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Para compreender melhor o que é um Modelo de Gestão vamos entender a origem das
palavras utilizadas na expressão, Modelo tem sua origem no latim Modulus que significa
molde, forma, o termo já foi utilizado em diversas áreas, porem sempre seguindo o mesmo
conceito de algo que deve ser seguido. Gerir é organizar os recursos financeiros, materiais e
humanos de uma instituição através de técnicas adequadas. Então podemos dizer que
Modelo de Gestão é o gerir através de um exemplo já existente realizando apenas as
modificações necessárias para a necessidade de cada organização.
Uma boa gestão vem cada vez mais se tornando um fator de sucesso para as organizações,
já que a grande maioria delas além de visarem os lucros buscam uma forma cada vez mais
eficiente de redução de custos, e caso os objetivos não sejam alcançados os responsáveis
pela gestão é que serão cobrados, por isso é fundamental que os gestores consigam manter
as informações das diversas áreas da empresa integradas evitando assim a necessidade de
uma gestão por improvisos.
Existem diferentes tipos de gestão que são adaptadas pelas organizações de acordo com
uma série de critérios que as diferenciam uma das outras. Diferenças pontuais na estrutura
da organização, a cultura e os valores de seus proprietários, a divisão do trabalho, os
critérios de seleção e treinamento de funcionários, as metas e objetivos da empresa, a
formalização das informações, entre vários outros aspectos.
2. Gestão x Administração
O termo gestão vem se intensificando no Brasil nesses últimos anos alcançando lugar de
destaque juntamente com a administração, porém as diferenças entre um termo e outro são
de difícil compreensão . Essa dificuldade se apresenta também no dicionário da língua
portuguesa que apresenta os dois conceitos como sinônimos. Nos dicionários de negócios
há também a equivalência dos conceitos. Uma das pequenas diferenças se encontra na
definição e destinação da gestão para empresas privadas e da administração para empresas
públicas.
Gestão é lançar mão de todas as funções e conhecimentos necessários para através de
pessoas atingir os objetivos de uma organização de forma eficiente e eficaz.
Administração é planejar, organizar, dirigir e controlar pessoas para atingir de forma eficiente
e eficaz os objetivos de uma organização.
Com o passar dos anos as empresas, tanto públicas como privadas, perceberam a
necessidade de reverem seus conceitos de gestão e a necessidade de evoluírem em busca
de melhorias.
Este contexto gerou um esforço de busca de novos modelos de gestão empresarial. De outro
lado, à medida que novas idéias e práticas gerenciais surgiam, eram apresentadas, pelos
seus proponentes (geralmente empresas de consultoria empresarial) como a solução dos
desafios gerenciais e, eventualmente, recebidas pelo meio acadêmico e empresarial como
"modismos". Assim, idéias e práticas novas, como Qualidade Total, Reengenharia, Gestão
Participativa, Terceirização e Alianças Estratégicas, entre outras, precisaram contar com o
tempo para ficar claro que as organizações adequam os seus modelos de gestão muito mais
por um processo de evolução contínua do que por rompimento ou substituição dos
conhecimentos gerenciais.
Enfim, Pereira (1995) procurou descrever a evolução dos modelos de gestão através da
análise de três níveis conceituais: as ondas de transformação, as eras empresariais e os
modelos de gestão.
Ondas de Transformação: trata-se dos grandes momentos históricos de evolução da
sociedade humana, cada qual com seus paradigmas próprios relacionados aos aspectos
político, econômico, social, tecnológico e organizacional.
Eras Empresariais: trata-se dos estágios de evolução empresarial, a partir da Revolução
Industrial (Segunda Onda de Transformação), cada um com seus paradigmas gerenciais
próprios.
Modelos de Gestão: trata-se do conjunto próprio de concepções filosóficas e idéias
administrativas que operacionalizam as práticas gerenciais nas organizações.
