1) O documento trata de uma impugnação de registro de adjudicação compulsória de um terreno originado de um loteamento irregular e não registrado.
2) O terreno faz parte de uma gleba maior que foi subdividida sem o devido registro do loteamento, em desacordo com a lei.
3) Portanto, o terreno não existe no registro de imóveis e não pode ser objeto de adjudicação compulsória até que o loteamento seja regularizado.
1) O documento trata de uma impugnação de registro de adjudicação compulsória de um terreno originado de um loteamento irregular e não registrado.
2) O terreno faz parte de uma gleba maior que foi subdividida sem o devido registro do loteamento, em desacordo com a lei.
3) Portanto, o terreno não existe no registro de imóveis e não pode ser objeto de adjudicação compulsória até que o loteamento seja regularizado.
1) O documento trata de uma impugnação de registro de adjudicação compulsória de um terreno originado de um loteamento irregular e não registrado.
2) O terreno faz parte de uma gleba maior que foi subdividida sem o devido registro do loteamento, em desacordo com a lei.
3) Portanto, o terreno não existe no registro de imóveis e não pode ser objeto de adjudicação compulsória até que o loteamento seja regularizado.
Após a análise do mandado de registro apresentado (n°
10023514249), por mais que conste "Mandado de Registro - Ação de Usucapião", verifica-se pelo teor dos documentos que a ação trata-se de Adjudicação Compulsório, sendo assim deverá ser observado o que segue:
1) O título apresentado trata da adjudicação de um terreno que faz
parte de um todo maior matriculado sob n° 5.001, do Livro 2-RG deste ofício. Tal terreno é derivado de LOTEAMENTO NÃO REGISTRADO e nem regularizado por qualquer dos meios legais. A gleba da qual se originou o terreno adjudicado tem uma longa extensão de 1.470,00 metros de profundidade. O proprietário abriu ou prolongou ruas ao longo desta gleba, assumindo a figura de LOTEADOR, conforme define a Lei nº 6.766, de 1979, verbis:
Art. 2°. O parcelamento do solo urbano poderá ser feito mediante
loteamento ou desmembramento, observadas as disposições desta Lei e as das legislações estaduais e municipais pertinentes.
§ 1° Considera-se loteamento a subdivisão de gleba em lotes
destinados a edificação, com abertura de novas vias de circulação, de logradouros públicos ou prolongamento, modificação ou ampliação das vias existentes.
§ 2° Considera-se desmembramento a subdivisão de gleba em
lotes destinados a edificação, com aproveitamento do sistema viário existente, desde que não implique na abertura de novas
vias e logradouros públicos, nem no prolongamento, modificação ou
ampliação dos já existentes.
As normas da Lei de Parcelamento do Solo Urbano são de ordem
pública, não podendo ser afastadas ou contornadas com outras medidas, como doação de sistema viário (conforme Av.17/5.001 e matrícula n° 39.221) ou simples averbação de existência de logradouros públicos (conforme Av.4/5.001). A abertura de ruas e doação dessas ao Município antes da aprovação do loteamento é caracterizada como burla à Lei 6.766/79.
* Nesse sentido, vale transcrever a manifestação do Colégio
Registral do Rio Grande do Sul, em resposta a questionamento formulado por registrador associado (www.colegioregistralrs.org.br):
Consulta: É obrigatório, no desdobro, fazer a doação, por escritura
pública logicamente), da área da rua que seccionou o imóvel para a Prefeitura Municipal? Qual a base legal? Fico no aguardo de resposta, Obrigado.
