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PROPOSTA PRELIMINAR

DE PROJETO
Título do Projeto: ATUAÇÃO MULTIPROFISSIONAL NO COMBATE AO SEDENTARISMO

Nome da equipe: Campos de ação: Segurança alimentar e nutricional, comportamento sedentário,


dados epidemiológicos e fake News e riscos para a educação em saúde.
ELITE

Professor: Lais Machado de Souza


E-mail institucional: laimachado.jeq@ftc.edu.br
Função 1: Líder Telefone: (73) 99145-8345
Nome: Rafaella Barros Errico Silva E-mail institucional:
201911349@uesb.edu.br
Função 2: Vice-líder Telefone: (73) 99169-0366
Nome: Lara Pontes Silva E-mail institucional:
larapontes3535@hotmail.com

Função 3: Secretário Telefone: (73) 98116-4985


Nome: David Cohim E-mail institucional:
davidcohim@hotmail.com

Função 4: Vice-secretária Telefone: (73) 99144-5880


Nome: Karoline Ribeiro E-mail institucional:
karolkaroliny1.kr@gmail.com

Função 5: Tesoureiro Telefone: (73) 98153-3355


Nome: Samir Rodrigues E-mail institucional:
brito.samir.r@gmail.com

Função 6: 2º Tesoureira Telefone: (77) 99127-0160


Nome: Rayanna Kaaticeia E-mail institucional:
rayanna.bueno123@gmail.com
Função 7: Marketing Telefone: (73) 98866-5958
Nome: Guilherme Vieira de Souza E-mail institucional:
vguisouza8@gmail.com

Função 8: Marketing Telefone: (73) 98802-8176


Nome: Isabela Oliveira E-mail institucional:
isabella20177766@gmail.com

Resumo
Com o processo da industrialização, existe um crescente número de pessoas que se tornam
sedentárias com poucas oportunidades de praticar atividades físicas, portanto, diversos autores têm
demonstrado associação entre sedentarismo e doenças cardiovasculares, visto que, é um dos maiores
números de causa de morte no Brasil atualmente. O sedentarismo conceitua-se como um estilo de vida
em que não se pratica qualquer tipo de exercício físico regularmente, além da característica de
permanência de muito tempo sentado e falta de disposição para realizar atividades simples do dia-a-
dia. Tal estilo de vida tornou-se um fator de risco à saúde da população devido à falta de tempo para
realizar atividades físicas, onde destaca-se que da quantidade de indivíduos sedentários no país,
47,5% são mulheres.

Objetivo Geral:
Promover conhecimentos inter e multidisciplinares sobre os principais efeitos do sedentarismo à saúde.
Objetivos específicos:
Estimular a análise crítica sobre os impactos do sedentarismo na saúde dessas mulheres;
Realizar momento de vivência da atividade física junto ao público alvo.
Justificativa: O sedentarismo pode ser definido como um comportamento diário que se caracteriza por
uma grande quantidade de tempo destinada a atividades que não promovem um gasto energético
significativo quando comparado ao gasto produzido em níveis de repouso ou atividades com baixo
gasto de energia. Pode impactar negativamente a vida de um indivíduo, aumentando o risco de
desenvolvimento, por exemplo, de doenças cardiovasculares, diabetes tipo II e alguns tipos de câncer.
A reflexão acerca do sedentarismo é de extrema importância. Ainda hoje, em 2022, para a
Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é o país mais sedentário da América Latina e ocupa a
quinta posição no ranking mundial. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística-
IBGE, cerca de 47% dos brasileiros são sedentários.
A justificativa pessoal e acadêmica estão interligadas devido ao interesse

