Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Centro de Tecnologia e Ciências

Faculdade de Engenharia
Laboratório de Materiais Elétricos e Magnéticos
Turma 1

Bruna Reis Ramella

Experimento 1
Eletrólise

Professor: Carlos Eduardo dos Santos Leal

Data da Experiência: 23/11/22

Rio de Janeiro
2022
 RESUMO

RAMELLA, Bruna Reis. Experiência 1: Eletrólise. 11f. Relatório de Materiais Elétricos e

Magnéticos de Graduação em Engenharia Elétrica – Faculdade de Engenharia, Universidade
do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2022.

Este trabalho apresenta o estudo experimental da Eletrólise.

Palavras-chave: Eletrólise da água; corrente; eletrólitos

 SUMÁRIO

1 Objetivo do experimento ................................................................................................................................. 4

2 Introdução Teórica........................................................................................................................................... 4
3 Materiais utilizados ......................................................................................................................................... 4
3.1 Multímetro digital .................................................................................................................................. 5
3.2 Eletrodos de Grafite e cuba de água ....................................................................................................... 5
3.3 Fonte de Tensão DC............................................................................................................................... 6
3.4 Circuito Experimental ............................................................................................................................ 6
4 Procedimento Experimental ............................................................................................................................ 7
4.1 Montagem do Circuito ........................................................................................................................... 7
4.2 Medições ................................................................................................................................................ 7
4.2.1 Situação 1 - Água sem sal.................................................................................................................. 7
4.2.2 Situação 2 - Água com 1g de sal: ...................................................................................................... 8
4.2.3 Situação 3 - Água com 2g de sal: ...................................................................................................... 8
4.2.4 Situação 4 - Água com 3g de sal: ...................................................................................................... 9
4.2.5 Situação 5 - Água com 4g de sal: ...................................................................................................... 9
4.2.6 Situação 6 - Água com 5g de sal: .................................................................................................... 10
5 Resultados ..................................................................................................................................................... 10
6 Conclusão ...................................................................................................................................................... 11
7 Referências .................................................................................................................................................... 11
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1 OBJETIVO DO EXPERIMENTO

Estudar os processos eletroquímicos decorrentes da passagem de corrente elétrica através de

líquidos condutores.

2 INTRODUÇÃO TEÓRICA

A eletrólise é um processo não espontâneo, que consiste na circulação de corrente por um

sistema ionizado, resultando em reações químicas de oxirredução, causadas pelos íons livres do
meio.
A eletrólise da água, especificamente, é a decomposição da molécula de H2O em O2 e 2H2, que
ocorre com a passagem de corrente elétrica por ela. Esse processo ocorre ao inserir na água dois
eletrodos (no caso desse experimento, o grafite) responsáveis por fechar o circuito. Nesses
eletrodos ocorre a deposição dos íons separados no processo: no anodo origina-se o oxigênio,
enquanto no catodo origina-se o hidrogênio, que são as bolhas a serem observadas na água
durante a passagem da corrente.
A água pura, ou seja, apenas com moléculas de H2O, necessita de uma quantidade energia muito
grande para que o processo ocorra, visto que é uma boa isolante. Dessa forma, com o objetivo
de facilitar a ocorrência do fenômeno, adiciona-se à água eletrólitos, que, em solução aquosa
formam íons positivos e negativos e, consequentemente, elétrons livres, facilitando a passagem
da corrente elétrica. Comumente, utiliza-se o sal de cozinha (NaCl) como o eletrólito necessário
para o processo.

3 MATERIAIS UTILIZADOS

Entre os materiais utilizados estão:

• 1 Multímetro digital MD-6400;
• 1 Multímetro digital ET-1649;
• 2 Eletrodos de grafite;
• 5 g de Cloreto de Sódio (sal de cozinha);
• Fios de conexão;
• Água;
• Cuba pequena;
• Fonte de tensão DC 12 V / 10 A
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3.1 Multímetro digital

A Figura 1 apresenta os multímetros usados para aferição das correntes e tensões medidas
durante o experimento.

Figura 1 – Multímetros Digitais

Fonte: A autora

3.2 Eletrodos de Grafite e cuba de água

A Figura 2 apresenta os eletrodos de grafite posicionados nos polos positivo e negativo do
circuito e imersos na cuba de água. Nos eletrodos, observar-se-á a formação de bolhas de ar.

Figura 2 – Eletrodos na cuba

Fonte: A autora
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3.3 Fonte de Tensão DC

A Figura 3 apresenta a fonte de tensão DC usada para alimentar o circuito do experimento.

Figura 3 – Fonte de Tensão DC

Fonte: A autora

3.4 Circuito Experimental

As Figuras 4 e 5 apresentam o circuito experimental montado no laboratório para a realização
do experimento.

Figura 4 – Circuito teórico Figura 5 – Circuito experimental

Fonte: Roteiro experimental Fonte: A autora

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4 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

4.1 Montagem do Circuito

Para realização do experimento em questão, foi, inicialmente, montado o circuito apresentado
na Figura 5. Como apresentam as Figuras 4 e 5, foi inserida uma fonte de tensão DC em série
com os eletrodos de grafite, esses inseridos na cuba cheia de água. A fonte foi ajustada para
fornecer ao circuito 12V. Para realização das medições de tensão e corrente, foram inseridos
em serie e em paralelo 2 multímetros. O primeiro com a função de amperímetro, enquanto o
segundo com a função de voltímetro.

