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“Relação entre a perceção da atividade física e da independência

funcional em indivíduos com mais de 65 anos com diabetes - Estudo


observacional transversal”

Adriana Sousa1,a; Ana Ferraz2,b; Filipa Carreira3,c; Juliana Brites4,d; Joana Cruz5,e;
Marlene Rosa6,f; Nuno Morais7,g; Sandra Amado8,h; Cândida Silva9,i; José Alves-
Guerreiro10,j; Maria António Castro11,k
1, 2, 3, 4, 5, 6, 7,8,9,10,11,12
Leiria, Portugal
a) 5190553@my.ipleiria.pt;
b) 5190543@my.ipleiria.pt;
c)5190556@my.ipleiria.pt;
d)5190596@my.ipleiria.pt;
e)joana.cruz@ipleiria.pt;
f)marlene.rosa@ipleiria.pt;
g)nuno.morais@ipleiria.pt;
h)sandra.amado@ipleiria.pt;
i)candida.silva@ipleiria.pt;
j)jose.guerreiro@ipleiria.pt;
k)maria.castro@ipleiria.pt

Palavras-chave: elderly, diabetes mellitus, physical activity, functional independence, functional


capacity, functional decline

Resumo: Introdução. O número de indivíduos com mais de 65 anos tem vindo a aumentar de
forma exponencial. A prevalência da Diabetes mellitus (DM) em pessoas idosas tem crescido ao
longo do tempo, tendo como principais fatores de risco a idade, a obesidade e o sedentarismo. Os
indivíduos diagnosticados com DM aos 65 anos apresentam uma redução de 4 anos na expectativa de
vida devido ao maior risco de desenvolver diversas complicações que levam ao aumento da
fragilidade, bem como perda de independência funcional e, consequentemente, de qualidade de vida.
Deste modo, este estudo observacional transversal tem como objetivo explorar a relação entre a
perceção da atividade física (AF) e da independência funcional em indivíduos com mais de 65 anos
com DM na população portuguesa. Metodologia. Após a aprovação pela Comissão de Ética do
Politécnico de Leiria e o consentimento informado de todos os participantes elegíveis através dos
Critérios de Elegibilidade, procedeu-se à recolha de dados, através da administração de um inquérito
composto pelo International Physical Activity Questionnaire (IPAQ), pelo Índice de Katz e pela
Escala de Lawton & Brody. Posteriormente, realizou-se uma análise descritiva dos dados obtidos
através do IBM SPSS Statistics. Resultados. Na amostra deste estudo, foram incluídos 8 indivíduos,
provenientes da Associação De Diabéticos do Concelho de Ovar, tendo-se observado que a sua
maioria realizava AF moderada, adotava um comportamento sedentário e inativo, era independente
nas atividades básicas da vida diária e moderadamente dependente nas atividades instrumentais da
vida diária. Conclusão. Não foi possível compreender a relação entre a perceção da atividade física
e da independência funcional em indivíduos com mais de 65 anos com diabetes. Para conseguir
compreender esta relação, seria necessária uma amostra maior e que não realizasse um programa de
exercícios regularmente, bem como determinar uma medida de avaliação de AF e AVD adequada à
população idosa, sendo necessários mais estudos neste tipo de população.
Introdução
O número de indivíduos com mais de 65 anos continua a aumentar de forma exponencial, devido
ao aumento da expectativa de vida e à diminuição dos níveis de fecundidade [1][2].
A DM, sétima maior causa de morte em todo o mundo, apresenta uma prevalência mais acentuada
em pessoas com mais de 65 anos, apresentando-se duas vezes mais do que em indivíduos dos 45 aos
64 anos e 10 vezes mais do que em indivíduos com menos de 45 anos [3]. O número de pessoas idosas
com DM tem crescido ao longo do tempo, devido ao crescente envelhecimento da população, a altos
níveis de urbanização, a baixos níveis de AF e, consequente, obesidade [1][3]. Segundo os valores de
2018 do Observatório Nacional da Diabetes, 90% da população com DM apresentava excesso de peso
ou obesidade [4]. Estima-se que em Portugal, a prevalência da DM em pessoas com 65 ou mais anos
aumente de 13,3% para 23,8% nos próximos 20 anos [5].
Segundo a OMS, a DM é uma patologia crónica metabólica caraterizada por elevados nível de
glucose no sangue, uma vez que o pâncreas não produz insulina suficiente, o que leva a danos no
coração, vasos sanguíneos, olhos, rins e nervos. Os principais fatores de risco para desenvolver DM
são a idade, a obesidade e o sedentarismo [6][7]. Para além disto, durante o processo de
envelhecimento natural ocorre a perda de massa magra e o aumento de gordura visceral e, sendo estas
alterações potenciadas pela redução da prática AF e pela má alimentação, existe uma maior
probabilidade de que o corpo desenvolva intolerância à glicose e, consequentemente, a DM [3].
Indivíduos diagnosticados com DM aos 65 anos apresentam uma redução de 4 anos na expectativa
de vida, para além de maior risco em complicações cardiovasculares, renais e retinianas, em
comparação com indivíduos não diabéticos [1]. Estudos afirmam que pessoas idosas com DM
