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08/05/2022

Alteração e Reação celular


Sete Lagoas – Minas Gerais
Odontologia

Sistema Imune
Imunidade Inata e Adaptativa

Dr. Levi Eduardo Soares Reis


levieduardo@yahoo.com.br

Organização da disciplina

❑ Aula síncrona sobre a temática;

❑ Atividades em grupo;

❑ Leitura e discussão de artigos;

❑ Check de aprendizagem (conferir no AVA).

❑ Envio dos roteiros e utilização do site http://anatpat.unicamp.br/ -> recomenda-se


utilização de desenhos → substituição as aulas práticas que seriam no laboratório de
informática.

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Check de aprendizagem

Relembrar da última aula...


❖ DESENVOLVIMENTO DA DOENÇA
❑ Período de incubação é o intervalo entre a infecção inicial e o surgimento dos primeiros sinais e sintomas.

❑ Período prodrômico é caracterizado pelo surgimento de sintomas precoces e leves de doença, como dores
e indisposição.

❑ Período de doença, o quadro é mais severo. A pessoa exibe sinais e sintomas claros.

❑ Período de declínio, os sinais e sintomas perdem a


intensidade,

❑ Período de convalescência, a pessoa recobra sua


força e o organismo retorna ao estado anterior à
doença. Ocorre a recuperação.

No período de doença as pessoas podem servir como reservatório do


patógeno, podendo disseminar rapidamente a infecção para outras
pessoas. Entretanto, você também deve saber que as pessoas podem
transmitir infecções durante os períodos de incubação e
convalescência.

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Relembrar da última aula...


❖ MECANISMOS DE PATOGENICIDADE

BACTÉRIAS

Relembrar da última aula...


❖ Conceitos chave

BACTÉRIAS

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Imunidade
❖ Capacidade de combater as doenças causadas por microrganismos ou por seus produtos e nos proteger
contra agentes do ambiente como pólen, drogas, alimentos, químicos e escamas animais é chamada de
imunidade ou resistência. A vulnerabilidade ou a ausência de imunidade é referida como suscetibilidade.
Temos duas linhas de defesa contra os patógenos.

Aplicando o tema a realidade:

O desenvolvimento de uma vacina segura e


efetiva para a prevenção da infecção pelo HIV e
aids é o objetivo máximo, mas sua
concretização está cheia de dificuldades que
não foram enfrentadas no desenvolvimento de
vacinas contra outras doenças. O principal
problema se encontra na natureza da infecção
em si, apresentando um vírus que mina
diretamente o componente central da
imunidade adaptativa, a célula T CD4,
prolifera-se com extrema rapidez e causa
infecção sustentada diante das fortes respostas
das células T citotóxicas e dos anticorpos.

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Desenvolvimento de uma vacina

Uma vacina é uma suspensão de


organismos ou frações de organismos
usada para induzir imunidade.

Objetivos de aprendizagem

1. Reconhecer os elementos formadores da resposta imune.


2. Determinar quais eventos/agentes ativam a resposta imune.
3. Estabelecer parâmetros de diferenciação das respostas imunes inata e adaptativa.
4. Listar os principais tipos celulares envolvidos na resposta imune.
5. Estabelecer os agrupamentos de mediadores celulares das respostas inata e adaptativa.
6. Reconhecer os processos de produção de vacinas, conceito de memória imunológica e tipos
de imunidade adaptativa.

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Leitura da referência bibliográfica


❖ SISTEMA IMUNE: INATO E ADAPTATIVO

Leitura do artigo

ADAPTATIVO

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Imunidade Inata x Adaptativa


Os mecanismos de defesa do hospedeiro são constituídos pela imunidade inata, responsável pela
proteção inicial contra as infecções, e pela imunidade adquirida/adaptativa, que se desenvolve mais
lentamente e proporciona uma defesa mais especializada e mais eficaz contra as infecções.

❑ A imunidade inata, também chamada de imunidade natural ou nativa, está sempre presente nos indivíduos
saudáveis (por isso o termo inata), estando preparada para bloquear a entrada de microrganismos e eliminar
rapidamente aqueles que conseguem entrar nos tecidos do hospedeiro.

