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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA DE

FAMÍLIA DA COMARCA DE CUIABÁ – MATO GROSSO.

..................................., devidamente representado por sua advogada


nomeada, vem respeitosamente perante Vossa Excelência, com fundamento na Lei
5.478/68; art. 1.583, 1.589 e 1.694 e ss., do Código Civil, bem como no art. 229, da
Constituição Federal, propor a presente:

AÇÃO DE GUARDA COMPARTILHADA C/C REGULAMENTAÇÃO DE VISITAS


COM PEDIDO LIMINAR

da menor..................................., pelos motivos de fato e de direito a


segui expostos.

I. DOS FATOS

O Requerente e a Requerida mantiveram relacionamento amoroso


por aproximadamente 7 anos, tendo chegado a morar juntos por certo período de tempo,
sendo que, desse relacionamento houve o nascimento da menor A. D. R. C., hoje com 11
meses de idade.
Após a separação, a requerida ajuizou uma ação de alimentos
contra o requerente, resultando em um acordo judicial que estipulou o pagamento de R$
500,00 (quinhentos reais) a título de pensão alimentícia. Além disso, o acordo definiu que a
guarda da filha seria unilateral em favor da genitora, com residência fixa no lar materno, e
que o direito de convivência do genitor seria exercido de forma livre , devendo este avisar a
genitora com antecedência.

O ajuizamento da presente ação se faz necessário pelo fato de que a


Requerida vem criando obstáculos ao direito de visitas do Requerente, não deixando este
visitar sua filha e privando a mesma da convivência com seu genitor, conforme demonstra
os prints do WhatsApp em anexo.

Em outras palavras, a genitora está obstruindo o exercício regular


do direito de convívio familiar entre pai e filho, conforme pactuado judicialmente no
acordo homologado por sentença, no qual foi ajustada o valor do pesão, a guarda da filha
menor e o direito de convivência do genitor.

O Requerente e a Requerida não residem mais juntos, ao passo que


o Autor pretende obter a guarda compartilhada da menor e exercer seu direito de visitas,
para que possa cumprir seu dever de pai, ou seja, o mesmo quer ter o direito de poder
conviver com sua filha.
A Requerida está impedindo o Requerente de ver a filha porque
recentemente ambos tentaram uma reaproximação que não deu certo. A partir desse
episódio, a genitora não está permitindo que o Requerente visite a menor. Tal atitude
demonstra a intenção da Requerida de prejudicar os interesses tanto do Requerente quanto
do filho.
Vale ressaltar ainda que o Requerente tem pago o valor mensal a
título de pensão estipulado na ação anteriormente ajuizada.

No entanto, ajuíza a presente ação para que seja arbitrado um valor


judicial a título de pensão alimentícia, bem como para que seja garantido o direito de
visitas do Autor, para que possa conviver com seu filho, participar de seu crescimento,
criar laços afetivos, etc.
Em nenhum momento o Autor quis fugir de suas responsabilidades
de pai, tanto que extrajudicialmente ofertou pensão alimentícia, o que foi recusado pela
Requerida, mas também quer exercer seus direitos.

Assim, ajuíza a presente ação para que, ao final, Vossa Excelência


reconheça como correto o valor ofertado pelo Autor a título de pensão alimentícia, bem
como defina a guarda compartilhada do menor entre as partes, para que fique
regulamentado, ainda, o direito de visitas.

II. DO DIREITO

II.I - DA JUSTIÇA GRATUITA

O Requerente não possui no momento condições para arcar com o


pagamento das custas e despesas processuais sem prejuízo do próprio sustento e do
sustento de sua família.

É bem verdade que o patrono desta ação é advogado particular,


porém isso não desconfigura sua insuficiência de recursos, conforme preceitua o art. 99, §
4º, do CPC.
Pelo exposto, junta declaração de hipossuficiência econômica para
fins judiciais e pleiteiam o deferimento dos benefícios da justiça gratuita assegurados pelo
Art. 5º, LXXIV, CRFB/88, e pelo Art. 98 e ssss., do CPC, uma vez que, se indeferido o
pedido, restará prejudicado o acesso ao Poder Judiciário, ferindo as disposições contidas na
alínea a, do inciso XXXIV, do Art. 5º, da Constituição da Republica Federativa do Brasil.

