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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO AMAPÁ

Curso Técnico de Nível Médio em Química na Forma Integrado

ANDRÉ PEDRO TORRES DO NASCIMENTO

RELATÓRIO DE ESTÁGIO OBRIGATÓRIO


MedClin Serviços e Produtos Médicos e Hospitalares Ltda

MACAPÁ – AP
2022
ii

ANDRÉ PEDRO TORRES DO NASCIMENTO

RELATÓRIO DE ESTÁGIO OBRIGATÓRIO


MedClin Serviços e Produtos Médicos e Hospitalares Ltda

Relatório de Estágio Supervisionado apresentado como


requisito para conclusão e obtenção do título Técnico
em Química do Instituto Federal de Educação, Ciência
e Tecnologia do Amapá – Ifap, campus Macapá.
Orientador: Erlyson Farias Fernandes
Supervisora: Ariadne Larissa

MACAPÁ – AP
2022
iii

ANDRÉ PEDRO TORRES DO NASCIMENTO

RELATÓRIO DE ESTÁGIO OBRIGATÓRIO


MedClin Serviços e Produtos Médicos e Hospitalares Ltda

Data de aprovação:____/____/_____

APROVADO POR

____________________________________________________
Erlyson Farias Fernandes – Professor Orientador

MACAPÁ – AP
2022
iv

AGRADECIMENTOS

Agradecer primeiramente a Deus, por todas as oportunidades e por ter tido essas
experiências maravilhosas;
A minha mãe por sempre me apoiar;
Ao Diego, um dos sócios, por ter me aceito no estágio;
Ao meu professor orientador Erlyson por ter me orientado durante esse estágio;
A minha supervisora por me orientar durante o estágio;
As Biomédicas do laboratório por fazerem o espaço de trabalho um lugar divertido e
alegre;
Aos estagiários que me ajudaram a obter bastante experiência.
v

Resumo:
O estágio supervisionado é essencial para a aprendizagem e formação
acadêmica de um aluno, por ser o primeiro contato do mesmo com o mercado de
trabalho. Este relatório de estágio supervisionado busca relatar e explicar as
experiências e aprendizagens sobre o mercado de trabalho do aluno André Pedro
Torres do Nascimento, com atividades desenvolvidas nos setores de Uroanálise,
Parasitologia e Microbiologia no laboratório de análises clinicas da empresa MedClin.

Palavras-chave: Estágio, análise, amostra, bactérias, laboratório, lâmina.

Abstract:
The supervised internship is essential for a student's learning and academic
training, as it is the student's first contact with the job market. This supervised internship
report seeks to report and explain the experiences and learning about the labor market
of the student André Pedro Torres do Nascimento, with activities developed in the
sectors of Uroanalysis, Parasitology and Microbiology in the clinical analysis laboratory
of the company MedClin.

Keywords: Stage, analysis, sample, bacteria, laboratory, blade.


LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Palitos, Lamínulas e lâminas.................................................................................................................11


