Você está na página 1de 1

https://pt.wikipedia.

org/wiki/Marcha_Eslava - 29/06/2015

Marcha Eslava
A Marche Eslava em B bemol menor, Op. 31 (também conhecida pelo seu nome em
francês Marche Slave), é uma orquestra de Pyotr Ilyich Tchaikovsky.

Em junho de 1876, a Sérvia encontrava-se em guerra com o império turco-otomano. A


Rússia, que apoiava abertamente os sérvios - e em particular, Nikolai Rubinstein, amigo
de Tchaikovsky -, requereu que Tchaikovsky compusesse uma peça orquestral a fim de
auxiliar os sérvios feridos por meio de um concerto beneficente. Muitos russos
simpatizaram com aqueles considerados companheiros eslavos e cristãos ortodoxos,
enviando, a Rússia, soldados voluntários e apoio em geral aos sérvios.

Tchaikovsky referia-se à peça como a "Marcha Russo-Sérvia", a qual seria conhecida


mais tarde por "Marcha Eslava". A peça foi interpretada pela primeira vez em Moscovo,
em 17 novembro 1876, por Nikolai Rubinstein, e obteve uma recepção calorosa do
público.

Descrição
A marcha é muito programática na sua forma e organização. A primeira seção descreve
a opressão dos sérvios pelos turcos. Utiliza-se, Tchaikovsky, de duas canções sérvias. A
primeira, "Сунце јарко, ne сијаш једнако", é interpretada desde o início, como
designou Tchaikovsky, "com a velocidade de uma marcha fúnebre". A segunda canção
tem caráter mais otimista. No episódio seguinte, que descreve as atrocidades cometidas
nos Balcãs, Tchaikovsky usa seu domínio sobre a orquestra para criar um clímax
majestoso no ponto exato em que retorna a primeira canção, há um fortíssimo dos
trumpetes, como que gritando por socorro. O clima tempestuoso desaparece, dando
lugar a segunda parte. Há a modulação para o tom relativo, que descreve a reunião russa
para ajudar os sérvios. Isto é baseado em uma melodia simples, com o carácter rústico
de um desfile de dança ao redor da orquestra, até que finalmente dá-se lugar a uma
declaração solene do hino nacional russo, Deus Salve o Czar. A terceira seção da peça é
uma repetição de Tchaikovsky do furioso clímax orquestral, reiterando o pedido de
socorro da Sérvia. A última seção descreve o status de voluntários russos para ajudar os
sérvios. Nesta última, constata-se um tom russo, desta vez na tônica do tom maior e
uma mais quente versão de "Deus Salve o Czar", profetizando o triunfo da população
eslava sobre a tirania. A abertura é completada por uma coda para a orquestra completa.

A peça mantém algumas ligações com a Abertura 1812, com o qual é frequentemente
associada na sua concepção.

Você também pode gostar