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Mensagem, Fernando Pessoa

Profª Constança da Marta

1. Complete, no seu caderno, o esquema apresentado com as nações referidas


no poema.
2. Comprove que a descrição apresentada é feita do geral para o particular.
3. Estabeleça uma relação entre a imagem e o poema.
4. Demonstre que a mensagem do texto assenta em duas imagens
contraditórias, considerando os verbos jazer e fitar.
5. Refira de que modo se pressente, neste poema, a missão profética de
Portugal.

 Este poema tem um significado simbólico óbvio: as quinas representam, na Mensagem, as chagas de Cristo na cruz. O
das Quinas é o Português.
 Na bandeira, as quinas representam os cinco reis mouros derrotados por D. Afonso Henriques.
 (1ª estrofe) Encontramos um aviso, para quem quer enfrentar e compreender o significado do sofrimento, da luta,
porque é de luta e sofrimento que Fernando Pessoa vai falar neste livro.
 Ele avisa que nada é dado sem que algo seja tirado. “Os Deuses vendem quando dão”, ou seja, quando dão a glória, tiram
a felicidade – “compra-se glória com desgraça”. Os felizes mesmo de modo passageiro, ignoram que a felicidade é boa
mas também é momentânea (“só o que passa”), enquanto que o sofrimento, para aquele que luta, é por vezes eterno,
sempre presente. Os felizes são assim abençoados, mas por outro lado são passageiros inconsequentes.
 (2ª estrofe) Depois do aviso da primeira estrofe, quase odioso, a segunda estrofe apresenta-nos um conselho: ter
cuidado com o que desejamos. “Bata a quem baste o que lhe basta”, ou seja, devemos nunca desejar mais do que nos
está destinado. Isto porque “o bastante de lhe bastar” deve ser suficiente, porque a vida é breve, a alma é vasta. Querer
sempre mais é adiar, não aceitar o destino, é “tardar”.
 Quer Pessoa também dizer que quem está preparado para conquistar, tem de estar preparado para renunciar. Mas pode
agora, antes de tudo ter ainda começado, deixar-se na praia e não partir na aventura do mar e da alma.
 Há ainda tempo para ficar resignado, satisfeito, porque em verdade nunca se pode possuir tudo o que alma deseja.
 (3ªestrofe) Fernando Pessoa equipara a luta dos Portugueses aos sacrifícios de Cristo ao tornar-se, como eles, homem.
 A glória do Salvador veio também através de grande sofrimento, além da própria dor. Não se pode exigir menos a quem
segue a sua palavra e a sua missão.
 Estes obstáculos, são postos por uma razão, para filtrar os corajosos, os que estão preparados no seu coração para se
sacrificarem, além de todo o sacrifício que pensem suportar. O exemplo para todos os que lutam é Cristo, Deus-homem
caído em desgraça na cruz, que sofre e dúvida da sua paternidade no último grito antes da morte e da ressurreição.
 Porque sofre ele? Porque se opôs à natureza. Deus “filho o ungiu”, para que ele sofresse pelos homens e os redimisse,
mas também para que lhes comunicasse a existência de um Destino superior – como os navegadores.
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1. Explique a tese que o sujeito poético apresenta no rimeiro verso do poema.


2. Indique os argumentos usados nos versos seguintes e na segunda estrofe para confirmar a tese enunciada.
3. Demonstre que a +ultima estrofe funciona como síntese ou conclusão da tese apresentada anteriormente.
4. Comente a expressividade d metáfora usada na última estrofe, exemplificando-a.
5. Identifique a natureza das referências deíticas dos termos destacados no verso “Este, que aqui aportou” (v.6).
6. Indique o refrente do pronome destacado em “E a fecundá-la decorre” (v.13), bem como o mecanismo de coesão
exemplificado.

1. Refira-se ao papel da memória para preservar a História e este herói pré-nacional, justificando a sua resposta com dois
elementos textuais pertinentes.
2. Comprove que a mitificação de Viriato foi determinante para a nação portuguesa.
3. Explicite de que modo a importância do mito é relevada neste poema, considerando, particularmente, o conteúdo da
última estrofe.
4. Descodifique o sentido da metáfora de “o ir a haver o dia” (v.11), atendendo à mensagem que o sujeito poético pretende
transmitir.