❑ A imunidade adquirida, também chamada de imunidade específica ou imunidade adaptativa, requer a


expansão e a diferenciação de linfócitos em resposta a microrganismos antes que ela possa oferecer uma
defesa eficaz, isto é, ela se adapta à presença dos invasores microbianos. A imunidade inata é
filogeneticamente mais antiga, e o sistema imunológico adaptativo mais especializado e poderoso evoluiu
posteriormente.

Imunidade Inata x Adaptativa

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Tipos de Imunidade
A imunidade inata

- Defesas que estão presentes ao nascimento.


- Não envolve o reconhecimento específico de um microrganismo.
- Não tem uma resposta de memória.
- Entre os componentes da imunidade inata estão a primeira linha de defesa (pele e membranas
mucosas) e a segunda linha de defesa (células assassinas naturais e fagócitos, inflamação, febre
e substâncias antimicrobianas).

As respostas imunes inatas representam o sistema de


alerta precoce da imunidade e são projetadas para impedir que os micróbios
tenham acesso ao corpo e para ajudar a eliminar aqueles que tiverem acesso.

Tipos de Imunidade
A imunidade adaptativa

- Resposta específica a um determinado microrganismo.


- É mais lenta em responder, porém apresenta um componente de memória.
- Envolve linfócitos (um tipo de células brancas do sangue) chamados de células T (linfócitos T) e
células B (linfócitos B),

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Primeira linha de defesa: Pele e membranas mucosas

Primeira linha de defesa: Pele e membranas mucosas


❑ A pele e as membranas mucosas são a primeira linha de
defesa do corpo contra os patógenos do ambiente. Essa
função resulta de fatores químicos e físicos.

INATO

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Primeira linha de defesa: Pele e membranas mucosas


FATORES FÍSICOS

▪ Em termos de área de superfície e peso, a pele intacta é o maior órgão humano;

▪ Consiste em duas partes: a derme (mais interna e constituída de tecido conjuntivo) e a epiderme (externa e
mais fina, está em contato direto com o ambiente externo).

▪ A camada superior da epiderme é morta e contém uma proteína protetora chamada de queratina.

▪ A superfície intacta da epiderme saudável raramente é


penetrada por microrganismos - quando a superfície
epitelial é rompida, uma infecção subcutânea em geral se
desenvolve;

▪ As infecções da pele e dos tecidos subjacentes


frequentemente resultam de queimaduras, cortes,
ferimentos provocados por material pontiagudo ou outras
condições que rompam a pele.
INATO

Primeira linha de defesa: Pele e membranas mucosas


FATORES FÍSICOS

▪ As membranas mucosas também consistem em uma camada epitelial e uma camada de tecido
conjuntivo subjacente.

▪ Elas são um componente importante da primeira linha de defesa e inibem a entrada de muitos
microrganismos.

▪ As membranas mucosas revestem internamente por completo os tratos gastrintestinal,


respiratório e geniturinário.

▪ A camada epitelial de uma membrana mucosa secreta um fluido


chamado de muco, uma substância glicoproteica ligeiramente
viscosa (espessa) produzida pelas células caliciformes de uma
membrana mucosa.

▪ O muco impede o ressecamento dos tratos.


INATO

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Primeira linha de defesa: Pele e membranas mucosas


FATORES FÍSICOS
▪ Um mecanismo semelhante que protege os olhos é o aparelho lacrimal, um grupo de estruturas que
produz e escoa as lágrimas;

▪ Ação de lavagem contínua impede que os


microrganismos se estabeleçam sobre a superfície do
olho.

▪ Se uma substância irritante ou um número considerável


de microrganismos entra em contato com o olho, as
glândulas lacrimais começam a secretar
excessivamente, e as lágrimas se acumulam mais
rapidamente do que podem ser eliminadas.

▪ Essa produção excessiva é um mecanismo de


proteção, pois o excesso de lágrimas dilui e lava a

INATO substância irritante ou os microrganismos.

Primeira linha de defesa: Pele e membranas mucosas


FATORES FÍSICOS

▪ Em uma ação de limpeza muito similar à das lágrimas, a saliva,


produzida pelas glândulas salivares, ajuda a diluir uma grande
quantidade de microrganismos e os remove da superfície dos dentes e
da membrana mucosa da boca. Isso ajuda a impedir a colonização
pelos patógenos.

