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Intensivão – Ética e Política 1

→ Sofistas:
Contexto Séculos IV e V a.C. Principalmente em Atenas - discutindo as
questões da pólis

Política
• Valorização do discurso.
Isonomia
Isegoria

Isonomia - igualdade do ser perante a lei

Isegoria - igualdade do direito de manifestação


na Eclesia
Filosofia Antropológica
as questões do homem estão no centro das questões filosóficas
→ Quem eram os Sofistas: arte de

Erística = convencimento
Aretê = excelência
na arte do discurso, da política,
de discursar em público

vendiam seu ensinamento


Sábios Professores viajantes

Professores de retórica
Relativização da verdade
sobre os valores que deviam orientar a vida humana
Relativização de valores

Não se pautavam por valores universais

1
→ Protágoras: uma valorização das opiniões

“O homem é a medida de todas as coisas.”


Relativização da verdade (aletheia).
Outros Sofistas:
• Górgias. • Trasímaco.

PROTÁGORAS • Hípias. • Antístenes.


(490 - 415 a.C.) • Pródico.

→ Sócrates:
- a ética é o estudo da moral (um
Contexto histórico: grupo de valores arbitrados por
uma sociedade)
Idade de ouro de Atenas.
• Democracia e cidadania.
• Valorização da retórica. mesmo sendo um opositor

Oposição aos Sofistas:


SÓCRATES
• Górgias. • Ócio X Negócio. Só sei que nada sei. reconhecer sua
(469 – 399 a.C.) a política era feita no tempo livre (ócio) própria ignorância
• Lógica X Retórica.
arte de conhecer x arte de convencer
Conhece a ti mesmo.
• Episteme X Doxa.
conhecimento universal x opinião

→ Método socrático:
1º Exortação - participe de um debate

2º Indagação - perguntas sobre conceitos



3º Ironia - o interlocutor cai em contradição
e ele reconhece sua ignorância

4º Maiêutica (parto) - vai refinando o


interlocutor até dar à luz ao conhecimento

Ética universalista Valorização do saber


uma vida virtuosa é uma vida na
busca por conhecimento
2
Condenado a morte

Julgamento de Sócrates

Acusado de corromper a juventude tal juventude filhos de ricos, na qual os pais


almejavam ainda mais poder, do que reconhecer
sua própria ignorância e se tornar uma pessoa
Questiona moral vigente melhor

Platão foi profundamente influenciado por Sócrates, além da


→ Ética: morte de seu professor, o que fez questionar a democracia


A República (380 a.C)
é um crítico da democracia
Alma Tripartite
• Parte concupiscente: apetites. desejo sexual, sono
• Parte Irascível: paixões. medo, coragem, amor
• Parte Racional: logos. pensamento, discurso

PLATÃO Justiça = viver de acordo com suas aptidões.


(428 - 348 a.C.)

→ Política:
Governo Ideal
• Aristocracia (Sofocracia).
Aristos Melhores os melhores no poder, sendo os melhores aquele que tem
conhecimento, aqueles que vão cultivar a parte racional da alma
• Crítica da Democracia.
que matou seu mestre

3
Alma Tripartite uma parte da alma se sobrepõe

alma de bronze • Parte concupiscente: Produtores. manutenção das condições materiais de vida
alma de prata • Parte irascível: Guardiões. dão muito valores as virtudes da coragem, para defender a cidade
alma de ouro • Parte racional: Filósofo. deveriam ser os reis
A República (380 a.C)
• Primeira Utopia ocidental.
Crítica à mímesis imitação

• Artistas e Poetas. imitadores da natureza, das emoções humanas, não teriam lugar na cidade ideal

Anotações:

4
Intensivão – Ética e Política 2

→ Aristóteles:
Ética que visa um fim

Teleológica: agir de acordo com sua natureza.


• Eudaimonia: felicidade.
• Virtude: justo meio.

teleológica ou finalista

ARISTÓTELES
(384 - 322 a.C.)

COVARDIA CORAGEM IMPRUDÊNCIA


falta de coragem M coragem M
em excesso

plantas animais humano


os humanos tem
os três

uma vida ética


seria uma vida
em busca da
sabedoria, além
de ser saudável
e faz escolhas
no seu justo
meio, que evita
os extremos e as
faltas, atingindo
1 a eudaimonia
→ Política:
• Livro: Política.
Zoon Politikon Animal político
• Homem atinge seu potencial na vida coletiva.
• Sumo bem: Felicidade de todos. permite atingir
bem
Política: principal ciência.

