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Fruticultura 3 Caju
Fruticultura 3 Caju
Vice Governador
Domingos Gomes de Aguiar Filho
Secretária da Educação
Maria Izolda Cela de Arruda Coelho
Secretário Adjunto
Maurício Holanda Maia
Secretário Executivo
Antônio Idilvan de Lima Alencar
SUMÁRIO
I. INTRODUÇÃO ......................................................................................... 3
V. VARIEDADES ............................................................................................ 8
X. BIBLIOGRAFIA ......................................................................................... 31
I. INTRODUÇÃO
O insucesso destas ações pode acarretar até mesmo uma redução, por equilíbrio
de mercado, da oferta de castanha in natura, com elevação de preços e estreitamento das
margens dos processadores, que terão de optar entre importar da África, sob a tutela da
Índia, ou aumentar a produção própria para suprir as suas necessidades de matéria-
prima.
Enquanto os grandes processadores se encontram em situação mais difícil no
curto prazo, os APLs têm a oportunidade de se diferenciar e colocar sua pequena
produção de amêndoas de castanha de caju de melhor qualidade no mercado, se
conseguirem ultrapassar a barreira dos canais de comercialização externos, explorar
oportunidades no subaproveitado mercado interno, inclusive em conjunto com APLs de
produtos complementares como vinho e mel, e se adequar às normas internacionais de
fabricação. Neste sentido, as intervenções necessárias para o APL de Barreira/CE − que
servem de referência para outros APLs de pequenos e médios produtores de castanha de
caju e minifábricas processadoras de amêndoa da castanha de caju − podem ser seg-
mentadas por etapa da cadeia de negócios, com potenciais parceiros de execução.
3.1. CLIMA
O cajueiro é uma planta sempre verde, podendo, no entanto, ocorrer renovação
parcial da folhagem. Dada a sua sensibilidade à baixa temperatura, sua distribuição
geográfica está confinada na faixa de latitude 27°N e 28°S.
Por sua origem tropical, o cajueiro desenvolve-se bem em temperaturas
variando de 22 a 40 °C, porém Parente et al. (1972) citam 27 °C como temperatura
média ideal para desenvolvimento e frutificação normais. Dada a influência da altitude
sobre a temperatura, nas proximidades do equador são encontrados plantios de cajueiros
em altitudes de até 1.000 metros. Em latitudes mais elevadas e altitude superior a 170
metros, o rendimento da cultura, segundo Aguiar e Costa (2002), tem sido afetada
negativamente.
Quanto à umidade relativa do ar, o cajueiro desenvolve-se bem entre os limites
de 70% a 85%, no entanto, tem-se observado pleno desenvolvimento da planta em
regiões onde a umidade relativa do ar, por longo período de tempo, é de 50%.
Para isso, é necessário que o solo apresente boa reserva hídrica, ou seja,
submetido à irrigação. Em regiões onde a umidade relativa do ar é superior a 85%
observa-se maior incidência de doenças fúngicas nas folhas, flores e frutos.
O vento exerce pouca influência sobre a cultura do cajueiro. Contudo,
velocidade de 7 m s-1 ou superior, Aguiar e Costa (2002) relataram elevada queda de
flores, frutos e tombamento de plantas, principalmente.
Segundo Aguiar e Costa (2002) o cultivo do cajueiro é realizado com sucesso,
quando a precipitação pluvial anual situa-se nos limites entre 800 a 1500 mm,
distribuída em 5 a 7 meses e período seco de 5 a 6 meses, coincidindo com as fases de
floração e frutificação. A esse respeito, Frota et al. (1985) citados por Aguiar e Costa
(2002), relataram cultivos bem sucedidos, em regiões de precipitação pluvial de até
4.000 mm; porém, com estação seca de quatro a sete meses, nem sempre bem
distribuída.
3.2. SOLOS
No Brasil, principalmente no Nordeste, a maioria das plantações de cajueiros é
encontrada vegetando em solos Neossolos Quartzarênicos (Areias Quartzosas),
Latossolos e Argissolos (Podzólicos), profundos, bem drenados, sem pedregosidade e
sem camadas endurecidas, porém, de baixa fertilidade química (Crisostomo, 1991).