▪ A limpeza da uretra pelo fluxo de urina é outro fator físico que evita a
colonização microbiana no trato geniturinário.
▪ Da mesma maneira, as secreções vaginais movimentam os
microrganismos para fora do corpo feminino

INATO

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Primeira linha de defesa: Pele e membranas mucosas


FATORES FÍSICOS
A membrana mucosa do nariz também apresenta pelos recobertos de muco que filtram o ar inalado e retêm
microrganismos, poeira e poluentes. As células da membrana mucosa do trato respiratório inferior são
recobertas por cílios. Por meio de movimentos sincronizados, esses cílios impulsionam a poeira inalada e os
micro-organismos que ficaram retidos na porção superior em direção à garganta. Os assim chamados
elevadores ciliares mantêm o manto de muco movendo-se em direção à garganta a uma taxa de 1 a 3 cm por
hora; a tosse e o espirro aceleram o elevador.

INATO

Primeira linha de defesa: Pele e membranas mucosas


FATORES QUÍMICOS

▪ As glândulas sebáceas (de óleo) da pele produzem uma substância oleosa chamada de sebo, que
impede que os pelos fiquem ressecados ou quebradiços.

▪ Um dos componentes do sebo consistem em ácidos graxos insaturados, que inibem o crescimento de
certas bactérias e fungos patogênicos. O baixo pH da pele, entre 3 e 5, é causado em parte pela secreção
de ácidos graxos e ácido lático. A acidez da pele provavelmente desestimula o crescimento de muitos
outros microrganismos.

▪ As glândulas sudoríparas da pele produzem a perspiração, que mantém a temperatura corporal, elimina
certos resíduos e lava os microrganismos da superfície da pele.

▪ A perspiração também contém lisozima, uma enzima capaz de decompor a parede celular de bactérias
gram-postivas e, em menor extensão, bactérias gram-negativas.

INATO

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Primeira linha de defesa: Pele e membranas mucosas


FATORES QUÍMICOS

▪ O suco gástrico é produzido pelas glândulas do estômago. Ele é uma mistura de ácido hidroclorídrico,
enzimas e muco. A acidez bastante elevada do suco gástrico (pH 1,2 a 3,0) é suficiente para destruir as
bactérias e muitas toxinas bacterianas,

▪ As secreções vaginais desempenham uma função na atividade antibacteriana de duas maneiras. O


glicogênio produzido pelas células epiteliais da vagina é quebrado a ácido lático pelo Lactobacillus
acidophylus. Isso cria um pH ácido (pH 3 a 5) que inibe os microrganismos. O muco cervical também
apresenta alguma atividade antimicrobiana.

INATO

Segunda linha de defesa: Elementos constituintes do sangue


Células defensivas como as células fagocíticas, inflamação e substâncias antimicrobianas.

O sangue consiste em fluido, chamado de plasma, e elementos constituintes – isto é, células e


fragmentos celulares suspensos no plasma.

INATO

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Segunda linha de defesa: Elementos constituintes do sangue


Células defensivas como as células fagocíticas, inflamação e substâncias antimicrobianas.

O sangue consiste em fluido, chamado de plasma, e elementos constituintes – isto é, células e


fragmentos celulares suspensos no plasma.

❖ Eficácia da terapia com plasma convalescente em


pacientes com COVID-19 em estado grave” mostrando
que a técnica de transferência de plasma de uma
pessoa que conseguiu eliminar o vírus para outra
INATO infectada, se mostrou promissora.

Segunda linha de defesa: Elementos constituintes do sangue


O sangue consiste em fluido, chamado de plasma, e elementos constituintes – isto é, células e
fragmentos celulares suspensos no plasma.

INATO

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Segunda linha de defesa: Elementos constituintes do sangue

INATO

Segunda linha de defesa: Elementos constituintes do sangue

INATO

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Segunda linha de defesa: Elementos constituintes do sangue


O sangue consiste em fluido, chamado de plasma, e elementos constituintes – isto é, células e
fragmentos celulares suspensos no plasma.

▪ Em vários tipos de infecções, (principalmente bacterianas), o número total de células brancas do


sangue aumenta como uma resposta protetora para combater os microrganismos; esse aumento é
chamado de leucocitose.

▪ Outras doenças como a salmonelose e a brucelose, podem causar uma diminuição na contagem de
leucócitos, chamada de leucopenia.

▪ A leucopenia pode estar relacionada à produção prejudicada de células brancas do sangue ou ao


efeito da sensibilidade aumentada das membranas das células brancas ao dano causado pelo
complemento.

