompanhadoporumanegaçãodeout
rasi
dent
idadesconsi
der
adasnef
ast
aspar
aa
i
dent
idademoçambi
cana 
;tr
ibal
i
smo,r
egi
onal
i
smo,r
aci
smo.Querdi
zerqueami
nha
compr
eensãoi
dent
it
ari
asupunhaaaf
ir
maçãodeumai
dent
idademoçambi
cana,que
porsuav
ezsupunhaumaapr
eensão negat
ivaeaconseguent
enegação deuma
supost
aident
idadeNdaudeondepr
ovav
elment
epr
ovém osmeusbi
sav
ós(
oumesmo
t
ri
sav
ós)
,Changanadepr
oveni
ênci
adosmeuspai
s,Rongadomeul
ugardenasci
ment
o
Ami
nhaaf
ir
maçãocomomoçambi
canof
oidet
almanei
ramar
cant
e,queai
ndahoj
e,
t
alv
ést
ambém porout
rasr
azões,cont
inuoaf
azerdamoçambi
cani
dadeo“
socl
e”
f
undament
aldaaut
o-compr
eensãodomeueuem t
ermosi
dent
it
ári
os.Eumei
dent
if
ico,
mecompr
eendoemeaf
ir
moant
esdemai
sesobr
etudocomomoçambi
cano.
Apesardeent
ão sersemi
nar
ist
aemembr
o daI
grej
acat
óli
ca(o quequerdi
zer
uni
ver
sal
)foicomomoçambi
canoquef
uicont
inuarosmeusest
udosaRomaem 1984.
Par
adoxal
ment
e,nacapi
taldacr
ist
andadeapr
endiaseraf
ri
cano.Nãof
uiopr
imei
ro
nat
ivodeal
gur
esem af
ri
caaaf
ri
cani
zar
-senaEur
opa.Per
sonagens comoSenghor
,
Chei
k Ant
a Di
op,Sekou Tour
é(…)t
inhão i
do na Eur
opa (
França)como Ser
ere,
bamal
equeef
oiem Par
isquedescobr
ir
am oor
gul
hodeumacer
taaf
ri
cani
dade.Par
a
i
ssot
inham cont
ri
bui
dooencont
ropr
imei
roat
rav
ézdal
i
ter
atur
aedepoi
sadper
sonam
com osescr
it
oresdaBl
ackRenai
ssanceamer
icana,em par
ti
cul
arLangst
onHugues,
Cl
audeMackay
;adescober
tadol
ugarcent
ralqueocupav
am aschamadas ar
tes
negr
asna«
 gr
andecul
tur
apar
isi
ense-
josephi
neBaker
-eeur
opei
a-ai
mpor
tanci
ado
Jazznosanost
ri
ntamassobr
etudoor
econheci
ment
odai
nfl
uênci
adaescul
tur
anegr
a
nar
evol
uçãoqueocubi
smodePi
casso,Br
aque,Mat
isser
epr
esent
apar
aar
evol
ução
da ar
te oci
dent
aldo sécul
o XX 
.Mas sobr
etudo a mudança par
adi
gmat
ica da
ant
ropol
ogi
afr
ancesa apar
ti
rdos anos t
ri
nta,de uma per
spect
iva ev
oluci
oni
sta,
admi
nist
ract
iva,r
esi
dual
i
sta(
cfr
.Ki
l
ani
)er
aci
sta,v
ersusumaper
spect
ivacr
ít
ica,que
r
esul
tounar
e-abi
l
itaçãodascul
tur
asaf
ri
canasporMaur
iceDel
afosse,LesNegr
es,
Par
isRi
der
,1927;Geor
gesHar
dy,L’
ArtNègr
e,Par
is,Laur
ens,1927;LeoFr
obeni
us,
Hi
stoi
re de l
a Ci
vi
li
sat
ion Af
ri
cai
ne,Par
is,Gal
l
imar
d 1926.A est
e esf
orço de r
e-
abi
l
itaçãov
ier
am j
unt
ar-
seosgr
andesnomesdeMi
chelLei
ri
s,Mar
celGr
iaul
e,Geor
ges
Bal
andi
er,
Lév
i-St
rauss,
Mir
ceaEl
i
ade.
Quandoeuchegueiaeur
opana,décadaoi
tent
a,omov
iment
odanegr
it
udeest
avaj
á
sem f
ôlegopar
asegui
racor
ri
dadost
empos,ef
oisubst
it
uida,pr
imei
roporuma
l
i
ter
atur
a af
ri
cana cr
ít
ica com pr
essupost
os e obj
ect
ivos di
fer
ent
es dos v
alor
es
def
endi
dosporSenghor
,Cezai
reeDamas.Massobr
etudo,apar
ti
rdosanossept
ent
a
nospai
sesf
rancóf
onoseangl
ófonosospr
ocessosdasi
ndependênci
asaf
ri
canasdei
xa
opal
coapr
obl
emasi
dent
it
ári
osqueganhãocor
poat
rav
ézdonasci
ment
odeuma
l
i
ter
atur
afi
l
osóf
ica,pr
imei
ro decar
act
eret
nol
ógi
ca-
Tempel
seKagame-edepoi
s
cr
ít
ica-
Hount
ondj
i
,TowaeEboussi
-.
Assi
m,enquant
o a pouca f
il
osof
ia que se apr
endi
a em Moçambi
que er
a uma
si
mpl
i
ficaçãodomar
xismopar
aomai
ornúmer
oeescol
ast
icapar
aoexí
guonúmer
ode
semi
nar
ist
asaoqual
euper
tenci
a,osmeusnov
oscol
egasor
iundosdaaf
ri
caangl
ofona
esobr
etudof
rancof
ona anal
i
zav
am aemer
gênci
adeum pensament
ofi
l
osof
icogr
ego
apar
ti
rdeumaper
spect
ivaqueAssant
ichamar
iadeAf
roncent
ri
caquei
adeChei
kAnt
a
Di
opat
éObenga,
li
am af
il
osof
iadahi
stor
iaededi
rei
todeHegelcom osol
hoscr
ít
icos
deTowa,
anal
i
sav
am ast
eor
iasdi
fer
enci
ali
stasdeGobi
neauapar
ti
rdocr
it
ici
smodeE.
Fi
rmaner
aci
ali
stasdeBl
yden,
etc.
Ent
ãocomeceiadei
xar
-mei
nst
rui
r,nãosópel
osmeuspr
ofessor
es,especi
ali
stasem
Ar
ist
otel
es,Kant
,Sar
tre,Haber
mas,Ly
otar
d(.
.,
);mast
ambém pel
osmeuscol
egas
i
nici
adosnaneo-
tent
ati
vade f
il
osof
osaf
ri
canosal
evaraAf
ri
ca a sersuj
eit
odasua
Hi
stor
ici
dade,at
rav
ésdamobi
l
izaçãodosmét
odosdest
adesci
pli
nanaanál
i
seda
act
ual
i
dadedospr
obl
emasdocont
inent
e.
Est
a i
ntr
oduçao f
il
osof
ica-
afr
icana de car
acat
er t
eor
ica e epest
imol
ogi
ca f
oi
acompanhadaporumai
mer
çãonosdi
l
emaset
no-
ant
ropol
ógi
cosdeumaaf
ri
cani
dade
v
ivi
daquesemani
fest
avam sobf
ormadeet
nici
smosquel
evav
am mui
toscol
egasde
um sóemesmopaí
saagr
upar
em porzonasdeor
igem,per
tençasét
nicas,l
i
nguasde
comuni
caçãocomum,
etc.
Em r
elaçãoaessescol
egaseusent
ia-
medi
fer
ent
e,di
sti
nto,par
ti
cul
ar.Por
quef
azi
a
par
teul
ti
mogr
upodepaí
sesaacederai
ndepedênci
a ?Por
queai
ndependênci
atev
e
quepassarporum pr
ocessodel
utadel
i
ber
taçãonaci
onal
 
?Pel
asopçõesi
deol
ogi
cas
dopai
squeéomeu 
?Nocol
egi
our
bano,
-em f
rent
emesmodaBasí
l
icaS.Pedr
o,onde
v
iviquat
roanos,col
égi
ohi
stór
icoconst
rui
dosobr
eum ant
igocemi
tér
ior
omanopor
v
ont
adedeur
banoVI
IIem segui
daaosev
ent
os quet
inham l
evadoacondenaçãode
Jor
dano Br
uno edeGal
i
leueanecessi
dadededarumaf
ormação susbt
anci
ale
uni
for
me (
propaganda f
idei
) aos f
utur
os env
angel
i
zador
es do nov
o mundo-
,
Moçambi
canoser
amosdoi
s,mai
star
det
rês.Um dosul,eu,um docent
roeout
rodo
nor
te.
Cont
rar
iament
eaosnossoscol
egas,querf
ossem doUganda,doZai
reoudaNi
ger
ia
queapesardocat
oli
cismoenoal
toní
veldei
nst
ruçãoj
unt
avão-
sesóporr
egi
õesde
pr
oveni
ênci
a,nós moçambi
canos est
avamos sempr
ejunt
os,f
alav
amos sempr
e
por
tuguês(
car
act
eri
sti
cassobr
easquai
so col
oni
ali
smo eaFr
eli
mo est
avam de
acor
do)par
aasur
presaei
mcompr
eensãodosnossoscol
egas.Al
í
as,aquest
ãomai
s
comum er
a,v
ocês v
eêm da mesma t
ri
bo,são da mesma r
egi
ão,por
que f
alam
por
tuguêsent
rev
ocês 
?
Padr
esousemi
nar
ist
as,
nósmoçambi
canos,membr
osdeumaqual
queret
nia,
raçaou
r
egi
ão, uni
ver
sal
i
stas pel
a nossa pr
ofi
ssão de f
é ; nós l
uso-
fal
ant
es pel
o
assi
mil
aci
oni
smocol
oni
alpor
tuguês epel
asest
rat
egi
asdeuni
dadepost
-col
oni
al,
er
amosant
esdet
udoesobr
etudomoçambi
canos
Oaf
ro-
moçambi
canot
alv
ézf
ossemel
hordi
zeromoçambi
cano-
afr
icanoem queeume
t
inhat
ornado,sol
i
cit
ouum pr
ofessoral
emãopar
adi
ri
girasuat
esedel
i
cenci
atur
a
sobr
etemasdef
il
osof
iaaf
ri
cana.“
Issonãoéf
il
osof
ia,ouv
i-mer
esponder
”.Edeuma
manei
ra mai
s per
ti
nent
e,ouv
ime di
zer
,“v
ocê é j
ovem,apr
enda a f
azerf
il
osof
ia
debr
uçando-
te sobr
e os cl
ássi
cos da desci
pli
na,quando t
iver
es apr
endi
do e
consol
i
dadoomét
odoeoespí
ri
todaf
il
osof
ia,
ent
ãof
arásoquequi
zer
es.Quêr
emedi
o,
acei
teiamel
horpar
tedest
edi
scur
soepest
imol
ogi
cament
eemor
alment
edi
scut
ivele
f
izumat
esedel
i
cent
iat
urasobr
eGi
ovanniBat
ti
staVi
coeum dout
orament
osobr
e
Vi
coeVol
tai
re.
Enquant
omedebr
uçav
asobr
eami
nhat
ese,dur
ant
easf
éri
asdev
erão f
uiaLondr
es
par
aum est
agi
oli
nguí
sti
co.I
nscr
evi
-menumaescol
aaTot
tri
dge,quar
tei
rãonor
teda
ci
dade,der
igi
daporumaSulaf
ri
cana.Numasext
afei
ra,depoi
sdeumaumapequena
f
est
adaescol
a,adi
rect
orapedi
u-mepar
aacompanharumaest
udant
equev
ivi
aper
to
dacasaondeeuer
ahóspede.Comosou“
obedi
ent
eef
iel
”acei
tei
,edesdeent
ão
acompanhoessaj
ovem,quedesdehádozeanost
ornou-
semi
nhaesposa.Poracaso
essamoçaer
aSui
ça-
dapar
tei
tal
i
anadasui
ca-e,ai
ndamai
sporacaso,ent
reas
di
fer
ent
espossi
bil
i
dadesquet
inhael
aescol
heu f
azerosseusest
udosuni
ver
sit
ári
os
em Lausanne.

Obr
asdeSeveri
noNgoenha
- Alongamar chadaEducaçãopar atodosem Moçambique.
- Alongamar chadaeducaçãoem Áf ri
ca.
- Estat
utoeaxiologiadaeducaçãoem Moçambique.
- Dasindependênciasàsli
berdades.
- Int
erpr
etaçãofolosófi
cadahistór
iadosec.XVI
I.
- Porumadi mençãomoçambi canadaconsci
êahist
óri
ca.

Umaeducaçãonaeracoloni
al.
Aeducaçãomisssi
onári
oasui çaem Moçambiqueteveduascoi
sas:1-posi
ti
vaeout
ra
negati
va.Aposi
ti
vafoiautil
izaçãodasli
nguasmat er
nas.2-anegat
ivaéqueali
ou-
se
aosist
emadecoloni
zação,usodabíbli
aparacoloni
zar.

I
dei
aspadagógi
cas

- Adimensãopr ofét
icadal ibert
açãoem Moçambi que.
- Aeducaçãopar aal i
bertação.
- Preocupa- sepelalibertação,fasesdaeducação.
- AIgreja.
- Ocol onial
ismo.
- Esteaut ortem umav isãodoHomem.
- Defendeumaeduacaçãodi versapar
at odos,baseando-senasl i
nguasmat ernas
dasrespect iv
aszonas.
- Pelapr i
mei r
av ezsur geat raduçãodabíbli
aparaal í
ngual ocal
.
- Osnat i
voser am post osdel adosenquantoqueoscol onossesuper ior
izavam
cadav ezmai s.
- Severino Ngoenhanot ouno seu l i
vro agr andedesv alori
zação dasculturas
afr
icanas.Houv eumagr andef al
taderespeit
opelaculturadoout r
o.
- Elequest i
onasobr eaeducaçãoact ualeaeducaçãocol onialqualdel
asser i
aa
melhor ?
5.OSI
STEMANACI
ONALDEEDUCAÇÃO

Pr
incí
piosbási
cosdapolít
icosdaEducaci
onal
;
Osubsist
emadeFor maçãodepr of
essor
es,e
Pr
incí
pioseobject
ivosdeTransf
ormaçãoCurr
icul
ardoEnsi
noBási
co(
2004)

Demonst
raradi
ferençaentre:I
ndi

duo,pessoaepersonal
i
dade
I
ndi
caredesenvolv
erosf actor
esqueint
ervêm naf
ormaçãodaper sonal
i
dade.
I
ndi
caramelhorteori
aparaodesenvolvi
mentodapersonal
idade.

6.AFormaçãoedesenvol
viment
odaper
sonal
idade
6.1.
Concei
todaper
sonali
dade

Personali
dadeéot ermoqueser efereaum serhumano,quesedifer
enciadosdemai s,
pal
asuamanei radeser ,depensaredeagi rdeacordocom asnor massoci aise
consoante a sua cr
iat
ivi
dade apli
carna práti
ca r
esol
uções necessári
as e úteisà
sociedadeem quev i
ve.El
epertenceaum cer t
ogruposocialondenasceuecresceue
aprendeuacul t
uraesei dent
if
icacom elanumaf ormadeassi mil
açãodev alorese
normassociai
s.

Masodesenv
olv
iment
odasoci
edadedependedemui
tosf
act
oresadest
acar
:

Of
act
orbi
ológi
coouher edi
tári
o
Of
act
orambientesoci
alenatural
Of
act
orEducaçãoousocial
ização.

Fal
ardaacçãoedaimpor
tânci
adeprof
essornossécul
os1,12e17ecompar
arcom a
i
mportânci
adel
ehoj
e.
Fal
ardecomopensaquedeveseroper
fi
ldeprof
essormoçambi
cano.

9ºSeminár
io:Pri
ncí
pios,obj
ect
ivoseestr
utur
adoSi
stemaNaci
onaldaEducação.Ver
asref
ormasintr
oduzi
dasem 1990,1992,
2004.

7.ABORDAGENSAVOLTADADEFI
NIÇÃODAEDUCAÇÃO

Muit
osautoresemui tasconcepçõesf
il
osóf
icas,desdeambi ent
ali
stas,espi
ri
tual
ist
as,
nat
ural
i
stas,cult
ural
i
stas,t
êm dadooseucontri
butoem proldadefiniçãodaeducação.
Est
ascontri
buiçõesconver
gem paraomesmof i
m, odesenvolvi
ment ohumano.

7.
1Oqueéaeducação?
Parti
ndodoprincí
piodequeaeducaçãoéum pr ocessocujoepi
cent
roéohomem e,
pode actuarna confi
gur
ação da sua per
sonal
idade,i
nici
amos o nosso t
rabal
ho
apresent
andoaseguint
equest
ão:

7.
2Dequêéquedependeaeducação,decondi
çõesi
nter
nasdoi
ndi
víduoouda
i
nfl
uênci
adoambi
ent
eci
rcul
ant
e?

