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I. DOS FATOS
II. DO DIREITO
Acerca do dever dos pais para com relação aos filhos cumpre ainda
mencionar que, de acordo com o art. 229, 1ª parte, da Constituição Federal dispõe que “os
pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores”. No mesmo sentido são as
disposições da Lei 8.069/90, em seu art. 22, que assevera que “aos pais incumbe o dever de
sustento, guarda e educação dos filhos menores, cabendo-lhes ainda, no interesse destes, a
obrigação de cumprir e fazer cumprir as determinações judiciais”. Frisa-se que é
justamente isso que o Requerente deseja, participar de todo o processo de criação e
educação de seu filho.
O Requerente possui direito de estar com sua filha tal como a filha
possui direito de estar com seu genitor, vez que isso é importante para a criação de laços
afetivos entre pai e filho.
O Autor destaca que não quer ser aquele pai que vê o filho apenas
de 15 em 15 dias. Ser pai vai além disso. Ser pai é estar presente na vida do filho
independente dos dias em que houver autorização para que o genitor pegue a criança e leve
para a sua casa.
Dessa forma, requer que, além dos dias estabelecidos para que o
Requerente possa levar seu filho para sua casa (finais de semana alternados), que possa ter
o direito de visitar a filha na casa da Requerida ou que possa pegá-lo mais vezes durante o
mês.
Requer, ainda, o direito de estar com seu filho no dia dos pais
(feriados em geral que não estiver trabalhando) e no dia de seu aniversário, além de estar
com o filho no natal ou ano novo, de maneira revezada ao longo dos anos, o que espera
seja deferido por Vossa Excelência.
Vale mencionar ainda que o art. 1.589 do Código Civil dispõe que o
pai ou a mãe que não esteja com a guarda dos filhos poderá visita-los e tê-los em sua
companhia, bem como fiscalizar sua manutenção e educação, ou seja, considerando que a
guarda de fato encontra-se com a Requerida, possui o Requerente o direito de estar com
seu filho conforme Vossa Excelência determinar.
Quanto ao perigo de dano este ocorre dia após dia, pois a cada dia
que o genitor é privado de estar com sua filha os laços de afinidade vão diminuindo. Não
pode o Requerente aguardar o julgamento da presente ação para só então poder exercer seu
direito previsto em lei, pois a depender da demora do julgamento sua filha pode nem o
reconhecer mais, passando a estranhar sua companhia, o que irá dificultar na convivência
entre pai e filho.
Por todo o exposto, requer seja deferido liminarmente o direito de
visitação do Autor, em finais de semana alternados, podendo o Autor pegar sua filha para
com ela passar o dia ou final de semana e, ainda, que possa visita-la na casa da Requerida
em outros dias da semana, ainda que por poucos minutos, pois o convívio de pai e filho é
muito importante para o bom desenvolvimento do menor.
V. DAS PROVAS
advogado