apresentam ainda um risco maior em desenvolver comorbidades relacionadas com a sua idade, como
um ligeiro comprometimento cognitivo, Alzheimer, deficiência visual e depressão [3][7]. Para além
disso, existe ainda uma maior probabilidade de sofrer de instabilidade postural e, consequentemente,
quedas, incontinência urinária e fecal, dor e instabilidade homeostática. Tudo isto leva a que exista
uma maior fragilidade, perda de independência funcional e, consequentemente, de qualidade de vida
[3].
A independência funcional é definida pela capacidade de realizar as atividades básicas da vida
diária (ABVD) e atividades instrumentais da vida diária (AIVD) de forma independente e autónoma.
Na população idosa, a realização destas atividades é necessária para o seu envelhecimento ativo, de
forma a mantê-lo participativo na gestão e nos cuidados com a sua saúde e com as responsabilidades
das tarefas domésticas. Segundo a literatura, indivíduos com 65 anos ou mais apresentam maiores
limitações na realização das AIVD [8][9].
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) [10], a AF pode ser definida como qualquer
movimento produzido pelos músculos esqueléticos que resulta num dispêndio de energia. A AF pode
ser quantificada não só pelo dispêndio energético, como também pelo reconhecimento pessoal dos
padrões da mesma, isto é, pelo tipo, duração, frequência e intensidade de AF por um período limitado.
Em relação ao tipo de AF, este refere-se às variadas atividades específicas presentes no dia-a-dia do
indivíduo, que podem ser categorizadas por AF associada a tarefas domésticas, AF ocupacionais, AF
como forma de transporte, e por fim, AF relacionadas com lazer. A frequência refere-se ao número
de sessões de AF durante um período estipulado e a duração à quantidade de tempo que cada sessão
de AF perdura. A intensidade, por sua vez, é, normalmente, classificada como baixa, moderada e
vigorosa [11].
De modo a promover um envelhecimento saudável e ativo, deve-se incitar os indivíduos a praticar
AF através de programas de exercícios adaptados para a população idosa com DM, visto que estes
são eficazes na redução de complicações relacionadas com a doença [3].
As várias alterações associadas ao envelhecimento levam a um declínio progressivo da função e
da capacidade funcional, e, através da prática de exercício físico, este declínio é atenuado. A nível
de benefícios, o exercício físico permite o aumento da massa muscular, força, mobilidade e densidade
óssea, diminuindo sintomas de dor. Para além disso, a promoção de sentimentos de bem-estar está
associada a um menor risco de declínio cognitivo, produzindo ainda melhorias na ansiedade,
depressão e bem-estar geral [2].
A literatura estabelece que uma das melhores formas de prevenir e de tratar a DM é através da
prática regular de AF, visto que as alterações naturais do envelhecimento potenciam o
desenvolvimento de DM [3]. Para além disso, a prática de AF é fundamental para atingir um controlo
metabólico e ainda para reduzir o risco cardiovascular em indivíduos com DM. Deste modo, estes
são encorajados a aumentarem a sua AF não só através da prática de exercício físico, mas também
através da execução das suas AVD, como é o caso das tarefas domésticas, deslocações, jardinagem,
agricultura, entre outros. A população idosa com DM que apresenta níveis mais elevados de AF está
associada a um menor risco de mortalidade e a um menor consumo de recursos em saúde (consultas,
medicação, etc.) [12].
No entanto, é preciso também ter em atenção que prescrever AF à população idosa pode ser um
grande desafio, visto que podem existir alguns distúrbios relacionados com a idade e a própria DM
que se apresentam como barreiras à prática de exercício, como é o caso de défices cognitivos e visuais,
instabilidade postural, funcionalidade reduzida, osteoartrites, menor tolerância ao exercício, entre
outros. Contudo, ao balancear as limitações e os benefícios da AF neste tipo de população, os
benefícios são claramente superiores às limitações [3].
Assim, tendo em conta o que foi referido anteriormente, sabemos que a prática de AF é benéfica
para a população idosa com DM, no entanto desconhece-se a sua relação com a independência
funcional na população portuguesa, sendo este o principal objetivo deste estudo.
METODOLOGIA
Foi realizado um estudo observacional transversal, seguindo as recomendações da Strengthening
the Reporting of Observational studies in Epidemiology (STROBE) [13]. Foi obtida aprovação pela
Comissão de Ética do Politécnico de Leiria anteriormente ao início do estudo e o consentimento
informado de todos os participantes foi obtido no início do inquérito, especificando a finalidade e os
termos de participação do estudo, onde apenas quem consentisse poderia progredir.