De acordo com Latis e Chibiliti (1988) o cajueiro requer menos nutrientes do
que outras fruteiras, razão pela qual muitos cultivos são encontrados em solos de
fertilidade marginal. No entanto, pesquisas têm revelado respostas satisfatórias a
adubação mineral como as realizadas por (Falade, 1978; Sawke et al., 1985;
Hamamashettti et al., 1985 e Grundon, 1999). Falade (1984) concluiu que, as
características físicas e químicas do solo influenciam tanto a copa (altura das plantas e
diâmetro da copa) como a morfologia do sistema radicular, concluindo daí, que solos de
textura leve, profundos, bem drenados, moderadamente ácidos, conteúdo e saturação
por bases baixos, livres de pedregosidade, e sem camada ou horizonte endurecido nos
100 cm superficiais são os mais adequados para o cultivo do cajueiro.
A análise química do solo, como guia para recomendação de corretivos e de
fertilizantes, deve ser realizada com certa antecedência ao transplante da muda. Em
pomares já estabelecidos, as análises do solo e de folha, fornecem subsídios ao técnico
para recomendação de fertilizantes e corretivos necessários.
V. VARIEDADES
De acordo com Leite (1994), na natureza existem dois tipos de caju: o comum
(ou gigante) e o anão precoce.
O cajueiro anão precoce é uma planta de porte baixo, entre 2 a 4 metros. Sua
copa apresenta-se compacta (em torno de 7 metros de envergadura), ereta; entra em
floração aos seis meses, inicia floração um mês antes do que a do cajueiro comum e esta
dura 7 a 9 meses. O peso do fruto varia de 3 a 13g e o do pseudo fruto 20 a 160g
(SEBRAE, 2005).
Tabela 1:Variedades
Fonte: Adaptado de Oliveira (2006)
A calagem ou correção do solo deve ser feita pelo menos três meses antes do
plantio, considerando sempre o teor de umidade do solo.
Essa operação deve ser feita em áreas que apresentem saturação por bases
abaixo de 60%, teores de cálcio inferiores a 3,0 e os de magnésio a 4,0 mmolc/dm3 nas
profundidades de 0 – 20 cm e 20 - 40 cm. A quantidade de calcário a aplicar para elevar
a saturação de bases do solo a 70% é calculada pela expressão:
Onde:
T - capacidade de troca de cátions: [Ca + Mg + K + (H + Al) ] em mmolc/dm3;
V1 - saturação de base atual do solo: [S x 100) / T], sendo:
S = K + Ca + Mg em mmolc/dm3
V2 - saturação de base desejada (70%);
PRNT - Poder Relativo de Neutralização Total do Calcário.
Lembrar sempre que a metade do calcário deve ser aplicada antes da aração e a
outra após a gradagem.
6.4. ADUBAÇÃO
- ADUBAÇÃO DE FUNDAÇÃO
Aplicar 100g de calcário dolomítico no fundo da cova e misturá-lo com a terra
que foi retirada do local. Em seguida, encher a cova com uma mistura de terra
superficial + superfosfato simples, de acordo com a análise de solo, mais 100g de FTE
BR 12 + 10 litros de esterco animal bem curtido. Deixar a cova assim preparada, por um
período de 30 dias antes do transplante da muda, quando do início do período chuvoso
(CRISÓSTOMO et. al., 2001).
- ADUBAÇÃO DE FORMAÇÃO
A adubação para o primeiro ano, segundo a análise de solo, deverá ocorrer 60
dias após o transplante da muda. No caso de cultivo sob sequeiro, aplicar os fertilizantes
ao redor das plantas, em três parcelas iguais no início, meio e fim da estação chuvosa.
Para o cultivo irrigado, objetivando o maior aproveitamento dos fertilizantes, bem como
minimizar a lixiviação, o parcelamento poderá ser mensal.
Para a adubação no 2°, 3° e 4° ano recomenda-se seguir o mesmo sistema de
aplicação do 1° ano, contudo, o fósforo deverá ser aplicado em uma única parcela, tanto
para cultivo de sequeiro, como para o irrigado.
- ADUBAÇÃO DE PRODUÇÃO
• Cultivo sob sequeiro
Nesta condição, a produtividade máxima esperada é de 1.200 kg.ha-1. Por essa
razão, deve ser utilizada a recomendação para a cultura irrigada, para a produtividade
esperada de até 1.200 kg.ha-1. Os adubos poderão ser aplicados em faixa contínua com
1,0 a 1,5 m de largura, ao longo da linha de plantas.