Certamente um dos países que mais tem suscitado curiosidade e provocado estudos sobre a
sua situação nos últimos anos é o Japão. A força da sua economia, hoje a segunda do
mundo; a sua cultura milenar que convive ao lado da sofisticação tecnológica, esta em
grande parte desenvolvida pelo próprio esforço de pesquisa e inovação das empresas
japonesas; e, também, o sucesso das indústrias japonesas, que se tornaram competitivas em
vários setores de atividade, sobretudo nos segmentos de automóveis, produtos eletrônicos,
material fotográfico, entre outros.
Assim, o conceito de "pátria" está ligado ao nacionalismo fervoroso do povo japonês: cada
cidadão é parte de um povo, de uma nação. A sua vida só tem razão de ser quando está
ligado aos destinos da pátria. Exemplos deste valor cultural são os guerreiros samurais, que
defendiam os senhores feudais (portanto, era a defesa do clã a que se pertencia); os
"kamikazes", jovens pilotos de aviões de combate, na II Guerra Mundial, cuja missão era
atirar o avião contra o alvo inimigo.
O terceiro valor cultural - o trabalho - é aquele que liga os dois primeiros valores - pátria e
família - dando base ao modelo gerencial japonês. Se a família é que vai garantir a
perenidade da pátria, o trabalho é o que sustentará economicamente a família. E na
economia industrial, da qual o Japão sempre foi um dos países mais destacados (desde o
início da Era Meiji), o trabalho passou a ser exercido predominantemente nas empresas. Daí,
trabalho e empresa passam a fazer parte do mesmo valor cultural. Ao ter sua economia
destruída ao final da II Guerra Mundial, com grande parte do seu parque industrial em ruínas
e a sua produção industrial reduzida a um sétimo do nível obtido em 1941, o país enfrentava
o seu maior desafio: reconstruir a nação.
Assim, a partir dos três valores culturais analisados - pátria, família e trabalho/empresa - o
Japão passa a reconstruir a sua economia, centralizando tais esforços junto às empresas.
Após sete anos de intervenção norte-americana, o Japão volta a conduzir o seu próprio
destino, com a assinatura do Tratado de Paz e o Tratado de Segurança Mútua, ambos com
os Estados Unidos, em 1952.
Como os produtos japoneses não tinham boa qualidade, os americanos decidem trazer um
especialista em estatística do Departamento de Recenseamento dos Estados Unidos -
E.Edwards DEMING - até então um desconhecido, pelos próprios americanos, no campo da
gestão empresarial. A partir daquele momento, a gestão japonesa começava a dar seus
primeiros passos - e a mudar a própria Teoria da Administração.
O próprio DEMING (1990, p. 353) relata sua participação pessoal neste momento importante
da história da gestão japonesa:
O mundo inteiro conhece muito bem o milagre do Japão e sabe que este milagre começou
com um choque em 1950. Antes disso, a qualidade dos bens de consumo japoneses tinha
granjeado, no mundo todo, uma fama negativa, de produtos mal feitos e baratos. (...)
Subitamente, a qualidade e a confiabilidade dos produtos japoneses deram um salto e, em
1954, tinham ganho mercados no mundo inteiro. Tinha começado a nova era econômica. O
que ocorrera?
A resposta é que a direção convenceu-se de que a qualidade era vital para a exportação e
que eles poderiam empreender a mudança. Aprenderam, em seguidas conferências, alguma
coisa sobre suas responsabilidades pela consecução deste objetivo e que teriam que
assumir a liderança para este fim. A administração e os operários das fábricas somaram
seus esforços para conseguir qualidade e criar empregos.
a) Qualidade Total (Total Quality Control) sobre o processo de produção (ao invés de focar a
qualidade no produto), visando satisfazer a expectativa do cliente;
b) Círculos de Controle de Qualidade (CQC): grupos informais de trabalhadores que
espontaneamente passam a buscar soluções criativas para os problemas da área ou da
empresa;
c) Método "Ringi" de Decisão: trata-se da decisão consensual, obtida através do
comprometimento individual com o resultado ou meta decidida pelo grupo.
