Você está na página 1de 15

CENTRO UNIVERSITÁRIO SANTA CRUZ DE CURITIBA

ESCOLA DE SAÚDE
CURSO DE FARMÁCIA

JAD TRIVERIO RENDEIRO


GISLAINE VANTROBA
RENATA PAOLLA OLM

TESTE DE ESTABILIDADE

CURITIBA
2022
JAD TRIVERIO RENDEIRO
GISLAINE VANTROBA
RENATA PAOLLA OLM

TESTE DE ESTABILIDADE

Trabalho apresentadona disciplina de


Tecnologia Farmacêutica do Curso de
Graduação em Farmáciada Universidade
Santa Cruz como forma parcial de
avaliação referente a 2aParcial.

Curitiba, junho de 2022


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO..........................................................................................................3
2 ATIVOS.....................................................................................................................3
2.1 NATROSOL......................................................................................................3
2.2 COENZIMA Q 10..............................................................................................4
2.3 ÁCIDO FÍTICO.................................................................................................4
2.4 ASCOBARSILANE...........................................................................................4
2.5 RENEU ZYME..................................................................................................4
2.6 PHENOXYETANOL..........................................................................................5
3 MATERIAIS..............................................................................................................5
4 MÉTODOS................................................................................................................6
5 RESULTADOS.........................................................................................................6
6 ESTUDO DE
ESTABILIDADE...................................................................................7
REFERÊNCIAS...........................................................................................................14
3

1 INTRODUÇÃO

O propósito do teste de estabilidade é fornecer evidências de como a


qualidade de um produto varia com o tempo sob influência de uma variedade de
fatores ambientais, como temperatura, umidade e luz, e estabelecer um prazo de
validade para os produtos além de recomendar condições de armazenamento
adequadas.
O prazo de validade fica então definido como o tempo, desde sua fabricação,
em que um produto mantém suas características de qualidade dentro de padrões
estabelecidos por lei ou aceitáveis por parte do consumidor.
Os testes são experimentos conduzidos em condições pré-estabelecidas de
temperatura e umidade, que devem representar um modelo das condições
climáticas no ambiente em que os produtos serão transportados e armazenados
durante seu prazo de validade.
O ambiente para definição do prazo de validade pode ser suficientemente
descrito por parâmetros que influenciam a estabilidade, principalmente calor e
umidade. Há, entretanto, diversos outros fatores de risco, que podem impactar na
estabilidade dos produtos:
Fatores internos de reatividade dos ingredientes ativos, excipientes e
materiais de embalagem, bem como as possíveis interações entre esses
componentes. Os riscos podem ser reduzidos através dos testes de stress como
parte do desenvolvimento do produto.
Fatores relativos à produção, como tamanhos dos lotes, equipamentos,
qualidade dos componentes.
Fatores externos como calor e umidade, luz, pH, oxigênio. Os riscos são
reduzidos por testes de longa duração, acelerados e de stress, para identificar a
embalagem adequada, prazo de validade e recomendações de armazenamento.

2 ATIVOS

2.1 NATROSOL

É um polímero originado da celulose, de características não iônica, disponível


em diversos graus de peso molecular, é compatível com eletrólitos e possui
4

sensibilidade reduzida ao pH do meio. Destaca-se pela facilidade de dispensação,


facilmente obtida pela agitação em água fria, porém a formação da estrutura
coerente do gel ocorre mais rapidamente por aquecimento. Apresenta a
desvantegem maior risco de contaminação microbiana e sua concentração usual se
dar em torno de 1,0 á 3,0%.
O gel natrosol é o veículo mais utilizado na manipulação de produtos
dermatológicos e cosméticos de uso facial, e até mesmo corporal, por apresentar o
toque seco e bom espalhamento, sendo estas características essenciais para
manipular ativos para tratamento de acnes ou melasma. Podem apresentar
característica fluida ou mais concentrada, isso vai depender do objetivo da
formulação. Além disso, podem ser utilizados para produção de gel creme, ou com
antioxidante como o metabissulfito.