1. Regista o verso que sugere a ação iniciática de D. Henrique.


2. Comprova a predestinação do Herói.
3. Justifica a necessidade de orientação divina por parte do evocado.
3.1. Indica o verso que sugere a desorientação.

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1. Esclarece a apóstrofe inicial do poema


2. Identifica os traços caracterizadores emblemáticos de D. Afonso Henriques.
3. Regista os pedidos endereçados ao rei e interpreta a sua intencionalidade.
4. Indica as figuras de estilo presentes nos dois últimos versos do poema.
4.1. Explicita a simbologia da espada.

1. Identifique os dois aspetos biográficos do rei D. Dinis a que o poema alude.


2. Justifique a utilização do presente do indicativo ao longo do poema.
3. Explique de que modo o monarca estaria inconscientemente a preparar o futuro do país.
4. Justifique a inserção do poema nesta secção da estrutura da obra.
5. Exemplifique, referindo a expressividade, a metáfora e a personificação.
6. Complete, no seu caderno, o esquema de acordo com a análise feita e comente a síntese do poema nele contida.

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1. A primeira quadra do poema de Mensagem apresenta uma conceção messiânica da História. Justifica a afirmação.
1.1. Mostra como essa conceção serve de base à descrição de D. João I, quer no poema de Mensagem, quer nas
estâncias d’Os Lusíadas que lhe são dedicadas.

1. A primeira quadra é constituída por duas interrogações.


1.1. Identifica a característica excecional de D. Filipa de Lencastre que essas interrogações destacam e a razão
apresentada para a justificar.
1.2. Na segunda frase, o uso do hipérbato desloca o modificador “maternos” do nome que qualifica. Aponta o efeito de
sentido produzido com essa alteração sintática.
2. A segunda estrofe constitui uma invocação.
2.1. Refere os elementos linguísticos que permitem confirmar a afirmação.
2.2. Interpreta os epítetos atribuídos a D. Filipa de Lencastre.
2.3. Justifica a interpelação dirigida à esposa de D. João I.

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1. Explicita os elementos textuais que remetem para a ideia da predestinação da figura histórica destacada.
2. Refere cinco traços caracterizadores do “eu”, fundamentando-te no texto.
3. Apresenta uma possível explicação para o verso 3: “sagrou-me seu em honra e em desgraça”.
4. Expõe duas razões para a utilização verbal, na última estrofe.

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1. Mostre de que modo a matriz épica de Mensagem se evidencia no poema.


2. Divida o poema em duas partes, justificando a delimitação.
3. Indique a consequência da loucura do sujeito poético.
4. Retire conclusões relativamente ao elogio da loucura e ao repto final.
5. Evidencie a expressividade decorrente da utilização da anáfora e da metáfora.
6. Proceda à análise formal do poema.

1. Atenta na primeira estrofe do poema.


1.1. Indica os dois conceitos possíveis paa que a palavra “auréola” pode remeter.
1.2. Indica o objeto que é revelado através da resposta dada à pergunta colocada no primeiro verso.
1.3. Explica de que modo é formada a auréola.
2. Na segunda estrofe, o sujeito poético volta a colocar uma questão.
2.1. Explica-a.
2.2. Comenta a resposta dada nos versos 7-8, tendo em conta a natureza do objeto e a sua importância.
3. Passemos à terceira estrofe.
3.1. A quem / quê se referem os versos 9-10?
3.1.1. Expõe o significado desses versos.
3.2. Nesta estrofe, o objeto em destaque adquire uma utilizade diferente da habitual.
3.2.1. Comenta a afirmaç~~ao anterior, explicitando as duas utilidades em causa.
3.2.2. A que “estrada” (v.12) poderá o sujeito poético estar a referir-se?
3.2.2.1. Sintetiza a “mensagem” do poema, relacionando a personagem Nuno Álvares Pereira com a
estrada em questão.

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Tópicos de análise:
- A referência construída em torno do Infante;
- As estruturas adjetivais utilizadas;
- O significado da marca de presente que domina o poema;
- A expressividade dos recursos estilísticos;
- A comparação deste poema com o Infante de “Mar Português”;
- Aproximações do poema pessoano à epopeia camoniana;
- A justificação para a localização do poema na obra pessoana.

