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Incidir sobre a fantasia requer saber da estrutura, na técnica analítica. Fantasias cs e ics.
O que interessa a Freud são as criadas no ics e que permanecem no ics, as fantasias
incestuosas do final do período edípico. A realidade humana é fantasmática. A percepção é
mediada pelo desejo e o desejo é sustentado, segundo Lacan, pela fantasia ics. O desejo tem a
ver com a falta e a fantasia é aquilo que reponde à falta do desejo e coloca um objeto no lugar
desse objeto que falta e produz o desejo, mas já não existe mais. Ela coloca o objeto no lugar
da falta que cria uma dependência neurótica, uma fixação de objeto, afunilando o mundo em
torno desse objeto e restringindo o sujeito. A fantasia fundamental é um axioma para lacan,
ela nos protege do real. A fantasia é sempre fantasia de completude porque é a busca do
objeto perdido, liga então à castração e a travessia edípica. A fantasia fundamental é o que
instaura o lugar no qual o sujeito pode identificar o desejo. "eu vou querer a macarronada, se
não tiver". Na travessia edípica há uma perda de gozo pela castração. A fantasia é
simbólico-imaginária que mantém o real fora. Melhor remédio para a angústia é o desejo. O
real está além da realidade, é o sem sentido, o que invade dele produz o trauma. O édipo atua
como fantasia inconsciente de completude.
Freud
Elisabeth Roudinesco
Gozo tem sua efigie na noção de incesot, fantasia de eliminar a distância entre o objeto e o
traço que ele deixa e ao qual a gente retorna alucinatoriamente. O que é impossível, portanto
essa satisfação que é uma satisfação mítica, construída a posteriori, depois da entrada da
linguagem, depois da castração, depois do complexo de édipo. Essa satisfação é produzida
então como uma efígie da unificação e da sutura definitiva da nossa divisão subjetiva, o que é
impossível. Daí o gozo é inacessível, interditado àquele que fala.
José Portes