2.2 COENZIMA Q 10

A coenzima Q10, também conhecida por ubiquinona, é uma substância com


propriedades antioxidantes e fundamental para a produção de energia nas
mitocôndrias das células, sendo essencial para o funcionamento do organismo,
prevenindo o envelhecimento precoce.

2.3 ÁCIDO FÍTICO

Ele é essencial para o corpo, pois é a oxidação do ácido lático gera energia


para o organismo, sendo a principal fonte de abastecimento de células cardíacas ou
fibras musculares, muito usado para cabelos e pele pela sua ação oxidativa.

2.4 ASCOBARSILANE

Possui ação antiaging, reestruturador da derme, ação antioxidante global,


estimula a síntese de colágeno, ação despigmentante antitirosinase, combate o
envelhecimento cutâneo e complementa outros tratamentos clareadores.

2.5 RENEU ZYME

O Renew Zyme é um ativo natural revolucionário que atua na renovação


celular. Reúne as propriedades antiinflamatórias, antioxidantes e emolientes.
5

2.6 PHENOXYETANOL

O fenoxietanol é um conservante usado em alguns cosméticos para preservar


a qualidade do produto e garantir a segurança do consumidor, impedindo o
crescimento de micróbios.

3 MATERIAIS

Materiais e Equipamentos:
Chapa aquecedora;
Papel toalha;
Termômetro;
Bacia;
Balança analítica;
Béquer 250ml;
3 Béqueres de 100ml;
Gelo rígido reutilizável;
Paleta;
3 frascos de 50ml;
Tiras para medição de pH.
Álcool 70% líquido;
Bastão de vidro;

EPI’S
Jaleco;
Luvas;
Touca;
Máscara.
6

4 MÉTODOS

Fazer a limpeza da bancada com auxílio de papel toalha e uso de álcool 70%;
Pesar Natrosol = 1g;
Colocar H2O em proveta 100ml (para fazer a medição);
Colocar os 2 itens em Becker de 250ml;
Colocar o Becker na chapa de aquecimento em temperatura 180°C,
homogeneizar com auxílio de bastão e termômetro, controlar e monitorar
temperatura do conteúdo até que chegue a 70°C;
Tirado da chapa de aquecimento ao atingir a temperatura 70°C, após, foi
colocado em bacia com água gelada e gelo rígido reutilizável para produzir choque-
térmico na formulação
Notamos a transformação de líquido para gel-fluído;
Distribuído em 3 Beckers de 100ml separadamente;
Pesar 1,5 de Renewzime em 3 papéis manteiga diferentes;
Adicionado 1,5g de Renewzime em cada Becker;
Adicionado 2 gotas de conservante nas amostras 2 e 3; Feito a
homogeneização com auxílio de paleta, e após, conferência de pH e inspeção de
aspectos de cada amostra:

As amostras ficaram com aspecto de gel fluido, viscoso, turvo e levemente


amarelado com o Ph entre 5,0 e 6,0

5 RESULTADOS

Os três frascos com as amostras passaram por testes de estabilidade que


seguiram durante três semanas em condições de temperaturas diferentes, para que
assim fosse observado condições como PH, se houve formação de grumos,
coloração da amostra, viscosidade e odor. Cronograma seguiu rotina abaixo:

Amostra 1 Amostra 2 Amostra 3


Semana 1 Temp. Ambiente Geladeira Estufa
Semana 2 Geladeira Estufa Temp. Ambiente
Semana 3 Estufa Temp. Ambiente Geladeira
7

 Semana 1
Amostra 1 estava com aspecto gelatinoso liso, com odor perfumado doce
e PH entre 5 e 6.
Amostra 2 estava com aspecto gelatinoso, uniforme, odor adocicado com
fundo azedo e PH em torno de 6.
Amostra 3 estava parecida com a amostra 2, porém com cheiro ácido e
PH=6.

 Semana 2
Amostra 1 estava com aspecto turvo, com odor adocicado e PH=6.
Amostra 2 a embalagem danificou na estufa e com isso ficou impreciso a
observação dos dados.
Amostra 3 estava com aspecto viscoso e turvo, com odor azedo e PH=5.