Família Aldeia Polis


todas as formas de vidas são naturais

Estudo de 158 constituições.


Formas de Governo

monarquia tirania
de todas as formas ruins de governo a
aristocracia oligarquia democracia é a menos pior

república democracia/demogagia

Melhor forma de governo:


• Mista.
• Combinar a virtude de cada uma.

→ Filosofia Helenística:
Contexto Histórico
• Domínio Macedônico (326 a.C. – 146 a.C.)
• Domínio Romano (séc. III d.C.)

A Império Macedônico sob Alexandre, o Grande. Créditos: Mircarlla 22.

2
→ Características:
Sincretismo cultural:
• Ocidente + Oriente
Ataraxia: Paz de Espírito
• Público para o Privado

Escolas
Cinismo Alexandre Discípulo de aristóteles

CCEE (356 – 323 a.C.)


Ceticismo
Epicurismo peripatéticos - seguiu a filosofia do aristóteles

Estoicismo neoplatonismo - deram continuidade aos estudos de platão

→ Cinismo:
Ataraxia:
• Eudaimonia. busca a felicidade
uma vida como a de
de forma • Autossuficiência. um cão

• Crítica às convenções sociais.


sem as máscaras sociais
Principais Filósofos:
• Antístenes.
• Diógenes de Sinope.

→ Ceticismo:
Ataraxia: Suspensão do juízo.
• Não há critério seguro para a verdade.
• Equivalência de teorias.
• Constante estado de dúvida.
Principais Filósofos:
PIRRO
• Pirro de Élis.
(365 – 275 a.C.)
• Sexto Emprírico.
3
→ Epicurismo:
Materialismo (Atomismo)
• Morte: fim do corpo e da alma.
Ataraxia:
• Busca dos prazeres simples. hedonismo - prazer como bem supremo
• Superação do medo.
• Autocontrole.
Prazeres: naturais e necessários.
EPICURO
(341 – 271 a.C.)

→ Estoicismo:
Ataraxia:
• Desejos que estão de acordo com a natureza.
• Preocupar-nos apenas com o que temos controle.
• Coragem para enfrentar o sofrimento.
• Apatheia: indiferença. com o que acontece fora
Principais pensadores:
• Zenão de Cítio (334 – 262 a.C.) escravo
EPICTETO • Sêneca.
(50 – 138 d.C.) • Marco Aurélio. imperador

Anotações:

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Intensivão – Ética e Política 3

→ Características:
Influência da igreja católica.
Surge no Império Romano: Séculos I e II.
Sincretismo: Razão + Fé.
razão subordinada a fé

→ Filosofia Medieval:
Períodos
Patrística: séculos I a VII.
• Influência platônica.
• Santo Agostinho.
Escolástica: séculos IX a XVI.
• Influência aristotélica.
• São Tomás de Aquino.

→ Santo Agostinho:

Livre-arbítrio Liberdade dada por deus

nada Não Ser Homem Ser deus

suas
Mal Ausência de bem
escolhas
Pecado Desviar-se do Ser de deus

Vontade: livre.
Virtude: graça divina.
• Participação na bondade de Deus. o homem tem a liberdade de praticar o bem e o
mal, se praticar o mal é um pecado, é desviar-se
• Ausência de autonomia moral. de deus (ser)

o homem precisa da fé pois não sabe a linha tênue


entre o bem e o mal para conseguir a salvação 1

bom mesmo é só deus, o homem só participa dessa bondade


Salvação pela fé
• Conciliação entre fé e razão.
• Razão subordinada à fé.
→ Amor:
Mal: amor a si.
Bem: amor a Deus.
Cidade de Deus. pessoas que tem fé a deus
Cidade dos homens. aqueles que querem ser conquistadores
sem fé, apenas saciando seus prazeres
Determinismo histórico: juízo final.
o fim da história é o juízo final

→ São Tomás de Aquino:


→ Ética:
Estudo do comportamento voluntário das pessoas.
Fundamentos: dignidade e liberdade humanas.
• Visa ao Bem: Felicidade.
Dividida em três partes
• Monástica: Indivíduo.
ele tbm enxerga o homem
• Econômica: Família. como homem político

• Política: Sociedade Civil. zoon politikon

Política faz parte da Ética. Assim, o governante deve ser virtuoso e buscar
o bem comum. eudaimonia

→ Política: Bem comum.