Resposta: Publicada em 15/08/2008. Prezado Colega: Havendo
abertura de rua ou prolongamento de via existente o caso é de loteamento a teor do art. 2º, parágr. 1º, da Lei nº 6.766/79, não se tratando de mero desdobro. DOAR rua para o Município para livrar- se de REGISTRAR LOTEAMENTO é BURLA à Lei nº 6.766/79.A propósito, veja a jurisprudência: Processo CGJ/SP 1.442/98- Parecer 748/98 – Ementa: O desmembramento de lotes em novas glebas pelo seccionamento da área derivado da doação de faixas de terreno à Municipalidade para o prolongamento de vias pública caracteriza loteamento sujeito ao registro especial de que trata o art. 18 da Lei 6.766/79. Processo CGJ/SP 1539/96 – Ementa: 1. A expressão “aproximada” em descrição perimetral é imprecisão incompatível com o princípio da especialidade, apenas tolerada quando mantida a descrição original. 2 A aprovação municipal não basta para elidir texto expresso de lei federal que determina o registro especial de loteamentos, sendo necessário o concurso de órgãos estaduais na aprovação do projeto. 3. A averbação da abertura de ruas não é alternativa para ladear a inscrição do loteamento. Do último julgado extrai-se do voto: “Há outra questão que, embora não abordada na decisão atacada, constitui óbice ao singelo averbamento da rua. É que o interessado parcelou o solo inovando o sistema viário, como demonstra, de modo insofismável, a planta que mandou elaborar. Tal operação tem nome a figura jurídica em nosso direito positivo: loteamento. Mais do que averbar a rua, necessita o recorrente regularizar o loteamento que implantou à margem da lei. De pouca valia a isolada aprovação do parcelamento por parte da Prefeitura Municipal. Ressalte-se desde logo, que, nos exatos termos do parágrafo único do artigo 1º da Lei nº 6.766/79 “Os Estados, o Distrito Federal e os municípios poderão estabelecer normas complementares relativas ao parcelamento do solo municipal para adequar o previsto nesta lei às peculiaridades regionais e locais.” Via de conseqüência, a só aprovação municipal não basta para elidir texto expresso de lei federal que determina o registro especial de loteamentos. Entender o contrário seria permitir aos Municípios contornar o que dispõe lei federal, tornando-a letra morta. Já ficou assentado em precedente desta Corregedoria Geral que “nem alegue o suscitado que a aprovação pela Prefeitura teve o condão de regularizar o loteamento. A jurisdicização do loteamento se dá com o registro e não com a aprovação, e nem esta implica naquele. A se atender a pretensão do suscitado, estar- se-ia dando legitimidade ao que não é legítimo. A averbação pretendida pelo requerente esbarra nas disposições da Lei n. 6.766/79, à qual deve se subordinar todo e qualquer loteamento do solo para fins urbanos (art. 10)” (Decisões Administrativas da Corregedoria Geral da Justiça, Ed. RT, biênio 1.981/1.982, ementa n. 37.1). É entendimento corrente desta Corregedoria, ainda, que “a averbação da abertura de ruas não é alternativa para ladear a inscrição do loteamento” (decisões da CGJ, ano de 1.986, ementa n. 102). Ou, mais, que “doações de terreno para as municipalidades ou vias particulares que se transformam em públicas, entre outros meios que se arraste a profusa imaginação criadora de tantos parceladores do solo, não são instrumentos idôneos a que, com o só decurso de breve espaço de tempo, um loteamento de transmude em desmembramento” (decisões, ano 1.987, ementa n. 77)”.
Isto posto, inexistindo registro do loteamento, acarreta que o
TERRENO NÃO EXISTE no Registro de Imóveis, pois sua existência somente seria possível se houvesse regularização do loteamento. E, por conseguinte, não tem matrícula própria, logo, não atendendo ao principio da especialidade objetiva (art. 225, caput e § 3.º da Lei n.º 6.015/73), o qual prescreve que a descrição do imóvel, nos títulos apresentados para registro, deve coincidir com o constante no Fólio Predial (registro anterior), sob pena de ser considerada irregular.
Cabe observar ainda que os artigos 50 e 51 da Lei nº 6.766/79,
imputa o cometimento de crime contra a administração pública àquele que der início e concorrer, de qualquer modo, ou efetuar loteamento ou desmembramento do solo para fins urbanos, sem autorização do órgão público competente, ou em desacordo com as disposições desta Lei ou das normas pertinentes do Distrito Federal, Estados e Municípios;
Convém noticiar que o entendimento jurisprudencial ratifica a
posição adotada na exigência realizada nesta nota devolutiva, quanto à impossibilidade de registro de adjudicação de lote irregular, conforme as ementas abaixo transcritas:
APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE ADJUDICAÇÃO COMPULSÓRIA.
AUSÊNCIA DE DESMEMBRAMENTO E INDIVIDUALIZAÇÃO NO REGISTRO IMOBILIÁRIO. EXTINÇÃO DO PROCESSO. A adjudicação compulsória é o remédio jurídico colocado à disposição de quem, munido de contrato de promessa de compra e venda ou título equivalente, não logra êxito em obter a escritura definitiva do imóvel. Se o imóvel não está devidamente desmembrado e individualizado no registro imobiliário, impossível se mostra a adjudicação pretendida, devendo ser extinto o processo sem julgamento de mérito por impossibilidade jurídica do pedido. RECURSO DESPROVIDO. SENTENÇA DECLARADA. UNÂNIME. (Apelação Cível Nº 70049953789, Décima Sétima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Liege Puricelli Pires, Julgado em 27/09/2012)-grifei
APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE ADJUDICAÇÃO COMPULSÓRIA.