4.2 Medições
As medições de corrente e tensão no circuito foram realizadas 6 vezes: primeiramente sem
adição de sal à água presente na cuba e as outras 5 vezes com a adição de 1g de sal a cada
medição. As subseções desse item 4.2 mostrarão esse procedimento.

4.2.1 Situação 1 - Água sem sal

Nessa etapa, os eletrodos de grafite são imersos à água teoricamente deionizada (os canos pelos
quais a água passa até chegar na torneira acabam ionizando levemente a água). O esperado
nessa etapa é que não exista nenhuma corrente no circuito, justamente por conta da falta de íons
livres. No entanto, por conta da inevitável ionização da água da torneira, o amperímetro indicou
uma pequena corrente de 9 mA na situação 1, enquanto a tensão medida foi de 11,98 V, como
mostra a Figura 6. Por conta de a corrente ser tão pequena, não se observou formação de bolha
nos eletrodos.

Figura 6 – Medições 1

Fonte: A autora
 8

4.2.2 Situação 2 - Água com 1g de sal:

Nessa etapa, adicionou-se 1g de sal à água, ionizando-se a solução, de forma a criar um meio
com elétrons livres e, portanto, susceptível à passagem de corrente. Nesse caso, coletou-se uma
corrente de 0,554 A e uma tensão de 12,14 V, como mostra a figura 7. Com o aumento da
corrente, passou-se a observar a formação, ainda singela, de bolhas no grafite, como mostra a
figura 8.

Figura 7 – Medições 2 Figura 8 – Bolhas - caso 2

Fonte: A autora Fonte: A autora

4.2.3 Situação 3 - Água com 2g de sal:

Na situação 3, adiciona-se mais 1g de sal à solução, totalizando 2g de sal na água, que agora
apresenta-se mais ionizada. Portanto, a corrente coletada foi de 0,979 A, e a tensão 11,94 V,
vide figura 9. Com a corrente praticamente dobrando, a formação de bolhas se intensificou,
como mostra a figura 10.

Figura 9 – Medições 3 Figura 10 – Bolhas - caso 3

Fonte: A autora Fonte: A autora

 9

4.2.4 Situação 4 - Água com 3g de sal:

Com a adição de mais 1g de sal, totalizando 3g, a corrente coletada foi de 1,307 A e a tensão,
de 11,96 V, tal como Figura 11. A figura 12 aponta uma solução cada vez mais escura, visto
que, com o aumento da corrente, a oxirredução intensifica-se e há o desgaste do grafite, que
acaba “colorindo” a água.

Figura 11 – Medições 4 Figura 12 – Bolhas - caso 4

Fonte: A autora Fonte: A autora

4.2.5 Situação 5 - Água com 4g de sal:

Com 4g de sal na solução, a corrente observada foi de 1,497 A, enquanto a tensão foi de 11,94
V, como mostra a figura 13. Na figura 14, observa-se a formação das bolhas e a coloração da
solução.

Figura 13 – Medições 5 Figura 14 – Bolhas - caso 5

Fonte: A autora Fonte: A autora

 10

4.2.6 Situação 6 - Água com 5g de sal:

Por fim, adicionando-se o 1g final de sal à solução, observa-se uma grande formação de
bolhas nos eletrodos, vide Figura 16, e corrente de 2,046 A, enquanto tensão de 12,04 V, vide
Figura 15

Figura 15 – Medições 6 Figura 16 – Bolhas - caso 6

Fonte: A autora Fonte: A autora

5 RESULTADOS

Na Tabela 1 estão presentes os resultados coletados e apontados na seção 4.2:

Tabela 1 – Resultados

Quantidade de sal (g) Tensão (V) Corrente (A)

0 11,98 0,009
1 12,14 0,554
2 11,94 0,979
3 11,96 1,307
4 11,94 1,497
5 12,04 2,046
Fonte: A autora

Visto que a tensão oscilou em torno de 12 V, considerou-se para a formação do Gráfico 1, que
ela se manteve constante durante o experimento, afim de se obter uma curva que representasse
o aumento da corrente à medida que se adicionava 1g de sal à solução.
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Gráfico 1

Quantidade de Sal x Corrente

2,5

2
Corrente (A)

1,5

0,5

0
0 1 2 3 4 5 6
Quantidade de Sal (g)

6 CONCLUSÃO

Analisando-se o Gráfico 1, é possível perceber que, salvo o ponto 5 (4g de sal), o gráfico aponta
comportamento linear, o que de fato é confirmado com a curva de tendência gerada. Tal
comportamento indica que a corrente elétrica aumenta à medida que sal é adicionado à solução.
Isso ocorre porque a adição de sal confere uma maior ionização da solução, resultando em mais
elétrons livres, fator responsável por uma maior facilidade de passagem da corrente pelo meio.
Além disso, analisando as imagens de formação de bolhas, foi possível perceber que, com o
aumento da corrente que circula pelo circuito, mais intenso fica o processo de eletrólise da água,
observado pelo maior acúmulo de gás (Hidrogênio) no catodo e de bolhas (Oxigênio) no anodo.

7 REFERÊNCIAS

[1] Roteiro Experimental 1

[2] Eletrólise: o que é, leis, fórmula e aplicações! - Blog do Stoodi
[3] Eletrólito – Wikipédia, a enciclopédia livre (wikipedia.org)