II.II - DA GUARDA COMPARTILHADA E DA


REGULAMENTAÇÃO DE VISITAS

No acordo judicial realizado, ficou estabelecido que a guarda seria


unilateral, uma vez que a menor tinha pouquíssimos meses de vida na época da propositura
da ação. Contudo, o genitor interpretou que as visitas seriam sempre possíveis, uma vez
que não foi estipulado com precisão no acordo.

Ocorre que, desde que o Requerente deixou de morar sob o mesmo


teto que a Requerida, há aproximadamente 8 meses, a guarda de fato vem sendo exercida
unilateralmente por ela. O genitor não tem conseguido ver sua filha com a mesma
frequência que tinha antes, e, por esse motivo, deseja obter a guarda compartilhada da
menor. Isso possibilitaria que ele exercesse plenamente todos os seus direitos, bem como
cumprisse com seus deveres advindos desse mister.

O instituto da guarda é regulamentado pelo Código Civil, que


assim dispõe em seu artigo 1.583, verbis:

Art. 1.583. A guarda será unilateral ou compartilhada.

§ 1º Compreende-se por guarda unilateral a atribuída a um só dos


genitores ou a alguém que o substitua (art. 1.584, § 5o) e, por
guarda compartilhada a responsabilização conjunta e o exercício
de direitos e deveres do pai e da mãe que não vivam sob o mesmo
teto, concernentes ao poder familiar dos filhos comuns.

§ 2º Na guarda compartilhada, o tempo de convívio com os filhos


deve ser dividido de forma equilibrada com a mãe e com o pai,
sempre tendo em vista as condições fáticas e os interesses dos
filhos:

§ 3º Na guarda compartilhada, a cidade considerada base de


moradia dos filhos será aquela que melhor atender aos interesses
dos filhos.

Conforme descrição dos artigos acima, há possibilidade de a


guarda dos filhos ser compartilhada entre ambos os genitores, de forma que o tempo
de convívio com os filhos deva ser dividido de forma equilibrada entre ambos.

O Autor tem plena ciência das obrigações que a guarda


compartilhada lhe traz e tem plenas condições de exercer o encargo, de poder passar mais
tempo com sua filha, de acompanhar seu crescimento, participar de sua educação, etc.

Não pode a Requerida, sem justo motivo, impedir que o


Requerente exerça seu direito de guarda da sua filha, de visita-la e de estar com ela.
Esse é um direito tanto do Requerente, na condição de pai da menor, quanto da
menor, na condição de filho.

Acerca do dever dos pais para com relação aos filhos cumpre ainda
mencionar que, de acordo com o art. 229, 1ª parte, da Constituição Federal dispõe que “os
pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores”. No mesmo sentido são as
disposições da Lei 8.069/90, em seu art. 22, que assevera que “aos pais incumbe o dever de
sustento, guarda e educação dos filhos menores, cabendo-lhes ainda, no interesse destes, a
obrigação de cumprir e fazer cumprir as determinações judiciais”. Frisa-se que é
justamente isso que o Requerente deseja, participar de todo o processo de criação e
educação de seu filho.
O Requerente possui direito de estar com sua filha tal como a filha
possui direito de estar com seu genitor, vez que isso é importante para a criação de laços
afetivos entre pai e filho.

O fato de a criança ainda ter poucos meses de vida não é uma


justificativa hábil para que a Requerida impeça o Autor de visitar sua filha ou de passar
alguns dias com ela, uma vez que a criança já não está em fase de amamentação e não
demanda cuidados específicos da genitora.

Sendo assim, da mesma forma que o Requerente cumpre seus


deveres que poder exercer seus direitos, conviver com o filho, dar amor, carinho e
educação. É um direito que não lhe deve ser tirado sem justificativa plausível.

Urge salientar que não mais se pode aceitar o conceito atrasado e


generalizado de que “o pai paga pensão e a mãe cuida”. De fato, há inúmeros pais que
sequer pagam pensão alimentícia, quem dirá querer visitar os filhos. Mas esse tipo de pai
não representa o Autor. Este, além de já pagar o plano de saúde do menor e de ajudar nas
demais despesas, vem ofertar alimentos, porque sabe que é seu dever contribuir para o
sustento do menor, e também quer o direito de convivência com seu filho.

