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TURMA:
PROF Ana Claudia e Mariana COORD.: Prof Juliana
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ÉDIPO REI
Sinopse
Atormentado por uma profecia, de que iria matar o pai e casar
com a própria mãe, Édipo tenta – inutilmente – fugir de seu
destino...
2)
Explicação sobre o segundo trecho:
Édipo se empenha fortemente na busca do assassino, mas não
imagina a dor do que será revelado por Tirésias, o ancião cego e
adivinho, convidado a depor.
TIRÉSIAS – Ai de mim! Como é terrível o saber, quando saber de
nada serve a quem o possui! Eu não o ignorava, mas havia
esquecido. Caso contrário, não teria vindo.
ÉDIPO – O que foi? E por que tamanha perturbação ao
pensamento de ter vindo?
TIRÉSIAS – Vai, deixa-me voltar para casa: assim teremos menos
dificuldade de suportar, eu a minha sina, tu, a tua.
ÉDIPO – Que dizes? Não é normal nem conforme ao amor que
deves a Tebas, tua mãe, recusar-lhe um oráculo.
TIRÉSIAS – Ah! É que te vejo não dizer aqui o que convém; e ,
como temo cometer também o mesmo erro...
(...)
ÉDIPO – Ó, maldade das maldades – pois és capaz de enfurecer
uma pedra - , então nada queres dizer, pretendes mostrar-te a tal
ponto insensível, obstinado?
TIRÉSIAS – Censuras minha furiosa obstinação; enquanto não
percebes a que habita em ti, e é a mim que a seguir condenas!
ÉDIPO – E quem não se enfureceria ao ouvir de tua boca palavras
que são afrontas a esta cidade?
TIRÉSIAS – As infelicidades virão sozinhas: pouco importa que eu
me cale e as queira te ocultar!
ÉDIPO – Mas, se elas devem vir, não convém que tu me digas?
TIRÉSIAS -Nada mais direi. Se quiseres, deixa teu despeito
mostrar o seu furor mais feroz.
ÉDIPO – Que assim seja! No furor em que me encontro, nada
ocultarei do que entrevejo. Saibas portanto que, para mim, foste
tu que tramaste o crime, foste tu que o cometeste, apenas não
foi teu braço que golpeou. Mas, se tivesses olhos, eu diria que
mesmo isso foste tu, somente tu que fizeste.
TIRÉSIAS – É mesmo? Então intimo-te, eu, a cumprir a ordem que
tu mesmo proclamaste, de não mais falar deste dia em diante a
quem quer que seja, nem a mim, nem a estas pessoas; pois fica
sabendo que és tu, és tu o criminoso que mancha este país.
GÊNERO LÍRICO
Já tratamos do gênero lírico, por meio da análise de sonetos de
Luís de Camões. Também anotamos seus elementos além de
pensarmos na linguagem simbólica das figuras e nas funções
metalinguística e poética.
Para concluir, vejamos um trecho de poema em versos livres e
brancos da autora Stephanie Borges, uma das escritoras
expoentes da literatura brasileira na atualidade. O trecho é do
livro Talvez precisemos de um nome para isso e, além de fazer
parte da própria obra de S.Borges, também está contido em uma
coletânea sobre 29 escritoras de hoje, de Heloísa Buarque de
Holanda.
Para pensar:
- Que elementos confirmam que o texto de Stephanie Borges é
um poema? Quais os recursos utilizados para promover
expressividade no poema?