Participantes
Os participantes elegíveis neste estudo foram sócios da Associação De Diabéticos do Concelho de
Ovar com idade igual ou superior a 65 anos e com diagnóstico médico de DM há mais de 1 ano de
acordo com os critérios da American Diabetes Association (ADA). Foram excluídos indivíduos que
não compreendiam a língua portuguesa ou que apresentassem outras comorbidades que pudessem
afetar significativamente a independência funcional e/ou AF dos indivíduos como por exemplo,
mobilidade reduzida, problemas cardiovasculares ou indivíduos com alterações cognitivas, ou seja,
aptos para responderem a ordens diretas.

PROCEDIMENTOS
Recolha de dados
A recolha de dados foi realizada através de um inquérito constituído por 4 partes: a primeira parte
incluía o consentimento informado e na segunda eram realizadas questões relativas aos dados
sociodemográficos. De seguida, o inquérito era constituído por 3 questionários que permitem avaliar
a realização de AF regular e a independência funcional. É importante salientar que antes da aplicação
do inquérito aos indivíduos a incluir no estudo este foi testado previamente em indivíduos na idade
da população-alvo.

INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO
Questionário de caraterização da amostra
A primeira parte do inquérito consiste no consentimento informado, seguindo-se de um
questionário com questões sociodemográficas (idade, género, altura, peso, IMC), uma questão que
permite compreender o diagnóstico de DM, bem como a presença de outras comorbidades.
Este questionário foi realizado através do Google Forms, que permitiu extrair as respostas para um
documento Excel e, posteriormente, introduzir os dados na plataforma IBM SPSS Statistics
Questionário Internacional de Atividade Física
Vários estudos epidemiológicos recorrem a instrumentos de avaliação subjetivos, como é o caso
do Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ), uma vez que não alteram o
comportamento individual da população alvo a ser estudada e ainda por apresentarem uma
aplicabilidade prática e com maior taxa de interesse de participação [11].
Assim, o IPAQ é um questionário padronizado de autorrelato que estima a AF e o comportamento
sedentário em variados contextos ambientais e socioeconômicos, avaliando o comportamento do
indivíduo em relação à AF e atividade sedentária [11][14]. O questionário é composto por 27
questões, referentes aos últimos 7 dias, que se encontram divididas em 5 domínios: AF ocupacional;
AF de transportes; tarefas domésticas, manutenção de casa e cuidados com a família; AF recreativa,
esportiva e de lazer; tempo sentado [14]. Com isto, é possível obter uma avaliação detalhada dos
hábitos diários e da AF nos variados domínios descritos acima [11].
Os resultados da validade do IPAQ exibem que este instrumento de avaliação é tão eficaz como
outras medidas de autorrelato de AF [11].
Os resultados dados pelo IPAQ podem ser categorizados como níveis baixos, moderados ou altos
de AF, através dos Múltiplos Equivalentes Metabólicos (MET) dados pelo questionário para
atividades, minuto por semana. Deste modo, um nível alto de AF corresponde a pelo menos 3 dias
em que a pessoa atinge no mínimo 1500 MET minutos por semana. Já o nível moderado de AF
corresponde a 3 ou mais dias de atividade ou andar pelo menos 30 minutos com intensidade vigorosa,
ou a 5 ou mais dias de atividade ou andar pelo menos 30 minutos com intensidade moderada, ou 5 ou
mais dias de combinação de atividades com intensidade moderada ou vigorosa que alcance os 600
MET minutos por semana. Por fim, o nível baixo de AF corresponde ao score que não alcance os
pressupostos dos níveis moderados ou altos de AF [15].