• Cultivo sob irrigação
Os adubos poderão ser aplicados juntamente com a água de irrigação, por
aumentar a uniformidade de distribuição e diminuir os custos com a mão-de-obra.
6.5. PLANTIO
plantio. Pode-se usar materiais existentes na propriedade (capim não sementado, palha
de arroz, bagana de carnaúba e de coco ou palhadas em geral).
O replantio, se necessário, deve ser realizado de imediato.
tornam-se cloróticas, ao mesmo tempo em que ficam com a consistência mais rígida,
aparecendo no ápice necroses acompanhadas de enrolamento das pontas afetadas e
bordas rompidas. Além desses sintomas, as folhas terminais mais novas, enquanto se
desenvolvem, ficam mais estreitas, diminuindo consideravelmente a superfície do
limbo.
- Manganês (Mn): inicialmente, as folhas mais novas apresentam uma
coloração verde pálida, que evolui posteriormente para verde-amarelada, com as partes
próximas às nervuras permanecendo verdes. Em algumas folhas, as margens apresentam
coloração marrom. As plantas produzem pequenos números de folhas e o crescimento
torna-se bastante lento, apesar de desenvolverem grande número de ramos laterais. É
comum ocorrerem agrupamentos de pequenas folhas em forma de roseta, além do
secamento e queda prematura das folhas.
- Boro (B): os principais sintomas são: a morte das gemas e das folhas mais
novas, com as adjacentes tomando um aspecto coriáceo. Ocorre superbrotamento e
repetição dos sintomas nos novos brotos emitidos.
- Zinco (Zn): na ausência de zinco, as plantas apresentam-se com internódios
curtos e poucos ramos laterais. As folhas mais novas mostram-se pequenas, alongadas,
com a coloração variando gradualmente do verde até o verde-pálido, com as nervuras
permanecendo verde. As folhas maduras inferiores desenvolvem-se normalmente.
- Ferro (Fe): o crescimento do cajueiro é seriamente comprometido na
ausência de ferro. Em apenas um mês, os sintomas de deficiência ficam visíveis, com
uma severa clorose das folhas jovens que se transformam em estreitas e delicadas ao
tato. Com a progressão da carência, as folhas tornam-se translúcidas, permanecendo
verde-claras somente as mais velhas.
- Cobre (Cu): a carência do cobre traduz-se num ligeiro escurecimento na
tonalidade verde. As folhas jovens apresentam-se mais alongadas e curvam-se para
baixo, como se estivessem com estresse hídrico. O crescimento parece não ser afetado,
pelo menos nos primeiros meses de vida da planta.
6.7. IRRIGAÇÃO
6.8. PODAS
direcionada para o crescimento vegetativo da planta. Esta operação deve ser feita com o
emprego de uma tesoura de poda, tendo-se o cuidado de evitar danos às plantas.
É realizada a partir do primeiro ano, eliminando-se, sempre que possível ramos
emitidos próximo ao solo ou no porta-enxerto e aqueles com crescimento lateral
anormal. Deve-se manter a planta em haste única, deixando a primeira ramificação
próxima a 0,50 m da superfície do solo.
Poda de limpeza
É feita normalmente após a safra para eliminar os ramos secos, caídos e
praguejados. Como a frutificação do cajueiro é periférica, predominantemente nos 2/3
inferiores da planta, deve-se evitar a eliminação excessiva destes ramos. A poda
exagerada diminui o sombreamento da área sob a copa, aumentando o potencial de
crescimento das plantas daninhas.
Poda de manutenção
Visa a eliminação dos ramos ladrões e aqueles que crescem para baixo,
encostando, por vezes, na superfície, dificultando o coroamento.
6.9. CONSORCIAÇÃO
O consórcio pode ser realizado até o terceiro ou quarto ano após o plantio.
Recomendam-se culturas de ciclo curto, como o feijão, mandioca, soja, sorgo granífero
e amendoim. O plantio dessas culturas deve ser efetuado a 1,0 m de distância das linhas
do cajueiro.
A criação de abelhas também pode ser explorada, pois além da renda adicional
gerada pela produção de mel, poderá trazer benefícios na floração.