 Semana 3
Amostra 1 a embalagem danificou na estufa e com isso ficou impreciso a
observação dos dados.
Amostra 2 a embalagem danificou na estufa e com isso ficou impreciso a
observação dos dados.
Amostra 3 estava com aspecto gelatinoso e turvo, odor azedo e PH entre
5 e 6.

Com isso, pelas situações adversas que ocorreram com as amostras, não
conseguimos concluir de forma correta o teste de estabilidade.

6 TESTE DE ESTABILIDADE

O estudo da estabilidade de produtos cosméticos fornece informações que


indicam o grau de estabilidade relativa de um produto nas variadas condições a que
8

possa estar sujeito desde sua fabricação até o término de sua validade. Essa
estabilidade é relativa, pois varia com o tempo e em função de fatores que aceleram
ou retardam alterações nos parâmetros do produto. Modificações dentro de limites
determinados podem não configurar motivo para reprovar o produto. O estudo da
estabilidade de produtos cosméticos contribui para: orientar o desenvolvimento da
formulação e do material de acondicionamento adequado; fornecer subsídios para o
aperfeiçoamento das formulações; estimar o prazo de validade e fornecer
informações para a sua confirmação; auxiliar no monitoramento da estabilidade
organoléptica, físico-química e microbiológica, produzindo informações sobre a
confiabilidade e segurança dos produtos.
Fatores que influenciam a estabilidade: cada componente, ativo ou não, pode
afetar a estabilidade de um produto. Variáveis relacionadas à formulação, ao
processo de fabricação, ao material de acondicionamento e às condições ambientais
e de transporte podem influenciar na estabilidade do produto.
Fatores extrínsecos: referem-se a fatores externos que o produto está exposto, tais
como:
a) Tempo: envelhecimento do produto pode levar a alterações nas características
organolépticas, físico-químicas, microbiológicas e toxicológicas.
b) Temperatura: temperaturas elevadas aceleram reações físico-químicas e
químicas, ocasionando alterações em: atividade de componentes, viscosidade,
aspecto, cor e odor do produto. Baixas temperaturas aceleram possíveis alterações
físicas como turvação, precipitação, cristalização.
c) Luz e Oxigênio: a luz ultravioleta, juntamente com o oxigênio, origina a formação
de radicais livres e desencadeia reações de óxido-redução. Os produtos sensíveis à
ação da luz devem ser acondicionados ao abrigo dela, em frascos opacos ou
escuros e devem ser adicionadas substâncias antioxidantes na formulação, a fim de
retardar o processo oxidativo.
d) Umidade: afeta, principalmente, as formas cosméticas sólidas como talco,
sabonete em barra, sombra, sais de banho, entre outras.
e) Material de Acondicionamento: os materiais utilizados para o acondicionamento
dos produtos cosméticos, como vidro, papel, metal e plástico podem influenciar na
estabilidade. Devem ser efetuados testes de compatibilidade entre o material de
acondicionamento e a formulação, a fim de determinar a melhor relação entre eles.
f) Microrganismos: os produtos cosméticos mais suscetíveis à contaminação são os
que apresentam água em sua formulação como emulsões, géis, suspensões ou
soluções. A utilização de sistemas conservantes adequados e validados (teste de
desafio do sistema conservante - Challenge Test), assim como o cumprimento das
Boas Práticas de Fabricação são necessários para a conservação adequada das
formulações.
g) Vibração durante o transporte pode afetar a estabilidade das formulações
acarretando separação de fases de emulsões, compactação de suspensões,
alteração da viscosidade, dentre outros.
9

