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Foucault

para psicólogos

Professor Alyson Barros


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1
Objetivos da aula
- Entender o contexto da obra de Foucault
- Apresentar os conceitos fundamentais
- Resumir o livro “A História da Loucura”
- Resumir o livro “Vigiar e Punir"
- Resolver questões sobre o tema
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2
Obras de Referência
Os principais livros de Foucault para concursos
são:
- FOUCAULT, Michel. História da Loucura
- FOUCAULT, Michel. Vigiar e Punir
- FOUCAULT, Michel. Microfísica do Poder
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3
Biografia

Breve

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Principais conceitos

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6
Método

Arqueologia Filosó ca (genealogia)


fi
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7
Microfísica do Poder
O poder não existe (como o concebemos)

O que existe é o conjunto de relações de poder

Devemos partir da periferia para o centro para


entendermos o poder

Microfísica contrapõem-se à Macrofísica

Dois tipos de poder: Poder Disciplinar e Biopoder


Atenção: as relações de poder regulam a produção do saber.

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oder disciplinar
Objetivo:

Docilizar corpos

Fundamento:

Está em todas as instituições

Atua sobre as individualidades

Usa de punição e vigilância

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9
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exclui. Em uma palavra, ela normaliza


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10
subjetivação

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11
ericulosidade

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A história da
loucura

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Periculosidade
Conceito oriundo do desenvolvimento do direito e da medicina.

Ciência do direito


Poder sobre os outros





Função punitiva



Medicina (psiquiatria)

Higiene pública



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14
Antiguidade
O problema era orgânico (dé cit permanente)

fi

Loucura era, em alguns casos, idolatrada

Não era perigosa



O perigo era desígnio dos deuses.



Final da idade antiga



Possível doença para explicar a loucura




Humores


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Antiguidade
Hipócrates

Loucura era doença episódica




Toda loucura é tratável




Galeano

Não há loucura episódica




Loucura ocorre por lesões permanentes (dé cit orgânico)




fi

Atribuir periculosidade a alguém n o seria compreensível




naquele tempo
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Idade Média
O problema era moral/religioso.

O “Mal” moral.



Loucura é uma crise contra a moral social



O louco ainda podia ser ouvido, ainda podia trazer revelações



(Ex. Dom Quixote)

Santo Agostinho

O mal é um desvio da substância suprema, que é Deus

O mal é sem substância, apenas um desvio

Corrige-se o mal através dos sacrifícios

As pessoas não eram perigosas, mas pecadoras


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17
Idade Média
Surgimento dos primeiros grandes hospícios como aparato do
Estado

São Tomás de Aquino

O mal está nas coisas e é algo permanente



Pecados são irremissíveis



Indivíduos não são perigosos, mas possuídos por demônios.



Fundamento da Santa Inquisição


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18
Séculos XV e XVI

(Iluminismo e Renascimento)
O problema era a natureza do homem

A razão separa o homem da loucura




Felix Plater

Cunhou o termo alienação mental

Pinel

fez a síntese entre organicistas e metafísicos

alienados se encontram enxertados, de forma composta e


essencial, a lesão e a tendência ao mal

dé cit moral intrínseco


fi

eles não são responsáveis, não são delinquentes, e sim doentes.

Inaugurou a ideia de uma loucura perigosa por si

a doença desculpa o crime, atos sem culpa.

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Tratamento moral
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Séculos XV e XVI

(Iluminismo e Renascimento)

Campo do direito

a demência anula o crime.



A partir de Descartes, a loucura é algo que leva ao erro. A


loucura é a desrazão. A loucura é silenciada do ponto de vista
losó co e o louco é internado do ponto de vista institucional.
fi
fi

Os loucos passam ao Grande Encarceramento no Século XVII

Os hospitais gerais cresceram pela Europa


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Século XVIII
Época da revolução industrial

O louco passa formalmente a ser visto como doente




A loucura é individual e cabe ao médico tratar desses doentes


(saber médico)

Substituímos as correntes pela medicação




A psicanálise emerge


O louco deve ser estudado, ainda con nado





fi

O médico/psiquiatra representa o poder da razão sobre a


loucura.