Vejamos o entendimento de alguns tribunais sobre a guarda


compartilhada:
RECURSO ESPECIAL. DIREITO DE FAMÍLIA. GUARDA
COMPARTILHADA. REGRA DO SISTEMA. ART. 1.584, § 2º, DO
CÓDIGO CIVIL. CONSENSO DOS GENITORES.
DESNECESSIDADE. ALTERNÂNCIA DE RESIDÊNCIA DA
CRIANÇA. POSSIBILIDADE. MELHOR INTERESSE DO
MENOR. 1. A instituição da guarda compartilhada de filho não se
sujeita à transigência dos genitores ou à existência de naturais
desavenças entre cônjuges separados. 2. A guarda compartilhada é
a regra no ordenamento jurídico brasileiro, conforme disposto no
art. 1.584 do Código Civil, em face da redação estabelecida pelas
Leis nºs 11.698/2008 e 13.058/2014, ressalvadas eventuais
peculiariedades do caso concreto aptas a inviabilizar a sua
implementação, porquanto às partes é concedida a possibilidade
de demonstrar a existência de impedimento insuperável ao seu
exercício, o que não ocorreu na hipótese dos autos. 3. Recurso
especial provido. (STJ - REsp: 1591161 SE 2015/0048966-7,
Relator: Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, Data de
Julgamento: 21/02/2017, T3 - TERCEIRA TURMA, Data de
Publicação: DJe 24/02/2017) – grifos acrescidos.

APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO DE FAMÍLIA. GUARDA.


SENTENÇA QUE ESTABELECEU A GUARDA EM FAVOR DO
GENITOR. INSURGÊNCIA DA AUTORA. FIXAÇÃO DA
GUARDA NA FORMA COMPARTILHADA. RESIDÊNCIA DO PAI
ESTABELECIDA COMO MORADIA PRINCIPAL DO FILHO.
ESTUDO SOCIAL COMPATÍVEL COM O EXERCÍCIO DA
GUARDA POR AMBOS OS GENITORES RECURSO
CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO. A guarda
compartilhada tornou-se uma alternativa jurídica para minimizar
o sofrimento dos filhos em decorrência da separação dos pais.
Visa-se preservar o convívio sadio e menos beligerante possível
para os menores em relação aos genitores, objetivando que os
tumultos conjugais não interfiram na relação pais-filhos-família. E
mais, que o comprometimento parental permaneça intocável
preservando também o núcleo familiar que não se desfaz pela
separação do casal, visto que desta forma traz muito menos
malefícios à prole do que quando regulada minuciosamente as
visitas. (TJ-SC - AC: 00126829120128240011 Brusque 0012682-
91.2012.8.24.0011, Relator: Sebastião César Evangelista, Data de
Julgamento: 10/08/2017, Segunda Câmara de Direito Civil) –
grifos acrescidos.

EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO CIVIL. AÇÃO DE


REGULAMENTAÇÃO DE GUARDA. DEFINIDA A GUARDA
COMPARTILHADA POR SER A REGRA ATUAL. NÃO
COMPROVADA A INAPTIDÃO DO GENITOR. SENTENÇA
MANTIDA. RECURSO DESPROVIDO. 1. A redação atual do
artigo 1.584, § 2º Código Civil (introduzido pela Lei 13.058/14)
dispõe que a guarda compartilhada é a regra e há ser aplicada,
mesmo em caso de dissenso entre o casal, somente não se
aplicando na hipótese de inaptidão por um dos genitores ao
exercício do poder familiar ou quando algum dos pais
expressamente declarar o desinteresse em exercer a guarda. 2. A
chamada guarda compartilhada não consiste em transformar o
filho em objeto, que fica à disposição de cada genitor por um
determinado período, mas uma forma harmônica ajustada pelos
genitores, que permita à criança desfrutar tanto da companhia
paterna como da materna, num regime de visitação bastante amplo
e flexível, mas sem que ele perca seus referenciais de moradia. 3.
Nos termos do voto do relator, recurso conhecido e desprovido.
(TJ-PA - APL: 00359433320138140301 BELÉM, Relator:
LEONARDO DE NORONHA TAVARES, Data de Julgamento:
26/06/2017, 1ª TURMA DE DIREITO PRIVADO, Data de
Publicação: 30/06/2017) – grifos acrescidos.

Conforme disposições acima, o entendimento dos tribunais reforça


as disposições legais já mencionadas no sentido de que a guarda compartilhada é a regra,
de forma que melhor preserva os interesses do menor.