Índice de Katz
O Índice de Katz é um instrumento de avaliação utilizado para avaliar o grau de independência
funcional de uma pessoa em atividades básicas da vida diária (ABVD). As ABVD são atividades
essenciais para a sobrevivência e manutenção da qualidade de vida de uma pessoa, como tomar banho,
vestir-se, alimentar-se, usar a casa-de-banho, transferir-se da cama para a cadeira e controlar os
esfíncteres [16][17][18].
Este questionário avalia a capacidade do indivíduo em realizar esse tipo de atividades de forma
independente, atribuindo uma pontuação de 0 (dependente) ou 1 (independente) para cada uma das
atividades. A pontuação total pode variar entre 0 e 6 pontos, sendo que 0 indica dependência total, 1-
2 dependência grave, 3-4 dependência moderada, 5 dependência ligeira e 6 independência total
[19][20].
Escala de Lawton & Brody
A Escala de Lawton & Brody é uma escala de avaliação funcional utilizada para mensurar o grau
de independência e competência do utente em realizar atividades instrumentais da vida diária (AIVD).
As AIVD são tarefas mais complexas e abrangentes do que as ABVD, envolvendo habilidades
cognitivas, sociais e práticas. É uma ferramenta bastante útil para avaliar a funcionalidade da pessoa
idosa que vive em comunidade e foi validada para a língua portuguesa, sendo que apresenta algumas
adaptações em relação à escala original, como a substituição de itens relacionados com transportes
públicos por itens relacionados a mobilidade em casa, uma vez que o transporte público é menos
utilizado pela pessoa idosa em Portugal [16][17][21].
A escala consiste em 8 itens relacionados a AIVD, como fazer compras, usar transportes públicos,
realizar tarefas domésticas, gerir finanças pessoais, utilizar o telefone, tomar medicação, preparar
refeições e cuidar de roupas pessoais. Cada item é pontuado de 1 a 3, de 1 a 4 ou de 1 a 5 em que uma
pontuação mais elevada corresponde a um maior grau de dependência. O Índice varia entre 8 e 30
pontos sendo que: 8 pontos indicam independência; 9 a 20 pontos indicam uma dependência
moderada, ou seja, necessitam de algum auxílio; > 20 pontos indicam dependência severa, ou seja,
necessitam de muito auxílio [22].

Análise de dados
Os dados recolhidos através do questionário foram posteriormente organizados num Excel, onde se
procedeu à recodificação das variáveis. Posteriormente os dados organizados foram importados para
a plataforma IBM SPSS Statistics, onde foi realizada uma análise estatística descritiva.
Os dados quantitativos obtidos foram, quando necessário, convertidos em variáveis categóricas,
como a faixa etária, IMC e a pontuação final da Escala de Lawton & Brody. Os dados sobre o IMC
foram convertidos em categorias tendo em conta a definição providenciada pela OMS, “peso normal”
(18,5-24,9 kg/m2), “excesso de peso” (25,0-29,9 kg/m2) e “obesidade” (>30 kg/m2) [23]. Os dados
sobre a pontuação total da Escala de Lawton & Brody foram convertidos em categoria tendo em conta
o índice referido pela escala, “Independência” (> 8 pontos), “Dependência moderada” (9-20 pontos),
“Dependência severa” (>20 pontos) [22].
As variáveis foram descritas através de valores de frequências absolutas e relativas e mediana (Q1-
Q3). A partir do valor da mediana é possível inferir sobre a simetria dos dados da amostra. A medida
entre Q1 e Q3 é uma medida de dispersão central dos 50% de um conjunto de dados com o objetivo
de identificar os outliers – pontos discrepantes numa distribuição [24].
Resultados
Foram obtidas 10 respostas no total ao questionário realizado, tendo sido apenas selecionados 8
indivíduos para constituir a amostra, tendo em conta os critérios de elegibilidade. Os 2 indivíduos
excluídos não cumpriam o critério de inclusão de idade igual ou superior a 65 anos.