CONTRATO DE PROMESSA DE COMPRA E VENDA. LOTEAMENTO NÃO REGULARIZADO. LOTE NÃO INDIVIDUALIZADO. IMPOSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO. EXTINÇÃO DO PROCESSO. ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA. INDEFERIMENTO. PROVIDA EM PARTE A APELAÇÃO. UNÂNIME. (Apelação Cível Nº 70045645355, Décima Oitava Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Nara Leonor Castro Garcia, Julgado em 24/11/2011)-grifei
APELAÇÃO CÍVEL. PROMESSA DE COMPRA E VENDA.
ADJUDICAÇÃO COMPULSÓRIA. LOTEAMENTO. NÃO COMPROVAÇÃO DA DEVIDA INDIVIDUALIZAÇÃO DOS LOTES NO REGISTRO IMOBILIÁRIO. IMPOSSIBILIDADE DO PEDIDO DE ADJUDICAÇÃO. MANTIDA EXTINÇÃO DO FEITO SEM JULGAMENTO DO MÉRITO. RECURSO DESPROVIDO. (Apelação Cível Nº 70038657854, Décima Sétima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Luiz Renato Alves da Silva, Julgado em 06/10/2011)-grifei
APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE ADJUDICAÇÃO COMPULSÓRIA.
LOTES NÃO INDIVIDUALIZADOS. IMPOSSIBILIDADE. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. CURADOR ESPECIAL E PROCURADOR. ERRO MATERIAL DA SENTENÇA CORRIGIDO. I. Para o ajuizamento de adjudicação compulsória, imprescindível que o imóvel esteja individualizado perante o Registro de Imóveis. Impossibilidade de adjudicar área pertencente a loteamento irregular. erro material constante na sentença, porque há honorários fixados ao curador especial e honorários advocatícios ao procurador constituído por um dos réus. APELO DESPROVIDO. UNÂNIME. (Apelação Cível Nº 70039541107, Décima Sétima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Liege Puricelli Pires, Julgado em 28/04/2011)-grifei
PROMESSA DE COMPRA E VENDA. AÇÃO DE ADJUDICAÇÃO
COMPULSÓRIA. IMÓVEL NÃO REGISTRADO EM NOME DO VENDEDOR. LOTEAMENTO NÃO REGULARIZADO. Outorga de escritura. Impossibilidade jurídica, no caso concreto. Apelação improvida. (Apelação Cível Nº 70026510321, Décima Sétima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Pedro Luiz Rodrigues Bossle, Julgado em 23/10/2008)-grifei
ADJUDICAÇÃO COMPULSÓRIA. OUTORGA DE ESCRITURA
DEFINITIVA. LOTEAMENTO IRREGULAR. CARÊNCIA DA AÇÃO RECONHECIDA. É de se reconhecer a carência da ação do autor em face da ausência de interesse processual, uma vez que imprescindível o prévio registro do loteamento para que alcançada a outorga da escritura definitiva ao adquirente. Apelação desprovida. (Apelação Cível Nº 70011866928, Décima Sétima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Jorge Luís Dall'Agnol, Julgado em 22/11/2005)-grifei
REGISTRO DE IMÓVEIS. AÇÃO DE ADJUDICAÇÃO
COMPULSÓRIA. AUSÊNCIA DE INDIVIDUALIZAÇÃO DO IMÓVEL NO REGISTRO IMOBILIÁRIO. IMPOSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO. Não havendo a individualização do imóvel no Registro Imobiliário, impossível se mostra o pedido de adjudicação compulsória, porquanto o julgado seria inexequível. Sentença de extinção do feito, com fulcro no art. 267, inciso VI, do CPC. APELAÇÃO PROVIDA. UNÂNIME. (Apelação Cível Nº 70056331382, Décima Oitava Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relatora: Elaine Maria Canto da Fonseca, Julgado em 28/11/2013)
RECURSO DE APELAÇÃO. PROMESSA DE COMPRA E VENDA.
AÇÃO DE ADJUDICAÇÃO COMPULSÓRIA. BEM IMÓVEL NÃO INDIVIDUALIZADO PERANTE O ÁLBUM IMOBILIÁRIO. AUSÊNCIA DE INTERESSE PROCESSUAL PARA A ADJUDICAÇÃO. INUTILIDADE DO PROVIMENTO JUDICIAL INEXEQÚIVEL. APELO NÃO PROVIDO. SENTENÇA DECLARADA. UNÂNIME. APELAÇÃO CÍVEL Nº 70044837821 – Décima Sétima Câmara Cível – Comarca de Bagé. Relatora: Bernadete Coutinho Friedrich. Data de Julgamento: 15/12/2011.
APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO DE ADJUDICAÇÃO COMPULSÓRIA
- BEM IMÓVEL NÃO INDIVIDUALIZADO - NECESSIDADE DE ABERTURA DE MATRÍCULA - OUTORGA DE ESCRITURA PÚBLICA - IMPOSSIBILIDADE. Tribunal de Justiça de Minas Gerais TJ-MG - Apelação Cível _ AC 0453124-38.2011.8.13.0702 MG. Ação de adjudicação compulsória não é a via adequada para se requerer a abertura de matrícula de imóvel não registrado em cartório, nem suprir eventuais irregularidades no registro, sendo impossível outorgar escritura pública ao promissário comprador se o imóvel não possui matrícula individualizada. Decisão: negaram provimento ao recurso.
2) Além da situação do imóvel da matrícula n° 5.001, do Livro 2-RG,
deste Ofício, estar em desacordo com as normas da Lei de Parcelamento do Solo, cabe observar ainda que o título apresentado para registro fere alguns princípios registrais (legalidade e disponibilidade). Vejamos:
* O imóvel da matrícula n° 5.001, é de propriedade de Edmar
Soares Pinheiro e sua mulher Soi Tereza Gama Pinheiro. Com a simples análise da matrícula é possível observar que, desde o ano de 1991, foram efetuados vários desmembramentos de terrenos, semelhantes ao constante da adjudicação, sem a prévia descrição do remanescente, não sendo possível apurar qual área ainda resta no imóvel (principio da disponibilidade). Para fundamentar e esclarecer tais exigências, importa observar os fundamentos a seguir:
* O Registro de Imóveis no Brasil encontra fortaleza em Princípios
Registrários, que assumem postura de normas no ordenamento jurídico, dos quais cabe destacar: Legalidade e Disponibilidade.
a) Legalidade: o princípio da legalidade impõe ao Oficial do
Registro de Imóveis o exame prévio da legalidade, validade e eficácia dos títulos, a fim de obstar o registro de títulos inválidos, ineficazes ou imperfeitos. Os títulos cominados de algum óbice legal não podem ser objetos de registro, podendo o Oficial ou seu preposto fazer exigências, por escrito, para que o título seja convalidado (arts. 198 e 289, da Lei nº 6.015/73).
b) Disponibilidade: o princípio da disponibilidade nada mais é do
que a aplicação do aforismo “ninguém pode transferir mais direitos do que possui” (art. 172 da Lei n° 6.015/73). Esse princípio deve ser observado em relação aos dois elementos estruturais do registro, o objeto e os contratantes. A ideia de disponibilidade está também associada com a titularidade do direito real e, portanto, com o princípio da continuidade, pois, para que alguém disponha de um imóvel é preciso que ele esteja registrado em seu nome. Este princípio está interligado com o princípio da legalidade, uma vez que só é válido o registro de um título se o negócio jurídico por ele formalizado for válido.
Por oportuno, informo que, caso sejam constatados indícios
suficientes ou evidências para a caracterização de loteamento de fato, poderá Vossa Excelência comunicar tal fato ao Ministério Público, conforme prevê o artigo 691 da CNNR-CGJ/RS. CONCLUSÃO
Ante o exposto, para que seja possível o registro da adjudicação,
será necessário primeiramente regularizar a situação da matrícula n° 5.001. A regularização poderá ocorrer de diversas maneiras, dentre as quais: loteamento, REURB e More Legal IV;
Após a regularização da matrícula, retornar com o mandado, para
novo exame.
Observação: o exame da documentação restou incompleto,
visto que com o retorno do título poderão surgir novas exigências.
Foi apresentada 1(uma) via do mandado n° 10023514249.
Dispensado o depósito de emolumentos, em virtude da concessão da Assistência Judiciária Gratuita.
Impugnação NE 100.161
Após a análise do mandado de registro apresentado, verificou-se
que:
1) O título apresentado trata da adjudicação de um terreno que faz
parte de um todo maior matriculado sob n° 5.001, do Livro 2-RG deste ofício. Tal terreno é derivado de LOTEAMENTO NÃO REGISTRADO e nem regularizado por qualquer dos meios legais. A gleba da qual se originou o terreno adjudicado tem uma longa extensão de 1.470,00 metros de profundidade. O proprietário abriu ou prolongou ruas ao longo desta gleba, assumindo a figura de LOTEADOR, conforme define a Lei nº 6.766, de 1979, verbis:
Art. 2°. O parcelamento do solo urbano poderá ser feito mediante
loteamento ou desmembramento, observadas as disposições desta Lei e as das legislações estaduais e municipais pertinentes.