Há um monólogo da razão (médico) sobre quem é considerado


louco

Não há diálogo AMOSTRA GRÁTIS


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21
Século XIX

Loucura está associada ao crime

Parceria do direito com a psiquiatria em função da entrada


excepcional da demência nos códigos penais

A demência anulava o crime

Monomania homicida (loucos homicidas)




Sinônimo de crime louco





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22
Período I (1810 a 1835)

Esquirol

monomania homicida, um dé cit moral intrínseco, visível

fi
apenas no crime mesmo, faculdade intelectual intacta,
loucura raciocinante, mas sem freio moral.

Aplica-se o tratamento moral pineliano. Esses casos saem da


esfera da Justiça e vão para a psiquiatria.

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23
Período II (1840 a 1870)

Dementes são perigosos

Estado deve proteger a sociedade

Classi car os degenerados pelos seus graus de perigo


fi
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24
Período III (1876 a 1910)

Lombroso

Busca de uma patologia intrínseca




Não havia mais diferença entre demência e delinquência

o delinquente é um doente que precisaria mais de médicos do


que do direito penal.

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Vigiar e Punir
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27
Breves Comentários

O livro de Foucault busca explicar a genealogia do poder e das


prisões, discutindo estratégias para a manutenção do poder. É
uma obra que versa sobre o nascimento das prisões e das
instituições disciplinares.

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28
Suplício e Punição

Antigos estilos penais

Suplício (pena corporal dolorosa, quase sempre mortal, como o


esquartejamento)

Povo participava dos suplícios





Muitas vezes era preciso proteger o criminoso do linchamento


da população.

Sumiu devido a “humanização” da sociedade.

Gerava grande revolta e animosidade dos que assistiam.


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29
Suplício e Punição

Guilhotina

Vantagem: aquele que pune não encosta no corpo do punido. O


corpo é facilmente recomposto para ser escondido e
escamoteado.

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30
Século XVIII

Suplício é um perigo para os soberanos

O povo questiona essa prática.





As reformas penais contemplaram a aplicação de penas


coerentes com o tipo de crime cometido (exemplo: corrupção).

Pós revolução francesa




Criminoso


- Precisa de cultura, é “anormal”, é louco, é doente, é um


monstro

Instituições

Atuam na prevenção, constituição de certeza e verdade,


codi cação, de nição dos papeis e regras de procedimento.
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fi
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31
Século XIX

Mudança dos suplícios para a prisão

O ato passa a ser julgado também em relação ao histórico


do criminoso.

A pena

A vantagem do crime deve se anular na desvantagem da


pena

A pena não decorre da vontade de alguém, mas da


consequência natural da prática criminosa

As penas devem ser e cazes, por isso não podem durar


fi
para sempre.

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32
Disciplina

Os corpos dóceis

O corpo é o sujeito ao qual verte o poder da sociedade


disciplinar

A microfísica do poder (a maquinaria sutil) pode ser invisível e


sutil.

As pessoas são úteis de acordo com a sua obediência.




O poder sobre o corpo é exercido por todas as instituições

Poder sobre como o corpo deve ser





Poder sobre como o corpo deve se comportar





Poder sobre as escolhas do corpo





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33
Disciplina

A criação de corpos dóceis serve para uma proposta de


sociedade disciplinar

Não signi ca que todos sejam disciplináveis





fi

Não signi ca que todos os dóceis são disciplinados.





fi

As instituições servem para docilizar os corpos




A disciplina cria um sistema de recompensas e penalidades


contínuas para individualizar e classi car as condutas

fi

O poder disciplinar busca normalizar diferenças individuais.




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34
O Panoptismo

Composição do “panóptico” de Jeremy Bentham.

Nos sentimos vigiados, mesmo quando não somos vigiados.

A sensação de vigilância torna desnecessário o uso da força


bruta.

