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RELATÓRIO DA SIMULAÇÃO

Daniel Tarcílio de Lima Novaes Santana, Geovanna Sousa Pereira, Harleson Vieira
Ambrósio, Matheus Cafrune de Castro e Rebecca Escarlett de Lima Novaes Santana
Alunos do curso de Direito do Centro Universitário UNA Uberlândia

Na simulação da audiência de mediação do dia 11 de novembro, foram colocados em


pauta os seguintes assuntos: partilha dos bens, guarda da criança e pensão alimentícia.
A solicitante propôs que o solicitado pagasse uma pensão de R$ 15.000 (quinze mil
reais). Ela propôs também que ele cedesse sua quota-parte gratuitamente para que ela
residisse com a filha, pois, segundo ela, tem mais competência e disponibilidade, ao contrário
do pai. Todavia, a senhora Fernanda apenas sustentou a ideia de que deixa a criança com a
mãe dela, ou seja, a avó da Cecília, e com babás, pois, por conta de sua clínica médica, sequer
tem tempo de cuidar da criança.
Destaca-se que, de acordo com o Código Civil de 2002, os detentores do poder
familiar são os pais, conforme expresso no artigo 1631: “em seu artigo 1631: “Durante o
casamento e a união estável, compete o poder familiar aos pais; na falta ou impedimento de
um deles, o outro exercerá com exclusividade”. O Fábio nunca foi um pai ausente, tampouco
está impedido de exercer o poder familiar. Então, não seria justo a genitora pedir a guarda
unilateral e querer que a avó cuide dela. Sendo assim, o senhor Fábio solicitou a guarda
compartilhada, bem como a residência fixa da criança para ele. Ele ainda propôs que a
solicitante vendesse sua quota-parte para ele, em um primeiro momento, para que ele pudesse
morar ali com a Cecília. A mãe do solicitado auxiliaria ele em tarefas básicas, ao contrário da
mãe da solicitada, que faria o papel exclusivo de mãe.
Assim, a Fernanda se recusou a vender sua parte e também não aceitou comprar a
dele. O solicitado não poderia abrir mão do que é dele de direito para que a mãe da criança
residisse na casa com ela, pois, apesar da filha ficar residindo no imóvel, a mãe também
estará usufruindo desse bem. E levando em consideração que o regime do casamento é a
comunhão parcial de bens, 50% da casa, adquirida durante o casamento, é dele. Então, não
seria benéfico para o Fábio abrir mão de sua quota-parte, a menos que fosse a título oneroso.
Fábio, ainda, estaria disposto a morar com a filha em uma casa que ele adquiriu antes da
constância do casamento, caso a senhora Fernanda aceitasse comprar a quota-parte do
ex-cônjuge. Todavia, as partes não conseguiram chegar a um consenso.
Dessa forma, a única coisa que foi acordada entre ambos foi a questão da guarda
compartilhada, apesar de não ficar acertada a residência fixa da criança. Sendo assim, houve
um acordo parcial e, nesse caso, as partes assinaram o Acordo de Mediação, especificando os
pontos do conflito já acertados durante a mediação. O acordo parcial é de suma importância.
Mesmo que ele não resolva totalmente o conflito, ele otimiza o processo, porque deixa para
serem resolvidos posteriormente somente os pontos que não foram acordados na audiência.
No mais, a simulação foi extremamente produtiva e importante, não só para os integrantes do
grupo aprenderem mais sobre os meios adequados de solução de conflitos, mas também para
entenderem, na prática, como funciona uma audiência de família.

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