§ 1° Considera-se loteamento a subdivisão de gleba em lotes
destinados a edificação, com abertura de novas vias de circulação, de logradouros públicos ou prolongamento, modificação ou ampliação das vias existentes.
§ 2° Considera-se desmembramento a subdivisão de gleba em
lotes destinados a edificação, com aproveitamento do sistema viário existente, desde que não implique na abertura de novas
vias e logradouros públicos, nem no prolongamento, modificação ou
ampliação dos já existentes.
As normas da Lei de Parcelamento do Solo Urbano são de ordem
pública, não podendo ser afastadas ou contornadas com outras medidas, como doação de sistema viário (conforme Av.17/5.001 e matrícula n° 39.221) ou simples averbação de existência de logradouros públicos (conforme Av.4/5.001). A abertura de ruas e doação dessas ao Município antes da aprovação do loteamento é caracterizada como burla à Lei 6.766/79.
* Nesse sentido, vale transcrever a manifestação do Colégio
Registral do Rio Grande do Sul, em resposta a questionamento formulado por registrador associado (www.colegioregistralrs.org.br):
Consulta: É obrigatório, no desdobro, fazer a doação, por escritura
pública logicamente), da área da rua que seccionou o imóvel para a Prefeitura Municipal? Qual a base legal? Fico no aguardo de resposta, Obrigado.
Resposta: Publicada em 15/08/2008. Prezado Colega: Havendo
abertura de rua ou prolongamento de via existente o caso é de loteamento a teor do art. 2º, parágr. 1º, da Lei nº 6.766/79, não se tratando de mero desdobro. DOAR rua para o Município para livrar- se de REGISTRAR LOTEAMENTO é BURLA à Lei nº 6.766/79.A propósito, veja a jurisprudência: Processo CGJ/SP 1.442/98- Parecer 748/98 – Ementa: O desmembramento de lotes em novas glebas pelo seccionamento da área derivado da doação de faixas de terreno à Municipalidade para o prolongamento de vias pública caracteriza loteamento sujeito ao registro especial de que trata o art. 18 da Lei 6.766/79. Processo CGJ/SP 1539/96 – Ementa: 1. A expressão “aproximada” em descrição perimetral é imprecisão incompatível com o princípio da especialidade, apenas tolerada quando mantida a descrição original. 2 A aprovação municipal não basta para elidir texto expresso de lei federal que determina o registro especial de loteamentos, sendo necessário o concurso de órgãos estaduais na aprovação do projeto. 3. A averbação da abertura de ruas não é alternativa para ladear a inscrição do loteamento. Do último julgado extrai-se do voto: “Há outra questão que, embora não abordada na decisão atacada, constitui óbice ao singelo averbamento da rua. É que o interessado parcelou o solo inovando o sistema viário, como demonstra, de modo insofismável, a planta que mandou elaborar. Tal operação tem nome a figura jurídica em nosso direito positivo: loteamento. Mais do que averbar a rua, necessita o recorrente regularizar o loteamento que implantou à margem da lei. De pouca valia a isolada aprovação do parcelamento por parte da Prefeitura Municipal. Ressalte-se desde logo, que, nos exatos termos do parágrafo único do artigo 1º da Lei nº 6.766/79 “Os Estados, o Distrito Federal e os municípios poderão estabelecer normas complementares relativas ao parcelamento do solo municipal para adequar o previsto nesta lei às peculiaridades regionais e locais.” Via de conseqüência, a só aprovação municipal não basta para elidir texto expresso de lei federal que determina o registro especial de loteamentos. Entender o contrário seria permitir aos Municípios contornar o que dispõe lei federal, tornando-a letra morta. Já ficou assentado em precedente desta Corregedoria Geral que “nem alegue o suscitado que a aprovação pela Prefeitura teve o condão de regularizar o loteamento. A jurisdicização do loteamento se dá com o registro e não com a aprovação, e nem esta implica naquele. A se atender a pretensão do suscitado, estar- se-ia dando legitimidade ao que não é legítimo. A averbação pretendida pelo requerente esbarra nas disposições da Lei n. 6.766/79, à qual deve se subordinar todo e qualquer loteamento do solo para fins urbanos (art. 10)” (Decisões Administrativas da Corregedoria Geral da Justiça, Ed. RT, biênio 1.981/1.982, ementa n. 37.1). É entendimento corrente desta Corregedoria, ainda, que “a averbação da abertura de ruas não é alternativa para ladear a inscrição do loteamento” (decisões da CGJ, ano de 1.986, ementa n. 102). Ou, mais, que “doações de terreno para as municipalidades ou vias particulares que se transformam em públicas, entre outros meios que se arraste a profusa imaginação criadora de tantos parceladores do solo, não são instrumentos idôneos a que, com o só decurso de breve espaço de tempo, um loteamento de transmude em desmembramento” (decisões, ano 1.987, ementa n. 77)”.