1. Considera a figura enigmática de D. João II.


1.1. Interpreta o significado da sua postura.
1.2. Identifica o traço do rei que é evidenciado.
2. Refere a figura de estilo presente no verso 4, referindo o seu valor expressivo.
3. Esclarece o significado dos dois últimos versos do poema, apreciando o modo como o poeta glorifica o monarca português.

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1. Explicite as condições necessárias à concretização da “obra”.


2. Apresente, por palavras suas, o desejo de Deus.
3. Esclareça o sentido de predestinação associado o Infante.
4. Explore a expressividade da forma verbal 2Sagrou-te” (v.4).
5. Descodifique o valor semântico do apelo final.
6. Comprove a presença d gradação, da personificação e da apóstrofe, referindo a expressividade destes recursos.

1. Explicite o valor conotativo e denotativo do título.


2. Caracteriza o tempo e o espaço invocados.
3. Defina, por palavras suas, o “sonho” invocado no verso 13.

1. Indique as funções atribuídas ao «padrão» neste poema.


2. Explicite as relações de sentido que o primeiro e o quinto versos estabelecem entre si.
3. Analise a importância que os vocábulos e expressões referentes à navegação assumem no texto.
4. Comente o significado dos versos: «Que o mar com fim será grego ou romano:/ O mar sem fim é português» (vv.11-12).
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5. Descreva o retrato que o sujeito poético faz de si mesmo.

1. Identifique o mito presente no poema e mostre as expressões com que é caracterizado.


2. Integre este poema na estrutura formal da Mensagem e justifique a sua resposta.
3. Faça referência ao valor simbólico do Mostrengo, confrontando-o com o episódio do Adamastor em “Os Lusíadas”.
4. Faça o levantamento de pelo menos, quatro recursos estilísticos presentes e refira o seu valor expressivo.
5. O que representará o homem do leme neste poema?

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1. Demonstre a interdependência e a importância do Alto e do Destino na realização das Descobertas.


2. Interprete o simbolismo das mãos na consecução do objetivo de afastar o véu.
3. Integre, justificadamente, o poema na estrutura da obra a que pertence.

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1. Explica os processos através dos quais se engrandece a figura de Vasco da Gama, considerando:
- A situação escolhida;
- Os efeitos provocados nos deuses, nos homens, no lugar;
- O nome dado ao Gama.
2. Mostra a importância das aliterações na construção do sentido e da musicalidade do poema.

1. Refira o valor expressivo da apóstrofe inicial.


2. Explicite o valor metafórico dos dois primeiros versos.
3. Justifique, exemplificando, a utilização de expressões associadas ao sofrimento.
4. Comente a expressividade da interrogação retórica presente na segunda estrofe.
5. Comprove a existência de um tom épico e lírico, considerando a globalidade do poema.

1. Identifique o estado de espírito no momento da partida da “última nau”.


2. Indique três aspetos associados à “última nau” que caracterizam o seu percurso e o seu destino.
3. Explicite o papel do “eu” do Poeta na antítese entre “quanto mais ao povo a alma falta, / Mais a minha alma atlântica se
exalta / E entorna”.
4. Explique o sentido da expressão “Surges ao sol em mim e a névoa finda”.

1. Identifique o tema do poema, explorando o valor semântico do título.


2. Descodifique o valor simbólico de “noite”.
3. Justifique o emprego da priemria pessoa do plural ao longo do poema.
4. Explore o valor epressivo da metáfora e da personaficação presentes em 2ª mão do vento pode erguê-la ainda” (v8).
5. Evidencie a presença do desalento e da esperança.
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6. Justifique a inserção do poema nesta secção da estrutura da Mensagem.


7. Infique a função sintática do pronome pessoal “nos” (v3).

1. Distingue no poema a alusão a D. Sebastião mítico, servindo-te de expressões textuais.


1.1. Explicite, justificando qual dos dois assume uma maior relevância no poema.
2. Relacione o uso do imperativo no início do poema com o verso final.
3. Justifique o messianismo que perpassa todo o texto.

1. Explique a crítica do sujeito poético a um certo tipo de felicidade.


2. Evidencie o sentido universal do verso “Ser descontente é ser homem”. (v.13)
3. Mostre a importância do sono, referindo o que deve ser feito para o realizar.
4. Indique os quatro impérios anteriores e justifique a supremacia do Quinto sobre eles.
5. Refira a expressividade da enumeração e da interrogação retórica presentes na última estrofe.
6. Justifique a inserção do poema na estrutura de Mensagem.