A lei se apresenta, mesmo quando não há uma pessoa cobrando


a lei.

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35
O Panoptismo
Segundo Foucault

daí o efeito mais importante do Panóptico: induzir no detento


um estado consciente e permanente de visibilidade que
assegura o funcionamento automático do poder. Fazer com
que a vigilância seja permanente em seus efeitos, mesmo se


descontinua em sua ação; que a perfeição do poder tenda a
tornar inútil a atualidade de seu exercício; que esse aparelho
arquitetural seja uma maquina de criar e sustenta uma relação
de poder independente daquele que o exerce: en m, que os

fi
detentos se encontrem presos numa situa o de poder de que



eles mesmos são os portadores. AMOSTRA GRÁTIS
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36
A prisão

Serve de coação de uma educação total

Possui uma disciplina onipresente a m de transformar o

fi
indivíduo pervertido.

Função de conversão social.

Técnicas

Solidão

Isolamento

Autorregulação

Trabalho, em alguns casos



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37
A prisão

Foucault diferencia

Infrator

Aquele que transgride a norma




Delinquente

Aquele que vive além da norma, tem histórico ou classe social


para ser alienado da sociedade.

O sistema prisional serve para o delinquente

É o sistema prisional que institucionaliza o papel de



delinquente.

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38
A prisão
O modelo penitenciário que temos atualmente surgiu no século XIX
acompanhado de baixos índices de recuperação, corrupção e críticas.

Para Foucault, as cadeias não objetivavam suprimir as infrações, mas


de dominar o criminoso.

Não busca docilizar o criminoso, mas sujeita-lo ao poder disciplinar e


manter a hierarquia social.

Atualmente, quando as instituições tradicionais, como a igreja, a


escola, conventos e manicômios não conseguem docilizar corpos, a
detenção penal entra em cena para punir e corrigir desvios.

O maior objetivo da prisão foi ter fabricado a delinquência, fazendo-a


legítima, aceita, por isso até hoje a prisão perdura.
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39
O controle do Tempo e do Espaço

Função: exercício do poder disciplinar

Controle do espaço

Disposição dos objetos e estrutura dos prédios

Observação vigilante e a sensação de estar sempre sob a


presença do poder maior coercitivo.

A prisão não mais será um ambiente escuro e sombrio, mas


sim um espaço iluminado que possibilite a vigilância da vida
e das atitudes dos detentos.
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40
O controle do Tempo e do Espaço

Controle do tempo

Isolamento

Atividades repetitivas

Forte pressão psicológica e doutrinária

Evita a organização ou rebeldia

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41
O encarceramento

Pensamento francês da época

A mínima desobediência é castigada e o melhor meio de evitar


delitos graves é punir muito severamente as mais leves faltas

Os carcereiros são submetidos a uma técnica disciplinar


semelhante à que impõem aos encarcerados.

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42
Questões
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43
1. FGV - DP - RJ – Psicólogo Jurídico - 2014
Sabemos desde Foucault que a psiquiatria se transformou, a partir da segunda
metade do século XIX, numa peça estratégica do biopoder, ampliando o seu
escopo de ação para a gestão da população e, assim, promovendo a higiene
das raças e o controle das anomalias consideradas perigosas à ordem social.
Para tanto, exigiu-se do saber psiquiátrico o privilégio de teorias baseadas

(A)  no isolamento manicomial como estratégia terapêutica inaugurada por Pinel.

(B)   no Panopticon de Bentham, cujo olhar vigilante tornou-se crucial nas


sociedades disciplinares.

(C)   na divisão binária entre a loucura maníaco-depressiva e a demência


precoce feita por Kraepelin.

(D)   no enquadramento da mão de obra proletária junto aos aparelhos de


produção capitalista.