Figura 2 - Lugol concentrado que foi separado em um recipiente que facilita o manuseio para análise...12
Figura 3 - Amostra de fezes observada no microscópio.....................................................................................12
Figura 4 - Representação do Teste de PSO.........................................................................................................13
Figura 5 - Pareamento da amostra com água......................................................................................................15
Figura 6 - Amostra pareada e dentro da centrífuga.............................................................................................15
Figura 7 - Fase que será analisada no microscópio............................................................................................16
Figura 8 - Amostra de urina observada no microscópio.....................................................................................16
Figura 9 - Lâminas com amostras já fixadas........................................................................................................19
Figura 10 - Suporte para lâminas e reagentes.....................................................................................................19
Figura 11 - Lâminas com violeta.............................................................................................................................20
Figura 12 - Lâminas com Lugol...............................................................................................................................20
Figura 13 - Lâminas com fúcsina............................................................................................................................21
Figura 14 - Amostra da coloração de gram observada no microscópio...........................................................21
Figura 15 - Estagiário colhendo a amostra de fezes para o exame..................................................................22
Figura 16 - Meio de cultura utilizado......................................................................................................................24
Figura 17 - Chefe do setor de microbiologia retirando a água do meio de cultura.........................................24
Figura 18 - Meios de cultura que são utilizados na hemocultura......................................................................25
Figura 19 - Frasco e meio de cultura utilizado......................................................................................................25
Sumário
1. INTRODUÇÃO..........................................................................................................................................................8
2. ESTÁGIO CURRICULAR.........................................................................................................................................8
3. CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA......................................................................................................................9
4. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS........................................................................................................................10
4.1 PARASITOLOGIA.............................................................................................................................................10
4.1.2 PESQUISA DE SANGUE OCULTO (PSO):.............................................................................................13
4.2 UROANÁLISE:..................................................................................................................................................14
4.2.1 URINÁLISE................................................................................................................................................14
4.2.2 CONTAGEM DE PIÓCITOS:....................................................................................................................16
4.2.3 MICOLÓGICO:...........................................................................................................................................17
4.2.4 BACTERIOSCOPIA...................................................................................................................................18
4.3 MICROBIOLOGIA:...........................................................................................................................................21
4.3.1 COPROCULTURA (CULTURA DE FEZES):...........................................................................................21
4.3.2 URO (CULTURA DE URINA):.................................................................................................................23
4.3.3 HEMOCULTURA (CULTURA DE SANGUE):........................................................................................24
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................................................................................25
REFERÊNCIAS............................................................................................................................................................26
8

1. INTRODUÇÃO
O estágio é o primeiro contato do estudante com a oportunidade de colocar seu
conhecimento teórico na prática e ter experiência no mercado de trabalho, onde é
testada suas capacidades de trabalho em equipe, criatividade para superar novos
desafios e, ao longo do seu estágio, obter diversos conhecimentos sobre a área
profissional desejada. O relatório apresentado é um relato da experiência adquirida na
área profissional do aluno André Torres matriculado no Curso Técnico de Nível Médio
em Química do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amapá (IFAP),
campus Macapá.

O objetivo deste relatório será apresentar e destacar 3 setores: Parasitologia,


Uroanálise e Microbiologia, nos quais foram trabalhados as experiências laboratoriais e
profissionais, dos laboratórios da empresa MedClin Serviços e Produtos Médicos e
Hospitalares Ltda.

2. ESTÁGIO CURRICULAR
O estágio Curricular através da observação, participação e da regência é o
primeiro contato com seu futuro campo de atuação. (JANUARIO, Gilberto 2008).
Dentre os objetivos do estágio curricular estão: é feito para dar ao aluno condições
para aprender como funciona sua área na prática, avaliar a capacidade do aluno no
ambiente de trabalho e como se sairá nas atividades desenvolvidas dentro da sua área
de formação. O estágio curricular é amparado pela Lei nº 11.788/2008 (SILVA, 2008), o
objetivo da Lei do Estágio é regulamentar a atividade e deixar claro quais são os papéis
de cada um dos envolvidos no processo. A carga horária máxima permitida pela lei é
de 4 horas diárias para estudantes do ensino médio e 20 horas semanais (Durante o
período de férias o limite máximo do aluno aumenta para 6 horas diárias e 30 horas
semanais). No caso de estudantes do ensino superior, a carga horária máxima
semanal é de 6 horas e 30 horas semanais. Quando é ultrapassado esse limite,
entende-se a violação da lei e o cumprimento de trabalho, deixando de ser um estágio
e passando a ser um emprego sem remuneração.
3. CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA
A empresa MedClin, fica localizada na avenida Duque de Caxias, 486 - Central,
Macapá – AP, 68900-071, Brasil. Ela foi inaugurada 11 anos atrás (17 de setembro de
2011), por três jovens empreendedores: Alexandre Silva, Alex Diego Silva e Alfredo
Silveira. Durante a faculdade de Biomedicina resolveram investir na área da saúde no
Estado. A MedClin é uma empresa especializada em diagnóstico laboratorial,
reconhecida por instituições locais pela sua qualidade de serviço prestado com
atendimento totalmente humanizado proporcionado à população Amapaense. Ela
iniciou seu atendimento coletando apenas um hemograma por dia, com apenas dois
funcionários, mas atualmente já tem 5 unidades próprias. Uma sexta unidade está
sendo implantada na região sul do Estado, em Laranjal do Jari e o número de já
ultrapassa mais de 60 hemogramas diários. Em 2017, os laboratórios assinaram um
grande contrato com um hospital particular, no entanto com o atraso nos pagamentos,
as portas quase se fecham, porém eles não desistiram e continuaram arriscando. Em
2018, houve uma grande reviravolta e conseguiram assinar vários contratos com
planos de saúde, o que estabilizou a empresa. Já em 2020 com a chegada da
pandemia do novo Corona vírus (Covid-19), a empresa teve que avançar no âmbito de
atendimento e quando nenhum laboratório oferece testes rápidos e sorologia, eles
apostaram e começaram a fazer coletas que iniciavam às 8h e encerravam às 23h.

