AUDITOR FISCAL DA RECEITA FEDERAL
Direito Tributário
Tributos Federais
• Impostos Federais
• Contribuições Federais
Impostos federais estudados nas
disciplinas Legislação Tributária Federal e
Legislação Aduaneira
• Imposto de Importação – II
• Imposto de Exportação – IE
• Imposto de Renda – IR
• Imposto sobre Produtos
Industrializados – IPI
• PIS/PASEP, COFINS, e CIDE-
Combustível devidas nas importações
Imposto sobre Operações Financeiras –
IOF
• Base de incidência: operações de
crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos
ou valores mobiliários (CF, art. 153, V).
• Natureza: extrafiscal
(exceções/mitigações aos princípios da
legalidade e anterioridade).
• Incidência sobre ouro: quando ativo
fixo ou instrumento cambial.
• Legislação: CTN e Decreto
6.306/2007 (leitura recomendada)
IOF sobre ouro (CF, art. 153, § 5º)
• Incidência restrita: devido apenas na
operação de origem (incidência apenas sobre
1ª operação – L 8.033/90 X RE 190.363 X Res.
52/99).
• Alíquota mínima: 1% (um por cento).
• Repartição de receitas
IOF – Fato Gerador (CTN, art. 63) -
operações
• de crédito: entrega (total ou parcial) do
montante ou colocação à disposição.
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• de câmbio: entrega de moeda
nacional ou estrangeira (ou de documento que
a represente) ou colocação à disposição.
• de seguro: emissão da apólice ou
documento equivalente ou recebimento do
prêmio.
• relativas a títulos ou valores
mobiliários: emissão, pagamento,
transmissão ou resgate.
• Súmula 664 do STF
• É inconstitucional o inciso V do art. 1º
da lei 8033/1990, que instituiu a incidência do
imposto nas operações de crédito, câmbio e
seguros - IOF sobre saques efetuados em
caderneta de poupança.
Base de cálculo (CTN, art. 64)
Contribuintes e Responsáveis
• Contribuintes: qualquer das partes na
operação tributada, cf. dispuser a lei.
• Contribuintes previstos em lei
(Decreto 6.036/2007): tomadores de crédito,
compradores e vendedores de moeda
estrangeira, segurados, adquirentes de títulos
e titulares de aplicações financeiras.
• Responsáveis: instituições
financeiras.
Imposto Territorial Rural – ITR
• Base de incidência: propriedade
territorial rural (CF, art. 153, VI).
• Legislação: CTN e Lei 9.393/96
(leitura recomendada)
• Natureza: extrafiscal – alíquota fixadas
de forma a desestimular propriedades
improdutivas (CF, art. 153, § 4º, I).
• Alíquotas progressivas:
inversamente proporcionais ao grau de
utilização de cada imóvel.
Tabela de Alíquotas (L 9393, art. 11 c/c
Anexo I)
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Base de cálculo
• CTN, art. 30 – valor fundiário.
• Lei 9.393/96, art. 11 – valor da terra nua
tributável (VTNt)
• Valor da terra nua: é o valor do imóvel
excluídos os valores relativos a: a)
construções, instalações e benfeitorias; b)
culturas permanentes e temporárias; c)
pastagens cultivadas e melhoradas; d)
florestas plantadas;
• Área tributável: é a área total do
imóvel, menos as áreas: a) de preservação
permanente e de reserva legal; b) de interesse
ecológico; c) comprovadamente imprestáveis
para qualquer exploração agrícola, pecuária,
granjeira, aqüícola ou florestal;
Imunidade Tributária Específica
• não incidirá sobre pequenas glebas
rurais, definidas em lei, quando as explore o
proprietário que não possua outro imóvel (CF,
art. 153, § 4º, II)
Definições legais (Lei 9.393/96, art. 2º caput
e § único)
• exploração só ou com sua família.
• definição de pequena gleba rural
Pequena gleba rural
• pequenas glebas rurais são os imóveis
com área igual ou inferior a :
I - 100 ha, se localizado em município
compreendido na Amazônia Ocidental ou no
Pantanal mato-grossense e sul-mato-
grossense;
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II - 50 ha, se localizado em município
compreendido no Polígono das Secas ou na
Amazônia Oriental;
III - 30 ha, se localizado em qualquer outro
município.
Delegação de cobrança para Municípios
• Fundamento: art. 150, § 4º, III da CF.
• Natureza: delegação de capacidade
tributária ativa (arrecadar/fiscalizar) aos
municípios que optarem, na forma da lei (Lei
11.250/05).
• Condições:
- Celebração de convênio da União com
os Municípios que optarem.
- Totalidade do produto da arrecadação
fica com Município optante (CF, art. 158, II).
Fato gerador
• a propriedade, o domínio útil ou a
posse de imóvel por natureza, como definido
na lei civil, localização fora da zona urbana
do Município (CTN, art. 29) – critério
