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Feridas Sinoviais

em Equinos
PROFª MSC. THAÍS COELHO VALENTE
SUMÁRIO
 DEFINIÇÕES;
 INTRODUÇÃO;
 REVISÃO ANATÔMICA
 INCIDÊNCIA;
 SINAIS CLÍNICOS;
 PREPARAÇÃO E EXPLORAÇÃO;
 DIAGNÓSTICO;
 TRATAMENTO;
 PROGNÓSTICO;
 CONCLUSÃO;
 DÚVIDAS.
Feridas Sinoviais em Equinos

 DEFINIÇÕES

 Ferida: Interrupção na continuidade normal dos tecidos.

 Estruturasinovial: Região anatômica que contém fluido sinovial


(articulações, bainhas tendíneas, bursas).
Feridas Sinoviais em Equinos
 INTRODUÇÃO
 Introdução de microorganismos em uma estrutura sinovial:
 Inflamação e infecção;
 Interrupção da homeostase e alterações metabólicas;
 Tenossinovite, bursite ou artrite séptica.

 Sepse sinovial: distúrbio debilitante.


Feridas Sinoviais em Equinos

 INTRODUÇÃO

 Graus de reação inflamatória e infecção dependem de


fatores:
 Idade e imunidade;
 Patologia sinovial preexistente;
 Virulência e concentração do microrganismo introduzido;
 Duração da infecção.
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 INTRODUÇÃO

 Após o diagnóstico de uma estrutura sinovial séptica tratamento imediato -


prognóstico.

 Infecções sinoviais -> terapias multimodais: controle e resolução bem


sucedidos.

 Após tratamento 56% a 81% dos cavalos retornam a função.

 Sucesso no tratamento : diagnóstico precoce, resolução rápida da dor e


inflamação e eliminação completa de microorganismos.
Extremidade distal - proteção mínima dos tecidos moles
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INCIDÊNCIA DE FERIDAS SINOVIAIS

5% 3% 3%
6,5%

32,6%

11,3%

21,7%

Metacarpofalangica Bainha Tendínea Interfalangica distal


Bursa do navicular Carpo Femorotibial
Interfalangica proximal
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 INCIDÊNCIA DE FERIDAS SINOVIAIS

 Bactérias geralmente envolvidas:


 Staphylococcus aureus;
 Pseudomonas spp.;
 Enterobacterias;
 Escherichia coli;
 Salmonella spp.
 Corynebacterium pseudotuberculosis;
 Streptococcus spp.
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 IDENTIFICAÇÃO DE FERIDAS SINOVIAIS
Feridas Sinoviais em Equinos
 SINAIS CLÍNICOS
 Aumento de volume sinovial;
 Aumento de temperatura;
 Sensibilidade a palpação;
 SINAIS CLÍNICOS
 Claudicação grau 5 (1- 5).
 Estrutura sinovial afetada está aberta – claudicação de menor grau.

 Hemograma pouca ou nenhuma alteração;


 leucocitose, neutrofilia leve e hiperfibrinogenemia leve.
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 PREPARAÇÃO E EXPLORAÇÃO DE FERIDAS

 Tricotomia;

 Limpeza e antissepsia;
 Remoção de tecido desvitalizado;
 Exploração - materiais estéreis;
 Sinoviocentese;
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 PREPARAÇÃO E EXPLORAÇÃO DE FERIDAS
 Sinoviocentese;

Acesso articular e infusão de solução estéril


Feridas Sinoviais em Equinos
 DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
 Radiografia;
Simples ou contrastada, fistulograma.

 Ultrassonografia;

 Cintilografia nuclear;

 Tomografia computadorizada (TC);

 Ressonância magnética;
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 COLETA E ANÁLISE DO LÍQUIDO SINOVIAL

 Ferramenta diagnóstica mais importante para confirmar sepse


sinovial;

 Avaliação macroscópica (cor, turbidez, viscosidade) e concentração


de proteínas.

 Informações sobre a gravidade da inflamação;

 Ajuda a distinguir entre sinovite séptica e não séptica;


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 COLETA E ANÁLISE DO LÍQUIDO SINOVIAL
 Células nucleadas do fluido (TNCC) normal: - 500 células /mL;
 Concentração de proteína total (TP) - 2,0 g/dL.
 Composição celular normal é de 90% de células mononucleares;
 10% restantes das células são neutrófilos.
 Viscoso devido ao ácido hialurônico e ele não coagula.

 Séptico: TP maior que 4,0 g/dL, um TNCC maior que 30.000 células/mL e
celularidade superior a 80% de neutrófilos.

 Mudanças na contagem de cels do líquido sinovial podem levar de 12 a 24h;


 Cultura do líquido – padrão ouro!!
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 TRATAMENTO:
 Objetivos do tratamento:
 Resolução rápida da infecção;
 Redução da inflamação;
 Controle da dor;
 Restauração das funções sinoviais;
 Combinação de antibióticos sistêmicos, regionais e/ou intrassinoviais;
 Lavagem sinovial;
 Desbridamento da ferida;

 Antibioticoterapia - cultura e antibiograma.


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 TRATAMENTO DE FERIDAS E ESTRUTURAS SINOVIAIS SÉPTICAS
Feridas Sinoviais em Equinos
 TRATAMENTO DE FERIDAS E ESTRUTURAS SINOVIAIS SÉPTICAS

 Se nenhuma melhora nos sinais clínicos for observada após 72 horas de tratamento, o
diagnóstico deve ser questionado e o tratamento alterado de acordo;

 Acompanhar com cultura do líquido sinovial.


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 TRATAMENTO

 Perfusão regional de antimicrobianos (PRIVA);


 Altas concentrações locais de antimicrobiano;
 Rápida simples e eficaz;
 Repetições 3 a cada 24h;

 Perfusão intraóssea
 Mais invasiva;
 Maiores efeitos adversos.
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 TRATAMENTO
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 TRATAMENTO
 Lavagem Sinovial e debridamento
 Remoção física de mediadores inflamatórios, tecido desvitalizado, detritos,
bactérias e fibrina.

 Realização:
 Agulhas hipodérmica;
 Artroscopia Permite remoção de fibrina ou materiais, visualização de
 Tenoscopia estruturas sinoviais e desbridamento de lesões ósseas ou de
tecidos moles.
 Incisão;
Visualização da estrutura sinovial e a cartilagem articular ajudam a
determinar o prognóstico.
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 TRATAMENTO:
 Controle da dor:
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 TRATAMENTO:

 Terapia local e sistêmica para melhorar a qualidade do liq. sinovial:

 Glicosaminoglicanos polissulfatados (IA);

 Corticosteróides;

 Ácido hialurônico.
 Intrassinovial após 2 semanas da resolução da infecção.
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 TRATAMENTO:
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 PROGNÓSTICO:

 85% dos cavalos com feridas sinoviais sobrevivem;

 33% a 77% retornam a atividade atlética;

 53% dos animais tratados com até 24h – artrite séptica – destes 65%
sobreviveram;

 92% dos animais tratados de 2 a 7 dias após infecção sinovial apenas 39%
sobreviveram.
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 CONCLUSÃO:

O DIAGNÓSTICO preciso e o tratamento efetivo de feridas sinoviais são


fundamentais para a obtenção de um resultado bem sucedido nos cavalos
afetados!

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