Caraterização da amostra
A Tabela 1 apresenta informação relativa aos dados demográficos da amostra, tendo-se verificado
que existem 7(87,5) indivíduos do sexo feminino e 1(12,5) do sexo masculino. Em relação à faixa
etária entre os 65-70 anos, verificou-se que foram incluídos 3(37,5) indivíduos, na faixa etária 71-75
anos encontrava-se 1(12,5) indivíduo, na faixa etária 76-80 anos encontrava-se 2(25) indivíduos da
amostra, assim como, na faixa etária 81-85 anos. Em relação ao peso, a amostra encontrava-se entre
os 54 e os 89kg. A altura encontrava-se compreendida entre os valores de 147 a 165cm. No IMC,
verificou-se que 2(25) indivíduos da amostra apresentavam peso normal, na classe de excesso de peso
encontravam-se incluídos 3(37,5) indivíduos e na classe de obesidade encontravam-se 2(25)
indivíduos.
Também é possível caraterizar a amostra em relação às comorbidades, sendo que 6(75) indivíduos
apresentavam hipertensão, 4(50) colesterol, 6(75) problemas osteoarticulares, mastectomia 1(12,5),
problemas gastrointestinais 2(25) e ansiedade 1(12,5). Em relação ao ano de diagnóstico da diabetes
os anos encontravam-se compreendidos entre 1989 a 2015.

Tabela 1- Caraterização da amostra


Caraterística Amostra (n=8)
Sexo, n (%)
Feminino 7(87,5)
Masculino 1(12,5)
Faixa etária, n (%)
65-70 3(37,5)
71-75 1(12,5)
76-80 2(25)
81-85 2(25)
IMC1, n (%)
Peso normal 2(25)
Excesso de peso 3(37,5)
Obesidade 3(37,5)
Comorbidades, n (%)
Hipertensão 6(75)
Colesterol 4(50)
Problemas osteoarticulares 6(75)
Mastectomia 1(12,5)
Problemas gastrointestinais 2(25)
Ansiedade 1(12,5)
1
IMC- Índice de Massa Corporal, kg/m2
Caraterização em relação ao trabalho
Em relação à questão do trabalho no IPAQ, apenas 2 indivíduos da amostra referiram a sua
realização, sendo que nenhum realizava AF vigorosa no trabalho. Apenas um indivíduo referiu
realizar AF moderada 4 dias da semana, durante 720 minutos e 720 METS/min/semana. Os 2
indivíduos reportaram realizar caminhada no trabalho, sendo que apenas um realizava caminhada 1
dia, durante 10 minutos e 33 METS/min/semana. Outro indivíduo reportou que realizava 2 dias de
caminhada no trabalho com duração de 60 minutos e 396 METS/min/semana.

Caraterização em relação à realização de AF como meio de deslocação


Através da análise da Tabela 2, verificou-se que apenas 6(75) indivíduos da amostra utilizavam o
transporte a motor como meio de deslocação, sendo que em relação aos dias a mediana é de 3(0,8-
4,5) e em relação aos minutos esta é de 12,5(1,0-30,0). Também se verificou que 5(62,5) realizavam
caminhada como meio de deslocação, sendo que em relação aos dias a mediana é de 3(0,0-4,0), aos
minutos é de 15(0,0-27,5) e aos METS é de 148,5(0,0-445,5). A mediana do total de METS da AF
como meio de deslocação é 148,5(0,0-445,5) minutos por semana.

Tabela 2- Atividade física como meio de deslocação (n=8)


1
AF como meio de deslocação, mediana (Q1-Q3)
Transporte a motor Dias 3(0,8-4,5)
Minutos 12,5(1,0-30,0)
Caminhada Dias 3(0,0-4,0)
Minutos 15(0,0-27,5)
METS2/min/semana 148,5(0,0-445,5)
AF1 como meio de Total
148,5(0,0-445,5)
deslocação METS2/min/semana
1
AF- Atividade física; 2 METS- Múltiplos Equivalentes Metabólicos

Caraterização em relação à realização de AF como trabalho doméstico (exterior e interior)