Fatores Intrínsecos: São fatores relacionados à própria natureza das formulações


e, sobretudo à interação de seus ingredientes entre si e ou com o material de
acondicionamento. Resultam em incompatibilidades de natureza física ou química
que podem, ou não, serem visualizadas pelo consumidor.
Incompatibilidade Física pode ocasionar alterações no aspecto físico da
formulação, por exemplo: precipitação, separação de fases, cristalização, formação
de gretas, entre outras.
Incompatibilidade Química:
a) pH: devem-se compatibilizar três diferentes aspectos relacionados ao valor de pH:
estabilidade dos ingredientes da formulação, eficácia e segurança do produto.
b) Reações de Óxido-Redução: ocorrem processos de oxidação ou redução levando
a alterações da atividade das substâncias ativas, das características organolépticas
e físicas das formulações.
c) Reações de Hidrólise: acontecem na presença da água, sendo mais sensíveis
substâncias com funções éster e amida. Quanto mais elevado o teor de água da
formulação, mais provável a ocorrência desse tipo de reação.
d) Interação entre Ingredientes da Formulação: são reações químicas indesejáveis
que podem ocorrer entre ingredientes da formulação anulando ou alterando sua
atividade.
e) Interação entre Ingredientes da Formulação e o Material de Acondicionamento:
são alterações químicas que podem acarretar modificações em nível físico ou
químico entre os componentes do material de acondicionamento e os ingredientes
da formulação.

Aspectos considerados na estabilidade:


Físicos: devem ser conservadas as propriedades físicas originais como aspecto, cor,
odor, uniformidade, dentre outras;
Químicos: devem ser mantidos dentro dos limites especificados a integridade da
estrutura química, o teor de ingredientes e outros parâmetros;
Microbiológicos: devem ser conservadas as características microbiológicas,
conforme os requisitos especificados. O cumprimento das Boas Práticas de
Fabricação e os sistemas conservantes utilizados na formulação podem garantir
estas características.

Quando realizar os Testes de Estabilidade:


- Durante o desenvolvimento de novas formulações e de lotes-piloto de
laboratório e de fábrica.
- Quando ocorrerem mudanças significativas no processo de fabricação,
- Para validar novos equipamentos ou processo produtivo,
- Quando houver mudanças significativas nas matérias-primas do produto,
- Quando ocorrer mudança significativa no material de acondicionamento que
entra em contato com o produto.
10

Para os testes de estabilidade, as condições de armazenamento mais comuns


das amostras são:
Temperatura Ambiente: Amostras armazenadas à temperatura ambiente
monitorada.
Temperaturas Elevadas: Os limites de temperatura mais frequentemente praticados,
durante o desenvolvimento de produtos, são: Estufa: T= 37 ± 2°C, Estufa: T= 40 ±
2°C, Estufa: T= 45 ± 2°C, Estufa: T= 50 ± 2°C.
Nessas condições, a ocorrência de alterações físico-químicas é frequente e
até mesmo esperada, portanto os resultados obtidos devem ser avaliados
cuidadosamente.
Temperaturas Baixas: Os limites de temperatura mais utilizados, durante o
desenvolvimento de produtos, são:
Geladeira: T= 5 ± 2°C, Freezer: T= –5 ± 2°C ou T= –10 ± 2°C.

 Antes de iniciar os Estudos de Estabilidade, recomenda-se submeter o


produto ao teste de centrifugação. Sugere-se centrifugar uma amostra a
3.000 rpm durante 30 minutos. O produto deve permanecer estável e
qualquer sinal de instabilidade indica a necessidade de reformulação. Se
aprovado nesse teste, o produto pode ser submetido aos testes de
estabilidade.

Estudo de Estabilidade Preliminar consiste na realização do teste na fase


inicial do desenvolvimento do produto, utilizando-se diferentes formulações de
laboratório e com duração reduzida. Empregam-se condições extremas de
temperatura com o objetivo de acelerar possíveis reações entre seus componentes e
o surgimento de sinais que devem ser observados e analisados conforme as
características específicas de cada tipo de produto.
A duração do estudo é geralmente de quinze dias, geralmente as amostras
são submetidas a aquecimento em estufas, resfriamento em refrigeradores e a ciclos
alternados de resfriamento e aquecimento:
Os valores geralmente adotados para temperaturas elevadas podem ser:
Estufa: T= 37 ± 2°C
Estufa: T= 40 ± 2°C
Estufa: T= 45 ± 2°C
Estufa: T= 50 ± 2°C

Os valores geralmente adotados para baixas temperaturas podem ser:


Geladeira: T= 5 ± 2°C
Freezer: T= –5 ± 2°C ou T= –10 ± 2°C.