Ar
espost
aencont
ramo-
lanasdi
fer
ent
esconcepçõescl
ássi
caspedagógi
cas.

7.
3. Al
gumasdef
ini
çõescl
ássi
cas

Aeducaçãoéum processodedesenvol
vi
mentotendoohomem comooseuepi
cent
ro.
Aeducaçãopodeactuarnaconf
igur
açãodaper
sonali
dade.

Dequêécondi
cionadaaeducação?Condi
çõesi
nter
nasdoi
ndi

duooudai
nfl
uênci
a
doambi
ent
ecir
cundante?

7.4. Asconcepçõesnat ural


ist
as
“A educação e o ensi
no devem adapt ar
-se à natur
eza bi
ológi
ca da criança e as
tendênci
asdeseudesenv olv
imento,quej áestariam basi
camentepr ontasdesdeo
nascimento”
.Osnat ural
ist
asdef endem queosf actor
esexternos,sociai
s,cultur
ais
apenasregul
am oritmoeamani festaçãodeprocessosinter
nosnatos.

7.5. Asconcepçõespr agmáticas


“Educar
-se é desenvol
ver-
se, é aut o-
acti
vi
dade provocada pel
os i
nter
esses e
necessi
dadesdoorgani
smo, suscit
adospeloambient
efísi
coesocial
”.

7.6. Asconcepçõesespi r
it
uai
s
(W.Dilt
hey)“Aeducaçãoéum processoint
eri
ormedi
anteoqualcadapessoav
aise
aperf
eiçoando,acr
edi
tandoasver
dadesensi
nadasdefor
a,quedi
zem comoohomem
deveser”.

APedagogiacatóli
cadefendeque,“aeducaçãobuscaof i
m úl
ti
modavidaeact
ual
iza
di
sposi
çõesexistentespotenci
alment
enoal uno,cul
ti
vandosuasf
acul
dadesment
ais
par
aati
ngiroidealdeperfei
ção,cuj
omodeloéCr i
sto”
.

7.7. Asconcepçõesambi ent


ali
stas
Segundoosambi ent
ali
stas,oambienteact
uasobr
eoi
ndi

duopar
aconf
igur
arsua
condutaàsexi
gênci
asdasociedade.

(Durkhei
m)“Aeducaçãoéumai mposi
çãoaoeducandodemanei
rasdev
er,
sent
irede
agir
,em consonânci
acom osv
alor
essoci
ais.

(Dav
is&Oli
vei
ra),“aEducaçãoser
iaaorgani
zaçãodesi t
uaçõesesti
mul ador
aspel as
quai
ssecontr
olaocompor t
amentodaspessoas,sem consi
derarseuraciocí
nio,seus
desej
os e f
ant
asi
as,seus sent
iment
os e as f
ormas como são apr
opr
iados os
conheci
ment
os.

7.
8. Asconcepçõescul tur
ali
stas
Segundoest
es,“aeducaçãoéum pr ocessoquecr
uzaav
idai
nter
iordoi
ndi

duoea
vi
daexter
nareal
,omundoobj ect
ivodacultur
a”.

“Aeducaçãoéumaactiv
idadecul
tur
aldi
ri
gidaàfor
maçãodosindiv
íduos,mediant
ea
tr
ansmissãodebenscul
turai
squesetransfor
mam em f
orçasespi
ri
tuai
sint
ernasno
educando”.

7.9. Concepçãohistór
ico-
soci
al
“A educaçãoéopr odutodedesenvolv
imentosoci
al,deter
minadapelafor
made
rel
açõessoci
aisdeumasociedade”
.Est
aconcepçãoéradical
mentecr
ít
icaàeducação
i
ndivi
dual
ist
a.

7.
10.Sí
ntese

Deacor docom asconcepçõesaci ma,pode- sei nf


eri
rqueaeducaçãodi zr espei
toa
formasintencionai
sdepr omoçãododesenv ol
v i
mentoindiv
idualedei nserçãosocial
dosi ndi
víduos,envol
vendoespeci alment eaeducaçãoescol areextra-escolar
.Mais
ainda,a educação é t odo o facto,i nfl
uência,acção,processo,que i nt
ervêm na
configur
açãodaexi stênciahumana,i ndiv
idualougr upal
,nassuasr elaçõesmút uas,
num determinadocontextohist
órico-social
.

8.ADI
STI
NÇÃOENTREAEDUCAÇÃOFORMALEAI
NFORMAL

A difer
ença que exi
ste ent
re educação f
orma e educação i
nfor
mal r
esi
de
pr
inci
palment
enosseusconcei
tos,
asaber:

a)Aeducaçãof ormal
A educaçãof ormaléopr ocessodet ransmiti
rouadquiri
rconheci
mentosporum
cri
téri
of ormali
zado,com o uso de pr
incípi
os bem def
ini
dos,exi
sti
ndo est
rut
uras
organizadaspornív
eis.

Aeducaçãof
ormalt
em cur
ri
cul
a,pr
ogr
amasedi
sci
pli
nasdef
ini
dasporár
easení
vei
s
deensi
no.

Quantoaolugarder
eal
ização,aeducaçãotem inst
it
uiçõespr ópr
ias,defi
nidasnos
marcosdoSist
emaNaci
onaldeEducaçãoe,quant
oaocapi talhumano, el
aér eal
i
zada
pori
ndi

duosespeci
ali
zadoser
econheci
dospel
oMi
nist
éri
odeEducaçãoeCul
tur
a.

b)EducaçãoI
nfor
mal

Esteti
podeeducação,nãoobedeceanenhum pr ograma,nãopossuiestr
utur
aenem
sequênci
a.Éregul
adainfor
mal ment
eereali
zadafor
adosmar cosdoSi st
emaNaci
onal
deEducação,
ouseja,éreal
izadanosdi
versossect
oresdavidasoci
al.

EDUCAÇÃOFORMALEI
NFORMAL

Educação segundo,Cunningham,( 1975:9)


,é um pr ocesso de cresci
mento e
desenvol
v i
mentopel
oqualoi ndi
víduoassi
mi l
aum corpodeconhecimentos,demar
ca
seusideaiseapri
morasuahabili
dadenotratodosconheci
ment ospar
aconsecuçãode
grandesideai
s.

Observa-sequetodasasdef i
niçõessemov em em t
ornodevisãoindiv
idual
i
staeliber
al
daeducação,or a,passandoaol ongodosveícul
osentreopr ocessoeducati
voeas
condições hi
stóri
cas e soci
ais em que se assenta a or
ganização da soci
edade.
(Suchodolski
;
1984:113)

Vi
sãocr ít
ica
Asuper açãodaaut onomiaentr
ev i
daeidealnãopodesedarnoâmbi toapenasda
i
ndivi
dualidade,
poi
st ant
oaesferadoindi
vi
dualquant
oaesf er
adoambi
enteacham-
se
vi
nculadasacondiçõesconcret
asdev i
damater
ialesoci
al.

Obj
ect
ivos

*Educa-
separaqueosindi

duos,repi
tam oscomport
ament ossoci
aisesperados
pelosadul
tos,
demodoqueseformem àimagem esemelhançadasociedade.

*
Condi
çãopar
aqueosi
ndi

duossef
ormem par
aacont
inui
dadedav
idasoci
al.

*Educa-
se e desenvol
ve-
se a aut o-act
ivi
dade pr
ovocada pel
os i
nter
esses e
necessi
dadesdoorgani
smo,susci
tadaspeloambient
efí
sicoesoci
al

Educação

Éopr ocessodet r
ansmissãodeconheci mentos,habil
idadedeexper i
ênci
a,aptidões,
ati
tudes,princí
pios,i
dei
as,v alor
es,costumes,normassoci aiseasr egr
asàsger ações
maisjov enscom f i
m depr epara-l
oparaav idaepar aot rabal
ho.Também podesera
tr
ansmi ssãodeconheci ment os,saberser
,saberestar,saberfazer
,poderfazer
,quer er
saber,queressaberestardosaberf azeresaberser.

Adi
sti
nçãodaeducaçãof
ormalei
nfor
mal
Aeducaçãof or
mal-r ef
ere-seatudooquei mpli
caumaf or
maist
oéal goi
ntel
i
gível
,
est
ruturado,o modo como al go se conf
igur
a,estr
utur
ada,or
gani
zada,pl
anejada
i
ntencional
mente,
sist
emática;

Aeducaçãoinformal-émaisadequadapar aindicaramodal i
dadedaeducaçãoque
r
esultado“cl
i
ma”em queosi ndiv
íduosvivem,envolvendotudooqueoambienteedas
r
elaçõessoci
o-cul
tur
aisepol
i
ticasimpregnam avidaindivi
dualegrupal
.

Aeducaçãocompl
ement
avár
ioscar
act
eres:

Carácterhist
órico–Estár el
aci
onadacom aaqui siçãodasexperi
ênciasgeneral
izadas
econheciment osvali
dosdosnossosant epassados,noqueser efereasaberesmodo
deacção acumul adosnodecur sodaact ivi
dadehi st
óri
cadeant igageraçõespar a
proporci
onaranov ageração.Ex.quandosei nvesteum presi
dentequequandohá
l
ançament o de uma pedr afaz-
se um r it
ot r
adici
onal(phal har)adquiri
do dos
antepassados.

Carácterdeclasse–cor r
espondesempreaosi
nteressesdaclassedomi nant
e,ondeo
poderestánoest adoetodasasacti
vi
dadesoestador egul
a.Ex.
:insti
tui
çãodalei4/
83
erafrequent
adaapar t
irdosseteanosdei dadeondepr ocur
a- seai r
radi
ação do
analf
abeti
smo.

7.CARÁCTERHI STÓRI CODAEDUCAÇÃO


Aeducaçãoem suamai ssimplesfor
maéencont radanassociedadespr i
mi t
ivasede
povosbár bar
os,ainãoseachaescol asnem mét odosdeeducaçãoconsci entemente
reconheci
doscomo t al,massoment eamai sl i
geir
adi f
erenci
ação deumacl asse
docente.E,nãoobstante,éevi
denteacaract
erí
sti
caessencialdoprocessoeducacional
– oaj ust
amentodacr iançaaoambi ent
efísi
co esoci alpormei odaaqui si
çãoda
experi
ênciadegeraçõespassadas.

Act
ualmentea soci
edade étão compl
exa,quet or
na di

cilpercebera ver
dadei
ra
nat
urezadopr
ocessoeducat
ivoi
ntegr
alesuarel
açãocom avidasocialcomoum t
odo.

Noest ádiopr
imi
ti
vo,ondeasociedadeét ãosi
mpleser udimentar
,mai
sfacil
mentese
podedet ermi
naranaturezageral
,of i
m,omét odo,aor gani
zaçãoeor esul
tadoda
educação.Peloseuestudopodechegar-seaumacompr eensãomelhordosestádi
os
poster
ioresemaiscomplexosdaacti
vi
dadeeducatici
onal.

a)Educaçãopr
áti
ca

Otrei
nonospr ocessosdeobt ençãodeal i
mentos,vestuár
ioedeabrigo–quesão
i
mposiçõesdanat urezadir
ectaeper manenteparat odooi ndi

duonasoci edade
pr
imit
iva–consti
tuisuaeducaçãoprát
ica.Apesardi
sso,nunca,
outal
vez,r
aramentese
podeencont
rarporpar
tedasoci
edadeum pr
ocessodeeducaçãoconsci
ent
eedi
rect
o.

A educação adqui
re o conheci
ment
o necessár
io por mei
o da mut
ação e do
i
nconsci
ente.

b)Educaçãot
eór
ica

Háout
rafasedavidapr
imit
iva,queocupaosadultosequepossuiov
aloreducat
ivo
par
aosjov
ens:Cer
imóni
as,
dançasepr át
icadef
eit
içar
ia.

Tais execuções ri
tuai
s const
it
uem o cult
oreli
gioso dos pov
os pri
miti
vos e são
necessári
os ainda antes do que a caça,expedição mi
li
tar
,colhei
ta,pl
anti
oe
armazenament o.

c)Cer
imóni
asdei
nici
ação

Possuem v alorespeci
aleducativo.Vamosencontr
a-l
asem todopovopr i
miti
vo.Há,
geral
ment e,cerimóni
asdei niciação par
ameninasorient
adapormul her
es;epara
rapazes,orient
adaporhomens.Est et
ipodeeducaçãoémui t
oimpor
tante.Apr
esent
a
muitasvariações,detr
iboem t
ribo.

8–CARÁCTERDECLASSEDAEDUCAÇÃO
Desde as sociedades mais antigas,com o surgi
mento das cl
asses soci
ais,a
educaçãofoisempretidacomoi nstrument
odaclassedomi
nante,t
endoporobjecti
vo,
defenderosseusinter
esses.

SegundoChar lot(1979:
13)“Asinst
ânciasideol
ógi
casdoEst adoencar
regam- seda
produção,
reproduçãoedifusãodepr
incí
pioseval
oresqueassegur
am osi
nteressesdo
si
stemapolít
icoeaest abi
li
dadesoci
al”
.

Severi
no,(1986:50)esclareceque“ ospr ocessoseducat i
vosgeram edesenv ol
vem
for
çascont r
aditór
ias,quecompr omet em ofatali
smodar epr
odução,querideol
ógica,
quersocial
,actuandonat r
ansformaçãodar eali
dadesocial.Osprocessoseducati
vos
podem proversaberaosi ndiv
íduose,estescompr eenderasrel
açõesreaisdopodere,
actuandonaformaçãopol ít
icadasclassesdomi nadas”.

Estas posi
ções l
evam-nos a compr
eenderque a classe domi nant
e provi
denci
aa
educaçãoaosindiví
duosdeacor doeem defesasdeseusinteressespolíti
co-
soci
ais.
Mas,porout rolado osindi
víduosjáinst
ruídospodem def enderem outroti
po de
i
nteressescont
rár
iosaodaclassedominant
e.

9.ÁREASDAFORMAÇÃODAPERSONALI DADEDOI NDIVÍDUO


A educação académi
ca não é suf
ici
ente par
a o desenvol
vi
ment
o do homem.A
for
maçãodaper
sonal
i
dadeéumadasár
easdaeducaçãoint
egr
aldoindi

duo.Assi
m,
af or
maçãodaper
sonal
i
dadeenv
olv
evári
asár
easdent r
easquais,destacamosas
segui
ntes:

 Educaçãof ísi
ca, quev isacriargostodoseupr ópri
ocor po;
 Educaçãoi nt elect ual
,queser esumeem amorpel osaber ;
 Educaçãoambi ent al
,quet em porf i
nalidadecul t
ivaroamorpel anaturezae
preservaçãodoambi entesão.
 Educaçãoest ética,tem em v i
staeducaraper sonali
dadeat eramoraobel o,
saberapr eciarascoi sasbelas.
 Educaçãomor al
, sabergostardobem edet estaromal .
 Educaçãol abor al,sabendoqueot rabalhoeducaef ormaohomem,af ormação
l
abor al
t em em v i
st aeducarohomem at eramorpel otrabalhoeprof
issão.
 Educaçãopat ri
ótica,visaeducarohomem at eramoràsuapát ri
a.
 Educaçãocí vicaeét i
ca,tem em vistaasaber -
secompor tarper
anteasociedade,
conhecerasboasmanei rasdeseest ar.

Ár
easdaper
sonal
idadedeum i
ndi
víduo

Áreadaeducaçãomor al–aeducaçãoéumaacti
vi
dadecult
uraldir
igidaafor
maçãode
i
ndiví
duosmedi anteatransmi
ssãodebenscul
turai
squeset ransformam em f
orcas
espi
ri
tuai
si nt
ernasdoeducandoumav ezqueoindivi
duot
em quesabercompar aro
bem eodiaromal .

Áreadaeducaçãoint
electual–apersonal
idadetem quesaberestudar,t
eroamor ,ao
saberdesenvol
vere aplicaros conheci
ment os uma vez que o indiv
iduo não é
harmoni
camentecompleto,massi
m, preci
sadosv al
oressoci
aisedaética.

Áreadaeducaçãoest ét
ica– oamoraobel o,aper
sonal
i
dadet
em quegost
ardas
coisasbel
asquecat
ivam par
asuaeducação.

ÁreadaeducaçãoAmbient
al–teroamorpeloambient
e,sabercui
dardaspl
ant
as,
dos
animai
seasuacondutaasexigênci
asdasoci
edade.

Ár
eadaeducaçãocrít
icaeéti
ca–apersonal
idadeoui
ndi
vi
duot
em quesaberasboas
manei
raseorespei
topelasnor
maseducaci
onais.

Áreadaeducaçãopolí
ti
caepatr
iót
ica–oi ndi
vi
duodev et
eramorpel
apát
ri
a,saber
respei
tarasnor
masdum paí
segozardosseusdi
rei
tos.

Ár
ea da educação fí
sica -o indiv
iduo devet
eramora sipr
ópr
iot
rat
ando-
se
hi
gieni
cament
eprat
icandoexer
cíciosfí
sicos.