(E)   no conceito de degeneração, que atribui à transmissão hereditária a


causalidade de desvios diversos.
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44
2. FGV – FUNARTE – 2014
Segundo Michel Foucault, a proteção e o evitamento da
depredação das novas formas de acúmulo de riqueza na
modernidade zeram proliferar uma tecnologia de vigilância e
fi
controle, que se instalou no século XVIII e caracteriza nossa
sociedade até os dias de hoje. Tal tecnologia corresponde:

(A) à repressão social;


(B) à exclusão da pobreza;

(C) ao grande enclausuramento;

(D) à luta de classes;



(E) ao panoptismo.
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45
3. FGV – DP – RJ – 2014

No conhecido livro “Vigiar e Punir”, Foucault re ete sobre a

fl
técnica do exame, que consistiria em uma tecnologia

(A)  do poder soberano que invisibiliza, desterritorializa e


militariza.

(B)  do poder disciplinar que visibiliza, individualiza e


normaliza.

(C)  do poder disciplinar que singulariza, invisibiliza e pune.

(D)  do poder uido que controla, medicaliza e incita.


fl

(E)  do poder soberano que normaliza, cerimonializa e pune.


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46
4. FGV - DP - RJ – Psicólogo Jurídico - 2014
Certas práticas jurídicas parecem perigosamente identi car o sujeito psicológico

fi
com o sujeito de direitos, reduzindo o primeiro ao segundo e transformando
certas atividades que envolvem o psicólogo em meras sanções. Com a nalidade

fi
de re etir sobre essa questão, convém citar uma das formas com que Foucault
fl
pensava a relação entre direito e norma, a saber:

(A)  há uma colonização recíproca entre as normas disciplinares e


o direito, servindo este último como veículo para as


primeiras.

(B)  o direito se opõe à norma, tendo o primeiro cedido lugar às


disciplinas a partir das sociedades monárquicas.

(C)   a economia industrial foi crucial para o desenvolvimento das disciplinas,


deslocando o direito de sua antiga função de


ordenador social.

(D)  a repressão é o elemento central da dinâmica do poder


agenciado pela norma e pelo direito.

(E)  o direito é aquele que organiza os corpos no tempo e no


espaço, mantendo a vigilância contínua sobre cada individualidade.
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5. FGV - DP - RJ – Psicólogo Jurídico - 2014
A noção de periculosidade, tal como pensada por Foucault, expressa

(A)   o risco virtual de criminosos delinquirem, o que exige a


construção de mais estabelecimentos prisionais.

(B)  o perigo de convivência com psicopatas e criminosos impulsivos


que devem ser constantemente monitorados.

(C)   o perigo virtual de qualquer indivíduo adotar comportamentos


transgressores.

(D)o perigo advindo da presença de criminosos não ressocializados


na sociedade.

(E) a necessidade de controle de serial killers em razão do risco social


que representam.
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6. FCC - 2009 - TJ-SE - Analista Judiciário - Psicologia
Nas discussões relativas às prisões e instituições

totais destacam-se dois autores que por sua obra,
tornaram-se referência para os estudiosos da Psicologia
Criminal. São eles:

a) Jean Piaget e Humbert Maturana.

b) Sigmund Freud e Carl Gustav Jung.

c) Michel Foucault e Erving Goffman.

d) Jürgen Habermas e José Bleger.

e) Donald Woods Winnicott e Edgar Morin.


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49
7. FCC - 2012 - MPE-AP - Analista Ministerial - Psicologia
Na atualidade, as instituições totais recebem críticas no tocante ao
abrigamento de adolescentes em con ito com a lei, pois

fl

a) di cultam a vida social porque os adolescentes vivem isolados, realizando


fi
cada atividade diária de forma apenas individual e nunca em grupo.

b) partem de uma visão médica e assistencialista sobre os cuidados que


devem recair sobre aqueles que cometem atos infracionais.

c) di cultam a formação de grupos e o estabelecimento de rotinas pré-


fi
estabelecidas pelos dirigentes.

d) oneram a sociedade já que usualmente são utilizados espaços com


grande valorização imobiliária.