Isto posto, inexistindo registro do loteamento, acarreta que o
TERRENO NÃO EXISTE no Registro de Imóveis, pois sua existência somente seria possível se houvesse regularização do loteamento. E, por conseguinte, não tem matrícula própria, logo, não atendendo ao principio da especialidade objetiva (art. 225, caput e § 3.º da Lei n.º 6.015/73), o qual prescreve que a descrição do imóvel, nos títulos apresentados para registro, deve coincidir com o constante no Fólio Predial (registro anterior), sob pena de ser considerada irregular.
Cabe observar ainda que os artigos 50 e 51 da Lei nº 6.766/79,
imputa o cometimento de crime contra a administração pública àquele que der início e concorrer, de qualquer modo, ou efetuar loteamento ou desmembramento do solo para fins urbanos, sem autorização do órgão público competente, ou em desacordo com as disposições desta Lei ou das normas pertinentes do Distrito Federal, Estados e Municípios;
Convém noticiar que o entendimento jurisprudencial ratifica a
posição adotada na exigência realizada nesta nota devolutiva, quanto à impossibilidade de registro de adjudicação de lote irregular, conforme as ementas abaixo transcritas:
APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE ADJUDICAÇÃO COMPULSÓRIA.
AUSÊNCIA DE DESMEMBRAMENTO E INDIVIDUALIZAÇÃO NO REGISTRO IMOBILIÁRIO. EXTINÇÃO DO PROCESSO. A adjudicação compulsória é o remédio jurídico colocado à disposição de quem, munido de contrato de promessa de compra e venda ou título equivalente, não logra êxito em obter a escritura definitiva do imóvel. Se o imóvel não está devidamente desmembrado e individualizado no registro imobiliário, impossível se mostra a adjudicação pretendida, devendo ser extinto o processo sem julgamento de mérito por impossibilidade jurídica do pedido. RECURSO DESPROVIDO. SENTENÇA DECLARADA. UNÂNIME. (Apelação Cível Nº 70049953789, Décima Sétima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Liege Puricelli Pires, Julgado em 27/09/2012)-grifei
APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE ADJUDICAÇÃO COMPULSÓRIA.
CONTRATO DE PROMESSA DE COMPRA E VENDA. LOTEAMENTO NÃO REGULARIZADO. LOTE NÃO INDIVIDUALIZADO. IMPOSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO. EXTINÇÃO DO PROCESSO. ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA. INDEFERIMENTO. PROVIDA EM PARTE A APELAÇÃO. UNÂNIME. (Apelação Cível Nº 70045645355, Décima Oitava Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Nara Leonor Castro Garcia, Julgado em 24/11/2011)-grifei
APELAÇÃO CÍVEL. PROMESSA DE COMPRA E VENDA.
ADJUDICAÇÃO COMPULSÓRIA. LOTEAMENTO. NÃO COMPROVAÇÃO DA DEVIDA INDIVIDUALIZAÇÃO DOS LOTES NO REGISTRO IMOBILIÁRIO. IMPOSSIBILIDADE DO PEDIDO DE ADJUDICAÇÃO. MANTIDA EXTINÇÃO DO FEITO SEM JULGAMENTO DO MÉRITO. RECURSO DESPROVIDO. (Apelação Cível Nº 70038657854, Décima Sétima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Luiz Renato Alves da Silva, Julgado em 06/10/2011)-grifei
APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE ADJUDICAÇÃO COMPULSÓRIA.