Ár
eadaeducaçãolaboralouprofissi
onal–oamoraotr
abalho,gost
ardefazeroude
cr
iarexpect
ati
vas para mel
horaro seu per
for
mance dent
ro das del
i
mitações do
pr
ofi
ssi
onali
smoet ersi
gil
oprof
issional
.
12.REFERÊNCI
ASBI
BLI
OGRAFI
CAS

1.Pil
ett
i,Cl
audino“DidáticaGeral
”,23ªEdi
ção,Edi
toraÁfrica,
2001.
2.Moçambi que,“Rel
atóri
oNacionaldoDesenvolvi
ment oHumano, 2000”
.
3.Manroe,Paul “
Hist
óriadaEducação”,Edi
tor
aNaci onal,
SãoPaulo,1988.
4.Extr
actosdosManuai s

AIMPORTÂNCIADALI
GAÇÃOPEDAGOGI
A-PSI
COLOGI
ANOPROCESSO DEENSI
NO
EAPRENDI
ZAGEM

Al i
gaçãoPedagogi a-Psicologi
anoPr ocessodeEnsi noeApr endizagem (PEA)é
i
mpor tanteporqueper mite,aofuturoprof
essor,umacompr eensãoev isãoprof
undado
fenómenoeducat ivo,especial
ment edassuasmani f
estaçõesnoâmbi todaescol a.
Assim, enquantoaPedagogi aéum campodeconheci ment osqueinv esti
gaanat ureza
dosf i
nsdaEducação, aPsicol
ogiadesenvolveasquest õescomo:of uncionament oda
acti
v i
dadement al
,ai nfl
uênciadeensi nonodesenv olvi
ment oint
electual,aactivação
das pot encial
i
dades ment ai
s para a aprendizagem,a or gani
zação das r el
ações
professor-al
unosedosal unosent r
esi,aesti
mul açãodogost opeloest udoecont ribui
paraaor ient
açãopr ofi
ssionaldosalunos.

Damesmamanei raaPedagogi aestáli


gadaasout r
asCi ênci
ashumanaspor que
estasaj udam adet erminarosmei osapr opri
adospar aaf ormaçãodohomem ea
reali
zarplenamenteassuascapaci dades,assuasf orçaspsíquicasef í
sicas.Entr
eel as
destacamosaSOCI OLOGI AEDUCACI ONALqueaj udaosPr ofessoresar econhecerem
asr el
açõesent r
eot rabalhodocenteeasoci edade.Também ensi naav erareali
dade
socialnoseumov i
ment o,aparti
rdadependênci amút uaentreosseusel ementospar a
determinaros seus nexos const i
tuti
vos da realidade Educacional.Com i st
o,o
Professorv êasaladeaul ascomoum ambi entesocialquef orma,junt
ocom aescol a,
oambi enteglobaldaact iv
idadedocent eorganizadopar acumpr irosobj ecti
vosde
Ensino.

ALGUNSCONCEI
TOSBÁSI
COS

OqueéEDUCAÇÃO?
Pel
asuacompl
exi
dadedef
ini
mosEducaçãoem t
rêsaspect
ospr
inci
pai
s:

 Educação no aspecto AMPLO SOCIAL -é um pr ocesso de transmi


ssão da
experi
ênci
asoci ada (
alpüacumul normasev aloresmorais,opi
niõespolí
t i
case
rel
igi
osas,conhecimentosehabi
li
dadescul
turais)dasgeraçõesmai svelhasàs
maisnov as,com vi
staapr epará-
lasparaav i
daepar aotrabalhodasoci edade.
 Educação no aspect o AMPLO PEDAGÓGI CO -éum pr ocesso def ormação da
personali
dadehumanaqueseef ectuaatravésdainfl
uênciadossegui ntesfactores:
Hereditari
edade,
MeioAmbi enteSocialeEducaçãopropri
ament edita.
 Educação no sent i
do RESTRI TO PEDAGÓGI CO -é uma act i
vi
dade i ntencional
especialmenteori
entadaàf ormaçãoeaodesenv ol
vi
ment odapessoa.

OqueéI NSTRUÇÃO?
Éum pr ocessoeum r esul
tadodaaquisi
çãodosi stemadeconheci ment
oscient
íf
icose
habil
i
dadescogni t
ivas.E,nabasedestashabil
idades,formarohomem par aconcebero
mundot alcomoé,adqui r
irasqual
i
dadesmor aiseout ras,desenvolv
erassuaforçase
capacidades motoras.Assi m,na real
ização da Instrução desempenha um papel
deci
sivooEnsi noSistemático.

OqueéAUTO- INSTRUÇÃO?
Éum t rabalhoi ndependent
eespecial
menteorgani
zado,rel
acionadocom abuscae
com aaqui siçãodeconheci mentosnum det
ermi
nadocampopel oqualapessoat
em
i
nteresse.Porexempl o:aprenderaescreveràmáqui naatravésdum manualsem
preci
sardepr ofessor.

OqueéAUTO- EDUCAÇÃO?
É um t r
abal
ho conscienteeindependente da pessoa ori
entado à f
ormação das
quali
dadesdesejadas.Porexempl
o:umamudançadeat i
tudesedecompor tamento
perant
eumapal estr
a,um di
scur
soe/oulei
turadum li
vro.

RELAÇÃOI
NSTRUÇÃOEEDUCAÇÃO:

Existeumar elaçãodesubor di
naçãodaI nstr
uçãoàEducação, umav ezqueopr ocesso
eor esult
adodaI nstruçãosãoor i
entadospar aodesenv olvi
mentodasqual idades
específi
cas da per sonali
dade.Portanto,a Instr
ução,medi ante a Educação,tem
result
adosf ormativ
osquandoconv ergeparaoobj ecti
voeducativ
o,ist
oé,quandoos
conheciment os,ashabili
dadeseascapaci dadespropi
ciadospelaeducaçãoset or
nam
princí
piosreguladoresdaacçãohumana,em conv i
cçõeseat it
udesr eai
sf r
enteà
reali
dade.

OqueéENSI NO?
Éum processoespecialmui
toorgani
zadodaint
eracçãoentr
eopr of
essoreoaluno.A
essênci
a dessa inter
acção consi
ste em t
ransmiti
r e adqui
ri
r conheci
mentos e
habil
i
dadescogni
ti
v as.

OqueéENSI NAR?
Éumaact i
vi
dadedoprof
essororient
adaàt r
ansmissãodosconheci
mentosedas
habi
l
idades;ét
ambém adi
recçãodaacti
vi
dadecogni
ti
vaeprát
icadoal
uno.

OqueéAPRENDIZAGEM?
Éoprocessodeaqui
siçãodosconheci
ment
ospel
aact
ivi
dadei
ntel
ect
ual
,ger
alment
e
com of
im desepoderr
eal
i
zá-
losnapr
áti
ca.

OqueéAPRENDER?
Éumaactivi
dadedoal
unoor
ient
adaàaqui
siçãoedomi
naçãodosconheci
ment
oseda
shabi
l
idades.

OqueéOPROCESSODEENSI NOEAPRENDI ZAGEM -PEA?


Éum trabal
hopedagógi codainteracçãoprofessor-alunonaqualseconj ugam factores
ext
ernoseinternos:
 Fact oresExt ernos-actuam naformaçãohumanacomodi r
ecçãoconsciente
e planif
icada,at r
avés de Objecti
v os,Cont eúdos,Mét odos e Formas de
organizaçãopr opostospelaescolaepel ospr ofessores.
 Fact oresInternos-sãoascondi çõesf ísicas,psíquicasesócio-cul
tur
aisdos
al
unos, em dependênciadai nfl
uênciaexter na.

RELAÇÃOENTREENSI
NOEAPRENDI
ZAGEM

ArelaçãoentreEnsi noeapr endi


zagem ér ecípr
ocanaqualsedest acam: opapel
di
ri
gentedopr ofessoreaact ivi
dadedosal unos.EnquantooENSINOv i
saesti
mular
,
di
ri
gir,incenti
var,i mpul
sionar o pr ocesso de apr endi
zagem dos alunos; a
APRENDIZAGEM éassi milaçãoact i
vadeconheci ment osedeoperaçõesmentais
par
acompr eendê-l
oseapli
cá-losconscienteeaut omati
camente.

Esquemader
elaçãoent
reENSI
NO,
INSTRUÇÃOEEDUCAÇÃO

ENSI
NO

I
NSTRUÇÃO EDUCAÇÃO

Saber Saber
-f
azer Qual
i
dadesda
Quali
dadesdo
Consci
ênci
a
compor
tamen.

Conheciment
o Habi
l
idades Conv
icções
ModosdeComp.
Reconheci
mento Capaci
dades At
it
udes
Hábit
os
Compreensão
Qual
i
dadesdocar
áct
er–conj
unt
odas
par
ti
cu–
Lar
idadesdoi
ndi

duo.
2ªUNI
DADETEMÁTI
CA

OSERPROFESSOR

1.OPROFESSOR:SUAFORMAÇÃOACADÉMI
CAEPEDAGÓGI
CA

OqueéFORMAÇÃOACADÉMI CA?
É o processo eo r esultado deest udosger aiseespecífi
cosfeit
osnum domí ni
o
parti
cularporum indi
víduo.Estaf ormaçãodesenv ol
v ado,umacompet
e,porum l ênci
a
acentuada numa ou mai s discipli
nas científ
icas conf
orme o nívelde est
udos
efect
uadose, poroutr
ol ado,desenv olveaculturageral
.

UmaFormaçãoAcadémicanãodeveest
arcent
radaapenassobreumaouum gr upode
di
sci
pli
nasmasdeveassegur
araomesmoaber tur
assobreout
rosdomí
nioscientíf
icos
epart
ici
par
,àsuamaneira,nafor
maçãoenodesenv olv
imentodaper
sonal
idadedos
al
unos.

OqueéCULTURAGERAL?
SegundoPaulLangevin"aver
dadei
raCult
uraGeraléaquelaquetornaohomem aber to
at udo o que não é pr
ópri
o,a t
udo o que ultr
apassa o estr
eit
o círcul
o da sua
especial
idade"
.
Assim,aCul tur
aGeralpermi
teaoindi
víduoteridei
aspr eci
sasnalgunsdomí ni
osda
acti
vidadehumana,sercapazdetr
ansf
erirassuasactivi
dadesintel
ectuai
sadquir
idas
paraoutrosdomíni
osdepensamentoeteranoçãodosl i
mi t
esdoseuconhecimento.

OqueéFORMAÇÃOPEDAGÓGI CA?
Éoconj untoeor esul
tadodosprocessosqueconduzem um i
ndi
v í
duoaexerceruma
acti
vi
dadepr ofi
ssional
:adePROFESSOR.
Elaéindispensávelenãoseopõedemodonenhum àFor maçãoAcadémica.Par
adizer
queseaf ormaçãoacadémicaénecessárianãoé,noentant
o,suf
ici
enteparaum bom
educador.

Conclusão:comosepodeconst atar
,oProfessorj
ánãoéuni camenteaquel equetr
aze
tr
ansmi t
einfor
maçõesantecipadaecui dadosamentepr
eparadas.Em cer oscasos,el
t e
devepoderr esponderàspergunt asdosseusal unosouindicar-
lhescomoencont rar
solução.Noutr
oscasosoPr ofessordesempenhaum papelde" perit
o"supondopossuir
umaampl acul
turager
alqueultrapassaolimit
adoquadrodeumaespeci al
idade.

2.OPERFILPROFI SSIONALDOPROFESSOR
2.
1. OIndivíduoEducador
2.
2. OProfessornasuat urma
2.
3. O Professornum estabel
eci
mentodeEnsinoemembr
odeumaEqui
pa
Pedagógi
ca
2.
4. OProfessor,membr odeum Cor
poProf
issi
onal
.
2.
1.OI
NDI
VÍDUOEDUCADOR

Oindiví
duoEducadoréum dosmembr osdasoci edadenaqualv i
vem osalunos.Estes
podem estabelecercom el
easr elaçõeshabituai
squel i
gam nor malmenteumacr iança
aum adul to.Masdepoi sdeconheci docomot al,oprofessorservedel açodeuni ão
entr
eosal unoseasoci edade-al
unoporum l ado;e,poroutro,ent
reasociedade-al
unoe
asociedade-adult
a,naqualeleprópri
opertence.

a)COMOÉQUEOPROFESSORÉPERCEBI
DOEDESEJADO?

Pel
ospr ópr
iospr ofessores-el esnãosequer
em "discí
pulos"massim" mestr
es"porque
acr
edit
am nossegui ntesaspect os:
- ot r
ansmi t
irosconheci ment osépar
aosprofessores
- eodesenv ol
v erosr esultadoséparaosal
unos.
Mas,hojeem di a,expr i
mem mai sodesej
odeconhecerosal unos,deestabel
ecerum
di
álogocom eles, anecessi dadedeamarosalunoseamadoporel es.

Pelos própr ios alunos -par a est


e exist
em duas opi ni
ões segundo aquilo que o
Professorrepr esent aparaeles:
- oPr ofessoréoadul todequenãosegost apor queaprovei
ta-
sedasuasi t
uação
parasat isfazerosseusi mpulsos,asuamal evol
ência,asuamaldadeesempr ecom
umapr eocupaçãodef eri
rosalunosoupor queapenasapr esent
ai ndi
ferençae
desinteresseporel es.
- O Pr ofessor como aquel e que favorece as possibi
li
dades de identif
icação,
preservandoai gualdadequantoaodi r
eitodecadaal unoaoamordopr ofessore
esteaosal unos.

Exer
cíci
o2

- ComoéqueeuFormandodoUPv
ejooFor
mador
?(f
azerum t
rabal
hocom osseus
col
egasdogr
upo)
.

b)ASCONDI
ÇÕESNECESSÁRI
ASPARAUMABOARELAÇÃOPROFESSOR-
ALUNO

Pri
meirodestacamosalgunsaspect
ospsico-
pat
ológi
cosquepodem di
fi
cul
tarest
aboa
rel
açãoentr
ePr of
essoreosseusalunos:

 Umat
endênci
apar
aaNeur
ose

O que é NEUROSE? É um di stúr


bio ment albeni gno caracteri
zado por:
compr eensãoincompletadanat urezadumadi f
icul
dade,confl
itos,reacçõesde
ansiedade,enfraqueci
mentopar cialdaper sonali
dade,presençaf requentede
fobias,pert
urbaçõesdigest
ivasecompor tament oObsessivo-i
mpul si
vo( i
dei
as
presentes e frequent
ementei ndesejávei
sei mpulsos para efectuaractos
i
rracionai
s).
O queéFobi
a?Éum medof or
te,per
sist
ent
eei
rr
aci
onalpr
ovocadoporum
est
ímul
oousi
tuaçãoespecí
fi
ca.

Al
gumasdafobiascomuns:
 Acrof obia-medodasal t
uras
 Agor af obia-medodelugaresabertos
 Claust rofobia-medodelugaresfechados
 Hemat of obi
a-medodesangue
 Nictof obia-medodaescur i
dão
 Xenof obi a-medodeestranhos
 Zoofobi a-medodeanimais
 Lissof obia-medodeset ornardoente
 Fobof obi a-medodetermedo.

At altendênciaparaaNeur osecar acteri


za-seporumaper turbaçãoaf ectivamai sou
menosconsci ent
e,queseexpr imesubj ecti
vament equerporumahi per emotividade
(angústia,emoções),querporumapenosahi pocondri
a( umapr eocupaçãoexager ada
em r el
açãoapr óprasaúde)ou obj
i ectivamente pel
ar eali
zaçãopl ásticadef al
sas
doenças,porexempl oahi steria(i
nstabili
dadeemoci onal,repressão,di ssociaçãoe
sugestionabil
i
dade).
Difer
entement edestatendência,oprofessordev eserabert
oegener oso,epar aoqual
aabnegação( r
enúnciaaprópriavontade)épar t
icul
armentenecessár ia.

.Umat
endênci
aPar
anói
ca

O que é Par anóia? – é um distúr


bio psicót
ico car
act
eri
zado pordel
ír
ios
persi
stent
es e incapaci
tantes,al
tamente si
stemati
zados,de per
segui
ção ou
grandeza,
ef ort
ementedefendidospel
opaciente.
Temoscar acter
íst
icasdetendênci
aParanóicatai
scomo:

 Asobr esti
maçãopat ol
ógicadoEU,or gulhoouv aidade,vel
adaporumaf al
sa
modést i
aequepodei rdasimpl espresunçãoàsmai sextravagant esidei
as
megal ómanas;
 A desconf i
ança geradora de inquietação e de suspei t
a que pr ovoca o
i
sol ament oeinci
ta(excit
a,insti
ga)opar anóicoaj ulgar-
sev í
tima;
 Af al
sidadedoj uízoquedependedapr eponder ânci
a,dopr edomí ni
o,dos
valoresaf ecti
vossobreosr esí
duosempí ri
cos( r
estosi medi atos)equese
agrav adev doaum amori
i mpossí velpelalógica.
 Ai ncapacidadeparasesubmet eraumadi sci
plinacolecti
va, aum espí ri
tode
grupoequesepodeexpr i
miratravésdedi versascondut as:abor recimento,
solidãov ol
untári
a,vagabundagem, etc…

.AAnsi
edadedoPr
ofessor
/Educador
Car
act
erí
sti
casdat
endênci
apar
aaansi
edade:

 O sent i
ment odai minência( proximidade)dum peri
go,masdeum per i
go
i
ndet erminado,queestápar achegar ;
 Aat it
udedeesper adi
ant edoper igoqueév erdadei
roestadodealertaeque
i
nv adet ot
almenteoindivíduo;
 Aconv i
cçãodai mportânciaabsol ut
aeosent imentodadesorgani
zaçãoeda
prostraçãodiantedoper i
go.
Um educadoransi osoprojectaasuaansi edadesobreosseusalunosecol oca-
osem si tuaçõest r
aumat i
zantes,qual querquesejaai dadedacr iança,mas
part
icularment enomoment odapuber dade,em queodesequi l
íbr
iohor monal
constituit
ambém um t err
enof avorável.