▪ O aumento ou a diminuição podem ser detectados por uma contagem diferencial de leucócitos,
INATO calculada pela porcentagem de cada tipo de célula branca em uma amostra.

Segunda linha de defesa: Elementos constituintes do sangue


Hemograma

INATO

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Segunda linha de defesa: sistema linfático

▪ Consiste em um fluido chamado de linfa, em vasos


chamados de linfáticos, em um número de estruturas e
órgãos contendo tecido linfoide, e em uma medula
óssea vermelha, onde células-tronco se desenvolvem
em células do sangue, incluindo os linfócitos.

▪ O tecido linfoide contém uma grande quantidade de


linfócitos, incluindo células T e células B, e células
fagocitárias que participam das respostas imunes.

INATO

Segunda linha de defesa: sistema linfático


▪ Os linfonodos são os locais de ativação das células T e B, as quais destroem os micróbios pelas
respostas imunes Também dentro dos linfonodos estão as fibras reticulares que retêm os
micróbios, além dos macrófagos e das células dendríticas que destroem os micróbios por
fagocitose.

▪ Os tecidos e os órgãos linfoides estão espalhados por todas as


partes das membranas mucosas que revestem os tratos
gastrintestinal, respiratório, urinário e reprodutivo.

▪ Vários agregados grandes de tecido linfoide estão localizados em


partes específicas do corpo. Entre eles estão as tonsilas palatinas
na garganta e as placas de Peyer no intestino delgado.

INATO

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Segunda linha de defesa: sistema linfático


❑ Os linfócitos se desenvolvem de precursores nos órgãos linfoides geradores (a medula óssea e o
timo). Os linfócitos maduros entram nos órgãos linfoides periféricos, onde respondem aos
antígenos estranhos e circulam pelo sangue e pela linfa.

INATO

Segunda linha de defesa: sistema linfático

INATO

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Segunda linha de defesa: sistema linfático

▪ O baço contém linfócitos e macrófagos que monitoram o sangue pela presença de micróbios e
produtos secretados, como as toxinas, de modo muito semelhante aos linfonodos ao monitorar a
linfa.

▪ O timo funciona como um local para a maturação de células T. Ele também contém células
dendríticas e macrófagos.

INATO

Segunda linha de defesa: Fagócitos


Fagocitose é a ingestão de um microrganismo ou outras substâncias (como debris) por uma
célula.
▪ As células que realizam essa função são coletivamente chamadas de fagócitos, dos quais
todos são tipos ou derivados de células brancas

Células deixam o sangue e migram para os tecidos, onde tornam--se


maiores e se desenvolvem em macrófagos. Alguns macrófagos,
chamados de macrófagos fixos, ou histiócitos, residem em certos
tecidos e órgãos do corpo. Macrófagos fixos são encontrados no fígado
(células de Kupffer), nos pulmões (macrófagos alveolares), no sistema
nervoso (microgliócitos), nos brônquios, no baço (macrófagos
esplênicos), nos linfonodos, na medula óssea vermelha e na cavidade
peritoneal que circunda os órgãos abdominais (macrófagos peritoneais).
Outros macrófagos são móveis, sendo chamados de macrófagos livres
(errantes), que perambulam pelos tecidos e chegam aos locais da
infecção ou inflamação. Os vários macrófagos do corpo constituem o
sistema fagocítico mononuclear (reticuloendotelial).

INATO

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Segunda linha de defesa: Fagócitos


MECANISMO DA FAGOCITOSE

1) Quimiotaxia - atração química entre fagócitos e microrganismos. Entre as substâncias


quimiotáticas que atraem os fagócitos estão os produtos microbianos, os componentes das
células brancas do sangue e das células teciduais danificadas, as citocinas liberadas por outras
células brancas do sangue e os peptídeos derivados do complemento.

2) Aderência - fixação da membrana plasmática do fagócito à superfície do microrganismo ou a


outros materiais estranhos. A aderência é facilitada pela fixação dos padrões moleculares
associados a patógenos (PAMPs) dos micróbios aos receptores, como o receptores do tipo Toll
(TLRs), na superfície dos fagócitos. A ligação dos PAMPs aos TLRs não somente inicia a
fagocitose, mas também induz os fagócitos a liberarem citocinas específicas, que recrutam
fagócitos adicionais.

