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Noivas de Guerra

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Barãozin 03/10/2014

* traduzido por Fábio Leite

por Rollo Tomassi

Um leitor do blog The Rational Male levantou uma questão


interessante sobre uma duplicidade feminina:

“A evolução selecionou fêmeas humanas com capacidade para


formar esquemas psicológicos que preservem o próprio ego – e
este, sem esses esquemas, atormentaria as mulheres com
ansiedade debilitante, culpa e estresses, que surgiriam se elas
estivessem contínua e conscientemente atentas às próprias
incongruências de seus comportamentos. A evolução selecionou
mulheres solipsistas, que ignoram completamente, como se isso
fosse uma bênção, o próprio solipsismo.

Você poderia falar mais sobre isso? Acho fascinante.”

OK, apertem os cintos, estamos indo para uma área de forte turbulência. O que eu vou fazer agora é sugerir que a
propensão feminina para o solipsismo é um mecanismo psicologicamente desenvolvido. Em outras palavras, esse
solipsismo ajudou as mulheres a lidar com a dura realidade de tempos passados e a desenvolver um interesse
mais focado nelas próprias. Para compreender isso plenamente, é preciso entender como funciona o cérebro
feminino. Não vou entrar em detalhes, mas basta saber que muitos estudos (N. do T.: Google é seu amigo)
mostram que o cérebro da mulher é intrinsecamente “programado” para dar respostas emocionais e se comunicar
em níveis mais complexos do que o cérebro masculino. Acredito que isso está muito claro para meus leitores, mas
se você discorda, discutiremos em outro tópico.

Dada a áspera realidade que as mulheres tiveram de encarar desde o Paleolítico, foi bom para elas desenvolver
um senso apurado de si próprias que as ajudasse a ser resilientes a mudanças brutais às quais ela poderia esperar
estar sujeita. Considere o investimento emocional que uma mulher precisa fazer para criar um filho que poderia ser
tomado dela ou morto de uma hora para outra (N. do T.: por um invasor estrangeiro, por exemplo). Ansiedade,
medo, culpa e insegurança são emoções que debilitam muito. Porém, é a inata psicologia das mulheres que as faz
ser mais resistentes a todos esses sentimentos. Estatisticamente, homens têm muito mais dificuldade em lidar com
traumas psicológicos (por exemplo, transtorno de estresse pós-traumático) do que mulheres. E por que é assim?

Superficialmente, você pode acreditar que a maior facilidade dos homens em remover ou abstrair as próprias
emoções os fariam lidar melhor com traumas psicológicos, mas na verdade o que acontece é o reverso. As
mulheres, ao que tudo indica, têm mais habilidade em aceitar sacrifícios emocionais e seguir a vida, seja ignorando
os maus sentimentos, seja bloqueando-os completamente de sua consciência. As mulheres possuem uma
capacidade de empatia mais pronunciada, que sem dúvidas serviu à nossa espécie para cuidar das crianças e para
entender as dinâmicas sociais das tribos – entretanto, isso também servia como uma espécie de garantia no caso
em que acontecesse uma mudança hostil ao redor da fêmea humana. A Síndrome de Estocolmo é muito mais fácil
de ser observada em reféns mulheres (vem à minha mente o caso de Jayceee Dugard), e qual o porquê disso? O
ambiente em que as mulheres se inseriram ao longo das eras ditou-lhes a necessidade de desenvolver
mecanismos psicológicos que as ajudassem a sobreviver. As mulheres que pudessem fazer essa desconexão com
as emoções ruins quando o contexto a exigisse foram as que sobreviveram para procriar, quando sua tribo de

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origem fora dizimada por uma força maior. Isso também é conhecido como Dinâmica da Noiva de Guerra: as
mulheres desenvolvem empatia com os conquistadores por necessidade.

Homens são o sexo descartado; mulheres são o sexo preservado. Homens simplesmente morreriam enfrentando
um invasor mais forte, mas mulheres seriam preservadas para procriação. Assim, houve um imperativo feminino
para desenvolver uma habilidade em cortar mais rapidamente os laços emocionais anteriores, em favor do novo
senhor, focando assim uma nova psicologia que privilegiasse dar importância a si mesma – o solipsismo.

Agora, dou um passo em direção à teoria. De acordo com minha visão, a indiferença dúbia das mulheres (da qual
muitos homens reclamam) está, de fato, enraizada nesse solipsismo feminino inato. Pode ser uma afirmação
temerária, sei disso, mas eu argumentaria que aquilo que os homens consideram ser falta de consideração e
indiferença femininas depois do término do relacionamento (ou quando elas aplicam “shit-tests” sem pena
nenhuma), eu diria que é na verdade o mecanismo inato de auto-preservação da mulher em ação. Combine a
hipergamia com os ambientes hostis do passado da Humanidade e você vai acabar chegando no solipsismo da
mulher moderna. Adicione a isso uma apurada crença de que as mulheres devem se achar no direito de tudo,
convenções sociais que arrumam desculpas para essa indiferença dúbia, e um constante desvio de intenções feito
pelas próprias mulheres (N. do T.: virar carreirista ou “aproveitar a juventude”), e chegamos à nossa situação atual.
E como se não bastasse, além da hipergamia, acrescente a isso tudo o fato de que a mulher deve,
obrigatoriamente, enfrentar uma contagem regressiva em termos de fertilidade e capacidade de formar uma família
antes de se tornar velha, estéril e sexualmente desinteressante, e você terá uma idéia muito melhor das condições
e problemas atuais que fazem a mulher precisar de sua natureza solipsista.

Já parou para pensar como uma mulher é capaz de te “esquecer” tão rápido depois do término de um
relacionamento longo, que você pensava que era sólido? Já parou para pensar por que ela sempre volta para um
cafajeste que abusa dela, esperando que ele vá mudar para melhor com isso? Basta saber do solipsismo feminino
para encontrar a resposta.

Acredito que qualquer um que leia isso possa pensar que tudo é uma observação bem niilista ou que não
corresponda exatamente à realidade (N. do T.: as famosas “exceções). Esclarecendo: essa dinâmica verdadeira
admite graus e variações para cada mulher. Uma determinada mulher pode estar em tais condições que ela jamais
precisará recorrer ao seu solipsismo. Também é importante notar que estamos lidando com elementos
subconscientes da personalidade feminina, então não é surpresa nenhuma que esse solipsismo não seja percebido
pela maioria das mulheres – por isso, se confrontadas ou questionadas sobre isso, elas podem achar ofensivo e
vão negar tudo.

Não estou pedindo que ninguém aceite essas idéias que tive como uma verdade absoluta. Apenes considere que
os pontos aqui expostos se ligam de modo muito previsível.

fonte: http://therationalmale.com/2011/10/03/war-brides/

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