Lei Eterna
• Razão divina: governa o universo.
Lei Divina
• Dada por Deus: Bíblia. quis revelar ao homem

Lei Natural
preceitos morais que o homem pode reconhecer
• Acessível pela Razão. usando a razão, não roubar, não matar
Lei Positiva
• Criada pelo homem.
• Fundamenta-se na Lei Natural.
lei civil, lei escrita 2
monarquia
aristocracia
Formas de governo república

• Governo misto.
• Monarquia: inclinação natural. deus é 1, aqui tbm é
melhor 1

Justiça
• Dar a cada um o que lhe é devido.

→ Nicolau Maquiavel: pai da politica moderna

O Príncipe (1513)
para ele ética e política
estão separados
um tratado de Como conquistar e manter o poder.

Ética cristã Salvação da alma.

Ética política Manutenção do poder.

O príncipe não deve se desviar do bem, se possível, mas deve estar pronto
os fins justificam os meios
a fazer o mal, se necessário.
Virtú: agir visando ao bem público. com essas 2 características:
• Leão: força.
• Raposa: astúcia.
dependendo
das
Fortuna: circunstâncias/oportunidades.

Pessimismo ante a Natureza Humana.


Melhor ser temido que amado.

Crueldade de uma só vez.


o homem é sempre alguém cruel

Bondade ao longo do tempo.

Formas de Governo
Príncipe: Meio para unificação do poder.
Discorsi: Retoma o ideal republicano de Roma.
1° unifica com um príncipe muito forte, depois busca um
ideal republicano de acordo com o ideal romano
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Intensivão – Ética e Política 4

Teoria do Direito Divino dos Reis

Fundamentação do absolutismo:
• Rei é representante de Deus na Terra.
O rei concentra todo o poder, onde eles são os
representantes de deus na terra, estando acima
das leis e das revoltas do povo Jean Bodin Jacques Bossuet
(1530 - 1596) (1627 – 1704)

→ Contratualismo:

Thomas Hobbes John Locke Rousseau


(1588 – 1679) (1632 – 1704) (1712 – 1778)

O Contratualismo
• Estado de Natureza: liberdade e igualdade. momento hipotético onde o homem não possui um governante

do poder divino pq • Origem do poder: indivíduos.


são contra a origem

• Estado: fundado pelo Contrato Social.

1
há uma idealização sobre o estado
de natureza

constante conflito

a propriedade privada surge com o


trabalho
os homens possuem direitos, mas
não garantias

num primeiro momento (no estado de natureza) há um


contrato em relação a propriedade privada, mas leva a
corrupção do homem pois há uma concentração de
terras nas mãos de alguns, levando a desigualdade,
necessitando do contrato social

ESTADO DE NATUREZA - sente compaixão


(maior uso da paixão do que da emoção), mas
no estado de natureza as coisas não evoluem
de forma rápida

o homem sob um estado, está numa


condição artificial

por quem tem privilégios e quem vive na desigualdade

2
Do Espírito das Leis (1748)
• Método científico aplicado à Política.
• Estudo empírico das legislações.
• Leis não são universais.
• Leis devem considerar a realidade social.
Montesquieu
Formas de governo (1689 – 1755)

“A corrupção dos governantes quase sempre


começa com a corrupção dos seus princípios.”

Liberdade desde que sejam


lideradas por pessoas de
• Fazer o que a lei permite. princípios, virtude e honra
respectivamente
• Regimes moderados: República e Monarquia.
• Estado: segurança.
• Tendência de abuso de poder: separação.
“É preciso que o poder limite o poder".

Os 3 Poderes

3
Intensivão – Ética e Política 5

Contexto Histórico (séc. XVIII)


Política: Antigo Regime.
• Absolutismo.
• Sociedade estamental: privilégios.(clero e nobreza)
Religião:
• Aliança entre Estado e Igreja.
Economia:
• Mercantilismo. barreiras tarifárias,
balanço comercial favorável

Mudanças Luís XIV

• Ascensão da burguesia. bancavam o estado, mas não tinham privilégios


• Revolução científica.
• Reforma religiosa. com o surgimento das igrejas protestantes (luteranismo, calvinismo)