INATO

Segunda linha de defesa: Fagócitos


MECANISMO DA FAGOCITOSE

Ingestão - a membrana plasmática do fagócito estende projeções chamadas de pseudópodes,


que englobam o microrganismo. O microrganismo cercado, os pseudópodes se encontram e se
fundem, envolvendo o microrganismo com um sáculo chamado de fagossomo, ou vesícula
fagocítica. A membrana de um fagossomo tem enzimas que bombeiam prótons (H+) para dentro
do fagossomo, reduzindo o pH para aproximadamente 4. Nesse pH, as enzimas hidrolíticas são
ativadas.

Digestão - dentro do citoplasma, ele entra em contacto com os lisossomos que contêm enzimas
digestivas e substâncias bactericidas. No contato, as membranas do fagossomo e do lisossomo
se fundem para formar uma estrutura única e maior chamada de fagolisossomo. Os lisossomos
também contêm enzimas que podem produzir produtos tóxicos do oxigênio. Os produtos tóxicos
do oxigênio são produzidos por um processo chamado de explosão oxidativa

INATO

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O mecanismo de fagocitose

A fagocitose é uma importante segunda linha de defesa, ativada quando há falha da primeira linha. A fagocitose
INATO também exerce uma função importante ao auxiliar a imunidade adaptativa estimulando as células T e B.

Segunda linha de defesa: Fagócitos


MECANISMO DE EVASÃO DA FAGOCITOSE
A habilidade de um patógeno de causar uma doença está relacionada com sua habilidade de
escapar da fagocitose.

AULA
PASSADA!

INATO

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Segunda linha de defesa: Inflamação


❑ O dano causado aos tecidos do corpo dispara uma resposta defensiva local chamada de
inflamação;
❑ Sinais cardinais da inflamação:

↑ metabolismo ↑ fluxo sanguíneo ↑ fluxo sanguíneo ↑ sensibilidade das + GRAVE


celular e fluxo e extravasamento fibras nociceptivas
sanguíneo de plasma da dor.
INATO

Segunda linha de defesa: Inflamação


❑ Componentes do processo inflamatório:

INATO

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Inflamação e sistema imune adaptativo


❑ Resposta imune na inflamação:

Segunda linha de defesa: Febre


FEBRE
Respostas sistêmicas ou generalizadas; uma das mais importantes é a febre, uma elevação
anormal da temperatura corporal, um terceiro componente da segunda linha de defesa. A causa
mais frequente de febre é a infecção por bactérias (ou por suas toxinas) ou vírus.

INATO

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Segunda linha de defesa: Febre


FEBRE

▪ Até certo ponto, a febre é considerada uma defesa contra a doença.

▪ A interleucina-1 ajuda a estabelecer a produção de células T.

▪ A alta temperatura intensifica o efeito dos antivirais interferons e aumenta a produção das
transferrinas, que diminuem o ferro disponível para os microrganismos.

▪ A alta temperatura acelera as reações do corpo, podendo ajudar a reparar tecidos corporais mais
rapidamente.

Entre as complicações da febre estão taquicardia (batimentos


cardíacos rápidos), que pode comprometer pessoas mais velhas com
doenças cardiopulmonares; taxa metabólica elevada, que pode
produzir acidose; desidratação; desequilíbrio eletrolítico; ataques em
crianças novas; delírio e coma. Geralmente, pode ocorrer morte se a
temperatura corporal estiver acima de 44 a 46ºC.
INATO

Segunda linha de defesa: Substâncias antimicrobianas


SISTEMA DO COMPLEMENTO

Consiste em mais de 30 proteínas produzidas pelo fígado e


encontradas em circulação no soro sanguíneo e nos tecidos
por todas as partes do corpo. É assim chamado porque
“complementa” as células do sistema imune inato para a
destruição dos micróbios. O sistema complemento não é
adaptável e não muda ao longo da vida de uma pessoa; por
essas razões, ele pertence ao sistema imune inato.

INATO

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Segunda linha de defesa: Substâncias antimicrobianas


SISTEMA DO COMPLEMENTO
C3a e C5a ligam-se aos mastócitos e os induzem a liberarem histamina e outras substâncias que
aumentam a permeabilidade vascular durante a inflamação. C5a também funciona como um fator
quimiotático muito potente que atrai fagócitos para o local de infecção.