Postoist
o,dizemosqueascondi çõesdeexercíci
odafunçãoeducati
vanecessár
ias
são:
- um estadof í
sicosatisf
atór
io;
- umasaúdesól ida;
- umaexi gênciapr of
undadeor dem i
ntel
ectualecul
turalquesupõeumaampl a
cul
tur
ageral;
- umadi sponibi
lidadeeumaapt idãoparaasreadapt
ações.

Exer
cíci
o3

Conver
secom osteuscolegasdogrupo.
1.Quet r
aumaspodet r
azer,um pr
ofessoransi
oso,
nav i
dadosal
unos?
2.Queconsequênciasnegati
vasum professor
,com t
endênci
aparanói
ca,podet
razer
navi
dadaEscolaedoscolegas?

2.
2-OPROFESSORNASUATURMA

opr
ofessornasuat
urmaassumeassegui
ntesf
unções:

O MESTRE-éaquel equetransmit
et odososconheci
mentos;quedevesermui t
o
exi
gent
e,senão o al
uno não saberi
a nada;dev
e servisto pel
os al
unos como
tr
ansmi
ssoruni
camentedeconheci
mentos.

OTREINADOR-éaquel equedev etr


ansmit
iraosalunosum númer odeconheci
ment os
efaze-
lostr
abalharnoaprofundamentodoscursos;aquel
equedev esermuit
oexigente
senãooalunotrabalhar
iaapenasnasmatéri
asquel heagradassem eétambém aquele
quesugereconhecimentosaadquir
ir.

O GUIA-éaquel equedevetransmi t
irum númer odeconhecimentosaosal unose
sugeri
r-
lhes métodospar
a continuara aprofundaresses conheci
ment os f
ora do
âmbitodoscur sose/oudasaul as;étambém aquel equepoder esponderauma
necessi
dadedeconheciment
osquandoel asemanifest
a.
O SUPERVI
SOR-éaquel equesuger et r
abal
hosesupervi
sionaasuareal
i
zação;é
t
ambém aquelepar
aquem oal unoapr ender
iamelhormasmenosrapi
damenteeem
menorquant
idadesesel hedeixasset ot
alli
ber
dade;eenfi
m,éaquelequepropõe
maneir
asdeadqui
ri
rconheci
ment os.

O CENTRO DE DOCUMENTAÇÃO -éaquel equedeixaaosalunosaescol hados


tr
abal
hosaf azereservedeCentrodeDocument
açãosei
ssolheépedido;étambém
aquel
eparaquem oalunoaprenderi
aomesmoedamesmamanei rasef ossedeixado
sozi
nhonasmat ér
iasquelheagradam,ouai
ndaaquel
equepodeajudaroalunof ora
dasmatér
iasacadémicas.

O DIRECTOR -éaquel
equeuti
l
izao seusabereasuapr ópri
aexper
iênci
apar
a
det
erminaromododeacçãodoaluno;opr
ofessordeci
deer
esol
veoproblemaem
l
ugardoaluno.

O CONSELHEI RO -é aquele que procura no aluno as potenci


ali
dades do seu
comportamento,est
abel
ece com ele para o ajudara descobri
ras suas própri
as
modali
dadesdeacção,af ormularassuaspr ópri
asdecisõesedesej aqueoal uno
tenhai
ndependênci
adepensamento.

GUARDIÃO DADISCI
PLINA-éaquelequeser
efer
emui
toàsr
egr
as,àt
radi
çãoeà
aut
ori
dadeecrênavi
rt
udedapuni
ção.

OINFORMADOR-éaquel equedái nf
ormaçõesmasabst ém-sedecomunicarasua
opi
nião.A transmissão de um saberou de um conhecimento com v
ist
a a uma
apr
endizagem par
ece-lheasuafunçãopri
nci
pal.

O ESTIMULADOR -é aquele que ut


il
iza as si
tuações do Pr
ocesso de Ensi
no e
Aprendi
zagem demodoaquepossam serest i
mul ant
esparaoalunoeconduzi-loà
acção.Oprof
essor
,nest
afunção,
crênav i
rt
udedar ecompensa.

O INTERMEDIÁRI
O -em cer tas cir
cunstânci
as,em lugarde t
rat
arele própri
o
di
rectamenteoprobl
ema,opr ofessorasseguraaajudadeoutr
aspessoasfazendo
deri
varoprobl
emaear esponsabili
dadesobreeles.

No decurso das suas acti


vi
dades docent
es,o professorpode assumira
total
idadedasfunçõesepassardumaf unçãoaoutr
asem pr
obl emas.Noent
anto,cada
professorapresentaumat endênci
adomi nant
epar aaelevação deumaouv ári
as
funçõesdepreferênci
aaoutras.

Exer
cíci
o4

Ref
li
ctaedi
scutacom osseuscolegasdogrupo:
1.Qualdasfuçõesémaisimportant
e?Porquê?
2.Em qualouem quai
sdestasfunçõesvocêseident
if
icamai
s?
Opr ofessornasuaTur ma,paraal
ém dasf unçõesacimadescri
tas,assumetambém as
de PSI CÓLOGO e SOCI ÓLOGO,na medi da em que aj udam na const r
ução da
personalidade do al
uno;querdizer,o pr ofessor
,no ambiente social
,é lev
ado a
desempenhar um papelcada v ez mai si mport e de l
ant i
gação aos serv i
ços
especiali
zados que se vão desenvolv
endo,como:Psi col
ogia Escolar
,Orientação
EscolarePr ofi
ssi
onal,Ser
viçoSoci
al,etc.

O Professor
/Educadorestandonapresençadum grupo,devesercapaz,nãosóde
anali
sarospr ocessosquesedesenr olam no sei
o do gr
upo,mast ambém deos
organi
zar,deosor i
entaredeosdi ri
gir
.Porisso,éimportant
eei mpresci
ndí
vela
preparaçãodoprofessorpar
aavidadogrupo.

OPr
ofessornasuaTur
maéLíder
;e,
sendolíder
,vi
veasseguint esat
itudes:
- Aat
it
udedopr of
essorem r
elaçãoasi própri
o
- Aat
it
udedopr of
essorem r
elaçãoaoal uno
- Aat
it
udedopr of
essorem r
elaçãoaogr upo/turma
- Aat
it
udedopr of
essorem r
elaçãoàreal i
dadeEscolar
- Aat
it
udedopr of
essorem r
elaçãoàvidaem ger al.

2.
2.1 –AATI
TUDEDOPROFESSOREM RELAÇÃOASIPRÓPRI
O

Estaat i
tudepodeserv i
st aem trêsdirecçõesdi st
intas:
1ª)cact erizadapordoi saspect os:porum l ado, ainquietação,aansi edadeeaangúst i
a
–opr of
essorest ácontent ecom oseut rabal
ho, repõepat ologi
cament e(doenti
ament e)
em causaaef i
cáciadasuaact iv
idadeeobr i
gaosseusal unosav ivernum climade
i
nsegur ança;e,porout rolado,aest abili
dadepr ofi
ssionalat odaapr ov
a,aaut o-
sati
sfação e a consci ênci a profi
ssionalsempr e serena,cal ma,em r epouso – o
professor t em a cer teza de l evar a “ verdade” aos seus al unos,consi dera-se
repr
esent antev áli
do do sabere a sua at i
tude dogmát ica (i
mper ativ
a,autorit
ár i
a)
proi
biráqual querrelat
ividade.Nest ecaso,apr esençadopr of
essorl evaráaosegui nte
extr
emo: aact i
vidadepessoaldosal unosl i
mitar-se-á,mui tasvezes,aumaact iv
idade
derepet içãodi ri
gidaemai soumenoscamuf l
ada.

2ª)car acteri
zadatambém pordoi saspect os:porum l
adoestáopr ofessorquesóv i
ve
paraasuat urma–nest easpecto,atur maeoambi enteescolarconsti
tuem oúni co
universodopr ofessor
;e,este,tem at endênciapar
a“ hi
perescoli
zar”osal unosem
prej
uízodeumapr eparaçãoparaav ida;eporout rolado opr of
essorqueest áno
ensinopor quenãopodef azernada–exi ste,nest
easpecto,aausênciadeper specti
va
geral,decont inui
dadee/ oudecoer ênciadaacçãoescol arquenãoequi paosal unos
paraaf rontar,
em boascondições,asdificuldadesdavi
da.

3ª)opr ofessorque,pormi ssão,t


eráout omaráduasatiudes:1ªouel
t eseesquecerá
completament edesipr ópri
oem benef í
ciodosalunos–querdi zer,i
nteressar
-se-
ápor
cada criança em par t
icular,ori
entar
-se-á par
a um t r
abal
ho i ndi
viduali
zado e os
object
ivosquesef ixar
em est ar
ãoem relaçãocom ascapaci
dadesi ndi
v i
duaisdosseus
al
unos; 2ªouent ãoquereráserconstantementeobril
hanter
egent edeor quest
radeum
grupoondeel eterátendênciaparaconduzircom alt
ivezenoqualasf íf
ias(condutas
nãopr ev
ist
asenãoacei tes)serãoelimi
nadasnomáxi mo–opr of
essorconsti
tuir
áa
normader eferênci
aeogr upodeverásegui
ror í
tmoi mpost opel
oprof
essor.Arelação
entreosal unoseopr ofessornãoser áfavor
ecidaumav ezqueopr ofessorterá
tendênci
aaserconst antement eum dospól
osdacomuni cação.

2.
2.2 –AATI
TUDEDOPROFESSOREM RELAÇÃOAOALUNO

Aobr adaEducaçãoexigeacomunicaçãoent
reaspessoas;
eestasópodeest abelecer
-senum climaaf
ecti
vo,descont
raí
doeadaptadoàidadedosalunos.Noentanto,amar
acr i
ançanãoéconsi der
á-l
acomoum deusaospésdoqualopr of
essordev e-se
ajoel
har.Amaracriançaéumacondi çãosem aqualaeducaçãonãopodecumpr i
ra
suami ssão.

O aluno dev esent


ir
,f ora de qualquermani f
estação deternur a excessiva, uma
prof
undaer ealami
zadedapar t
edopr of
essor,amizadeessaqueoal unor esponder
á
com sincer
idadeeprofundidadedasuapessoa.
Amaracr i
ançaé,por tant
o,amá- l
aporsimesmaepel oseut rabalhoenãopar aa
sati
sfaçãopessoaleegoí stadoadul t
o.Assim,esteamoréescl areci
dopor queestá
assentenum climaafecti
voapoiadonum conhecimentopsicol
ógicosuf ici
ente.

Cada idade t
em as suas necessidades,as suas exigênci
as,os seus modos de
compor t
amento.Amaracr iançaéper mit
ir
-l
her eali
zarastendênciasdasuai dadee
aj
udá-l
aaat i
ngirodegrausuperi
or.Um bom conhecimentodasl ei
spsicológi
cas evit
a
choques,oposições,
confl
it
osef avor
eceoest abeleci
mentodasboasr elaçõesentrea
cri
ançaeoadul to.

Concl ui
ndo:opr ofessordeverecusaroenv el
heci
mentopsicológi
coetentar,a
todoocust o,manter
-sepr óxi
modosal unos,sequiserconti
nuaraagirsobreel
es.Para
i
sso,épr ecisoint
eressar-seportodasasact iv
idades,tent
ar,namedi dadopossível
,
part
il
haralgumasenãor ecusaroqueénov oeest ranhoparaele.

2.
2.3 –AATI
TUDEDOPROFESSOREM RELAÇÃOAOGRUPOTURMA

otipoder el
açõessoci ai
sent r
eogr upo-tur
maeoPr of
essorvaidaraot r
abalhoeà
atmosfer
ager al,certascaract
eríst
icasquev ão per
mit
irdist
ingui
raqui,doispólos
ni
tidamentedefi
nidos:

)O Pr ofessorprat
icamenteconf undi
docom at urmaqueoescol heupara
l
íder;

)OPr ofessorqueseer guedi antedatur
maequef azv al
erosseusdi r
eit
os
delíderi
mpostopordeci sãoadmi ni
strativ
a.

Napráti
ca,aati
tudedoPr ofessor,dumamanei r
ageral,dev
iapermit
irapassagem de
l
íderi
mpostoàdel íderescol do(oqueéi
hi nevit
ávelnoprincí
piodoano,salv
osese
encar
aapossibi
li
dadeparaosal unosdeescolherosseusprópri
osProfessor
es).
Noentanto,em relaçãoaogr upo-t
urmaoPr ofessorpodeadopt arum dossegui nt
es
est
il
osout iposdeLi derança:Líder“aut
ori
tári
o”,Líder“democr át
ico”
eLíder“ dei
xa
cor
rer”
.
 OPr of
essorLíderAut ori
tári
o-éaquel edequem emanam t odasasdecisões,sendo
estastomadassem consul t
arosalunos;
 OPr of
essorLíderDemocr áti
co–éaquel ecujaacçãof oidescuti
daedef i
nidacom
osalunos;
 OPr of
essorLíderDei xa-corr
er–éaquel ecujaúnicafunçãoédeest arpresenteno
seiodogr uposem nenhum desej odeacçãosobr eogrupo.

Apardestestrêsest
il
os,háum out r
ot i
podepr of
essor-

derquesesenterevest i
dode
umami ssãoecol ocatodaasuav idaaoser vi
çodaEducação.Chamá- l
o-emosde
“apóst
olo”
;porqueoprofessor
-apóstolocolocaàfrent
edosseusv al
oresprofissi
onai
s
e,mui t
as vezes pessoais,o papelf undamentalque o adulto educador deve
desempenharjunt
odacriançaduranteoseuper í
odoescolar
.

2.
2.4 –AATI
TUDEDOPROFESSOREM RELAÇÃOÀREALI
DADEESCOLAR

Areal
idadeescolarporum ladoéum Microcosmosquet em t
endênci
aparasefechar
sobr
esi própr
io,eporoutr
oéum dosaspectosdomei osoci
alnoqualvi
vemos.
Nest
aper specti
va,oProf
essortomadoi
scami nhos:

1º)Aatit
udedoPr of
essorpodel evá-
loaumaacei t
açãoextremaqueset raduz
poruma espécie de submi ssão t
otalàs exigências da vi
da escol
ar:Progr
amas,
prepar
açãodasaulas,preparaçãoparaosexameseout ras.Querdizer
,osProgramas
deEnsinonãosãoconsi deradosem r el
açãoàr eali
dadepsicológi
cadosalunosmas
si
m em fuçãodeumapr ogressãoquedev econduziràsprovasdeexame.


)OPr ofessordar
áespeci
alatençãoer
eal
ceàf
ormaçãodaper
sonal
idade
queéodesenv
olvi
mentodaCult
ura:AEDUCAÇÃO.

Nasi t
uaçãoconcret
adumav erdadeir
aEducaçãonenhumadest asduasperspect
ivas
podef unci
onari
sol
adamentedaoutra.Hánecessi
dadedeusarasduasdependendoda
perspecti
vadaacçãoqueti
ver
mos.

Assi
m, oProf
essornãodev eviveruni
cament
enaescol
a,easuaacçãosobreosalunos
ser
át ant
omai sr i
caepr ofundaquantoelepossaut
ili
zarquercomopretext
o,quer
comopont odeaplicação,quercomopont odecomparaçãodetodasassi
tuaçõesem
queosalunosestãof amil
i
arizados.

2.
2.5 –AATI
TUDEDOPROFESSOREM RELAÇÃOÀVI
DAEM GERAL

A confi
ançanav i
daeoopt i
mismodev em sercaracter
íst
icasessenci
aisdo
Prof
essor.Nãoset rat
adumai ngénuacrençanabondadedanat urezahumanamas
si
m deacei tarluci
damenteque,apesardasdificul
dades,dosobstáculos,épossí
vel
tr
ansformarohomem easoci edade.
Tev e-
se muitas vezes a t endência par
a apresent
aro Pr of
essorcomo um
empr egado,encar r
egado de apl i
cart écni
cas pedagógicas,de fazerest udaros
ProgramasdeEnsi noi mpostospel aAdmi nistr
ação,derespei
tarefazerrespeitaros
regulament osofici
ais.A existênciadeumahi er
ar a– Chef
qui edeestabelecimento
escolar,Inspect
oresdet odasascat egori
as,examesdef im deano… -f avoreci
aa
ati
tudedesubmi ssão,deimitaçãoeder epeti
ção.