Revisão Bibliográfica
O mundo contemporâneo, o desenvolvimento humano e a migração para os grandes centros
tecnológicos, aliados ao acesso às invenções do homem para gerar seu conforto e interagir entre si por
meio de um simples toque nos celulares ou tablets, fazem com que o sedentarismo ou inatividade
física apresentem níveis crescentes na população geral.
O movimento humano representa um comportamento complexo, influenciado por questões de
motivação pessoal, de saúde e de mobilidade, fatores genéticos e os ambientes físicos e sociais em
que as pessoas vivem. Esses fatores, sem dúvida, exercem influência sobre a propensão a
desenvolver comportamentos sedentários, bem como a atividade física.
A atividade física é um comportamento complexo que apresenta um espectro bastante amplo, desde
uma tarefa doméstica, como varrer a casa, até a escalada de uma alta montanha. Pode ser definida
como qualquer movimento corporal produzido pelos músculos esqueléticos que resulte em gasto
energético. O exercício físico caracteriza-se como uma atividade em que há intencionalidade de
movimento, sendo considerado um subgrupo das atividades físicas que são planejadas, estruturadas e
repetitivas, tendo como propósito a manutenção da saúde ou aperfeiçoamento do condicionamento
físico ou, ainda, a melhora da aptidão física. Já o esporte pressupõe a existência de adversários e uma
maior organização, normalmente representada por um conjunto de regras.
Considera-se que a atividade física insuficiente é um fator de risco independente para doenças
coronarianas. Aproximadamente 12% de todas as mortes nos Estados Unidos estão relacionadas com
a falta de atividades físicas regular e a inatividade, associada a um aumento de pelo menos o dobro do
risco de um evento coronariano, com um risco relativo semelhante ao da hipertensão arterial,
dislipidemia ou tabagismo. As doenças cardiovasculares (DCVs) são doenças que causam distúrbios
no coração e vasos sanguíneos, responsáveis pela maior taxa de morbidade e mortalidade no mundo,
sendo que requerem os mais elevados custos de assistência social e econômica. As doenças não
transmissíveis estão aumentando cada vez mais no Brasil, sendo a principal causa de morte em
adultos.
A obesidade é um dos fatores de maior risco, por isso a prevenção e diagnóstico precoce são
importantes para redução da morbidade e a promoção da saúde. A obesidade e o sobrepeso são
fatores importantes, não apenas por seu efeito nocivo a saúde de forma isolada, mas também por
estarem relacionados ao desenvolvimento de cardiopatias. A atividade física é um componente
importante na vida diária do indivíduo por promover benefícios psíquicos, físicos e cognitivos à saúde,
independentemente da idade e gênero, podendo ser praticada em forma de desporto ou lazer.
Segundo Matsudo, a prática regular de atividade física auxilia a perda de peso corporal por promover a
redução ou, manutenção da gordura corporal e conservação ou aumento da massa magra, o que
contribui de forma positiva na diminuição de doenças.
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que em 2005 ocorreram 17 milhões de
óbitos por doenças cardiovasculares, o que representa 30% de todas as mortes anuais. Para 2020 as
estimativas aumentam para 20 milhões de óbitos. Devido à grande quantidade de dados
epidemiológicos é possível determinar os fatores de risco responsáveis pelo desenvolvimento de
cardiopatias. Os fatores de risco cardiovascular podem ser classificados em dois grupos, os
modificáveis e os não-modificáveis. Os fatores de risco modificáveis englobam o tabagismo, níveis
elevados de colesterol, diabetes melito, sedentarismo, hipertensão arterial, e obesidade. Os fatores de
risco não-modificáveis incluem a idade, sexo e histórico familiar.
Segundos dados do Sistema de Informações de Mortalidade do Ministério da Saúde, no ano de 2000
as doenças cardiovasculares foram responsáveis por 27% das mortes no Brasil. Do total de óbitos,
255.585 morreram em consequência das doenças do aparelho circulatório. A hipertensão arterial (HA)
e o diabetes melito (DM) são os principais fatores de risco para essas mortes, mas se tratadas e
diagnosticas adequadamente mais de 50% delas poderiam ser prevenidas. É de grande relevância que
se conheça a prevalência dos fatores de risco, isolados ou combinados, pois é através do
monitoramento que estes fatores poderão ser não só modificados mas também revertidos. A
obesidade, apesar de ser um fator de risco independente pode ser revertida através de intervenções
nos padrões alimentares e no aumento da prática de atividade física.
A inatividade física e a obesidade estão fortemente associadas com o risco de desenvolver doenças
cardiovasculares constituindo-se nos fatores de risco mais significativos. O National Cholesterol
Education Program, a American Heart Association, e a Sociedade Brasileira de Cardiologia têm
assinalado a fundamental implicação da obesidade, da dieta e da inatividade física no risco
cardiovascular. A obesidade é uma doença multifatorial e que pode aumentar a morbidade de outras
doenças. Isto ocorre devido a efeitos metabólicos adversos nos níveis lipídeos, pressóricos e a
resistência à insulina. Ao analisar os fatores de risco cardiovascular, Souza et al. observaram que mais
de 50% dos entrevistados foram classificados como portadores de algum risco cardiovascular, de
acordo com o IMC e circunferência da cintura. Neste estudo foi observada maior prevalência de
hipertensão arterial, diabetes melitos, dislipidemias e sedentarismo em indivíduos obesos e/ou
naqueles com excesso de gordura abdominal.
A obesidade é uma doença crônica que deve ser tratada como prevenção de doenças
cardiovasculares, por estar associada aos fatores de risco modificáveis e ser um fator independe ao
desenvolvimento de doenças. Já o sedentarismo encontra-se associado a doenças e condições
metabólicas adversas, entre eles, obesidade, hipertensão, intolerância à glicose, alteração do perfil
lipídico e até alguns tipos de câncer. Assim ao apontar essas modificações, é possível reconhecer o
risco cardiovascular atribuído às disfunções ocasionadas pela obesidade e o sedentarismo.

