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Rua Pe. Batista, nº 100
Estabelecimento de ensino integrante da rede pública. Financi- 3840-053 Calvão
ado pelo Ministério da Educação ao abrigo do contrato de Tel. 234781113
associação.
CRITÉRIOS DE CLASSIFICAÇÃO
GRUPO I
1. ........................................................................................................................................................ 16 pontos
C – 10-8-5-3 ED – 2-1 CL – 4
Cenário de resposta
O sujeito poético, ao longo do poema, evidencia a sua frustração por não ter capacidade de cum-
prir o “seu destino”. Na realidade, esta incapacidade deve-se à abulia, falta de vontade, “falta quem o
lance ao mar”, que o torna um “Morto corpo de ação sem vontade / Que o viva”, ou seja, caracteriza-
se pela falta de vontade de agir, pois deixa-se dominar pelo pensamento. Em suma, o “eu” lírico mani-
festa uma incapacidade de viver o seu destino dada a presença dominante da razão.
2. ........................................................................................................................................................ 16 pontos
C – 10-8-5-3 ED – 2-1 CL – 4
Cenário de resposta
No primeiro verso, foi utilizada uma metáfora na medida em que o sujeito poético estabelece uma
associação entre a sua vida e um barco que está abandonado. Assim, com esta associação, pretende
acentuar a inutilidade da sua vida, o seu desperdício. De facto, um barco abandonado não tem utilida-
de e vai-se degradando. O mesmo parece acontecer com a vida do sujeito poético, que está a ser
desperdiçada, pois não cumpre nenhuma função, não é produtiva. Concluindo, para o sujeito poético
a vida é um caminho sem rumo.
3. ........................................................................................................................................................ 16 pontos
C – 10-8-5-3 ED – 2-1 CL – 4
Cenário de resposta
Inserido na temática realidade/sonho, nos dois últimos versos, a utilização do oximoro/paradoxo,
“embala-te sem te mover”, acentua a estagnação do sujeito poético. Assim, se o vento fosse suficien-
temente forte para impulsionar o barco, ele teria condições para atravessar o mar e alcançar e seu
destino, “a ansiada Ilha”. O mesmo se passa com o sujeito poético que, por si só, não consegue con-
cretizar o seu sonho, alcançar a felicidade, já que o pensamento o mantém preso a si mesmo, estag-
nado. Em conclusão, a incapacidade de agir impede o “eu” de alcançar a “ansiada Ilha”.
4. ........................................................................................................................................................ 16 pontos
C – 10-8-5-3 ED – 2-1 CL – 4
Cenário de resposta
O sujeito poético dirige-se a «Lídia», através da apóstrofe, confessando-lhe o seu receio e o medo
face ao destino. Para além disso, partilha com a sua interlocutora, a sua companheira de vida, a dor e
a preocupação («me aterra») perante a possibilidade de alteração, por mais pequena que seja («Qual-
quer pequena coisa»), da ordem e da tranquilidade em que deseja viver.
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Colégio Diocesano de Nossa Senhora da Apresentação
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5. ........................................................................................................................................................ 16 pontos
C – 10-8-5-3 ED – 2-1 CL – 4
Cenário de resposta
O recurso ao modo conjuntivo sugere a afirmação de uma vida pautada pela serenidade, seguin-
do regras que permitam a fuga à dor. Assim, o sujeito poético exorta à aceitação da efemeridade da
vida e da inevitabilidade da morte («Que ininterrupta minha vida fosse / Uma planície sem relevos,
indo / Até ao fim.»), recusando o esforço e vincando a indiferença face à glória, ao amor ou à estima.
Por fim, nos últimos versos, o sujeito poético expressa o desejo de viver a vida, satisfazendo-se ape-
nas com vivê-la, nada mais desejando («Basta que a vida seja só a vida / E que eu a viva»).
6. ........................................................................................................................................................ 8 pontos
8-4
Cenário de resposta
No poema, é visível o tom coloquial que se manifesta através do diálogo exortativo / moralista
que o “eu” trava com a sua interlocutora Lídia, assim como a influência clássica de Reis, que se
espelha através de um vocabulário cuidado, erudito («haurisse»). Por fim, a regularidade estrófi-
ca e métrica confirma que a uma ideia perfeita corresponde uma expressão perfeita.
7. ........................................................................................................................................................ 16 pontos
C – 9-7-5-3 ED – 4-3-2-1 CL – 3
Cenário de resposta
Caeiro apresenta-se como um simples “guardador de rebanhos ”que só se importa com uma
forma objectiva e natural realidade com a qual contacta a todo o momento.
Considera que “pensar é estar doente dos olhos”, ver é conhecer e compreender o mundo, por
isso pensa vendo e ouvindo. Além disso Caeiro é um poeta da Natureza que está de acordo com
ela e a vê na sua contente renovação. E porque só existe a realidade, o tempo é ausência de tem-
po sem passado, presente ou futuro, pois todos os instantes são unidade do tempo.
Caeiro só se interessa por aquilo que capta pelas sensações. Nesta medida, é um sensacionalis-
ta. Vive aderindo espontaneamente às coisas, tais como são, e procura gozá-las com despreocu-
pação o conteúdo original da Natureza. Mestre de Pessoa e de outros heterónimos. Dá espacial
importância ao acto de ver, mas é sobre tudo a inteligência que discorre sobre as sensações.
Passeando e observando o mundo, personifica o sonho da reconciliação com o universo, com a
harmonia pagã e primitiva da Natureza.
Caeiro com a intelectualidade do seu olhar liberta-se dos preconceitos, recusa a metafísica, o
misticismo e o sentimentalismo social e individual.
Alberto Caeiro olha para os elementos da Natureza e está sempre atento (animal humano que a
natureza produzido). O pensamento para ele gere infelicidade, dor de pensar.
GRUPO II
CHAVE
Item Versão 1 Pontos
1. C 8
2. B 8
3. A 8
4. B 8
5. D 8
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GRUPO III
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