Em relação à realização de AF como trabalho doméstico, observou-se que apenas 3 indivíduos da
amostra realizavam AF vigorosa, sendo a mediana nos dias 0(0,0-2,8), nos minutos 0(0,0-48,8) e nos
METS 0(0,0-639,4).
Na AF moderada como trabalho doméstico exterior, verificou-se que apenas 5 indivíduos a
realizavam numa mediana de 2(0,0-6,3) dias por semana, uma mediana de 15(0,0-73,8) minutos e
uma mediana de 310(0,0-645,0) METS/min/semana. Na AF moderada relacionada com o trabalho
doméstico interior, verificou-se que 7 indivíduos a realizavam sendo a mediana em relação aos dias
de 5,5(2,0-7,0), aos minutos 22,5(15,0-75,0) e aos METS/min/semana de 315,0(15,0-75,0). Ainda foi
calculada a mediana do total dos METS da AF moderada no trabalho doméstico (soma da AF
moderada interior com o exterior) sendo esta 1286,3(230,0-4477,5).
Tabela 3- Atividade física como trabalho doméstico (n=8)
AF1 como trabalho doméstico, mediana (Q1-Q3)
Dias 0(0,0-2,8)
1
AF vigorosa Minutos 0(0,0-48,8)
METS2/min/semana 0(0,0-639,4)
Trabalho doméstico exterior
AF1 moderada Dias 2(0,0-6,3)
Minutos 15(0,0-73,8)
2
METS /min/semana 310(0,0-645,0)
Trabalho doméstico interior
AF1 moderada Dias 5,5(2,0-7,0)
Minutos 22,5(15,0-75,0)
METS2 315,0(15,0-75,0)
AF1 moderada trabalho Total 1286,3(230,0-4477,5)
doméstico (interior+exterior) METS2/min/semana
1
AF- Atividade física; 2 METS - Múltiplos Equivalentes Metabólicos

Caraterização em relação à realização de AF nos tempos livres


Relativamente à AF moderada nos tempos livres, verificou-se que apenas 2 indivíduos a realizavam
sendo a mediana referente aos dias de 0(0,0-2,3), aos minutos de 0(0,0-33,8) e aos METS/min/semana
de 0(0,0-405,0). Relativamente à caminhada, observou-se que 3 indivíduos a realizavam nos tempos
livres sendo a mediana em relação aos dias de 0(0,0-1,8), aos minutos 0(0,0-35,0) e aos METS de
0(0,0-330,0). Também se calculou a mediana do total dos METS da AF nos tempos livres sendo esta
198(0,0-520,5). É importante referir que nenhum indivíduo realizava AF vigorosa, não estando os
resultados apresentados nesta tabela.

Tabela 4- Atividade física nos tempos livres (n=8)


AF1 tempos livres, mediana (Q1-Q3)
AF1 moderada Dias 0(0,0-2,3)
Minutos 0(0,0-33,8)
METS2/min/semana 0(0,0-405,0)
Caminhada Dias 0(0,0-1,8)
Minutos 0(0,0-35,0)
METS2/min/semana 0(0,0-330,0)
AF1 tempos livres Total
198(0,0-520,5)
(moderada+caminhada) METS2/min/semana
1
AF- Atividade física; 2 METS- Múltiplos Equivalentes Metabólicos

Caraterização do tempo que passa sentada


Através da análise da Tabela 5, verificou-se que em relação ao tempo que a amostra passou sentada
durante a semana a mediana é de 180(120,0-270,0) e durante o fim-de-semana foi de 210(120,0-
330,0), sendo que a mediana da média diária se encontra nos 167,1(126,4-287,1).

Tabela 5- Tempo sentado minutos por dia (n=8)


Tempo sentado, mediana (Q1-Q3)
Semana Minutos 180(120,0-270,0)
Fim de semana Minutos 210(120,0-330,0)
Média Diária Minutos 167,1(126,4-287,1)
Caraterização em relação aos METS
Relativamente aos METS totais da amostra (Tabela 6), verificou-se que 3 indivíduos realizavam
AF vigorosa, sendo a mediana 0(0,0-639,4), que 8 indivíduos realizavam AF moderada sendo a
mediana 1646,3(420,0-4612,5) e que 6 indivíduos realizavam AF leve sendo a mediana 346,5(49,5-
750,8).

Tabela 6- METS (n=8)


METS1, mediana (Q1-Q3)
Vigoroso 0(0,0-639,4)
Moderado 1646,3(420,0-4612,5)
Leve 346,5(49,5-750,8)
Total 2479,5(1071,5-5157,0)
1
METS- Múltiplos Equivalentes Metabólicos

Caraterização em relação ao nível de AF


Através da análise da tabela 7 correspondente ao nível de AF, verificou-se que na amostra 3(37,5)
indivíduos se encontravam no nível alto, 2(25) no nível moderado e 3(37,5) no nível baixo.