Desde o início a empresa não coletava taxas para exames feitos em casa e se o
paciente puder doar um quilo de alimento (que é opcional), eles serão doados para
instituições beneficentes. A empresa possui vários equipamentos de última tecnologia
como por exemplo o “Vitros 5600” que só a MedClin tem no Estado, onde eles
passaram a fazer 90% dos exames de rotina em Macapá, o que fez os resultados
demandarem menos tempo para ser diagnosticado e assim otimizar o trabalho de
todos. Os postos de coleta da empresa MedClin estão espalhados por toda a cidade de
Macapá. Podemos encontrar postos da MedClin nos seguintes bairros: Centro,
Marabaixo, Infraero II e Zerão. (Acesso em 18/11/2022: Disponível em:
https://www.alcilenecavalcante.com.br/o-amapa-que-empreende/o-amapa-que-
empreende-mostra-hoje-o-resultado-de-sucesso-dos-laboratorios-medclin).
4. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

Como citado anteriormente, as atividades desenvolvidas foram separadas em 3


setores: Parasitologia, Uroanálise e Microbiologia. Neste tópico iremos explicar sobre
cada atividade desenvolvida.

4.1 PARASITOLOGIA
A Parasitologia é o setor onde ocorre o exame parasitológico que é um teste realizado
com amostras de fezes onde o principal objetivo da análise é identificar e diagnosticar
se reside parasitas intestinais no paciente. Para isso é levado em consideração os
critérios morfológicos, ou seja, como o material é coletado, qual a forma dos seres
vivos é procurada e estudada, assim o exame pode detectar parasitas adultos que
afetam o intestino humano. A amostra de fezes é colhida em casa pelo próprio
paciente, para que se obtenha um resultado mais preciso, e é necessário seguir as
indicações fornecidas pelo laboratório, cuja análise será realizada, e que o material
seja armazenado de forma correta em um frasco esterilizado e padrão. (Acesso:
30/11/2022. Disponível em: https://www.laboratoriocarloschagas.com.br/voce-conhece-
o-objetivo-do-exame-parasitologico/).

Como já dito anteriormente a amostra de fezes é colhida em casa pelo próprio


paciente, para que se obtenha um resultado mais preciso, e é necessário seguir as
indicações fornecidas pelo laboratório, cuja análise será realizada, e que o material
seja armazenado de forma correta em um frasco esterilizado e padrão. A análise é feita
no microscópio é qualitativa e quantitativa, levamos em consideração a quantidade de
agentes patogênicos para determinar, se o paciente deve ou não fazer um exame
específico para diagnosticar a existência de alguma doença.

A seguir, estão descritos os materiais e reagentes necessários para o


procedimento laboratorial:
Materiais Reagentes
Lâminas de vidro para microscopia. Lugol concentrado
Lamínula de vidro Água destilada
Palitos ou bastão de madeira
Microscópio óptico
Etiqueta de identificação

PROCEDIMENTO LABORATORIAL.