VII. DOENÇAS
7.1. ANTRACNOSE (Colletotrichum gloeosporioides (Penz) Pez. & Sacc.)
- Sintomas: o inseto, ao mesmo tempo em que suga a seiva da planta, expele uma
substância açucarada denominada "mela", que recobre principalmente as inflorescências
e folhas, servindo de substrato para o crescimento da fumagina, que é um fungo de
coloração negra. O ataque intenso às inflorescências do cajueiro tem como
consequência a murcha e a seca, com reflexos diretos na produção.
- Controle: utilizar os inseticidas sugeridos no Tabela 4, levando-se em conta que os
produtos etoato ethyl, monocrotophos, ometoato, dimetoato e pirimicarb, são também
recomendados.
- Sintomas: os danos às plantas são causados pelas larvas que são encontradas
formando galerias abaixo da casca, no caule e nas raízes. À medida que se
desenvolvem, aprofundam-se cada vez mais em seu interior. Quando completamente
desenvolvidas, penetram no lenho. Ao abandonarem a planta, deixam a marca de sua
presença por meio de vários furos visíveis ao longo do caule seco. Outros sintomas:
queda parcial ou total das folhas ou morte completa da planta.
- Controle: derrubada e queima de galhos das plantas atacadas no local de ocorrência,
evitando a disseminação do inseto.
b) Rachadura do pedúnculo
Na pré-colheita, durante a época de chuvas, o pedúnculo pode apresentar um
distúrbio fisiológico, facilmente identificado pelas rachaduras, as quais são causadas
pelo crescimento rápido, resultante do fornecimento súbito de grande quantidade de
água.
c) Seca fisiológica
Em estudo realizado na Índia, foi constatado que o aumento da salinidade
diminui: o teor de clorofila nas folhas, a taxa respiratória da planta, o aproveitamento do
nitrogênio absorvido e, devido ao aumento da pressão osmótica, induz a seca
fisiológica, reduzindo o crescimento da planta e diminuindo a absorção dos nutrientes
do solo. Esse desequilíbrio afeta negativamente o tamanho e a qualidade pós-colheita
dos pedúnculos de caju.
inaceitável de natureza biológica, química ou física que possa causar dano à saúde do
consumidor. São perigos biológicos na produção de caju, de acordo com o Manual de
Segurança e Qualidade para a Cultura do Caju, 2004, os microrganismos vindos do solo
ou de adubos orgânicos; água contaminada; superfícies sujas (caixas, equipamentos,
veículos, bancadas); falta de higiene dos trabalhadores. São perigos químicos os
agrotóxicos usados de forma indevida e, principalmente, quando os frutos são colhidos
antes de se completar o período de carência. Os perigos físicos são considerados de
menor severidade, são oriundos de materiais estranhos provenientes do campo, do
transporte ou armazenamento, como vidro, madeira, metal, terra.
A colheita deve ser feita nas horas de temperaturas mais amenas, para evitar
murchamento e perda de peso e de qualidade. Para que o caju seja colhido corretamente,
deve ser feita uma leve torção para que o pedúnculo se solte do pedicelo. Caso o
pedúnculo ofereça resistência para soltar-se, ainda não alcançou o estádio de maturação
para colheita. O contato direto com a palma da mão também deve ser evitado, pelo fato
de que a película que reveste o pedúnculo é muito delgada, e o contato com a mão do
colhedor pode elevar a temperatura da polpa, acelerando a senescência. Para evitar
ferimentos no pedúnculo, os colhedores devem manter as unhas aparadas e limpas. A
colheita realizada com vara longa ou pela agitação dos galhos não é recomendada, pois
machuca o pedúnculo, podendo provocar, também, a queda de flores e de frutos
imaturos.
O caju deve ser colhido diretamente na planta com o máximo cuidado para que
não sejam derrubados frutos jovens, flores e botões florais. Devem ser retirados os
pedúnculos que apresentem doenças, deformações, defeitos ou ferimentos, formato ou
cor não característicos do clone, tamanhos inadequados, verdes ou demasiadamente
maduros, ou seja, os pedúnculos impróprios para a comercialização. Recomenda-se,
também, separar, em caixas distintas, os pedúnculos destinados para consumo in natura
daqueles destinados para a indústria. Estas operações devem ser realizadas à sombra e
no menor tempo possível. Para tanto, as caixas devem ser colocadas sob a copa do
próprio cajueiro, evitando-se, assim, insolação direta, que causa a redução da vida útil
pós-colheita. No entanto, todas as operações pós-colheita devem ser feitas
preferencialmente no galpão de embalagem.