INATO

Segunda linha de defesa: Substâncias antimicrobianas


SISTEMA DO COMPLEMENTO – VIA CLÁSSICA

Essa via é iniciada por uma reação antígeno-anticorpo. O


processamento de C3 em C3a e C3b inicia uma cascata que
resulta em citólise, inflamação e opsonização.

A via alternativa e a via das lectinas não dependem de


anticorpos para serem iniciadas, ao contrário da via
clássica, que é dependente de anticorpos.

INATO

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Segunda linha de defesa: Substâncias antimicrobianas


SISTEMA DO COMPLEMENTO – VIA ALTERNATIVA

Essa via é iniciada pelo contato entre


determinadas proteínas do complemento (C3 e os
fatores B, D e P) e o patógeno. Não ocorre o
envolvimento de anticorpos. Uma vez C3a e C3b
são formados, eles participam na citólise, na
inflamação e na opsonização pela via clássica.

INATO

Segunda linha de defesa: Substâncias antimicrobianas


SISTEMA DO COMPLEMENTO – VIA DAS LECTINAS

Quando lecitinas de ligação à manose (MBLs) se ligam à manose


na superfície dos micróbios, a MBL funciona como uma opsonina
que intensifica a fagocitose e ativa o complemento.

INATO

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Segunda linha de defesa: Substâncias antimicrobianas


INTERFERONS
Um modo pelo qual o hospedeiro infectado age contra as infecções virais é por uma família de
citocinas chamada de interferons. Os interferons (IFNs) são uma classe de proteínas antivirais
produzidas por determinadas células animais como linfócitos e macrófagos após a estimulação.

▪ Existem três tipos de interferons humanos: IFN-α, IFN-β e IFN-γ;

▪ Os interferons são específicos para as células hospedeiras, mas não são específicos para os
vírus.

INATO

Para fixação

INATO

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Para fixação

INATO

Citocinas
As citocinas (cito = célula; cinese = movimento) são proteínas que regulam a intensidade e a duração das
respostas imunes. Uma função das citocinas é recrutar outros macrófagos e células dendríticas, assim com outras
células defensivas, para isolar e destruir os microrganismos como parte da resposta inflamatória. As citocinas
também podem ativar as células T e B envolvidas na imunidade adaptativa.

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Sistema Imune Adaptativo


A resposta imunológica adquirida consiste em fases sequenciais: reconhecimento dos antígenos pelos
linfócitos, ativação dos linfócitos para que proliferem e se diferenciem em células efetoras e de memória,
eliminação dos microrganismos, declínio da resposta imunológica e memória duradoura.

▪ O reconhecimento de diferentes antígenos depende dos receptores para


os antígenos que recobrem a superfície da célula B.

▪ Outros linfócitos amadurecem sob a influência do timo e são, por essa


razão, chamados de linfócitos T, ou células T, a base da imunidade
celular.

ADAPTATIVO

Sistema Imune Adaptativo

ADAPTATIVO

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Sistema Imune Adaptativo


A resposta imunológica adquirida consiste em fases sequenciais: reconhecimento dos antígenos pelos
linfócitos, ativação dos linfócitos para que proliferem e se diferenciem em células efetoras e de memória,
eliminação dos microrganismos, declínio da resposta imunológica e memória duradoura.

▪ Tanto as células T como as células B são encontradas principalmente no sangue e nos órgãos linfoides.

▪ As células T, do mesmo modo que as células B, respondem aos antígenos através de receptores em sua
superfície – receptores de células T (TCRs, de T-cell receptors).

▪ O contato com um antígeno complementar a um TCR pode induzir certos tipos de celulas T a se
proliferarem e secretarem citocinas em vez de anticorpos.

ADAPTATIVO

Sistema Imune Adaptativo

ADAPTATIVO

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Sistema Imune Adaptativo

ADAPTATIVO

Sistema Imune Adaptativo


ANTÍGENOS (Ag) E ANTICORPOS (Ac)
▪ Os Ag induzem uma resposta imune altamente específica, que, na imunidade humoral, resulta na
produção de Ac capazes de reconhecer o antígeno que os originou. Antígenos que causam uma
resposta desse tipo são, portanto, mais conhecidos como imunógenos.

Geralmente, os anticorpos reconhecem e interagem com


regiões específicas nos antígenos chamadas de
epítopos ou determinantes antigênicos. A natureza
dessa interação depende do tamanho, da forma e da
estrutura química do sítio de ligação na molécula de
anticorpo.