e) privilegiam apenas o controle e a segurança, despersonalizando os


indivíduos.
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50
8. CEPERJ - 2012 - DEGASE - Psicólogo
Segundo Erving Goffman, as instituições totais retiram do indivíduo sua
capacidade de decisão e escolha, por meio de rígidos regulamentos, sanções e
julgamentos dos dirigentes. A a rmativa que não descreve ação implementada

fi
por essas instituições é:

a) A conduta do interno no interior da instituição é constantemente observada e


qualquer ato fora do determinado pode futuramente ser usado contra ele próprio.

b) A presença de autoridade escalonada responsável pela garantia do


cumprimento das regras determinadas, mesmo que isso inclua castigos físicos
ou morais.

c) Tudo pertence à instituição e pode ser retirado a qualquer momento.

d) O interno consegue equilibrar suas necessidades pessoais ao poder e


organizar livremente, e por conta própria, sua rotina diária no interior da
instituição.

e) O internado pode renunciar a certos níveis de sociabilidade, a m de evitar

fi
incidentes. Gabarito: D

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51
9. CEPERJ - 2012 - DEGASE - Psicólogo
“Os processos pelos quais o eu da pessoa é morti cado são relativamente

fi
padronizados nas instituições totais.”

GOFFMAN, 2007 (p.24)

Identi que abaixo as a rmativas que são exemplos de morti cação da


fi
fi
fi
identidade do indivíduo:

I- Permissão para visitas a qualquer tempo.

II- Perda de direitos civis.

III- Uso de violência e ações de humilhação para a obtenção de obediência.

IV- Alteração na aparência pessoal e não permissão para posse de bens


pessoais.

V- Direito à expressão e opinião próprias.

A alternativa que contém a indicação das a rmativas corretas é:



fi

a) II e III

b) II, III e IV

c) III, IV e V

d) I, IV e V

e) I, III e IV Gabarito: B
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52
10. FGV – FUNARTE – 2014
Segundo Michel Foucault, a proteção e o evitamento da
depredação das novas formas de acúmulo de riqueza na
modernidade zeram proliferar uma tecnologia de

fi
vigilância e controle, que se instalou no século XVIII e
caracteriza nossa sociedade até os dias de hoje. Tal
tecnologia corresponde:

(A) à repressão social;

(B) à exclusão da pobreza;

(C) ao grande enclausuramento;

(D) à luta de classes;


(E) ao panoptismo.

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11. FCC - TJ-AP - Analista Judiciário – Psicologia –
2009
A sociedade disciplinar se sustenta num sistema de regras
e sanções que é aplicado aos que desviam da norma. O
hospital psiquiátrico e a prisão são partes de um mesmo
modelo de sociedade que formam uma rede institucional
que tem como função controlar o tempo e os corpos dos
indivíduos. Pode-se atribuir esse entendimento a

a) Michel Foucault.

b) Sigmund Freud.

c) Arminda Aberastury.

d) Melanie Klein.

e) Françoise Dolto. Gabarito: A


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12.CESGRANRIO – Prefeitura de Salvador – BA – Professor de Filoso a –

fi
2010
“O que está em questão é o que rege os enunciados e a forma como estes se

reagem entre si para constituir um conjunto de proposições aceitáveis
cienti camente e, consequentemente, susceptíveis de serem veri cadas ou
fi
fi
in rmadas por procedimentos cientí cos. Em suma, problema de regime, de
fi
fi
política do enunciado cientí co.

fi

Foucault, M. Microfísica do Poder.



