O documento descreve a doença de Hirayama, uma desordem neurológica rara caracterizada por fraqueza e atrofia muscular nos membros superiores. Apresenta as seguintes informações essenciais: 1) A doença é causada por compressão da medula espinhal cervical durante a flexão do pescoço; 2) Acomete principalmente homens jovens na Ásia e causa fraqueza e tremores nos braços; 3) O diagnóstico é feito por ressonância magnética e o tratamento inclui colar cervical e
O documento descreve a doença de Hirayama, uma desordem neurológica rara caracterizada por fraqueza e atrofia muscular nos membros superiores. Apresenta as seguintes informações essenciais: 1) A doença é causada por compressão da medula espinhal cervical durante a flexão do pescoço; 2) Acomete principalmente homens jovens na Ásia e causa fraqueza e tremores nos braços; 3) O diagnóstico é feito por ressonância magnética e o tratamento inclui colar cervical e
O documento descreve a doença de Hirayama, uma desordem neurológica rara caracterizada por fraqueza e atrofia muscular nos membros superiores. Apresenta as seguintes informações essenciais: 1) A doença é causada por compressão da medula espinhal cervical durante a flexão do pescoço; 2) Acomete principalmente homens jovens na Ásia e causa fraqueza e tremores nos braços; 3) O diagnóstico é feito por ressonância magnética e o tratamento inclui colar cervical e
A doença de Hirayama (DH) trata-se de um distúrbio localizado
caracterizado por fraqueza unilateral ou bilateral assimétrica e amiotrofia dos membros superiores, mais especificamente das mãos e antebraços supridos por C7-T1. É uma doença rara e de evolução geralmente benigna e autolimitada. A sintomatologia aparece devido a perda de inserção posterior da dura- máter, fazendo com que ocorra um desvio anormal para frente durante flexão de pescoço e, consequentemente, uma compressão medular, com lesões maiores em corno anterior cervical e raízes ventrais. O mecanismo exato que leva a essa disfunção é desconhecido, tendo sida atribuída a diversos fatores, como trauma, isquemia, autoimunidade, hereditariedade e história familiar, toxinas e infecção. No entanto, ainda falta uma avaliação mais abrangente de sua fisiopatologia.
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Epidemiologia
A doença apareça com maior frequência no sexo masculino,
predominantemente no final da segunda ou início da terceira década de vida, principalmente entre 17 e 19 anos. Além disso, estudos apontam uma maior prevalência no continente asiático.
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Manifestações clínicas
1) Fraqueza distal e atrofia, principalmente em região ulnar, ocorrente em
uma extremidade superior ou nas duas de forma assimétrica 2) Início insidioso e progressão inicial por 3-5 anos, seguido de parada ou período relativamente benigno, 3) Tremores irregulares e grosseiros nos dedos do(s) membro(s) afetado(s). 4) Leve piora transitória quando exposição a ambiente frio (aparece em 97% dos pacientes) 5) Ausência de perda sensorial objetiva
Slide 5 Manifestações de imagem:
O exame de imagem mais importante para diagnóstico da DH é a RM de
flexão de pescoço, sendo recomendado um ângulo de 35º. Os sinais encontrados são:
1) Deslocamento anterior da medula espinhal com achatamento assimétrico
e atrofia da medula cervical inferior devido à compressão pela parede dural posterior apertada por estar mais curta (C4-C7 principalmente) 2) Curvatura cervical anormal (alinhamento reto ou cifótico) 3) Perda da inserção entre saco dural e posterior e a lâmina subjacente 4) Hipersinal intramedular na imagem ponderada em T2, que pode ser causado por isquemia ou necrose das células do corno anterior
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Tratamento:
Embora a DH seja autolimitada, é necessário chegar a um diagnóstico
precoce e intervir de forma eficaz, para que não progrida.
Conservador:
O tratamento conservador de primeira linha é o colar cervical, que deve
ser usado por 24 horas diariamente por 3 a 4 anos, sendo eficaz tanto para evitar a progressão da doença, quanto para sua regressão. Terapia de exercícios com a finalidade de fortalecer os músculos da coluna cervical é amplamente aplicada e demonstrou benefício.
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Cirúrgico:
Os efeitos da cirurgia incluem alívio dos sintomas subjetivos, melhora no
exame objetivo e encurtamento da duração natural da doença. A cirurgia consiste na descompressão medular, sendo que não há consenso sobre qual abordagem cirúrgica produz resultados ideias. Nem todos os pacientes se beneficiam desse tratamento, por isso devem ser selecionados a partir das indicações, que incluem: (1) evolução progressiva e intolerância ao colar cervical (2) ineficácia do tratamento conservador (3) sintomas graves, grau grave de atrofia muscular, atrofia medular em segmentos raros e sinais piramidais positivos. Slide 8
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WEERAKKODY, Y. et al. Hirayama disease. Reference article,
Radiopaedia.org. 2011. Last revised on 2022. Acesso em: 18/11/2022. Disponível em: https://radiopaedia.org/articles/hirayama-disease>.