Pelo fato de o menor não possuir ainda nem 1 ano de idade, o


Requerente não se opõe que seja fixado o domicílio do infante na residência da Requerida.
No entanto, pleiteia o direito de visitar o filho na forma determinada por Vossa Excelência,
bem como o direito de passar finais de semanas alternados com o menor.

O Autor destaca que não quer ser aquele pai que vê o filho apenas
de 15 em 15 dias. Ser pai vai além disso. Ser pai é estar presente na vida do filho
independente dos dias em que houver autorização para que o genitor pegue a criança e leve
para a sua casa.

Os tribunais vêm entendendo que o direito de visitas não deve ser


limitado a apenas uma vez por semana ou de 15 em 15 dias, senão vejamos:

DIREITO CIVIL. DIREITO DE FAMÍLIA. APELAÇÃO CÍVEL.


GUARDA COMPARTILHADA. DIREITO DE VISITA UMA VEZ
POR SEMANA. APELO PROVIDO. 1) A guarda compartilhada
consiste na responsabilização conjunta e o exercício de direitos e
deveres do pai e da mãe que não vivam sob o mesmo teto, razão
pela qual não há motivos para que se estabeleça ao pai o direito
de visita somente uma vez na semana; 2) Apelo provido para
estabelecer o exercício do direito de visitas ao pai aos finais de
semana alternados, com pernoite; 3) Recurso provido. (TJ-AP -
APL: 00053244820168030002 AP, Relator: Juíza Convocada
STELLA SIMONNE RAMOS, Data de Julgamento: 24/08/2017,
Tribunal) – grifos acrescidos.

APELAÇÃO. GUARDA COMPARTILHADA. Sentença de


procedência. Estabelecida a residência da menor no lar materno e
deferida a guarda compartilhada, com ampliação do regime de
visitas do genitor. Inconformismo da requerida. Alegado fator
prejudicial ao desempenho escolar da criança a mudança abrupta
na rotina, considerando a distância entre a cidade do pai e a
escola. Afastamento. Cidades próximas. Não demonstrado motivo
justo para o impedimento da ampliação das visitas. Pequeno ajuste
no regime anteriormente fixado, com ampliação do direito de
visitas do genitor. Convivência equilibrada entre a infante e o
genitor deve ser estimulada. Princípio do melhor interesse do
menor. Sentença mantida. RECURSO NÃO PROVIDO. (TJ-SP -
AC: 10058423720158260577 SP 1005842-37.2015.8.26.0577,
Relator: Silvia Maria Facchina Esposito Martinez, Data de
Julgamento: 08/10/2019, 10ª Câmara de Direito Privado, Data de
Publicação: 14/10/2019) – grifos acrescidos.

Nos termos da jurisprudência pode o genitor ter seu direito de


visitas ampliados se isso não prejudicar o melhor interesse do filho menor. No caso destes
autos, não há nada que possa impedir que o Requerente passe mais tempo com seu filho.
Esse convívio por um período maior é primordial para a criação de laços afetivos na
relação de pai e filho.

Dessa forma, requer que, além dos dias estabelecidos para que o
Requerente possa levar seu filho para sua casa (finais de semana alternados), que possa ter
o direito de visitar a filha na casa da Requerida ou que possa pegá-lo mais vezes durante o
mês.
Requer, ainda, o direito de estar com seu filho no dia dos pais
(feriados em geral que não estiver trabalhando) e no dia de seu aniversário, além de estar
com o filho no natal ou ano novo, de maneira revezada ao longo dos anos, o que espera
seja deferido por Vossa Excelência.

III. DA TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA

III.I - DO DIREITO DE VISITAS

O objetivo da presente ação é de obter a guarda compartilhada da


filha menor A. D. R. C, bem como o direito a regulamentação das visitas. No entanto, até
que se finde o processo, requer seja determinado por Vossa Excelência o direito de visitas
do Requerente a sua filha menor, uma vez que, conforme já dito, a Requerida está
dificultando o direito do Autor de estar com sua filha.

Dessa forma, ao aguardar o provimento jurisdicional final, o que


pode demorar em razão da morosidade da justiça, o Requerente será prejudicado e privado
de conviver com sua filha, o que vai contra o objetivo da lei ao regulamentar os direitos e
obrigações dos genitores para com os filhos.