Segundo o francês Michel Foucault,

a) o esforço moderno por conhecer a loucura promoveu a superação da cisão


entre sujeito e objeto.

b) o con ito moderno entre razão e experiência deve ser superado através do
fl
retorno genealógico ao discurso originário dos primeiros lósofos.

fi

c) o sujeito não é fruto de uma construção histórica, mas sim a origem perene
dos saberes determinados historicamente.

d) os saberes próprios de uma época são autônomos frente às relações de


poder que nela se desdobram.

e) as relações de poder regulam a produção do saber. AMOSTRA GRÁTIS Gabarito: E


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13. FUNCAB - SEDS-TO - Analista em Defesa Social –
Pedagogia – 2014
Em relação à delinquência, a proposta foucaultiana
pretende a:

a) desnaturalização.

b) cienti zação.
fi

c) reabilitação

d) cura laboral

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14. FUNCAB - SEDS-TO - Analista em Defesa Social –
Pedagogia – 2014
Para Michel Foucault (1985), a escola é uma instituição que
tem com a prisão uma relação de:

a) oposição.

b) transversalidade.

c) transformação

d) criminalização.

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15. FCC - MPE-PE - Analista Ministerial –
Psicologia – 2012
Michel Foucault a rma que fazem parte da

fi
armadura institucional da detenção penal as
técnicas

a) mediadoras.

b) conciliativas.

c) apaziguadoras.

d) retentivas.

e) corretivas. Gabarito: E
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16. F U N C A B - S E D S - T O - A n a l i s t a
Socioeducador – Psicologia – 2014
Foucault destaca que a vigilância é a principal
engrenagemdo poder disciplinar e contribui para:

a) estudar os sujeitos a ele submetidos.

b) especi car a disciplina, circunscrevendo-a às


fi
instituições fechadas

c) produzir efeitos descontínuos, limitados aos


muros institucionais

d) automatizar e desindividualizar o poder.


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17. FUNCAB - SEDS-TO - Analista Socioeducador –
Pedagogia – 2014
O modelo da instituição escolar, segundo M. Foucault e os
analistas institucionais, baseou-se na lógica:

a) hospitalar.

b) prisional.

c) familiar.

d) maternal.

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60
18. FGV – SUSAM – Psicólogo – 2014

O livro História da Loucura na Idade Clássica, de Michel Foucault,


oferece uma importante contribuição para a questão da loucura.

A esse respeito, de acordo com Foucault, analise as a rmativas a

fi
seguir.

a) A compreensão da natureza da loucura é similar em todas as


sociedades.

b) Os loucos, ao longo do século XV, conviviam com os cidadãos


nas cidades, não havendo nenhuma medida para afastá-los.

c) O Hospital Geral já nasce como um estabelecimento médico.

d) O internamento tem o mesmo sentido em toda a Europa do


século XVII, se for considerado em suas origens.

Gabarito: D
e) As casas de internamento foram um sucesso.
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19. FGV - TJ-GO - Analista Judiciário – 2014

Michel Foucault identi cou, pela análise genealógica, as práticas jurídicas

fi
como uma das mais importantes na emergência das formas modernas de
subjetividade. Esse autor propõe o reconhecimento das identidades como:

a) essências subjetivas que se articulam à introspecção e complexidades


internas;

b) produções históricas que se constituem pela imbricação e


agenciamento de práticas múltiplas;

c) expressão do funcionamento cerebral e herança genética que de nirão

fi
o “eu”;

d) expressão comportamental do aprendizado interativo com os meios


ambientes interno e externo;

e) instrumento para ação cognitiva dos indivíduos inseridos em grupos


familiares, escolares e sociais. AMOSTRA GRÁTIS Gabarito: B
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20. FGV - DPE-MT – Psicólogo – 2015

Segundo Foucault, a “humanidade” do criminoso começou a ser edi cada

fi
entre os séculos XVIII-XIX como limite a ser respeitado na aplicação das
punições, constituindo-se como fronteira a ser preservada em contraponto
aos antigos excessos do soberano. A partir da humanidade como medida,
as penas foram suavizadas. O surgimento da punição moderna passa a ser
orientada por uma tecnologia que organiza a multiplicidade humana no
tempo e no espaço, visando controlar os indivíduos em suas ações e
aperfeiçoar ao máximo suas capacidades.

Tal tecnologia é designada por Foucault como

a) suplício.

b) higienismo.

c) inquérito.

d) disciplina.

Gabarito: D
e) razão.
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