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DESENVOLVIMENTO DE CENTRAL
ELETRÔNICA AUTOMOTIVA
ALEXANDRE GRANVIL SOUZA (ULBRA)
xgranville@hotmail.com
Gerson Antunes Soares (ULBRA)
gerson@inf.ufsm.br
Berenice de Oliveira Bona (ULBRA)
berebona@terra.com.br
Matheus Bona (IFSUL)
mateus.bona@gmail.com
1. Introdução
2. Conhecimentos específicos
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XXXI ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO
Inovação Tecnológica e Propriedade Intelectual: Desafios da Engenharia de Produção na Consolidação do Brasil no
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3. Análise
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3.1 Sensores
Conforme Bosch (2009), sensores são dispositivos que estão instalados em pontos
estratégicos do motor e tem como finalidade coletar sinais para que a ECU possa analisar e
decidir qual estratégia seguir.
Os principais sensores utilizados pela central de um automóvel são segundo Bosch
(2009):
TPS (Throttle Position Sensor) - Este sensor informa a porcentagem do
quanto foi pressionado o pedal do acelerador.
CTS (Coolant Temperature Sensor) - Informa à ECU a temperatura da
água do radiador que é muito parecida com a temperatura do motor. Quanto menor for
a temperatura, maior a necessidade de combustível para o motor.
ATS (Air Temperature Sensor) - Informa à ECU a temperatura do ar
que entra no motor, assim determinando a quantidade de combustível adequado para
uma combustão eficiente.
MAP (Manifold Absolute Pressure) - Responsável por informar a
pressão formada dentro do coletor de admissão, entre a borboleta e o motor.
Sensor de Rotação - Informa para a ECU a rotação do motor e, na
maioria dos sistemas, a posição dos pistões, para a ECU definir a hora certa para a
injeção de combustível e ignição.
Sonda Lambda ou Sensor Oxigênio - Este sensor fica alojado no
escapamento. Ele informa à ECU sobre a presença de oxigênio nos gases resultantes
da combustão. É responsável pela dosagem correta do combustível a ser injetado, pois
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ele tem a função de enviar a informação da quantidade de oxigênio que resulta nos
gases de escape e é em função desta informação que a ECU libera a quantiade de
combustível correta. Em automóveis que funcionam com mais de um combustível
(álcool/gasolina) a ECU consegue identificar o combustível utilizado, ou a
porcentagem de cada um deles, através do sinal deste sensor.
3.2 Atuadores
Segundo Bosch (2009), estes componentes são responsáveis pelo controle do motor,
recebem os sinais elétricos da ECU e controlam as reações do motor. Como exemplos de
atuadores temos os seguintes:
Bicos Injetores – Dispositivo que controla a quantidade de combustível
através do tempo que mantêm o injetor aberto (tempo de injeção). Existem dois tipos de
injetores: monoponto com apenas um injetor para todos os cilindros; e multiponto com
um injetor por cilindro.
No projeto sendo proposto, será dada maior ênfase para a leitura do sinal da sonda
Lambda, sendo esta a fase mais importante do sistema. Conforme Bosch (2009), a sonda
Lambda gera um sinal elétrico para que a ECU possa definir a quantidade de combustível a
ser injetado, garantindo uma mistura ar/combustível ideal.
O funcionamento da sonda Lambda se dá pelo fato de o material cerâmico ser poroso e
permitir uma propagação do oxigênio do ar. A cerâmica torna-se condutora em altas
temperaturas. Havendo uma diferença de concentração do oxigênio entre os dois lados (o lado
em contato com o gás de escapamento e o outro em contato com o ar do meio ambiente)
gerando uma diferença de potencial elétrico entre os terminais dos eletrodos que varia de 100
a 900 milivolts, que será utilizada pela ECU para corrigir o tempo de injeção. De acordo com
Bosch (2009), para termos uma combustão ideal, temos que medir a quantidade de ar
admitido e a quantidade de combustível necessária. Com isso, vamos ter o que chamamos de
relação ar/combustível ideal, ou em termos técnicos, mistura estequiométrica.
