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Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro

Disciplina: Teorias Clássicas das Relações Internacionais


Professor: Sérgio Veloso
Aluno: Gabriel Freitas Queiroz

Seis princípios realistas de Morgenthau

● 1° princípio: evidencia a dimensão ontológica do pensamento de Morgenthau, para


ele, a natureza humana é esta dimensão ontológica. É nela que as leis objetivas deitam
suas raízes e com isso, a política assume um caráter natural, uma vez que a natureza
governa tudo aquilo que é social (ela se sobrepõe à nossa capacidade de ação).Para
fim didático, usando o exemplo da construção de um prédio, este primeiro princípio
seria como a sustentação do mesmo, no subsolo.

● 2° princípio: conceito de interesse definido como poder. Para Morgenthau, a política é


uma esfera autônoma de ação e de entendimento, ou seja, nela quem tem poder
controla e quem não tem é controlado, o que gera uma constância. O poder consiste
em manter o status quo, e o realismo é a teoria da estabilidade e se quem está com o
poder em mãos manter a política estável, está tudo certo.

● 3° princípio: o poder se define como controle. O poder pode se transformar com o


tempo, mas quem tiver com o mesmo em mãos terá controle. Através desse
pensamento, nós como observadores desinteressados podemos entender um pouco
mais sobre o pensamento político e até mesmo prevê-los. Como não-participantes da
“real política” podemos analisar todas as atitudes tomadas por quem está no poder e
analisarmos através de nossas lentes.

● 4° princípio: o realismo político é consciente da significação moral da ação política,


por isso, entende-se que a moral não vem depois da política, ela é uma consequência.
Tomando como exemplo quando Churchill descobriu que a inteligência britânica
havia achado uma brecha na comunicação nazista e sendo assim eles souberam de um
ataque à seu território, que poderia matar x pessoas mas que por outro lado iria
entregar que eles tinham esta informação; então Churchill decidiu deixar que o ataque
acontecesse e o acesso às comunicações nazistas foi fulcral para a derrota de Hitler.
Contudo, nem sempre a moral política será fazer o que é considerado bom pela
sociedade.
● 5° princípio: saber separar a verdade da idolatria. O político não pode utilizar do
discurso de que ele está destinado a ocupar um cargo, como por exemplo, afirmando
que ele é o escolhido de alguma figura divina, porque isto é falso. A partir do
momento que ele usa desta afirmação, seus argumentos se tornam moralmente
indefensáveis.

● 6° princípio: a política é uma esfera autônoma, consequência do 2° princípio.

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