Noent anto,dadaamudançadef actosedesit


uações,asaitudeseopiniõesdos
Professorestambém ev ol
uiram.Nest ecaso,poderi
amosdi zerqueumasdasf unções
essenciai
s do Pr ofessor,hojeem di a,édei nventar
,det erimaginação edet er
i
niciati
va.Comopodemosconst atar,aatit
udedoProfessoractualj
ánãoéadeout ros
tempospr eocupadoem r efazer
,com amesmaqual i
dade,osmesmosobj ectos.A
ati
tudedoPr ofessorest ámai spr óxi
madadoar ti
staem buscadenov asfor mase
animadopel odesejodecr iarum mundodesconheci do.

A Educação,na sua gl obali


dade,é um pr ocesso socialque possuia sua
di
nâmicai nternaeque,par aseaper f
eiçoar,dev
epoderapr oveit
ar-sedaexperi
ênci
a
dosqueapr ati
cam.Aatit
udedoPr ofessornãosópodeest arunicament
eorient
ada
paraasuapr áticaact :el
ual e,oProfessor,devepar
ti
cipar
,apar ti
rdasuaexper i
ênci
a
quoti
diana,naobr acol
ect
ivadeafi
naçãodaEducaçãodeamanhã.
2.
3 –OPROFESSOREDUCADORNUM ESTABELECI MENTODEENSI NOEMEMBRODE
UMAEQUI PAPEDAGÓGI CA

Tr
êsper
spect
ivasdi
fer
ent
escar
act
eri
zam est
epont
o:

1ª)Asr el
açõescom osout rosmembr osdaEqui paPegagógica–aeducaçãode
uma cr iança,de um adol escente,de um jovem,r esult
a de uma acção pl aneada,
reunindot odosaquelesqueest ãoem contact
ocom est asidadesafim dequeapr ópri
a
coerênciadasacçõeseducat ivassetornenum doselement osposit
ivosdaeducação.
Ot rabalhoem Equi paPedagógi ca – o Pr
ofessor,o Psicólogo,o Médi co,os
trabalhadoressoci ai
s–éumadasf or masdaactivi
dadeeducat i
vaquet em cadav ez
mai simpor tânci
a,queraoníveldaEducaçãoelementar,queraonívelsecundár
io.

2ª)Asr el
açõescom aDi recçãoeahi erar
quiaAdmi nistrati
va-nest asr elações,
t
omam- seassegui ntesat itudes:asubmi ssão,acolaboração,apar ti
cipação,acr í
ti
ca
eacontest ação.
 O Pr ofessorsubmi sso– éauqel equeobedeceàsdi rectiv
asdaDi r
ecçãoese
submet eàsdeci sõesporel atomadas.
 O Pr of
essorcol abor ador– éaquel equesuger ediferent esmeiosder ealizaros
objecti
v osdaadmi nist
ração,quedáasuaopi niãoacer cadasdeci sõest omadas
pelaDirecçãoequepar ti
cipanaconsultafeit
aporestaant esdasdecisões.
 OPr ofessorpar ticipante–‘ éaquel equediscut
eosobj ect ivosadminist
rati
v oscom
aDi recçãoequeper tenceaogr upo dir
ecção-pr
ofessor esquepensa,pr opõee
reali
zaum model odeor ganizaçãodaescola.
 O Pr of
essorcr íticoecont estatár
io– éaquelequecr iticaasdeci sõeser ecusa
submet er-seàsdi rectivas.
Aol ongodahistóri
a,oestabel
ecimentoescolar,mantev
easuaest r
utur
ahi
erár
quica
naqualoseducador esest
ãoessenci al
menteencar r
egadosdotrabal
hocom osalunos
enquant o que a Admi nistr
ação é r esponsável pelo est
abeleci
mento e seu
funcionamento,epelasrel
açõescom oext eri
or.Hojeem diavi
ve-seaCOGESTÃOquer
dizerapar t
ici
paçãonasdiferent
esfunçõesdoest abel
eciment
o.

3ª )Asrelaçõescom omei ohumanoe,em par t


icular,com ospai s– opapeldo
Professorem relaçãoaospaiseaomeioécompl exoedel icado.
Nassoci edadesem viasdedesenvol
vi
ment o,aEscol aéum i nstrumentoquedev e
serviracomuni dadeecontri
buircom t
odososi ndi
spensáv eisrudiment os(el
ementos
i
niciais)cul
turai
s.Nassociedadesdesenvol
vidasoCi nemae,sobr etudo,aTelevi
são
subst i
tui
ram aEscolaquer epr
esentaonúcleopr i
ncipaldadi vulgaçãodacul tur
ade
cadaépoca

Umaf ormadeacçãosobr eomei ohumanofoidesenvol


vidaem duasdi r
ecções
fundamentai
s:A f or
mação dos pais e a col
aboração com eles visando um
melhoramentro daeducação dacr
iançaat
ravésdeumamai orcoordenação das
acçõesfamili
areseescol
ares.

2.
4. OPROFESSOR,
MEMBRODEUM CORPOPROFI
SSI
ONAL

Se existem profissões que const iuem i


t l
has isoladas no conj unto da vi
da
pessoaldoi ndiví
duoequel hepermit
em desempenharpapéi sradicalment edi
ferent
es
consoanteest ejanumasi t
uaçãopr of
issionalounumasi tuaçãof amili
ar,podeaf i
rmar-
sequenãoéesseocasodapr ofi
ssãodePROFESSOR.Nãoset r
atadeconsi derarque
av i
dapessoaldoPr ofessordev aserinvadidapelasuav i
dapr ofi
ssional,masépr eci
so
reconhecerqueosl imites,sobret
udopar aosPr ofessoresPr imáriosnum mei orur
al,
sãoporv ezesdi f
ícei
sdedef i
nir
.
Como membr o deum Cor po Profissi
onalqual querPr ofessort em um cer to
númer odef unçõesaexecut areoseucompor tamentonãopodedei xarder espei
tar
certospri
ncípiosdecoer êncianoplanodosv al
ores.

Aescolhaeaacei t
açãodeumav i
apr of
issionalnocampodaEducaçãoexi gem
queoi ndi

duot enhaexpl í
cit
aoui mplí
cit
ament e,umacer t
aimagem daInsti
tuição
Escolaretenhareflecti
donopapeldaEducaçãoenol ugardaescolanasoci
edade.Se,
em termosmui toger ai
s,aEscol aprepar
apar aav ida,asrel
açõesent
reaescolaea
vi
dadev em serobjectodeumar ef
lexãoporpartedoeducador .

Concl usão:quant
omai soPr ofessorf
orlevadoar efl
ecti
rnospr oblemassóci o-
fi
siol
ógicosdaEducação,mel horcumpr ir
áassuasf unções.Pori sso,éi ndispensáv el
umai ni
ci açãoàSoci ol
ogiapar
apr epararosfut
urosProfessorespar aassuasf unções
profi
ssionais.O est udo das Inst
itui
ções per
mi t
ir
á uma mel horcompr eensão do
funci
onament odoMi ni
stér
iodaEducaçãoel evaráof uturopr of
essoraper cebero
papelquedesempenhar áeol ugarqueocuparánosei odessecompl exomecani smo
educati
v o.
3ªUNI
DADETEMÁTI
CA

AESCOLA

3.1–OqueéEscol a?Éum estabel


eciment
oondeédadoum ensi nocolect
ivo,
geralou
especi
ali
zado.Ét ambém umaor gani
zaçãopedagógi
caeadmi ni
strat
ivaquef av
orece
aosprofessores,aosalunos,aospaiseencar
regadosdeeducaçãoeaosf uncionári
os
ambient
epar aasuar eali
zaçãoeformaçãodapersonal
idade.

Existem vár
iostiposdeEscolascom of im deajudar
,dedi versasmaneiras,o
desenvolvimentosocialdum Paí
s.Em Moçambi que,porexemplo,temosossegui ntes
ti
posdeescol as:EP1,EP2,Escol aSecundári
aGer al
,EscolasTécni cas:I
ndustriais,
Comer ci
ai seAgr ícol
as,deEnf ermagem;EscolasPr é-
Univer
sit
árias,Univer
sidades
paraváriasáreassegundoaor i
entaçãopr
ofissi
onaldecadaum.

3.
2–Quai
sasFunçõesdumaEscol
a?

AEscol
adev
eser
:

 Unitári
a:por quedev egaranti
rumabasecomum deconheci ment osexpressos
num pl anodeest udosbásicosdeâmbi tonacional,garanti
ndoum padr ãode
qualidade do ensi no parat oda a popul ação.É pel o domí nio do saber
si
stemat izadoquesepodeassegur araosalunosumacompr eensãomai sampl a,
numaper specti
vadenaci onal
idadeeuni ver
sali
dade,daculturaaf im deelabor
a-
l
oscr i
ti
cament eem f unçãodosi nter
essesdapopul açãomaj or
it
ári m,o
a.Assi
processo de t r
ansmi ssão eassimi l
ação dosconheci ment ossi stemati
zados
devet ercomopont odepar ti
daasr eali
dadeslocais,aexper iênciadavidados
al
unosesuascar acterí
sti
cassócio-cult
urai
s.

 Democr áti
ca:proporci
onandoum ensinodequal i
dadequetenhaem contaas
caract
erísti
casespecíf
icasdosal
unosqueaf reqüent
am.Deveserdemocráti
ca,
também,nosent i
dodequedev em v i
gorar
,nel
a,mecanismosdemocrát
icosde
gestãointernaenvol
vendoaparti
cipaçãoconj
untadadir
ecção,dospr
ofessor
es
edospai s.

 Grat
ui t
a:éum di rei
todosindiví
duosparaseconst it
uír
em comoci dadãos.I
sso
i
mplicar ei
vindicaçõespormai orcompromi ssodoEstadocom of unci
onamento
emanut ençãodaescol apúblicaouof i
cial,aumentoder ecur
sosf i
nancei
ros,
defi
niçãoexpl í
citadasresponsabil
i
dadesdoGov er
no.

Aspr opostaseasreivi
ndi
caçõesem f
av ordaescol
apúblicademocr áticafazem
par
tedopr ocessomaisamplodasl ut
associai
snasquaisascl assestrabalhadores
est
aenv olv
ida.Atr
ansfor
maçãodaescoladependedat ransf
ormaçãodasoci edade,
poi
saf ormadeorgani
zaçãodosist
emasócio-econômi
cointer
fer
enot rabalhoescolar
enorendimentodosal
unos.
3.
3–Quai
sosobj
ect
ivosdaEscol
a?

 Proporci
onarascri
anças,osadol
escent
eseosj
ovensoacessoàf
ormação
cult
uraleci
entí
fi
ca;

 Proporcionarat odososal unos,em igualdadedecondi ções,odomí ni


odos
conhecimentos sistemati
zados e o desenvolv
imento das suas capaci
dades
i
ntelectuai
sr equeri
dospar aacontinuidadedeest udosepar aost rabal
hos
sociai
sepr ofi
ssionais.

 Ao se apr opri
arem dos conheci mentos sistemati
zados cor respondentes às
disci
pli
nas do ensi no do pr i
mei r
o gr au e ao irem for mando habi l
idades
cognit
ivasepr át
icas(comoor aci
ocí
ni ológico,aanáli
seei nterpr
etaçãodos
fenômenossoci aise cient
ífi
cos,do pensament oindependent e e cri
ativ
o,a
observação,aexpr essãoor aleescr i
ta,etc.),osal
unosv ãoampl i
andoasua
compr eensão da natureza e da soci edade,adquiri
ndo modos de acção e
formando at i
tudes e convicções que os l evam a posicionar-se f
rente aos
probl
emasedesaf i
osdav i
dapr áti
ca.

 Ao adquiri
rem um entendimento cr
ít
icodar eal
idadeat ravésdo estudodos
conteúdosescolar
esedodomí ni
odosmét odospel osquaisdesenvolvem as
capacidadescogni
ti
vasef ormam habil
idadesparael aborari
ndependentemente
os conhecimentos,os al unos podem expr essar de f orma elaborada os
conhecimentosquecor r
espondem aosi nter
essesmaj or
itár
iosdasociedadee
i
nserir
-seacti
vamentenela.

4ªUNI
DADETEMÁTI
CA

TEORI
ASEMODELOSDEENSI
NO

3.
1.CONCEITODEDI DÁCTICA:Métodos,Técni
caseEstr
atégi
asdeEnsi
no;Funções
Di
dáct
icasePri
ncí
piosDidáct
icos;
Object
ivosdeEnsi
no

A Didáct
icaestánoconj unt
odasDi scipl
inasTécnicasligadasàPedagogi
a.Sendo
assim,aDidáct
icaestudaat écnicadeensi noem todososseusaspectosprát
icose
operaci
onai
s,podendoserdef i
nida,numapr imei
rafase,como:atécni
cadeesti
mular
,
dir
igi
reencaminhar,
nodecursodeapr endi
zagem,aformaçãodohomem.

3.
1.1.
ADI
DÁCTI
CAGERALEADI
DÁCTI
CAESPECÍ
FICA

ADidácti
caGer alest
udaospri
ncí
pios,asnor
maseast écnicasquedevem r
egul
ar
qual
querti
podeensi no,par
aqual
querti
podealuno.El
adá- nosumav i
sãogeralda
act
ivi
dadedocente.
ADi dácticainv
esti
gaosf undament
os,condiçõesemodosder eal
izaçãodaI
nst
ruçãoe
doEnsi no.A el acabe:convert
erosobj ect
ivossócio-polí
ti
cosepedagógicosem
objecti
v osdeensino,selecci
onarcont
eúdosemét odosem funçãodesseobj
ecti
vos,
estabelecer os v íncul
os entra ensino e apr endi
zagem, tendo em v i
sta o
desenvol vi
mentodascapacidadesmentaisdosalunos.

ADi dácti
caEspecífi
caestudaosaspectoscient
íf
icosdumadet erminadadi
scipl
i
naou
faixadeescolar
idade.ADi dácti
caespecí
fi
caanalisaospr obl
emaseasdi ficul
dades
queoensi nodecadadi scipli
naapresent
aeor ganizaosmei oseassugest õespara
resolv
ê-l
os.Temoscomoexempl oasdidácti
casespecíf
icasdaslí
nguaseasdidácti
cas
específi
casdasciênci
as.

3.
1.2.ADI
DÁCTI
CAEASMETODOLOGI
AS

A Di dáctica easmet odologiasespecí fi


casdasmat éri
asdeensi no f ormam uma
unidade,mant endoent resir elaçõesr ecíprocas.ADi dácticat rat
adat eor i
ager aldo
ensinoeasmet odologiasespecí f
icas,i ntegrandoocampodaDi dáctica,ocupam- se
dos cont eúdos e mét odos pr óprios de cada mat éri
a na sua r el
ação com f i
ns
educaci onais.
Como sepodeconst atarat ant o aDi dácticacomo asMet odologi
asest udam os
mét odosdeensi no.Há, noentant o,dif
er ençaquant oaopont odev istadecadauma.As
Met odologiasest udam osmét odosdeensi no,classi
fi
cando- osedescr ev endo-ossem
fazerjuízodev al
or,querdizerdá- nosj uízosder eali
dade.AopassoqueaDi dácti
cadá-
nosj uízosdev al
or,fazum julgament oouumacr ít
icadov alordosmét odosdeensi no;
signifi
candoqueaDi dácti
caest abelecev aloresenor mas.

Exemplos:
1.Juízosder eali
dade(
Met
odol
ogi
a)–doi
smai
str
êssãoci
nco;acham-
sepr
esent
es
nasala30alunos.

2.Juí
zosdev al
or(
Didácti
ca)–osv
elhosmer
ecem onossor
espei
to;
ademocr
aci
aéa
melhorf
ormadegov er
no.

A part
irdesta di
fer
enci
ação,concluí
-se que podemos serMet odól
ogos sem ser
Di
dácti
cos;masnãopodemosserdi dácti
cossem sermet odól
ogos,poi
snãopodemos
j
ulgarsem conhecer
.O est
udodaMet odologi
aéi mport
anteporqueparaescolhero
Métodoadequadopreci
samosconhecerosmét odosexist
entes.

3.
1.3.OqueéDi
dáct
ica?