Tabela 7- Nível de AF (n=8)


Nível de AF, n(%)
Alto 3(37,5)
Moderado 2(25)
Baixo 3(37,5)

Caraterização em relação às atividades básicas da vida diária


As ABVD foram analisadas através do Índice de Katz, verificando-se que toda a amostra atribuiu a
pontuação 1 para as 6 questões, sendo a pontuação total da escala de cada indivíduo 6 pontos, o que
corresponde à categoria de independência total.

Caraterização em relação às atividades instrumentais da vida diária


Através da análise da Tabela 8, verificou-se que dos 8 indivíduos que constituem a amostra 1(12,5)
era independente na realização das AIVD, enquanto 7(87,5) se encontravam na categoria de
dependência moderada, sendo que nenhum indivíduo pertence à categoria dependência severa, não
se encontrando os resultados dessa categoria na tabela.

Tabela 8 - Atividades instrumentais da vida diária (n=8)


Lawton & Brody, n(%)
8 1(12,5)
9 1(12,5)
10 1(12,5)
11 3(37,5)
12 1(12,5)
13 1(12,5)
Classes da pontuação final da escala Lawton & Brody, mediana (Q1-
Q3)
Independência 1(12,5)
Dependência moderada 7(87,5)
DISCUSSÃO
Face ao objetivo do estudo, não foi possível compreender a perceção da relação entre a atividade
física e a independência funcional em indivíduos com mais de 65 anos com DM devido a uma amostra
reduzida, realizando-se uma análise descritiva dos dados obtidos.
Relativamente aos dados sobre a AF obtidos pelo IPAQ, verificou-se que foi consensual que a
maioria da amostra realiza apenas AF moderada em relação ao trabalho doméstico e nos tempos
livres. Esta não realiza AF vigorosa nos tempos livres, sendo que poucos indivíduos a realizam como
trabalho doméstico. Segundo as recomendações da OMS, indivíduos com 65 anos ou mais anos
devem realizar pelos menos 150 a 300 minutos de AF aeróbia de intensidade moderada ou pelo menos
75 a 100 minutos de AF vigorosa. A OMS afirma que mesmo que este tipo de população não atenda
às recomendações estabelecidas, a prática de alguma AF proporcionará benefícios para a saúde, sendo
que estes devem ser fisicamente ativos na medida em que as suas capacidades funcionais o
permitirem, ajustando o nível de AF [25].
Tendo em conta que a amostra passa uma média diária de 167 minutos sentada e que um dos
indivíduos relatou que permanecia 420 minutos sentado por dia, podemos afirmar que é adotado, na
sua grande maioria, um comportamento sedentário e inativo. Segundo a literatura, este tipo de
comportamento terá implicações negativas para a saúde e capacidade funcional da pessoa idosa,
nomeadamente ao nível da regulação dos níveis de glicose, resposta de insulina, obesidade e execução
das AVD [26]. Embora não haja uma recomendação específica em relação ao tempo que a população
idosa deve permanecer sentada, a evidência revela a importância de manter um estilo de vida ativo
que visa otimizar a capacidade funcional, promovendo a independência e a qualidade de vida deste
tipo de população [27].
Como foi possível de observar anteriormente nos resultados, a amostra realiza maioritariamente
caminhadas como forma de deslocação. Por outro lado, observou-se que a realização de caminhadas
como forma de lazer é uma atividade pouco praticada pela amostra. Segundo a literatura, na
população com DM, a atividade de caminhar pelo menos 2 horas por semana está correlacionada com
a diminuição do risco de mortalidade em 39%. Para além disso, a caminhada apresenta uma série de
benefícios para a população idosa, como é o caso de uma melhor autoavaliação da saúde, melhoria
nas ABVD e nas AIVD, e ainda um aumento da velocidade da marcha [28].
Segundo o estudo de Boyle et al. [29], que teve como objetivo relacionar a AF com a incapacidade
na população idosa e utilizou também o índice de Katz, é referido que indivíduos que apresentam
2,33 horas (139,8 minutos) de qualquer tipo de AF por semana apresentam um risco reduzido de
incapacidade de 16% comparando com indivíduos que não fazem qualquer tipo de AF. Indivíduos
que realizam 7 horas (420 minutos) de AF por semana apresentam um risco reduzido de incapacidade
de 41% comparado à população idosa que não realiza nenhum tipo de AF. Dado que todos os
indivíduos da amostra do nosso estudo apresentam um número de horas de AF por semana superior
