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Material de Apoio

Sociologia
Profª. Renata Esteves

MASSIFICAÇÃO CULTURAL
Cultura de massa
Produzida pelos meios de comunicação; imprensa, rádio, cinema e televisão: que
chegam a um público indiferenciado quanto ao sexo, região, idade, religião,
promovendo experiências comuns que moldam o imaginário e o gosto.
Massa
Multidão indefinida de pessoas que se deixam levar passivamente pelos apelos
emocionais e ideológicos veiculados pelos programas de televisão.
Theodor Adorno (1903-1969)
Importante sociólogo pesquisador da Escola de Frankfurt. Desenvolveu numerosos e
densos estudos e críticas a respeito da cultura de massa, a qual preferiu denominar
Indústria Cultural.
A respeito da televisão defende que, com o seu advento, a fronteira entre a
realidade e a imagem torna-se atenuada para a consciência. Assim criam-se realidades
que exercem forte poder de manipulação sobre o público: repetições e estereotipia
criadas de acordo com a maneira de ver o mundo pelos patrocinadores.
Guy Debord (1931-1994)
Sociólogo e filósofo francês, autor da obra de grande referência: A sociedade do
espetáculo.
Desenvolve algumas importantes críticas à sociedade midiatizada. Defende que o
espetáculo das imagens impede que o expectador tenha consciência do que elas
revelam, dessensibilizando, assim, o espectador no que se refere à questão da violência.
Pois a linguagem televisiva faz o espectador ter a sensação de que as guerras e
massacres pertencem a esfera da ficção, ao passo que a própria ficção desenvolvida
pelos filmes e novelas são, frequentemente confundidas com a realidade.
Edgard Morin (1921)
Sociólogo e filósofo francês, professor da Universidade de Sorbonne em Paris.
Segundo este pensador, a Indústria cultural é produtora de bens simbólicos,
impalpáveis em seu consumo: enredo, emoções, entretenimento.

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Tal produção é dependente de um poder político responsável pelas concessões, pela


infraestrutura de comunicação e pelas leis que está sujeita. É dependente também de
um poder econômico que exige investimento e o objetivo é o lucro. Assim pode ser
considerada uma indústria ultrapesada, pois, influência o público orientando suas
informações e ideologias. Podendo até mesmo, ser considerada como um quarto poder,
na medida em que a mídia persuade, mobiliza, desperta ideias e estimula desejos de
consumo fetichistas de mercadoria.
Assim, a cultura de massa cultiva uma hegemonia que impede o diálogo e a
controvérsia, apagando as diferenças e impedindo a crítica, pois se submete aos
interesses comerciais dos patrocinadores e à conveniência do Estado.
BIBLIOGRAFIA
COSTA, Cristina, Sociologia: questões da atualidade. São Paulo: Moderna, 2010.
DEBORD, Guy. A Sociedade do Espetáculo. Rio de Janeiro: Contraponto, 1997.
MORAES, Denis de (org.), Sociedade Midiatizada. Rio de Janeiro: Mauad, 2006.
MORIN, Edgar. Cultura de massas no século XX: neurose. (Tradução de Maura Ribeiro
Sardinha). Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1997.

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