d) Just-in-Time: integração da empresa com seus fornecedores, permitindo a eliminação de
estoques com o suprimento atendido no momento da utilização dos componentes na
produção;
e) Kanban: sistema de programação e controle de produção que visa "enxugar" atividades-
meio que não agregam valor ao cliente (supervisão, controles administrativos e outros). A
produção é auto-gerenciada através de cartões ou painéis, permitindo o encadeamento de
todas as atividades do processo, "puxando" a produção;
f) Kaizen: filosofia da melhoria contínua, que objetiva sustentar e garantir a qualidade através
de pequenas melhorias no processo;
g) Manufatura Flexível: sistema de produção que permite a fabricação simultânea de vários
modelos e especificações de produtos, atendendo demandas individualizadas dos nichos de
mercado;
h) Keiretsu: sistema empresarial caracterizado pela atuação em redes verticais e horizontais
de parceria, integrando todos os fornecedores da cadeia produtiva através da subcontratação
industrial;
OUCHI (1985, p. 59), depois de estudar durante vários anos as empresas japonesas e as
empresas americanas, estabelece uma comparação entre os dois tipos de empresa e
percebe que as características gerenciais são quase sempre oponentes. É claro, alerta o
autor, que tais características são genéricas, não estando necessariamente todas presentes
simultaneamente na mesma empresa ou que todas as empresas se enquadram naquela
tipologia, que está apresentada sinteticamente no Quadro 1.
A segunda parte do conceito aborda outro aspecto importante: indica os dois pilares que
sustentam a gestão participativa, ou seja, a "participação de todos" e o "comprometimento
total com os resultados". “Participação de todos” significa que, a princípio, nenhuma pessoa,
em qualquer nível hierárquico, deve ser excluída do processo participativo. No entanto, isto
implica num grande risco para a empresa; a gestão participativa pode transformar a empresa
numa "assembléia geral permanente", ou seja, resvalar a participação para o "assembleismo"
ou "democratismo". Daí, a importância do segundo pilar que vai sustentar a gestão
participativa, analisado a seguir. “Comprometimento total com os resultados” garante que
cada pessoa está consciente da sua responsabilidade individual com os resultados a serem
perseguidos pela equipe ou pela empresa. Este comprometimento é uma das características
mais importantes da administração participativa, pois disciplina a atuação individual de cada
pessoa, evitando o risco de pender para o "assembleismo".
Neste sentido, é imprescindível que a empresa, antes de implantar a gestão participativa,
defina claramente os objetivos ou resultados a serem alcançados, entre os quais, melhoria
da qualidade, maior produtividade, melhoria do clima de trabalho, enriquecimento das
funções e flexibilidade na utilização de recursos.
A competitividade crescente das empresas japonesas, sobretudo a partir dos anos 70,
obrigou as empresas americanas (e mais tarde as européias) a uma atitude de reação. A
princípio, as empresas americanas não acreditavam que o sucesso das empresas japonesas
se manteria por muito tempo: viam ainda as empresas japonesas apenas como copiadoras
de idéias e de tecnologias, que seriam, no máximo, aprimoradas. Esta miopia das empresas
americanas custou-lhes caro, mas trouxe também lições.
Assim, a partir do início dos anos 80, as empresas americanas já haviam compreendido que
o que as empresas japonesas tinham realizado, de fato, era uma "revolução gerencial". O
livro de OUCHI (1985) ajudou a criar a nova visão de que as empresas americanas estavam
fora da competitividade (e não sobreviveriam) devido ao seu modelo de administração
tradicional. O esforço para mudar tal situação levou ao desenvolvimento do "modelo" de
administração empreendedora, cujas origens e principais características são:
De um outro lado, a empresa que desenvolve esforços na direção deste modelo deve
aprender a conviver com pessoas empreendedoras; estas procuram permanentemente sua
auto-realização pessoal e profissional, o que nem sempre está ligado à motivação financeira,
sendo pessoas que desenvolvem acentuadamente o espírito de independência e senso se
propriedade (no sentido da responsabilidade individual pelos resultados).