1. Indica o tema do poema, explicitando o modo como se desenvolve.


2. Justifica a presença do tom exortativo visível no texto.
3. Identifica o recetor do pedido expresso do poema.
4. Apresenta as razões subjacentes ao apelo do sujeito poético.

1. Refira a condição necessária à manifestação da voz e transcreva elementos do texto que justifiquem a sua resposta.
2. Explique o sentido dos dois últimos versos do poema.
3. Explique de que modo o conteúdo da última estrofe convoca o mito sebastianista.

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Tópicos de reflexão:
- Gonçalo Annes Bandarra (1500-1556) foi um sapateiro e poeta português;
- Escreveu trovas messiânicas (com caráter profeta).
- Nessas trovas refere a vinda do Encoberto e o futuro de Portugal como reino universal que contém marcas de Judaísmo e por
isso é acusado e processado pela Inquisição. Foi condenado a não ler mais a Bíblia nem escrever sobre assuntos de Teologia.
- Essas trovas foram interpretadas como uma profecia ao regresso do rei D. Sebastião e tiveram muito sucesso pois apesar de
interditas pela Inquisição, circularam diversas cópias manuscritas.
- As Trovas de Bandarra influenciaram o pensamento sebastianista e messiânico de D. João de Castro, Padre António Vieira,
Fernando Pessoa, entre outros.
- É o primeiro poema dos Avisos e é constituído por duas quadras. O seu esquema rimático é ABAB; CDCD (rima cruzada). Quanto
à métrica, os versos são octossílabos.
- O oito é o número das pontas da Cruz da Ordem de Cristo (cruz que as caravelas ostentavam). Oito letras tem Portugal e oito
letras tem Mensagem.
- Sonhava: via o futuro em sonhos proféticos.
- Anonymo: sem nome nobre, desconhecido.
- Disperso: com vários ofícios de modo a sustentar a sua pobreza.
- “O Império por Deus (…)” Previsão do período de domínio filipino, da Restauração e de uma posterior expansão imperial; origem
da convicção do Padre António Vieira quanto ao advento de um Quinto Império Português. Teria sido destinado por Deus.
- Deus deu-lhe o dom da profecia.
- Não foi nem santo nem heroe: referência ao Santo Ofício.
- Ele é respeitado por representar a coragem de desafiar a autoridade (contar o futuro de Portugal) – conseguiu ver a
potencialidade de Portugal, onde nenhum outro português a via.

1. Indica os motivos/as razões que justificam os elogios feitos a Padre António Vieira.
2. Na última estrofe, o sujeito poético relaciona claramente António Vieira com o “Quinto Império”. Caracteriza este
“Quinto Império”, recorrendo a referências textuais.
3. Demonstre a utilização de palavras relacionadas com “luz”, ao longo da composição poética.
4. Justifica a inserção deste poema na estrutura global da Mensagem.


1. Caracterize o estado de espírito do sujeito poético.
2. Divida o poema em duas partes, apresentando sinteticamente o conteúdo de cada uma delas.
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3. Demonstre a expressividade decorrente do uso das interrogações.


4. Refira o valor simbólico das expressões “Nova Terra” e “Novos Céus”. (v.12)

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1. O poema estrutura-se em torno de várias oposições. Faça o seu levantamento, referindo a que lhe parecer mais
pertinente para o desenvolvimento temático do poema, justificando a sua escolha.
2. Relacione este poema com “O Mostrengo”, evidenciando a atitude desta “personagem” e a sua relação com o homem
nos dois textos.
3. Tendo em conta a componente simbólica de Mensagem, explique os dois últimos versos do poema.
4. Este poema integra a última parte de Mensagem. Partindo dos seus conhecimentos sobre a “estrutura” do poema
pessoano, justifique a sua inserção em “O Encoberto”.

1. Refira-se ao tema deste poema e ao desenvolvimento.


2. Que sentimentos estão aqui expressos?
3. Integre este poema na estrutura formal da Mensagem e justifique a sua resposta.
4. Faça o levantamento dos recursos estilísticos mais evidentes neste poema, explicando o seu significado.

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