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Licenciatura em Educação Básica

Perspetivas e Contextos em Educação

REFLEXÃO INDIVIDUAL

Mariana Correia (Nº 2021395)

1º. ano da Licenciatura em Educação Básica, Turma E


Docente: Henrique Santos

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Perspetivas e Contextos em Educação

Com o objetivo de dar seguimento ao último elemento de avaliação mencionado na FUC


(Ficha da Unidade Curricular) da disciplina de Perspetivas e Contextos em Educação, realizo,
no presente documento, a minha reflexão individual. Esta reflexão está, por sua vez, relacionada
com diversos subtemas que nos foram apresentados e explicados ao longo das aulas desta
disciplina, bem como com o estágio de observação realizado. É de realçar, que todos estes
subtemas tal como o estágio de observação, estão interligados muito diretamente com o tema
principal desta disciplina, a Educação. Uma das grandes aprendizagens que consegui obter, foi a
diferença entre a educação formal e a educação não formal, uma vez que, consegui presenciar a
educação formal em sala de aula e a educação não formal no estágio de observação realizado na
Fundação Calouste Gulbenkian.
Numa das primeiras aulas desta disciplina, discutimos, em turma, o que é para cada um
de nós a Educação. Então, para clarificar o termo de uma forma absoluta, o professor propôs-
nos escrever num pequeno cartão, uma palavra que, na nossa opinião, definisse o que é, para
cada um de nós, a Educação. Lembro-me de ter escrito a palavra liberdade, com o intuito de
fazer transparecer aquilo que sinto ao utilizar esta palavra, uma vez que, acho que as crianças
hoje em dia não têm grande liberdade nas salas de aula pois, tudo se resume a fazer testes de
avaliação, corrigir o que está mal e, um mês depois, voltar a fazer mais um teste de avaliação.
Com esta atividade, tive a oportunidade de refletir sobre aquilo que é verdadeiramente a
Educação para cada um de nós e pude escutar e tentar perceber as opiniões de todos os colegas
que estavam presentes na aula. Aproveito este momento da reflexão, para agradecer ao
professor Henrique, por tudo aquilo que nos incutiu e ensinou ao longo destas aulas, de modo a
formar melhores docentes no futuro e com uma perspetiva diferente daquilo que realmente é a
Educação.
De seguida, a temática abordada foi a ‘’Educação para todos’’. Esta, foi para mim, uma
das aulas mais interessantes em que estive presente. O professor pediu-nos que nos
dividíssemos em grupos de 4/5 pessoas e que discutíssemos se a Educação era para todos. Por
definição, segundo UNESCO (2005), Educação para todos significa assegurar que todas as
crianças tenham acesso a uma educação básica de qualidade, o que implica a criação de
condições nas escolas e nos programas da educação básica, que possibilitem a aprendizagem de
todas as crianças com mais ou menos capacidades. Essas condições devem proporcionar um
ambiente inclusivo, eficaz para as crianças, simpático e acolhedor, saudável e protetor.
(UNESCO, 2005). Neste trabalho realizado em sala de aula, o meu grupo partilhava, no geral,
as mesmas ideias, mas também tínhamos algumas perceções diferentes. Então, acabámos por
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aprender uns com os outros, conseguindo observar diversos pontos de vista e chegar a um
consenso. Na nossa opinião e tal como foi visível no estágio de observação realizado em torno
da Fundação Calouste Gulbenkian, a Educação é mesmo para todos, ou seja, não é só para as
crianças ou para os jovens que frequentam escolas, é também para os adultos e os idosos, bem
como para os grupos mais desfavorecidos.
Mais tarde, iniciámos o estudo sobre as diferentes modalidades educativas/tipos de
contexto educacionais. Estas, estão dividídas em educação formal, educação não formal e
educação informal. Segundo Bianconi e Caruso (2005), a educação formal é aquela que está
presente no ensino escolar institucionalizado, cronologicamente gradual e hierarquicamente
estruturado. Isto é, a educação formal associa-se ao ensino regular e consiste naquela que é
desenvolvida em contexto escolar, com conteúdos previamente demarcados. Na minha opinião,
esta é uma modalidade da Educação, que deve ser utilizada, mas não de uma forma exagerada,
ou seja, os alunos deviam poder sair mais daquilo que é o banal numa sala de aula, de modo a
ficarem mais entusiasmados no decorrer do ano letivo. Já a educação não formal, consiste em
todos os processos educativos que ocorrem fora da escola, podendo ser em locais menos
formais, tal como pudemos observar na apresentação dos estágios em sala de aula. A finalidade
deste tipo de contexto educacional, é dar a conhecer às crianças o mundo que as rodeia de
diversas formas que não só fazer teste de avaliação numa sala de aula e, a torná-loa melhores
cidadãs no mundo. Já a educação informal é ‘’aquela na qual qualquer pessoa adquire e acumula
conhecimentos, através de experiência diária em casa, no trabalho e no lazer’’ (Bianconi e
Caruso, 2005). Esta, pode também ser adquirida em processos de socialização com família e
amigos, uma vez que, os espaços educacionais não estão delimitados. Em suma, na minha
opinião, considero que todas estas modalidades educativas têm um grande papel no
desenvolvimento do ser humano. Tanto dentro do estabelecimento escolar, como fora dele,
podemos aprender de maneiras válidas que não as maneiras banais, isto é, estar dentro de uma
sala de aula a ler e a escrever. Fora da sala de aula e, até mesmo, fora da escola, o mundo e as
pessoas que nos rodeiam têm muito para nos ensinar e, é importante, passar essa perceção às
crianças. Hoje em dia, existem formas de aprendizagem que mantém o contexto formal de
educação, mas que, mesmo assim, conseguem realizar algumas atividades que tornam as aulas
mais interessantes e apelativas. No meu estágio de observação, realizado na Fundação Calouste
Gulbenkian, tivemos a possibilidade de adquirir conhecimento sobre as atividades que a mesma
oferece, em contexto não formal. No caso desta Fundação, os professores têm a possibilidade de
participar em ateliers, que visam a evolução do ensino de variadas e versáteis formas. Estes,
podem também adquirir materiais interativos e atrativos para utilizarem nas suas aulas, com o
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objetivo de introduzir, de certa forma, o contexto de educação não formal, no contexto de