Assim, a empresa precisa aprender a conviver com o risco das inovações: a cultura
empreendedora exige tolerância a eventuais fracassos de novas idéias, pois, segundo uma
pesquisa desenvolvida nos Estados Unidos, citada por DEGEN (1989), apenas duas de cada
dez idéias inovadoras implantadas são bem sucedidas. Em outras palavras, a empresa
precisaria aprender a lição durante oito vezes (fracasso) para colher os resultados positivos
que compensam todos os erros.
Nas últimas décadas, (res)surgiu dentro das ciências o chamado "movimento holístico". De
origem grega, a palavra hólos = todo, vem crescentemente penetrando nas abordagens cada
vez mas complexas de todos os ramos do conhecimento humano. A questão parece ser
facilmente explicável; as ciências, de forma geral, foram construídas com base em
paradigmas mecanicistas, suportados numa visão cartesiana-newtoniana do mundo: todos
os fenômenos eram possíveis de serem divididos em partes e cada uma destas seria
estudada profundamente, constituindo um ramo específico do saber humano; assim foi com
a química e seus elementos individualizados; com a física e sua estrutura orientada para as
partes do material; com a medicina, que "retalhou" o organismo humano, perdendo a visão
do sistema biológico que comanda a vida humana; e, na administração, o mesmo processo
ocorreu, a partir da visão da "administração científica" de Taylor e Fayol, reduzindo o trabalho
humano ao nível da visão da tarefa.
CAPRA (1989) tem sido um dos maiores influenciadores da visão holística: ele mostra as
grandes mutações pelas quais passa a sociedade - na tecnologia, na educação, na
economia, na medicina, na psicologia, na ecologia, entre outras grandes áreas - e a
mudança de valores que afetam aspectos como a individuação, a criatividade, a flexibilidade,
a informação, a autonomia, entre outros valores, cuja mudança afeta tanto organizações
como as pessoas. O autor procura explicar como o paradigma cartesiano-newtoniano afetou
a prática econômica contemporânea: a fragmentação das especializações, a desvinculação
dos valores superiores da humanidade, a abordagem competitiva na exploração da natureza,
o esgotamento progressivo dos recursos naturais, o consenso de que a natureza existe para
o homem, a visão do homem como um ente consumidor, o que levou a um consumo
materialista desenfreado, a confusão entre riqueza material e felicidade, a tecnologia a
serviço da destruição em massa e a venda de 70% de armamentos aos países do Terceiro
Mundo, a divisão econômica norte-sul do mundo, a exploração indiscriminada das
sociedades pela multinacionais, entre outras questões.
A visão holística é uma das abordagens destes novos paradigmas das ciências, inclusive da
Administração. Há um movimento emergente de pesquisadores e autores que têm
desenvolvido uma "abordagem holística da administração" e já existem algumas experiências
que procuram colocar em prática tal abordagem.
A adoção pelas organizações de novos modelos gerenciais, bem como de novas tecnologias
de trabalho, está levando a um modelo organizacional visto atualmente como a "empresa do
futuro". Tal visão é decorrente de três aspectos:
Segundo DAVIDOW & MALLONE (1993, p. 4), “a corporação virtual começou com uma visão
de futurólogos, chegou a possibilidade para os teóricos de administração e hoje tornou-se
uma necessidade econômica para os executivos das empresas... tudo em pouco mais de dez
anos. Este fato não só salienta a inevitabilidade deste novo modelo empresarial, mas
também sugere o senso acelerado de tempo que irá caracterizá-lo.”