Éumadasdi scipl
inasdaPedagogiaqueest udaoprocessodeensi noatr
av ésdosseus
componentes– oscont eúdosescolares,oensi noeapr endizagem – par afor
mul ar
dir
ect
ri
zesorientadorasdaactiv
idadepr of i
ssi
onaldoPr of
essor.É,aomesmot empo,
umamat éri
adeest udofundamentalnaf ormaçãoprofi
ssionaldospr ofessor
eseum
meiodetrabalhodoqualospr ofessoresseser vem paradiri
giraact i
vi
dadedeensi no,
cujor
esul
tadoéaapr endi
zagem doscont eúdosescolar
espel osalunos.
3.
2. OSMÉTODOSDEENSI
NO

CONCEI
TOSBÁSI
COS

 Estr
atégi a– éumapal avraempr estadadat erminologiami l
it
ar.Trata-
sedeuma
descrição dos mei os di sponívei
s pel o professor para atingi
r os obj ect
ivos
específicos.
 Método– osi gnifi
cadoet imológicodapal avramét odoé:cami nhoasegui rpara
al
cançarum f i
m.O Mét odoi ndicaasgr andesl i
nhasdeacção,sem sedet erem
operacionalizá-
las.Assi m,oMét odoéum cami nhoquel evaatécertopont o.
 Técnica– éaoper acionalizaçãodomét odo.Seum pr of
essor,porexempl o,quer
uti
li
zarum mét odoact i
vopar aatingirosseusobj ecti
vos,poderáoper aci
onali
zar
essemét odoat ravésdaut i
li
zaçãodasdi f
erentestécnicasdasdi f
erentestécnicas
dedinâmi cadegr upo.
 Procediment os – modo de ef ectuaralguma coi sa.Consi st
e em descr everas
acti
vidadesdesenv olv
idaspel o professoreasact ivi
dadesdesenv olvi
daspel os
al
unos.

3.
2.1.OQUESÃOMÉTODOS?

Met
hodos-nal
í
nguagr
egasi
gni
fi
cacami
nhopar
a

Métodos– sãocaminhosqueapessoaut i
l
izaparaati
ngi
rcertosobj
ect
ivos.São
aspect
osdet
ermi
nadosdecomuni
caçãoent
reProf
essoreal
unos.

3.
2.1.
2.CLASSI
FICAÇÃODOSMÉTODOS

Métodos e Técni cas Tradici


onais – são mét odos e técni
cas que exi gem um
comportamento passivo do aluno.Segundo esses mét odos e técnicas,cabe ao
prof
essortransmiti
rosconheci ment ose,aosal unos,apenasreceber.Aqui l
oqueo
prof
essortr
ansmiteéomai simportanteenãoaqui l
oqueoal unodescobr e.Aosal
unos
somenteéper mit
idoouvir
, memor i
zarer epet
ir.
Dentrodestacategoriademét odoset écnicas,est
udaremos:
- OMét odoExposi ti
vo
- EaTécni cadeper guntaser espostas.

Mét odoseTécnicasNov as– por queosmét odoseast écnicastradici


onaisnão
atendiam pl
enamenteasexigênci
asdaeducação,al gunseducador escriar
am nov os
mét odosenov astécni
casdeensi no,chamadosMét odosAct ivosporseopor em
radical
menteat udo o que é passivo.as princi
pais causas que influenci
aram o
surgimentodenovosmétodosenov astécnicas,
foram asseguintes:
- Mudanças r ápi
das nas condições de v i
da,decorr
entes das descobert
as
cientí
ficaseconsequent eprogressot ecnol
ógico;
- Transfor maçõeseconómi casesoci aisquet r
ouxeram novasnecessidadese
nov ostiposdeensino;
- Mudançasnav i
dafami l
iarcom repercussãonav i
daescolar;
- Infl
uênci adenovasideias;
- Infl
uênci adasrevol
uçõespol í
ti
cas;
- Cont r
ibuiçãodasciênciasdohomem;
- Cont r
ibuiçãodaPsicologiadacr i
ança.

Os nov os Métodos basei am-se no pri


ncípi
o de que a criança é um serem
desenvolv
imento,cuja activi
dade,espontânea e nat
ural
,é condição para o seu
cresci
mentofísicoei nt
electual
.Apartici
paçãoacti
vadoal unoconsubstanci
a-seno
espaçoqueopr ofessorreserv aasdescober
apar t
asdoeducando.

Os nov os métodos dão grande destaque à vi


da soci
alda cri
ança como f act
or
fundamentalparaoseudesenv olvi
mentointel
ect
ualemor al
,nessesentido,adqui
re
também grandei mport
ânci
aor elaci
onamentodosalunosentr
esiedosal unoscom o
professor
.Adi scipl
i
nanasal anãosef undamentamaisnaaut or
idade,massi m na
responsabi
li
dade.

Em r
elaçãoaosMét
odosnov
osest
udar
emosossegui
ntes:

 Mét
ododeTr
abal
hoIndependente
 Mét
ododeEl
abor
açãoConjunta
 Mét
ododeTr
abal
hoem Grupo

3.
2.1.
3.DESENVOLVI
MENTODECADAUM DOSMÉTODOS

1.MÉTODODEEXPOSI ÇÃOPELOPROFESSOR
Nestemét odoosconheci mentos,ashabi l
i
dadeseast aref
assãoapr esentadas,
expl
icadasedemonst r
adaspeloPr ofessor
.A acti
vidadedosal unosér ecepti
va,
embor anãonecessari
amentepassiva.
Aexposiçãol ógi
cadamat ér
iaébastantenecessár
iadesdequeopr ofessorconsiga
mobili
zaraact i
vi
dadeint
ernadoalunodeconcent r
ar-
seedepensarecombi necom
outr
ospr ocediment
os:di
álogo,
conversação,tr
abal
hodegr upo,et
c.

2.MÉTODODETRABALHOI NDEPENDENTE
Omét ododet rabalhoindependent
econsistedet arefasdiri
gidaseorientadaspel o
Professor,paraqueosal unosasresolvam demodor el
ati
vamenteindependent ee
cri
ador .
O aspect o maisi mportantedo trabal
ho independent eéact iv
idadement aldos
al
unos,qual querquesej aamodal i
dadedet arefaplaneadapel oProfessorpar ao
estudo indivi
dual.O t rabalho i
ndependente pode seradopt ado em qual quer
moment o da sequência da aula como:t ar
efa preparatóri
a,de assimi l
ação de
conteúdooudeel aboraçãopessoal.
3.MÉTODODEELABORAÇÃOCONJUNTA
Aelaboraçãoconjunt
aéumaf or
madei nter
acçãoacti
vaentr
eopr of
essoreos
al
unos visando a obtenção de novos conheci
mentos,habi
l
idades,ati
tudes e
convi
cções,bem comoaf ixaçãoeconsol
idaçãodeconheci
mentoseconv i
cçõesjá
adqui
ri
das.

4.MÉTODODETRABALHOEM GRUPO
O método det rabalho em gr upo consi
stebasicamenteem di st
ri
buirtemasde
est
udoi guai
soudi ferent
esagr uposfi
xosouv ari
áveiscompostosde3a5al unos.
Afi
nali
dadepr i
ncipaldotr abal
hoem grupoéobt eracooperaçãodosalunosentresi
nareal
izaçãodeumat arefa,Paraquecadamembr odogr upopossacont r
ibui
rna
apr
endizagem comum,énecessár ioquetodosestejam f
amili
ari
zadoscom ot ema
em est
udo.

3.
3.PRI
NCÍ
PIOSDI
DÁCTI
COS

3.
3.1.OquesãoPRI
NCÍ
PIOSDI
DÁCTI
COS?

São nor mas ger ai


s que orient
am o pr
of essorna sua act
ivi
dade docent
e como:
object
ivos,conteúdos,métodosef or
masdeor gani
zação.
Ajudam opr ofessorar eal
izarassuasdif
er ent
estaref
as:Pl
anif
icar
,di
rigi
reanali
sar
,
organi
zarasaul aseelaborartext
osdeapoio.

1.Pr i
ncípi
odaunidadeent r
eInstr
uçãoeEducação
Estepr i
ncí
piobaseia-
senacompl exi
dadedodesenvol
vi
ment
odoindiv
íduoonde
todasassuasqualidadesestãol
igadasentr
esi
;afor
maçãodumaqual
i
dadebasei
a-
senaf ormaçãodeoutras.

2.Pr incípiodecompr eensi bil


idadedeEnsi no
Estepr incí
piot r
atadasi mpl i
fi
caçãoapar entedamat ér
ia;querdizer:fazervisív
ele
si
mpl esocompl exo;fazercompr eenderamat ériasem di minuirogr audoseuv alor
ci
entífi
co;est ruturarocont eúdodef ormaaf acili
taracompr eensão,par t
indode
matér i
asj áconheci das,si mplesepr óximaspar aasdesconheci das,compl exase
di
stant es;planifi
careor ganizarasact i
vidadesint el
ectuaisepr áti
casnecessár i
as,
aument andogr adualment easexi gênciaspar aoal unodescobr irporsimesmoo
compl exo;criarconsci entement esituaçõespr oblemát i
casecondi çõespar av encê-
l
as;. porf im,l i
garest r
eitament easnov asmat ériascom osconheci ment osj á
adquiridos.Como se pode const atar,simplificar não significa diminuir os
obstácul oseasdi f i
cul
dadesmasaj udaraqueoal unoseconf ronteporsipr óprioe
domi neast arefasquesel hepr opõe.

Concl
usão: gar anti
r a compr eensi
bil
idade si
gni
fi
ca consi derar as
par
ti
cul
ari
dadesdosal unoseprepararaaquisi
çãodonovocont
eúdo,estrutur
ando
amatér
iaereact
ivandoonível
inici
aldosalunos.
3.Princípi
odeLigaçãoent r
eTeoriaePr át
ica
Éum princí
pior
elacionadocom oconhecimentoereconheci
mento.Auni
dadeteori
a
epráti
canoensi noéessenci alenecessári
aparaaaqui si
çãodosconheci
mentos
pr
ofundoseaplicáveis.
Apráti
caconsti
tuiabasepar aaaquisi
çãodat eor
ia.Ateori
aporsuavezconduzos
al
unospar aapráti
ca.

4.Pr incípi
odeuni dadeent r
eoconcretoeoabstract
ooudeVi suali
zação.
O conheci mento quenóspossuí mosdependedamanei racomo anal i
samosa
real
idade.O
homem sempr epartedoconcr etopar
aoabstract
o.
Oconcr et
onãosignificaidei
asapenas,mastodoomat eri
al:sala,cadei
ras,quadr
o,
giz,
liv
r ose/oumanuai s;queajudaedeter
minaaassimil
açãoporpar tedosalunos.

3.
4. FUNÇÕESDI
DÁCTI
CAS

3.4.1.Oquesão?
Sãoor i
ent
açõesparaoprofessordir
igi
rum pr
ocessocompl et
odeapr endi
zagem ede
aquisição das di
fer
entes quali
dades;são também finali
dades pedagógicas das
di
f erent
esetapasdoProcessodeEnsinoeAprendi
zagem (PEA).

1.Mot i
vaçãoouEst i
mul açãoouai ndapreparaçãoparaaApr endi
zagem -Nesta
função,opr of
essorcri
ainteresseenecessidadesdeaprendi
zagem nosal
unosedá
uma or ient
ação para os objecti
vos.Esta prepar
ação é f
eit
a umas vezes pel
o
professoreout r
asvezespel oaluno;exi
geapenaspoucot empomasédeext rema
i
mpor tânciaparaotrabalhocom anov amatéri
a.

2.TransmissãoeAqui si
çãodanovamat éri
a-aest r
utur
adi
dáct
icadanov
amat
éri

deter
minada,sobret
udo,pelosseguint
esobject
ivos:
 Aquisi
çãodosaber
 Desenv ol
vi
mentodosaber -f
azer
 Preparaçãodeconvicções
 Desenv ol
vi
mentodocompor tamentodoaluno.

3.Consoli
dação -est afunção estáestr
ei t
ament el
igadaaot r
abal
hocom anov a
matéri
a.Paraaconsol i
daçãousam- sepr ati
camenteasf unçõesde repet
içãoe
exer
cit
ação.
 Repetição -par a garant
ira fixação dos conheci mentos essenci
ais na
memór i
a;parar
eactivaronív
elinicial;parat
reinaramemór i
a;paracontrol
ar
adisponibil
i
dadedosaberadqui r
ido.
 Exercit
ação-par af ormaredesenv olv
ercapacidades;paraaperfei
çoare
mecani zar par
cialmente habilidades e hábi tos e par a consol i
dar
indi
rectamenteosaber .

4.Si
stemat
izaçãodosconheci
mentos-sist
emati
zarépôrosconheciment
osnuma
or
dem,num sist
ema,numaestr
utur
a,segundoumasequênci
alógi
ca.Éclassi
fi
car
os pormenores da nova mat
éri
a em conexões.É int
egraras capaci
dades,as
habil
i
dades adquiri
das sempre mai s complexas. É formar e desenvolv
er
capacidadesehabil
idadesmentai
s.Nestafunção,oprofessorapl
i
caasr el
ações
entr
eocont eúdonovocom ojáconheci
do.

5.Apli
caçãodosconheci nentos
Aapl i
caçãoaj uda:
 àfor maçãoeaodesenv olvi
mentodascapaci dadesehabi l
i
dades;
 aconcr et
izareenr i
quecerosconceitos,teorias,l
eis,queosal unosadquirem no
processodeabst racção;
 agener ali
zaresist ematizarosabereosaber -f
azer;querdizerqueosalunospodem
operari ndependent e,l
ivreedisponi
velmente,explicando,provocandoeav ali
ando
factosef enómenos;
 af ormarcapaci dadescr i
ador
as,apli
cando o sabere o saber -f
azerem nov as
sit
uações;
 arealizarumauni dadeent r
eTeori
aePr át
ica.

6.Cont
rol
oeAval
iação

OControloeaAv ali
açãosãof unçõesper
manentesei manent
esnoPEA.
Nocontrolo,oProfessordeveconhecersempreogr audasdif
icul
dadesdosalunos
nacompr eensãoem t odasasf asesdaaulae,devet ambém,anali
saronív
eldas
exi
gênciasdamat éri
aeoní v
el al
cançadopel
osalunos.

OCont rol
o:
 orient
aosalunosàsmat éri
asessenciais;
 promov eodesenv
olvimentoint
electualedali
nguagem dosal
unos;
 regulaeeducaosalunosnoshábi t
osdeapr endi
zagem per
manenteeassí
dua
 capacitaosal
unosaaplicarum auto-cont
rol
o.

AAvali
ação–éumacompar açãoev alor
izaçãodaquali
dadedosresul
tadosdosal
unos.
Com aaval
iaçãot
ambém oprofessorpodev al
ori
zaroseuprópr
iotr
abalho.

Com aavali
açãooPr
ofessor:
 Inf
orma sobrea quali
dade do r
endi
mento do ensino eo ní
veldosr
esul
tados
adquir
idos;
 Esti
mul apar
aasact
ivi
dadesdeaprendi
zagem dosalunos.

ASTÉCNI
CASEESTRATÉGI
ASAPLI
CÁVEI
SNOENSI
NOPRI
MÁRI
O

1.OPainel
2.OTrabal
hocom oQuadroPret
o
3.OTrabal
honoQuadr oPr
eto
4.ADramatização
5.OTrabal
hodeGr upo
OPAI
NEL

Comomei odidáctico:éum equi pamentodasaladeaul asqueseuti


li
zaem vez
doquadr opret
o;éf ei
toatr avésdecascasdasár voresoutábuasl i
saspi
ntadasdeóleo
quei
madocasoexi sti
rouquei mar.Além dest
eexist
eopr oduzidonafábr
ica.
Suaimportância:éomat er
ialqueseut i
l
izanasescol asrurai
sondeháfalt
ade
quadrospreto.Paraescr ev erusa-segeralmentegiz,mandiocasecaecar vãovegetal
quandooPai nelnãoforquei mado.

ComoMét odo:consi
stenar euni
ãodev ár
iaspessoasespecial
istasoubem
i
nformadasar espei
todedeterminadoassunto.Estasexpõem suasideiasdi
antede
assi
stentesoudum públ i
co,demanei r
ai nf
ormaloumesmopat roci
nado,pontosde
vi
stadivergent
es,massem ati
tudepolémica.

NoPai
nel
dev
ehav
erum coor
denador
,Component
esdoPai
nel
eAudi
tór
io.

 OCoor denadorpodeserPr ofessoroualuno.Asuaf unçãoécoor denarostr


abal
hos
ef azercom queosobj ecti
vosdoPai nelsej am desv i
rtuados. Nuncadur anteo
tr
abalhoocoor denadordev eexporosseuspont osdev istas,senãoouv i
ratodose
ori
entá-l
osparaqueseexpr essem com clar
ezaeor dem.
 OsComponent espodem serespeci al
istasconv i
dados,pr ofessoresdaescolaou
al
unosdev idamentepreparadosparaessaf unção.
 O Auditóri
oouosAssi st
entes,podem seral unosdumacl assedet er
minadaou
outraspessoainter
essadasnot emaat r
ata.