Os valores geralmente adotados para os ciclos são:


11

1) Ciclos de 24 horas a 40 ± 2°C, e 24 horas a 4 ± 2°C - durante quatro


semanas.
2) Ciclos de 24 horas a 45 ± 2°C, e 24 horas a –5 ± 2°C - durante 12 dias (6
ciclos).
3) Ciclos de 24 horas a 50 ± 2°C, e 24 horas a –5 ± 2°C - durante 12 dias (6
ciclos).
Neste estudo preliminar é recomendado que sejam avaliadas, inicialmente, no
tempo zero e durante todos os dias em que estiverem submetidas às condições do
estudo.

Estudo de Estabilidade Acelerada (Prazo de Validade Provisório)


Conhecida como Estabilidade Normal ou Exploratória tem como objetivo
fornecer dados para prever a estabilidade do produto, tempo de vida útil e
compatibilidade da formulação com o material de acondicionamento.
Este teste é empregado também na fase de desenvolvimento do produto
utilizando-se lotes produzidos em escala laboratorial e piloto de fabricação, podendo
estender-se às primeiras produções. Emprega geralmente condições menos
extremas que o teste anterior. Serve como auxiliar para a determinação da
estabilidade da formulação. É um estudo preditivo que pode ser empregado para
estimar o prazo de validade do produto.
Os dados assim obtidos, juntamente com aqueles derivados dos estudos de
longa duração, podem ser usados para avaliar efeitos químicos e físicos
prolongados em condições não aceleradas e para avaliar o impacto de curtas
exposições a condições fora daquelas estabelecidas no rótulo do produto final.
Devido às condições em que é conduzido, este estudo não tem a finalidade
de estimar a vida útil do produto, mas sim de auxiliar na triagem das formulações.

Estudo de Estabilidade de Longa duração ou Teste de Prateleira (Prazo


de Validade Definitivo)
Também conhecido como Estabilidade de Longa Duração ou Shelf life,
tem como objetivo validar os limites de estabilidade do produto e comprovar o
prazo de validade estimado no teste de estabilidade acelerada.
É um estudo realizado no período de tempo equivalente ao prazo de validade
estimado durante os estudos de estabilidade relacionados anteriormente. É utilizado
para avaliar o comportamento do produto em condições normais de
armazenamento. A frequência das análises deve ser determinada conforme o
produto, o número de lotes produzidos e o prazo de validade estimado.
Recomendam-se avaliações periódicas até o término do prazo de validade e, se a
intenção é ampliá-lo, pode-Para os testes de estabilidade, as condições de
armazenamento mais comuns das amostras são:
Temperatura Ambiente: Amostras armazenadas à temperatura ambiente
monitorada.
12

Temperaturas Elevadas: Os limites de temperatura mais frequentemente praticados,


durante o desenvolvimento de produtos, são: Estufa: T= 37 ± 2°C, Estufa: T= 40 ±
2°C, Estufa: T= 45 ± 2°C, Estufa: T= 50 ± 2°C.
Nessas condições, a ocorrência de alterações físico-químicas é frequente e
até mesmo esperada, portanto os resultados obtidos devem ser avaliados
cuidadosamente.
Temperaturas Baixas: Os limites de temperatura mais utilizados, durante o
desenvolvimento de produtos, são:
Geladeira: T= 5 ± 2°C, Freezer: T= –5 ± 2°C ou T= –10 ± 2°C.

 Antes de iniciar os Estudos de Estabilidade, recomenda-se submeter o


produto ao teste de centrifugação. Sugere-se centrifugar uma amostra a
3.000 rpm durante 30 minutos. O produto deve permanecer estável e
qualquer sinal de instabilidade indica a necessidade de reformulação. Se
aprovado nesse teste, o produto pode ser submetido aos testes de
estabilidade.