LOTES NÃO INDIVIDUALIZADOS. IMPOSSIBILIDADE. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. CURADOR ESPECIAL E PROCURADOR. ERRO MATERIAL DA SENTENÇA CORRIGIDO. I. Para o ajuizamento de adjudicação compulsória, imprescindível que o imóvel esteja individualizado perante o Registro de Imóveis. Impossibilidade de adjudicar área pertencente a loteamento irregular. erro material constante na sentença, porque há honorários fixados ao curador especial e honorários advocatícios ao procurador constituído por um dos réus. APELO DESPROVIDO. UNÂNIME. (Apelação Cível Nº 70039541107, Décima Sétima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Liege Puricelli Pires, Julgado em 28/04/2011)-grifei PROMESSA DE COMPRA E VENDA. AÇÃO DE ADJUDICAÇÃO COMPULSÓRIA. IMÓVEL NÃO REGISTRADO EM NOME DO VENDEDOR. LOTEAMENTO NÃO REGULARIZADO. Outorga de escritura. Impossibilidade jurídica, no caso concreto. Apelação improvida. (Apelação Cível Nº 70026510321, Décima Sétima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Pedro Luiz Rodrigues Bossle, Julgado em 23/10/2008)-grifei
ADJUDICAÇÃO COMPULSÓRIA. OUTORGA DE ESCRITURA
DEFINITIVA. LOTEAMENTO IRREGULAR. CARÊNCIA DA AÇÃO RECONHECIDA. É de se reconhecer a carência da ação do autor em face da ausência de interesse processual, uma vez que imprescindível o prévio registro do loteamento para que alcançada a outorga da escritura definitiva ao adquirente. Apelação desprovida. (Apelação Cível Nº 70011866928, Décima Sétima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Jorge Luís Dall'Agnol, Julgado em 22/11/2005)-grifei
REGISTRO DE IMÓVEIS. AÇÃO DE ADJUDICAÇÃO
COMPULSÓRIA. AUSÊNCIA DE INDIVIDUALIZAÇÃO DO IMÓVEL NO REGISTRO IMOBILIÁRIO. IMPOSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO. Não havendo a individualização do imóvel no Registro Imobiliário, impossível se mostra o pedido de adjudicação compulsória, porquanto o julgado seria inexequível. Sentença de extinção do feito, com fulcro no art. 267, inciso VI, do CPC. APELAÇÃO PROVIDA. UNÂNIME. (Apelação Cível Nº 70056331382, Décima Oitava Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relatora: Elaine Maria Canto da Fonseca, Julgado em 28/11/2013)
RECURSO DE APELAÇÃO. PROMESSA DE COMPRA E VENDA.
AÇÃO DE ADJUDICAÇÃO COMPULSÓRIA. BEM IMÓVEL NÃO INDIVIDUALIZADO PERANTE O ÁLBUM IMOBILIÁRIO. AUSÊNCIA DE INTERESSE PROCESSUAL PARA A ADJUDICAÇÃO. INUTILIDADE DO PROVIMENTO JUDICIAL INEXEQÚIVEL. APELO NÃO PROVIDO. SENTENÇA DECLARADA. UNÂNIME. APELAÇÃO CÍVEL Nº 70044837821 – Décima Sétima Câmara Cível – Comarca de Bagé. Relatora: Bernadete Coutinho Friedrich. Data de Julgamento: 15/12/2011. APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO DE ADJUDICAÇÃO COMPULSÓRIA - BEM IMÓVEL NÃO INDIVIDUALIZADO - NECESSIDADE DE ABERTURA DE MATRÍCULA - OUTORGA DE ESCRITURA PÚBLICA - IMPOSSIBILIDADE. Tribunal de Justiça de Minas Gerais TJ-MG - Apelação Cível _ AC 0453124-38.2011.8.13.0702 MG. Ação de adjudicação compulsória não é a via adequada para se requerer a abertura de matrícula de imóvel não registrado em cartório, nem suprir eventuais irregularidades no registro, sendo impossível outorgar escritura pública ao promissário comprador se o imóvel não possui matrícula individualizada. Decisão: negaram provimento ao recurso.
2) Além da situação do imóvel da matrícula n° 5.001, do Livro 2-RG,
deste Ofício, estar em desacordo com as normas da Lei de Parcelamento do Solo, cabe observar ainda que o título apresentado para registro fere alguns princípios registrais (legalidade, disponibilidade e continuidade). Vejamos:
O imóvel da matrícula n° 5.001, é de propriedade de Edmar Soares
Pinheiro e sua mulher Soi Tereza Gama Pinheiro. Com a simples analise da matrícula é possível observar que, desde o ano de 1991, foram efetuados vários desmembramentos de terrenos, semelhantes ao constante da carta de adjudicação, sem a prévia descrição do remanescente, não sendo possível apurar qual área ainda restante do imóvel (principio da disponibilidade). A carta adjudicação tem como ré Soi Tereza Gama Pinheiro, viúva, mas o imóvel ainda é de propriedade do casal até que seja realizado o registro da partilha de bens por falecimento de Edmar Soares Pinheiro (principio da continuidade).