Após a amostra de fezes chegar na área técnica, identificou-se através do


código da etiqueta de identificação, imprimiu-se o mapa de triagem e enumerou-se a
amostra e o mapa para que fossem anotados os dados. As lamínulas, lâminas e os
palitos, de acordo com a Figura 1, foram utilizados neste procedimento.

Figura 1 - Palitos, Lamínulas e lâminas.

Fonte: Acervo pessoal, 2022.

Identificou-se a lâmina de vidro, com o número da amostra e do mapa utilizando


um pincel. Adicionou-se 2 gotas de lugol concentrado (Figura 2), na lâmina. Abriu-se o
potinho que continha a amostra e, utilizando um palito ou bastão de madeira, pegou-se
uma pequena parte da amostra em vários pontos diferentes.
Figura 2 - Lugol concentrado que foi separado em um recipiente que facilita o
manuseio para análise.

Fonte: Acervo pessoal, 2022.

Em seguida, homogeneizou-se a amostra de fezes coletada com palito na


lâmina com lugol. Colocou-se a lamínula na lâmina e levou-se para o microscópio.
Utilizou-se a lente objetiva de 10x para achar o campo de visão da amostra e para
verificar se existe algum ovo de parasita na amostra, após a verificação do campo e se
existia ovos parasitas, mudou-se para lente objetiva de 40x para realizar a análise de
bactérias ou outros agentes patogênicos (Figura 3).
Figura 3 - Amostra de fezes observada no microscópio.

Fonte: Acervo Pessoal, 2022.


4.1.2 PESQUISA DE SANGUE OCULTO (PSO):
O exame analisa a presença de sangue nas fezes que não podem ser vistos a
olho nu. Um resultado positivo para esse exame indica que o paciente está sofrendo
algum sangramento no intestino grosso, que pode ser consequência de uma
inflamação, trauma ou câncer colorretal.

A seguir, estão descritos os materiais e reagentes necessários para o


procedimento laboratorial:

Materiais Reagentes

Fita de teste de sangue oculto água

Bastão

Tubo de ensaio de plástico

PROCEDIMENTO LABORATORIAL.

Utilizou-se um kit de PSO (O kit contém: tubo com bastão e água, fita de teste
sangue oculto), pegou-se partes da amostra em vários pontos utilizando o bastão de
plástico e em seguida misturou-se a amostra com a água dentro do tubo de ensaio,
homogeneizou-se a solução, quebrou-se a ponta do tubo e pingou-se 3 gotas dentro da
fita do teste, conforme a representação da figura 4, após esse processo esperou-se 5
minutos. Caso aparece-se duas linhas rosa na fita, significa que o teste deu positivo
para sangue oculto nas fezes, se desse apenas uma linha rosa, o teste deu negativo
para sangue oculto nas fezes.
Figura 4 - Representação do Teste de PSO.

Fonte: Labtest, 2022


4.2 UROANÁLISE:
Uroanálise é o setor onde é realizado a urinálise (teste de urina ou exame de
urina).

4.2.1 URINÁLISE
A urinálise é um exame onde é analisada uma amostra de urina que pode ajudar
a encontrar problemas de saúde que precisam de tratamento, incluindo infecções ou
problemas renais. O exame pode ajudar também a encontrar doenças graves em
estágios iniciais, como diabetes, doenças hepáticas ou doença renal.

A urinálise inclui 3 partes durante seu processo de análise: exame visual, exame
microscópico e exame de vareta.

No exame visual, a urina será examinada quanto à cor e sua transparência


(turbidez). Com esse exame pode se ter hipóteses se o paciente está com alguma
infecção, como por exemplo, o sangue pode deixar a urina vermelha, cor de chá ou
cola, uma infecção pode deixar a urina turva e a urina espumosa pode ser uma
indicação de problemas renais.