Estudo de Estabilidade Preliminar consiste na realização do teste na fase


inicial do desenvolvimento do produto, utilizando-se diferentes formulações de
laboratório e com duração reduzida. Empregam-se condições extremas de
temperatura com o objetivo de acelerar possíveis reações entre seus componentes e
o surgimento de sinais que devem ser observados e analisados conforme as
características específicas de cada tipo de produto.
A duração do estudo é geralmente de quinze dias, geralmente as amostras
são submetidas a aquecimento em estufas, resfriamento em refrigeradores e a ciclos
alternados de resfriamento e aquecimento:
Os valores geralmente adotados para temperaturas elevadas podem ser:
Estufa: T= 37 ± 2°C
Estufa: T= 40 ± 2°C
Estufa: T= 45 ± 2°C
Estufa: T= 50 ± 2°C

Os valores geralmente adotados para baixas temperaturas podem ser:


Geladeira: T= 5 ± 2°C
Freezer: T= –5 ± 2°C ou T= –10 ± 2°C.

Os valores geralmente adotados para os ciclos são:


4) Ciclos de 24 horas a 40 ± 2°C, e 24 horas a 4 ± 2°C - durante quatro
semanas.
5) Ciclos de 24 horas a 45 ± 2°C, e 24 horas a –5 ± 2°C - durante 12 dias (6
ciclos).
13

6) Ciclos de 24 horas a 50 ± 2°C, e 24 horas a –5 ± 2°C - durante 12 dias (6


ciclos).
Neste estudo preliminar é recomendado que sejam avaliadas, inicialmente, no
tempo zero e durante todos os dias em que estiverem submetidas às condições do
estudo.

Estudo de Estabilidade Acelerada (Prazo de Validade Provisório)


Conhecida como Estabilidade Normal ou Exploratória tem como objetivo
fornecer dados para prever a estabilidade do produto, tempo de vida útil e
compatibilidade da formulação com o material de acondicionamento.
Este teste é empregado também na fase de desenvolvimento do produto
utilizando-se lotes produzidos em escala laboratorial e piloto de fabricação, podendo
estender-se às primeiras produções. Emprega geralmente condições menos
extremas que o teste anterior. Serve como auxiliar para a determinação da
estabilidade da formulação. É um estudo preditivo que pode ser empregado para
estimar o prazo de validade do produto.
Os dados assim obtidos, juntamente com aqueles derivados dos estudos de
longa duração, podem ser usados para avaliar efeitos químicos e físicos
prolongados em condições não aceleradas e para avaliar o impacto de curtas
exposições a condições fora daquelas estabelecidas no rótulo do produto final.
Devido às condições em que é conduzido, este estudo não tem a finalidade
de estimar a vida útil do produto, mas sim de auxiliar na triagem das formulações.

Estudo de Estabilidade de Longa duração ou Teste de Prateleira (Prazo


de Validade Definitivo)
Também conhecido como Estabilidade de Longa Duração ou Shelf life,
tem como objetivo validar os limites de estabilidade do produto e comprovar o
prazo de validade estimado no teste de estabilidade acelerada.
É um estudo realizado no período de tempo equivalente ao prazo de validade
estimado durante os estudos de estabilidade relacionados anteriormente. É utilizado
para avaliar o comportamento do produto em condições normais de
armazenamento. A frequência das análises deve ser determinada conforme o
produto, o número de lotes produzidos e o prazo de validade estimado.
Recomendam-se avaliações periódicas até o término do prazo de validade e, se a
intenção é ampliá-lo, pode-se continuar o acompanhamento do produto
14

REFERÊNCIAS

International Conference on Harmonization - ICH; Q1AR2, Guidance for Industry -


Stability Testing of New Drug Substances and Products. Junho, 2003.

 Brasil, Agência Nacional de Vigilância Sanitária; Guia de Estabilidade de Produtos


Cosméticos, 2004, vol. 1, Maio, disponível em
http://www.anvisa.gov.br/divulga/public/series/cosmeticos.pdf, acessada em Junho
de 2022.

Pedro, A. M. K.; Tese de Doutorado, Universidade Estadual de Campinas, Brasil,


2009.

Lachman L, Lieberman A, Kanig JL. Teoria e prática na indústria farmacêutica. 2.ed.


Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2001.

Você também pode gostar