Para fundamentar e esclarecer tais exigências, importa observar os
fundamentos a seguir:
O Registro de Imóveis no Brasil encontra fortaleza em Princípios
Registrários, que assumem postura de normas no ordenamento jurídico, dos quais cabe destacar: Legalidade, Disponibilidade e Continuidade.
a) Legalidade: o princípio da legalidade impõe ao Oficial do
Registro de Imóveis o exame prévio da legalidade, validade e eficácia dos títulos, a fim de obstar o registro de títulos inválidos, ineficazes ou imperfeitos. Os títulos cominados de algum óbice legal não podem ser objetos de registro, podendo o Oficial ou seu preposto fazer exigências, por escrito, para que o título seja convalidado (arts. 198 e 289, da Lei nº 6.015/73).
b) Disponibilidade: o princípio da disponibilidade nada mais é do
que a aplicação do aforismo “ninguém pode transferir mais direitos do que possui” (art. 172 da Lei n° 6.015/73). Esse princípio deve ser observado em relação aos dois elementos estruturais do registro, o objeto e os contratantes. A ideia de disponibilidade está também associada com a titularidade do direito real e, portanto, com o princípio da continuidade, pois, para que alguém disponha de um imóvel é preciso que ele esteja registrado em seu nome. Este princípio está interligado com o princípio da legalidade, uma vez que só é válido o registro de um título se o negócio jurídico por ele formalizado for válido. c) Continuidade: o princípio da continuidade impede o lançamento de qualquer ato de registro sem a existência de registro anterior que lhe dê suporte formal e preserva as referências originárias, derivadas e sucessivas, de modo a resguardar a cadeia de titularidade do imóvel (Lei nº 6.015/73, arts. 195, 222, 223 e 237), excepcionando-se apenas títulos que denotem aquisição originária. Nesse sentido, o art. 195 da Lei nº 6.015/73: Art. 195 – Se o imóvel não estiver matriculado ou registrado em nome do outorgante, o oficial exigirá a prévia matrícula e o registro do título anterior, qualquer que seja a sua natureza, para manter a continuidade do registro. Ainda, sob o mesmo ponto de vista, vale transcrever trecho extraído do site do Instituto de Registro Imobiliário do Brasil (https://www.irib.org.br/obras/quando-o-principio-da-contiuidade- aparentemente-nao-e-obedecidohttps://www.irib.org.br/obras/ quando-o-principio-da-contiuidade-aparentemente-nao-e- obedecido): Para Afranio de Carvalho: "O princípio de continuidade, que se apoia no de especialidade, quer dizer que, em relação a cada imóvel, adequadamente individuado, deve existir uma cadeia de titularidades à vista da qual só se fará a inscrição de um direito se o outorgante dele aparecer no registro como seu titular. Assim, as sucessivas transmissões, que derivam umas das outras, asseguram sempre a preexistência de imóvel no patrimônio de transmitente.
Ao exigir que cada inscrição encontre sua
procedência em outra anterior, que assegure a legitimidade da transmissão ou da oneração do direito, acaba por transformá-la no elo de uma corrente ininterrupta de assentos, cada um dos quais se liga ao seu antecedente, como o seu subsequente a ele se ligará posteriormente. Graças a isso o Registro de Imóveis inspira confiança ao público.
O encadeamento de titularidades, em que se
apoia a confiança do público, recebe o nome de princípio de continuidade.
O princípio da continuidade, previsto no art. 195 da Lei de Registros
Públicos, é considerado um dos princípios mais importantes do sistema registral atual, e estabelece a necessidade de fixar um liame rigoroso em toda a cadeia entre o titular do domínio indicado no fólio e aquele que realiza a alienação ou efetiva a oneração. Este princípio está ligado diretamente ao princípio da disponibilidade registral. A própria Corregedoria-Geral da Justiça do Estado do Rio Grande do Sul enfatiza a necessidade de respeito a esta sequência registral quando, no artigo 416, define dois princípios registrários:
VII – disponibilidade – a precisar que ninguém pode transferir mais
direitos do que os constituídos pelo Registro Imobiliário, a compreender as disponibilidades física (área disponível do imóvel) e a jurídica (a vincular o ato de disposição à situação jurídica do imóvel e da pessoa). VIII – continuidade – a impedir o lançamento de qualquer ato de registro sem a existência de registro anterior que lhe dê suporte formal e a obrigar as referências originárias derivadas e sucessivas, ressalvadas as decisões judiciais específicas que flexibilizam ou mitigam sua aplicação.
CONCLUSÃO
Ante o exposto, para que seja possível o registro da carta de
adjudicação, será necessário primeiramente regularizar a situação da matrícula n° 5.001. A regularização poderá ocorrer de diversas maneiras, dentre as quais: loteamento, REURB e More Legal IV;
Após a regularização da matrícula, retornar com a carta de
adjudicação, observando devidamente o principio da continuidade registral, instruída de guia de ITBI, certidão de casamento de Erni (original ou cópia autenticada) e comprovante de situação cadastral no CPF da esposa de Erni, para novo exame dos documentos apresentados.
Observação: o exame da documentação restou incompleto,
visto que com o retorno do título poderão surgir novas exigências.
Foram apresentados os documentos numerados de 01 a 08.