a) capacidade para entregar, rápida e globalmente, uma grande variedade de produtos sob
medida;
b) serviços "incluídos" nos produtos como valor agregado ao cliente;
c) envolvimento dos clientes e fornecedores no desenvolvimento dos produtos (engenharia
simultânea);
d) bancos de dados atualizados sobre os clientes, produtos, fornecedores, metodologia de
projeto e produção, visando atender o cliente em tempo real;
e) sistemas de informações integradas à rede de clientes e fornecedores, levando as
empresas a operarem em "networkings";
f) cargos desvinculados do poder: funções gerenciais e operacionais serão intercambiáveis;
g) empresa em contínua transmutação, permitindo ambientes virtuais de trabalho (tele-
trabalho);
h) acumulação de práticas gerenciais desenvolvidas em outras abordagens inovadoras de
gestão, como fornecimento Just-in-Time, equipes de trabalho, fabricação flexível,
simplificação organizacional, CAD, qualidade total, entre outros;
i) acordos de cooperação possíveis com concorrentes, visando compartilhar investimentos
em tecnologia ou de custos operacionais (compras conjuntas, infra-estrutura de transporte,
armazenagem e comunicação, entre outros).
Informação é uma mensagem com dados que fazem diferença, podendo ser audível ou
visível, e onde existe um emitente e um receptor. É o insumo mais importante da produção
humana. “São dados interpretados, dotados de relevância e propósito” (DRUCKER, 1999,
p.32). É um fluxo de mensagens, um produto capaz de gerar conhecimento. É um meio ou
material necessário para extrair e construir o conhecimento. Afeta o conhecimento
acrescentando-lhe algo ou reestruturando-o (MACHLUP, 1983).
O conhecimento deriva da informação assim como esta, dos dados. O conhecimento não é
puro nem simples, mas é uma mistura de elementos; é fluido e formalmente estruturado; é
intuitivo e, portanto, difícil de ser colocado em palavras ou de ser plenamente entendido em
termos lógicos. Ele existe dentro das pessoas e por isso é complexo e imprevisível. Segundo
DAVENPORT e PRUSAK (1998, p. 6), “o conhecimento pode ser comparado a um sistema
vivo, que cresce e se modifica à medida que interage com o meio ambiente”. Os valores e as
crenças integram o conhecimento pois determinam, em grande parte, o que o conhecedor
vê, absorve e conclui a partir das suas observações. NONAKA e TAKEUSHI (1997, p. 63)
observam que “o conhecimento, diferentemente da informação, refere-se a crenças e
compromisso“.
Segundo NONAKA & TAKEUCHI (1997, p. 79), para se tornar uma “empresa que gera
conhecimento” (knowledge creating company) a organização deve completar uma “espiral do
conhecimento”, espiral esta que vai de tácito para tácito, de explícito a explícito, de tácito a
explícito, e finalmente, de explícito a tácito. Logo, o conhecimento deve ser articulado e então
internalizado para tornar-se parte da base de conhecimento de cada pessoa. A espiral
começa novamente depois de ter sido completada, porém em patamares cada vez mais
elevados, ampliando assim a aplicação do conhecimento em outras áreas da organização.
Espiral do Conhecimento
Os knowledge workers , segundo TERRA (2000, p. 203), têm algumas questões e desafios a
vencer:
Para que a gestão do conhecimento produza efeitos práticos nas empresas, deve estar
plenamente ancorada pelas decisões e compromissos da alta administração a respeito das
iniciativas necessárias em termos de desenvolvimento estratégico e organizacional,
investimento em infra-estrutura tecnológica e cultura organizacional, que celebre o trabalho
em conjunto e o compartilhamento.
Está associada às realizações das pessoas, àquilo que elas produzem e/ou entregam. Assim
considerada, a competência não é um estado ou um conhecimento que se tem e nem é
resultado de treinamento. Competência é, na verdade, colocar em prática o que se sabe em
um determinado contexto. Há competência apenas quando há competência em ação.
Do ponto de vista empresarial, é a prática que interessa: é o conhecimento aplicado que gera
capacidade de produzir resultados, ou seja, competência.
A organização que aprende possui a capacidade de, continuamente, criar o futuro que
realmente deseja. Para isto, reflete sobre o desempenho atual e os fatores que o geram,
pensa sobre os diversos futuros possíveis e qual entre eles é o desejado, e planeja e
implementa as ações para se mover da situação atual para a desejada.