O exame microscópico é quando uma pequena quantidade da amostra é levada


para ser analisada no microscópio para verificar se há algum microrganismo que não
pertence a urina e que não podem ser vistos a olho nu, isso inclui glóbulos vermelhos,
glóbulos brancos (células de pus), bactérias, ou cristais (que podem crescer através de
substâncias químicas e se tornarem pedras nos rins futuramente). (JOVILANO, 2011)

O exame de vareta é realizado com uma fita de papel para medir o pH, ela é
mergulhada na urina, até a mudança de cor das fitas que dura em torno dos 15 a 30
segundos, e em seguida é retirada para comparar com a literatura. Nesse teste é
possível medir a acidez (pH) que é a quantidade de ácido presente na urina, a proteína
(que deve estar presente apenas no sangue e não na urina), a glicose (açúcar),
glóbulos brancos (células de pus), bilirrubina (produto residual de glóbulos vermelhos
que sofreram degradação) e sangue (STRASINGER, 2008).

Além dos exames descritos acima, são desenvolvidos outros exames dentro do
setor da Uroanálise, tais como: Bacterioscopia, contagem de piócitos e micológico.

A seguir, estão descritos os materiais e reagentes necessários para o


procedimento laboratorial:
Materiais Reagentes
Tubo de ensaio
Centrífuga Não se aplica
Lâmina
Lamínula
Fita para medir pH
Microscópio
Suporte para tubos de ensaio
Lixo para descarte

PROCEDIMENTO LABORATORIAL:

Identificou-se a amostra e imprimiu-se o mapa de triagem. Em seguida


enumerou-se o tubo de ensaio com o número da determinada amostra que foi utilizada.
Homogeneizou-se a amostra, e em seguida colocou-se a amostra de urina no tubo de
ensaio, numerado e identificado de acordo com a amostra utilizada, e pareou-se a
amostra com um tubo de ensaio com água (Figura 5) de maneira que ambos fossem
opostos entre si (Figura 6).

Figura 5 - Pareamento da amostra com Figura 6 - Amostra pareada e dentro da


água. centrífuga.

Fonte: Acervo Pessoal, 2022. Fonte: Acervo Pessoal, 2022.

Deixou-se a amostra por 5 minutos na centrífuga em 1500 Rotações por minuto.


Após os 5 minutos retirou-se a amostra da centrífuga e desprezou-se a fase superior,
restando somente a fase inferior no tubo de ensaio (Figura 7), no qual, é a amostra a
ser observada. A figura 8 é como a amostra foi observada no microscópio.

Figura 7 - Fase que será analisada no Figura 8 - Amostra de urina observada


microscópio. no microscópio.

Fonte: Acervo Pessoal, 2022. Fonte: Acervo Pessoal, 2022.

Analisou-se o pH, densidade e a cor da amostra. Utilizou-se uma fita para medir pH
e uma tabela de cores para saber qual a densidade e pH da amostra. Pegou-se a fita
para medir o pH e colocou-se na amostra de urina de 15 a 30 segundos. Em seguida
utilizou-se a tabela para determinar o pH e densidade da amostra. A cor foi observada
a olho nu.

4.2.2 CONTAGEM DE PIÓCITOS:


Os piócitos são os glóbulos brancos observados durante a análise do exame de
urina no microscópio. Essas células estão relacionadas diretamente com a defesa do
nosso organismo. Caso tenha alguma alteração no número de piócitos, é possível que
esteja diretamente ligado a alguma infecção ou inflamação na bexiga do paciente. É
normal ser encontrado de 5 piócitos por campo ou 10.000 piócitos por mL de urina.
(STRASINGER et al., 2008)

A seguir, estão descritos os materiais e reagentes necessários para o


procedimento laboratorial:

Materiais Reagentes
Microscópio Não se aplica

PROCEDIMENTO LABORATORIAL:

Para fazer a média de quantos Piócitos existem na amostra de urina, analisou-


se 10 campos diferentes. Realizou-se a contagem manual de piócitos. Somou-se a
quantidade de cada campo e dividiu-se por 10. O resultado dessa equação será a
média de quantos piócitos existem na amostra. Essa é uma análise quantitativa.