Acerca do direito à visitação, assim dispõe a doutrina de Maria


Berenice Dias [1]:
A visitação não é somente um direito assegurado ao pai ou à mãe,
é direito do próprio filho de com eles conviver, o que reforça os
vínculos paterno e materno-filial. (...) Consagrado o princípio
proteção integral, em vez de regulamentar as visitas, é necessário
estabelecer formas de convivência, pois não há proteção possível
com a exclusão do outro genitor. (grifos acrescidos)

Pelas disposições supra, no momento em que o genitor, ora


Requerente, é privado de poder visitar sua filha e de com ela estar, o mais prejudicado é o
menor, que está tendo ferido seu direito de convivência com seu genitor, direito este que,
por mais que a criança possua poucos meses, é de suma importância para a criação de laços
afetivos entre pai e filho.

Vale mencionar ainda que o art. 1.589 do Código Civil dispõe que o
pai ou a mãe que não esteja com a guarda dos filhos poderá visita-los e tê-los em sua
companhia, bem como fiscalizar sua manutenção e educação, ou seja, considerando que a
guarda de fato encontra-se com a Requerida, possui o Requerente o direito de estar com
seu filho conforme Vossa Excelência determinar.

Acerca da tutela de urgência pleiteada, o art. 300, do CPC, dispõe


que, “a tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a
probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo”, bem
como quando não houver perigo de irreversibilidade da decisão (art. 300, § 3º, CPC).

No caso destes autos a probabilidade do direito do Autor vem


demonstrada pela certidão de nascimento em anexo que comprova que a menor
AURORA, é sua filha, de modo que este fato, por si só, garante o direito de visitação e
convívio com o menor, vez que não há nenhuma justificativa plausível para que a
Requerida possa impedir ou dificultar o exercício desse direito.

Quanto ao perigo de dano este ocorre dia após dia, pois a cada dia
que o genitor é privado de estar com sua filha os laços de afinidade vão diminuindo. Não
pode o Requerente aguardar o julgamento da presente ação para só então poder exercer seu
direito previsto em lei, pois a depender da demora do julgamento sua filha pode nem o
reconhecer mais, passando a estranhar sua companhia, o que irá dificultar na convivência
entre pai e filho.
Por todo o exposto, requer seja deferido liminarmente o direito de
visitação do Autor, em finais de semana alternados, podendo o Autor pegar sua filha para
com ela passar o dia ou final de semana e, ainda, que possa visita-la na casa da Requerida
em outros dias da semana, ainda que por poucos minutos, pois o convívio de pai e filho é
muito importante para o bom desenvolvimento do menor.

Vale ressaltar, que o trabalha com “Manutenção de piscinas” das

IV. DOS PEDIDOS

Por todo o exposto, requer a Vossa Excelência:

a) A citação da Requerida para responder aos termos do presente,


sob pena de sofrer os efeitos da revelia e serem reputados como verdadeiros os fatos
alegados nesta inicial;
b) O deferimento da tutela de urgência em caráter liminar para:

b.1) Deferir o direito de visitas do Autor em finais de semanas


alternados, podendo levar o filho para sua residência para passar o dia ou final de semana,
bem como garantir o direito de visitar a menor na casa da Requerida, devendo ser
determinado que esta não dificulte nem impeça o exercício desse direito pelo Autor.

c) O julgamento totalmente procedente dos pedidos autorais para,


ao final, determinar a guarda compartilhada do menor e regulamentar o direito de visitas
do Requerente, nos moldes pleiteados, bem como para confirmar a tutela de urgência,
conforme ofertado nessa exordial;

d) A designação de audiência de conciliação, nos termos do art.


695, do CPC;
e) A intimação do Ministério Público para intervir no presente feito,
nos termos do art. 178, II, e art. 698, ambos do CPC, haja vista a existência de interesse de
incapaz;
f) A concessão dos benefícios da Justiça Gratuita, nos moldes do
art. 98, do CPC;
g) A condenação da Requerida ao pagamento das custas e despesas
processuais, bem como em honorários de sucumbência no importe de 20% (vinte por
cento) sobre valor da causa.

V. DAS PROVAS

Por fim, protesta provar o alegado por todos os meios de prova em


direito admitidos, em especial depoimento pessoal da Requerida, oitiva de testemunhas,
provas documentais, dentre outras legalmente permitidas e que desde já se requer.

VI. DO VALOR DA CAUSA

Dá-se à causa do valor de R$ ........................ , nos termos do art.


292, III e VI, do CPC.
Termos em que,

Pede e espera deferimento.

Cuiabá, 14 de novembro de 2023.

advogado

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