A partir das características analisadas acima, propomos o desenvolvimento de um
sistema que faça a leitura dos sinais obtidos pelo sensor de oxigênio e faça sua análise, a fim
de auto ajustar-se de acordo com a melhor configuração. As informações recebidas pelos
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sensores serão processadas pela ECU e, em seguida, usadas para controlar os atuadores que
irão atuar no controle do motor. A principal função da injeção eletrônica neste sistema será
controlar a quantidade ideal da mistura ar/combustível nas mais diversas exigências do
funcionamento do motor.
De acordo com Ferrari (2007), para se queimar uma massa de 14,7 kg de ar, é
necessário 1 kg de gasolina tipo A (isso também pode ser representado por (14,7: 1)). Para
uma massa de 9 kg de ar são necessários 1 kg de álcool etílico hidratado. Quando a relação da
mistura é ideal, recebe o nome de relação estequiométrica. Caso essa mistura esteja fora do
especificado, dizemos que a mesma está pobre ou rica.
Para exemplificar essa relação na gasolina apresentamos o seguinte:
12,5: 1 (12,5kg de ar para 1 kg de gasolina) – mistura rica, ou alta
concentração de combustível e baixa concentração de oxigênio;
14,7: 1 (14,7kg de ar para 1 kg de gasolina) - mistura ideal, também chamada
de estequiométrica;
15: 1 (15 kg de ar para 1 kg de gasolina) - mistura pobre, ou alta concentração
de oxigênio e baixa concentração de combustível;
Segundo Ferrari (2007), a mistura ideal para a gasolina é 14,7: 1 e para o álcool é de
9:1. Uma mistura rica pode trazer como conseqüências: alto nível de poluentes, HC e CO, que
correspondem a hidrocarbonetos e monóxido de carbono; contaminação do óleo lubrificante;
consumo elevado; desgaste acelerado do motor devido à grande quantidade de combustível
que "lava" as paredes dos cilindros fazendo com que as peças mecânicas como pistões e anéis
trabalhem com maior atrito. A mistura pobre por sua vez, também provoca alguns danos ao
motor como o superaquecimento.
Para identificar se uma mistura é rica, pobre ou ideal é necessário calcular o valor do
Fator Lambda, representado pelo símbolo λ, que assume um valor que é segundo Ferrari
(2007) definido pela equação abaixo:
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Valores entre 450 e 900 milivolts, indicam mistura rica, ou seja, baixa concentração de
oxigênio (lambda < 1).
3.4 Microcontrolador
4. Solução proposta
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6. Conclusão
Conclui-se que visando facilitar o ajuste do motor, mantendo uma melhor eficiência e
desempenho, o projeto consegue atingir resultados significativos, visto que, existe certa
dificuldade de saber com exatidão se os atuadores estão respondendo adequadamente para um
bom desempenho. Para isso seria necessária a adoção de outros equipamentos para medição
desses valores que torna esse ajuste dispendioso. Com a leitura dos dados da Sonda Lambda e
posteriormente o processamento desses valores pela ECU, consegue-se facilitar esse processo
com uma precisão significativa.
Referências
BOSCH. Injeção Eletrônica. Disponível em:
<http://www.bosch.com.br/br/autopecas/produtos/injecao/index.html>. Acesso em: 18 abr. 2009.
FERRARI, Biagio. Injeção é bico Uma simples introdução. Publicado em: 2007. Disponível em:
<http://www.motonline.com.br/tecnica/tecnica-injecao-e-bico.html > Acesso em: 06 maio 2009.
FIGUEIREDO, Luís F. Injeção eletrônica. Publicada em: 14 dez. 2004. Disponível em:
<https://www.webmotors.com.br/wmpublicador/Dicas_Conteudo.vxlpub?hnid= 34401>. Acesso em: 03 maio
2009.
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MARINHO, José E. dos Santos. Mini-curso de Microcontrolador. Saber Eletrônica Especial n º 2, 2 jan. 2001.
Anexos
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