a 2,33 (139,8 minutos), acreditamos que os resultados do índice de Katz são válidos e fiáveis e que
os indivíduos são realmente independentes nas suas ABVD.
Com base neste estudo verificou-se que a amostra se encontra na categoria de dependência
moderada realizando maioritariamente AF moderada. No estudo de Martínez-Hernández et al. [30],
que teve como objetivo relacionar a AF e o desempenho físico e funcional em idosos não
institucionalizados, onde foi utilizada a Escala de Lawton e Brody, demonstrou que a população idosa
que realizava AF apresentava menor probabilidade de serem dependentes na realização das AIVD
comparando com a população idosa que não realizava nenhum tipo de AF. Também referiram no
estudo que AF moderada a vigorosa está associada a um menor risco de dependência na realização
de AIVD.
Uma das limitações presentes neste estudo encontra-se no facto da amostra ser reduzida, tendo sido
efetuados diversos contactos com outras associações dirigidas à população-alvo, obtendo apenas
resposta positiva da Associação Diabéticos de Ovar, que tinha como objetivo implementar um
programa de exercícios à população que frequentava as sessões. A realização de um programa de
exercícios regularmente leva a que os resultados em relação à independência funcional se possam
encontrar enviesados, uma vez que a população-alvo já realizava exercício físico levando a um menor
risco de dependência, tendo-se efetivamente verificado que o Índice de Katz não se encontrava
ajustado à amostra visto que todos os indivíduos reportaram serem independentes na realização das
ABVD, existindo um “efeito teto“ [30].
É de considerar que o IPAQ também não se adequa à população-alvo, uma vez que, segundo a
literatura, estes apresentam dificuldades em compreender e responder às questões realizadas,
nomeadamente ao nível da distinção dos níveis de AF, bem como as atividades que correspondem a
cada nível, uma vez que as atividades que estão exemplificadas no questionário não são as realizadas
pela população. Outra dificuldade reportada pela literatura encontra-se na dificuldade em reportar o
tempo que permanecem sentados, uma vez que não sabem se devem contabilizar o tempo que passam
sentados às refeições, por exemplo. Também no caso da caminhada estes apresentam dificuldade em
reportar a sua duração, visto que não especifica como deve ser realizada a contabilização do tempo,
sendo dúbio se, por exemplo, deve ser adicionado o tempo na realização das AIVD, como o percurso
realizado durante as compras [31]. Outra limitação identificada ao nível deste questionário surge em
relação à questão sobre o trabalho remunerado fora de casa, uma vez que a maioria da amostra reporta
não o realizar.
CONCLUSÃO
Através deste estudo, não foi possível compreender a relação entre a perceção da AF e da
independência funcional em indivíduos portugueses com mais de 65 anos com diabetes, tendo-se
realizado uma análise descritiva. Para conseguir compreender esta relação seria necessária uma
amostra maior e que não realizasse um programa de exercícios regularmente, bem como determinar
uma medida de avaliação de AF e AVD adequada à população idosa, tendo em conta as mudanças
fisiológicas e cognitivas que ocorrem, e os diferentes contextos sociais e culturais em que a população
se encontra [32].
Face a esta informação, considera-se relevante que no futuro sejam realizados mais estudos acerca
desta temática, uma vez que a população está cada vez mais envelhecida e inativa, com consequente
aumento da prevalência da DM.

CONFLITO DE INTERESSES
Não foram registados conflitos de interesse.
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APÊNDICES
APÊNDICE I – Inquérito Google Forms

Figura 1- Secção 1
Figura 2 - Declaração de Participação

Figura 3 - Secção 2
Figura 4 - Secção 2 (continuação)
Figura 5 - Secção 3

Figura 6 - Secção 4
Figura 7 - Secção 4 (continuação)
Figura 8 - Secção 5
Figura 9 - Secção 5 (continuação)

Figura 10 - Secção 6
Figura 11 - Secção 6 (continuação)

Figura 12 - Secção 7
Figura 13 - Secção 7 (continuação)

Figura 14 - Secção 8
Figura 15 - Secção 9
Figura 16 - Secção 9 (continuação)
Figura 17 - Secção 10
Figura 18 - Secção 10 (continuação)

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