OMÉTODODOPAINELapresentavár
iasmodal
i
dadesent
reel
asdest
acamos:
a)OPai
nel
Simples
b)OPai
nel
Simplescom rev
ezamento
c)OPai
nel
com i
nterr
ogadores

O PainelSi
mplesconst
adoCoor
denador
,dosComponent
esedoAudi
tór
io;
est
est
êm assegui
ntest
aref
as:

OCoor denador:
 Abreasessão,apr esentaosComponent esdoPai nel,expli
cacomoser eal
izaráo
tr
abalho:
 Expõeaquest ãoaosComponent esparadi scut
ir
em;cadaum dáoseupont ode
vi
stasobr eaquest ãoexposta.
 Após a apr esent ação,ele pede a cooper ação dos Assi st
entes.Interr
ompe a
part
icipaçãodoscomponent espedindo-lhesqueescl areçam osseuspont osde
vi
stapar aumapossí velconclusão.
 Em segui da,apresentaasconcl usõesparciai
squeser ãodi scut
idasportodos.
 Nof inal,oCoor denadorf ar
áaapr eci
açãodost rabalhosquant oaocont eúdoe
compor t
ament odacl asseem v i
sta.
 Se o assunt o do Pai nelforPr ograma,o pr ofessorpoder á marcarpr ova de
v
eri
fi
caçãodaapr
endi
zagem aseur
espei
to.

OPainelSimplescom Revezamento:est
amodali
dadeapli
ca-seem cl
assespouco
numerosaseconsi st
eem dividi
raclasseem doi
s,trêsouquat r
ogrupos,sendoos
mesmoscol abor
arem al
ter
nadamenteparaamesmaquest ão;
querdizer
,enquantoum
grupodespachaoudaassuasopi ni
ões,ooutr
osepõedeespectador.

Temoscomoexempl oosegui nte:


 Opr ofessoror i
entaacl assepar aoest udodeum t ema;
 Faz- seoPai nelnodi amar cado,i ni
ciandopel adi v
isãodecl asseem doi s
gruposAeB;
 Ogr upoAv aif ormari nicial
ment eoscomponent esdoPai nelenquant oqueo
grupoBf unci onacomoobser vadoreopr ocedi
ment oasegui réigualodo
PainelSimpl es;
 Quandoogr upoAt ermi naésubst it
uídopel ogrupoBeoAt ambém f unciona
comoobser v ador;
 Logoqueogr upoBt ermi nar,ocoor denadorf ar
áconcl usõesdosdoi sgrupos;
 Em segui dao coor denadorapr esentaasconcl usõesumaporumapar a
di
scussãoger aldacl asse,ondedessasdi scussõessur gi
rãoasf i
naisdo
Painel;
 Par atermi nar ,oprofessorapr eciaost rabalhosr efer
indo-seaoseucont eúdo
eaocompor tament odacl asse;
 Seot emadoPai nelfordopr ogramadopr ofessor,essepoder ámar carprova
dev er
ifi
caçãodaapr endi zagem.

O Painelcom Inter
rogadores:est
amodalidadeconstadeCoor
denadorede
ComponentesdoPainel,
deInterr
ogadoresedeAudit
óri
o/ouv
int
es.

 OsI nt
errogadorespodem det r
êsaseisquepr opõem questõesadiscut
ir
em nomedoCoor denador
.
 OsComponent espodem nãoserosal unosqueper t
encem àclasse,mas
osInterr
ogadoressãoosal unosquesãoi ndi
cadosporout r
oscolegasdo
grupo.São os mesmos al unos que el
aboram as questões a serem
apresentadas.

Est
amodalidadedesenvolve-sedaseguintemanei ra:
 Opr ofessorapresentaot emaei ndicaassuasbi bli
ografi
asef ontesde
consulta;
 Procura-sesaberseoscomponent essãoconv idadosouper tencem ao
grupo;
 Estuda-seotemaquandoasquest õespr opostaspeloscomponent essão
organizadas;
 Nodi amar cador eal
iza-seoPainelondeoCoor denador:abreasessão,
apresentaotema, apresentaoscomponent eseosi nter
rogadoreseindi
ca
normasaser em segui dasdur
anteot rabalho;
 Cadai nterrogadorapr esent asuaquest ãoquedepoi sder euni dassão
discut i
daspel oscomponent esdoPai nel;
 Dur anteot rabalho,osi nterrogadoresrecebem sugest õesdosaudi tór
ios
paraser em apr esent adasaoscomponent esdoPai nel;
 Nof i
m,ocoor denadorper guntaaoaudi tórioset em mai sper guntasa
fazer;
 Em segui da,cadacomponent edáumasí ntesedassuasi dei asedá
expl i
caçõesquej ul
guei ndispensáveis;
 Par af i
nalizar,opr ofessorf aráaapr eciaçãodot r
abalhodamanei rajá
i
ndi cada;
 Se o t ema f ordo pr ograma da di scipli
na do pr of
essor,est e poderá
promov erar ealizaçãodeumapr ovadeav ali
açãodaapr endizagem.
OPai
nel também podeserum equi pament odasal adeaul aqueseut i
lizaem v ez
deQuadr o Preto.É f eit
o com cascasdeár voreset ábuasl isaspi ntadasa ól eo
quei
madoseexi stirousi mpl esment equei mar.Além dest eexi st
eoPai nelpr oduzidona
fábr
ica.

Nestecontexto,oPaineléum materi
aldidácti
coqueseutil
izanasescolasr
urai
s
ondeháfal
tadequadr ospar aescr
ever
,podeusar -segeralment
egiz,mandiocasecae
carv
ãovegetalparaescrev
erquandooPai nelnãof orquei
mado.

OTRABALHOCOM OQUADROPRETO

O QuadroPr et
oéum mei odidáct
icoqueser v
epar aescrev erasi nf
ormações
essenciaisnasaladeaul aduranteoPr ocessodeEnsi noeApr endizagem (PEA).É
também um mat eri
albásicodoensi noei ndi
spensávelnopr ocessoeducat iv
o.Este
quadrot ambém poder eceberonomedeQuadr oMagnét i
co,estetipoéf ormadoduma
pint
uramol dur
adanumapar edeouf ormadodeferr
oem f ormarectangular.
Paraum trabal
hocor rect
ocom oQuadr oPreto,estedeveserdi vi
didoaomeioa
part
irdeci maparabaixo.

Opr
ofessorouoal
unoaoescr
everdev
eini
ciardeesquer
dopar
adi
rei
ta.

OQuadr
oPr et
oéut i
li
zadoem mui tasescol
asvistoque:
 Permiteamel horv i
suali
zaçãodasi nformaçõesnel econti
dasparaos
alunosquesesent am nof undodasaladeaul as;
 Permitevi
sualizarasinfor
maçõesessenci ais;
 Possibi
li
taoPEA;
 Possibi
li
taaosal unosadqui r
ir
em ashabil
idadesdaescri
ta;
 Possibi
li
tat ambém o t rabal
ho do pr ofessor na t
ransmissão dos
conhecimentosaosal unos.
 Permiteumaescr i
tasel
ectiva;
 Permiteaprojecçãodei magem

OTRABALHONOQUADROPRETO
O QuadroPretoéum dosr ecur
sospedagógi
cosi
mpor
tant
esqueopr
ofessor
ut
il
izapar
aalcançarosobj
ect
ivosdaaula.

Vi
stoqueopr ofessorsempr
edeveusaroQuadroPret
oescr
evendo-
o,asua
l
i
mpezaeordenament
o, dev
eserumaconst
ant
eem t
odasasaul
as.

Oquadropret
odevesercombi nadocom outr
osmeiosdeEnsi
nodur
anteasua
ut
il
ização.Aletr
anoquadr o,devetertamanhoadequadodemodoqueosalunosda
úl
ti
maf il
apossalerper
fei
tamente.

Deformaaev i
tarer
ros,opr
ofessordev
epr
onunci
arcor
rect
ament
easpal
avr
as
nov
aseescr
evê-
lasnoquadro.

Noquadr
oopr
ofessorpodeel armapasesquemát
abor icos,
gráf
icosedesenhos.

Opr ofessoraoescr evernoquadrodev ei


nici
ardaesquer daparaadirei
taede
ci
ma par a baixo.Ao passaros apont amentos ou exercí
cios no quadr
o pret
o,o
prof
essordev eper mit
irt
ambém queosal unospossam vermelhoroqueest áescri
to
noquadr o.Opr ofessordevetambém falarcom giznamão,consi gnandonoquadr o
pret
o,nomes,r esumos,esquemas,r evi
sõeser ecapi
tul
ações.Sempr equehouv er
oport
unidade,oalunodev eserlev
adoaoquadr opret
o.

Éaconselhávelparaousomai sapropr
iado,divi
diroquadr opr
etoem duas
partes(essadi
vi
sãopodeserment al
):
1ª)Daesquerdaparaadireit
aserãoconsignadososdadosessenciai
sdaaul a
ordenada e si
stematicament
e.Esses dados não serão apagados,a não serpor
premênciaabsolut
adoespaço;

2ª)Serão consi
gnados os dados secundár
ios,à medi
da que f
orhav
endo
necessidadedeespaçoparanovasanotações.

 Aoentr
arnasaladeaul
aoprof
essordev
eapagaroumandarapagart
udo
o queficouescr
it
o naant
eri
orparaevit
arpossí
vei
sdist
racçõesdos
al
unos.

 Aoprof
essori
ncumbe-l
hetercuidadodeescr ev
ernoquadr
odemanei
ra
l
egív
elecom tamanhosufi
cient
ement egrande,par
aqueosal
unosdos
úl
ti
mosbancospossam l
ersem dif
icul
dades.

 Deveseev i
tarasobr
eposi
çãoeemaranhamentodeanotações,oudei
xar
rest
osdepal avr
asquandooquadr
opr etoforapagado,afim deevi
tar
confusões.

 Dev em evit
ar-
seerros,pois,estespodem fi
xar
-sepri
nci
palment
enos
alunosf r
acos.A sugest
ãopr ovocadaporessaposi
çãodeer rospode
funcionarcomoagentefixador.Todososter
mosnov osdatasenomes,
dev
em serconsi
gnadasnoquadr
ocomot
ambém expl
i
cados.

 Opr of
essornãodeveesquecer
-sedequeopódegi znassuasmãose
roupas é como o pó no rosto do sol
dado – num si
nalde que
desempenhoubem oseupapel.

Épr eci
sonãoesquecerqueoquadr opret
onãodev eserusadoparalongas
t
ranscr
ições,oumelhor
,épreci
sonãodaraul
atr
anscr
evendo-
atodanoquadr
o,oquea
t
ornadesinter
essant
eecansati
va.

Quandooprofessorest
iverescr
evendonoquadr
opr et
odev eevit
arcolocar
-se
tot
almentedecostasparaaclasse,encobr
indooqueesti
veraescrever
,demanei r
aa
evi
tarqueosalunosnãoacompanhem continuament
eoesti
versendoescri
to.

Recomenda-seaopr of
essornãocont i
nuarafal
arenquant
oest
iveraescr
ever,
de
maneir
aapr oporci
onar-
lhemaioroportuni
dadedeatençãoaoqueesti
veraescrev
erou
arepr
esentar,bem comoaosal unos,quepoderãoaprendermel
horoqueestiv
eraser
f
ocali
zadopelogiz.

Nãosãoaconselháveis,noentant
o,perí
odosmuit
olongosdesil
êncioporparte
doprofessor,pel
oque,dev ezem quando,devedaroardasuavoz,di
ri
gindoapalavra
aosalunos.Seoquatroforpr et
o,ati
ntausadanãodeveserbr
il
hant
e,par
anãoof uscar
avisão.Enfim,sejaqualforocol ori
do,oquadrodeveseropaco,poroso,l
avávele
aj
ustadoaosal unosaquesedest ina.

ADRAMATI
ZAÇÃO

ADramat
izaçãoéar eproduçãoouapresentaçãodeenunci
adosdeum textoem
for
madumacenaouai ndadr amaonde,existeumaper sonagem par
acadapartede
acordocom acronologi
adaCena.Émui t
oapl i
cávelnoEP1permit
indodest
emodoas
cri
ançasaf i
xar
em,aut i
li
zarem asestrutur
asl exi
cai
sdef ormaadesenvolver
em o
vocabul
ári
oem funçãodaexpr essãoor
al.

OTRABALHODEGRUPO

O Trabal
ho deGr upo éumaact ivi
dader eal
izadapel osalunosdumaf orma
i
ndependent esobaor i
entaçãodopr of
essorpodendoest esfor
margr uposdet rêsa
cincoel
ement os.Estetrabalhoajudaosal
unosadesenv olver
em assuascapaci dades
decooper açãoduranteoPr ocessodeEnsinoeApr endizagem,ajudamut ua,tr
ocasde
i
deiaset erum espíri
tocr í
ti
cosobr eoseupontodev ist
aedosout ros;saberaceitar
tantooêxitocomoof racasso,nasopini
õesprópr
ias.

Ogr upodi
scut
eot emaem estudoat
échegaraum pont
ocomum.Ot r
abal
hode
grupo exi
ge que a acti
vi
dade do gr
upo sej
a pr
ecedi
da de uma exposi
ção e/
ou
conver
saçãoint
rodut
ória.
Umav ezconcl
uídoot
rabal
ho,um alunodogrupoi
nfor
maat ur
maosr
esul
tados
dadi
scussãoepassa-seaumaconversaçãodir
igi
dapel
oprof
essor
.

5ªUNI
DADETEMÁTI
CA

PLANI
FICAÇÃO,
GESTÃOEAVALI
AÇÃODOPEA:
CONCEI
TOSEFUNÇÕES

5.
1.PLANI
FICAÇÃO:

5.
1.1.CONCEI
TODEPLANI
FICAÇÃODEENSI
NO

APl ani
fi
caçãoescol aréumaact iv
idadequeor ientaatomadadedeci sõesda
escolaedospr ofessor
esem r elaçãoàssi tuaçõesdocent esdeEnsinoeAprendizagem,
tendoem v i
staal
cançarosmel horesresultadospossí
v eis.
Porexempl o;Oquedev eor i
entarat omadadedeci sões?Quaissãoosrequisi
tos
aser em l
evadosem cont aparaqueospl anosdaescol a,deensinoedeaulasejam, de
facto,i
nst
rumentosdet rabalhopar aaintervençãoetransf ormaçãodareal
i
dade?

Ospr
inci
pai
srequi
sit
ospar
aaPl
ani
fi
caçãosão:

 OsObjecti
v oseastarefas
 AsexigênciasdosPlanoseospr ogr
amasof i
ciai
s
 Ascondiçõesprévi
asdosal unosparaaAprendizagem
 Ospri
ncípioseascondi çõesdoprocessodetransmissãoeassi
mil
açãoact
ivados
cont
eúdos.

Antesdedef ini
rmosoconcei to,vamosl erosegui ntetext odePaul oFreiresobre
aPl anifi
cação:" ti
nhachov i
domui tot odaanoi te.Hav iaenor mespoçasdeáguanas
partesmai sbaixasdot er
reno.Em cer toslugar es,at err
a,det ãomol hadat i
nhav i
rado
l
ama.Umasv ezes,ospésapenasescor regavam nel a,out ras,mai sdoqueescor regar,
ospésseaf undav am nal amaat éaci madost ornozelos.Er adi fíci
landar .Pedr oe
Antónioest avam at r
anspor tar,numacami oneta,cest oschei osdeCacaupar aosí ti
o
ondedev eri
asecar .
Em certaal turaper ceber am queacami onetanãoat rav essariaoat ol ei
roque
ti
nham pel af rente.Par aram,descer am dacami oneta,ol haram oat oleir
o,queer aum
problemapar ael es.At r
avessar am apéunsdoi smet r
osdel ama,def endi
dospel as
suasbot asdecanol ongo.Sent i
ram aespessur adol amaçal .Pensar am.Di scutir
am
comor esolveropr oblema.Depoi s,com aaj udadeal gumaspedr asedegal hossecos
deár vores,der am aot err
enoaconsi stênciamí ni
mapar aqueasr odasdacami oneta
passassem sem seent err
ar.
PedroeAnt ónioest udar am.Pr ocuraram compr eenderopr oblemaquet i
nham de
resolvere,em segui da,encont r aram umar espost apr ecisa.Nãoseest udaapenasnas
escolas.Pedr oeAnt óni oest udar am enquant ot rabalhav am.Est udaréassumi ruma
ati
tudesér ia ecur i
osadi antedeum pr oblema" .( Pil
etti,Cl audino ( 1997);Didácti
ca
Geral,
Edi t
oraÁt ica,sérieEducação)
Nest
al i
nhadei deiaspl anifcaréassumi
i rumaat i
tudesér i
aecuriosadiantedum
problema.Diante dum pr oblema eu dev o pr ocur
arr efl
ecti
rpara decidi
rquai s as
melhoresalternati
vasdeacçãopossí veispar aalcançardet er
minadosobj ecti
vosa
parti
rdumacer tareali
dade.
NoprocessodePl ani fi
caçãopr ocura-seresponderasseguintesperguntas:
 Oquepr etendoal cançar?
 Em quant otempopr etendoalcançar ?
 Comopossoal cançari ssoquepr etendo?
 Oquef azerecomof azer?
 Quaisosr ecursosnecessár i
os?
 O queecomoanal isarasituaçãoaf im dev er
if
icarseoquepr etendofoi
alcançado?