educação formal.

De modo a fortificar o conceito de educação não formal, vou utilizar o exemplo da


Fundação Calouste Gulbenkian. Esta Fundação, foi a escolha do meu grupo, para a realização
do estágio de observação e, sinceramente, não podíamos estar mais satisfeitos com o trabalho
final pois, consideramos que se enquadrou totalmente naquilo que o professor pretendia com a
realização do mesmo. Esta Instituição, visa melhorar a qualidade de vida de todas as faixas
etárias envolvidas na nossa sociedade, isto é, desde os recém-nascidos aos idosos, através da
Arte, da Beneficência, da Ciência e da Educação.
Uma vez que, não nos foi possível realizar o estágio de observação presencialmente,
tivemos de nos adaptar à vasta informação vinculada na internet, mais precisamente, no site da
Fundação Gulbenkian. Nesta Fundação, existem inúmeras atividades em contexto não formal,
para todas as faixas etárias, com uma vasta lista de materiais inovadores que podem ser
experienciados pelos alunos e utilizados em sala de aula, pelos professores.
A meu ver, este trabalho de pesquisa, no nosso caso, foi bastante esclarecedor daquilo
que é a educação não-formal, uma vez que nela estão inseridas exposições, workshops e ateliers,
que, por sua vez, também estão presentes nesta instituição. Apesar da Fundação Calouste
Gulbenkian não ser uma escola, consegue de uma forma tão ou mais positiva do que a mesma,
fornecer educação de diversas formas, através de projetos educativos e inovadores que, de certa
forma, estão especificados no enquadramento escolar, mas, acabam por estar interligados com
os objetivos anuais para o desenvolvimento dos alunos.
Concluindo, este trabalho foi bastante benéfico para o meu futuro enquanto docente,
pois, consegui perceber quais são os tipos de educação que existem, bem como, quais os
métodos a utilizar quando estiver a exercer na minha profissão, de modo a tornar as aulas
enriquecedoras e inovadoras e, ao mesmo tempo, divertidas. De certo modo, este trabalho de
observação permitiu-me encontrar alguns elos de ligação entre a educação formal e a educação
não formal e, acredito que futuramente, esta ligação vai-me ser bastante útil no decorrer da
minha profissão. É de salientar que, através dos trabalhos apresentados em sala de aula pelos
meus colegas, também me foi possível adquirir bastante conhecimento daquilo que é a educação
não formal, bem como da forma como esta se insere, por exemplo, no Palácio Nacional de
Mafra.
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REFERÊNCIAS

 UNESCO. (2005). Orientações para a Inclusão. Garantindo o Acesso à


Educação para Todos, pp. 1-38.

 Bianconi, M. L. & Caruso, F. (2005, dezembro). Apresentação: Educação não-


formal. Ciência e Cultura. http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?
script=sci_arttext&pid=S0009- 67252005000400013

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