→ Iluminismo:
Características:
• Racionalismo empírico ou crítico.voltada a prática
• Tolerância religiosa.
• Oposição ao Antigo Regime. gerou o despotismo
• Oposição à Igreja. na instituição
• Engajamento (publicidade).
• Liberalismo. político e econômico, ligada a burguesia
• Otimismo: progresso.
• Igualdade: luta contra os privilégios.
• Deísmo: religião natural.
• Jusnaturalismo: direitos alienáveis.
o homem nasce com direito naturais

1
"O Iluminismo é a saída do homem do estado de minoridade que ele deve
imputar a si mesmo. Minoridade é a incapacidade de servir-se do próprio confie na sua própria razão
intelecto sem a guia de outro. (...) Sapere aude! Tem a coragem de servir-
te de tua própria inteligência! Esse é o lema do Iluminismo". Kant

Principais filósofos:

Voltaire Hume Rousseau Kant


(1694 - 1778) (1711 - 1776) (1712 - 1778) (1724 - 1804)

→ Voltaire:
Principais ideias
Política:
• Estado laico.
• Submissão às leis. monarquia
• Fim do Antigo Regime.
Religião:
• Oposição à Igreja.
• Tolerância religiosa.
• Deísmo: crença racional. Por Moonik - Obra do próprio, CC BY-SA 3.0, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=21603911

Economia:
• Livre-comércio. adam smith, mão invisível, liberal, o próprio mercado
se controlando, sem intervenção do estado
"Posso não concordar com nenhuma palavra
do que você disse, mas defenderei até a morte
o seu direito de dizê-lo” (Evelyn Beatrice Hall)

2
Importância do Iluminismo:
• Influência na Revolução Francesa (1789).
• Independência dos EUA (1776).
• Enciclopédia. juntar todo o conhecimento humano e divulgar
• Despotismo esclarecido. ex.: marquês de pombal expulsando os jesuítas da colônia
• Defesa da Liberdade.

→ Immanuel Kant: deontológica

Ética do dever
Vontade:
baseada na • Razão: boa vontade.
quando
• Paixões: inclinações.
enviesada
não seria ético
pelas
Crítica da Razão Prática
Razão Prática: determina a forma de agir do homem
deve • Determina a vontade. a priori - pois o dever moral
deveria ser algo universal,
• Conhecimento a priori do dever. antes da experiência
• Sumo bem: felicidade + virtude.
Máximas: subjetivas. objetivos pessoais
Imperativos: objetivos. universais com base
na razão

Imperativos
1. Imperativos hipotéticos: objetivam um fim.
Não roube, para não ser preso.
2. Imperativos Categóricos: fim em si mesmo.
Não roube, porque é errado.

Lei Moral
que encontramos em nós mesmos
Imperativos Categóricos:
• Independem da experiência: evitar utilitarismo.
• Necessários e universais.

3
Fórmulas do Imperativismo Categórico em níveis

1. Universabilidade.
“Age de modo que a máxima da tua vontade possa valer
sempre, ao mesmo tempo, como princípio de legislação
universal"

2. Respeito à pessoa: pessoas vistas como fins.


3. Vontade autônoma. a vontade dirigida apenas pela nossa
própria razão, imperativo categórico
Consequências da fenomenologia moral:
• Liberdade: pressuposto do dever.
podemos fazer
suposições • Imortalidade: condição de aprimoramento.
ao agir com
dever • Deus: felicidade correspondente à virtude.

Anotações:
a ética dele é deontológica (agir por princípios) não
teleológica (agir pelos fins), mesmo falando que deus existe..

4
Intensivão – Ética e Política 6

→ Karl Marx:
Contexto

Revolução Industrial.
Idealismo hegeliano: nacionalismo alemão.
ideia gerando “Não é a consciência do homem que lhe determina
a realidade
o ser, mas, ao contrário, o seu ser social que lhe
determina a consciência.” condições de vida

Materialismo Histórico
• Dialética: luta de classes. não a tese, antítese e síntese de Hegel
Burguesia X Proletariado
“A história de todas as sociedades até hoje
existentes é a história das lutas de classes.”

O Capital (1867)
• Crítica ao capitalismo: desigualdade.
Estado protege a classe dominante. alô Rousseau
• Trabalho: atividade que gera valor.