Assi
m,Pl
ani
fi
caçãoé:

 Umataref
adocentequeincluit
ant
oapr evi
sãodasactivi
dadesdidácti
casem
ter
mosdasuaorganizaçãoecoordenaçãoem facedosobject
ivospropost
os,
quant
oasuarevi
sãoeadequaçãonodecor rerdoprocessodeensino.
 Um meiopar
asepr ogramarasacçõesdocentes,mastambém um moment o
depesqui
saeref
lexãointi
mamenteligadoàavali
ação.

 Um pr ocesso de raci
onal
ização,organi
zação e coordenação da acção
docente,art
icul
andoaacti
vidadeescol
areapr obl
emáti
cadocont ext
osocial
.
(Li
bâneo, DI
DÁCTICA,Cort
ezEditor
a-1994,S.Paulo).

5.
2.ELEMENTOSESSENCI
AISDOPROCESSODEENSI
NOEAPRENDI
ZAGEM

1.OBJECTI
VOS:

OsObjecti
vosconsistem numadescr
içãocl
aradosr
esul
tadosquedesej
amos
al
cançarcom anossaact
ividade.

I
mpor
tânci
adosObj
ect
ivosdeEnsi
no

SegundoMager :“
sev ocênãot em cer
tezaparaondev aipodeacabari ndopara
ondenãopr etendi
a.Assim,oPr ofessorpreci
sadet er
minardeiníci
ooqueoal unoserá
capazdefazernof i
naldaapr endizagem.Ai ssochama-sedefinirosObj ect
ivos.Seo
prof
essornãodef i
neosObj ecti
vos, nãopodeav al
i
ardemaneiraobj ect
ivaosr esul
tados
dasuaact i
v i
dadedeensi noenãot em condiçõesdeescolherospr ocedimentosde
ensi
nomai sadequados.

Ti
posdeObj
ect
ivos

1– Object
ivosEducaci
onaisouGerais– sãoproposiçõesgerai
ssobremudanças
compor
tamentai
sdesejadas.Sur
gem doestudodasoci edadecontempor
âneaedo
est
udosobreodesenvol
viment
odoalunoeosprocessosdeaprendi
zagem.
2–Obj ecti
vosI nst
ruci
onai
souEspecífi
cos–consist
em numamaiorespecif
icaçãodos
Objecti
vosGer aisenumaoperacional
izaçãodosmesmos.São,port
anto,proposições
específ
icas sobre mudanças no comportament
o dos al
unos,que ser
ão at i
ngidos
gradual
ment enoPEA.

Os Obj
ect
ivos Gerai
s e Especí
fi
cos,porsua v
ez podem r
efer
ir
-se aos domí
nios
Cogni
ti
vo,
Af ect
ivoePsi
comot or
.

a)Domínio Cogniti
vo– r efer
e-se à razão,à i
ntel
i
gênci
a e à memór i
a,
compreendendodesdesi mplesinf
ormaçõeseconheciment
osintel
ect
uai
s
atéi
deias,
princí
pios,
habi
l
idadesmentaisdeanál
i
seesínt
ese,
etc.

Porexempl o:
- I
nformarsobreospr i
ncipai
srecursosnaturais;
- Conhecerossí mboloseasr epresentaçõesut i
l
izadasem mapasecar t
as
geográfi
cas;
- Adquiri
rconheci
ment osbási
cossobr eocr esci
ment oevol
uti
vodohomem
- Conhecerospr i
ncí
piosessenci
aisenv ol
vidosnaApr endi
zagem.

a)Domíni
oAf ect
ivo–r
efer
e-seaosv
alor
es,àat
it
udes,àsapr
eci
açõeseaos
i
nter
esses.

Porexempl o:
- Cooperarpar aamanutençãodaor dem, daconservaçãoedoembel ezament
o
dacomuni dade;
- Valori
zarapessoahumana, ot
rabalhoindivi
dualecolecti
vo;
- I
nteressar-se em conheceros l ugares da comuni dade que at
endem as
necessidadesbási casdoshabi
tantes;
- Valori
zaraf unçãosoci
aldasdifer
entesi nst
it
uiçõesdacomunidade:Escol
as,
I
grejas,Sindicatoseoutros.

b)Domíni
oPsicomotor–r
efer
e-seàshabi
li
dadesoper
ati
vasoumotor
as,i
stoé,
àshabi
l
idadespar
amanipul
armater
iai
s,obj
ect
os,i
nstr
umentosoumáqui
nas.

Porexemplo:
- DesenharoMapadeMoçambi que;
- Constr
uirum barcodemadeir
a
- Moldarum bonecodebar r
o
- Di
rigi
rumamot oci
clet
a.

FunçõesdosObj
ect
ivosI
nst
ruci
onai
s

“AformulaçãodosObj ecti
vostem porfinali
dadecl
assifi
carpar
aopr of
essor
,nasua
própri
ament e,oucomunicaraout r
osasmudançasdesej adasnoaprendiz”(
Bloom.B.
S.I n Sal
danha);outr
af unção é:“or
ientaro professorna escolha dos demais
component es,porexemplo,embor aj
áv enham sendopensadosesel ecci
onadospel o
professordur ant
e a activi
dade de f
ormul ação de obj
ectiv
os,ser ão organizados,
sequencialment eem funçãodosobject
ivos,ouseja,ser
ãotrabalhadospeloprofessore
pelos alunos na medi da em que forem um r ecurso i
ndispensávelparal ev arao
compor tament ofinalpr
evist
o.Omesmoocor r
ecom asexper i
ênciasdeaprendizagem
ecom opr ocessodeAv ali
ação”(I
dem ).

Comodef
ini
rosObj
ect
ivosI
nst
ruci
onai
s?

Para def
ini
rosObj
ect
ivosI
nst
ruci
onai
s,Rober
tMagersuger
eassegui
ntes
nor
mas:

a)OsObjecti
vosdevem r
efer
ir
-seaoscomportamentosdosal
unosenãoaos
dosprofessor
es.Pori
sso,ini
cia-
seafor
mul açãodasegui
ntemanei
ra:“
O
al
unoaof i
naldocur
so(uni a)dev
dadeouaul erá…”.

b)OsObj ect
ivosdev em indicarcl arament eai ntenção do Pr of
essorenão
podem darmar gem amui tasi nterpretações.Porexempl o:osv er
bosque
permitem mui t
asinterpr
etações:compr eender,saber ,ent
ender,desenvolv
er,
aprender,melhora,aperfei
çoar ,julgar,conhecer ,adqui ri
ref amil
iari
zar-
se.E
osv erbosqueadmi tem poucasi nterpretaçõessão:i denti
fi
car,dif
erenci
ar,
escrever,r
esolver
,compar ar,enumer ar,contrastar,just
ifi
car,
escolhercri
ti
car,
verbal
izar,di
sti
nguir,
construir
,sel eccionarel ocalizar.

Noent ant
o,dev eficarcl
aroqueospr imeir
osverbostambém podem ser virpar
a
af ormulaçãodeobj ecti
vosdesdequei ndiquem comoessaapr endizagem v aiser
i
dent i
fi
cadaour econhecidanocompor tamentodoaluno.Vejamososegui nteobjecti
vo:
“levarosalunosaconhecerosf act
osbási cosrel
ati
vosàsaúdeeàdoença” .Este
objecti
voémui tovago, poi conhecerf
s, act
ospodedarmar gem amuitasinterpr
etações,
taiscomo: memor i
zarbonspr ecei
tosdeprotecçãoàsaúde,lembr
arnomesdedoenças,
l
embr arsintomasdedoenças, di
sti
ngui
rsintomadecausa,etc.

c)Osobj ecti
vosdev em especifi
caroqueoal unodever eali
zar.Paraver
ifi
carse
oobj ecti
voatendeaest acaracter
íst
ica,devemosf azerasegui ntepergunta:
quef aráoal unopar ademonst rarqueal cançouoobj ect
ivo.Seoobj ecti
vo
respondeaest aper gunta,el
eestábem enunci ado.Oobj ectiv
oacima,por
exempl o,poderi
aserdef ini
dodasegui ntemaneira:levaroal unoaidenti
fi
car
asdoenças,seussi ntomasesuascausaseadopt arhábitosdehi gi
enee
ali
ment açãosaudáv eis.

d)Osobj ectiv
ospodem est abelecertambém condições(tempo,usoounãode
i
nst r
ument os,li
vroseout r
osr ecursos)em queoal unodev er
ádemonst r
ar
sercapazder eal
izar–nof i
naldocur so,daunidadeoudaaul a–oqueest á
previst
o no obj ecti
vo.No exempl o aci
ma,o obj ectiv
ot eri
a a segui
nte
formulação: aofi
naldeum trabalhodepesquisa,conduzidonasaladeaula,o
alunodev erásercapazdeident i
fi
carasprinci
paisdoençascontagi
osas,seus
si
ntomasesuascausas,al
em deadopt
arhábi
tosdehi
gieneeal
i
ment
ação
saudáv
eis.

e) Paraque,fi
quem aindamelhorenunciados,osobject
ivospodem especi
fi
car
ogr audeper fei
çãoqueseesper adoal uno.Porexemplo:Aof i
naldeum
trabal
hodepesqui sa,r
eal
i
zadonasal adeaul a,oalunodeverásercapazde
identi
fi
car80%dedoençascont agiosas,suascausaseseussi ntomas,al
ém
deadopt art
rêsnovoshábi
tosdehigieneeal i
mentaçãosaudáveis.

2.CONTEÚDOS:

OsCont eúdossãooconj untodeconheci mentos,habi l


i
dades,hábi t
os,v al
orese
at
it
udesdeact uaçãosocialorganizadospedagógi caedi dacti
cament e,tendoem v i
sta
aassi
milaçãoactiv
aeaapl i
caçãopel osalunosnasuapr áti
cadev ida.Englobam:
 Concei tos,i
deias,f
actos,processos, pri
ncí
pios,
leiscientí
fi
cas, r
egr as;
 Habi li
dades cogniti
vas,modos de act i
vi
dade,mét odos de compr eensão e
apli
cação,hábitosdeestudo, detrabalhoedeconv i
vênciasocial;
 Val oresconvicçõeseatitudes.

Estesconj
untossãoexpressosnospr ogr
amasof ici
ais,nosli
vrosdi
dáct
icos,nos
pl
anosdeensinoedeaul
a,nasat i
tudeseconvicçõesdopr of
essor
,nosexer
cíci
os,nos
métodosefor
masdeorganizaçãodeensino.

OsCont eúdosret
ract
am aexperiênciasocialdahumanidadenoqueser ef
erea
conhecimentosemodosdeacção,t r
ansf ormando-
seem inst
rumentospel
osquaisos
al
unosassimi l
am,compreendem eenfrentam asexi
gênci
asteóri
caseprát
icasdavi
da
social
.

OsCont eúdosconst it
uem oobj ectodemedi açãoescol arnoPEA,namedi daem
que a assi milação e a compr eensão dos conheci mentos e modos de acção se
conv ert
em em i deaissobreaspr opr
iedadeser el
açõesf undamentai
sdanat ur
ezaeda
sociedade,f or
mandoconv icçõesecr it
éri
osdeor ientação dasopçõesdosal unos
fr
enteàsact i
vi
dadest eóri
casepr áti
caspostaspel avidasocial
.
Apósi stopode- seconcluirque:oscont eúdosdeEnsi nocompreendem asmatéri
as
nas quai s são si st
emat i
zados os conheci ment os,f or
mando a base par a a
concr et
izaçãodeobj ecti
vos.

Car
act
eri
zaçãodosEl
ement
osquecompõem osCont
eúdosdeEnsi
no

1º)OsConheciment
ossistemat
izados,quesãoabasedaInst
ruçãoedoEnsino,
os
obj
ect
os de assi
mil
ação e meioindispensáv
elpar
a o desenv
olvi
mento gl
obalda
per
sonal
i
dade.

2º)Ashabil
idadessãoqual
idadesint
elect
uai
snecessári
asparaaacti
vidademental
no processo de assi
mil
ação de conheciment
os;os hábitos são modos de agir
rel
ati
vamenteautomati
zadosquetornam maisef
icazoestudoacti
voeindependent
e.
 Háhábit
osquepr
ecedem habi
l
idadeseháhabi
l
idadesqueset
ransf
ormam em
hábi
tos.

3º)Asat i
tudese conv cções r
i efer
em-sea modosdeagi r,desent i
rede se
posici
onarfrenteatarefasdav idasoci al.Or
ientam atomadadedeci sõespessoais
fr
enteasituaçõesconcretas.Asat i
tudeseconv icçõesdependem dosconhecimentos;
eosconheci mentos,
porsuav ez,influem naformaçãodeat i
tudeseconvicções,
assim
comoambosdependem decer t
oní veldedesenvolvi
mentodascapacidadesment ai
s.

3.MÉTODOS:

OMétododeEnsinoésempredeter
minadoem f unçãodosobj ecti
vos,cont
eúdose
condi
çõesconcr
etaspar
aaaprendi
zagem.Eletambém i nf
luenci
aosobj ecti
vos.Como
vi
mosanteri
ormenteométodoéum meioparaalcançarofim deensino.

4.ACONDI
ÇÃOCONCRETAPARAAAPRENDI
ZAGEM:

Quecompr eendeumar efl


exãosobreaspar ti
cular
idadesdosal unos,osmeiosde
ensi
nodi sponí
veis,ascondiçõesdasaladeaul a,ascondi çõessociai
seeconômicas
dasociedade,inclui
ndoapol í
ti
caeducacional
,regimepol í
ticoeformadegov er
nação
nessasociedade.Ascondi çõesconcr
etasinfl
uem nosr esul t
adosdoPEAenost i
pos
derel
açõesent reProfessor
-al
unosealunosentr
esi .

5.OPROFESSOREASSUASACTI
VIDADES:

Aact ivi
dadedopr ofessorcar act
eriza-seporserment alepr áti
ca.Nasuaact iv
idade
ment al,o professorest abel ececom ant ecipação aquilo quev aicontri
bui
rpar ao
al
cancedosobj ecti
vosdeensi no,atravésdepr eparaçãoepl ani
ficaçãodasaul as.É
nessapr eparaçãoqueopr ofessorfazaanál isedopr ogramadeensi noerefl
ectesobre
ot ipodeaul a,ti
podeal unos,cont eúdos,mei osdeensi no,etc.Énopr ocessode
preparaçãoqueopr ofessorf azousodopr ogramadeensi no,consultaumasér iede
l
ivros,i ncl
uindo manuai s de or i
entações met odológicas par a sustent
ar a sua
pl
ani f
icaçãodeaul as.
6.OSALUNOSEASSUASACTI
VIDADES:

Osalunosadqui
rem eassi
mil
am cont
eúdosdeapr
endi
zagem r
eal
i
zandov
ári
as
acções.Especi
fi
camente:

 Compr eender,
fixar,
gravar
,memor
izar
;
 Repeti
rer esumir;
 Sist
emat i
zareintegrar
;
 Exerci
tareapli
car .
BI
BLI
OGRAFI
A

DOMI
NGOS,
AnaMari
aatAll
.UmaFormaDeEst rut
urarOEnsi
noea
Apr
endi
zagem.Li
vrosHor
izont
es,
Lda,2ªEdi
ção,Li
sboa,
1984.

GOLI
AS,
Manuel
.Sist
emasdeEnsinoem Moçambi
que:Passadoe
Present
e,Edi
tor
aEscol
ar,Maput
oMoçambique,1993.

LEI
F,J.Vocabul
ári
oTécnicoeCrí
ticodaPedagogiaedaCi
ênci
as
daEducação.Edi
tor
ialNot
íci
as,
Lisboa,
1976.

LI
BÂNEO,
JoséCar
losDi
dát
ica,
Cor
tezEdi
tor
a,SãoPaul
o,1994.

MARQUES,
Ramiro.AEscolaeosPais:ComoCol
abor
ar?Text
oEdi
tor
a,
3ªEdição,
Lisboa,
1991.

MI
ALARET,
Gaston.AFormaçãodosPr
ofessor
es.Li
vrar
iaAl
medi
na,
Coi
mbra,1981.

PI
LETTI
,Cl
audi
no.Di
dáct
icaGer
al,
Edi
tor
aÁt
ica,
sér
ieEducaçãoBr
asi
l
,1997.

POSTI
C,Mar
cel
.Observ
açãoeFormaçãodePr
ofessor
es.Li
vrar
ia
Al
medina,Coi
mbr
a,1979.

MELO,Sampai
o A.eCOSTA,Al
mei
daJ.
,Di
cionar
io da Lí
nguaPor
tuguesa.

edi
ção,
Por
toEdi
tor
a,Rev
est
aact zada,
ual
i 1999.

ARANHA,Mar
iaLúci
adeAr
ruda.“
Hist
óri
adaEducação”
.2ªedi
ção,Moder
na,
SãoPaul
o,2005.

CONTRI
M,Gi
l
ber
toeVARI
SE,Már
io.“
Fundament
osdaEducação–Hi
stór
iae
Fi
losof
iadaEducação”
.10ªedi
ção,
Sar
aiv
a,SãoPaul
o,1985.

MONROE,
Paul
.“Hi
stór
iadaEducação”
.19ªedi
ção.

Você também pode gostar