4.2.3 MICOLÓGICO:
O exame micológico auxilia bastante o dermatologista na prática clínica. Este
exame serve para avaliar a presença de fungos em algumas regiões do corpo, como:
pele, unha e cabelo. Essas regiões são habitadas por várias espécies de
microrganismos, incluindo fungo. Com o aumento desses microrganismos, ou o
aparecimento de novos microrganismos, podem ocorrer alterações nessas regiões.

O exame é indolor ao paciente. O médico raspa uma lesão da pele ou retira


material da unha que foi afetada de alguma maneira e realiza-se uma análise com a
ajuda de um microscópio.

A seguir, estão descritos os materiais e reagentes necessários para o


procedimento laboratorial:

Materiais Reagentes

Lâminas de virdro Hidróxido de potássio

Lâminulas de vidro

Pincel

PROCEDIMENTO LABORATORIAL:

Identificou-se a amostra e imprimiu-se o mapa. Iniciou-se o processo de triagem.


Primeiro abriu-se a amostra, que estava lacrada em duas lâminas. Em seguida,
utilizou-se uma lamínula para colocar a amostra em apenas um local da lâmina.
Pingou-se 2 gotas de hidróxido de potássio e deixou-se descansar por 5 minutos.
Passado este tempo, colocou-se a lamínula na lâmina e levou-se para o microscópio.

4.2.4 BACTERIOSCOPIA
É uma técnica de diagnóstico que permite de forma simples e rápida, identificar
bactérias através da coloração de gram. Pode ser utilizada para diagnosticar diversas
infecções causadas por bactérias, como por exemplo: Infecções Sexualmente
Transmissíveis (IST), amigdalite, infecção urinária e tuberculose. (Acesso em
30/11/2022. Disponível em (https://www.tuasaude.com/bacterioscopia/).

A seguir, estão descritos os materiais e reagentes necessários para o


procedimento laboratorial:

Materiais Reagentes

Suporte para lâminas Violeta

Lâminas Lugol

Estufa Bacteriológica Álcool descorante

Fúcsina

Cloreto de Sódio 0,9%

Água
PROCEDIMENTO LABORATORIAL.

Primeiramente pegou-se uma parte da amostra das bactérias. Colocou-se a


amostra na lâmina e misturou-se com solução de cloreto de sódio (NaCl) 0,9% (soro
fisiológico) e colocou-se na estufa para secar. Passado o tempo de secagem, retirou-se
a lâmina com amostra já fixada (Figura 9) e em seguida levou-se para corar a lâmina
onde estava os materiais e reagentes (Figura10).
Figura 9 - Lâminas com amostras já Figura 10 - Suporte para lâminas e
fixadas reagentes

Fonte: Acervo Pessoal, 2022.


Fonte: Acervo Pessoal, 2022.

Colocou-se Violeta na lâmina por 1 minuto (Figura 11). E lavou-se a lâmina com
uma corrente fina de água.
Figura 11 - Lâminas com violeta.

Fonte: Acervo Pessoal, 2022.

Colocou-se lugol (Figura 12) por 1 minuto para fixar o violeta nas bactérias gram
positivas e lavou-se a lâmina com uma corrente fina de água.
Figura 12 - Lâminas com Lugol.

Fonte: Acervo Pessoal, 2022.

Lavou-se a lâmina com álcool descorante para retirar o violeta das bactérias
gram negativas. Colocou-se a fúcsina por 30 segundos (Figura 13). Lavou-se a lâmina
com uma corrente fina de água e deixou secar no suporte de lâminas. Após o tempo de
secagem, a lâmina foi analisada no microscópio (Figura 14).
Figura 13 - Lâminas com fúcsina. Figura 14 - Amostra da coloração de gram
observada no microscópio.

Fonte: Acervo Pessoal, 2022. Fonte: Acervo Pessoal, 2022.