Conceitos
• Estrutura: relações de trabalho.
• Superestrutura: cultura.
• Ideologia: ideias da classe dominante. para manter a classe dominada trabalhando
• Mais valia: exploração do trabalho. o excedente do seu trabalho ficava com o proprietário dos meios de produção
• Alienação: trabalhador afastado do produto do seu trabalho.
uma relação mais física do que mental, quase um escravo - fordismo, taylorismo - o cara que
aperta o parafuso, sem nenhuma condição de comprar o produto que faz

1
Socialismo Científico
Revolução: ditadura do proletariado.
• Socialização dos meios de produção.
Comunismo: fim do Estado.
Fim da História: superação da dialética.
Por Paasikivi - Obra do próprio, CC BY-SA 4.0,
superação da luta de classes https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=47981031

→ Arthur Schopenhauer:
O mundo como vontade e representação
Mundo como vontade:
• Essência das coisas: por trás do “véu de Maya”. ilusão
o viver é • Vontade: irracional e eterna.
• História: acaso cego. não existe um fim da história

sair da condição de
sermos pura vontade

Pessimismo
Vida: dor e tédio. como um pêndulo
• Dor: vontade insatisfeita (necessidade).
• Tédio: vontade saciada.
• Niilismo passivo: nega o mundo.
Redenção
• Estética: arte, principalmente a música.
• Ética: reconhecimento do outro (compaixão). eleva a alma, momentos lúcidos sem dor e tédio
• Ascese: livrar-se da vontade.
a redenção eterna é a morte
• Hinduísmo, Budismo e Estoicismo.

2
→ Friedrich Nietzsche:
Pré-socráticos: cultura grega autêntica.

Dionísio Apolo

ligado a razão, aquela vontade do


quando o homem de colocar limite as coisas
homem se
deixa levar
pelos prazeres,
paixões

Sócrates: negação do dionisíaco.


• Moralização e fé na Razão.
Crítica ao Cristiano e à Ciência:
• negação dos instintos. coloca limites ao dionisíaco

tornar todo mundo igual


precisando de um deus
para nos salvar

Morte: negação da vida.


• Criação de um mundo sobrenatural. essa moral de rebanho (que
nega os prazeres e paixões)
• Moral de escravos: Niilismo negativo. nos leva a uma negação do
superar isso
através do Niilismo positivo: afirmação da vida. mundo

• Ausência de valores: Deus está morto.


necessidade de • Transvaloração: criação de novos valores.

Moral do senhor: vida como critério.


Super-homem: diz sim à vida.
• Amor Fati: amor aos fatos (destino).
• Vontade de poder: impulso criador. afirmação do próprio ego
• Arte: expressão máxima do indivíduo. é uma forma de redenção do homem
3
Eterno retorno: critério moral.
• Infinitude do tempo.
• Finitude da matéria.
critério para
avaliar nossas
E se você tivesse que viver este momento
ações: inúmeras vezes no futuro?

Anotações:

4
Intensivão – Ética e Política 7

→ Jeremy Bentham: visa a uma


determinada
Princípios da Ética Utilitarista finalidade

• Teleologia: oposta à deontologia kantiana.


• Hedonismo: máximo prazer, mínima dor.
• Coletivismo: maior número.
• Consequencialismo: não importa intenção. frontalmente oposta
a ética kantiana
• Imparcialidade: igualdade.
Cálculo utilitarista:
Jeremy Bentham • resultado deve beneficiar a maioria. o conceito de bem é aquilo
(1748 – 1832) que é útil

“Agir sempre de forma a produzir a maior quantidade de bem-estar”.

Dilemas éticos
• Ética quantitativa: pode ferir os Direitos Humanos.

→ John Stuart Mill:


Utilitarismo Quantitativo
• Humanização do utilitarismo.
• Defesa da liberdade: voto feminino.
• Utilitarismo não autoriza a tirania.
• Hierarquia dos prazeres: Intelectuais superiores aos físicos.
Stuart Mill
(1806 – 1873) “É preferível ser um Sócrates insatisfeito que um tolo satisfeito”.

1
→ Existencialismo: período entre guerras

Características:
• Individualidade da existência: Ser-no-mundo.
• Liberdade: modo de ser do homem. para se tornar
alguém
isso o traz • Angústia: consciência da finitude.
• Responsabilidade: escolhas definem o homem. Merleau-Ponty
Principais pensadores:

Kierkegaard Nietzsche Heidegger Sartre


precursores
→ Jean-Paul Sartre: não existe um deus para nos
guiar, sem manuais e
Principais ideias: direcionamentos efetivamente
corretos, nosso destino não está
• Náusea: mundo contingente. dado, e isso nos traz um
sentimento de angústia
• Existência precede a essência.
✓ O homem é possibilidade, abertura.
• Homem está condenado a ser livre.
• Responsabilidade:
✓ Escolhas impactam a humanidade.
• Má-fé: renunciar à própria liberdade.