• Procedimentos na pós-colheita
O correto manuseio pós-colheita do caju é o primeiro passo para garantir a
qualidade e a boa apresentação do produto, indispensáveis para o mercado de mesa. Os
cajus para consumo in natura devem ser acondicionados, em uma única camada, nas
caixas plásticas de colheita (47cm x 30,5cm x 12 cm), revestidas internamente por uma
camada de espuma sintética (esponja) de aproximadamente 1 cm de espessura, para não
danificar os pedúnculos.
Caso os cajus sejam acondicionados, nessas caixas de colheita, em camadas
duplas ou triplas, os que estão na parte de cima poderão machucar os da camada
inferior, assim como os da superior poderão ser machucados pela caixa que está logo
acima, no empilhamento.
Para o processamento industrial, a colheita pode ser feita manualmente, se o
porte da planta permitir, ou com o emprego de uma vara de longa, provida de um saco
na ponta. Os pedúnculos colhidos devem ser acondicionados abaixo do limite de
capacidade da caixa de colheita, para evitar perdas por amassamento das camadas
inferiores.
Recomenda-se ainda evitar o contato direto das caixas de colheita com o solo, e
no caso de caju para consumo in natura, realizar duas colheitas diárias durante a safra.
De acordo com as NTPICaju (Oliveira, 2003), são proibidos, para caju in natura a coleta
de pedúnculos caídos ao chão, em estado de decomposição, mofados, rachados,
atacados por insetos, roedores ou pássaros.
• Transporte para o galpão de embalagem
A demora no campo acelera o processo de deterioração, diminuindo a vida útil
do pedúnculo, e a exposição prolongada a alta temperatura provoca perda de peso.
Os cajus devem ser transportados para o galpão nas próprias caixas de colheita,
que devem ser colocadas no veículo com cuidado, e nunca jogadas. O empilhamento
deve permitir ventilação entre as caixas, e o fundo de uma caixa nunca deve tocar os
pedúnculos da caixa abaixo dela. Recomenda-se usar uma cobertura de cor clara,
deixando espaço de 40 a 50 cm entre esta e a superfície das caixas, para proteção e
ventilação. Deve-se, também, orientar o condutor do veículo para evitar velocidade alta
e solavancos, pois, nesta etapa, é grande a ocorrência de danos mecânicos.
Todo carregamento destinado ao galpão de embalagem deve estar
acompanhado de uma ficha de controle da produção, contendo, pelo menos, as seguintes
informações:
_ Nome da empresa;
_ Variedade/cultivar;
_ Quantidade;
_ Encarregado de campo;
_ Área;
_ Data.
Esta ficha facilitará a identificação das causas de algum problema pós-colheita
que venha a ser registrado nas diferentes etapas da comercialização.
• Operações no galpão de embalagem
Cada operação no galpão de embalagem pode representar uma etapa potencial
na perda de qualidade, se não forem observados os cuidados necessários e as
características do caju. Recomenda-se que, em pomares extensos, o galpão esteja
localizado na região central da propriedade e que as vias de acesso sejam mantidas em
boas condições.
O galpão de embalagem deve ser um local fresco, ventilado e claro, e deve
apresentar as seguintes características:
Facilidade para movimentar os frutos antes e após o processamento;
Portas, janelas e acessórios fáceis de serem higienizados;
Facilidade na remoção de sujeiras;
Facilidade para limpeza do piso e para a drenagem da água;
Proteção contra a entrada de animais domésticos, pássaros, insetos e roedores;
Cobertura das áreas de recebimento e saída dos frutos;
Facilidade para o armazenamento separado do produto, caixas de campo,
paletes e materiais de embalagem;
Limpeza e manutenção adequadas dos equipamentos;
Superfícies de trabalho lisas e de fácil limpeza;
Dispor de água potável para as operações de lavagem;
Materiais de embalagem que satisfaçam as exigências do cliente;
Proteção contra possibilidades de contaminação do produto por objetos
estranhos;
Segurança no armazenamento dos produtos químicos usados no processo ou na
limpeza;
X. BIBLIOGRAFIA
Terra adorada,
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada, Brasil!