ADAPTATIVO

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Sistema Imune Adaptativo


ANTÍGENOS (Ag) E ANTICORPOS (Ac)

▪ A maioria dos Ag tem um peso molecular de 10.000 ou mais.


▪ Uma substância estranha com baixo peso molecular raramente é antigênica a menos que esteja
associada a uma molécula carreadora → Esses compostos de baixo peso molecular são
chamados de haptenos.
▪ A penicilina é um bom exemplo de hapteno. Essa droga não é antigênica por si própria, mas
algumas pessoas desenvolvem uma reação alérgica a ela.

ADAPTATIVO

Sistema Imune Adaptativo - Vacinas

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Sistema Imune Adaptativo - Vacinas

Sistema Imune Adaptativo - Vacinas

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Sistema Imune Adaptativo - Vacinas

Sistema Imune Adaptativo


ANTICORPOS

Os anticorpos são proteínas globulinas (uma família de


proteínas com forma globular e compacta) – portanto,
utilizamos o termo imunoglobulinas (Ig) para os anticorpos.
As globulinas são relativamente solúveis. Os Ac são
produzidos em resposta a um Ag e podem reconhecer e se
ligar a ele.

ADAPTATIVO

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Sistema Imune Adaptativo


CLASSES DOS ANTICORPOS

ADAPTATIVO

Sistema Imune Adaptativo


CLASSES DOS ANTICORPOS - IgM

❑ Os anticorpos da classe IgM (de macro, que reflete o seu tamanho grande) produzem até 5 a
10% dos anticorpos no soro.

❑ A IgM tem uma estrutura de pentâmero formada por cinco monômeros unidos entre si.

❑ O grande tamanho da molécula impede que a IgM se desloque livremente como faz a IgG, de
modo que anticorpos IgM geralmente permanecem nos vasos sanguíneos sem penetrar os
tecidos ao seu redor.

❑ O fato de a IgM aparecer primeiro nas respostas a uma infecção primária e ser de vida
relativamente curta faz dela uma imunoglobulina de valor singular no diagnóstico das doenças.

❑ Se altas concentrações de IgM contra um patógeno são detectadas em um paciente,


provavelmente a doença observada é causada por aquele patógeno.

❑ A detecção de IgG, que é de vida relativamente longa, deve indicar apenas que a imunidade.

ADAPTATIVO

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Sistema Imune Adaptativo


CLASSES DOS ANTICORPOS - IgG

❑ A IgG é responsável por aproximadamente 80% de todos os anticorpos no soro.

❑ Em locais de inflamação, esses monômeros de anticorpos atravessam as paredes dos vasos


sanguíneos e penetram no fluido tecidual.

❑ Anticorpos IgG maternos, por exemplo, podem cruzar a placenta e conferir imunidade passiva
ao feto.

❑ Os anticorpos IgG protegem contra as bactérias circulantes e os vírus, neutralizam toxinas


bacterianas, ativam o sistema complemento e, quando ligados a antígenos, intensificam a
eficácia das células fagocíticas.

ADAPTATIVO

Sistema Imune Adaptativo


CLASSES DOS ANTICORPOS - IgG
BARREIRA PLACENTÁRIA

ADAPTATIVO

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Sistema Imune Adaptativo


CLASSES DOS ANTICORPOS - IgA
▪ A IgA é responsável por apenas 10 a 15% dos anticorpos no soro;

▪ A forma mais comum nas membranas mucosas e em secreções do corpo como o muco, a saliva, as lágrimas
e o leite materno.

▪ IgA é a imunoglobulina mais abundante do corpo (a IgG é a mais abundante no soro).

▪ A principal função da IgA secretora é provavelmente impedir a fixação de patógenos microbianos às


superfícies da mucosa → importante sobretudo para os patógenos intestinais e respiratórios.

▪ Devido ao fato de a imunidade por IgA ser de vida relativamente curta, a duração da imunidade para as várias
infecções respiratórias também é curta.

▪ A presença de IgA no leite materno, em especial no colostro, provavelmente ajuda a proteger os bebês das
infecções gastrintestinais.
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Sistema Imune Adaptativo


CLASSES DOS ANTICORPOS - IgD

▪ Os anticorpos IgD constituem apenas 0,2% dos anticorpos no soro total.