geográfico
Portanto, zona rural é definida por
exclusão.
• Momento: dia 1º de janeiro de cada ano
(Lei 9.393/96, art. 1º).
Zona Urbana (CTN, art. 32, § 1º)
• definida em lei municipal com pelo
menos dois melhoramentos construídos ou
mantidos pelo Poder Público, entre os
seguintes: I - meio-fio ou calçamento, com
canalização de águas pluviais; II -
abastecimento de água; III - sistema de
esgotos sanitários; IV - rede de iluminação
pública, com ou sem posteamento para
distribuição domiciliar; V - escola primária ou
posto de saúde a uma distância máxima de 3
(três) quilômetros do imóvel considerado.
• Jurisprudência do STJ – critério da
destinação do uso do imóvel
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• “a jurisprudência desta Corte Superior
é no sentido de que incide o ITR, e não o IPTU,
sobre imóveis que sejam comprovadamente
utilizados em exploração extrativa, vegetal,
agrícola,pecuária ou agroindustrial, ainda que
localizados em áreas consideradas
urbanas por legislação municipal” (STJ, AgRg
no AREsp 80947 / ES, Min Mauro Campbell,
DJE 08.03.2012).
Contribuinte do ITR
• proprietário, titular do domínio útil ou
possuidor a qualquer título (CTN, art. 31).
Jurisprudência do STJ sobre contribuinte
• Não pode sofrer exação proprietário de
imóvel invadido pelo MST, pois não tem a
propriedade plena e seria uma iniquidade
(Resp 1.144.982-PR).
Contribuições para o PIS/PASEP
• Fundamento: CF, art. 239 e Leis
complementares 7/70 e 8/70.
• PIS: integração social (do empregado
na vida e no desenvolvimento das empresas).
• PASEP: formação do patrimônio do
servidor público.
• CF/88, art. 239: passa a financiar, nos
termos da lei, o seguro desemprego e o abono
salarial anual.
COFINS – Contribuição para Financiamento
da Seguridade Social
• Fundamento: CF, art. 195, I, “b” e Lei
complementar 70/91.
• Fato gerador: auferir faturamento.
• Base de cálculo: faturamento mensal
(= receita bruta – deduções legais).
• Contribuinte: pessoas jurídicas de
direito privado ou as que lhes são equiparadas,
nos termos da legislação do IR.
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Regimes de Tributação das Contribuições
para o PIS/PASEP e da COFINS
• Legislação conjunta
• Tributação cumulativa: Lei 9.718/98
• Tributação não-cumulativa: Lei
10.637/2002 (PIS/PASEP) e Lei 10.833/2003
(COFINS)
• Importante fonte de estudo: site da
SRFB.
http://www.receita.fazenda.gov.br/pessoaju
ridica/pispasepcofins/
Tributação cumulativa
• Alíquotas: 0,65 (PIS/PASEP) e 3%
(COFINS).
• Deduções da base de cálculo: 1. das
receitas isentas ou não alcançadas pela
incidência da contribuição ou sujeitas à
alíquota 0 (zero); 2. das vendas canceladas; 3.
dos descontos incondicionais concedidos; 4.
do IPI; 5. do ICMS, quando destacado em nota
fiscal e cobrado pelo vendedor dos bens ou
prestador dos serviços na condição de
substituto tributário; 6. das reversões de
provisões; 7. das recuperações de créditos
baixados como perdas, que não representem
ingresso de novas receitas; 8. dos resultados
positivos da avaliação de investimentos pelo
valor do patrimônio líquido; 9. dos lucros e
dividendos derivados de investimentos
avaliados pelo custo de aquisição, que tenham
sido computados como receita; 10. das
receitas não-operacionais, decorrentes da
venda de bens do ativo permanente.
Tributação não-cumulativa
• Alíquotas: 1,65% (PIS/PASEP) e 7,6%
(COFINS).
• Deduções da base de cálculo: há
deduções próprias (diferenciadas em relação
ao regime cumulativo).
• Efeito da não-cumulatividade: direito
ao desconto de créditos com base em custos,
despesas e encargos da pessoa jurídica.
Tributação não-cumulativa
• Receita excluídas da tributação não-
cumulativa: os custos, despesas e encargos
vinculados a essas receitas não geram direito
ao desconto de créditos.
• Fundamento: L 10.637, art. 8º / L
10.833, art. 10.
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• Exemplos: serviços de comunicação,

serviços de transporte coletivo, vendas de
jornais e periódicos, venda de álcool para fins
carburantes etc.

Atenção:
• PIS/PASEP e COFINS devidas nas
importações: vide Legislação Aduaneira.
• Imunidades: receitas decorrentes de
exportação (objetiva prevista no art. 149, §
2 º , I) e entidades beneficentes de assistência
social que atendam as exigências
estabelecidas em lei (sujetiva prevista no art.
195, § 7 º ).
• Isenções: previstas em lei.

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