4.3 MICROBIOLOGIA:
Os diagnósticos de doenças patogênicas e infecciosas devem ser rápidos,
acessíveis, simples e precisos. Um diagnóstico rápido e preciso desempenha um papel
crucial na cura de um paciente, pois o tratamento será feito de uma maneira mais
rápida e adequada. (VILA et al., 2017)

Microbiologia, é o setor que é responsável pelo cultivo, isolamento e


identificação de bactérias, fungos e leveduras causadores de doenças, é realizado
culturas em amostras de urina, fezes, secreções, sangue, entre outros. Utiliza-se a
placa de petri para o semeio e identificar, quais bactérias crescem. Dentre esses
processos de semeio temos, Coprocultura (cultura de fezes), URO (Cultura de urina) e
Hemocultura.

4.3.1 COPROCULTURA (CULTURA DE FEZES):


A coprocultura, também conhecida como cultura de fezes, é o exame feito para
identificar o agente patogênico responsável por alterações intestinais. Esse exame
pode ser solicitado pelo médico quando o paciente apresenta alguns dos seguintes
sintomas: Diarreia, desconforto abdominal, mal-estar geral, presença de muco ou
sangue nas fezes, febre, náusea e vomito (BARONE, 2018).
A seguir, estão descritos os materiais e reagentes necessários para o
procedimento laboratorial:

Materiais Reagentes

Placa de Petri (ágar thayer- Não se aplica


martin chocolate

Pinça de plástico descartável

Cabine microbiológica

Estufa Bacteriológica

PROCEDIMENTO LABORATORIAL.

Primeiramente, Imprimiu-se as etiquetas de identificação que foram colocadas


no meio de cultura (placa de petri), abriu-se as placas de petri lacradas e retirou-se o
excesso de água dentro das placas. Dentro da cabine microbiológica abriu-se o potinho
com a amostra de fezes e abriu-se a pinça de plástico descartável, que estava lacrada,
pelo lado contrário que será utilizado para pegar a amostra de fezes (a pinça de
plástico possui dois lados, um com uma ponta redonda igual de um soprador de bolhas,
porém pequeno, e uma pontuda. Nesse caso utilizou-se o lado pontudo), pegou-se uma
pequena parte da amostra (Figura 15).

Figura 15 - Estagiário colhendo a amostra de fezes para o exame.

Fonte: Acervo Pessoal, 2022.

Espalhou-se na placa de petri com movimentos de um lado a outro da placa de


forma suave para não rasgar a placa e de forma que não se passe duas vezes no
mesmo lugar, para que fique fácil a identificação do crescimento da bactéria. Em
seguida, descartou-se a pinça de plástico e o potinho com a amostra de fezes em um
lixo adequado para cada um e colocou-se as placas de petri dentro da estufa
bacteriológica, observou-se o crescimento durante 5 dias. Quando houve o crescimento
da bactéria, ela foi identificada e repassada ao paciente e ao seu médico.

4.3.2 URO (CULTURA DE URINA):


A urocultura é uma técnica quantitativa, pois o diagnóstico é baseado no número
de colônias\ml de urina (UFC/mL). Esse exame é o mais solicitado dentro dos
laboratórios de microbiologia.

A seguir, estão descritos os materiais e reagentes necessários para o


procedimento laboratorial:

Materiais Reagentes

Meio de cultura (Ágar Cled/ Ágar


Macconkey)

Pinça de plástico descartável Não se aplica

Estufa bacteriológica

Cabine bacteriológica

PROCEDIMENTO LABORATORIAL.

Primeiramente, Imprimiu-se as etiquetas de identificação que foram colocadas


no meio de cultura (placa de petri) (Figura 16), abriu-se as placas de petri lacradas e
retirou-se o excesso de água dentro das placas (Figura 17).
Figura 16 - Meio de cultura utilizado. Figura 17 - Chefe do setor de
microbiologia retirando a água do meio
de cultura.

Fonte: Acervo Pessoal, 2022.


Fonte: Acervo Pessoal, 2022.

Dentro da cabine microbiológica abriu-se o potinho com a amostra de urina.