No entanto, nenhuma mudança organizacional significativa pode ser realizada sem que se
efetuem profundas mudanças nas formas de pensar e interagir das pessoas. A base de
idéias que sustenta as “organizações que aprendem” estabelece o pensamento sistêmico, os
modelos mentais, o domínio pessoal, a visão compartilhada, a aprendizagem em grupo e o
diálogo como elementos inevitáveis do seu desenvolvimento, cada um proporcionando uma
dimensão vital na construção de organizações realmente capazes de “aprender”, de ampliar
continuamente sua capacidade de realizar suas mais altas aspirações.
As organizações modernas são fortemente dependentes das informações que utilizam com
vistas ao desenvolvimento de suas ações estratégicas. Neste sentido podemos dizer que a
inteligência empresarial consiste na criação de meios para sistematização dos processos de
coleta, tratamento e análise de informações sobre diferentes aspectos do ambiente externo
das organizações tais como: concorrentes, tecnologia, futuros parceiros ou aliados,
fornecedores, clientes, órgãos normatizadores, etc., tendo como objetivo permitir que os
tomadores de decisão na empresa se antecipem às tendências dos mercados de interesse e
o desenvolvimento da concorrência, de modo a detectar e avaliar oportunidades e ameaças
bem como as ações decorrentes consubstanciadas na estratégia empresarial anteriormente
definidas.
Segundo SAPIRO (1993, p. 107 –109), são várias as finalidades da aplicação prática do
conceito de Inteligência Empresarial, dentre as quais se destacam, a sua importância na
formulação estratégica para as organizações, e o seu aspecto contributivo ao processo de
tomada de decisão.
O grupo de observadores atua como uma antena, captando "sinais" das mais diferentes
fontes (formais ou informais, estruturadas ou não), aportando conteúdo informacional a ser
analisado.
Podemos ainda mencionar o fato de que a IE está diretamente relacionada com a gestão da
inovação nas organizações, segundo LAURI (1998), o mercado é a última e decisiva
instância da inovação, pois pode aceitar e recusar o que lhe é oferecido, assim como pode
manifestar necessidades não atendidas. Vale lembrar que esta manifestação é na maioria
das vezes muito sutil, sendo perceptível somente aos «olhos e ouvidos» sensíveis das
metodologias de Inteligência Empresarial.
Quando são colocadas todas estas informações em um único sistema, responsável pelo seu
metabolismo, as mesmas são transformadas em inteligência, detectando possibilidades de
inovação, ameaças ou oportunidades. Para seu êxito faz-se necessário que as organizações
estruturem metodologias eficazes de monitoramento ambiental, de modo a gerar produtos de
informação que suportem os seus diferentes processos de negócio, sejam eles internos, ou
voltados ao ambiente externo. Esta vigilância ambiental deve ser permanente e atenta ao
extremo, sendo capaz de captar indícios que permitam à antecipação (atitude pró-ativa) face
às ameaças e oportunidades que o ambiente oferece. É fundamental e vital que as empresas
conheçam o ambiente no qual estão inseridas.
6. Conclusão
Vimos também a evolução dos modelos de gestão que estão cada vez mais profissionais,
preocupados com as freqüentes atualizações e difusões do conhecimento, obrigando as
empresas a se atualizarem e buscarem melhorias constantemente.
7. Referências Bibliográficas
http://www.umtoquedemotivacao.com/administracao/lideranca/modelos-de-gestao/
http://www1.serpro.gov.br/publicacoes/gco_site/m_capitulo01.htm
http://www.fnq.org.br/Portals/_FNQ/Documents/ebook-ConceitosFundamentais.pdf
http://www.simpep.feb.unesp.br/anais/anais_13/artigos/881.pdf
http://www.excelenciaemgestao.org/Portals/2/documents/cneg4/anais/T7_0105_0418.pdf
http://desafios2.ipea.gov.br/sites/000/17/edicoes/51/pdfs/rd51art08.pdf
http://www.redetec.org.br/publique/media/LivroEra%20do%20conhecimentocap2.pdf
http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/modelos-de-gestao/33343/