Metodologia
O atual projeto trata-se de uma intervenção que pretende atuar através de uma roda de conversa,
juntamente a um momento de vivência de atividade física, tendo como público alvo mulheres inseridas
no PROEM (Programa de Exercício para a Saúde da Mulher) na UESB, campus Jequié, Bahia. O
PROEM é um projeto de extensão da UESB que teve início em julho de 2019 e atende mulheres da
comunidade, é coordenado pela Prof.ª Dr.ª Iane de Paiva Novais, docente do curso de graduação em
Educação Física da UESB e no Programa de Pós- graduação em Educação Física UESB/UESC, e
líder do Grupo de Pesquisa em Saúde, Fisiologia e Atividade Física (GPSFA). O programa proporciona
a oportunidade de vivenciar, em parceria com a comunidade, os conhecimentos teórico-práticos acerca
da atividade física e saúde.
No primeiro momento, será realizada uma pesquisa bibliográfica na base de dados do Scielo e Google
Acadêmico, analisando dados epidemiológicos apresentados. Posteriormente, visa promover uma roda
de conversa, junto com momento de prática, onde serão discutidos conceitos, dados, medidas
preventivas e orientações acerca do tema, corroborando para conscientização das mulheres
participantes do PROEM.

Resultados Esperados
Após a intervenção, espera-se impactar de forma positiva a saúde do público alvo, corroborando para o
aumento do tempo de atividade física, autocuidado, e também, os níveis de bem-estar físico, mental e
social através do compartilhamento de informações sobre o tema, abordando seus conceitos, prejuízos
e orientações de mudança.

Considerações Finais:
Apesar de vários estudos e programas governamentais alertarem quanto à necessidade da prática de
exercícios físicos e uma alimentação adequada na busca por uma melhor qualidade de vida das
pessoas, vários estudos ainda apontam prevalências consideráveis de sedentarismo e excesso de
peso corporal entre a população, fato este que pode ser atribuído ao atual estilo de vida das pessoas,
como: avanço da tecnologia, estudos, trabalho, maior oferta e consumo de produtos de alto valor
energético, e menor tempo dedicado à prática de atividades físicas, lazer e alimentação saudável. O
sedentarismo é considerado o principais fator de risco para o desenvolvimento de doenças
cardiovascular, pois apresenta a maior prevalência na população e está associado a diversas doenças.
Assim fica evidente a importância de programas de intervenção alimentar e de exercícios físicos, a fim
de amenizar e contornar os malefícios provocados por estilos de vida pouco saudáveis.

Cronograma de execução semanal:

ATIVIDADES 27/10/2022 10/11/2022 17/11/2022 28/11/2022 06/12/2022

ENTREGA DO
PPP x
VISITA x
RODA DE x
CONVERSA

ENTREGA/
APRESENTAÇÃO
RESUMO E x
VÍDEO

SUBMISSÃO x
RESUMO

Referências Bibliográficas
CARLUCCHI, Edilaine Monique de Souza et al. Obesidade e sedentarismo: fatores de risco para
doença cardiovascular. Comun. ciênc. saúde, p. 375-384, 2013.

GUALANO, Bruno; TINUCCI, Taís. Sedentarismo, exercício físico e doenças crônicas. Revista


Brasileira de Educação Física e Esporte, v. 25, p. 37-43, 2011.

PALMA, Alexandre; VILAÇA, Murilo Mariano. O sedentarismo da epidemiologia. Revista Brasileira de


Ciências do Esporte, v. 31, n. 2, 2010.

TOSETTO, A. P.; SIMEÃO JÚNIOR, C. A. OBESIDADE E SINTOMAS DE DEPRESSÃO, ANSIEDADE


E DESESPERANÇA EM MULHERES SEDENTÁRIAS E NÃO SEDENTÁRIAS. Medicina (Ribeirão
Preto), [S. l.], v. 41, n. 4, p. 497-507, 2008. 

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