Abriu-se a pinça de plástico descartável, que estava lacrada, pelo lado contrário que
será utilizado (utilizou-se o lado de ponta redonda), pegou-se uma gota da amostra de
urina e espalhou-se na placa de petri com movimentos de um lado a outro em cada
metade da placa, de forma suave para não rasgar a placa e de forma que não se passe
duas vezes no mesmo lugar, para que fique fácil a identificação do crescimento da
bactéria. Em seguida, descartou-se a pinça de plástico e o potinho com a amostra de
urina em um lixo adequado para cada um e colocou-se as placas de petri dentro da
estufa bacteriológica, observou-se o crescimento durante 5 dias. Quando houve o
crescimento da bactéria, ela foi identificada e repassada ao paciente e ao seu médico.

4.3.3 HEMOCULTURA (CULTURA DE SANGUE):


O sangue que circula em todo organismo vivo é estéril, mas o aparecimento de
microrganismos na corrente sanguínea pode ser o resultado de alguma doença
infecciosa. Normalmente esses microrganismos são removidos pelos leucócitos, no
entanto quando o número de bactérias é muito grande isso acaba impossibilitando a
remoção completa desses microrganismos. Esses microrganismos são detectados pela
realização de exames laboratoriais chamados de hemoculturas (RUSCHEL et al., 2017)

A seguir, estão descritos os materiais e reagentes necessários para o


procedimento laboratorial:
Materiais Reagentes
Pinça de plástico descartável
Meio de cultura Ágar cled/Ágar Não se aplica
macconkey e Ágar thayer-martin
chocolate para hemocultura
Cabine
Estufa Bacteriológica

PROCEDIMENTO LABORATORIAL.

Primeiramente identificou-se a amostra e imprimiu-se as etiquetas de


identificação. Em seguida separou-se o meio de cultura que será utilizado, conforme a
representação na figura 18, abriu-se a amostra de sangue e trocou-se a tampa onde
ficou o meio de cultura (Figura 19). Homogeneizou-se a amostra e colocou-se na estufa
por 5 dias até perceber-se o crescimento de microrganismo.

Figura 18 - Meios de cultura que são Figura 19 - Frasco e meio de cultura


utilizados na hemocultura. utilizado.

Fonte: Master Diagnostica, 2022. Fonte: Master Diagnostica, 2022.

(http://masterdiagnostica.com.br/produto/hemobac-trifasico)

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A experiência do mercado de trabalho não tem comparação. Para um aluno que, até a
realização do estágio, não teve muito contato com um laboratório acabou sendo uma
experiência única. O início é sempre o mais difícil, muitas vezes existe o receio de fazer
qualquer procedimento por falta de confiança ou até mesmo, ter medo de errar. Mas
com o tempo percebe-se que aquele receio e medo são necessários para poder
preparar-se melhor para qualquer situação. Após o período inicial, estava inteirado e
confiante para poder realizar qualquer tarefa que me fosse dada em qualquer um dos
setores no qual fui designado. O aprendizado adquirido nesse estágio, em relação aos
3 setores apresentados, foi essencial para a formação academia, profissional e pessoal
do aluno-Estagiário.

REFERÊNCIAS

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em: http://www.profbio.com.br/aulas/ac2_07.pdf. Acesso em: 30 nov. 2022.

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do professor. In: SEMINÁRIO DE HISTÓRIA E INVESTIGAÇÕES DE/EM AULAS DE MATEMÁTICA,
2, 2008, Campinas. Anais: II SHIAM. Campinas: GdS/FE-Unicamp, 2008. v. único. p. 1-8.
Disponível em: http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/2010/artigos_teses/
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Disponível em: https://docente.ifsc.edu.br/rosane.aquino/MaterialDidatico/AnalisesClinicas/
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REDAÇÃO. “Bacterioscopia: o que é, para que serve e como é feita ”. Disponivel em:
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RUSCHEL, Denise B.; RODRIGUES, Adriana D.; FORMOLO, Fernanda. Perfil de resultados de
hemoculturas positivas e fatores associados. Revista da Sociedade Brasileira de Análises
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