▪ Suas estruturas se assemelham às das moléculas de IgG.

▪ Os anticorpos IgD são encontrados no sangue, na linfa e particularmente na superfície das


células B.

▪ A IgD não tem função definida.

ADAPTATIVO

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Sistema Imune Adaptativo


CLASSES DOS ANTICORPOS - IgE

▪ Os anticorpos da classe IgE são um pouco maiores que as moléculas de IgG;

▪ Quando um antígeno como o pólen liga-se cruzadamente com os anticorpos IgE associados a
um mastócito ou basófilo, essas células liberam histamina e outros mediadores químicos.

▪ Essas substâncias químicas induzem uma resposta – por exemplo, uma reação alérgica como
a rinite alérgica.

▪ Entretanto, a resposta pode ser ao mesmo tempo protetora, pois atrai o complemento e as
células fagocíticas.

▪ A concentração de IgE é muito aumentada em algumas reações alérgicas e infecções


parasitárias, o que em geral é útil do ponto de vista diagnóstico.
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Sistema Imune Adaptativo


CÉLULAS B E RESPOSTA IMUNE HUMORAL

ADAPTATIVO

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Sistema Imune Adaptativo


CÉLULAS B E RESPOSTA IMUNE HUMORAL

Seleção clonal e diferenciação de células B

As células B podem reconhecer um número quase


infinito de antígenos, mas cada célula em particular
reconhece apenas um tipo de antígeno. Um contato
com um antígeno em especial dispara a proliferação
de uma célula que é específica para aquele
antígeno (aqui, célula B “III”) em um clone de
células com a mesma especificidade, daí o termo
seleção clonal.

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Sistema Imune Adaptativo


CONSEQUENCIAS DA LIGAÇÃO Ag-Ac

ADAPTATIVO

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Sistema Imune Adaptativo


MEMÓRIA IMUNOLÓGICA
As respostas imunes mediadas por anticorpo de um hospedeiro se intensificam após uma
exposição secundária a um antígeno. Essa resposta secundária também é chamada de resposta
de memória (ou anamnéstica).

Após contato inicial com um antígeno, o soro da pessoa


exposta não apresenta qualquer anticorpo detectável por 4 a
7 dias. Então ocorre um aumento lento no título de anticorpo:
primeiro, anticorpos da classe IgM são produzidos, seguido
por um pico de IgG em aproximadamente 10 a 17 dias, após
o qual o título de anticorpo declina gradualmente. Esse
padrão é característico de uma resposta primária a um
ADAPTATIVO antígeno.

Sistema Imune Adaptativo


MEMÓRIA IMUNOLÓGICA

ADAPTATIVO

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Sistema Imune Adaptativo


MEMÓRIA IMUNOLÓGICA

Respostas imunológicas primária e secundária. Os antígenos X e Y induzem a


produção de diversos anticorpos (especificidade). A resposta secundária ao
antígeno X é mais rápida e mais acentuada do que a resposta primária
(memória), e é diferente da resposta primária contra o antígeno Y (novamente
refletindo a especificidade). Os níveis de anticorpos declinam com o tempo após
cada imunização. O nível de anticorpos produzidos é mostrado como valores
arbitrários e varia de acordo com o tipo de exposição ao antígeno. Apenas
células B são mostradas, mas as mesmas características são vistas com
respostas de células T a antígenos. O tempo após a imunização pode ser de 1 a
3 semanas para a resposta primária e de 2 a 7 dias para uma resposta
secundária, mas a cinética varia dependendo do antígeno e da natureza da
imunização.

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Sistema Imune Adaptativo


MEMÓRIA IMUNOLÓGICA e TIPOS DE IMUNIDADE ADAPTATIVA

ADAPTATIVO

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Princípios da Imunidade Adaptativa

Infográfico

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Infográfico

Infográfico

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Próxima aula (após AV1) – Resposta imune celular


Imunossupressão pelo vírus HIV - AIDS

ADAPTATIVO

Fórum de discussão

❑ Criação do fórum de discussão com o tema SISTEMA IMUNE.

❑ Cada aluno deverá comentar o fórum com um conceito de um componente do sistema imune;

❑ Indicar se o componente descrito pertence ao sistema imune inato ou adaptativo.

❑ Os componentes não poderão se repetir (conferir quais já foram postados).

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