→ Jürgen Habermas:
quando estamos preocupados
Sistema: Mundo do trabalho. com nosso sustento material
• Agir instrumental: técnica.
usando a razão iluminista,
• Economia: lucro. cartesiana
• Política: poder.
• Ciência: eficácia.
Mundo da vida: Linguagem e Ética.
• Agir comunicativo: razão não instrumental.
• Comunicação: construção de consensos. a vida humana é muito mais do
que a vida do trabalho é a vida
em sociedade

2 é na vida coletiva que o homem vai chegar à verdade, não


dada ou imposta, mas sim construída
Colonização do Mundo da Vida pelo Sistema:
para
usamos a • Razão instrumental: dominação.

agimos por • Ação estratégica: cálculo egocêntrico.

e nossas leis • Direito positivo: Ética determinada tecnicamente.

Solução: Ação Comunicativa.


• Razão comunicativa: livre, racional e crítica.
• Consenso: processos de interação social.
• Identidade: construída intersubjetivamente. entre sujeitos
o certo e o errado é
Democracia: espaço para o debate. determinado por outras
pessoas
• Esfera pública: livre circulação de ideias.

Anotações:

3
Intensivão – Ética e Política 8

→ Michel Foucault:
a própria A verdade: construção histórica.
• Determinada pelas relações de poder.
• Capitalismo: necessidade de domesticação para o trabalho.
Microfísica do poder:
• Relações sociais: relações de poder.
estão em todas• Instituições: escolas, presídios, igrejas, quartéis.

levando a uma• Sujeição: disciplina torna os indivíduos dóceis. estão em todas as relações
onde o • Corpo: moldado para ser útil.
como por ex ✓ Soldado, operário.
Biopoder: domina toda a vida do indivíduo. ((o poder))
não só de • Controle: tempo e espaço.
criando uma • Internalização: vigilância. uma eterna vigilância sobre nós
tal qual como o✓ “Olhar de Deus”.
Resistência: (( mas há possibilidade de resistência))
• Sempre possível: relações são variáveis.
porque as
onde • Dominação: exige um polo de resistência.
como uma dialética da justificação

→ John Rawls:
Justiça como Equidade:
“A justiça é o primeiro requisito das instituições sociais, assim como a
verdade o é dos sistemas de pensamento".
O contrato social:
• Posição originária: véu da ignorância.
✓ Igualdade entre os contratantes.
é ✓ Desconhecimento da posição social.
✓ Desconhecimento das características pessoais.
• Escolha de princípios universais de justiça.
• Moral autônoma e racional: influência kantiana.
1
• Crítica ao Utilitarismo:
"0 fato de que alguns tenham menos a fim de que
outros prosperem pode ser útil, mas é injusto"
Dois princípios de justiça:
I. Máximo de liberdade para todos.
• Compatível com a mesma liberdade aos outros.
• Direitos humanos da 1ª Dimensão. civis e políticos
2. Desigualdades somente são justas se:
a) Trouxerem maior benefício aos menos favorecidos.
b) Permitirem acesso igualitário a cargos e funções.
• Direitos humanos de 2ª dimensão. sociais e econômicos (liberalismo)
a) Princípio da Diferença:
Igualdade de oportunidades X Desigualdade natural
Princípio do “maxmin”:
• Maximizar a posição dos mais fracos.

Anotações:

2
quando pensamos apenas em maximizar a eficiência
das coisas, apenas a tecnologia é fundamental e que
teríamos que deixar ela governar as nossas vidas
→ Hans Jonas:
Crítica à tecnocracia:
Princípio da responsabilidade: não apenas com os outros, mas também
com a biosfera e as gerações futuras
• Natureza.
• Gerações futuras.
“Age de tal maneira que os efeitos de tua ação
sejam compatíveis com a permanência de uma
vida humana autêntica.”
Hans Jonas
(1903 – 1993) onde as pessoas têm direito a um ar respirável,
a água limpa, acesso a um planeta saudável

BIOÉTICA
Ética antropocêntrica Heurística do temor processo de reconhecer que estamos
vivendo nossa própria autodestruição

a tecnocracia pode nos levar a


nossa própria extinção, e que este
temor pode nos levar a tomar
melhores atitudes em relação a isso

Anotações:

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